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Prova 1 – Sistema locomotor

Generalidades sobre o sistema ósseo


1. Defina:

a) Paquimeria: Divisão axial do corpo em dois tubos (ventral / dorsal);


um tubo é posterior (tubo neural) e o outro é anterior (tubo visceral)
e correspondem aos paquímeros posterior e anterior,
respectivamente.

b) Metameria: Superposição, no sentido longitudinal, de segmentos


semelhantes, cada segmento correspondendo a um metâmero. Exs:
coluna vertebral e caixa torácica.

c) Antimeria: Princípio pelo qual o corpo humano é construído por duas


metades aparentemente simétricas.

d) Anomalia: Alteração da forma prejudicando a função. Ex: Hidrocefalia

e) Variação: Alteração na forma sem prejudicar a função. Ex: Duas Aa.


Braquiais
f) Monstruosidade: Alteração incompatível com a vida. Ex: Ciclopia
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g) Circulação Colateral: Circulação que se forma por vias secundárias
quando é interrompido o conduto principal.

h) Cúspide: Ápice; extremidade aguda; cume, vértice (refere-se à


válvula).

i) Plano: Plano imaginário que atravessa o corpo na posição anatômica,


tendo a função de descrever um corte. As descrições anatômicas
baseiam-se, principalmente, nos planos sagitais, frontais, transversos
e mediano.

j) Eixo: Linha imaginária que atravessa os planos do corpo


perpendicularmente para possibilitar movimentos.

k) Normolíneo: Indivíduo de estatura normal, ângulo de Charpy (ângulo


formado entre as duas últimas costelas) aproximadamente igual a 90°.

l) Brevilíneo: Indivíduo de baixa estatura, ângulo de Charpy maior que


90°.

m) Longilíneo: Indivíduo de alta estatura, ângulo de Charpy menor que


90°.

n) Circundução: Combinação sucessiva de movimentos articulares


(flexão, abdução, extensão e adução) de um segmento.
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o) Estratimeria: Divisão do corpo em camadas que se superpõem.

p) Díploe: Camada de tecido ósseo esponjoso situada entre as duas


lâminas de tecido compacto nos ossos chatos, normalmente no
crânio.

q) Fratura de Jefferson: fratura de um ou de ambos os arcos (anterior e


posterior) do atlas (vértebra C1); pode haver também ruptura do
ligamento transverso.

r) Fratura do Enforcado: fratura do dente do áxis; resulta da


hiperextensão da cabeça sobre o pescoço.

s) Músculos Cuticulares: músculos que têm a pele (cútis) como uma de


suas fixações. Também são chamados de músculos da mímica.

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2. Descreva os tipos de alavanca do corpo humano.

Considera-se alavanca uma estrutura rígida capaz de se


movimentar ao redor de um ponto de apoio, chamado eixo ou fulcro,
quando uma força é aplicada.

➢ Alavanca Interfixa: O eixo fica localizado entre o braço de força e o de


resistência (Ex: tríceps braquial)

➢ Alavanca inter-resistente: A resistência situa-se entre o ponto de apoio e


a força (Ex: músculos posteriores da perna)

➢ Alavanca interpotente: A força encontra-se entre o apoio e a resistência


(Ex: bíceps braquial)

DICA: sempre o componente que dá nome à alavanca fica no meio (Ex:


na alavanca interfixa o ponto fixo fica entre a força e a resistência).

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3. Explique a classificação dos ossos.

• Ossos Longos: o comprimento é maior do que a largura e a


espessura. Possuem duas extremidades, as epífises proximal e
distal, separadas pela diáfise (corpo). Possuem um canal medular
em seu interior, englobado pela medula óssea.
Ex: fêmur, ulna, falanges, metatarsos, metacarpos

• Ossos Curtos: são cuboides.


Ex: ossos que compõem o tarso (tornozelo) e o carpo (punho)

• Ossos Planos (laminais): possuem espessura fina; geralmente têm


função protetora.
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Ex: escápula, ossos planos do crânio

• Ossos Pneumáticos: possuem cavidades com ar em seu interior,


que são revestidas por mucosa e podem inflamar (sinusite); os
seios da face são responsáveis pelo equilíbrio da pressão nos ossos
do crânio.
Ex: maxilar, frontal, esfenoide, etmoide

• Ossos Irregulares: têm diversos outros formatos, ditos


“irregulares” por não se encaixarem nas classificações
supracitadas.
Ex: vértebras, ossos da face

• Ossos Sesamóides: desenvolvem-se em alguns tendões, sendo


encontrados nos lugares onde os tendões cruzam as extremidades
dos ossos longos nos membros. Estes ossos protegem os tendões
contra o desgaste excessivo e, muitas vezes, modificam seu
ângulo.
Ex: patela

• Ossos Extranuméricos (Supranumerários): não estão presentes em


todos os indivíduos.
Ex: polidactilia (anomalia anatômica); ossos intersuturais
(variações anatômicas)

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Generalidades sobre articulações / Características da articulação
sinovial.

As articulações sinoviais podem apresentar todos ou alguns dos


seguintes componentes:

• Superfícies ósseas articulares - pontos de contato entre as


extremidades ósseas que se articulam.

• Cartilagem articular - cartilagem hialina que reveste as superfícies


ósseas articulares, tornando-as lisas, polidas e de cor esbranquiçada;
representam a porção do osso que não foi invadida pela ossificação.
A cartilagem articular é avascular e, em caso de lesões, ela não se
regenera, ocorrendo artrose, condição na qual pode ocorrer, com o
passar do tempo, atrito e desgaste ósseo.

• Cápsula articular - envoltório que se prende aos ossos que se


articulam; delimita a cavidade articular, que é o espaço virtual, onde
se localiza o líquido sinovial. A cápsula é formada por dois estratos:
um externo -estrato fibroso - constituído por feixes de tecido fibroso
branco, sendo considerado o principal meio de união da articulação;
um interno - estrato sinovial - que é a membrana sinovial.

• Membrana sinovial - tecido conjuntivo vascularizado que forra a


superfície interna da cápsula articular, mas que não reveste a
cartilagem articular. É responsável pela produção do líquido sinovial,
que lubrifica a articulação e nutre a cartilagem articular.

• Ligamentos - feixes fibrosos que reforçam, em alguns pontos, a


porção fibrosa ou externa da cápsula articular. Os ligamentos e a
cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos;
além disso, impedem os movimentos indesejados e limitam - bem
como os músculos e as superfícies ósseas articulares - a amplitude dos
movimentos normais.

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• Lábio articular - fibrocartilagem que se dispõe no contorno de uma
cavidade, permitindo um melhor ajuste ósseo. Só encontramos lábio
articular nas junturas do ombro e do quadril).

• Menisco - estrutura fibrocartilaginosa, com formato semilunar, que


age como estabilizador, absorvendo choques. Também facilita a
lubrificação da articulação e a nutrição da cartilagem articular, devido
ao fato de que ele permite uma melhor distribuição do líquido
sinovial. Este elemento encontra-se somente na articulação do joelho
e, quando lesado, não se regenera.

• Disco - estrutura fibrocartilaginosa circular, muito semelhante ao


menisco, que serve para melhor adaptação das estruturas que se
articulam, mas também funciona como amortecedor destinado a
receber violentas pressões; está nas articulações esternoclavicular e
temporomandibular.

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4. Monte um esquema classificando todos os tipos de articulações,
exemplificando-os.

