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Tratamento multidisciplinar de

deformidades dentofaciais

Multidisciplinary treatment of
dentalfacial deformities

Marco A. de O. Almeida
Ione H. V. P. Brunharo

Resumo bar, com grande comprometimento estético e


funcional. A deformação facial incluía atresia
O presente artigo relata três casos clínicos
maxilar severa, classe II esquelética com padrão
de deformidades dentofaciais tratados na Clí-
de crescimento vertical e mordida aberta total.
nica de Ortodontia da FO-UERJ. A integração
Em todos os casos o tratamento multidisciplinar
entre as áreas da saúde foi primordial na condu-
permitiu melhora da função oclusal e da auto-
ção, conclusão e sucesso dos casos. O primeiro
estima das pacientes.
relato descreve o tratamento ortodôntico de uma
menina de 10 anos com síndrome de Turner do Descritores: Maloclusão; Tratamento;
tipo mosaico. Portadora de maloclusão de classe Ortodontia.
II, o plano de tratamento consistiu no controle
de crescimento facial para o estabelecimento de Abstract
uma oclusão estável em conjunto a uma terapia This paper relates three clinical cases of
com hormônios para estimular o crescimento dentofacial deformities cases treated in Or-
corporal. O segundo relato descreve o caso de thodontic Clinic of UERJ Dental School where
uma jovem de 20 anos portadora de microsso- health areas integration were fundamental on
mia hemifacial com grande comprometimento treatment success. The first case report descri-
estético e psicológico. Paciente portadora de bes the treatment of a 10 years old female with
maloclusão dentária e esquelética de classe II e mosaic Turner syndrome (TS). She presented
grande assimetria facial foi submetida a preparo a skeletal malocclusion class II and the treat-
ortodôntico para cirurgia ortognática associa- ment plan consisted of facial growth control
da com enxerto de costela para reconstituição to establish a good occlusion associated with a
da estrutura mandibular não desenvolvida. O hormone therapy that was initiated for corporal
terceiro relato descreve o caso de uma menina growth stimulation. The second case reports a 20
de 12 anos portadora de síndrome de Esco- years old girl with a severe hemifacial micros-

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somia where a large psychological and aesthetic Primeiro caso clínico:


compromising existed. She had a dental and
tratamento ortodôntico de
skeletal malocclusion class II with mandibular
asymmetry. She was submitted to orthodontic
paciente com síndrome de
preparation for orthognathic surgery associated Turner
to ribbon graft to mandibular reconstruction. A síndrome de Turner (ST), desordem
The third case reports a 12 years old girl with cromossômica muito frequente, é caracterizada
Escobar syndrome with an extensive functional pela presença de apenas um cromossoma X
and aesthetics problems. The facial deformity funcionante.1 Afeta meninas com a prevalência
included severe maxillary atresia, skeletal class de um a cada 2.500 nascimentos.2-4
II with vertical growth pattern and total open Há atraso e diminuição do crescimento das
bite. In all cases the multidisciplinary treatment portadoras de ST, que se manifestam no período
was the main key that allowed the improvement intrauterino e são mais evidentes na puberdade,5
of oclusal function and patients self-esteem. resultando em características comuns como bai-
Keywords: Malocclusion; Treatment; Or- xa estatura, tórax proeminente, pescoço curto,
thodontics. unhas hipoplásicas, disgenesia gonadal, linfede-
ma congênito, dobra epicântica, ptose palpebral,
Introdução orelhas proeminentes e implantação baixa do ca-
belo na região da nuca.5 As manifestações orais
Os autores objetivam, com este artigo, enfa-
incluem posição retrognata da mandíbula,5-8
tizar a importância do tratamento multidiscipli- palato alto e arqueado, arco maxilar em forma de
nar em pacientes que necessitam de tratamento “V”,4 dentes com diâmetros reduzidos, erupção
ortodôntico onde há envolvimento de patologias precoce, reabsorções radiculares idiopáticas14 e
sistêmicas ou síndromes envolvendo alterações raízes curtas.7,9,10
dentofaciais. Estes pacientes desenvolvem padrões
O sistema estomatognático é um complexo específicos de maloclusão e crescimento. O
de estruturas que desenvolvem funções comuns, arco maxilar, apesar de estreito, possui compri-
tais como mastigação, deglutição e fonação, mento normal quando comparado com o arco
e pode estar sujeito a comprometimentos mandibular, que se apresenta geralmente com
oriundos de problemas orgânicos sistêmicos. largura aumentada e comprimento diminuído,
O seu funcionamento está intimamente ligado refletindo então em um desequilíbrio no cres-
à função de outros sistemas, tais como nervoso, cimento facial.7
muscular e/ou endócrino que também se com-
prometem a partir de uma desordem patológica. Relato do caso
Portanto, nos estados de alterações anatômicas, Uma paciente do sexo feminino, com 10
patologias sistêmicas ou quadros sindrômicos o anos e 6 meses de idade e diagnóstico de síndro-
sistema estomatognático pode sofrer ou influen- me de Turner (ST) do tipo mosaico se apresen-
ciar a sua estrutura e configuração dentofacial. tou para tratamento na Clínica de Ortodontia
Nestes casos a face é comprometida durante da FO-UERJ com queixa principal de protrusão
o crescimento e desenvolvimento dos ossos, dos incisivos superiores. As fotografias iniciais
dentes e articulações e assim nas deformidades mostraram uma assimetria facial para a direita
dentofaciais é necessário o planejamento de um e um perfil convexo devido à hipoplasia man-
tratamento multidisciplinar envolvendo as di- dibular. O exame intraoral revelou maloclusão
ferentes áreas da saúde, tais como Odontologia, de classe II de Angle, sobressaliência de 9 mm,
Medicina, Fisioterapia, Psicologia e Fonoaudio- sobremordida de 6 mm, erupção precoce dos
logia para obtenção do sucesso do tratamento. dentes permanentes, apinhamento moderado

