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O trauma psicológico é algo de muito semelhante: existe uma situação com a qual não
estamos preparados para lidar e/ou superior à capacidade de reação natural do dia-a-
dia, e o organismo reage com dor, com uma tentativa de reequilíbrio e com
mecanismos auto protetores que visam impedir níveis de desconforto maior. E, tal
como nosso exemplo da perna, pode ser uma reação que se regularize após uns dias
ou pode acontecer que se tenha tratado de uma situação que acumulou a outras
anteriores parecidas (ou não), dificultando o processo de assimilação, ou que tenha
tido um tal impacto que as suas consequências vão permanecer se não existir uma
intervenção que ajude o organismo a recuperar totalmente.
Os motivos pelos quais algumas pessoas reagem com sintomatologia traumática a uma
dada situação que pouco ou nada afeta outras pessoas permanecem ainda largamente
desconhecidos, bem como as razões para que uma situação chocante possa ter pouco
impacto na vida de uma determinada pessoa que, no entanto, vai reagir de uma forma
inesperadamente emocional a uma outra situação aparentemente pouco importante.
Além disso, torna-se difícil que a maioria das pessoas consiga identificar que a forma
como tem vindo a reagir emocionalmente se relaciona com um determinado
acontecimento, porque, por vezes, as reações emocionais (e mesmo físicas) são
graduais e subtis, podendo ter início muito após a ocorrência da situação que esteve
na sua origem – nalguns casos, anos.
1. Explique por palavras suas a individualidade da resposta que cada ser humano dá
situação.
Bom trabalho! 😊
Resposta:
Cada ser humano demonstra a sua individualidade de forma única, as nossas ideias e
emoções são muito particulares e estão relacionadas com a nossa personalidade e
caraterísticas pessoais. Nas relações de vida com os outros, sejam familiares, interpessoais,
amorosas, amizade, ou mesmo profissionais, e a sua proximidade (ou afastamento) promove o
nosso crescimento como indivíduos, estamos sempre em constante evolução e
autoconhecimento, agregando mais valor à nossa vida. Aprendemos a distinguir e priorizar as
nossas vontades pessoais em muitos aspetos da vida, saber distanciar os sentimentos e
emoções daquilo que somos, e reagimos de formas muito diversificadas face a situações
idênticas. Os estados emocionais variam de pessoa para pessoa e podem (ou não)
desencadear transtornos psicológicos perante uma situação traumática, o acompanhamento
profissional psicológico/psiquiátrico é fundamental para uma avaliação rigorosa e
acompanhamento individual do impacto na saúde mental das pessoas, procurando o bem-
estar psicológico. Aquilo que é traumático para uma pessoa, pode não o ser para outro,
mesmo vivenciado a mesma situação. A minha resiliência emocional perante um determinado
acontecimento “potencialmente” traumático é muito variável e depende de inúmeros fatores,
e da importância e do seu significado atribuído por mim.
Diogo Alvim
15/09/2022