Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sabe-se que viver é correr riscos. Estima-se que 90% da população mundial já sofreu
um evento potencialmente traumático ao longo da vida. Superar a situação adversa ou
ficar marcado por ela é o limiar entre uma situação de estresse e o trauma que está na
raiz de diversos transtornos psicológicos.
Cada pessoa tem sua própria forma de reagir a situações de risco de vida ou
experiências inesperadas. Um determinado indivíduo que passa por uma situação
traumática pode sentir medo e ficar impressionado, enquanto outra pessoa que passa
pela mesma experiência pode sentir-se chocado e agradecido por estar vivo; portanto,
as reações podem variar muito de pessoa para pessoa.
Cada pessoa tem um limite diferente frente a um evento. O que pode gerar trauma
para um, pode não gerar em outro. O fato de ser vítima de um evento estressante,
que surge repentinamente, de maneira fortuita, também pode ser um fator de
agravamento de um trauma.
1
O acesso à memória traumática se dá por meio de situações que façam o indivíduo
reviver qualquer um dos sentimentos relacionados a ela. Isso acaba configurando uma
série de gatilhos que culminam na angustiante sensação de volta à experiência do
trauma.
Os eventos traumáticos que são vivenciados diretamente, tais como: combate militar,
agressão pessoal violenta (ataque sexual, ataque físico, assalto à mão armada, roubo),
sequestro, ser tomado como refém, ataque terrorista, tortura, encarceramento como
prisioneiro de guerra ou em campo de concentração, desastres naturais ou causados
pelo homem, graves acidentes automobilísticos ou receber o diagnóstico de uma
doença que traz risco de vida (DSM, p. 449).
O acontecimento traumático foi definido como algo que ultrapassa a usual experiência
humana. A constatação de que os episódios de ameaça à vida não são uma experiência
rara levou à exclusão da raridade na definição de trauma (DSM).
A maioria das pessoas consideram que trauma é algo gerado por situações onde a vida
de alguém está ameaçada, como num acidente de carro, um assalto, violência sexual,
morte de alguém querido, crises de pânico e ansiedade, etc.
Isso é verdade, entretanto, por incrível que pareça, os maiores traumas são causados
pelas pessoas que amamos. Essas pessoas podem ser nossos pais, nossos maridos e
esposas, amigos e parentes. Na realidade, isso acontece, porque ninguém imagina ser
traído ou maltratado por alguém que se ama e espera ser amado.
2
O conceito de trauma psíquico é entendido como decorrente de um acontecimento
que abalou de tal forma o indivíduo, que provocou modificações consideráveis no seu
modo de funcionamento psíquico.
Ao tratar de traumas psicológicos, é preciso sempre levar em conta que cada pessoa
reage de uma forma diferente frente às experiências positivas e negativas. A questão é
que determinadas situações ruins despertam as lembranças de ocasiões igualmente
ruins que aconteceram no passado.
Traumas psicológicos são sequelas emocionais, deixadas por uma experiência que
causou imensa dor e sofrimento ao traumatizado, tal experiência (também chamada
de evento traumático) é de tal magnitude que afetam profundamente o
comportamento, pensamento e sentimentos do indivíduo, e este, por sua vez, fará de
tudo para evitar reviver ou relembrar qualquer fato ligado ao que lhe causou
traumatizou.
3
Procedimentos médicos invasivos.
Abuso verbal, física ou sexual.
Violência doméstica.
Negligência.
Assédio moral.
Sintomas dos traumas psicológicos
Depressão.
Ansiedade.
Dificuldade de concentração e aprendizagem.
Eventos considerados traumáticos:
Agressões físicas.
Assaltos.
Estupros.
Guerras.
Violência sexual.
Maus tratos e outros.
Ao contrário do que se acreditava, as pesquisas recentes apontam que não existem
fatores traumáticos universais, isso porque cada pessoa compreende e percebe a
realidade de forma muito particular, sendo assim o que é entendido como traumático
para alguém pode não ser para outro.
4
Os traumas estão na raiz de diversos transtornos psíquicos e endocrinológicos, que vão
desde a depressão até a dependência química, passando pela obesidade, Síndrome do
Pânico e pelo Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
A idade.
A intensidade e o tempo de duração da experiência.
A sensação de impotência que a pessoa sentiu.
O significado que essa experiência teve na história de vida dessa pessoa.
Os sentimentos que o evento provocou: medo, pavor, raiva, angústia, nojo.
Não se isole
Após um trauma você pode querer se esconder das outras pessoas. O isolamento pode
tornar as coisas piores. Estar frente a outras pessoas pode ajudar. Portanto se esforce
para manter seus relacionamentos e evite ficar muito tempo sozinho.
