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Revista Multidisciplinar da Saúde (RMS), v. 1, n.01, ano 2019 – p.

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ISSN online: 2176-4069. Centro Universitário Padre Anchieta – UniAnchieta – Jundiaí

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO ANATÔMICO DO TRONCO DO NERVO


FACIAL EM CADÁVERES DE FETOS HUMANOS

Marcelo Rodrigues da Cunha¹,2, Elisabete Bedim¹, Laura Carolina Negrin


Gregório¹, Vinicius Barroso Hirota¹, Renata Pletsch Assunção¹, Cristiane da Silva
Cruz2, Samantha Ketelyn Silva2

1
Laboratório de Anatomia, Centro Universitário Padre Anchieta, Rua Bom Jesus de
Pirapora, 100/140, Jundiaí, São Paulo, Brasil.
2
Departamento de Morfologia e Patologia Básica, Faculdade de Medicina de Jundiaí
(FMJ), Jundiaí/SP, Brasil.

Autor para Correspondência: Marcelo Rodrigues da Cunha, Faculdade de Medicina de


Jundiaí, Rua Francisco Telles, 250, Cep: 13202-550, Vila Arens, Jundiaí/SP. (11-
45871095). Email: cunhamr@hotmail.com

Resumo
A paralisia facial periférica é uma condição que resulta de danos ao nervo facial em
qualquer ponto ao longo de seu trajeto anatômico e na origem de seu núcleo motor,
causando assimetria facial. Existem inúmeras causas, incluindo distúrbios vasculares e
congênitos, que podem surgir durante o desenvolvimento embrionário do sistema
nervoso. O objetivo da pesquisa foi conhecer a morfologia do nervo facial em diferentes
períodos fetais. Sete fetos armazenados em formol foram submetidos à dissecção da
face e pescoço para identificação do nervo facial. A topografia deste nervo e sua relação
com estruturas anatômicas adjacentes foram avaliadas. Nos resultados, o tronco do
nervo facial foi encontrado na região infra-auricular profunda, ramificando-se em
direção à parte inferior e profunda da glândula parótida. Houve diferença na anatomia
do nervo facial entre os períodos fetais estudados quanto às ramificações. Em
conclusão, o nervo facial fetal tem uma morfologia peculiar e exibe importantes
relações topográficas com estruturas adjacentes que podem comprometer sua função,
bem como o acesso quando uma intervenção cirúrgica é necessária.

Palavras-chave: Nervo facial, paralisia facial, anatomia, feto.

CONTRIBUTION TO THE ANATOMICAL STUDY OF THE FACIAL NERVE


TRUNK IN HUMAN FETAL CADAVERS

Abstract
Peripheral facial palsy is a condition that results from damage to the facial nerve at any
point along its anatomical course and at the origin of its motor nucleus, causing facial
asymmetry. There are numerous causes, including congenital and vascular disorders that
can arise during embryo development of the nervous system. The objective in the

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research was to know the morphology of the facial nerve in different fetal periods.
Seven fetuses stored in formalin were submitted to dissection of the face and neck for
identification of the facial nerve. The topography of this nerve and its relationship with
adjacent anatomical structures were evaluated. In the results, the trunk of the facial
nerve was found in the deep infra-auricular region, branching towards the lower and
deep part of the parotid gland. There was difference in facial nerve anatomy between
the fetal periods studied to the ramifications. In conclusion, the fetal facial nerve has a
peculiar morphology and exhibits important topographical relationships with adjacent
structures that can compromise its function as well as access when a surgical
intervention is required.

Keywords: Facial nerve, facial palsy, anatomy, fetus.