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na região anterior da mandíbula e diastemas o endocrinologista responsável estimou um


generalizados no arco (figura 1). crescimento de 2 a 3 cm a cada três meses. Em
Exames radiográficos iniciais revelaram os quatro meses, a paciente atingiu uma relação
dentes permanentes erupcionados, com exce- de molar de classe I bilateral e uma melhora
ção dos primeiros pré-molares inferiores, em significativa no aspecto facial.
processo de erupção. A análise cefalométrica A fim de promover a completa correção da
mostrou a maxila bem posicionada e a mandí- maloclusão, o tratamento ortodôntico fixo foi
bula retrognata, causando uma relação de classe instalado numa segunda fase para alinhamento
II esquelética. O ângulo do plano mandibular e nivelamento dos arcos e retração dos incisivos
alto indicava uma tendência de crescimento superiores para estabelecimento de uma oclusão
vertical, caracterizando a face da paciente como estável.
longa. Os incisivos superiores mostravam uma Após 12 meses, a relação molar de classe I
inclinação vestibular acentuada. A radiografia apresentava recidiva e um aparelho propulsor
de mão e punho demonstrava que a paciente de Jasper Jumper bilateral foi instalado por 3
estava aquém do desenvolvimento esquelético meses.13 Após esta fase, uma correta relação
normal, de acordo com os parâmetros definidos molar foi restabelecida e arcos de finalização
por Greulich e Pyle,11 indicando aproximada- foram utilizados para refinamento da oclusão.
mente 8 anos de idade. As propostas do tratamento foram alcança-
das e proveram à paciente um sorriso agradável
Objetivos, planejamento e
e uma oclusão bem estabelecida (figura 2).
desenvolvimento do tratamento Radiografias finais mostraram um bom
O tratamento objetivou realizar um con- paralelismo radicular, apesar da reabsorção
trole do crescimento vertical e anteroposterior radicular já esperada das raízes dos incisivos
da face com ancoragem extraoral. Inicialmente superiores que provavelmente ocorreram devido
foi instalado um aparelho extraoral de Thurow ao longo tempo de tratamento. A radiografia
para ser utilizado pelo maior número de horas cefalométrica final mostra uma boa relação
ao dia.12 Aos 10 anos e 9 meses, uma terapia dos incisivos em relação às suas bases ósseas. A
com hormônio de crescimento foi iniciada, nela relação sagital maxilomandibular foi reduzida

Figura 1: Fotografias extra e intraorais ao início do tratamento da paciente portadora de sín-


drome de Turner.

