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Por Rafael Almeida

Psicólogo Clínico
CRP04/45541
• Afeta 9,3% da população brasileira;
• 7,7% das mulheres;
• 5,1%, estão deprimidas;
• Entre os homens, o número cai para 3,6%.
(OMS)
MAS O QUE É

Estado de humor desconfortável,


apreensão negativa em relação ao
futuro, inquietação interna
desagradável.
Inclui manifestações somáticas e
manifestações psíquicas”.
(Dalgalarrondo 2008)
Do ponto de vista fisiológico,
a ansiedade tem uma grande
função benéfica.

Ela faz parte de um mecanismo


cerebral que serve para nos
preparar para um ataque ou para
nos defender de algum perigo
percebido, seja ele real ou
imaginado.


Ela faz parte de um mecanismo


cerebral que serve para nos
preparar para um ataque ou para
nos defender de algum perigo
percebido, seja ele real ou
imaginado.
O QUE TE DEIXA

Sentimentos de ansiedade podem


ser causados por muitas coisas e
variam de acordo com o que você
está preocupado e como você age
quando você se sente apreensivo.
Dependem de muitos fatores,
como genes, vivência e aprendizado.

Uma pesquisa perguntou a adultos


do Reino Unido o que os torna mais
ansiosos.

(Fonte: YouGov Plc abril 2014)


SUSTENTO – AQUISIÇÕES MATERIAIS – ESTABILIDADE FINANCEIRA – PERSPECTIVA DE FUTURO
HORAS TRABALHADAS – CARGO/FUNÇÃO– MEDO DO DESEMPREGO
RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
*Dos entrevistados com
55 anos ou mais.
*Dos entrevistados com
De 18-24 anos.

ESTUDANTES – CONCEPÇÃO DE PRODUTIVIDADE


• Nos últimos dez anos o número de
pessoas com depressão aumentou
18,4%, isso corresponde a 322 milhões
de indivíduos, ou 4,4% da população da
Terra;

• No Brasil, 5,8% dos habitantes (maior


taxa do continente latino-americano)
sofrem com o problema;

• Estudo do Departamento de Saúde


Mental da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto (FMRP) da USP publicado
em 2018 apontou que a população
brasileira vive episódios de depressão e
de ansiedade em todo o país.
(*dados da OMS e FMRP)
MAS O QUE É
Pode ser chamada de doença das emoções.
Distúrbio de humor que envolve distúrbios emocionais,
cognitivos e de comportamento caracterizado por vários
graus de: tristeza, decepção, solidão, desespero, insegurança
ou culpa. Esses sentimentos, podem ser muito intensos, por
um longo período de tempo. Em um nível mais grave, a
desesperança pode tornar-se tão intensa que leva a
pensamentos suicidas recorrentes.
Mais de 300 milhões de pessoas
em todo o mundo sofrem de
depressão.

Cerca de 800 mil pessoas morrem


por suicídio a cada ano - sendo
essa a segunda principal causa de
morte entre pessoas com idade
entre 15 e 29 anos.

Embora existam tratamentos


eficazes conhecidos para
depressão, menos da metade das
pessoas afetadas no mundo (em
muitos países, menos de 10%)
recebe tais tratamentos.
Estima-se que nos próximos 10 anos, a
depressão seja a doença mais comum do
mundo, afetando mais pessoas do que
qualquer outro problema de saúde,
incluindo câncer e doenças cardíacas.
A Depressão é mais comum do que
outras doenças que são mais temidas
pela população, como a AIDS ou o
câncer.
A depressão é uma doença. Há
uma série de evidências que
mostram alterações químicas no
cérebro do indivíduo deprimido,
principalmente com relação aos
neurotransmissores (serotonina,
noradrenalina e, em menor
proporção, dopamina), substâncias
que transmitem impulsos nervosos
entre as células.
Ocorrem ainda outros processos
dentro das células nervosas. Ao
contrário do que normalmente
se pensa, os fatores psicológicos
e sociais muitas vezes são
consequência e não causa da
depressão.

A prevalência da depressão é
estimada em 19% da população,
o que significa que
aproximadamente uma em cada
cinco pessoas no mundo
apresentam o problema em
algum momento da vida.
(*site do Ministério da Saúde)
Diferença entre tristeza e depressão
Tristeza é uma reação do organismo vivo a perdas e
frustrações, depende de causa clara; não sendo de
longa duração.

A perda de alguém por morte é chamado luto e o


sentimento vivenciado é o pesar.

Depressão é uma sensação constante de tristeza


sem causa definida podendo se estender a um
longo prazo ou ser recorrente.

