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2005
Avaliação funcional da mímica na paralisia facial central por acidente cerebrovascular 213
Pró-Fono Revista de Atualização Científica, v. 17, n. 2, maio-ago. 2005
Introdução
A paralisia facial é uma situação de impacto, na preservada; abaixo de 47% de fibras sem lesão,
qual a pessoa perde a possibilidade da comunicação temos a paralisia incompleta e se o número de fibras
não-verbal, ou seja, das informações fornecidas ao for menor que 32 %, a paralisia facial é completa, em
interlocutor que apenas as palavras expressas comparação com o número estimado do grupo
oralmente não são capazes de transmitir. A controle.
relevância da estética no meio social também deve Na história antiga são raras as representações
ser considerada e, aquele que apresenta uma conhecidas de alterações na cabeça e pescoço e
alteração importante deste aspecto, poderá ter que descrevem de forma rudimentar uma doença
prejudicado o seu convívio social. Lazarini et al. dos povos antigos. O Museu Arqueológico Rafael
(2002) referiram que a privação dos movimentos Larco Herrera e o Nacional de Arqueologia,
faciais limita dramaticamente a integração do ser Antropologia e História do Peru apresentam
humano com seu próximo e com o meio. fotografias dos exemplos mais importantes da
VanSwearingen et al. (1999) realizaram um estudo paralisia facial da coleção de cerâmica Moche
com indivíduos portadores de desordens (cultura presente na costa noroeste do Peru durante
neuromusculares faciais, com prejuízo da habilidade o primeiro século de nossa era). O povo Moche
de sorrir e verificaram que esta deficiência predispôs deve ser reconhecido como tendo estabelecido um
os mesmos à depressão. Assim, a compreensão da ponto de referência na história da paralisia facial,
origem da paralisia e sua recuperação auxiliam o uma doença ignorada pelos artistas do ocidente
restabelecimento do equilíbrio psíquico e da até aparecerem os trabalhos de Bell e suas
reintegração do indivíduo ao seu meio social. ilustrações (Canalis e Cino, 2003).
Diante desta nova situação, o indivíduo poderá Vários critérios podem ser adotados para
ser tido como incapaz de realizar atividades das classificar as paralisias faciais e uma destas
quais possuía domínio prévio ao episódio e que classificações se baseia na localização da lesão, o
não possuem relação direta com a paralisia facial. que permite não só um correto diagnóstico, mas
Com exceção das profissões que dependem quase também estabelecer o melhor prognóstico e
que exclusivamente da estética, como no caso de tratamento. As paralisias faciais podem ser
modelos fotográficos e jornalistas de televisão, a divididas em dois grandes grupos: paralisia facial
maioria das ocupações profissionais podem ser central (PFC) ou supranucelares e paralisia facial
praticadas normalmente se a alteração presente for periférica (PFP), sendo as nucleares e
a paralisia facial isolada. infranucleares. As supranucleares consistem em
O nervo facial é o nervo de maior diâmetro que lesões dos neurônios motores piramidais do córtex
passa dentro de um conduto ósseo e é o nervo que frontal (responsáveis pelos movimentos
mais freqüentemente sofre paralisia (Esborrat, 2000). voluntário), que chegam aos núcleos motores do
O nervo facial origina-se no núcleo do facial situado facial ipsi (parte superior da face) e
na ponte, emergindo da parte lateral do sulco bulbo- contralateralmente (parte superior e inferior)
pontino. Em seguida, penetra no osso temporal pelo (Lazarini et al., 2002). Nesta situação, os movimentos
meato acústico interno, emerge do crânio pelo involuntários ou emocionais podem estar
forame estilomastóideo, passa pela glândula preservados. Geralmente são decorrentes de lesões
parótida e se distribui aos músculos da mímica por vasculares, tumorais, processos degenerativos ou
meio de ramos (Machado, 1993). O trajeto inflamatórios e costumam ser acompanhadas de
intrapetroso completo percorrido pelo facial outras manifestações neurológicas como
aproxima-se de 35mm e o diâmetro ocupado por ele hemiplegia e disartria. (Bento et al., 1998; Esborrat,
é de 50 a 75% do canal ósseo (Bento et al., 1998). 2000; Testa e Antunes, 2000). As paralisias
Kobayashi et al. (2003), realizaram um estudo nucleares apresentam etiologias similares as
experimental sobre o nervo facial com a finalidade supranucleares, mas o local da lesão difere, sendo
de determinar a porcentagem essencial de neurônios o núcleo motor do facial (terço inferior da
requeridos para a funcionalidade facial. O nervo protuberância). A sintomatologia também é
facial de ratos foi submetido a diferentes graus de diferente, na qual ocorre a paralisia de todos os
lesão e após avaliação da função facial, o número músculos da hemiface do mesmo lado da lesão
de neurônios preservados foi estimado. Os tanto para movimentos voluntários como
resultados revelaram que: ao redor de 56% de involuntários (reflexos e emocionais). Devido à
neurônios intactos, a função do nervo facial está proximidade do núcleo motor do facial com o núcleo
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direita do córtex frontal podendo ser resultante de estimulação funcional da face comprometida, o que
um tipo de demência fronto-temporal. Neste caso reduz as seqüelas provocadas pela paralisia.
