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Introdução

“Todos nos lembramos das palavras de Freud: a psicanálise, simultaneamente, é (1) um


procedimento para a investigação de processos mentais inconscientes (inacessíveis a outras
formas de pesquisa), (2) um procedimento terapêutico e (3) um conjunto de conhecimentos
em contínua expansão e reformulação sobre seu objeto.” (Luís Figueiredo, Marion Minerbo)

“Chamemos de “pesquisa em psicanálise”, no sentido amplo, um conjunto de atividades


voltadas para a produção de conhecimento que podem manter com a psicanálise
propriamente dita relações muito diferentes.” (Luís Figueiredo, Marion Minerbo)

“Vivemos em uma sociedade profundamente dependente da ciência e tecnologia e em que


ninguém sabe nada sobre estas questões. Esta é uma receita para o desastre.” (Carl Sagan,
1934-1996)

“Hoje, muito se comenta sobre problemas causados pela tecnologia, como a dependência
dela, tanto em crianças, quanto adolescentes e adultos, no ambiente pessoal e profissional”
(Turban e King, 2004).

educação e trânsito, área atingidas indiretamente pela propagação das tecnologias..

“Estes exemplos apontam que, o controle das obrigações – até cumprimento de leis e normas -
diárias estariam ficando cada vez mais difíceis frente a uma dependência da tecnologia
interativa.” (Juan Camou, Jessica Quinelli, Letícia Ribeiro, Eurico de Oliveira)

“Desta forma, apontamos a necessidade de entender melhor o fenômeno desta dependência,


de impulsos de ficar sempre “mexendo no celular”, assim como outros impulsos que
prejudicam o consumidor, levando-o ao consumo compulsivo (ex: compras como alívio de
ansiedade) e até mesmo vicioso (dependência)”. (Solomon, 2008).

Problema

Acreditamos que para analisar este fenômeno seja necessário utilizar as teorias de auto
regulação (Baumeister et al, 2006) e autocontrole (Trope; Fischbach, 2005). Em termos
gerais, estariam relacionadas com traços de personalidade dos indivíduos (Solomon, 2008) e
níveis (quantidade) diferentes de autocontrole, que fariam o indivíduo ponderar suas ações
de acordo com resultados desejados, evitando impulsos e tentações (Hanna e Todorov,
2002). Ou seja, ponderamos que a dependência do uso de tecnologias, focando em celulares,
é relacionada ao nível de autocontrole da pessoa. Ainda relevante neste estudo está o
conceito de depleção do ego, fenômeno em que sofremos uma redução temporária de
nossas reservas de recursos para ter atos de auto regulação (Muraven, Tice e Baumeister,
1998). Nesta visão, argumentamos que os indivíduos estariam desgastados (depletados),
cansados demais para exercer autocontrole, desenvolvendo maior dependência e também,
utilizando mais seus celulares em momentos inadequados.(exemplo)

Hipotese

Objetivo Geral

Desta forma, os objetivos deste estudo são dois. Primeiro, é necessário verificar se existe
relação de dependência do uso de celulares e, se ela pode ser considerada como uma
tentação (uma meta secundária concorrente com a tarefa real a ser exercida (exemplo)
segundo objetivo, é verificar a influência do autocontrole e da depleção do ego em uma
situação específica em que não deveria utilizar o celular/smartphone (exame em sala de
aula).(exemplo)

Objetivo Específico

Justificativa

Revisão da literatura

Muito do que conhecemos da clínica freudiana vem dos seus historiais, em que a dimensão de
pesquisa e comunicação era dominante e elaborada após o término do tratamento. também
sabemos que é preciso manter uma distância entre o Freud clínico e o Freud produtor de
conhecimento, devido ao fato dele não ter se apoiado em bases interamente científicas para a
afirmação ou confirmação de suas teorias no campo psicanalítico.

“Em certas circunstâncias, por exemplo, observa-se uma respeitosa distância: ora as teorias da
psicanálise tornam-se “objeto” de estudos sistemáticos, ora de estudos históricos, ora de
reflexões epistemológicas; outras vezes, alguns conceitos psicanalíticos são mobilizados como
instrumentos para a investigação e compreensão de variados fenômenos sociais e subjetivos”
(Luís Figueiredo, Marion Minerbo)

“A relação sujeito e objeto em uma pesquisa tal como concebida nas ciências naturais e nas
ciências sociais ou humanas implica um sujeito ativo debruçado metodicamente sobre seu
objeto, munido de conceitos, instrumentos e técnicas de descoberta e de verificação — ou
refutação — de suas hipóteses.” (Luís Figueiredo, Marion Minerbo)

“Interpretar significa olhar para o fenômeno investigado fora de seu campo habitual. O olhar
da psicanalise é um olhar fora da rotina, que desopacifica o objeto. Ele ressurge diferente,
desconstruído, transformado” (Luís Figueiredo, Marion Minerbo)

A pesquisa com bases psicanalítica é um marco na história do “objeto”, um momento para os


entrevistados poderem se sentirem escutados e cuidados, embora não se estivesse praticado
com eles uma psicanálise clínica.

“Por que não assumirmos, enfim, que a psicanálise comporta em seu pleno exercício a
dominância da descoberta e da invenção criativas e que a idéia de “pesquisa” veste muito
melhor as atividades em que descoberta e invenção podem até existir, mas subordinadas ao
momento da demonstração, da verificação ou da refutação de hipóteses e teses?” (Luís
Figueiredo, Marion Minerbo)

Métodologia

“Depois de transcrita, a entrevista foi interpretada seguindo os mesmos procedimentos


usados na clínica psicanalítica: uma escuta flutuante, isto é, descentrada do tema central,
intencionado. A escuta é informada pela contratransferência, ou seja, pela maneira como a
entrevista, e depois o texto, interpelam o intérprete” (exemplo) (Luís Figueiredo, Marion
Minerbo)

Na transcrição da entrevista, a fala da paciente aparece em itálico. A transcrição da


entrev0ista é, tanto quanto possível, literal, mantendo-se o estilo e vocabulário da
paciente.(exemplo)

Recursos
Considerações Finais

A conclusão — a interpretação psicanalítica da transcrição da entrevista — foi apresentada


no início do trabalho interpretativo para que agora possamos discutir a idéia de pesquisa em
psicanálise. Como ficou ilustrado, o que pode ser apresentado como “método psicanalítico”
— guardadas as ressalvas já esboçadas — consiste em efetuar certos recortes que não são
arbitrários, pois vão sendo solicitados pela própria análise em andamento e se transformam
à medida que a análise transcorre

No caso, foi a contratransferência da entrevistadora diante do beijo da mãe aidética na boca


da filha — uma sensação forte de perigo e falta de proteção — que instalou o horizonte e o
espaço por onde os recortes e costuras interpretativos caminharam. (exemplo)

ReferÊncias

FIGUEIREDO, Luís. MINERBO. Pesquisa em Psicanálise: Algumas idéias e um exemplo. Jornal


de Psicanálise, São Paulo, junho de 2006. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352006000100017>.
Acesso em: 26, 08 de 2019.

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