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A relação terapêutica

Capítulo 4
Sobre o capítulo
 Quais são as quatro diretrizes essenciais a ter em mente em cada sessão?

 Como você demonstra boas habilidades de aconselhamento?

 Como você monitora o afeto dos clientes e obtém feedback?

 Como você colabora com os clientes?

 Como você adapta a relação terapêutica ao indivíduo?

 Como você usa a autoexposição?

 Como você repara as rupturas?

 Como você ajuda os clientes a generalizarem o que eles aprenderam para outras relações?

 Com você lida com suas reações negativas?


A relação terapêutica
 Entrar em tratamento é um ato de coragem.

 Pensamentos automáticos: “Como vai ser a terapia?”; “Ela vai funcionar mesmo?”; “Ela pode fazer eu me
sentir ainda pior?”; “O que vou ter que fazer?”; “E se meu terapeuta me pressionar demais?”; e “E se meu
terapeuta esperar demais de mim ou me criticar?”.

 Sobretudo, inicialmente, é necessário ser acolhedor, gentil e realisticamente otimista.

 Aaron Beck e seus colaboradores enfatizaram as habilidades de aconselhamento rogeriano de acolhimento,


acurácia, empatia e autenticidade, juntamente com confiança básica e rapport .

 Também prescreveram como adequar a relação ao cliente específico, buscando a concordância quanto aos
objetivos e tarefas do tratamento, compartilhando um vínculo pessoal e prestando atenção às reações
negativas dos clientes aos terapeutas e vice-versa.
QUATRO DIRETRIZES ESSENCIAIS
QUATRO DIRETRIZES ESSENCIAIS

 É essencial começar a construir confiança e rapport com seus clientes desde seu primeiro contato com eles.

 Correlação: Aliança positiva resultado positivo

 Seu objetivo é fazer com que seus clientes se sintam seguros, respeitados, compreendidos e cuidados.
Empregue tempo suficiente na relação para ajudá-los a atingirem seus objetivos, aliviarem seu sofrimento e
melhorarem seu funcionamento e humor positivo.

 Aliança terapêutica é fortalecida quando os clientes percebem melhora de uma sessão para a próxima.

 Tendencia a generalização de crenças – julgamento crítico e TPB.


DEMONSTRANDO BOAS HABILIDADES
DE ACONSELHAMENTO
 Norcross e Lambert (2018) – Relação terapêutica
DEMONSTRANDO BOAS HABILIDADES
DE ACONSELHAMENTO
 Você irá demonstrar continuamente seu comprometimento e a compreensão dos clientes por meio de
afirmações empáticas, escolha das palavras, tom de voz, expressões faciais e linguagem corporal.

 Você tentará transmitir as seguintes mensagens implícitas (e algumas vezes explícitas)


DEMONSTRANDO BOAS HABILIDADES
DE ACONSELHAMENTO
 Se você não conseguir endossar honestamente essas mensagens, poderá precisar da ajuda de um supervisor
ou colega para responder aos seus pensamentos automáticos sobre o cliente, sobre a TCC ou sobre si
mesmo.

 Poderá precisar de treinamento e supervisão adicionais para aumentar sua competência.

 A seguir, importantes habilidades básicas


DEMONSTRANDO BOAS HABILIDADES
DE ACONSELHAMENTO
DEMONSTRANDO BOAS HABILIDADES
DE ACONSELHAMENTO
DEMONSTRANDO BOAS HABILIDADES
DE ACONSELHAMENTO
 Você precisará descobrir quando e em que medida usar essas habilidades básicas de aconselhamento. O uso
da quantidade certa nos momentos certos pode ajudar os clientes a:
MONITORANDO O AFETO DOS CLIENTES
E OBTENDO FEEDBACK
 Você estará continuamente alerta às reações emocionais dos seus clientes durante a sessão.

 Observará suas expressões faciais e a linguagem corporal, sua escolha das palavras e o tom de voz. Quando
reconhecer ou inferir que os clientes estão experimentando maior estresse, frequentemente abordará a
questão naquele momento – por exemplo: “Você parece um pouco incomodado [ou ‘Como está se sentindo
neste momento?’].

 Os clientes costumam expressar pensamentos negativos sobre si mesmos, sobre o processo da terapia ou
sobre você. Quando fazem isso, certifique-se de reforçá-los positivamente. “Que bom que você me disse
isso.”
MONITORANDO O AFETO DOS CLIENTES
E OBTENDO FEEDBACK

 Mesmo quando você identificar que sua aliança com os clientes é forte, busque feedback com eles no final
das sessões.

 Os clientes em geral se sentem honrados e respeitados pela sua preocupação genuína com suas reações.