➢ Articulações Fibrosas (Sinartroses):

• Suturas
o Planas (Ex: sutura internasal)
o Serreadas (Ex: sutura sagital)
o Escamosas (Ex: sutura parietotemporal)
o Esquindileses (Ex: articulação entre o vômer e o esfenoide)

• Sindesmoses (Ex: articulação tibiofibular distal)


• Gonfoses (Alvéolos) (Ex: articulações fixando os dentes nas arcadas
dentárias superior e inferior)

➢ Articulações Cartilagíneas:

• Primárias (Sincondroses) (Ex: sincondrose esfeno-occipital)


• Secundárias (Sínfises) (Ex: sínfise púbica)

➢ Articulações Sinoviais:

• Planas uniaxiais (Ex: articulação acromioclavicular)


• Gínglimos uniaxiais (Ex: articulações interfalangeanas)
• Trocóideas uniaxiais (Ex: articulação atlantoaxial mediana)
• Selares biaxiais (Ex: articulação carpometacarpal)
• Elipsóideas (condilares) biaxiais (Ex: articulação temporomandibular)
• Esferóideas multiaxiais (Ex: articulação do quadril)

5. Descreva as seguintes articulações:

a) Sacroilíaca: articulação sinovial plana uniaxial (anteriormente) /


sindesmose (posteriormente)
b) Disco intervertebral: articulação cartilagínea do tipo sínfise
c) Escápulo-Umeral: articulação sinovial esferóidea multiaxial
d) Internasal: articulação fibrosa do tipo sutura plana
e) Zigoapofisária: articulação sinovial plana uniaxial

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f) Costovertebral: articulação sinovial plana uniaxial
g) Atlantoaxial mediana: articulação sinovial trocóidea uniaxial
h) Atlantoaxial lateral: articulação sinovial plana uniaxial
i) Manubrioesternal: articulação cartilagínea do tipo sínfise

Esqueleto axial – Cabeça, Pescoço e Tronco - Ossos e músculos

1. Cite quatro ossos do neurocrânio e quatro acidentes de cada um deles

• Ossos temporais:
- Meato acústico interno
- Meato acústico externo
- Processo zigomático
- Processo estilóide

• Osso occipital:
- Côndilo occipital
- Forame magno
- Protuberância occipital
- Linhas nucais
- Canal do nervo hipoglosso

• Osso esfenoide:
- Forame oval
- Forame redondo
- Forame espinhoso
- Sela túrcica

• Osso etmoide:
- Lâmina cribriforme
- Crista etmoidal
- Concha Nasal superior
- Concha Nasal média

• Osso frontal:
- Glabela
- Forame supra-orbital
- Sutura frontal
- Forame cego
• Ossos parietais:
- Sutura coronal
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- Sutura lambdoide
- Sutura sagital
- Sutura frontal

OBS: Ossos do viscero-crânio:


• Mandíbula
• Maxilas
• Zigomáticos
• Nasais
• Lacrimais
• Vômer
• Conchas nasais

• Palatinos

2. Dê sete acidentes do osso temporal e sete do esfenoide

Temporal:

• Forame Jugular
• Processo mastoide
• Processo estiloide
• Forame estilomastoide
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• Processo zigomático
• Fossa mandibular
• Forame mastoideo
• Canal carótico
• Lâmina timpânica
• Meato acústico interno
• Meato acústico externo
• Sulco do nervo petroso maior

Esfenoide:

• Forame oval
• Forame redondo
• Forame espinhoso
• Sela túrcica
• Dorso da sela
• Asa maior
• Asa menor
• Processo clinoide anterior
• Processo clinoide posterior
• Sulco carótico
• Sulco pré-quiasmático

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3. Defina normocéfalo, braquicéfalo e dolicocéfalo

Crânio normocéfalo: diâmetro LL = AP Crânio


braquicéfalo: diâmetro LL > AP Crânio
dolicocéfalo: diâmetro AP > LL

4. Classifique as fraturas de face

• Fratura Le Fort I: fratura horizontal das maxilas, entre a arcada dentária


superior e o recesso piriforme. Segue superiormente aos processos
alveolares maxilares

• Fratura Le Fort II: fratura da maxila na região do arco orbital médio com
possível envolvimento do etmoide e dos ossos nasais. São três linhas de
fratura, sendo uma horizontal (dorso do nariz) e duas verticais (maxila)

• Fratura Le Fort III: disjunção crânio-facial; fratura próxima ao plano


órbitomeático que praticamente separa a face da calota craniana.

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5. Descreva a órbita com seus limites, conteúdos, e o que passa por seus
forames, canais e fissuras

A órbita é uma região de grande importância, onde se localiza o globoocular


e por onde passa um grande número de vasos e nervos.

• Teto: Frontal
• Assoalho: Zigomático + Maxila
• Parede Lateral: Zigomático + Frontal
• Parede Medial: Frontal + Maxila + Lacrimal + Etmoide
• Parede Posterior: Etmoide + Esfenoide + Palatino

A órbita possui forames e estruturas por onde passam os vasos eos


nervos que atuam sobre o globo ocular

a) Canal Óptico: atravessa o esfenóide. Por ele passam o nervo óptico (NC
II) e a artéria oftálmica (irriga o globo ocular)
b) Fissura Orbital Superior: atravessa o esfenóide, por onde passam os
nervos cranianos motores oculares (NC III, IV e VI)
c) Fissura Orbital Inferior: localiza-se entre a maxila e o esfenóide:por ela
passam diversas estruturas que participam da inervaçãoe irrigação das
regiões ao redor do globo ocular (A. Infraorbital,
V. Oftálmica, Nn. Infraorbital e zigomático)

6. Dê o conteúdo do forame magno

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• Bulbo e meninges (região de transição para medula espinhal)
• Artérias Vertebrais
• N. Acessório (NC XI)
• Veias durais
• Artérias espinais anterior e posterior

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lll. Músculos e Trígonos do pescoço

1. Dê a origem e a inserção dos músculos da mastigação

• M. Masseter

- Origem:
Processo maxilar do zigomático Arco
zigomático

- Inserção:
Ângulo da mandíbula
Superfície lateral do ramo da mandíbula

• M. Temporal

- Origem:
Assoalho da fossa temporal
Superfície profunda da fáscia temporal

- Inserção:
Processo coronóide da mandíbula Margem
anterior do ramo da mandíbula

• M. Pterigoideo lateral

- Origem:
Asa maior do esfenoide
Superfície lateral da lâmina lateral do processo pterigoide

- Inserção:
ATM

• M. Pterigoideo medial

- Origem:Superfície medial da lâmina lateral do processo pterigoide


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Processo piramidal do palatino
Túber da maxila

- Inserção:
Superfície medial do ramo da mandíbula

2. O músculo ECOM divide o pescoço em duas grandes regiões. Quais


são elas? Indique seus limites

Para conseguir ver a divisão topográfica do pescoço, é necessário


rebater a pele, a camada subcutânea e o músculo platisma. O ECOM,
sob ponto de vista topográfico, é o músculo mais importante do
pescoço, já que ele separa o pescoço nos seus dois grandes trígonos,
o trígono anterior e trígono posterior:

Trígono Posterior: Conteúdo muscular

• Borda posterior do ECOM


• Borda anterior do Trapézio
• Borda superior da clavícula

Trígono Anterior: Conteúdo visceral

• Borda anterior do ECOM

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• Mandíbula
• Linha mediana do pescoço (linha imaginária que passa na região
mediana do pescoço, dividindo-o sagitalmente em parte direita
e esquerda)

3. Os trígonos da questão acima são novamente divididos. Indique os


limites dessas divisões e o conteúdo desses novos trígonos

Trígono Anterior é dividido em:

a) Trígono Submandibular

• Limites:
- Mandíbula
- Ventre anterior do M. Digástrico
- Ventre posterior do M. Digástrico

• Conteúdo:
- Glândula submandibular

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- Vasos faciais
- N. Hipoglosso
- N. Milo-hióideo

b) Trígono Submentoniano

• Limites:
- Osso hioide
- Ventre anterior do M. Digástrico
- Ventre anterior do M. Digástrico contralateral

• Conteúdo:
- Músculo milo-hioide
- Linfonodos submentuais
- Pequenas veias que se unem para formar a V. jugular
anterior

c) Trígono Carotídeo

• Limites:
- Borda anterior do ECOM
- Ventre posterior do M. Digástrico
- Ventre superior do M. Omo-hioide

• Conteúdo:
- Feixe vasculo-nervoso carotídeo (A. Carótida comum com
a sua bifurcação, V. Jugular interna, N. Vago)
- Linfonodos
- Carótida externa e ramos
- N. Hipoglosso

d) Trígono Muscular

• Limites:
- Linha mediana do pescoço
- Borda anterior do ECOM
- Ventre superior do M. Omo-hioide

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• Conteúdo:
- Musculatura infra-hioidea
- Algumas vísceras cervicais (glândula tireoide,
paratireoides, traqueia, esôfago)

OBS: Alguns autores fazem uma divisão da região anterior do


pescoço, região entre os 2 ECOM, em região supra-hióidea e infra-
hióidea. A região infra-hióidea é a região que fica entre o osso
hioide e o gradil-costal, limitada lateralmente pelas bordas do
ECOM. Ela englobaria os trígonos musculares e os carotídeos. A
região supra-hióidea fica entre o osso hioide e a mandíbula. Ela
englobaria os 2 trígonos submandibulares e o trígono
submentoniano.

Trígono Posterior é cruzado pelo ventre inferior do M. Omo-hioide,


subdividido-o em:

a) Trígono supraclavicular

• Limites:
- Borda superior da clavícula
- Borda posterior do ECOM
- Borda inferior do ventre inferior do M. Omo-hioide

• Conteúdo:
- Vasos subclávios
- Raízes do plexo braquial

b) Trígono occipital

• Limites:
- Borda superior do ventre inferior do M. Omo hioide
- Borda posterior do ECOM
- Borda anterior do M. Trapézio

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• Conteúdo:
- Músculos escalenos

4. Defina trígono esternoclavicular e indique seu conteúdo e limites

O trígono esternoclavicular é o principal local de punção da veia


jugular interna. Ele possui linfonodos cervicais, relacionados ao nervo
acessório espinhal.