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em 4 graus devido ao bom crescimento hori- boa função estética e, acima de tudo, a satisfação
zontal da mandíbula associado ao controle de da paciente.
crescimento maxilar, como pode ser observado
nas sobreposições dos traçados cefalométricos. Segundo caso clínico:
Discussão tratamento ortodôntico
Considerando que 100% das pacientes com
em paciente adulto com
síndrome de Turner possuem anomalias orto- microssomia hemifacial
dônticas o conhecimento e diagnóstico precoce A microssomia hemifacial constitui a se-
das maloclusões relacionadas são de extrema gunda anomalia craniofacial congênita mais
importância para o ortodontista.7 Como a idade frequente depois da fenda palatina, afetando 1
dentária é sempre mais avançada que a idade em 5600 nascimentos.15 Esta entidade resulta
cronológica e a idade esquelética, estes casos de um desenvolvimento anormal do primeiro e
requerem mais atenção.4 segundo arcos faríngeos, afetando as estruturas
A administração de hormônio de cresci- que derivam dos mesmos. São eles os ossos ma-
mento é de grande valor em pacientes com ST, xilar, mandibular, temporal, a cadeia ossicular,
pois induzem ao crescimento e ao início da os músculos mastigadores e da mímica facial, o
puberdade.4 Quando essa terapia é empregada osso hióide e a apófise estilóide.16
durante a infância e a adolescência, a deficiência Esta alteração congênita geralmente é uni-
de massa óssea pode melhorar e até ser similar lateral e causa uma deformidade facial caracte-
ao prognóstico para um pico de massa óssea rizada por diminuição do corpo da mandíbula
adequado.4 e desvio do mento para o lado afetado. Do lado
Uma vez que portadoras de ST apresentam contralateral, tem-se um alongamento da man-
crescimento atrasado ou reduzido, pode-se levar díbula e a face é achatada.16
em conta que a terapia com hormônios prova-
velmente tenha ajudado a obtenção da relação
Relato do caso
molar de classe I através do controle do cres- A paciente do caso chegou à Clínica de
cimento maxilar com aparelho de Thurow.4,12 Ortodontia da FO-UERJ já com 20 anos de
Um excelente resultado foi alcançado no idade e diagnóstico de microssomia hemifacial.
tratamento ortodôntico, com a obtenção de uma Relatava como queixa principal grande compro-

Figura 2: Fotografias extra e intraorais ao final do tratamento da paciente portadora de sín-


drome de Turner.

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metimento funcional e estético devido a extensa direito.


assimetria facial e disfunção da articulação O exame intraoral revelou maloclusão de
temporomandibular.17 As fotografias iniciais classe II de Angle, sobressaliência de 10 mm,
mostraram uma assimetria para a direita e um mordida aberta de 3 mm, incisivos projetados
perfil convexo devido à hipoplasia mandibular excessivamente nas bases ósseas e perda dos
(figura 3). primeiros molares permanentes (figura 3).
Na panorâmica o côndilo articulava no A análise cefalométrica mostrou a maxila
rochedo temporal e, em termos musculares, protruída e a mandíbula retrognática, causan-
identificou-se atrofia do músculo temporal do uma relação de classe II esquelética severa.

Figura 3: Fotografias extra e intraorais ao início do tratamento da paciente portadora de mi-


crossomia hemifacial.

Figura 4: Fotografias extra e intraorais ao início do tratamento da paciente portadora de mi-


crossomia hemifacial.

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O plano do ângulo mandibular encontrava-se gia, relatou parestesia da região infraorbitária.