ocorreu perda da prosódia e da habilidade de Desta forma, trabalho teve por objetivo
expressão facial emocional com preservação caracterizar a paralisia facial central de pacientes com
apenas do esboço do movimento labial de retração quadro de acidente vascular cerebral (AVC) e discutir
de forma involuntária. a diferença entre a paralisia central e a periférica.
Gómez-Gosálvez et al. (2003) relataram um caso
de um menino de três anos que apresentou um Método
quadro de disartria, paralisia facial e hemiparesia à
direita e ausência de outros sintomas neurológicos Este trabalho foi encaminhado à apreciação do
associados. Este quadro foi decorrente de um Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas
acidente cerebrovascular isquêmico à esquerda da Faculdade de Medicina da Universidade de São
pós-varicela, problema raro na idade pediátrica. O Paulo (HC-FMUSP), segundo as determinações do
exame clínico neurológico foi normalizado na 5ª Conselho Nacional de Saúde (Resolução Conep 196/
semana de evolução. 96) e recebeu sua aprovação sob Protocolo número
De Bruecker et al. (2003) apresentaram um caso 1081/02.
de uma paciente com paralisia facial central, Os participantes foram esclarecidos sobre o
hemiparesia, hemianopsia e paresia do XII par objetivo deste estudo e convidados a participar do
craniano à esquerda devido a linfomatose mesmo, o qual foi iniciado após a concordância e a
intravascular. Os exames mostraram lesão da massa assinatura do Termo de Consentimento Livre e
cinzenta em ambos os lados do núcleo lentiforme e Esclarecido. Foram respeitados todos os princípios
na parte superior direita do núcleo caudato, córtex éticos que versam a resolução 196/96 (Conselho
frontoparietal e anteriormente ao córtex frontal à Nacional de Saúde, 1996) sobre ética em pesquisa
direita. com seres humanos e as orientações do Comitê de
Interessados em conhecer melhor o caminho Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da
percorrido pelas fibras corticofaciais no tronco Universidade de São Paulo.
cerebral, Urban et al. (2001) realizaram um estudo Para o estudo, foram selecionados pacientes
com 53 indivíduos, sendo 28 com paresia facial com ausência de quadros de afasia de
central devido à lesão isquêmica focal em diferentes compreensão, de seqüelas cognitivas importantes,
níveis do tronco cerebral e 25 com movimentação de síndromes maxilo-faciais, de quadros prévios de
normal da musculatura facial. Concluíram que na paralisias faciais periféricas ou centrais, de marcas
maioria dos pacientes estudados, essas fibras têm cicatriciais que alterassem a fisionomia e de
seu trajeto dentro da base ventromedial da ponte e realização prévia de cirurgias ortognáticas.
atravessam a linha média ao nível do núcleo facial. Foram avaliados nove pacientes de ambos os
Todos os estudos acima relatados nos mostram sexos, com idade entre 42 e 62 anos e intervalo de
a diversidade de manifestações que pacientes com tempo de um a cinco dias após o incidente, no
paralisia facial central podem apresentar. A período de junho a outubro de 2002. Os mesmos
avaliação funcional é pouco descrita, sendo mais foram encaminhados pelo Serviço de Neurologia
enfatizada a presença ou ausência de alguns de Emergência II da Divisão de Clínica Neurológica
movimentos isolados. Para a adequada intervenção do HC-FMUSP com diagnóstico de paralisia facial
fonoaudiológica faz-se necessário o conhecimento central associada a quadro de AVC e que
de todos os segmentos envolvidas da região facial. preencheram os critérios de seleção. Por se tratar
Bernardes et al. (2004) referem que a de um estudo descritivo, os resultados não foram
contribuição do trabalho miofuncional tem sido submetidos a estudo estatístico.
apontada, em qualquer fase da doença, como fonte As avaliações foram feitas no próprio local de
de melhora do resultado funcional final, atendimento do serviço de Neurologia de
independentemente da causa ou do grau da lesão. Emergência II do hospital, onde os pacientes se
Guedes (1994); Goffi-Gomez et al. (1999); encontravam internados. Durante as avaliações os
Fouquet (2000); Goffi-Gomez et al. (2000); Altmann pacientes encontravam-se sentados de frente para
(2002) salientaram a importância da participação do a avaliadora ou deitados na maca com inclinação na
fonoaudiólogo na equipe multidisciplinar que parte superior. O tempo médio de cada atendimento
atende o paciente portador de paralisia facial foi de 15 minutos.