• Limites:
- Articulação esternoclavicular
- Ramo esternal do ECOM
- Ramo clavicular do ECOM

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❖ Ossos da coluna e do tórax

Tronco – Óssos e músculos

1. Quais são as diferenças anatômicas existentes entre as costelas?

o Costelas Verdadeiras (Vertebroesternais): fixam-se diretamente


ao esterno através de suas próprias cartilagens costais -> 1a – 7a
costelas

o Costelas Falsas (Vertebrocondrais): suas cartilagens unem-se às


cartilagens das costelas acima; portanto, a conexão com o esterno
é indireta -> 8a – 10a costelas

o Costelas Flutuantes (Vertebrais/ Livres): as cartilagens dessas


costelas não têm conexão, nem mesmo indireta, com o esterno;
terminam na musculatura abdominal posterior -> 11a e 12a
costelas

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➢ Costelas Típicas - As costelas 3 a 9 são consideradas típicas,
possuindo cabeça, colo, tubérculo e corpo.

➢ Costelas Atípicas - possuem peculiaridades:

• 1a Costela: é a mais curta, mais larga e mais curva das sete


costelas verdadeiras. Tem apenas uma face articular em sua
cabeça para articulação com T1 e dois sulcos transversais na
face superior para os vasos subclávios. Os sulcos são
separados pelo tubérculo do músculo escaleno anterior ao
qual está fixado o músculo escaleno anterior.

• 2a Costela: tem um corpo mais fino, menos curvo e bem


mais longa do que a 1a costela; sua cabeça tem duas faces
para articulação com os corpos das vértebras T1 e T2. Sua
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principal característica atípica é a presença de uma área
rugosa em sua face superior, a tuberosidade do M. serrátil
anterior.

• 10a – 12a Costelas: assim como a 1a, tem apenas uma face
articular em suas cabeças e articulam-se apenas com uma
vértebra.

• 11a e 12a Costelas: são curtas e não possuem colo nem


tubérculo.

2. O que é um tórax instável?

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O tórax instável pode ser definido como a perda de estabilidade
torácica resultante de fraturas de dois ou mais arcos costais, em dois
ou mais locais, associadas ou não a fraturas de coluna vertebral ou de
esterno. Quando isso ocorre, uma parte do tórax perde as suas
conexões ósseas com o restante da caixa torácica. Assim, a parede
torácica deixa de proporcionar um apoio ósseo rígido, necessário para
manter a expansibilidade torácica suficiente para uma função
ventilatória normal.
A instabilidade torácica gerada pelo trauma compromete a função
ventilatória normal, por reduzir a capacidade do tórax de gerar uma
pressão negativa intratorácica durante a inspiração e de gerar uma
pressão positiva durante a expiração. No tórax instável, pode ser
observado à inspeção o movimento paradoxal da parede torácica.
Observa-se que durante a inspiração, o segmento instável move-
se para dentro, devido à pressão negativa intratorácica, e durante a
expiração, a pressão positiva força o segmento instável a se projetar
para fora.

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Músculos do tronco

1. Cite cinco músculos acessórios da respiração. Dê a origem e inserção de


pelo menos três deles.

• Inspiração: Quadrado lombar, ECOM, escalenos, intercostais


externos e serrátil póstero–superior.

• Expiração: Intercostais internos, reto abdominal, oblíquo externo,


oblíquo interno, transverso do abdome e serrátil póstero–inferior.

➢ Intercostal externo

✓ Origem:
• Margem inferior das costelas

✓ Inserção:
• Margem superior da costela abaixo

➢ Intercostal interno

✓ Origem
• Margem superior das costelas

✓ Inserção
• Cartilagens costais
• Margens inferiores da costela acima

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➢ Serratil póstero-superior

✓ Origem
• Ligamento nucal
• Processos espinhosos de C7 – T3

✓ Inserção
• Região superior das costelas 2 - 4

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2. Desenhe ou descreva o músculo diafragma, identificando
suas principais estruturas.

O diafragma possui duas porções, uma muscular e


uma aponeurótica (centro tendíneo). A porção muscular é
dividida em esternal, lombar e costal. Existem três orifícios
no diafragma: forame da veia cava inferior, hiato
aórtico (este, na verdade, não perfura o diafragma) e
hiato esofágico.
Esse músculo é o marco anatômico de divisão do
tórax e abdome. Possui um trígono lombocostal (de
Bochdalek) e um trígono esternocostal (de Morgagni),
pelos quais pode haver herniações.

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COLUNA

- Constituição
7 cervicais
12 torácicas
5 lombares
5 sacrais
3-4 coccígenas
Curvaturas do adulto

Presença de lordoses e cifoses que servem de maneira a absorveros impactos, como uma mola;

- Vértebra

1_ Processo é qualquer proeminência óssea;


2_ O processo espinhoso é originado da junção das laminas,
-onde
Tipos édefixado o processo articular;
Vértebras
Cervical: forame no processo transverso; processo espinhoso
bífido (exceto na ultima); processo articular perpendicular e forame vertebral grande devido a
muitas conexões;

Torácica: maior processo transverso (relação com costelas);


Lombar: maior corpo vertebral (suporte de peso);

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Esqueleto Apendicular - Membros Superiores – Ossos e
Músculos

1. Esquematize o úmero nas vistas anterior e posterior.

2. Esquematize a epífise distal do úmero em vista


anterior, demonstrando os principais acidentes
anatômicos. Aproveite para citar os músculos
que se fixam nos epicôndilos lateral e medial,
respectivamente. 61
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Epicôndilo Lateral: Músculos extensores do antebraço

• M. extensor radial curto do carpo


• M. extensor dos dedos
• M. extensor do dedo mínimo
• M. extensor ulnar do carpo
• M. supinador

Epicôndilo Medial: Músculos flexores do antebraço

• M. pronador redondo
• M. flexor radial do carpo
• M. palmar longo
• M. flexor ulnar do carpo
• M. flexor superficial dos dedos

3. Cite os ossos do carpo.

• Trapezoide
• Trapézio
• Escafoide
• Capitato
• Hamato
• Piramidal
• Semilunar
• Pisiforme

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4. Dê os limites dos espaços triangular e quadrangular da axila.

Espaço Triangular da Axila: por ele passa a artéria circunflexa da


escápula. Possui os seguintes limites:

• M. redondo maior
• M. redondo menor
• Cabeça longa do M. tríceps braquial

Espaço Quadrangular da Axila: por ele passa a artéria circunflexa


posterior do úmero e o nervo axilar. Possui os seguintes limites:

• M. redondo maior
• M. redondo menor
• Cabeça longa do M. tríceps braquial
• Úmero

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5. Classifique as articulações do membro superior.

a) Esternoclavicular: sinovial selar biaxial


b) Acromioclavicular: sinovial plana uniaxial
c) Glenoumeral (do ombro): sinovial esferóidea triaxial
d) Umerorradial: sinovial do tipo gínglimo uniaxial modificada
e) Umeroulnar: sinovial do tipo gínglimo uniaxial
f) Radioulnar proximal: sinovial trocóidea uniaxial
g) Radioulnar distal: sinovial trocóidea uniaxial
h) Radiocarpal: sinovial condilar (elipsóidea) biaxial
i) Intercarpais: sinoviais planas uniaxiais
j) Carpometacarpais: sinoviais planas uniaxiais
k) Carpometacarpal do polegar: sinovial selar biaxial
l) Metacarpo-falângicas: sinoviais condilares (elipsóideas) biaxiais
m) Interfalângicas: sinoviais do tipo gínglimo uniaxiais

6. Dê a origem, a inserção e a ação dos músculos que compõem o manguito


rotador.

a) M. Supraespinal

• Origem: Fossa supraespinal da escápula


• Inserção: Face superior do tubérculo maior do úmero
• Funções:

o Inicia e ajuda o M. deltoide na abdução do braço


o Atua com os músculos do manguito rotador

b) M. Infraespinal

• Origem: Fossa infraespinal da escápula


• Inserção: Face média do tubérculo maior do úmero

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• Funções:

o Roda lateralmente o braço


o Atua com os músculos do manguito rotador

c) M. Redondo Menor

• Origem: Parte média da margem lateral da escápula


• Inserção: Face inferior do tubérculo maior do úmero
• Funções:

o Roda lateralmente o braço


o Atua com os músculos do manguito rotador

d) M. subescapular

• Origem: Fossa Subescapular


• Inserção: Tubérculo Menor do úmero
• Funções:

o Roda medialmente o braço


o Atua com os músculos do
manguito rotador
o Ajuda a manter a cabeça do
úmero na cavidade glenoidal