 Você não vai necessariamente solicitar feedback todas as vezes em que inferir que o cliente teve uma reação
negativa. Ex: Adolescentes e questões desenvolvidas.
COLABORANDO COM OS CLIENTES
 Decisões em conjunto:

 Você será transparente e pedirá feedback sobre seus objetivos, o processo da terapia, a estrutura das
sessões e sua conceitualização e plano de tratamento.
ADAPTANDO A RELAÇÃO
TERAPÊUTICA AO INDIVÍDUO

 Avaliar e adaptar o grau em que usará essas habilidades com cada cliente.

 O psicólogo precisa ser cuidadoso com o reforço, para não superutilizá-los ou subutilizá-los com clientes
específicos.

 As culturas e outras características dos seus clientes (como idade, gênero, etnia, nível socioeconômico,
deficiências, gênero e orientação sexual) podem influenciar a relação terapêutica.

 Sua própria origem e cultura exercem influência sobre as suas crenças e valores e sobre como você percebe,
fala com seus clientes e se comporta em relação a eles.
USANDO AUTOEXPOSIÇÃO
 Na TCC, você não quer ser uma tela em branco.

 A autoexposição deve ter um propósito definido, por exemplo, fortalecer a relação terapêutica, normalizar
as dificuldades do cliente, demonstrar como as técnicas da TCC podem ajudar, mostrar uma habilidade ou
servir como modelo.

 Lidando com a curiosidade X mídias sociais.

 “Poderíamos continuar falando sobre mim, mas então não teríamos tanto tempo para falar sobre o que é
importante para você e sobre como você pode ter uma semana melhor. Tudo bem se focarmos [ou
voltarmos] a _____?”

 “Lamento por não responder à sua pergunta, mas quero me concentrar em como posso ajudá-lo”.
USANDO AUTOEXPOSIÇÃO
 Após a exposição, solicite o feedback.

 Como com qualquer técnica, preste atenção às reações verbais e não verbais de seus clientes às suas
autoexposições.

 Timing: “Fico triste quando escuto sobre o que seu pai fez quando você era criança” pode ser inapropriado
na primeira sessão, antes que o cliente confie na sua sinceridade. Seria melhor dizer: “Lamento que isso
tenha acontecido com você”.

 Reações do psicólogo: “Quando você fica muito passional sobre alguma coisa e grita, fica mais difícil de
descobrirmos o que fazer acerca do problema que estávamos discutindo”.
REPARANDO RUPTURAS
 Por que surgem dificuldades na relação com alguns clientes, e com outros, não?

 Sistema de crenças.

 Use o feedback conceitualize o problema planeje estratégias

 O cliente está certo? Apresente um bom pedido de desculpas e discuta uma solução.

 Erros típicos: apresentar ao seu cliente uma folha de exercícios confusa, dar uma sugestão que ele acha
inapropriada, propor itens no Plano de Ação que são muito difíceis, entender mal o que ele disse ou ser
diretivo demais ou de menos e interromper demais.
REPARANDO RUPTURAS
 Se você não cometeu um erro, é provável que o problema esteja relacionado às cognições imprecisas do seu
cliente. Depois de reforçar positivamente seu cliente por expressar o feedback , você pode fazer o seguinte:
AJUDANDO OS CLIENTES A GENERALIZAREM
PARA OUTROS RELACIONAMENTOS

 Quando os clientes têm uma visão incorreta sobre você, eles podem muito bem ter uma visão igualmente
incorreta sobre as outras pessoas. Se for assim, você pode ajudá-los a tirarem uma conclusão sobre a
relação de vocês e então testá-la no contexto de outras relações.
MANEJANDO REAÇÕES NEGATIVAS EM
RELAÇÃO AOS CLIENTES

 Você e seus clientes têm uma influência recíproca um sobre o outro (Safran & Segal, 1996).

 Se suas crenças nucleares negativas forem desencadeadas durante uma sessão, você pode reagir de uma
forma inútil e seus clientes podem então se engajar em uma estratégia de enfrentamento inútil.

 Importante ter uma conceitualização cognitiva acurada tanto das suas próprias crenças e comportamentos
quanto das dos seus clientes, e da sua interação recíproca.

 Olhe sua agenda e se pergunte: “Que clientes eu gostaria que não viessem hoje?”

 Então use técnicas da TCC em si mesmo caso algum cliente lhe venha à mente. Identifique suas cognições
sobre esse cliente e faça um ou mais dos seguintes itens:
MANEJANDO REAÇÕES NEGATIVAS EM
RELAÇÃO AOS CLIENTES
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

 Como você pode ajudar os clientes a se sentirem seguros na sessão?

 Que pensamentos automáticos podem impedir que você peça feedback aos seus clientes?

 Como você pode responder a esses pensamentos?


EXERCÍCIO

 Escreva um cartão de enfrentamento sobre a relação terapêutica que seja útil para você ler um pouco antes
das suas sessões de terapia.
Obrigada por este encontro!

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