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Artigo de reflexão
Este artigo forma parte do projeto de investigação Global-tec: globalização y tecnología en la narrativa
hispanoamericana desde 1990, registrado no Ministerio de Economía y Competitividad (España).
Documento acessível online desde a seguinte direção: http://revistas.javeriana.edu.co
doi:10.11144/Javeriana.cl20-40.hapc
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Cadernos de Literatura Vol. XX n.º40 • julio-diciembre 2016 issn 0122-8102 • págs.
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Recibido: 9 de outubro de 2015. Aceito: 11 de novembro de 2015. Disponível online: 1 de julho de 2016
Montoya Juárez, Jesús. “Hacia una arqueología del presente: cultura material,
tecnología y obsolescencia”. Cuadernos de Literatura 20.40 (2016): 264-281.
http://dx.doi.org/10.11144/Javeriana.cl20-40.hapc
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Introdução
1 Consulte a este respeito o ensaio de Simmel “La metrópolis y la vida mental”, de 1903, disponível
em http://www.bifurcaciones.cl/004/reserva.htm 2 “Não é simplesmente um problema de
transporte, é a velocidade da tomada da fotografia instantânea, depois da velocidade das imagens
venéticas por segundo, as que revolucionarão a percepção e mudarão totalmente a estética.
Diante da estética da desaparição, só resta uma persistência retiniana. Para ver como animar as
imagens da seqüência, do fotograma, você tem persistência retiniana. Por isso, passamos da
persistência de um material sustrato — o mármore ou a tela do pintor — para a persistência
cognitiva da visão. […] estética de la desaparición, que prolonga hasta nuestros dias el video y
la televisión”
(Virílio 24-25).
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dez—, mas se centra na perda, no resíduo que produz os novos usos do tempo
na globalização, desde o reconhecimento de que escritura e simulacro deixou
muito tempo para ser dos jogos de mediação antagônicos. Ninguna destas
obras recupera uma dialética oposicional a respeito da tecnologia e reedita um
binômio como o que planteaba Umberto Eco, mas poderíamos ler nelas uma
mesma necessidade de ubicar a imaginação narrativa em um presente barnizado
de futuro que mira para o contemporâneo de espal das, interessantes, como
ocorrem em uma arqueologia do presente, em desenterrar, visualizar ou expor,
digamos, o território do heterocrônico o lo desatualizado do respeito da
velocidade do capitalismo global que transcrevemos.
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3 A presença literal de fotos e capturas de tela, por exemplo, é uma constante nas
publicaciones de muchos jóvenes autores españoles.
4 Você também teve a oportunidade de oír algumas de suas reflexões sobre Fernández Mallo na
conferência que Hernández Navarro disertou sobre a influência de Smithson neste autor, ditado
na Universidade de Murcia, no I Seminário Internacional de Narrativa Española e
Hispanoamericana que dirigí en marzo de 2014. Agradezco a su autor el haberme facilitado sus
notes. As três referências que incluem neste parêntesis foram ocupadas em maior ou menor
medida de la cuestión de Land Art em Fernández Mallo.
5 Temas y rasgos que casan bastante bien con los que Vicente Luis Mora apunta para la novela
pangeica tipo en La luz nueva (2007), el primer esfuerzo de sistematización crítica de las
nuevas generaciones de escritores acometido en España en lo que va de siglo” (Mora, La luz 72-73).
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6 Nesse mesmo discurso, o autor continua: “el periodista hoy más que nunca no ha de limitarse a
dar informaciones, sino que ha de considerar estas como residuos en timepo real para de este
modo enfocarlas de otra manera, recodificar sus significados. O periodista mais que nunca, e
por paradoxo que parezca, tem de ver o presente como uma arqueologia en la que abundam res
tos a ponto de ser ressuscitados, uma arqueologia en la que não cabe la nostalgia, senão um
principio activo de construção de realidade ”.
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Por isso toda imagem na novela está duplicada, ya dentro, ya fuera del texto.