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7. Dê a origem, a inserção e a função de todos os músculos do braço

a) M. Bíceps braquial

• Origem:
- Extremidade do processo coracoide da escápula (cabeça curta)
- Tubérculo supraglenoidal da escápula (cabeça longa)

• Inserção:
- Tuberosidade do rádio
- Fáscia do antebraço

• Funções:
- Supina o antebraço
- Flete o antebraço, quando este está em posição de supinação
- Sua cabeça curta resiste à luxação do ombro

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b) M. Coracobraquial

• Origem:
- Extremidade do processo coracoide da escápula

• Inserção:
- Terço médio da face medial do úmero

• Funções:
- Ajuda a fletir e aduzir o braço
- Resiste à luxação do ombro

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c) M. Braquial

• Origem:
- Metade distal da face anterior do úmero

• Inserção:
- Processo coronoide
- Tuberosidade da ulna

• Função:
- Flete o antebraço em todas as posições

d) M. Tríceps Braquial

• Origem:
- Tubérculo infraglenoidal da escápula (cabeça longa)
- Face posterior do úmero, superior ao sulco do N. radial (cabeça
lateral)
- Face posterior do úmero, inferior ao sulco do N. radial (cabeça
medial)

• Inserção:
- Extremidade proximal do olécrano da ulna
- Fáscia do antebraço

• Funções:
- Principal extensor do antebraço
- Sua cabeça longa resiste à luxação do úmero

e) M. Ancôneo

• Origem:
- Epicôndilo lateral do úmero

• Inserção:
- Face lateral do olécrano

69
- Parte superior da face posterior da ulna

• Funções:
- Auxilia o M. tríceps braquial na extensão do antebraço
- Estabiliza a articulação do cotovelo
- Pode abduzir a ulna durante a pronação

70
8. Dê os limites e o conteúdo da fossa cubital.

Limites:

• Superiormente: Linha imaginária que une os epicôndilos medial e


lateral
• Medialmente: M. Pronador Redondo
• Lateralmente: M. Braquiorradial
• Assoalho: M.Braquial; M.Supinador
• Teto: Continuidade das fáscias do braço e do antebraço reforçadas
pela aponeurose do M. bíceps braquial; Tela subcutânea e Pele

Conteúdo:

• Parte terminal da A. braquial e o início de seus ramos terminais (A.


radial e A. ulnar)
• Veias acompanhantes (profundas) das artérias
• Tendão do M. bíceps braquial
• N. mediano
• N. radial

71
9. Cite os limites e o conteúdo da “tabaqueira anatômica”.

• Limite anterior: Tendões do M. abdutor longo do polegar e do M.


extensor curto do polegar
• Limite posterior: Tendão do M. extensor longo do polegar
• Assoalho: Ossos Escafóide e Trapézio
• Conteúdo: A. Radial

10. Dê a irrigação arterial e a drenagem venosa do membro superior.

➢ Irrigação arterial:

A A. subclávia muda de nome a partir da margem lateral da 1ª costela,


passando a se chamar A. axilar, a qual é dividida em 3 porções pelo M.
peitoral menor:

1ª Porção: vai da margem lateral da 1ª costela até a margem


medial do M. peitoral menor.

72
- Ramos:

• A. Torácica Superior

2ª Porção: posterior ao M. peitoral menor.

- Ramos:

• A. Toracoacromial
• A.Torácica lateral

3ª Porção: vai da margem lateral do M. peitoral menor até a


margem inferior do M. redondo maior.

- Ramos:

• A. Subescapular;
• A. Circunflexa anterior do úmero;
• A. Circunflexa posterior do úmero

73
A.braquial, continuação da A. axilar, começa na margem inferior do M. redondo
maior, estendendo-se até a fossa cubital, onde se divide em A. ulnar e A. radial.
O maior ramo da A. braquial é a A. braquial profunda (a qual depois emite a A.
colateral média e a A. colateral radial), que passa na região posterior do úmero
no sulco do N. radial. Outros ramos importantes são a A. colateral ulnar superior
e a A. colateral ulnar inferior, que participam de importantes anastomoses na
região do cotovelo.

Ramos da A. Ulnar:

• A. recorrente ulnar
- Ramo anterior
- Ramo posterior

• A. interóssea comum
- A. interóssea anterior
- A. interóssea posterior (emite a A. recorrente interóssea)

• Ramo carpal dorsal da A. ulnar


• Ramo carpal palmar da A. ulnar

74
• Ramo palmar profundo da A. ulnar

Ramos da A. Radial:

• A. recorrente radial
• Ramo carpal dorsal da A. radial
• Ramo carpal palmar da A. radial
• Ramo palmar superficial da A. radial

Rede Articular do Cotovelo:

• A. colateral média com A. recorrente interóssea


• A. colateral radial com A. recorrente radial
• A. colateral ulnar superior com A. recorrente ulnar posterior
• A. colateral ulnar inferior com A. recorrente ulnar anterior

Irrigação da Mão:

• Arco palmar superficial (Formado principalmente pela A. Ulnar)


• Arco palmar profundo (Formado principalmente pela A. Radial)

75
76
➢ Drenagem Venosa

11. Fale sobre a drenagem linfática do membro superior.

➢ Vasos linfáticos superficiais

Originam-se de plexos linfáticos na pele dos dedos, palma e dorso da


mão e ascendem principalmente junto com as veias superficiais.
Alguns vasos que acompanham a V. basílica entram nos linfonodos
cubitais, situados proximais ao epicôndilo medial. Os vasos eferentes
dos linfonodos ascendem no braço e terminam nos linfonodos
axilares umerais (laterais). A maioria dos vasos linfáticos superficiais
que acompanham a V. cefálica cruza a parte proximal do braço e a
face anterior do ombro para entrar nos linfonodos axilares apicais;
mas alguns vasos entram antes nos linfonodos deltopeitorais, mais
superficiais.

77
Resumindo:

Pele dos dedos, palma e dorso da mão -> Linfonodos cubitais ->
Linfonodos axilares umerais ou Pele dos dedos, palma e dorso da mão
-> Linfonodos deltopeitorais -> Linfonodos axilares apicais

➢ Vasos linfáticos profundos

Acompanham as grandes veias profundas no membro inferior e


terminam nos linfonodos axilares umerais, os quais são drenados pelo
tronco linfático subclávio.

Resumindo:

Linfonodos axilares umerais -> Tronco linfático subclávio

78
12.Descreva a formação do plexo braquial e as manifestações clínicas das
lesões que o acometem.

Nervos da parte ventral dos segmentos medulares C5, C6, C7, C8 e parte
de T1 irão formar o plexo braquial. C5 se junta com C6 formando o tronco
superior, C7 segue só e forma o tronco médio, C8 e T1 se juntam
formando o tronco inferior. Cada tronco emitirá duas raízes, uma
posterior e uma anterior e a junção entre elas formará os fascículos.
Todos os 3 ramos posteriores se juntam e formam o fascículo posterior.
Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam o fascículo
lateral. O ramo anterior do tronco inferior origina o fascículo medial.
Então o fascículo lateral emite o N. musculocutâneo e o N. torácico
lateral; o fascículo posterior emite o N. radial e o N. axilar, o fascículo
medial emite o N. ulnar, e para finalizar o N. mediano é emitido pela
junção da raiz lateral do fascículo lateral e raiz medial do fascículo medial.

79
Lesões do Plexo Braquial

• Lesão Supraclavicular: acomete raízes nervosas e troncos


• Lesão Retroclavicular: acomete as divisões anteriores e
posteriores
• Lesão Infraclavicular: acomete fascículos e nervos periféricos
• Paralisia Braquial Obstétrica (tração do plexo braquial)
- Paralisia de Erb-Duchenne: lesão das raízes nervosas superiores
(C5 e C6)
- Paralisia de Klumpke: lesão das raízes nervosas inferiores (C7, C8
e T1)
- Paralisia de Erb-Klumpke: lesão total do plexo braquial (C5 a T1)
• Paralisia de Mochila: lesão por compressão de raízes e troncos do
plexo braquial, causada pelo transporte de objetos pesados sobre
o ombro
• Mão de Gorjeta de Garçom: lesão do tronco superior do plexo
braquial
• Síndrome do Desfiladeiro Torácico: compressão das raízes de C8 e
T1, e do tronco inferior do plexo braquial
• Mão Caída: lesão do N. radial
• Mão em Garra: lesão do N. ulnar
• Mão em Bênção: lesão do N. mediano

13.O que lesões do nervo radial, ulnar e mediano causam,


respectivamente?

