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Introdução
Epidemiologia da craniossinostose
Incidência de 3.4 : 10.000 nascimentos.
Ocorre geralmente de forma isolada e esporádica em crianças saudáveis.
21% dos casos apresentam uma etiologia genética – sendo que 8% dos casos
são familiares.
Casos familiares são vistos com frequência na sinostose coronal,
correspondendo a até 14.4% destas, 6% das sagitais, 5.6% das metópicas,
enquanto as lambdoides quase nunca o são.
A sinostose mais comum é a sagital – corresponde a 50-60% dos casos, com
uma incidência de 1.9:10.000 nascimentos e afetando mais o sexo masculino
(3.5: 1).
A craniossinostose coronal é a segunda mais comum (20-30% dos casos),
seguida pela metópica (10-20%).
A craniossinostose familiar geralmente é transmitida como uma herança
autossómica dominante com penetrância incompleta e expressividade variável
– uma ampla variedade de anormalidades cromossômicas tem sido associadas,
com microdeleções e duplicações podendo ser detectadas pelo cariotipo ou
CGH-array.
A craniossinostose ainda pode ocorrer como característica de várias síndromes.
Pode ainda ser secundária, com alguns distúrbios metabólicos primários
(hipertireoidismo, raquitismo, e.g.), doenças de depósito (mucopolissacaridose,
e.g.), doenças hematológicas (talassemia, anemia falciforme, policitemia vera,
e.g.), malformações encefálicas e exposições teratogénicas específicas
(difenilhidantoina, ácido retinoico, ácido valproico, fluconazol e ciclofosfamida,
e.g. ) .
Os genes mais frequentemente envolvidos são: FGFR2 (32%), FGFR3 (25%),
TWIST1 (19%) e EFNB1 (7%) – mas a inabilidade de definir uma mutação
especifica não afasta a etiologia genética, e nem todos que apresentam uma
mutação patológica desenvolvem craniossinostose.
Forames parietais
São pequenos defeitos nos ossos parietais através dos quais podem atravessar
veias emissárias.
Se apresentam como defeitos ovais simétricos situados de cada lado da sutura
sagital, e seu tamanho diminui com a idade; são cobertos por escalpe e cabelos
normais e são percebidos na palpação ou radiografia.
Defeitos pequenos e unilaterais são mais comuns, e mais frequentes no lado
direito da cabeça, comumente afetando mais o sexo feminino (5:3).
Ocasionalmente o cérebro ou a dura pode se projetar através da extensão dos
defeitos, sugerindo a possibilidade de uma encefalocele, mas a localização
dessas lesões fora da linha média as diferencia de defeitos do fechamento do
tubo neural.
Os forames parietais geralmente são pequenos e apenas detectáveis pela
radiografia, no entanto, 10% são maiores que 5mm, podendo ser tão grandes
quanto 50mm de diâmetro; 60-70% dos adultos apresentam pequenos forames
parietais, enquanto 1% podem apresentar grandes defeitos.
De modo geral não causam repercussões clínicas.
Ossos wormianos
São descritos como ossos acessórios que ocorrem dentro das suturas ou
fontanelas, podendo ser únicos ou múltiplos e sendo diagnosticados
radiologicamente.
Ainda que não apresentam manifestações clínicas, sua significância é variável.
São comumente vistos em condições como osteogênese imperfeita, como
resultado de uma mineralização defeituosa.