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23/08/2022

Esqueleto Humano
(Noções básicas)

Características e funções do esqueleto

▪ O tecido ósseo é um dos mais fortes materiais


biológicos: capacidade de suporte + baixo peso
(menos de 20% da totalidade do peso corporal);
▪ É um tecido vivo, capaz de se reparar e alterar sua
forma em resposta a estímulos (stress)
exteriores;
▪ É altamente vascularizado;
▪ O periósteo é muito enervado.

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Desempenha funções de suporte, locomoção, proteção dos órgãos internos, produção de


células sanguíneas e armazenamento de minerais necessários ao funcionamento do
organismo.

▪ O tecido ósseo se regenera ao longo de toda a vida – processo de remodelação


óssea:

– Reabsorção óssea (tecido maduro é removido – ação dos osteoclastos)


– Ossificação/formação óssea (novo tecido ósseo é depositado – ação dos
osteoblastos)

▪ Um desequilíbrio nestes dois sub-processos resulta em diversas patologias (por


exemplo, osteoporose);

▪ O esmalte dentário é uma exceção a esta regra de remodelação contínua. Ele não
se regenera e é simultaneamente o elemento mais resistente do esqueleto.

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Composição óssea

▪ O tecido ósseo é um material compósito, constituído por


elementos orgânicos (proteína) e inorgânicos (mineral):

▪ Colágeno – corresponde a cerca de 90% da componente


orgânica do osso; as suas moléculas interligam-se para formar
fibras flexíveis, ligeiramente elásticas;

▪ Hidroxiapatita/Bioapatita – um tipo de fosfato de cálcio, é um


mineral que se interliga com a matriz de colágeno –
responsável pela rigidez e resistência à compressão;

▪ Essa combinação permite que os ossos sejam


simultaneamente resistentes e flexíveis.

Estrutura óssea

▪ Osso cortical/compacto: tecido ósseo


denso, se localiza nas paredes ósseas e
na superfície dos diferentes ossos;

▪ Osso canceloso/trabecular: tecido


ósseo mais leve, esponjoso (estrutura
“tipo favo de mel”), localizado sob
protuberâncias de fixação de tendões,
no interior dos corpos vertebrais, nas
zonas terminais de ossos longos e entre
as camadas exteriores dos ossos chatos.

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Planos anatômicos de referência

• Dorsal

• Palmar • Plantar

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Movimentos corporais

▪ Flexão
• Extensão

▪ Abdução • Adução

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Regiões do Esqueleto

Podemos classificar os diferentes ossos


relativamente à sua posição no
esqueleto.

A distinção mais simples é entre o


esqueleto craniano e o esqueleto pós-
craniano.

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Regiões do Esqueleto

Podemos também distinguir entre:

Esqueleto axial

Esqueleto apendicular

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Regiões do Esqueleto -
Fauna

• Esqueleto axial: composto pelos ossos do crânio,


coluna vertebral, costelas e esterno;

• Esqueleto apendicular: composto pelos ossos dos


membros pélvicos e torácicos;

Esqueleto visceral: que se desenvolve no interior de estruturas de tecidos moles, não têm conexão com o
resto do esqueleto. Exemplo: o osso peniano do cão; o osso cardíaco bovino, o hioide em diferentes espécies
de mamíferos (inclusive no Homem).

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Tipos de Ossos

Classificação de acordo com a morfologia (forma):


• Ossos chatos: finos, com duas camadas de osso cortical
intercaladas por uma camada de osso trabecular (crânio,
omoplata, esterno…);
• Ossos longos: compostos por uma secção tubular cujo
comprimento é maior que a largura (úmero, fémur, tíbia,
metacarpianos…);
• Ossos curtos: têm forma ligeiramente parecida com sólidos
geométricos, são compostos por uma camada fina de osso
cortical sobre osso trabecular (ossos do carpo e do tarso);
• Ossos irregulares: ossos cuja morfologia não permite integrá-
los às restantes categorias (vértebras, coxais…).

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Partes dos ossos longos

Epífises (extremidades compostas maioritariamente de


osso trabecular que fazem a articulação com outros
ossos).

Metáfises – zona intermediária entre a epífise e a diáfise


de alta atividade osteoblástica nos indivíduos não-adultos.
Permite o crescimento dos ossos longos a partir dos
pontos de ossificação nos infantes/juvenis.

Diáfises (secção tubular alongada, composta de osso


cortical).