• Mão Caída: lesão do N. radial


• Mão em Garra: lesão do N. ulnar
• Mão em Bênção: lesão do N. mediano

80
14. Correlacione as colunas:

A) Nervo mediano (C) Músculo braquiorradial


B) Nervo ulnar (C) Músculo ancôneo
C) Nervo radial (A) Músculo pronador quadrado
D) Nervo musculocutâneo (A) Músculo palmar longo

15. Fale sobre a síndrome do desfiladeiro torácico.

Os nervos, artérias e veias que vão para os braços se originam ao nível da


coluna, na região cervical (pescoço). A partir daí, passam pelo estreito
torácico superior até atingir os dedos. Essa síndrome caracteriza-se por
haver compressão (ao nível do estreito torácico superior) dessas
estruturas, geralmente devido à posição errônea da primeira costela ou
à presença de uma costela cervical ou pontes fibrosas entre os músculos
escalenos. Outra causa pode estar relacionada a complicações após uma
fratura de clavícula (com formação de calo ósseo), etc.

Ocorre dor (que pode ser interna, no osso), amortecimento


(formigamento), dormência no braço, antebraço, mão e dedos, podendo
ocorrer isoladamente ou de forma combinada em um ou mais desses
locais. Isso ocorre geralmente quando a pessoa estica e eleva ou braços
acima da cabeça por alguns minutos (Ex: para trocar uma lâmpada, pintar
uma parede, pentear os cabelos, ou ao dormir com o braço para cima,
etc.). Pode ocorrer em apenas um ou nos dois braços.

81
16. Fale sobre a síndrome do túnel do carpo.

Quando o ligamento transverso do carpo comprime o nervo mediano. Os


sinais e sintomas clínicos mais comuns da STC são: dor, hipoestesia e
parestesia no território de sensibilidade do nervo mediano
(particularmente no polegar, dedo indicador e médio e face radial do
dedo anular), com piora noturna dos sintomas. Caracteristicamente, os
sintomas de parestesia (sensações cutâneas subjetivas) e dor noturna
acordam o paciente durante o sono e melhoram com uso de tala para
imobilização do punho e com movimentos da mão e do punho.

17.Quais são os principais músculos lesados quando alguém corta os pulsos?


Se, ao cortar os pulsos, houver lesão do nervo mediano, quais são as
manifestações clínicas?

• Tendão do M. palmar longo


• Tendão do M flexor radial do carpo
• Tendão do M. flexor ulnar do carpo

Como os tendões dos músculos flexores foram seccionados, a flexão da


mão ficará comprometida. A lesão no nervo mediano gera a chamada
“mão em bênção”.

82
18. Cite a inervação dos músculos anteriores do antebraço.

Camada superficial

• M. pronador redondo – N. mediano (C6-C7)


• M. flexor radial do carpo – N. mediano (C6-C7)
• M. palmar longo – N. mediano (C7-C8)
• M. flexor ulnar do carpo – N. ulnar (C7-C8)

83
Camada intermediária

• M. flexor superficial dos dedos – N. mediano (C7, C8, T1)

Camada profunda

• M. flexor profundo dos dedos


- Parte medial – N. ulnar (C8, T1)
- Parte lateral – N. interósseo anterior (C8, T1)
• M. flexor longo do polegar – N. interósseo anterior (C8, T1)
• M. pronador quadrado - N. interósseo anterior (C8, T1)

84
19. Descreva dedo em gatilho.

O dedo em gatilho é uma condição que afeta os


tendões flexores da mãoe o polegar. O dedo em
gatilho limita o movimento do dedo da mão, o
dedo fica travado e não consegue esticar. Ao
forçar o dedo e estender, ele estala e dói. Ao
tentar esticar o dedo, ele irá travar.

85
Esqueleto Apendicular - Membros Inferiores

1. Desenhe o fêmur na posição anatômica.

2. Esquematize a epífise proximal do fêmur, em vista


anterior, demonstrando os principais acidentes
anatômicos. Aproveite para citar os músculos que se
fixam nos trocanteres do fêmur.

86
► Trocanter Maior

• M. glúteo médio
• M. glúteo mínimo
• M. piriforme
• M. obturador interno
• M. gêmeo superior
• M. gêmeo inferior
• M. vasto lateral

► Trocanter Menor

• M. iliopsoas

3. Esquematize a epífise proximal do fêmur, em vista posterior.

4. Quais os tipos de fratura que podem ocorrer na epífise proximal do


fêmur?

As fraturas mais comuns da epífise proximal do fêmur são:

• Fratura do colo femoral (intracapsular)


• Fratura intertrocanteriana (transtrocanteriana)
• Fratura subtrocanteriana

87
5. Dê os componentes, a origem, a inserção e a função do(a):

a) Quadríceps femoral

► M. Reto femoral:

• Origem – EIAI, teto do acetábulo


• Inserção – Tuberosidade da tíbia (ligamento da patela)
• Função – Extensão do joelho e flexão do quadril

► M. Vasto Lateral:

• Origem – Lábio lateral da linha áspera, face lateral do trocanter


maior do fêmur
• Inserção – Tuberosidade da tíbia, côndilo lateral da tíbia
• Função – Extensão do joelho

► M. Vasto Medial:

• Origem – Lábio medial da linha áspera do fêmur, linha


intertrocantérica do fêmur
• Inserção – Tuberosidade da tíbia, côndilo medial da tíbia
• Função – Extensão do joelho

88
► M. Vasto Intermédio:

• Origem – Face anterior do corpo de fêmur


• Inserção – Tuberosidade da tíbia
• Função – Extensão do joelho

b) Pata de ganso (Pé anserino)

Formação tendinosa que se situa medialmente à tuberosidade da


tíbia e serve como fixação distal comum de 3 diferentes músculos:
grácil, sartório e semitendíneo.

89
c) Jarrete

Agrupamento de 3 formações musculares (cabeça longa do M. bíceps


femoral, M. semitendíneo, M. semimembranáceo) por causa de
algumas relevantes características comuns entre todas elas:

• Fixação proximal no túber isquiático, profundamente ao M. glúteo


máximo
• Fixação distal nos ossos da perna
• Inervação pela divisão tibial do N. isquiático
• Atuação na extensão do quadril e na flexão do joelho

90
6. Dê os limites e o conteúdo do trígono femoral.

► Limites

• Superiormente – Ligamento inguinal


• Medialmente – M. adutor longo
• Lateralmente – M. sartório

91
► Conteúdo

• N. femoral e seus ramos terminais


• Bainha femoral e seu conteúdo (A. femoral, V. femoral e seus
respectivos ramos e tributárias)
• Linfonodos inguinais profundos
• Vasos linfáticos

7. Diga os limites e o conteúdo do canal dos adutores.

O canal dos adutores é uma passagem longa (cerca de 15 cm) e estreita


no terço médio da coxa; estende-se do ápice do trígono femoral (onde o
M. sartório cruza sobre o M. adutor longo) até o hiato dos adutores (no
tendão do M. adutor magno).

► Limites

• Anterolateralmente – M. Vasto medial.


• Posteriormente – Mm. adutores longo e magno.
• Medialmente – M. sartório, situado sobre o sulco entre os
músculos acima, formando o teto do canal.

92
► Conteúdo

• Artéria femoral
• Veia femoral
• Nervo safeno
• Nervo vasto medial

93
8. Fale sobre a articulação do joelho.

Classificada como articulação sinovial uniaxial do tipo gínglimo. É


formada pela adjacência de 3 ossos: fêmur, patela e tíbia. Além disso,
possui formações características de articulações sinoviais, tais como
ligamentos acessórios separados (extrínsecos) e ligamentos que são
espessamentos da cápsula articular (intrínsecos).

► Ligamentos Extrínsecos

• Ligamento da patela
• Ligamento colateral fibular
• Ligamento colateral radial
• Ligamento poplíteo oblíquo
• Ligamento poplíteo arqueado

► Ligamentos Intrínsecos

• Ligamentos cruzados (anterior e posterior)


• Ligamentos coronários
• Ligamento transverso do joelho
• Ligamento meniscofemoral posterior
• Meniscos medial e lateral

94
95
9. Dê a irrigação arterial e a drenagem venosa do membro inferior.

► Irrigação Arterial

96
► Drenagem Venosa

10. Dê a drenagem linfática do membro inferior.

O membro inferior tem vasos linfáticos superficiais e profundos. Os vasos


linfáticos superficiais convergem e acompanham as veias safenas e suas
tributárias, enquanto os profundos seguem as veias profundas.

