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TRAUMAS

Você sabe o que é trauma?

Saiba quais são os sintomas e o tratamento


Todos os dias pessoas do mundo inteiro sofrem de traumas repentinos e inesperados –
um ferimento ou choque sério no corpo ou na mente causado por violência ou um
acidente.

Sabe-se que viver é correr riscos. Estima-se que 90% da população mundial já sofreu
um evento potencialmente traumático ao longo da vida. Superar a situação adversa ou
ficar marcado por ela é o limiar entre uma situação de estresse e o trauma que está na
raiz de diversos transtornos psicológicos.

Os traumas psicológicos podem obscurecer ou mesmo impedir o bem-estar de acordo


com a realidade subjetiva de cada indivíduo. Qual a reação das pessoas quando algo
terrível acontece? E o que é trauma?

Cada pessoa tem sua própria forma de reagir a situações de risco de vida ou
experiências inesperadas. Um determinado indivíduo que passa por uma situação
traumática pode sentir medo e ficar impressionado, enquanto outra pessoa que passa
pela mesma experiência pode sentir-se chocado e agradecido por estar vivo; portanto,
as reações podem variar muito de pessoa para pessoa.

Os indivíduos possuem determinada capacidade singular de lidar com os eventos


estressantes da vida. Quando diante de eventos de grande impacto psicológico,
maiores do que a capacidade de suportar, surge o que chamamos de trauma.

Cada pessoa tem um limite diferente frente a um evento. O que pode gerar trauma
para um, pode não gerar em outro. O fato de ser vítima de um evento estressante,
que surge repentinamente, de maneira fortuita, também pode ser um fator de
agravamento de um trauma.

Para um grande número de pessoas, as reações a eventos traumáticos são


completamente normais, temporárias e desaparecem com o tempo. Mas quando isto
não ocorre, surge o trauma!

E o que é o trauma psicológico? O que ele difere do Estresse pós-traumático?

O objetivo do presente artigo é esclarecer os conceitos de Trauma Psicológico,


sintomas, tratamentos, diferença do Estresse pós-traumático e consequências.
A partir da vivência de uma experiência dolorosa, forma-se no indivíduo o que
podemos chamar de memória traumática. Essa lembrança se caracteriza pela soma de
emoções, imagens, sons e todos os sentimentos vivenciados a partir da ocorrência do
trauma.

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O acesso à memória traumática se dá por meio de situações que façam o indivíduo
reviver qualquer um dos sentimentos relacionados a ela. Isso acaba configurando uma
série de gatilhos que culminam na angustiante sensação de volta à experiência do
trauma.

O conceito de trauma surge da palavra grega τραῦμα que significa “ferida”, e em


Psicologia compreende-se o trauma como algo que tem origem no exterior, num
acontecimento externo, mas que apresenta repercussão em nível interno, que é o
nível do funcionamento psíquico.

A Associação Americana de Psiquiatria define trauma como:

“(…) a experiência pessoal de um acontecimento que envolve a morte ou ameaça de


morte ou ferimento grave, ou ameaça à integridade física; ou testemunhar um
acontecimento que envolve a morte, ferimento ou ameaça à integridade de outra
pessoa; ou ter conhecimento de uma morte inesperada ou violenta, ferimento grave
ou ameaça de morte ou doença grave num familiar ou amigo próximo (…). A resposta
da pessoa ao acontecimento tem de envolver medo intenso, impotência ou horror
(…)” (DSM, p. 424).

Na descrição do DSM-IV, temos:

Os eventos traumáticos que são vivenciados diretamente, tais como: combate militar,
agressão pessoal violenta (ataque sexual, ataque físico, assalto à mão armada, roubo),
sequestro, ser tomado como refém, ataque terrorista, tortura, encarceramento como
prisioneiro de guerra ou em campo de concentração, desastres naturais ou causados
pelo homem, graves acidentes automobilísticos ou receber o diagnóstico de uma
doença que traz risco de vida (DSM, p. 449).

O acontecimento traumático foi definido como algo que ultrapassa a usual experiência
humana. A constatação de que os episódios de ameaça à vida não são uma experiência
rara levou à exclusão da raridade na definição de trauma (DSM).

A maioria das pessoas consideram que trauma é algo gerado por situações onde a vida
de alguém está ameaçada, como num acidente de carro, um assalto, violência sexual,
morte de alguém querido, crises de pânico e ansiedade, etc.

Isso é verdade, entretanto, por incrível que pareça, os maiores traumas são causados
pelas pessoas que amamos. Essas pessoas podem ser nossos pais, nossos maridos e
esposas, amigos e parentes. Na realidade, isso acontece, porque ninguém imagina ser
traído ou maltratado por alguém que se ama e espera ser amado.

