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Cirurgia ortognática
A deformidade dentofacial é definida como má oclusão associada a alteração esquelética que se caracteriza
pela desarmonía entre mandíbula e maxila.
- Prognatismo mandibular
- Retrognatismo
- Mordida aberta
- Assimetria
- Sorriso gengival
➔ Etiologia:
- Traumatismo
- Influências ambientais (respirador bucal, posição ou tamanho anormal da língua, postura anormal das línguas
e dos lábios)
- Harmonia facial
- Harmonia dental
- Oclusão funcional
- Estabilidade
➔ Etapas do tratamento
- Planejamento cirúrgico: traçado predictivo, cirurgia de modelo, confecção de guias cirúrgicos (quais
movimentos utilizados para restabelecer a harmonia facial etc).
- Tratamento cirúrgico
A fase mais importante no tratamento está centralizada na avaliação dos problemas existentes, repercussões
estéticas consequentes da deformidade e na definição dos objetivos do tratamento.
➔ Identificação do paciente:
- Objetivo: Realizar uma menor cirurgia possível e escolher opções de movimentos maxilo mandibulares mais
estáveis.
- Causas do insucesso: Não avisar sobre alterações estéticas e corrigir a estética por opção profissional
® Paciente com queixa funcional, queixa estética moderada e não quer mudar muito:
- Objetivo: Identificar qual mudança desejada, escolher a opção qual estética, função e estabilidade
® Pacientes com grandes queixas estéticas e espera grande mudanças e possui grandes deformidades:
➔ Diagnóstico:
- Análise facial:
● Objetivo: Identificar as características faciais positivas e negativas e determinar como a oclusão será
corrigida para alcançar um equilíbrio facial (estética).
● Variantes do perfil facial (classe I, classe II e classe III)
● Avaliação: antero posterior, transverso e vertical
● Traçar uma linha vertical passando pela região subnasal para analisar a assimetria facial
● Avaliar projeção malar ou paranasal, base alar e sulco nasogeniano.
● Avaliar a distância intercantal, distância interpupilar e esclera aparente
● Avaliação vertical do terço inferior da face:
- Comprimento dos lábios (superior ou inferior)
- Vermelhão do lábio (superior ou inferior)
- Distância interlabial
- Exposição dos incisivos superiores (com os lábios em repouso e no sorriso)
- Sorriso: colo dos dentes superiores, dentes inferiores e gengiva
- Comprimento:
Normal:
Vista de perfil:
Larissa Primo | Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial| UFPE
- Região frontal
- Ângulo nasolabial
● Terço inferior:
- Lábios
- Sulco mentolabial
- Projeção do mento
- Região subementoniana
OBS: Uma forma de avaliar as alterações faciais é traçando uma linha vertical verdadeira na região subnasal. A
gente vai comparar a ponta nasal, a região de base de nariz com essa linha. A projeção do lábio em relação à
linha vertical verdadeira é passar um pouco da linha. Em casos de paciente classe II a distância é muito maior.
Pacientes com retrusão maxilar o ponto vai estar atrás da linha vertical verdadeira. Em relação a região
submentoniana faz-se a avaliação do ângulo cervical 100+ ou -10º, no paciente classe II observamos um ângulo
mais aberto e num paciente classe III o ângulo é mais reto.
Oclusão:
- Ortodontia pré-operatória
Compensação dentária
Descompensação ortodôntica
➔ Análise Cefalométrica
Cefalograma: análise de todas as medidas lineares e angulares utilizadas para análise cefalométrica.
● Importância:
- Avaliação das relações das bases ósseas com a face e com os elementos dentários
➔ Análise de modelo
- Vista oclusal
- Apinhamentos
- Desalinhamentos
- Discrepâncias
Transversais
Verticais
➔ Planejamento cirúrgico
No planejamento cirúrgico vamos quantificar os movimentos e selecionar quais movimentos dos maxilares
vamos fazer para restabelecer a estética e a função.
● Movimentos da maxila:
- Reposicionamento superior (pacientes com sorriso gengival)
- Reposicionamento inferior (pacientes que não expõe nada do sorriso em repouso)
- Avanço da maxila (melhorar a projeção do terço médio e diminuir o sulco nasolabial)
- Recuo da maxila (Classe II por crescimento excessivo da maxila)
- Expansão (no sentido horizontal transversal)
● Movimentos da mandíbula:
- Avanço (classe II)
- Recuo (classe III)
● Movimentos do mento:
- Avanço
- Recuo (perfil classe III)
- Extrusão - aumento vertical (aumento do terço inferior)
- Intrusão - diminuição vertical (diminuição do terço inferior da face)
● Traçado predictivo: Uma das etapas do planejamento em cirurgia ortognática, que define os
movimentos para correção dos maxilares.
➔ Cirurgia de modelo
Larissa Primo | Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial| UFPE
Na cirurgia ortognática cria-se desenhos de fraturas para desarticular o osso maxilar e colocar em uma
nova posição planejada de acordo com o estudo da face e oclusão do paciente. Na hora da cirurgia o
paciente é colocado em oclusão (bloqueio maxilomandibular) e o guia cirúrgico vai guiar a oclusão já
que o osso estará desarticulado.
➔ Tratamento cirúrgico
- Osteotomia maxilares
● Osteotomia le fort I: permite avanço, recuo, extrusão e intrusão a maxila
Técnica: Acesso cirúrgico na região de pré a pré, descolamento da região, descola não só a nível de
fossa canina e pilar zigomático como também fossa nasal. é necessário soltar o septo e região
pterigomaxilar. Desarticulação da maxila, Reposicionamento da maxila, fixação interna rígida com
placas e parafusos. Sutura da base alar (diminui a largura da asa do nariz). Sutura do acesso do
vestíbulo.
- Osteotomias mandibulares
● Osteotomia subapical anterior
● Osteotomia subapical posterior
● Osteotomia vertical do ramo da mandíbula: Permite o recuo da mandíbula, imitada para
tratamento classe III, pouco utilizada atualmente.
● Osteotomia em L invertido
● Osteotomia sagital do ramo da mandíbula: Corte da mandíbula em 3 pontos, mais anterior
ao ramo, um corte oblíquo e um vertical para desarticular o segmento distal da mandíbula.
Acesso no fundo de vestíbulo posterior, descolamento do ramo da mandíbula para que sejam
feitos os cortes e separação da osteotomia com cinzéis.
● Mentoplastia: Acesso fundo de vestíbulo mandibular vestibular de canino a canino .
- Osteotomias combinadas
OBS: A estabilidade e a previsibilidade dos procedimentos cirúrgicos ortognáticos variam de acordo com a
direção do movimento cirúrgico, o tipo de fixação e a técnica cirúrgica empregada.