• Linfonodos Poplíteos Superficiais: ficam na tela subcutânea,


recebendo linfa dos vasos linfáticos que acompanham a V. safena
parva. Mandam a linfa para os linfonodos inguinais profundos.

• Linfonodos Poplíteos Profundos: circundam os vasos poplíteos;


recebem linfa da cápsula articular do joelho e dos linfáticos que
acompanham as Vv. profundas da perna. Mandam a linfa para os
linfonodos inguinais profundos.

97
• Linfonodos Inguinais Superficiais: recebem a linfa dos vasos linfáticos
que acompanham a V. safena magna. A maior parte drena
diretamente para os linfonodos ilíacos externos (situados ao longo da
V. ilíaca externa), mas uma porção da linfa também segue para os
linfonodos inguinais profundos.

• Linfonodos Inguinais Profundos: recebem a linfa oriunda dos


linfonodos poplíteos e uma parte da drenagem dos linfonodos
inguinais superficiais. Sua linfa segue até os linfonodos ilíacos
externos e comuns e, em seguida, chega aos troncos linfáticos
lombares.

11.Quais músculos são inervados pelas divisões do nervo isquiático?

A divisão tibial do N. isquiático inerva todos os Mm. do compartimento


posterior da coxa e da perna, salvo a cabeça curta do M. bíceps femoral,
que é inervada pela divisão fibular comum do N. isquiático. Esta última
divisão também se divide em N. fibular superficial, que inerva os Mm. do
compartimento dorsiflexor da perna; e N. fibular profundo, o qual inerva
os Mm. do compartimento anterior da perna.

98
12.Que estruturas passam no túnel do tarso?

O túnel do tarso reveste alguns tendões flexores, o N. tibial posterior e a


A. tibial posterior, que se situam distal e anteriormente ao maléolo
medial (da tíbia).

13.Como ocorre a síndrome do túnel do tarso? Quais são suas


consequências clínicas?

A síndrome do túnel do tarso é uma condição clínica na qual ocorre


compressão do N. tibial posterior ou seus ramos dentro do túnel do tarso.
Algumas das manifestações clínicas comuns são:

• Dor na região medial do tornozelo e pé


• Alterações sensitivas cutâneas locais
• Atrofia da musculatura do pé
• Anormalidades na caminhada

99
14.Dê os limites e conteúdo da fossa poplítea.

► Limites:

• Súpero-lateralmente: M.Bíceps femoral


• Súpero-medialmente: M.Semimembranáceo
• Ínfero-lateralmente: Cabeça lateral do M. Gastrocnêmio
• Ínfero-medialmente: Cabeça medial do M.Gastrocnêmio
• Posteriormente: Fáscia poplítea e pele
• Assoalho: Superfície poplítea do fêmur, face posterior da cápsula
articular do joelho e fáscia de revestimento poplítea

► Conteúdo:

• Extremidade da veia safena parva


• Artéria e veias poplíteas e seus ramos
• N.Tibial e N.Fibular comum
• N.Cutâneo femoral posterior
• Linfonodos e vasos linfáticos poplíteos

100
15. Esquematize formação do plexo lombossacral

• N. Isquiático (L4-S3) – Ramos articulares para a


articulação do quadril; ramos musculares para os
músculos flexores do joelho na coxa e todos os
músculos na perna e no pé
• N. Glúteo Superior (L4-S1) – Músculos glúteo médio e glúteo
mínimo
• N. Glúteo Inferior (L5-S2) – M. glúteo máximo
• N. Pudendo (S2-S4) – Estruturas do períneo
• N. Femoral (L2-L4) – M. ilíaco, músculos da face anterior da
coxa
• N. Obturatório (L2-L4) – Músculos adutores da coxa

16. Comente sobre as lesões do plexo lombossacral

• Lesão do N. Isquiático – pé cansado e extensão debilitada do


quadril
• Lesão do N. Femoral – limitam a extensão do
joelho e a flexão do quadril
• Lesão do N. Obturatório – limitam a adução da coxa
• Lesão do N. Fibular Comum – pé cansado
• Lesão do N. Tibial – debilidade de flexão plantar

101
Estudo dirigido-
ESTUDO DIRIGIDO – Sistema Locomotor

1) No sentido anterior posterior, quais são os ossos que formam a


base do crânio?

Osso frontal, etmoide, esfenoide, temporal e occipital.

2) Qual é a importância aplicada a prática clínica ou cirúrgica dos


seguintes acidentes anatômicos da base do crânio.

a) Lâmina cribriforme: As fraturas no assoalho da fossa


anterior do crânio podem acometer a lâmina cribriforme do
etmoide, resultando em perda de líquido cefalorraquidiano
através do nariz (rinorreia liquórica). A rinorreia liquórica pode
ser sinal primário de uma fratura da base do crânio e aumenta o
risco de meningite porque poderia haver disseminação da
infecção do nariz para as meninges.

b) Fossa hipofisial e seio esfenoidal: A fossa hipofisial


consiste em uma depressão no corpo do esfenoide que irá
abrigar a hipófise. Alterações nessa região podem comprometer
significativamente o funcionamento da glândula hipofisária. O
seio esfenoidal consiste em uma abertura cheia de ar no corpo
do esfenoide. Um tumor maligno nesses seios pode causar
erosão das finas paredes ósseas da órbita e comprimir o nervo
óptico e o conteúdo da órbita. Além disso, essas regiões
apresentam grande importância cirúrgica, pois possibilitam o
acesso a estruturas neurovasculares importantes por meio de
procedimentos endoscópicos, os quais são menos invasivos,
minimizando os riscos.

c) Forame magno: O forame magno consiste em uma


abertura no crânio que permite a continuidade da medula espinal
e sua comunicação com o encéfalo. Por ele, passam artérias

102
vertebrais, artérias espinais, nervos acessórios, bulbo e
meninges. Através dos vasos que passam pelo forame magno,
podem passar células tumorais metastáticas as quais costumam
se espalhar nas meninges, vértebras e encéfalo.

Na cirurgia dos tumores de hipófise, o acesso pode ser feito pelo nariz, seio
esfenoidal e fossa hipofisial, sem a necessidade de provocar a lesão de outras
estruturas encefálicas.

3) Quais são as relações das fossas cranianas anterior, média e


posterior? A fossa anterior é formada pelo frontal, etimoide e o corpo e as
asas do esfenoide. Essa fossa é importante pois abriga os lobos frontais
do cérebro, possui constituintes das orbitas e a presença de diversos
forames nessa região desempenha papel fundamental nas diversas
percepções sensoriais do individuo, como as olfativas.

A fossa media é formada pela sela turca e pelas grandes partes laterais deprimidas
de cada lado. Tem papel importante na função optica, por meio de diversos nervos
e hormonal, ao abrigar a hipófise.

A fossa posterior é formada pelo occipital e pelas partes petrosa e mastoidea dos
temporais. Região muito importante por alojar diversas estruturas do sistema
nervoso central, como a ponte, o cerebelo e o bulbo.

4) Quais são as impressões arteriais observadas na face interna dos


ossos

da calvária e qual é a sua principal importância médica?

Observando o interior da calvária, é possível visualizar, além das suturas,


irregularidades do relevo, destacando os sulcos arteriais das artérias meníngeas
que pressionam os ossos da calvária formando impressões por onde passam.
Esses sulcos abrigam os vasos meníngeos que passam pelo encéfalo. É possível
visualizar, também, pequenos orifícios por onde passam as veias emissárias.

A importância médica dessas impressões arteriais é saber onde estão localizadas


as artérias da calvária.

103
O sulco da artéria meníngea média é particularmente importante. Essa artéria
passa pelo forame espinhoso do esfenoide e segue entre o parietal e a dura-máter
a cada lado. Nos traumatismos cranianos ela pode ser lesada quando transita pelo
forame e provocar um hematoma extradural.

5) Qual é a relação dos seios paranasais com a cavidade nasal?

Os seios da face, ou seios paranasais, são extensões cheias de ar de parte da


cavidade nasal formada por ossos pneumáticos. Eles são compostos por: seios do
osso frontal, seios das maxilas, seios do osso esfenoide e seios do osso etmoide.
A cavidade nasal possui ligação com esses seios que ficam na região próxima ao
nariz. Ambos possuem função de condicionamento do ar que entra em direção aos
pulmões e estão envolvidos na recepção e eliminação de secreções. A sinusite é
caracterizada como a inflamação desses seios.