Outra característica desses traumas é que ao contrário de um trauma único, como um


acidente de carro por exemplo, normalmente eles acontecem diversas vezes. Temos aí
um trauma de desenvolvimento ou uma situação poli-traumática.

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O conceito de trauma psíquico é entendido como decorrente de um acontecimento
que abalou de tal forma o indivíduo, que provocou modificações consideráveis no seu
modo de funcionamento psíquico.

Esta delimitação do conceito introduz a problemática da tensão entre o que é interno


e o que é externo no trauma, uma tensão entre aquilo que resulta do acontecimento e
o que resulta da experiência subjetiva do indivíduo.

Um acontecimento só deve ser considerado traumático quando representa uma


ameaça para a vida ou segurança de uma pessoa e ultrapassa em intensidade as
ocorrências comuns, deixa usualmente o indivíduo desesperado e sem saber o que se
deve fazer.

Para compreender o acontecimento traumático é preciso conhecer não só o


acontecimento em si que ocasionou o trauma, como também quais as modificações
internas que ocorreram no indivíduo.

É fundamental compreender por que determinado evento tornou-se traumático para


um determinado indivíduo, e como o mesmo – foi ou não – digerido pelo seu aparelho
psíquico.

Na perspectiva da Psicologia cognitivo-comportamental, considera-se traumático um


evento que provoca no indivíduo a sensação de incapacidade para responder ao
tamanho desse acontecimento; e portanto, entender que cada indivíduo apresenta
diferentes reações ao trauma.

Infelizmente, todas as pessoas podem sofrer traumas psicológicos, estes traumas


podem ser provocados por assaltos, acidentes, perdas, violência sexual, rompimentos
de relacionamentos, demissões e outros.

Ao tratar de traumas psicológicos, é preciso sempre levar em conta que cada pessoa
reage de uma forma diferente frente às experiências positivas e negativas. A questão é
que determinadas situações ruins despertam as lembranças de ocasiões igualmente
ruins que aconteceram no passado.

Traumas psicológicos são sequelas emocionais, deixadas por uma experiência que
causou imensa dor e sofrimento ao traumatizado, tal experiência (também chamada
de evento traumático) é de tal magnitude que afetam profundamente o
comportamento, pensamento e sentimentos do indivíduo, e este, por sua vez, fará de
tudo para evitar reviver ou relembrar qualquer fato ligado ao que lhe causou
traumatizou.

Fatores que aumentam a probabilidade de trauma:

Um ambiente instável ou inseguro.


A separação de um pai e/ou mãe.
Doença grave.

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Procedimentos médicos invasivos.
Abuso verbal, física ou sexual.
Violência doméstica.
Negligência.
Assédio moral.
Sintomas dos traumas psicológicos

Físicos: úlceras, palpitações, dor no coração, hipertensão, alergias, enxaqueca,


fibromialgia, síndrome do intestino irritável, síndrome da fadiga crônica.

Psíquicos: irritabilidade, ansiedade, agressividade.

Sociais: queda de produtividade no trabalho, conflitos entre os familiares e amigos,


tendência ao isolamento, apatia.

Outros Sintomas de traumas psicológicos

Revivência do trauma nos sonhos ou nos pensamentos durante o momento de vigília


(momento em que o indivíduo encontra-se acordado).
Evitação de situações que possam lembrar o evento traumático.
Hiperexcitação (estado de agitação constante). Resposta de sobressalto exagerada
(sustos exagerados por motivos banais).
Dificuldades em dormir.
Irritabilidade ou surtos de raiva.
Isolamento ou afastamento do convívio social.
Hipervigilância (como se algo estivesse sempre espreitando para atacá-lo).
Desinteresse pelo próprio futuro (trabalho, estudo, casamento).
Outros sintomas associados aos traumas:

Depressão.
Ansiedade.
Dificuldade de concentração e aprendizagem.
Eventos considerados traumáticos:

Agressões físicas.
Assaltos.
Estupros.
Guerras.
Violência sexual.
Maus tratos e outros.
Ao contrário do que se acreditava, as pesquisas recentes apontam que não existem
fatores traumáticos universais, isso porque cada pessoa compreende e percebe a
realidade de forma muito particular, sendo assim o que é entendido como traumático
para alguém pode não ser para outro.

