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Cont.
Existem certas considerações praticas que deverão ser
levadas em conta com um cliente que procura ajuda numa
clínica. Por exemplo, as exigências de supervisão ou de
gravação deverão ser explicadas ao cliente e este deverá
concordar com elas. Além disso, é importante que o
cliente compreenda como funciona o processo de colecta
de dados, neste contexto após os exames destes pontos, o
terapeuta poderá propor uma das seguintes indagações
para dar inicio a entrevista; ‘’ O que o traz aqui?’’ ou ‘’ Em
que posso ajuda-lo?’
  

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Cont.

O cliente começará falando sobre algum aspecto e


suas dificuldades e o terapeuta pode pouco a pouco
conduzi-lo no sentido de esclarecer e ampliar sua
compreensão.
É possível que não encontres entrevistados ideias
Alguns clientes preferem discutir outras pessoas e
os problemas destas, narrar uma historia descritiva,
discutir uma variedade de tópicos que não estão
directamente relacionados à sua necessidade de
terapia.
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Cont.
Os terapeutas deverão algumas vezes exercer
considerável controle e direcção a fim de fazer com que o
cliente continue a falar sobre as áreas problemáticas.
Alguns exemplos de comentários directivos:
” Seria bom voltarmos às suas preocupações centrais.’’
‘’ Como isto se relaciona com os problemas que o trouxeram à
clínica?
 ‘’ Gostaria de saber algo sobre o modo pelo qual você foi criado.
Em primeiro lugar, gostaria de compreender ... mais
detalhadamente.’’

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Cont.
A obtenção de informação relevante a respeito do cliente
ou de seus componentes poderá ser algo simples e directo,
ou um assunto extremamente complicado.
Alguns clientes necessitam de pouca ajuda para provocar
elaboração ou esclarecimento, e eles mesmos nos
encaminham em direcção às áreas que são mais
significativas.
Quando você achar que examinou suficiente uma área,
poderá mudar para outro tópico, fazendo um comentário
de transição como os seguintes:

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Cont.
“Além de conhecer detalhes sobre a área
problemática gostaria de conhecer outros aspectos
de sua vida’’
“ Acho que entendo a razão que o trouxe ate aqui.
Agora gostaria de saber alguma coisa sobre a sua
situação de vida actual’’
“ Gostaria de saber alguma coisa sobre suas
origens e sua família’’

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Cont.
Alguns clientes irão procura-lo sem saber a razão
pela qual estão intranquilos; poderão estar muito
emocionados, confusos, temerosos calados.
Nestas situações mais difíceis, poderá ser
necessário que tranquilize a pessoa demonstrando
sua compreensão, preocupação e aceitação, antes
de tentar discutir os problemas específicos que
levaram a pessoa a procura-lo.

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Cont.
 Uma jovem veio para a entrevista inicial e começou a chorar
incontrolavelmente, sendo incapaz de se comunicar com clareza.
Estava preocupado com a possibilidade de ser um colapso e este
pensamento preocupava -a a ponto de excluir tudo e mais. Alegava
não saber por que estava nesse estado. A mulher apenas se acalmou
após considerável apoio por parte do terapeuta, dizendo-lhe que
nada havia de mal com o facto de ela expressar seus sentimentos por
meio do choro. Gradativamente, e mediante perguntas sobre factos
ocorridos com ela naquele dia, o terapeuta e a cliente descobriram
que uma interacção com um professor muito crítico teria sido o
evento precipitador inicial.

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Cont.
 Os clientes geralmente começam a falar dos seus problemas e não

conseguem continuar porque a experiencia de simplesmente dizer a


pessoa aquilo que os incomoda é, em si mesma, uma experiencia
perturbadora. É comum que um cliente chore logo no início da
entrevista, e isto é algo que deve ser esperado por si.
 Nestas ocasiões é melhor actuar dando compreensão, apoio e aceitação, e

não procurar forçar a colecta de informações a menos que o cliente o faça


por si mesma. Se este padrão persistir ao longo da entrevista talvez seja
necessário adoptar a estratégia de instigar o aparecimento dos dados.

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Cont.
 Outros clientes apresentar-se-ão com preocupações específicas ou

listas de problemas que poderão interferir na colecta de informações


da entrevista. Por exemplo:
 Um cliente começa a entrevista narrando seus sentimentos negativos

em relação a recepcionista na clínica e seus sentimentos muito


confusos em relação a entrevista consigo. Insiste que tem “procurado
ajuda”, mas que as atitudes dos profissionais consultados não têm sido
de muita utilidade, e que ele não sabe, na verdade, se está realmente
interessado em contar qualquer coisa a si

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Cont.
Lidando com esta situação, o terapeuta comunicou

seu respeito para com os sentimentos do cliente, e


uma preocupação com a experiencias anteriores do
cliente que resultaram em tais sentimentos negativos.
Foi decisivo que para o terapeuta não forçar qualquer

tipo de abertura, ate que o cliente se sentisse em


condições de faze-lo.
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cont.
Neste caso quando o cliente constatou que os seus

sentimentos estavam sendo tratados com respeito,


dispôs-se a falar mais sobre sua depressão, que era
resultante de sentir incompetente no trabalho.
Aparentemente necessitou antes de uma
demonstração de respeito, antes de permitir a si
próprio a exibição de sinais de “fraqueza”. Fonte:ibidem
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