A ligação entre esses seios e a cavidade nasal por meio de canais permite a
eliminação do muco formado nos seios, mas possibilita também a passagem em
direção contrária, de muco contaminado da cavidade para os seios. Isso é o que
provoca as sinusites.

6) Quais são os músculos que movimentam a ATM?

Os músculos que movimentam a ATM são: temporal, masseter, pterigóideo medial,


pterigóideo lateral, supra-hióideos (digástrico, milo-hióideo e gênio-hióideo) e infra-
hióideos.

Na realidade, consideramos músculos que atuam na ATM apenas os denominados


músculos da mastigação: Masseter, temporal e pterigóideos lateral e medial. Os
músculos supra e infra hióideos vão atuar direta ou indiretamente apenas na abertura
da boca, que se faz naturalmente apenas por ação da gravidade.

7) Qual é a participação do músculo esternocleidomastóideo na divisão do


pescoço em regiões?

O músculo esternocleidomastóideo divide de modo visível, cada lado do pescoço


em regiões cervical anterior e lateral (trígonos cervical anterior e lateral do

104
pescoço). Possibilitando a estabilidade da coluna vertebral cervical, a contração
bilateral dos músculos , além da fletição do pescoço.

8) Qual é a importância do espaço interescalênico?

O espaço interescalênico é importante para a aplicação de anestesias locais do


plexo braquial que, com a associação de torniquete, permite ao médico a
realização de cirurgias nessa região sem precisar, necessariamente, de anestesia
geral.

Além do plexo braquial, devemos lembrar que a artéria subclávia também passa
pelo espaço interescalênico.

9) Como são formados e qual é a importância médica dos forames vertebral


e intervertebral?

O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam as paredes do forame


vertebral. E é pela a abertura formada pela articulação de duas incisuras vertebrais
(incisuras vertebrais superiores e inferiores) sucessivas, das vértebras adjacentes
e os discos que as unem que se formam forames intervertebrais, dos quais
emergem os nervos espinhais da coluna vertebral. Além dos gânglios sensitivos
espinhais (raiz posterior).

A sucessão de forames vertebrais forma o canal vertebral, onde se alojam a


medula espinal e as meninges.

10) Qual é a relação do forame intervertebral com uma hérnia de disco?

O forame intervertebral é uma estrutura anatômica representada por um espaço


entre as vértebras, pela qual passam os nervos espinais. A hérnia de disco ocorre
quando o núcleo pulposo de um disco vertebral se desloca por uma abertura no
anel fibroso para o forame vertebral, causando compressão dos nervos e,
consequentemente, dor.

11) Qual é a importância do forame transversário?

Por ele, as artérias vertebrais e suas veias acompanhantes atravessam, exceto


em C VII, onde passam apenas pequenas veias acessórias. Assim, especialmente

105
em C VII, os forames são menores do que nas outras vértebras cervicais, e
algumas vezes estão ausentes.

12) Qual é a importância do ligamento cruciforme na coluna cervical?

O ligamento cruciforme é formado pelo ligamento transverso do Atlas junto com os


fascículos longitudinal superior e inferior. A importância desse ligamento está no
fato de ser o responsável por manter o dente do áxis em contato com o arco
anterior do atlas, impedindo o deslocamento posterior do dente e anterior do atlas.
O seu rompimento, junto de um ou mais arcos vertebrais do atlas, é conhecido
como fratura de Jefferson. Qualquer deslocamento comprometeria a parte do
forame vertebral de C1 que dá passagem à medula espinhal.

13) Quais regiões da coluna vertebral são mais propensas ao


desenvolvimento de hérnias de disco e por quê?

As regiões da coluna vertebral mais propensas ao desenvolvimento de hérnia de


disco são as regiões cervical e lombar, isso ocorre devido à maior amplitude de
movimento realizada por essas duas regiões.

O fato da região lombar suportar uma carga maior de peso também influencia.

14) Por que os músculos eretores da espinha são mais propensos ao


desenvolvimento de contraturas musculares?

A contratura muscular consiste na contração incorreta do músculo e seu não


retorno para o estado normal de relaxamento que ocorre devido a uma sobrecarga
exercida na musculatura. Logo, os músculos eretores da espinha são mais
propensos a desenvolver contraturas musculares pois, como uma de suas funções
é manter o tronco fletido, está quase constantemente contraído.

106
Sempre que um músculo é usado, ele tende a se encurtar, daí a necessidade de
fazermos exercícios de alongamento, como contraposição a tendência natural ao
encurtamento. Os músculos lombares estão sempre se contraindo para mantermos
nossa posição ereta, por isso, são músculos normalmente encurtados. Quanto mais
encurtado o músculo, maior a possibilidade dele sofrer contratura.

15) Qual é a função dos músculos da parede abdominal no processo


respiratório?

Os músculos oblíquos interno e externo e o transverso do abdome aplicam pressão

sobre as vísceras abdominais, com a compressão delas e o aumento da pressão

dentro do abdômen há a elevação do diafragma relaxado para expirar o ar durante

a respiração. Já na inspiração, esses músculos relaxam para dar espaço para os

órgãos que são empurrados para baixo.

Reto abdominal:

16) O que é uma hérnia inguinal?

Caracteriza-se pela protrusão de parte do intestino ou de outro órgão abdominal


por meio de uma abertura na parede do abdome, provocando uma protuberância
na região inguinal/ das fossas ilíacas. É mais comum em homens do que mulheres,
por causa da passagem do funículo espermático.

17) O que é um compartimento muscular? O que é uma síndrome de


compartimento muscular?

Um compartimento muscular consiste em um conjunto de nervos, vasos


sanguíneos e músculos, circundados por septos intermusculares que se ligam à
fáscia muscular (tecido conjuntivo fibroso que envolve externamente todos os
compartimentos) e a um osso. A síndrome do compartimento muscular decorre de
uma elevação da pressão no interior de um desses compartimentos, resultando na
compressão dos vasos sanguíneos ali presentes e numa severa redução do fluxo

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sanguíneo local, podendo ocasionar a necrose por falta de nutrição dos músculos
do compartimento em questão.

18) Como dividimos a pelve em maior e menor? Qual é o conteúdo principal


de cada uma na mulher?

A pelve maior é ocupada pelas vísceras abdominais inferiores, protegendo-as


através das asas dos ílios. Já a pelve menor é composta pela cavidade pélvica e
do períneo, que são separados pelo diafragma da pelve. Ureteres, bexiga, uretra,
reto, ovários, tubas uterinas, útero e a vagina.

19) Qual é a importância médica no paciente idoso acamado, do trocanter


maior e do túber isquiático?

O trocanter maior do fêmur forma uma proeminência anterior no lado lateral do


quadril, sendo relativamente descoberta e facilmente palpável. Como se situa
próximo da pele, o trocanter pode causar desconforto quando se deita de lado e,
em pacientes idosos acamados, pode causar úlceras por pressão, isto é, lesões
cutâneas no local. Assim ocorre com o túber isquiático, facilmente palpado quando
a coxa é fletida, em pessoas acamadas possui importância médica por poder
causar lesões por pressão.

20) De uma forma simples e objetiva, defina osteoporose. Qual é a sua


relação com o fêmur?

A osteoporose é a perda progressiva de massa óssea, quadro que torna os ossos


mais suscetíveis a fraturas. Em pacientes com osteoporose, são frequentes as
fraturas do fêmur, causadas principalmente por quedas. O local mais comum onde
ocorrem essas fraturas é no colo do fêmur.

A osteoporose faz com que ocorra uma redução do ângulo do colo do fêmur, o que
aumenta a sobrecarga nessa região e a deixa mais vulnerável a fraturas.

21) Quais são e qual é a função de cada um dos ligamentos cruzados do


joelho?

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Os ligamentos cruzados do joelho são: ligamento cruzado anterior (LCA) que
impede o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia e a hiperextensão da
articulação do joelho e ligamento cruzado posterior (LCP) que impede o
deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia e a hiperextensão da articulação do
joelho. No joelho fletido, o LCP é o fator principal de estabilização para o fêmur.

22) Como é formada a articulação talocrural?

A articulação talocrural conecta a tíbia e a fíbula ao talus, ela é uma articulação


sinovial que permite a flexão e extensão do pé.

23) O que é fratura de Pott?

A fratura de Pott é uma fratura maleolar na região do tornozelo causada pela


eversão à força do pé. (Em síntese, uma fratura fibular)

24) Como é formado e qual é a função do tríceps sural?

O tríceps sural é formado pelo músculo sóleo e pelo músculo gastrocnémio e sua
função é realizar a flexão plantar e a supinação do tornozelo.

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25) Como é formada a articulação do ombro (glenoumeral)? O que é
manguito rotador?