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Os traumas estão na raiz de diversos transtornos psíquicos e endocrinológicos, que vão
desde a depressão até a dependência química, passando pela obesidade, Síndrome do
Pânico e pelo Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

O fato é que muitas vezes, depois de um trauma psicológico intenso, a pessoa


simplesmente não consegue voltar ao seu estado psicológico habitual.

Entre os fatores que podem dificultar o processo de recuperação psicológica estão:

A idade.
A intensidade e o tempo de duração da experiência.
A sensação de impotência que a pessoa sentiu.
O significado que essa experiência teve na história de vida dessa pessoa.
Os sentimentos que o evento provocou: medo, pavor, raiva, angústia, nojo.
Não se isole

Após um trauma você pode querer se esconder das outras pessoas. O isolamento pode
tornar as coisas piores. Estar frente a outras pessoas pode ajudar. Portanto se esforce
para manter seus relacionamentos e evite ficar muito tempo sozinho.
Você não precisa necessariamente falar sobre o trauma. Na verdade, para algumas
pessoas falar pode até mesmo piorar as coisas, para essas pessoas o conforto pode vir
por meio do sentimento de envolvimento e aceitação dos outros. Caso não esteja
conseguindo, procure um psicólogo para te ajudar.
Procure ajuda psicológica quando:

Estiver tendo problemas funcionais em casa ou no trabalho.


Sofrer com medos, ansiedade ou depressão.
Percebe-se incapaz de formar relacionamentos próximos e satisfatórios.
Quando se passa por terríveis lembranças, pesadelos ou flashbacks.
Quando se evita coisas, lugares ou pessoas que o fazem lembrar do trauma.
Está emocionalmente dormente e distante dos outros.
Está usando álcool ou drogas para se sentir melhor.
O tipo mais comum de doenças diretamente vinculadas aos traumas é o Transtorno de
Estresse Pós-Traumático (TEPT).

Os eventos traumáticos, além do TEPT, podem desencadear diferentes transtornos


psiquiátricos como: depressão, abuso de substâncias psicoativas e transtorno de
ansiedade generalizada.

Você conhece o Transtorno do Estresse Pós-Traumático?

Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)


Observa-se que o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) não afeta apenas
quem passou por uma catástrofe, guerra e ou situações semelhantes. Todo mundo
passa por momentos de medo, mas para quem sofre de transtorno de estresse pós-
traumático, o pavor assume vida própria.

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Como compreender e tratar pacientes que foram vítimas de episódios violentos, como
estupro, assalto, sequestro? Quais as consequências psicológicas desses eventos?

O transtorno de estresse pós-traumático é causado pela exposição a um evento como:

Combates militares.
Crimes violentos e agressões físicas.
Desastres naturais como: tornados, inundações e terremotos.
Acidentes sérios como: incêndios em casa ou batidas de carro.
Estupros e agressões sexuais.
Existe uma relação dose-resposta entre o trauma e o transtorno de estresse pós-
traumático, o que significa que severidade, duração e proximidade da exposição ao
trauma podem influenciar o desenvolvimento ou não dos sintomas.
As pessoas com TEPT já passaram por situações que a maioria de nós nem consegue
imaginar. É verdade que cada um se recupera de traumas de modo diferente, mas no
caso de quem tem TEPT, o estresse se prolonga e atrapalha a vida diária.

É como se sua resposta “lutar ou fugir” nunca se desligasse. Assim, essas pessoas são
obrigadas a fazer adaptações em suas rotinas diárias. O TEPT é uma condição
complexa que muitos não compreendem.

Outros fatores de risco do TEPT, incluem:

Personalidade: características de personalidade limítrofe, antissocial, dependente e


paranoica estão associadas a transtorno de estresse pós-traumático. Pessoas com
essas características tendem a ser emocionalmente reativas e agitadas em situações
estressantes, e levam mais tempo para se recuperarem de experiências negativas.

Controle percebido: se você tem um locus externo de controle, acredita que não tem
poder sobre as coisas que acontecem com você, isso pode fazer com que seja mais
difícil lidar com estresse, aumentando a vulnerabilidade pós-trauma.

Apoio social: se você não tem laços familiares e sociais fortes, ou não os construiu
durante a infância, então é muito mais provável que desenvolva transtorno de estresse
pós-traumático.

Doença mental: se você tem um histórico de depressão, ansiedade, transtorno bipolar


ou de abuso de substâncias, ou tem um parente com depressão, então é mais provável
que desenvolva transtorno de estresse pós-traumático depois de um evento
traumático.

Eventos da vida: eventos estressantes da vida, como por exemplo morte na família,
divórcio ou a perda de um emprego, podem causar traumas e aumentar o risco de
desenvolver transtorno de estresse pós-traumático.

