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Anormalidades congênitas
A anomalia congênita pode ser definida como qualquer desvio do comum,
qualquer órgão ou membro com estruturas ou localizações anormais. Geralmente, está
associada a fatores genéticos e ambientais, como exposição a agentes químicos, drogas,
radiação, alterações cromossômicas, doenças ou síndromes, com alterações ocorrendo
durante a terceira e a oitava semanas de vida intrauterina. Logo ao nascimento, é
possível diagnosticar a ausência ou malformação parcial ou total de um ou mais
membros, anomalias que podem ser detectadas em exames pré-natais, como a
ultrassonografia morfológica. As anomalias congênitas dos membros inferiores são
relativamente comuns.
As malformações congênitas podem ser classificadas em sete categorias:
1. Falha de formação: dividida em anomalias transversais e longitudinais,
na falha de formação podemos observar a ausência parcial ou total de um membro.
2. Falha de diferenciação: refere-se a todos os déficits nos quais as unidades
anatômicas estão presentes, mas com desenvolvimento incompleto. Exemplos: luxação
congenital de quadril, pé torto congênito e artrogripose, entre outras.
3. Duplicação: acredita-se que haja uma lesão específica sobre o blastema,
causando uma divisão muito precoce durante o desenvolvimento, como a polidactilia.
4. Hipertrofia (gigantismo): observa-se na extremidade um crescimento
desproporcional em relação ao resto do membro.
5. Hipotrofia: verifica-se um desenvolvimento deficiente e incompleto total
ou parcial de uma extremidade.
6. Síndromes de banda de constrição: consequência de um processo de
necrose focal durante o desenvolvimento fetal. A zona de necrose reparar-se-á como
uma cicatriz circular, criando uma banda.
7. Anormalidades generalizadas do esqueleto: apresentam manifestações de
anomalias esqueléticas generalizadas, como a síndrome de Marfan.
Amputações em pacientes vasculares
As amputações em pacientes com obstrução arterial (associadas ou não ao
diabetes mellitus) representam a maior porcentagem das amputações realizadas nos
membros inferiores.
A cirurgia de amputação representa o estágio final na doença vascular
periférica e está associada com alta mortalidade operatória, baixos índices de
reabilitação e altas taxas de mortalidade tardia, assim como de perda do membro
contralateral.
Esses pacientes apresentam como característica própria a menor capacidade
de cicatrização dos tecidos em razão da menor irrigação, o que representa um desafio a
mais para o cirurgião e toda a equipe de reabilitação.
Atualmente consideram-se indicações para amputações de membros
inferiores em pacientes com doença arterial periférica:
1. Necroses teciduais. Podem ser representadas desde por necrose de
falanges distais até extensas necroses de pé e perna por quadro misto
isquêmico/infeccioso (Figuras 1 e 2). Quando a necrose acomete grandes extensões do
membro ou segmentos comprometendo ossos, há a necessidade de uma amputação
maior.
2. Dor intratável, ou seja, quando não é possível eliminar a causa da dor
(isquemia) por não haver possibilidade técnica de revascularizar o membro. A dor não
pode ser controlada por outros métodos, como medicamentos, simpatectomia, bloqueios
nervosos etc.
3. Quando há grande destruição tecidual por processo infeccioso,
normalmente associado a micróbios anaeróbios. Esse tipo de infecção exige a exérese
de todo o tecido desvitalizado, mantendo-se de maneira geral a ferida operatória aberta.
4. E, finalmente, quando existe necrose ou dor intensa, o risco de morte
decorrente de uma cirurgia de revascularização é muito alto, em virtude de um paciente
muito debilitado, com flexo articular ou acamado há muitos anos, com pouca chance de
voltar a andar após a revascularização.
Amputações neoplásicas