extremamente alto indicando um giro horário Primariamente, os objetivos do tratamento
da mandíbula, não permitindo a expressão do foram alcançados e proveram à paciente um
pogônio caracterizando uma face com grande sorriso mais agradável e uma oclusão bem-es-
convexidade. Os incisivos apresentavam uma tabelecida (figura 4). A tomografia pós-cirúrgica
inclinação vestibular acentuada. mostra o posicionamento das fixações rígidas e
a nova conformação esquelética obtida.
Objetivos, planejamento e
A radiografia cefalométrica pós-cirúrgica
desenvolvimento do tratamento mostrou uma boa relação dos incisivos em
A paciente foi encaminhada para o Serviço relação às suas bases ósseas. A relação sagital
de Psicologia do Hospital Universitário Pedro maxilomandibular foi reduzida em 10 graus e
Ernesto (HUPE) para tratamento psicoterapêu- os incisivos superiores foram recolocados na
tico por conta de questões inerentes à deformi- base óssea.
dade que possuía. No planejamento ortodôntico Entretanto, durante a fase de finalização
foi programado exodontia do incisivo central ortodôntica a paciente começou a relatar dores
inferior direito para recolocação da bateria labial musculares na região articular esquerda da man-
inferior na sínfise mandibular. Foi instalado o díbula e observou-se perda do engrenamento
aparelho ortodôntico para alinhamento, nive- dentário obtido na cirurgia.
lamento, fechamento do espaço da exodontia e Nova tomografia foi solicitada e obser-
coordenação dos arcos dentários. vou‑se perda do enxerto de costela realizado
A fim de promover a correção cirúrgica da para o avanço e correção da assimetria mandi-
deformidade esquelética, foi planejado, junto ao bular. O traçado cefalométrico mostra aumento
serviço de bucomaxilofacial, uma recolocação da relação sagital em 3 graus devido à recolo-
posterior da maxila e reconstrução do ramo cação distal da mandíbula. Neste momento foi
mandibular direito, a partir de um enxerto de planejado novo procedimento cirúrgico para
costela e mentoplastia para melhor expressão do instalação de uma prótese articular baseado
pogônio. Para obtenção de um bom engrena- em publicações18 de pacientes submetidos a
mento dentário e restabelecimento das funções este procedimento com cinco anos de acom-
oclusais, os arcos dentários foram preparados panhamento.
ortodonticamente no tempo pré-cirúrgico.17
Por problemas pessoais, a paciente se ausen-
Discussão
tou por três anos da clínica e, ao retornar, apre- É notório que o caso descrito é de grande
sentava os terceiros molares superior e inferior complexidade visto que diferentes estruturas
direitos, além do segundo molar inferior direito estão envolvidas e necessitam de intervenção.
condenados. Após a exodontia destes elementos Porém, está claro que a paciente sofreu uma
foi dada continuidade ao tratamento ortodôn- grande melhora da sua condição estética e fun-
tico. Após os arcos de estabilização instalados, cional com o tratamento proposto. Coloca-se em
a paciente foi encaminhada para o Serviço de questão inicialmente as perdas dentárias causa-
Bucomaxilofacial do HUPE para reconstrução das com a duração do tratamento. Entretanto,
do ramo mandibular. enfatiza-se que não foi o tratamento ortodôntico
Após o procedimento cirúrgico, a paciente ou mesmo o procedimento cirúrgico que a le-
estabeleceu uma boa função oclusal e apresentou vou a esta condição, mas o péssimo controle de
uma estética favorável. A paciente foi submetida higiene oral e muito provavelmente os lapsos de
à terapia miofuncional com o Serviço de Fono- ausência que teve durante o tratamento ativo, o
audiologia do HUPE para melhora do tônus que não permitiu a melhor orientação sobre o
muscular do lado direito da face.16 Após a cirur- controle de placa e cáries.

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O tratamento foi um desafio, uma vez muito comprometida (figura 5).