Todos os objetos são a sombra de outros objetos nas paisagens narrativas con
figurados pelo design industrial. Alguns exemplos: o avião em que viajam os
protagonistas desde o DF até os Estados Unidos, zarandeado pelas turbulências,
tem uma cópia no museu da Coleção Diekou em Denver, em uma passagem que
consiste na éfrase de uma instalação artística a carga de Misaki Kawai. Os dois
narradores do fragmento intitulado “Eco, él”, dos músicos experimentais que
viajam para a Bretanha francesa para encerrar a composição do seu disco
definitivo, fanta sean com a possibilidade de ouvir o “festival de Benicàssim chino”,
onde atuam cada ano as cópias de los grupos del auténtico.9 Finalmente, o próprio “Sonido
7 Desde postulados que dialogam com a física cuántica, por exemplo, los dos amigos trancados
para compor música que protagonizan um fragmento de la novela tratan de mantener en el
castillo onde se halan una posición determinada de los objetos que pueda llevarlos a obtener
el preciso sonido que está buscando.
8 Sobre esta questão é preciso ler a Fernández Porta (Homo sampler).
9 La lógica de los doubles se expande por toda la novela: o castillo de la Bretaña francesa en que
Juan Feliu y otro de los narradores de esta novela coral se encierran para componer, convidados
por um produtor musical, el que creen que será su disco definitivo, fue la impossible residencia
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del Fin” é testemunhado em uma segunda ocasião nos Estados Unidos. Os músicos
Tony Jacobs e Christian Marclay agarram com seu equipamento uma cena no
deserto de Mojave, acompanhando uma fender stratocaster roja a uma pick up para
percorrer uma carreira vazia até que os golpes e a violência do trator o vuelven
irreconocible.10 Uma guitarra que termina pareciéndose, después de la violencia
ejercida sobre ela, a un “corpo humano” (55). Esa grabación casera, combinada
com elementos espúrios: el simulacro sobreactuado de una cena en que intervienen
atores amadores, la comida chatarra, vuelta residuo, y la visita a este ponto exato
em que estuvieron todos los elementos en conexión, permite a este nuevo narrador
la audição deste “Sonido del Fin”, que é, em definitiva, como ironicamente se nos
sugiere na novela, aquele sonido que se faz ouvir em todo o que não tem cópia ou parangón.
A narrativa de Fernández Mallo, determinada pela linguagem da tecnologia
digital e produto perfeitamente atribuível à cultura da convergência (Jenkins), se
llena sem embargo de objetos e usos desviados de uma tecnologia usada e obsoleta
que projeta assim uma presença heterocrônica : o tempo em que essa tecnologia
cumpriu sua função como objeto, que é a vez do tempo de sua imperfeição, de seu
ruido analógico. Um tempo que se corresponde com o imaginário da infância, no
caso da já mencionada cinta TDK, do personagem Sokolov, gravado em 10 de
setembro de 2001, no qual creu oír el sonido de las vozes de sus padres muertos.
Mas também outro tempo em que essa tecnologia é reciclada para seu uso artístico
ou documental (la grabación del malogrado edificio neoyorquino, la ruina fotográfica
—y ahora también sonora— de todo un siglo que se fue). Na novela estão os objetos
los que detêm este tempo outro e o incorporam fosilizado ao presente, testemunhos
mudos que se tornam visíveis, perceptíveis, um tempo que se opõe a este espaço
de incerteza, que é a vida no deserto do real contemporâneo , onde os corpos se
desprendem no último resíduo que produz o tempo tecnológico, eucrônico, do
capitalismo tardio, e se visibiliza como um parasito problemático. Assim parece
sugerir a narradora do fragmento citado, com o propósito de uma plaga de chinches
que asola a costa esta dos Estados Unidos durante sua viagem: “Las chinches […]
Se introduzido por el agujero
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de carregar a bateria ou pelo fone de ouvido, e todos podem ficar aletargadas até
um ano sem precisar de carne animal ou humana. “Para moverse parasitan la alta
tec nología —dijo él—, como nosotros parasitamos el GPS” (27).
