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desprezado em exame
Interessante, aqui, o paralelo que pode ser feito com a "cultura do computador" a
que se referiu Maria José Gianella Cataldi na obra já citada sobre stress.
(…) A correção recente entre DDA e região frontal direita evidenciada por
tomografias sofisticadas cria um território favorável a que se pense na existência de
uma assimetria funcional entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro dessas
pessoas" (págs. 95/97).
O cruzamento de todos esses estudos sugere que um portador de DDA pode ser
potencialmente, do ponto de vista da sua hiperatividade, tanto um agente quanto
uma vítima de assédio moral; e do ponto de vista específico de sua tendência à
baixa autoestima, alguém "vocacionado" a se vitimar numa relação perversa.
Da comparação desse perfil DDA desenvolvido por Ana Beatriz, com o
comportamento dos chamados "pré-depressivos" descrito na obra de Hirigoyen, se
pode chegar à mesma perplexidade: "Os pré-depressivos conseguem o amor do
outro entregando-se, pondo-se à disposição do outro, e experimentam uma grande
satisfação em prestar-lhe serviço ou proporcionar-lhe um prazer. E os perversos
narcisistas aproveitam-se disso.
Uma coisa, entretanto, pode ser dada como certa: o conhecimento produzido por
todas essas ciências dedicadas à investigação da natureza e comportamento
humano não pode ser desprezado no exame de um possível caso de assédio moral.