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Por Michael Rubin , MDCM, New York Presbyterian Hospital-Cornell Medical Center
Avaliado clinicamente fev 2022
A paralisia do nervo facial (7º par craniano) geralmente é idiopática (anteriormente chamada paralisia de
Bell). A paralisia do nervo facial idiopática é súbita, unilateral e periférica. Os sintomas da paralisia do
nervo facial compreendem paresia hemifacial das porções superior e inferior da face. Testes [p. ex.,
radiografia de tórax, nível sérico da enzima conversora de angiotensina (ECA), testes para doença de
Lyme, glicose sérica] são feitos para diagnosticar as causas tratáveis. O tratamento pode incluir
lubrificação do olho, uso intermitente de um tapa-olho, e, para paralisia do nervo facial idiopática,
corticoides.
(Ver também Visão geral das doenças neuroftalmológicas e dos pares cranianos.)
Outras causas virais incluem coxsackie, citomegalovírus, adenovírus e vírus Epstein-Barr, caxumba,
rubéola e vírus influenza B. O nervo inchado é comprimido ao máximo à medida que atravessa a
porção labiríntica do canal facial, resultando em isquemia e paresia.
Várias outras doenças (p. ex., diabetes, doença de Lyme, sarcoidose) podem causar paralisia do nervo
facial. A doença de Lyme pode causar paralisia do nervo facial que, ao contrário da paralisia de Bell,
pode ser bilateral. Particularmente em afro-americanos, a sarcoidose é uma causa comum de
paralisia do nervo facial e pode ser bilateral.
Avaliação clínica
A paralisia do nervo facial é diagnosticada com base na avaliação clínica. Não existem testes
diagnósticos específicos.
A paralisia do nervo facial pode ser distinguida de uma lesão do nervo facial central (p. ex., por causa
de tumor ou acidente vascular encefálico hemisférico), que provoca fraqueza, principalmente da face
inferior, poupando o músculo da testa e permitindo que os pacientes contraiam a testa; além disso,
os pacientes com lesões centrais geralmente podem franzir a testa e fechar os olhos firmemente.
Em geral, os médicos também podem distinguir paralisia idiopática do nervo facial de outras doenças
que causam paralisias periféricas do nervo facial com base nos sinais e sintomas característicos; essas
doenças incluem:
Sarcoidose
Doença de Lyme
Meningite crônica
Diabetes
As outras doenças que causam paralisia do nervo facial periférico costumam se desenvolver de forma
mais lenta do que a paralisia idiopática do nervo facial. Assim, se os pacientes tiverem quaisquer
outros sintomas ou sinais neurológicos ou se os sintomas se desenvolveram gradualmente, deve-se
fazer RM.
Na paralisia do nervo facial idiopática, RM pode mostrar aumento de contraste do nervo facial em ou
perto do gânglio geniculado ou ao longo de todo o curso do nervo. Mas esse aumento do contraste
pode refletir outras causas, como tumor meníngeo. Se a paralisia progride ao longo de semanas a
meses, a probabilidade de um tumor (p. ex., mais comumente schwannomas) comprimir o nervo
facial aumenta. RM também pode ajudar a excluir outras doenças estruturais que causam paralisia do
nervo facial. TC, geralmente negativa na paralisia de Bell, é feita se há suspeita de fratura, se RM não
está imediatamente disponível e acidente vascular encefálico é possível.
Além disso, testes sorológicos agudos e convalescentes para doença de Lyme são feitos se os
pacientes estiveram em uma área geográfica onde carrapatos e doença de Lyme são endêmicos.
Para todos os pacientes, radiografia ou TC do tórax é feita e ACE no soro é medida para verificar se há
sarcoidose. Realizam-se exames de sangue para verificar a presença de diabetes. Títulos virais não
são úteis.
A regeneração de fibras nervosas pode ser mal direcionada, inervando os músculos da porção inferior
da face com fibras perioculares e vice-versa. O resultado é a contração não intencional de alguns
músculos durante movimentos faciais voluntários (sincinesia) ou a síndrome de lágrimas de crocodilo
durante a salivação. O desuso crônico dos músculos da face pode causar contraturas.
Fármacos antivirais eficazes contra o vírus de herpes simplex (p. ex., valaciclovir, 1 g por via oral 3
vezes ao dia, durante 7 a 10 dias, famciclovir, 500 mg por via oral 3 vezes ao dia, durante 5 a 10 dias,
aciclovir, 400 mg por via oral 5 vezes ao dia, durante 10 dias) foram prescritas, mas dados recentes
sugerem que os fármacos antivirais não fornecem nenhum benefício (1).
1. Gagyor I, Madhok VB, Daly F, Sullivan F: Antiviral treatment for Bell's palsy (idiopathic facial
paralysis). Cochrane Database Syst Rev 9 (9):CD001869, 2019. doi: 10.1002/14651858.CD001869.pub9
Pontos-chave
Na paralisia do nervo facial, os pacientes não podem mover a parte superior e inferior
da face para um dos lados; em comparação, lesões do nervo facial central (p. ex., devido
a acidente vascular encefálico) afetam principalmente a face inferior.
O diagnóstico é clínico, mas se o início não é claramente agudo, deve-se fazer RM.
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