Você está na página 1de 22

ÉMILE DURKHEIM

1858-1917

FATO SOCIAL
ÉMILE DURKHEIM
• David Émile Durkheim nasceu em Épinal, na França, no dia
15 de abril de 1858.

• "Émile Durkheim foi um psicólogo, filósofo e sociólogo


francês do século XIX. Junto a Karl Marx e Max Weber,
compõe a tríade dos pensadores clássicos da Sociologia.

• Desde jovem, foi um opositor da educação religiosa e


defendia o método científico como forma de desenvolvimento
do conhecimento. Em boa parte dos seus trabalhos,
procurou demonstrar que os fenômenos religiosos tinham
origem em acontecimentos sociais.

• Faleceu em Paris, capital francesa, aos 59 anos, em 15 de


novembro de 1917
• A divisão do trabalho social (1893)
• As regras do método sociológico (1895)
• O suicídio (1897)
• A educação moral (1902)
• As formas elementares da vida religiosa (1912)
• Lições de Sociologia (1912)
• Educação e Sociologia Montesquieu e
Rousseau - pioneiros da Sociologia
• Além de ser o fundador da "Escola
Francesa de Sociologia", Émile
Durkheim, constituiu a Sociologia
Moderna, ao lado de Karl Marx e Max
Weber.
• Também é um dos responsáveis por
tornar a sociologia uma disciplina
universitária, tal qual era a filosofia ou a
história. Ainda assim, inovou ao
introduzir a pesquisa empírica à teoria, o
que daria mais solidez à sociologia
Sociabilidade
• Segundo ele, o homem seria um animal bestial que só se tornou humano na medida em que se
tornou sociável. Por isso, o processo de aprendizagem, que foi chamado de "socialização" por
Durkheim, é o fator basilar na construção de uma “consciência coletiva”.

• A socialização permite que sejam incutidos nos seres humanos os traços culturais
relativos ao meio no qual eles estão inseridos, já que, como sabemos, as crianças não
nascem com todas essas informações dentro de si. Tal aprendizagem ocorrer no convívio diário
do indivíduo desde pequeno, quando ele recebe as informações e os aspectos culturais da
sociedade na qual ele está inserido, devido à sua família.
• É a partir dessa sociabilidade, desse contato social entre os sujeitos sociais,
que vão sendo incorporados no indivíduo todos os conceitos e as
visões de mundo que aquele contexto social possui. Isso ajuda a pessoa a
se guiar na vida diante dos vários significados que a realidade oferece e
também influencia o seu comportamento.

• Durkheim via esse processo de socialização como algo específico da


infância (ainda que ela ocorra em outras fases da vida, como veremos à
frente), sendo que os adultos eram os indivíduos responsáveis por conduzir
esse desenvolvimento nas crianças, o que acaba afetando a autonomia
desses novos seres humanos.
• Como podemos notar, entre as causas desse processo de socialização
e sociabilidade, é possível citar o enquadramento do indivíduo dentro
de uma realidade e de valores morais e costumes que regem a
sociedade na qual ele faz parte. O sujeito só irá começar a
conseguir formar suas próprias convicções e observações a partir
da adolescência e, de forma mais fundamentada, quando adulto.

• No entanto, isso ocorrerá dentro do molde já estabelecido quando


pequeno. Ou seja, mesmo que a pessoa mude muitas concepções
recebidas quando criança, certos elementos dificilmente serão
modificados dentro dela.
O processo de socialização: indivíduo, sociedade e cultura: primária, secundária e terciária”, que
levam em conta a fase da vida do indivíduo:

• Socialização primária: ocorre na infância a partir dos agentes socializadores da família e da


escola, que proporcionam uma relação didática. Pode haver também influência dos meios de
comunicação, que promovem uma relação mais direta e impessoal;

• Socialização secundária: na fase adulta, quando o sujeito tem sua personalidade


relativamente formada e tem maior estabilidade comportamental. Isso faz com que os agentes
tenham uma influência mais superficial, embora alguns abalos possam ocorrer na pessoa,
causando crises pessoais. Em casos assim, surgem outros agentes socializadores, como os
grupos de trabalho, para dar suporte e influenciar o sujeito;
• Socialização terciária: acontece na velhice. Aqui podem ocorrer
crises pessoais, já que o mundo pode parecer-lhe restrito e tedioso.
Pode haver ainda uma dessocialização em relação a critérios e
valores, por conta das mudanças ocorridas na sua vida. Ao mesmo
tempo, se desenrola uma nova aprendizagem para este indivíduo,
fazendo com que ele se adapte à nova realidade, o que implica em
uma ressocialização.
● Ele vê a sociedade como superior aos
indivíduos e existe independente deste.

● Para ele o indivíduo é apenas receptor


de regras e modo de viver da sociedade
da qual faz parte.
FUNCIONALISMO

● O funcionalismo é uma teoria sociológica que enfatiza a importância da


harmonia e estabilidade social para o funcionamento da sociedade.

