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t56´Apresentação do dilema ético – responsabilidade individual x responsabilidade

coletiva
 Começar a apresentação com “Les Miserables”
 Livro do escritor francês Victor Hugo – um dos personagens principais é
encarcerado por 20 anos por casa do roubo de um pão.
 Contexto do personagem é extremamente trágico: os pais morreram quando ele
ainda era muito jovem. O jovem morava com a irmã, que tinha 7 filhos para
sustenta. O roubo do pão é motivado por causa da situação de extrema pobreza
em que a família vivia.
 Um dos grandes marcos da literatura mundial – natureza humana, crítica social –
até que ponto a Revolução Francesa trouxe ganhos materiais para a população?
pobreza, crítica social aos valores do período.
 Notícia: https://observador.pt/2022/10/21/roubos-para-comer-supermercados-
colocam-alarmes-em-alimentos/
 Quais similaridades a turma encontra entre esses casos apresentados? Perguntar
pra turma.
 Caso do banco Wells Fargo – maçãs podres

Enquadramento teórico: Zimbardo


o Efeito Lucifer: o que faz as pessoas boas/normais fazerem coisas ruins?
o Contextos em que há forças contextuais poderosas, fortes.
o Colocamos ênfase suficiente nos fatores contextuais?
o Dicotomia entre o bem e o mal – visão dualista. Restringe a nossa visão
de mundo por conta de dois fatores:
 Primeiro – mal é visto como uma espécie de entidade exterior ao
sujeito. De certa forma é terceirizado para o outro – é uma
característica de alguns sujeitos, não de todos.
 Segundo – essa dicotomia tira a responsabilidade do “bons
sujeitos”. É uma posição confortável – nosso intuito aqui é causar
um desconforto. Ao adotar esse posicionamento, nós nos
eximimos da possibilidade de criar, perpetuar, sustentar ou criar
as condições por onde se alastram a violência, o racismo, o
bullying...

 Inversão da lógica – até que ponto as ações individuais podem ser traçadas a
fatores externos, variáveis situacionais e processos contextuais exclusivos de um
determinado contexto?
 Enviesamentos egocêntricos – ilusão de que somos especiais. Escudos protetores
fazem com que nós acreditemos que estamos acima da média em testes de
integridade pessoal.
 Visão tradicional/disposicional – culpa, doença e o pecado são encontrados no
sujeito culpado, no doente, no pecador (Quem é o responsável? Quem causou
isso? Quem deve levar o crédito?)
o Modelo médico disposicional – presente na medicina e na psicologia.
o Procuramos encontrar a fonte da doença, da patologia, do transtorno
(distúrbio).
o Mas em muitos casos – os fatores são contextuais.
o Meu comentário – DSM: está muito ligado a essa lógica de ajustamento.
Exemplo é o funcionamento do sujeito no trabalho. A partir do momento
em que deixa de conseguir trabalhar, de funcionar normalmente, ele é
considerado doente.
 Fatores contextuais – são gerados por mecanismos de ordem mais elevada: os
sistemas de poder. Assim, para compreender padrões de comportamento
complexos, é preciso analisar e levar em consideração esses sistemas.

O nosso dilema passa pela construção da fronteira entre a responsabilidade
social/coletiva e a responsabilidade. Onde começa o eu e onde começa os outros?
Podemos culpar o indivíduo por questões estruturais e/ou sociais que são maiores do
que ele?

Princípios do Código Deontológico da OPP


A – Princípio pela dignidade e direito da pessoa
“Os direitos têm como objetivo fundamental regular a vida da pessoa em sociedade, ou
seja, orientar as suas relações interpessoais, pelo menos a partir de determinados limites.
Parte-se do reconhecimento de que a existência de um direito pressupõe o
reconhecimento desse mesmo direito no outro, sendo por isso um dever”
 Como traçar esses limites do eu e dos outros?

B – Competência

“Os/as psicólogos/as têm como obrigação exercer a sua atividade de acordo com os
pressupostos técnicos e científicos da profissão, a partir de uma formação pessoal
adequada e de uma constante atualização profissional, de forma a atingir os objetivos
da intervenção psicológica. De outro modo, acresce a possibilidade de prejudicar o
cliente e de contribuir para o descrédito da profissão” – destacar a importância da
formação pessoal. Temos que correr atrás e pensar nessas questões.

C – Responsabilidade
“Os/as psicólogos/as devem ter consciência das consequências que o seu trabalho pode
ter junto das pessoas, da profissão e da sociedade em geral.” – Responsabilidade social
que nós como psicólogos temos. Entender que o consultório não é isolado do mundo.

“O Efeito Lúcifer”
 Enviesamentos egocêntricos – ilusão de que somos especiais. Escudos protetores
fazem com que nós acreditemos que estamos acima da média em testes de
integridade pessoal.
 Visão tradicional/disposicional – culpa, doença e o pecado são encontrados no
sujeito culpado, no doente, no pecador (Quem é o responsável? Quem causou
isso? Quem deve levar o crédito?)
o Modelo médico disposicional – presente na medicina e na psicologia.
o Procuramos encontrar a fonte da doença, da patologia, do transtorno
(distúrbio).
o Mas em muitos casos – os fatores são contextuais.
o Meu comentário – DSM: está muito ligado a essa lógica de ajustamento.
Exemplo é o funcionamento do sujeito no trabalho. A partir do momento
em que deixa de conseguir trabalhar, de funcionar normalmente, ele é
considerado doente.
 Fatores contextuais – são gerados por mecanismos de ordem mais elevada: os
sistemas de poder. Assim, para compreender padrões de comportamento
complexos, é preciso analisar e levar em consideração esses sistemas.
 Efeito da desindividualização

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