que uma nova estrutura articular seria dada à Oclusalmente apresentava um arco maxilar
paciente principalmente no que tange à recons- extremamente atrésico de forma triangular, au-
trução da articulação temporomandibular. Ini- sência dos segundos premolares, mordida aberta
cialmente um excelente resultado foi alcançado de 6 mm, na qual apenas os segundos molares
com o tratamento ortocirúrgico, com a obtenção ocluíam, relação de molares de classe II, sobres-
de uma boa função estética e, acima de tudo, a saliência de 11 mm, discrepância dentoalveolar
satisfação da paciente.18 Mesmo com a possibi- de 2 mm (figura 5).
lidade de realização de uma prótese condilar, a A radiografia cefalométrica inicial mostrava
paciente atualmente possui uma estética e uma uma classe II esquelética e um comprometimen-
satisfação com sua face que só foi possível de- to vertical de todas as medidas faciais.
vido ao tratamento multidisciplinar realizado.
Objetivos, planejamento e
3º caso clínico: paciente com desenvolvimento do tratamento
maloclusão devido à síndrome Na primeira fase do tratamento foi realiza-
de Escobar da disjunção do palato para correção da forma
atrésica do arco superior. No arco inferior os
A síndrome de Escobar ou de múltiplos
pterígios é uma desordem autossômica reces- primeiros molares permanentes foram extraídos
siva, cuja manifestação central é a presença de para melhora do padrão vertical. O segundo
um múltiplo pterígio ou contraturas cutâneas. e terceiro molares irromperam naturalmente
Caracteriza-se por pacientes com baixa estatura ocupando o espaço da exodontia mantendo uma
que raramente excedem o 1,35 cm, possuem grande divergência radicular.
marcha característica, sindactilia membranosa Após cinco anos do início da primeira fase
nas mãos, pés com morfologia anormal e con- o tratamento ortodôntico fixo foi realizado para
vexidade na região inferior, e os homens com preparo cirúrgico, a fim de permitir uma boa
criptorquidia. As anomalias orofaciais presentes articulação dentária pós-cirúrgica. Os arcos
são a presença de uma forma facial triangular, dentários foram alinhados, nivelados e coorde-
ptose palpebral bilateral e hipertelorismo.19 Os nados previamente à cirurgia ortognática.
pacientes possuem inteligência normal.19 Foi planejado para a paciente cirurgia de
Foi primeiramente descrita por Bussiere impacção maxilar linear de 10 mm e avanço de
em 1902, entretanto em 1982 recebeu o nome 5 mm, maxila em 2 segmentos, avanço e giro
de síndrome de Escobar, depois que este – em mandibular (técnica do L invertido) e mento-
1978 – preparou um extenso relato da doença.20 plastia (avanço de incisivos: 15 mm e avanço
O defeito genético desta condição foi identifi- do Pog: 28 mm).
cado como uma subunidade gama do receptor O traçado cefalométrico final mostra re-
dução das medidas verticais e da proporção
da acetilcolinégico nicotínico.21-23
inferior da face. A medida do plano mandibular
Relato do caso reduziu em 14,5 graus, graças ao giro horário
que a mandíbula ganhou com o procedimento
A menina de 12 anos buscou o tratamento
cirúrgico. A superposição dos traçados cefa-
ortodôntico com queixa que não conseguia lométricos inicial e final mostra a melhora do
mastigar. Ao exame clínico apresentava uma face perfil.
com o terço inferior extremamente alongado, É notório o ganho funcional que a paciente
perfil reto, pouca expressão anterior do mento e obteve com o tratamento, visto os registros foto-
linha de sorriso invertida devido às comissuras gráficos finais da oclusão, nos quais as relações
baixas. A paciente mostrava uma estética facial oclusais melhoraram tanto transversal quanto

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Figura 5:
a) Fotografia da face ao início do tratamento da paciente portadora de síndrome de Escobar;
b) Fotografia da oclusão anterior ao início do tratamento da paciente portadora de síndrome
de Escobar;
c) Fotografia vista oclusal ao início do tratamento da paciente portadora de síndrome de
Escobar;
d) Fotografia vista oclusal ao final do tratamento da paciente portadora de síndrome de
Escobar;
e) Fotografia da face ao término do tratamento da paciente portadora de síndrome de Esco-
bar;
f) Fotografia da oclusão anterior ao término do tratamento da paciente portadora de síndro-
me de Escobar.

sagitalmente (figura 5). gia ortognática forneceu uma grande melhora


funcional e estética.
Discussão
O tratamento teve um bom resultado, pois a Conclusão
paciente iniciou o tratamento numa fase do seu O Serviço de Ortodontia da FO-UERJ –
crescimento que permitiu realizar a expansão sendo um serviço reconhecido internacional-
maxilar com recursos ortodônticos através do mente através de suas publicações em revistas
aparelho de Hass. Além disto, a exodontia dos com alto qualis – realiza atendimento à comu-
primeiros molares permitiu alguma redução das nidade que busca tratamento ortodôntico de
medidas verticais em 3 graus, devido à migração alta qualidade. Desde 1981, a clínica de espe-
mesial do segundo e terceiro molares. cialização forma ortodontistas vindos de todas
Apesar do comprometimento estético que as partes do Brasil e, hoje, o departamento tem
a síndrome de Escobar impõe aos pacientes, o formandos espalhados por diferentes partes do
caso em questão ilustra positivamente o quanto mundo.
o tratamento ortodôntico associado com a cirur- Entretanto, o Serviço sofre com algumas di-