Introdução musculatura da hemiface ipsilateral à


lesão que dificulta o piscar, bem como o
A expressão facial é uma das
fechamento completo do olho, desvio da
características marcantes dos indivíduos
boca para o lado oposto e alteração na
e depende da integridade anatômica e
função gustativa e hiperacusia1,6,12,13.
funcional do nervo facial, cuja origem
aparente está no sulco bulbo pontino do Em cerca de 50% dos casos
tronco encefálico, e ao emergir pelo desta lesão nervosa, a etiologia
forame estilo mastoideo do crânio, permanece desconhecida e assim sendo
distribui-se para a musculatura da é denominada como paralisia de Bell.
mímica facial. Entretanto, esta Celik et al. utilizaram a tomografia
inervação pode sofrer lesõesdecorrentes computadorizada para medir o diâmetro
de processo inflamatório, traumas, do canal facial de ambos os lados
neuropatias, insuficiência micro afetados e não afetados de pacientes
circulatória, predisposição genética, com esta doença e concluíram que o
reações autoimunes, tumores, otites, segmento labiríntico desse canal
vírus, choque térmico, fraturas, pós- constitui um fator de risco8. Kim et al.
trauma, lesões do osso temporal, relataram que o nervo petroso maior
procedimentos odontológicos, também pode estar envolvido10.
neoplasias, mastoidites, abscessos na
Os traumas perinatais são as
glândula parótidae as predisposições
causas mais frequentes de paralisia
anatômicas pelo estreitamento do canal
congênita13-15, e a maioria das crianças
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facial . Dentre os sintomas da
tem uma recuperação espontânea.
paralisia facial, destaca-se a fraqueza da
Entretanto, naqueles casos em que há

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grave dano neural, pode ser necessária a


indicação de cirurgias de reanimação
Métodos
facial através das neurorrafias com uso
de enxertos musculares e nervosos13,14. Foram utilizados sete cadáveres

Assim, dentre as técnicas de reparo da de fetos humanos, sendo três

lesão facial através da mioplastia, masculinos e quatro femininos. Os

encontra-se o alongamento com espécimes usados não apresentavam

transferência de tendões musculares anormalidades faciais e tinham de 17 a

como a dos músculos temporal 35 semanas gestacionais,

emasseter16.Enxertos de nervos são sendomantidos no Laboratório de

empregados através do uso do nervo Anatomia do Centro Universitário Padre

sural ou uma transposição neural de Anchieta (UniAnchieta). O Projeto foi

uma área doadora do mesmo lado da aprovado pelo Comitê de Ética em

paralisia, utilizando osnervos Pesquisa (CEP) do UniAnchieta, CAEE

hipoglosso, ramo motor do trigêmeo, 75069617.5.0000.5386.

masseter ou auricular, nos quais são Através de materiais cirúrgicos


dissecados e anastomosados na parte apropriados (pinças, tesouras, bisturi),
distal do nervo facial lesado3,13,17-19. realizaram-se incisões cutâneas nas
Desta maneira, torna-se necessário o regiões auricular parotídea-massetérica
conhecimento detalhado da anatomia do das hemifaces dos fetos para expor os
nervo facial durante as intervenções tecidos moles, como a glândula parótida
médico-cirúrgicas, bem como para o e o músculo esternocleidomastoideo
entendimento das doenças envolvidas (ECM). Essas estruturas foram
na paralisia facialcongênita. Portanto, o minuciosamente afastadas para que
objetivo desta pesquisa foi estudar o pudessem ser identificados e avaliados
comportamento do tronco do nervo o trajeto e o formato do tronco do nervo
facial na região auricular inferior e facial na região auricular e parotídea-
parotídea-massetérica em cadáveres de massetérica (figura 1).
fetos humanos formolizados.

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Figura 1: Procedimento da dissecação da hemiface do feto. A pele e a tela subcutânea


foram rebatidas para a exposição do tronco do nervo facial (seta).

Resultados inserção mastoidea doECM, o nervo


facial bifurcava ou trifurcava-sena
Em todos os espécimes
região do ângulo da mandíbula em
estudados, nãofoi observadadiferença da
troncos temporofacial e cervicofacial,
anatomia do nervo facial entre os
que, por sua vez, ramificam-se em
antímeros direito e esquerdo, assim
direção à face. Verificou-se também que
como entre os gêneros. Após a
as divisões dos troncos do nervo facial
dissecação da estratigrafia superficial da
eram maiores nos fetos de menor
hemiface e secção do ECM, notou-se
período gestacional e, além disso,
que otronco emergente do nervo facial
emitiam suas terminações (temporal,
se localizava na região auricular inferior
zigomático, bucal, marginal da
após sua emergência pelo forame
mandibular, e cervical) que penetravam
estilomastóideo. Ao passar
posteriormente aos lobos da glândula
profundamente pela borda anterior da
parótida (figuras 2 e 3).