● Segundo essa teoria, a sociedade é vista como um sistema composto por


diferentes partes interdependentes que funcionam em conjunto para
garantir a ordem e a continuidade social.

● O funcionalismo sugere que cada parte da sociedade tem uma função


específica a cumprir e que, quando todas as partes trabalham em
harmonia, a sociedade funciona de maneira eficaz.
Essas instituições trabalham juntas para satisfazer as necessidades e desejos dos membros da
sociedade, criando assim uma sociedade funcional e estável.

Os teóricos do funcionalismo acreditam que as instituições sociais:


• Família;
• Religião,
• Economia e;
• Política.

Desempenham papéis importantes na manutenção da ordem social.


FATOS SOCIAIS
• O fato social é a realidade que já encontramos quando
nascemos: escola, governo, religião, ritos sociais.
Resumindo: tudo aquilo que temos que cumprir por
obrigação social ou porque a lei pode nos punir.

• São ferramentas que determinam formas de pensar, agir e


sentir do sujeito.
• Fatos sociais são comportamentos simples do cotidiano, como
tomar banho, pagar os impostos, ir a encontros sociais ou fazer
compras.

Todos sabemos que devemos tomar banho diariamente, a fim de


conservamos nosso corpo limpo, evitar doenças e o mal cheiro.

Da mesma forma precisamos pagar impostos para que o governo


possa manter os serviços sociais funcionando.
Todas essas ações são organizadas e obedecem a uma rotina, são
respeitadas e têm poder real sobre o indivíduo. O fato social,
conforme Durkheim, afeta toda a sociedade.
Características dos fatos sociais

Exterioridade Generalidade

Coercitividade;
CONSCIÊNCIA COLETIVA

Sua teoria se caracteriza por afirmar que as sociedades são regidas por uma consciência.

A consciência coletiva constitui o "conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média
dos membros de uma mesma sociedade, formando um sistema determinado com vida
própria". A consciência coletiva é capaz de coagir ou constranger os indivíduos a se
comportarem de acordo com as regras de conduta prevalecentes.
Define como solidariedade o
fator que garante a coesão
social em um período
SOLIDARIEDADE
específico. É o que faz os MECÂNICA E ORGÂNICA
indivíduos sentirem-se parte de
um grupo social.
Solidariedade Solidariedade
01 Mecânica 02 Orgânica
Típica das sociedades tradicionais ou
sem escrita. Nesta forma de Típica das sociedades
solidariedade os indivíduos diferem modernas. Nela o consenso
pouco uns dos outros. Há uma forte resulta de uma diferenciação.
consciência coletiva (partilham mesmo Cada um exerce uma função e
valores e crenças). Coletivo tem um fazendo isso contribui para a
papel central. coesão do todo. Indivíduo tem
um papel central.
Durkheim concebe uma pesquisa para
entender o suicídio como um fenômeno
Suicídio social e o considera um aspecto patológico
(isto é, uma disfunção, ou uma doença)
característico das sociedades modernas.
"O suicídio é, segundo Durkheim, “todo o caso de morte que resulta, direta ou
indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima, e
que ela sabia que deveria produzir esse resultado”.

Conforme o sociólogo, cada sociedade está predisposta a fornecer um contingente


determinado de mortes voluntárias, e o que interessa à sociologia sobre o suicídio
é a análise de todo o processo social, dos fatores sociais que agem não sobre os
indivíduos isolados, mas sobre o grupo, sobre o conjunto da sociedade. Cada
sociedade possui, a cada momento da sua história, uma atitude definida em
relação ao suicídio.
Há três tipos de suicídio, segundo a etimologia de Èmile Durkheim, a saber:

• Suicídio Egoísta: é aquele em que o ego individual se afirma demasiadamente face ao ego
social, ou seja, há uma individualização desmesurada. As relações entre os indivíduos e
a sociedade se afrouxam fazendo com que o indivíduo não veja mais sentido na vida,
não tenha mais razão para viver;

• Suicídio Altruísta: é aquele no qual o indivíduo sente-se no dever de fazê-lo para se


desembaraçar de uma vida insuportável. É aquele em que o ego não o pertence,
confunde-se com outra coisa que se situa fora de si mesmo, isto é, em um dos grupos a
que o indivíduo pertence. Temos como exemplo os kamikazes japoneses, os
muçulmanos que colidiram com o World Trade Center em Nova Iorque, em 2001, etc.
• Suicídio Anômico: é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou seja, quando
há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a normalidade
social não seja mantida. Em uma situação de crise econômica, por exemplo, na qual há
uma completa desregulação das regras normais da sociedade, certos indivíduos ficam em
uma situação inferior a que ocupavam anteriormente. Assim, há uma perda brusca de
riquezas e poder, fazendo com que, por isso mesmo, os índices desse tipo de suicídio
aumentem. É importante ressaltar que as taxas de suicídio anômico são maiores em
países ricos, pois os pobres conseguem lidar melhor com as situações de anomia
social.Desse modo, ficam especificados os tipos de suicídios e suas causas, que são,
segundo Durkheim, sempre sociais."

Você também pode gostar