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ficuldades operacionais, principalmente no que 2nd ed. Stanford: Stanford University Press;
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Titulação dos Autores

Editorial Juliana de N. S. Netto


Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral.
Maria Isabel de Castro de Souza Faculdade de Odontologia. Universidade Federal
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Departamento de Odontologia Preventiva
e Comunitária. Faculdade de Odontologia.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Águida M. M. A. Miranda
Janeiro, RJ, Brasil.
Departamento de Estomatologia e Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial. Universidade
Ricardo G. Fischer Estácio de Sá. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Departamento de Procedimentos Clínicos
Integrados. Faculdade de Odontologia. Verônica S. Vilela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, RJ, Brasil. Unidade Docente Assistencial de Reumatologia.
Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade
do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ,
German Villoria Brasil.
Departamento de Periodontia. Faculdade de
Odontologia. Universidade Federal do Rio de Adriana R. Fonseca
Janeiro, RJ, Brasil.
Serviço de Clínica Médica, Setor de Reumatologia
Artigo 1: A importância dos achados Pediátrica. Hospital Federal dos Servidores do
Estado. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
clínicos e microscópicos orais no
diagnóstico da síndrome de Sjögren Teresa C. R. B. dos Santos

Fábio R. Pires Departamento de Diagnóstico e Cirurgia.


Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia. do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
Endereço para correspondência:
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia. Faculdade
de Odontologia. Faculdade de Odontologia.
Débora L. Pereira Universidade do Estado do Rio Janeiro.
Boulevard 28 de Setembro, 157, sala 503
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20551-030.
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Telefone: 55 21 2868 8284
E-mail: ramoafop@uerj.br

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Artigo 2: Síndrome da ardência Artigo 3: Alterações no
bucal: aspectos clínicos e Seio Maxilar e sua Relação
tratamento com Problemas de Origem
Odontológica
Gabriella Mundim Rocha Oliveira
Curso de Especialização em Estomatologia. Antonio J. R. Castro
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
Programa de Doutorado em Clínica Odontológica.
do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Faculdade de Odontologia. Universidade Federal
do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Geraldo Oliveira Silva-Júnior
Departamento de Ciências Básicas. Universidade Luciana M. Sassone
Federal Fluminense. Nova Friburgo, RJ, Brasil.
Departamento de Procedimentos Clínicos
Integrados. Faculdade de Odontologia.
Bruna Lavinas Sayed Picciani Universidade do Estado do Rio Janeiro. Rio de
Departamento de Patologia. Faculdade de Janeiro, RJ, Brasil.
Medicina. Universidade Federal Fluminense.
Niterói, RJ, Brasil. Georgiana Amaral

Programa de Doutorado em Endodontia.


Ruth Tramontani Ramos
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
Programa de Pós-graduação em Estomatologia. do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
Endereço para correspondência:
do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Antonio J. R. Castro
Rua Fonte da Saudade, 246/201
Silvana Gama Pestana Rio de Janeiro, RJ. CEP: 22471-210.
Telefone: 55 21 8778 6665
Setor de Fonoaudiologia, Coordenação
Odontológica de Ensino. Faculdade de
Odontologia. Universidade do Estado do Rio
Artigo 4: Telerradiologia: uma
Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. nova era para a radiologia
odontológica
Marília Heffer Cantisano
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia. Marcelo D. B. Faria
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia.
do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
Endereço para correspondência: do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia.
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado Luciana F. Bastos
do Rio Janeiro.
Departamento de Odontologia Preventiva
Boulevard 28 de Setembro, 157
e Comunitária. Faculdade de Odontologia.
Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20551-030.
Universidade do Estado do Rio Janeiro. Rio de
Telefone: 55 21 2587 6455
Janeiro, RJ, Brasil.
E-mail: mcantisano@terra.com.br

Paulo J. Medeiros
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia.
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

12 Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ


Fábio R. Pires Rua Visconde de Pirajá, 595/702
Rio de Janeiro, RJ. CEP: 22410-003
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia. Fone: 21 2511 1513
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado E-mail: francisco@oclusaoedtm.com.br
do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Artigo 7: Periodontite e ômega
Marília H. Cantisano
3: o papel dos ácidos graxos no
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia.
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
processo inflamatório
do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Manuela R. C. Sete