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Peter Levine em seu trabalho na área de Somatic Experiencing (SE), afirma que o
trauma tem causa fisiológica, encontra-se em nosso sistema nervoso e assinala que os
seus efeitos podem ser superados.

“Os sintomas traumáticos não são causados pelo acontecimento desencadeador em si


mesmo. Eles vêm do resíduo de energia que não foi resolvido e descarregado; esse
resíduo permanece preso no sistema nervoso, onde pode causar danos ao corpo e
espírito”. (LEVINE, 2010)

Numa grande situação de risco ou traumática, o nosso cérebro é inundado pelo


excesso de informações produzidas pelo evento traumático, ele precisa de mais tempo
para ser processado e voltar ao estado de relaxamento.

Os sintomas desencadeantes dessas situações traumáticas são desestruturantes e


avassaladores, quando não tratados adequadamente e a tempo.

Quando a resposta de luta ou fuga é ativada, os batimentos cardíacos e a respiração


aumentam, o sangue é retirado das atividades não essenciais (como a digestão) e
direcionado para dentro dos músculos para nos preparar para fugir – e os hormônios,
como a adrenalina e o cortisol, inundam nosso corpo, preparando-o para uma reação
física.

Tornamo-nos mais alertas e hipersensíveis ao nosso ambiente, podemos até imaginar


outras potenciais ameaças que não estavam lá antes. Um círculo vicioso pode se
formar quando vemos tudo através desse filtro de perigo. O medo pode se tornar
constante.

E enquanto os seus ferimentos físicos podem ser, usualmente, curados pelo próprio
corpo, o que é deixado para trás é normalmente o pior – uma lesão emocional, às
vezes não detectada, que causa um efeito psicológico duradouro ou, até mesmo,
neuroses no paciente.

Ansiedade, depressão e um contínuo sentimento de doença, mesmo pesadelos e


alucinações – todos estes podem ser as consequências de uma situação ou evento que
causou aflição. Essa consequência do Trauma é chamada de transtorno de estresse
pós-traumático – TEPT.

O estresse pós-traumático é um transtorno psicológico que provoca medo excessivo


após situações muito chocantes, assustadoras ou perigosas, como participar numa
guerra, ser raptado, assaltado ou sofrer de violência doméstica, por exemplo.

Além disso, em alguns casos, o transtorno também pode acontecer devido a uma
alteração repentina na vida, como perder alguém muito próximo. O transtorno de
estresse pós-traumático (TEPT) se classifica como um transtorno de ansiedade que
ocorre após exposição a eventos traumáticos na vida do sujeito.

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Embora o medo seja uma reação normal do corpo durante e logo após este tipo de
situações, o estresse pós-traumático causa um medo constante durante as atividades
diárias, como ir às compras ou estar em casa sozinho vendo televisão, mesmo quando
não existe nenhum perigo aparente.

O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é um distúrbio da ansiedade


caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em
decorrência de o portador ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de
situações traumáticas que, em geral, representaram ameaça à sua vida ou à vida de
terceiros.

Quando se recorda do fato, ele revive o episódio, como se estivesse ocorrendo


naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento que o agente
estressor provocou. Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia
alterações neurofisiológicas e mentais.

Sintomas de alguém que está com Estresse Pós-Traumático

a) Sintomas de revivescimento

Ter lembranças intensas sobre a situação que provocam aumento do batimento


cardíaco e transpiração excessiva;
Estar constantemente com pensamentos assustadores;
Ter pesadelos frequentes.
Este tipo de sintomas pode surgir após um sentimento específico ou após observar um
objeto ou ouvir alguma palavra que esteve relacionada com a situação traumática.

b) Sintomas de agitação

Sentir-se frequentemente tenso ou nervoso;


Ter dificuldade para dormir;
Ser facilmente assustado;
Ter explosões de raiva.
Obs.: Estes sintomas sendo frequentes, não sendo provocados por nenhuma situação
específica, podem afetar algumas atividades básicas como dormir ou concentrar-se
numa tarefa.

c) Sintomas de evitamento

Evitar ir em locais que lembram a situação traumática.


Não utilizar objetos que estão relacionados com o evento traumático.
Evitar pensar ou falar no que aconteceu durante o evento.
Geralmente, este tipo de sintomas provoca alterações na rotina diária da pessoa, que
deixa de fazer atividades que fazia anteriormente, como utilizar o ônibus ou o
elevador, por exemplo.
d) Sintomas de humor alterado

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Ter dificuldade para lembrar vários momentos da situação traumática.
Sentir menos interesse por atividades agradáveis, como ir à praia ou sair com os
amigos.
Ter sentimentos distorcidos como, sentir-se culpado pelo que aconteceu.
Ter pensamentos negativos sobre si mesmo.
Os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático são frequentemente
debilitantes e interferem na capacidade da pessoa trabalhar, frequentar a escola e ter
relacionamentos significativos. Se não forem tratados, podem tornar-se tão graves que
a pessoa pode tentar inclusive o suicídio.