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Figura 2. Topografia do nervo facial na hemiface do feto. Verifica-se o tronco do nervo


facial (seta) de localização infra auricular e se ramificando para a região parotídea-
massetérica.

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Figura 3. Terminações do nervo facial. Note maior ramificação do nervo facial no feto
com 24 semanas gestacional (A) comparado com o de 32 semanas (B).

Discussão entendimento e classificação de alguns


mecanismos patogênicos que levam às
Estudos envolvendo cadáveres
paralisiasfaciais de origem congênita e
são necessários para diferenciar as
idiopática.
variações que podem ocorrer na
Nesta pesquisa foi possível notar
formação e distribuição do nervo facial,
a disposição do tronco do nervo facial
assim como a repercussão de suas
pela região auricular inferior,assim
alterações morfológicas durante as
como a sua topografia na parte mais
técnicas de tratamento cirúrgico e
inferior do lobo posterior da glândula
conservador daparalisia facial infantil.
parótida, porém não correspondendo
Na literatura são vastas as informações
exatamente ao descrito na literatura
sobre a anatomia do nervo facial em
baseada em pesquisas com uso
adultos20,21, mas pouco se conhece da
decadáveres adultos20,21.Esse dado
sua topografia durante a formação
sustenta a pesquisa de Talas et al.,ao
embriológica, o que poderia auxiliar no

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afirmarem que há uma mudança informações da anatomia do nervo


acentuada do comprimento dos facial dos fetos demonstradas nesta
segmentos meatal e mastoidea do nervo pesquisa, podemser úteis durante as
facial na transição da vida fetal para a intervenções médico-cirúrgicas, quando
adulta22. Ainda em relação aos necessárias em crianças com paralisia
parâmetros de comprimento e largura, facial ou submetidas a outro
Elvanet al. não observaram diferença procedimento clínico. Em adição,
estatisticamente significativa para os contribui também no diagnóstico,
antímeros e o gênero23, assim como classificação e tratamento de doenças
também ocorrido nesta pesquisa. correlacionadase decorrentes de
Quanto ao formato do nervo alteração do desenvolvimento dos
facial, verificou-se um tronco inicial de folhetos embrionários, como a
forma alongadae que em seguida, Síndrome de Moebius.
bifurcava ou trifurcava-se com seus A síndrome de Moebius,
ramos terminais em direção profunda também conhecida como diplegia facial
àglândula parótida. Desta maneira, esta congênita ou agenesia nuclear, é de
topografia pode predispor a uma origem congênita e compromete o
compressão neural por abscesso ou desenvolvimento dos núcleos dos
tumor na região parotídea-massetérica18. nervos abducente e facial entre a quinta
Na pesquisa de Kalaycioğluet al., o tipo e a oitava semanas de gestação, porém
de tronco do nervo facial mais comum outros nervos cranianos também podem
foi a bifurcação (81,25%), seguida da ser afetados. A etiologia ainda continua
trifurcação (18,75%), e os autores desconhecida, mas alguns autores
relataram que a anatomia do nervo correlacionam essa síndrome com uma
facial deve ser conhecida com precisão possível alteração vascular durante o
em qualquer procedimento cirúrgico em desenvolvimento embriológico da
crianças24.Chalainet al. escreveramo região ventral do rombencéfalo26,27.
caso de um recém-nascido com Desta maneira, observa-se a
neurapraxias de ambos os ramos importância de outros estudos sobre a
mandibular marginal do nervo facial e formação encefálica e a vascularização
dos troncos superiores do plexo braquial do nervo facial durante os períodos
ipsilateral devido ao uso do fórceps25. fetais para o melhor entendimento da
Esses dados, bem como as demais sua embriologia e associação com as

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paralisias faciais congênitas e Diagnóstico, Tratamento e Orientação.


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Conclusão
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