periférica. Isso se deve ao fato de que a participação Foi realizada a avaliação das condições
deste profissional está diretamente ligada à funcionais da musculatura facial em repouso, em
Número de Dias
Paciente Idade (anos) Sexo Sintomas Neurológicos Associados
(após o AVC)
1 42 F 2 hemiparesia à esquerda e crise epilética sintomática
2 61 M 2 paresia à esquerda e diminuição da função do XI par craniano
3 60 M 4 afasia mista com predomínio de expressão. Presença de fosfenos e escotoma
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TABELA 6. Localização da lesão e condições funcionais do lado paralisado na movimentação voluntária e involuntária dos lábios no sorriso.
Movimentação
Movimentação
Paciente Localização da Lesão Involuntária
Voluntária (Sorriso)
(Sorriso)
1 cápsula interna à direita e núcleos da base à direita A A
2 putâmen à direita PD PS
3 região cortical fronto-têmporo-parietal à esquerda PD PS?
4 núcleo lentiforme, ínsula, entendendo-se até a região temporal e frontal à direita A A
amígdala, núcleo da base e região extensa cortico-subcortical fronto-têmporo-parieto-
5 PD PD
insular à esquerda
6 lobo parietal à direita e globo pálido PD PS?
7 cápsula interna à direita (lacunar) A PS
8 região cortical à esquerda A A?
9 cápsula interna à direita PD PD
Legenda: PS = presença de movimento simétrico; PS? = presença duvidosa de movimento; PD = presença de movimento diminuído; A? =
ausência duvidosa de movimento; A = ausência de movimento.
Discussão
Classicamente o que se espera diante de uma da expressão que, apesar de ter permitido a
PFC é a preservação da movimentação da fronte e realização da avaliação (foram capazes de executar
paralisia dos movimentos da musculatura facial as ordens), pode ter sido um fator de interferência
inferior contralateral à lesão, na solicitação da dos resultados. Além disso, a dificuldade está em
movimentação voluntária, e preservação da encontrar para cada paciente uma elicitação real de
movimentação da parte inferior na ação involuntária um momento prazeroso ou cômico para a evocação
ou emocional (Töpper et al., 1995; Trepel et al., 1996; do sorriso espontâneo.
Urban et al., 1998). Entretanto, a dissociação entre Quanto à movimentação voluntária, a maioria
a movimentação voluntária e involuntária tem sido dos pacientes apresentou preservação dos
observada por alguns autores de forma diferente movimentos de testa e de olhos e assimetria de
do postulado acima (Esborrat, 2000; Hopf et al., movimentação de lábios. Entretanto, a elevação do
2000; Urban et al., 2001). nariz apresentou simetria em pouco mais da metade
Em nossa amostra, somente dois pacientes do grupo, o que passa a não ser significativo para
(número 2 e 7) apresentaram a sintomatologia um diagnóstico diferencial entre a paralisia facial
clássica com preservação nítida da movimentação central e periférica, considerando-se que entre os
involuntária, apesar da localização da lesão ser pacientes que apresentaram simetria da
diferente (cápsula-interna e putâmen). Todavia, os movimentação foi observada a queda da asa nasal
demais pacientes apresentaram sorriso assimétrico no repouso.
também sob condição emocional (1, 4, 5 e 9), ainda Um dado importante a ressaltar é que todos os
que em alguns a assimetria ou a simetria foi pacientes deste estudo apresentaram o lado afetado
duvidosa (3, 6 e 8). da face contralateral à lesão central e nenhum deles
A dúvida quanto à simetria ou assimetria do apresentou paralisia facial somente emocional
sorriso espontâneo/involuntário pode ter ocorrido (todos apresentaram assimetria na retração labial
pela situação emocional do paciente no momento voluntária).
da avaliação, sendo que todos os indivíduos Na literatura, vários trabalhos estudaram os
mostraram-se bastante aborrecidos e contrariados diferentes trajetos da via motora piramidal e
com a doença e a internação, principalmente os de extrapiramidal que chegam aos núcleos do VII par
número 6 e 8, dificultando a elicitação do sorriso craniano (facial). Nos casos relatados, são
espontâneo. É válido ressaltar que os pacientes 3 e apresentadas também diferentes manifestações
8 apresentavam quadro de afasia com envolvimento quanto ao sorriso espontâneo simétrico ou
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assimétrico e, como conclusão, hipóteses diferentes considerando que os músculos periorais estão
quanto a estes caminhos (Hopf et al., 1992; Töpper representados no pólo inferior lateral do núcleo do
et al., 1995; Ghacibeh e Heilman, 2003). nervo facial.