Afeta o indivíduo nas esferas emocionais,


cognitivas e comportamentais. Tende a ser
incapacitante.
Depressão é sinal de
fraqueza;

Depressão é evidência de
loucura;

Depressão é pecado;

Pessoas que creem em Deus


não tem Depressão.
SOBRE A DOR
EXISTENCIAL
Para Freud a angústia é
um mecanismo de
defesa que se organiza a
partir do conflito que o
ego enfrenta ao tentar
lidar com três instâncias:
os desejos do id, as
imposições do superego
e as exigências da
realidade.
“O homem (...) está irremediavelmente perdido, caiu do
lugar que lhe é próprio sem conseguir encontrá-lo
novamente, e o busca por toda parte com inquietação e
sem êxito, mergulhado em trevas impenetráveis”.
Condenado a viver uma continua tensão entre razão e paixões, ele
percebe no seu íntimo que não pode “estar em paz com a
primeira, sem estar em guerra com as outras, permanentemente
dividido, em conflito consigo mesmo.
O suicídio é um drama pessoal
que transcorre num palco de
relações interpessoais, em um
ambiente social, político e
cultural.
AO LONGO DA VIDA . . .
ATENDIDOS EM
PRONTO-SOCORRO

TENTA-
3 TIVA
DE
SUICÍDIO

5 PLANO

17
PENSAMENTO

De cada 100 habitantes


Não existe uma única explicação e nem
uma classificação de grupos.
Vários fatores associados:
Fatores psicológicos;
Fatores sociais;
Fatores ambientais;
Fatores familiares;
Fatores culturais;
Fatores genéticos.
Fatores Familiares
• Problemas interpessoais
(discussão com esposa,
namorado, filhos);
• Rejeição (separação);
• Perdas (luto, status);
• Problemas com o trabalho
(demissão, aposentadoria,
dificuldades financeiras);
• Mudanças na sociedade
(políticas e econômicas);
• Vergonha (falência, vícios).
Fatores
sociodemográficos
e ambientais
• Desemprego;
• Perda de status
socioeconômico;
• Profissão;
• Migração;
• Sexo;
• Idade;
• Estado civil.
• Quem fala não faz;
• Quem quer se matar, se mata;
• Suicídios ocorrem sem avisos;
• A melhora após a crise

A angustia
significa que o risco passou;
• Nem todos os suicídios podem ser evitados;
adolescente
• Uma vez suicida, sempre suicida.
Adolescência produz mudanças
incompreendidas e significativas na vida
do sujeito que não sabe o que é.

Período de fragilização emocional e


desligamento gradual das figuras
parentais. Mudanças corporais soam
como invasões.

O adolescente poderá, então, vir a investir


em novas referências, ou seja,
redimensionar suas identificações.

Os objetos antes definidos, passam a ser


desinvestidos, para investir na dúvida
que os novos objetos representam.
A confusão que se instala no período de
instabilidade é fundamental para que o
Sujeito se descubra.

A passagem da predominância da vida


Infantil para uma vida adulta
corresponde ao próprio processo de
subjetivação.

Quando a transação narcísica é bem-


sucedida, a eleição de novos objetos para
investimento libidinal permite que o
adolescente se aproprie de uma
identidade.
A angústia é algo que comporta
uma presença cujo conteúdo não
pode ser acessado por si só e é
marcado, fundamentalmente, por
uma incapacidade de
simbolização.
Nos casos de automutilação é
atribuída uma importância à dor
corporal, lugar onde o sofrimento
psíquico dirige-se.

Essa conversão é essencial à


formação do sintoma.
O terror da automutilação é diferenciado entre o ato
e a passagem ao ato.

Se a dor e a angústia de um jovem o conduz ao


ato, a automutilação então significa, simboliza.

É a aflição que flutua na falta de um


Objeto.

É o luto pelo corpo infantil.

O corpo relaciona-se com o


olhar do outro.
A Psicanálise é uma clínica da
fala. Quem adoece e sofre é,
antes de tudo, um sujeito em
sua singularidade, e não um
corpo.

Fazer falar como condição de


escuta, de remanejamento de
efeitos de sofrimento, até
onde for possível.
Em casos de automutilação considera-se não o acontecimento
em si, mas o impacto sobre o psiquismo e como ele é
processado.
Junto a outros profissionais da
área de saúde, o terapeuta não
considera a dor exclusivamente
pelos cortes que são feitos, ou
pelos cabelos arrancados e
unhas roídas, mas sim todos os
pacientes no limite, no quão
insuportável é sua dor, buscando
auxiliá-los no desejo
fundamental de falar.
Experiência que passa pela
interrogação, deciframento e
elaboração do que é subjetivo.
filha
escola
desajuste
isolamento
angústia
vazio
incompreensão
terapia
elaboração
mudança
Porque, como imagina em sua alma,
assim ele é.
(Pv 23:07)

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