Como confirmar o diagnóstico do TEPT

Para confirmar a existência de estresse pós-traumático é recomendado consultar um


psicólogo e um psiquiatra, para juntos esclarecerem os sintomas e iniciar o tratamento
adequado, se necessário. No entanto, é possível suspeitar desse transtorno quando ao
longo de um mês, surge pelo menos um sintoma de revivescimento e de evitamento,
assim como dois sintomas de agitação e de humor.

Como é feito o tratamento do TEPT

O tratamento do estresse pós-traumático deve ser sempre orientado e avaliado por


multiprofissionais como o psicólogo e o psiquiatra. Geralmente combina medicação e
psicoterapia para apoiar o paciente no momento de necessidade e melhorar a
capacidade de enfrentar o mundo ao seu redor.

O tratamento precisa ser individualizado para ajudar cada pessoa a superar os seus
medos e aliviar os sintomas que vão surgindo.

Conclusão

Conclui-se que a percepção de um indivíduo é decisiva na qualidade de sua interação


com o ambiente, assim, investigações sobre os processos perceptivos são de extremo
interesse à compreensão de como o trauma é configurado.

Psicoterapias mostram ótimos resultados no tratamento de traumas, ajudam o


paciente a compreender e a ressignificar as experiências traumáticas.

Observou-se que a vivência traumática está intimamente relacionada não só com o


evento em si, mas também com a subjetividade do indivíduo percebe-se que há
interação entre a personalidade do indivíduo e o trauma, sugere-se que mente e
cérebro não sejam sinônimos, indicando o valor terapêutico de uma psicoterapia.

Não realizar um tratamento adequado para um trauma psicológico pode fazer com
que o indivíduo tenha dificuldades nos relacionamentos interpessoais por toda a vida.
Isso pode trazer consequências desagradáveis, como um nível exagerado de
desconfiança que pode afetá-lo no âmbito pessoal, social e profissional. A melhor
indicação é a Psicoterapia.

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Busque ajuda da Psicóloga para o tratamento. O Psicoterapeuta ajuda o paciente a
desenvolver mecanismos de manejo das crises, na ressocialização e dessensibilização
das coisas que lembram o trauma.

DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

Uma doença psicossomática, portanto, não afeta apenas o corpo: ela tem origem na
alma e no psicológico, podendo causar sintomas e doenças físicas.
**** doenças psicossomáticas estão relacionadas a emoções, sentimentos e
pensamentos — que podem estar em desequilíbrio por diversos fatores, como
traumas não superados e estresse. Esse tipo de problema acaba se manifestando
também no corpo, por meio de dores e doenças físicas.

*** somatização é um transtorno psiquiátrico em que a pessoa apresenta múltiplas


queixas físicas, localizadas em diversos órgãos do corpo, como dor, diarréia, tremores
e falta de ar, mas que não são explicadas por nenhuma doença ou alteração orgânica.
Geralmente, uma pessoa com doença psicossomática está frequentemente em
consultas médicas ou pronto-socorros devido a estes sintomas, e o médico costuma
ter dificuldade em encontrar a causa.

****Estômago: dor e queimação no estômago, sensação de enjoo, piora de gastrites e


úlceras gástricas;
Intestino: diarréia, prisão de ventre;
****Garganta: sensação de nó na garganta, irritações mais fáceis constantes na
garganta e amígdalas;
****Pulmões: sensações de falta de ar e sufocamento, podendo simular doenças
pulmonares ou cardíacas;
Músculos e articulações: tensão, contraturas e dores musculares;
****Coração e circulação: sensação de dores no peito, que pode, até, ser confundida
com infarto, além de palpitações, surgimento ou piora da pressão alta;
****Rins e bexiga: sensação de dor ou dificuldade para urinar, que pode imitar
doenças urológicas;
****Pele: coceira, ardência ou formigamentos;
*****Região íntima: piora da impotência e diminuição do desejo sexual, dificuldade
para engravidar e alterações do ciclo menstrual;
*****Sistema nervoso: crises de dor de cabeça, enxaqueca, alterações da visão, do
equilíbrio, da sensibilidade (dormências, formigamentos),

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