A articulação glenoumeral, também conhecida como articulação do ombro, é


uma articulação sinovial que une o membro superior ao esqueleto axial. É
uma articulação do tipo esferoidal, também conhecida como articulação em
bola-e-soquete, formada pela fossa glenoide da escápula (gleno) e pela
cabeça do úmero (-umeral). O manguito rotador é o grupo de músculos e
tendões que se inserem (prendem) na região proximal do úmero. É formado
por 4 músculos do ombro: o subscapular, o supraespinhal, o infraespinhal e
o redondo menor. Todos eles se originam no osso chamado escápula e se
inserem na parte superior do úmero. Esses músculos terminam em tendões
largos e achatados que cobrem toda a cabeça do úmero. A função do
manguito é a de estabilizar e propiciar os movimentos do ombro.

26) Quais são as relações nervosas importantes do úmero?

Nervo axilar (colo cirúrgico), nervo radial (sulco radial), nervo mediano (úmero
distal) e nervo ulnar (epicôndilo medial).

27) Defina pronação e supinação do antebraço. Quais são os músculos


responsáveis por cada um?

O movimento de pronação tem como resultado pôr o dorso da mão para 'cima'
(anterior) e o polegar apontado medialmente. A supinação consiste em rodar
lateralmente o rádio. A pronação é efetuada pelos músculos flexores do
antebraço (epicondilianos mediais), ao passo que a supinação é realizada
pelos músculos extensores do antebraço (epicondilianos laterais).

28) O que é a síndrome do túnel do carpo?

Síndrome do túnel do carpo é uma neuropatia resultante da compressão do


nervo mediano no canal do carpo, estrutura anatômica que se localiza entre
a mão e o antebraço. Através desse túnel rígido, além do nervo mediano,
passam os tendões flexores que são revestidos pelo tecido sinovial. Qualquer

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situação que aumente a pressão dentro do canal provoca compressão do
nervo mediano e a síndrome do túnel do carpo.

A causa principal da síndrome do túnel do carpo é a Lesão do Esforço


Repetitivo. O principal sintoma é a parestesia, uma sensação de
formigamento, de dormência, que se manifesta mais à noite e ocorre
fundamentalmente na área de enervação do nervo mediano.

29) Qual é a importância médica do escafoide?

O escafoide é o osso mais estudado do carpo, devido à sua importância na


função normal do punho, incidência de lesões e da probabilidade,
relativamente alta, de complicação após sua fratura.

As fraturas escafoides afetam predominantemente adultos jovens, com idade


média de 29 anos. Há maior incidência em homens. São incomuns na
população pediátrica e na população idosa, onde a física ou o raio distal,
respectivamente, são mais propensos a fraturar primeiro. As fraturas
escafoides são responsáveis por 15% das lesões agudas no pulso.

Geralmente, resultam de trauma de baixa energia, com hiperextensão do


punho, com a mão espalmada e desvio radial. Quedas ao solo e traumas
durante atividades esportivas são os mais comuns. Pode, também, ser
resultante de traumas de energia maior, como acidentes motociclísticos,
automobilísticos ou queda de altura.

30) O que é fratura de Colles?

A fratura de Colles, é um tipo de fratura que acomete a porção final do


antebraço, mais especificamente o rádio, que é o osso mais próximo da
lateral, tendo como referência a borda do polegar.

Sua causa mais comum é a queda ao solo da própria altura sobre a mão
espalmada, onde a extremidade distal do rádio sofre com o impacto, o que
leva o fragmento ósseo a se deslocar tanto posteriormente, quanto
lateralmente.

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PROVA ANTIGA 1- UERJ -CENTRO BIOMÉDICO – IBRAG - DEPARTAMENTO DE ANATOMIA
CURSO DE MEDICINA – 2021/1 11/10/2021

1) Quando comparamos as figuras, observamos uma ausência de continuidade nas


cabeças dos metacarpais e nas bases das falanges da figura a esquerda. Qual é a causa
dessa descontinuidade óssea?

A causa dessa descontinuidade óssea é a presença de discos epifisários

2) Como são divididas as articulações cartilagíneas? Dê exemplos (não é para discorrer


sobre as articulações, só citar a divisão e dar exemplos).

São divididas em sincondroses, tendo como exemplo a articulação esfenooccipital, e


sínfeses, tendo como exemplo a sínfese púbica

3) Cite 3 características presentes em todas as articulações sinoviais. E 2 que podem estar


presentes ou não.

3 presente em todas: Capsula articular, sinóvia e cartilagem articular. 2 que podem estar
presentes ou não: Menisco e bolsa sinovial

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4) Correlacione da forma que quiser o seguinte: 1) encurtamento muscular, 2)
osteoporose, 3) uso do músculo, 4) sexo feminino e 5) Doença vascular. Correlacione
sempre um item apenas com outro, em apenas uma frase para cada correlação (sem
explicações). Faça duas ou três correlações apenas.

-Pessoas do sexo feminino possuem maior chance de desenvolvimento de osteoporose


pois ao chegar na menopausa a há diminuição da produção de estrogênio, hormônio
essencial para a mineralização óssea
-O encurtamento muscular prejudica o uso do musculo no dia a dia pois essa condição
se define pela perda de elasticidade causada pelo pouco estímulo aos grupamentos
musculares e outros fatores, gerando dificuldade nos movimentos e desvio na postura

5) Cite duas regiões do úmero que apresentam importantes relações com nervos (só citar
as regiões e os nervos).
Sulco do nervo radial – Nervo radial

Sulco do nervo ulnar – Nervo ulnar

6) Cite as duas regiões da coluna vertebral que têm relação com o sistema nervoso central
e com o sistema nervoso periférico, respectivamente (só citar).

Forame vertebral e forame intervertebral, respectivamente

7) Quais são os principais músculos responsáveis pela flexão do braço? (só os nomes dos
músculos)

Bíceps braquial, coracobraquial

8) Qual é a estrutura que torna o compartimento muscular hermético e possibilita a


ocorrência de uma síndrome de compartimento (dica: a sua secção é usada como uma
possibilidade de tratamento cirúrgico da síndrome)

Fáscia Muscular

9) Quais músculos são responsáveis pela extensão da coxa? Em qual osso estão fixados?
(só os nomes dos músculos)

Glúteo máximo (fixado no íleo, sacro e fêmur), bíceps da coxa (fixado no ísquio, fêmur
e tíbia), semitendíneo (fixado no ísquio e tíbia), semimembranáceo (fixado no ísquio e
tíbia), adutor magno(fixado no púbis, isquio e fêmur) e piriforme (se fixa no fêmur e no
sacro).

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10) Qual é o conteúdo do canal inguinal? (não é para descrever o canal, é só citar o
conteúdo)
Em ambos os sexos: vasos linfáticos, vasos sanguíneos e nervo ílioinguinal
Apenas no homem: funículo espermático
Apenas na mulher: ligamento redondo do útero

DEPARTAMENTO DE ANATOMIA

PROVA ANTIGA 2 – ANATOMIA I – 2022-1

1) Porque as lesões da parte anterior da base do crânio podem dar origem a rinorreia?
Pela possibilidade de lesão da lâmina cribriforme (ou do etmoide)

2) Qual é a importância do forame intervertebral e qual a patologia da coluna mais


frequentemente associada a ele?
Passagem do nervo espinal – hérnia de disco

3) Quais músculos formam o manguito rotador?


Supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor

4) Cite duas regiões do úmero com relações com grandes nervos (e consequentemente
com risco de lesão desses nervos em caso de fratura)?
Colo anatômico (axilar), terço médio (radial) e epicôndilo medial (ulnar)

5) Cite duas estruturas importantes que atravessam o diafragma e onde o fazem?


Veia cava inferior (forame da veia cava inferior ou centro tendíneo); esôfago (hiato
esofágico) e aorta (hiato aórtico) – ou podem falar que passam pelos pilares

6) Quais são as ações dos músculos anteriores do antebraço (em conjunto) sobre o
antebraço, a mão e os dedos?
Pronação e flexão

7) Um paciente com psoíte deitado, sente dor quando tenta levantar a coxa contra a
resistência do examinador. Por que isso ocorre?
Porque o iliopsoas é o principal flexor da coxa

8) Durante o parto, no período expulsivo, a parturiente contrai com força os músculos da


parede do abdome. Por que isso ocorre?
Para aumentar a pressão no interior do abdome

9) Qual é o principal músculo que se contrai na posição de pé apoiado nas pontas dos
dedos?
Tríceps sural

10) Cite 3 características sempre observadas em uma articulação sinovial.


Cavidade articular, cartilagem articular e cápsula articular

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