A identidade pós-humana que se explicita na novela se dá, mais que a
conceituação de monstros de ficção científica, ciborgues ou híbridos maquínicos,
como a explicitação de uma consciência que trasciende o próprio corpo e que se
articula no processo conectivo (Foster) com a cultura material do presente. Agora
bem, neste processo, a la vez, una última ruína do capitalismo continuamente apa
rece a cada página: la de los corpos como residuo. As soluções utópicas que
impedem o transumanismo, o posumanismo e o extropianismo parecem ter uma
aparência ou um custo distópico que poderia passar pela obsolescência dos corpos
e não unicamente, como se aponta nos planteamientos mais otimistas, por exemplo,
nas teorias ciberfeministas de Haraway ou Hayles, por uma superación do sujeto
liberal patriarcal destinada a controlar a naturaleza:
Nesse relato, a emergência substitui a teleologia/ epistemologia reflexiva substitui
o objetivismo; a cognição distribuída substitui a vontade autônoma; a incorporação
substitui um corpo visto como um sistema de suporte para a mente; e uma parceria
dinâmica entre humanos e máquinas inteligentes substitui o destino manifesto do
sujeito humanista liberal de dominar e controlar a natureza. (Hayles 288)
11 Um projeto —o microprojeto— insere na narração que mais uma vez se antecipou uma
instalação, que lembra o que levou a cabo o artista plástico Jamie McCartney com suas
400 vaginas, um macromural onde expõe uma reprodução em sim para os seus moldes
de las vaginas de 400 mulheres reais.
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Um modo de conclusão
Ambas as novelas analisadas podem ser entendidas a partir da metáfora da
arqueologia. Tanto Limbo quanto El año del desierto, junto com um grupo
crescente de textos, podem exemplificar a tendência da narrativa recente a,
poderíamos dizer, colocar a atenção na cultura material do presente em um
momento de máxima virtualização da experiência. Estas ficciones, que são
arqueológicas, parecem revelar uma misma y obsesiva pergunta: ¿quedo de
nuestra consciencia depositado en esas ruinas de lo real? As novelas arqueológicas
em você necessariamente o bem o distópico, o bem o duelo com frequência ante
certos restos do presente que aparecem como cadáveres, resíduos inasi milables
de um presente-passado ou um futuro-passado que exigem respostas.
Nestas e outras novelas atravessadas por esta mirada arqueológica sobre
o presente, com frequência, se visualizam certos objetos, fragmentos da cultura
material de um anteayer analógico ou de um hoy que se visualiza obturado no
futuro próximo. Desde o reconhecimento do permanente riesgo da improdutividade
da nostalgia, primeiro, por conduzir a um tempo em que o simulacro havia ya
cooptado qual possibilidade de definir um estatuto de realidade; segundo, pela
tendência a fetichizar como mercancía o objeto do mesmo, ficções como estas de
Agustín Fernández Mallo ou de Pedro Mairal pa recen complacerse en rescatar lo
obsoleto o ligeiramente anacrónico: en el caso del escritor español, usandondolo
en pasajes que con freqüentemente adotam a forma de projetos, jogos, instalações,
etc. No caso do argentino, jugando com as possibilidades heterocrônicas que
permitem a visualização desviada do material cultural .
12 Estratégias que trabalham com a cultura material e a heterocronia que são cada vez mais
frequentes entre os narradores juvenis da América Latina e da Espanha. Resultado iluminador
para leerlas el tra bajo de Héctor Hoyos a propósito de Alejandro Zambra; en el autor chileno,
Hoyos estudou o modo en que sus relatos interrumpen el discurso nostálgico apelando a la idea
de obsolescencia, para questionarlo. Particularmente válidas são suas conclusões sobre Zambra para aplicá-las a
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jatos e seu valor de câmbio, entre sua função artística e sua condição de mercadorias de
consumo e resíduos disponíveis para sua reciclagem ou destruição, para arrancar assim,
dos vertedeiros da globalização, objetos imprevistos que se projetam sobre o presente para
ajudar a entendê-lo .
Obras citadas
la lectura de la novela de Fernández Mallo que analisamos: “A escrita de Zambra afeta com sutis
estranhamentos—de objetos e amor, [...], mas não apenas estes. Sua proposta de interromper a nostalgia
com a obsolescência permite encarar o tempo como tempo e não como monumento ou bem de consumo” (122).
Agradezco ao autor el haberme facilitado copia de las pruebas del texto.
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