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Saúde e Sociedade

Concepção de saúde:

“Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade".

Relacionar as ciências sociais às ciências da saúde, no processo saúde-doença, com base nos contextos histórico ,
social, político e cultural.

Modelos explicativos:

Xamânico: idade antiga

A cura do doente caberia ao feiticeiro ou xamã, tendo o poder de convocar espíritos capazes de erradicar o mal;

Xamã, pajé, espíritos animais como forma de cura.

Cosmocêntrico: idade antiga

Equilíbrio energético como cura;

Desequilíbrio causa doença.

Teocêntrico: idade média

Deus como cura;

Doença = castigo divino.

Teoria miasmática: idade moderna

Doença vinha dos maus odores;

Substituída posteriormente pela teoria microbiana.

Antropocêntrico: idade contemporânea

Unicausal > vírus como causa da doença

Multicausal > múltiplas causas, não só um vírus

Determinação social > doenças causadas por fatores sociais

Biomédico: idade contemporânea

Homem = máquina

Visão cartesiana;

Doença = defeito da máquina

Dificuldade da visão do doente como ser integral;

Biopsicossocial: idade contemporânea

Humanização no atendimento;

Medicina como prática social, reconhecendo os determinantes da saúde;

Cuidar das pessoas e não “curar doentes”

Promoção de saúde:

Construindo políticas públicas favoráveis:

Criação de leis para a saúde;


O foco deixa de ser apenas a mudança de comportamentos individuais, passando a exigir um compromisso do poder
público.

Criando ambientes favoráveis:

Cuidar dos recursos naturais e mudar locais de trabalho, vivência e lazer para melhorar a qualidade de vida;

Bem estar social.

Reforçando a ação comunitária:

Empoderamento da comunidade, tem que vir da própria comunidade.

Desenvolvendo habilidades pessoais:

Empoderamento de pessoas, ensinando novas habilidades, capacitação;

Entendimento de que o indivíduo também é corresponsável pela sua saúde.

Reorientação dos serviços de saúde:

Modificação de sistemas para uma melhora dos tratamentos, mudança;

Apoio às necessidades individuais e comunitárias, pesquisa em saúde, mudanças na educação e no ensino dos
profissionais da área da saúde.

Diversidade humana:

Diversidade > multiplicidade, pluralidade, inclusiva;

Diferença > superioridade, exclusão, contrário de igualdade;

Interseccionalidade: as pessoas não sofrem apenas um tipo de preconceito, mas vários por ser diverso e múltiplo,
mulher negra pobre nordestino e de idade avançada.

Marcadores sociais: pré-existem ao nosso nascimento, produzem maior ou menor inclusão/exclusão a depender do
quanto confrontam identidades sociais hegemônicas.

Relações de poder:

O Foucault analisa o sujeito no contexto social;

Nada é imutável ou essencial ou inquestionável;

Se o mundo foi inventado, podemos inventar novos mundos, criar uma nova economia de relações de poder;

O poder é exercido na relação social;

Exemplos de doenças do poder: fascismo e stalinismo.

O poder não é propriedade:

Não é possível ter o poder;

Poder não é um objeto.

Poder não é exterior:

O poder é a própria relação.

Superação da lógica dicotômica binária “dominadores X dominados":

O dominador e o dominado exercem poder entre eles, nem sempre alguém vai ser dominador e nem sempre alguém
vai ser dominado.

As relações de poder são intencionais e não subjetivas:


Sempre existe uma intenção, um objetivo, e o poder está no lugar político que a pessoa ocupa, não na pessoa em si.

A resistência:

Para que a relação possa mudar de forma constante;

Para mudar estratégias.

▪︎2 coisas necessárias para toda relação: resistência e liberdade

▪︎Porque estudar o poder?

Para desenvolver diferentes tipos de lutas (contra formas de dominação, exploração);

Para compreender os mecanismos de sujeição relacionados com os mecanismos de exploração e dominação.

Humanização: Nise, o coração da loucura

Modelo biopsicossocial;

Entender que uma doença pode ter múltiplas causas;

Autonomia, corresponsabilidade, escuta ativa e vinculação com as instituições para a valorização da subjetividade e
singularidade.

Integralidade:

Ver a pessoa de forma completa na medida do possível;

Integralidade ≠ totalidade

Conjunto de valores por uma sociedade mais justa e solidária;

Todos os aspectos que influem sobre esse processo são considerados, reconhecendo a determinação social, o
condicionante ecológico-ambiental e o desencadeador biológico.

Práticas integrativas complementares:

Procedimentos que empregam meios terapêuticos a partir dos conhecimentos tradicionais, com o intuito de auxiliar
em tratamentos de diversas doenças;

Complementar, não alternativo;

Interprofissional: inclusão de diversas áreas trabalhando juntas com o mesmo objetivo ;

Fazem parte do SUS.

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