Você não precisa necessariamente falar sobre o trauma. Na verdade, para algumas
pessoas falar pode até mesmo piorar as coisas, para essas pessoas o conforto pode vir
por meio do sentimento de envolvimento e aceitação dos outros. Caso não esteja
conseguindo, procure um psicólogo para te ajudar.
Procure ajuda psicológica quando:
5
Como compreender e tratar pacientes que foram vítimas de episódios violentos, como
estupro, assalto, sequestro? Quais as consequências psicológicas desses eventos?
Combates militares.
Crimes violentos e agressões físicas.
Desastres naturais como: tornados, inundações e terremotos.
Acidentes sérios como: incêndios em casa ou batidas de carro.
Estupros e agressões sexuais.
Existe uma relação dose-resposta entre o trauma e o transtorno de estresse pós-
traumático, o que significa que severidade, duração e proximidade da exposição ao
trauma podem influenciar o desenvolvimento ou não dos sintomas.
As pessoas com TEPT já passaram por situações que a maioria de nós nem consegue
imaginar. É verdade que cada um se recupera de traumas de modo diferente, mas no
caso de quem tem TEPT, o estresse se prolonga e atrapalha a vida diária.
É como se sua resposta “lutar ou fugir” nunca se desligasse. Assim, essas pessoas são
obrigadas a fazer adaptações em suas rotinas diárias. O TEPT é uma condição
complexa que muitos não compreendem.
Controle percebido: se você tem um locus externo de controle, acredita que não tem
poder sobre as coisas que acontecem com você, isso pode fazer com que seja mais
difícil lidar com estresse, aumentando a vulnerabilidade pós-trauma.
Apoio social: se você não tem laços familiares e sociais fortes, ou não os construiu
durante a infância, então é muito mais provável que desenvolva transtorno de estresse
pós-traumático.
Eventos da vida: eventos estressantes da vida, como por exemplo morte na família,
divórcio ou a perda de um emprego, podem causar traumas e aumentar o risco de
desenvolver transtorno de estresse pós-traumático.
6
Peter Levine em seu trabalho na área de Somatic Experiencing (SE), afirma que o
trauma tem causa fisiológica, encontra-se em nosso sistema nervoso e assinala que os
seus efeitos podem ser superados.
E enquanto os seus ferimentos físicos podem ser, usualmente, curados pelo próprio
corpo, o que é deixado para trás é normalmente o pior – uma lesão emocional, às
vezes não detectada, que causa um efeito psicológico duradouro ou, até mesmo,
neuroses no paciente.
Além disso, em alguns casos, o transtorno também pode acontecer devido a uma
alteração repentina na vida, como perder alguém muito próximo. O transtorno de
estresse pós-traumático (TEPT) se classifica como um transtorno de ansiedade que
ocorre após exposição a eventos traumáticos na vida do sujeito.
7
Embora o medo seja uma reação normal do corpo durante e logo após este tipo de
situações, o estresse pós-traumático causa um medo constante durante as atividades
diárias, como ir às compras ou estar em casa sozinho vendo televisão, mesmo quando
não existe nenhum perigo aparente.
a) Sintomas de revivescimento
b) Sintomas de agitação
c) Sintomas de evitamento
8
Ter dificuldade para lembrar vários momentos da situação traumática.
Sentir menos interesse por atividades agradáveis, como ir à praia ou sair com os
amigos.
Ter sentimentos distorcidos como, sentir-se culpado pelo que aconteceu.
Ter pensamentos negativos sobre si mesmo.
Os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático são frequentemente
debilitantes e interferem na capacidade da pessoa trabalhar, frequentar a escola e ter
relacionamentos significativos. Se não forem tratados, podem tornar-se tão graves que
a pessoa pode tentar inclusive o suicídio.
O tratamento precisa ser individualizado para ajudar cada pessoa a superar os seus
medos e aliviar os sintomas que vão surgindo.
Conclusão
Não realizar um tratamento adequado para um trauma psicológico pode fazer com
que o indivíduo tenha dificuldades nos relacionamentos interpessoais por toda a vida.
Isso pode trazer consequências desagradáveis, como um nível exagerado de
desconfiança que pode afetá-lo no âmbito pessoal, social e profissional. A melhor
indicação é a Psicoterapia.
9
Busque ajuda da Psicóloga para o tratamento. O Psicoterapeuta ajuda o paciente a
desenvolver mecanismos de manejo das crises, na ressocialização e dessensibilização
das coisas que lembram o trauma.
DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
Uma doença psicossomática, portanto, não afeta apenas o corpo: ela tem origem na
alma e no psicológico, podendo causar sintomas e doenças físicas.
**** doenças psicossomáticas estão relacionadas a emoções, sentimentos e
pensamentos — que podem estar em desequilíbrio por diversos fatores, como
traumas não superados e estresse. Esse tipo de problema acaba se manifestando
também no corpo, por meio de dores e doenças físicas.
10