Branca H. O. Vieira Programa de Mestrado em Periodontia. Faculdade


de Odontologia. Universidade do Estado do Rio de
Departamento de Odontologia Preventiva Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
e Comunitária. Faculdade de Odontologia.
Universidade do Estado do Rio Janeiro. Rio de
Janeiro, RJ, Brasil. Carlos Marcelo S. Figueredo
Departamento de Procedimentos Clínicos
Artigo 5: Tratamento Integrados. Faculdade de Odontologia.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de
multidisciplinar de deformidades Janeiro, RJ, Brasil.
dentofaciais Endereço para correspondência:
Departamento de Procedimentos Clínicos
Marco Antônio de O. Almeida Integrados. Faculdade de Odontologia.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de
Departamento de Odontologia Preventiva Janeiro, RJ, Brasil.
e Comunitária. Faculdade de Odontologia. Boulevard 28 de Setembro, 157, 2º andar
Universidade do Estado do Rio Janeiro. Rio de Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20551-030.
Telefone: 55 21 2868 8082
Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: cmfigueredo@hotmail

Ione Helena V. P. Brunharo Artigo 8: Periodontite e Doença


Programa de Pós-Graduação em Ortodontia. Renal Crônica
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
do Rio Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Susyane Antunes
Endereço para correspondência: Programa de Doutorado em Periodontia.
Ione Helena V. P. Brunharo Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
Largo do Machado 54/305, Flamengo
Rio de Janeiro – RJ. CEP: 22210-020. do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
E-mail: ioneportella@yahoo.com.br
Rachel Bregman
Artigo 6: A relação entre
Departamento de Especialidades Médicas.
maloclusão e desordens Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do
temporomandibulares: uma breve Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

digressão pelos últimos 80 anos Carlos Marcelo Silva Figueredo

Francisco J. Pereira Júnior Departamento de Procedimentos Clínicos


Integrados. Faculdade de Odontologia.
Departamento de Prótese. Faculdade de Medicina Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de
de Petrópolis – Arthur Sá Earp Neto. Petrópolis, RJ, Janeiro, RJ, Brasil.
Brasil.
Endereço para correspondência:
Francisco J. Pereira Júnior

Ano 12, nº 1, janeiro/março de 2013 13


Ricardo G. Fischer Ricardo G. Fischer
(Vide Editorial.) (Vide Editorial.)
Endereço para correspondência: Endereço para correspondência:
Departamento de Procedimentos Clínicos Departamento de Procedimentos Clínicos
Integrados. Faculdade de Odontologia. Integrados. Faculdade de Odontologia.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Boulevard 28 de Setembro, 157, 2º andar Boulevard 28 de Setembro, 157, 2º andar
Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20551-030. Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20551-030.
Telefone: 55 21 2868 8031 Telefone: 55 21 2868 8031
E-mail: ricfischer@globo.com E-mail: ricfischer@globo.com

Artigo 9: Antissépticos bucais no Artigo 11: A doença periodontal e


controle da bacteremia de origem o idoso frágil
oral
Rivail A. S. Fidel Júnior
German Villoria
Coordenação Central de Extensão, Departamento
(Vide Editorial). de Odontologia. Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Lúcia Helena C. Costinha
Roberto A. Lourenço
Departamento de Periodontia. Faculdade de
Odontologia. Universidade Gama Filho. Rio de Departamento de Medicina Interna. Faculdade de
Janeiro, RJ, Brasil. Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio
Endereço para correspondência: de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
German E. M. Villoria
Rua Visconde de Pirajá, 82/1005 Ricardo G. Fischer
Rio de Janeiro, RJ. CEP: 22410-000.
E-mail: villoria@me.com (Vide Editorial).
Endereço para correspondência:
Artigo 10: Efeito do tratamento Departamento de Procedimentos Clínicos
Integrados. Faculdade de Odontologia.
periodontal em pacientes com Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
diabetes mellitus tipo 2 Boulevard 28 de Setembro, 157, 2º andar
Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20551-030.
Telefone: 55 21 2868 8031
Maria Emília Felipe E-mail: ricfischer@globo.com
Programa de Doutorado em Periodontia.
Faculdade de Odontologia. Universidade do Estado
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Maria Chomyszyn-Gajeswska
Periodontal Department. Dental School.
Jagiellonian University. Cracóvia, Polônia

14 Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ

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