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Esqueleto axial

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Dentição

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Atividade para a próxima aula

▪ Resumir e apresentar o fichamento dos capítulos 1


a 3 (Parte 1) de:
Ribeiro, M.S. 2007. Arqueologia das Práticas
Mortuárias: uma abordagem historiográfica. São
Paulo: Alameda.

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Notação dentária
▪ Para a identificação e registro de dentes, é necessário utilizar um esquema de
identificação e notação padronizado.
▪ Vários já foram propostos

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Zsigmondy-Palmer (Final do Século XIX)

PERMANENTES: Número representa o dente e o sinal


angular o quadrante: Quadrante
1.........Incisivo central
2.........Incisivo lateral
3.........Canino
4.........1º pré-molar
Plano de Oclusão
5.........2º pré-molar
6........ 1º molar
7.........2º molar
8.........3º molar
2 = Incisivo lateral superior esquerdo

3 = canino inferior esquerdo

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Zsigmondy-Palmer (Final do Século XIX)

DECÍDUOS: Letra representa o dente e o sinal angular o


quadrante: Quadrante
A............Incisivo central
B............Incisivo lateral
C............Canino
D............1º molar
Plano de Oclusão
E............2º molar

B = Incisivo lateral superior esquerdo

C = canino inferior esquerdo

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▪ Universal

Ordenação sequencial em números


começando no 3º molar superior direito
(dentes permanentes) e letras
começando no 2º molar superior
direito (dentes decíduos).

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FDI (Fédération Dentaire Internationale)


Cada dente é identificado por um número de 2 dígitos. O
primeiro digito refere-se ao quadrante, o segundo à
1 2 posição do dente dentro desse quadrante:
11 = 1º incisivo superior direito
27 = 2º molar superior esquerdo
4 3 43 = canino inferior direito

Permanentes

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FDI (Fédération Dentaire Internationale)


Cada dente é identificado por um número de 2 dígitos. O
primeiro digito refere-se ao quadrante, o segundo à
5 6 posição do dente dentro desse quadrante:
54 = 1º molar superior direito
74 = 1º molar inferior esquerdo
8 7 81 = 1º incisivo inferior direito

Decíduos

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• Costelas
• Esterno
• Manubrio

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• Hióide

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• C1 - Atlas
• Vértebras cervicais

• C2 - Axis

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• Vértebras
torácicas

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• Sacro
+
cóccix

• Vértebras
lombares

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Esqueleto apendicular
• Omoplata ou Escápula
A • Clavícula
C

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• Úmero • Cúbito ou Ulna • Rádio

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• Coxal (Os coxae)

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Ilium

Púbis

Ischium

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• Fêmur • Rótula ou
Patela • Perônio ou Fíbula

• Tíbia

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Estruturas anatômicas

▪ Processo: uma proeminência óssea


▪ Meato: pequeno canal (meato auditivo)

• Tuberosidade: eminência grande, de forma variável,


geralmente com superfície rugosa (frequentemente
local de inserção de ligamentos ou tendões)

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▪ Tubérculo: pequena eminência, geralmente rugosa


(frequentemente local de inserção de ligamentos ou
tendões)

• Trocanter: processos de grandes dimensões, rugosos e


proeminentes do fémur

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▪ Maléolo: protuberâncias de forma redonda que se encontram na


zona do tornozelo

• Articulação: área onde ossos adjacentes


contactam através de tecido fibroso ou
cartilaginoso

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▪ Côndilo: processo articular arredondado

• Torus: zona de
espessamento ósseo

• Faceta: superfície articular de pequenas dimensões; pode


também ser usado para designar zonas de contacto entre
dentes

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▪ Fossa: depressão, geralmente larga e pouco profunda

• Fontanela: espaço coberto por membranas entre


ossos cranianos de criança

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▪ Sutura: zonas de contacto (articulação) entre


ossos do crânio

• Foramen: “perfuração” destinada à


irrigação ou inervação óssea

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• Sinus (seios): cavidade no interior de um


osso craniano

▪ Alvéolo: cavidade onde se encaixa um dente


no maxilar ou na mandíbula

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Atividade para a próxima aula

▪ Assistir:
https://www.youtube.com/watch?v=nfcSF2YoPLE&t=7s
https://www.youtube.com/watch?v=hvhMfhFPdCI&t=39s
https://www.youtube.com/watch?v=_bt4wrxVkbo&t=38s
https://www.youtube.com/watch?v=xvfqpzRFr3s&t=31s
https://www.youtube.com/watch?v=3bosIwacW1A&t=52s

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