Urban et al. (2001), foram os autores que Diante desta situação, Lazarini et al. (2002)
apresentaram maior casuística de paralisia facial salientaram a necessidade de uma pesquisa
central em seus trabalhos (Urban et al., 1997; Urban diagnóstica mais apurada para evitar falhas na
et al., 1998; Urban et al., 2001), demonstrando grande investigação clínica do paciente com quadro de
preocupação em compreender e descrever as paralisia facial completa classificada como
conexões centrais da via motora facial. idiopática, que podem apresentar sua origem no
No início da década de 90, Hopf et al. (1992) sistema nervoso central. Para os autores, o fato da
referiram que as paralisias faciais centrais paralisia facial se manifestar de forma completa não
voluntárias eram associadas a lesões dos glânglios significa que ela possa ser classificada como
da base, tálamo, lobos temporais, substância branca periférica, uma vez que pode ter sua origem em
frontal ou córtex motor suplementar. Não regiões do núcleo motor do facial.
acreditavam que a paralisia facial central, com Cook (2004) ressalta a importância do
envolvimento de movimentos voluntários e conhecimento dos sinais das doenças do sistema
involuntários, fosse decorrente de lesões do tronco nervoso central para o estabelecimento do
cerebral. Referiram ainda que, em outros 17 casos diagnóstico e prognóstico precisos. A
não publicados de paralisia facial e em dois compreensão da anatomia do ouvido e sua
publicados de lesão da região do tronco, os autores associação com regiões cerebrais é crucial na
descreveram a paralisia facial com comprometimento interpretação do exame neurológico.
tanto dos movimentos voluntários como É importante salientar que a condição clínica da
involuntários. musculatura facial dos pacientes com paralisia facial
Urban et al. (1998) descreveram um caso em que central difere significativamente dos pacientes com
a paralisia facial central não foi acompanhada de PFP. Normalmente, no momento posterior à
outros sinais neurológicos numa lesão lacunar do instalação da paralisia, os pacientes com PFP
trato córtico-nuclear. Isto demonstraria que fibras apresentam prejuízo parcial ou total de todos os
que convergem para a ativação orofacial voluntária segmentos da face do lado paralisado,
descendem mediodorsalmente ao nível do meio da ipsilateralmente à lesão do nervo, quer seja no
ponte e que as fibras que convergem para a ativação repouso, na movimentação voluntária ou sob
emocional podem estar abaixo deste nível. Referiram condição involuntária. A semelhança ocorre apenas
ainda ser raro a paralisia facial central como sintoma com relação ao desvio do filtro nasal, que também
isolado. De fato, em nossa casuística somente um dirige-se ao lado não afetado.
paciente apresentou paralisia facial central sem Em todos os casos apresentados pela literatura
qualquer outro sintoma neurológico associado. a avaliação funcional é limitada à descrição da
Urban et al. (2001) referiram que a localização movimentação da testa e do sorriso, não havendo
clássica postulada é a de que lesões ventrais do referência sobre os demais segmentos da face, bem
tronco cerebral rostrais à ponte baixa resultam em como as implicações na reabilitação diante do tipo
paralisia facial do tipo central contralateral à lesão, de lesão sofrida pelo paciente.
enquanto a fraqueza facial do tipo periférica resulta Apesar da reabilitação estar direcionada aos
de lesões da porção dorsolateral inferior da ponte. sintomas apresentados pelo paciente, é
Nesse estudo, os pacientes com paresia facial central extremamente importante para o fonoaudiólogo o
apresentaram fraqueza mais pronunciada na região conhecimento da localização da lesão causadora
perioral com movimentação relativa dos movimentos da paralisia facial. Isso permitirá que ele faça uso
dos músculos da parte superior da face, mas a de estratégias terapêuticas de acordo com o caso,
ressonância transcraniana indicou uma lesão que se bem como conhecimento do prognóstico a ser
estendia aos axônios do nervo facial infranuclear. esperado. Desta forma, a participação do
Isto somente pode ser explicado pela extensão da fonoaudiólogo na equipe multiprofissional
lesão para a parte inferior da ponte baixa envolvendo contribuirá no tratamento mais adequado a ser
tanto as fibras infranucleares intra-axiais do nervo oferecido ao paciente, resultando numa melhora da
ou afetando a região correspondente ao núcleo do qualidade de vida.
nervo. Uma lesão nuclear que se estende de caudal O papel das características faciais na percepção
a rostral causaria principalmente uma fraqueza audiovisual da fala tem sido considerado como mais
perioral imitando uma paralisia facial central, importante do que aquele envolvido em outras
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