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A reação catastrófica e o trauma: De acordo com Kurt Goldstein (1963), um neurologista

alemão que propôs o conceito de reação catastrófica, para entendermos os efeitos de uma
lesão cerebral seria necessário a compreensão do organismo como um todo e não só da parte
orgânica envolvida. Isso quer dizer que a lesão cerebral é um fenômeno que inclui todo o
organismo vivo e que, para entendermos esse fenômeno temos que estudá-lo integrado a um
contexto – tanto ao restante do organismo como ao ambiente em que vive:“(...)considerar
isoladamente partes do organismo ou considerar o organismo isolado do ambiente
impossibilitaria seu estudo, pois inviabilizaria a observação de suas unidade, integração e
coerência” (Winograd, 2011, pág. 16).

A reação catastrófica se dá quando o organismo não consegue manter um comportamento


estável e ordenado dadas as mudanças nele próprio – é o caso de lesões cerebrais, conforme
veremos adiante -, o que acarretaria mudanças em sua relação com o meio. Este organismo
modificado ficaria, dessa forma, limitado quanto às suas possibilidades de adaptação.
Tratando-se de seqüelas de lesões cerebrais, a reação catastrófica se daria se o sujeito entrasse
numa situação de ansiedade e incerteza geradas por essa nova forma de estar no mundo, que
se apresenta depois da lesão, e se essa situação o impedisse de se adaptar ao ‘novo ambiente’
da melhor forma possível. “Portanto, a situação perigosa consiste na condição mesma de ter de
lidar com tarefas acima de suas possibilidades. Trata-se de um confronto entre o sujeito e um
ambiente que não é mais adequado a ele” (Winograd, 2011, p.17).

“Um componente desse sentimento de confusão vem da experiência de que suas respostas
estão erradas, porém, eles não sabem como chegar a solução correta. Outro aspecto
importante nesse contexto é que a confusão gera fadiga mental. O paciente se queixa de
cansaço, começa a se confundir e mais, percebe a alteração em seu estado e não consegue
encontrar outra maneira de lidar com ela. Surge nesse momento a possibilidade de uma reação
catastrófica a partir da frustração” (Winograd, 2011, p.18). Alguns portadores de lesão cerebral
podem se sentir frustrados por não lembrar de alguma informação importante, ou por não
conseguir mais realizar tarefas como dirigir um carro, andar sozinho na rua, trabalhar, fazer
compras, e, dessa forma, acabar apresentando uma reação catastrófica, ou seja, uma reação
decorrente da impossibilidade adaptativa. Esta incapacidade adaptativa relacionada a
alterações das funções cognitivas (que por sua vez decorrem da lesão neuronal) diminui o
limiar às demandas internas e externas tornando os estímulos excessivos, portanto com um
potencial traumático.

Alguns portadores de lesão cerebral podem se sentir frustrados por não lembrar de alguma
informação importante, ou por não conseguir mais realizar tarefas como dirigir um carro, andar
sozinho na rua, trabalhar, fazer compras, e, dessa forma, acabar apresentando uma reação
catastrófica, ou seja, uma reação decorrente da impossibilidade adaptativa. Esta incapacidade
adaptativa relacionada a alterações das funções cognitivas (que por sua vez decorrem da lesão
neuronal) diminui o limiar às demandas internas e externas tornando os estímulos excessivos,
portanto com um potencial traumático.

No caso de pacientes com lesões cerebrais podemos entender da seguinte forma: a lesão
orgânica no cérebro pode ocasionar alterações cognitivas importantes - danos à linguagem, à
memória etc -, essas alterações cognitivas, por sua vez, geram uma redução da capacidade
adaptativa que pode significar incapacidade para lidar com os estímulos a partir de certa
intensidade, e passam, então, a ter um potencial traumático maior. Em outras palavras, a
reação catastrófica seria uma resposta – reação - a um estimulo com intensidade traumática
devido à redução da capacidade adaptativa (decorrente da lesão neuronal).

O trauma vem perturbar e reforçar os primeiros mecanismos defensivos como a clivagem,


negação e identificação projetiva.

As atividades realizadas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) são voltadas aos
atendimentos de atenção primária em saúde, destinadas à comunidade na área de
abrangência. Entre suas principais atribuições estão a promoção e proteção à saúde,
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde, visando
desenvolver uma atenção integral à população atendida.

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