Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Continuacao
2
Cont.
3
A primeira entrevista: o que esperar .
• A primeira entrevista é geralmente uma situação amedrontadora, tanto para o
cliente quanto para o terapeuta principiante. É um momento de avaliação mútua no
qual ambos estarão extremamente preocupados em relação àquilo que o outro
pensa.
• Os clientes geralmente não se sentem à vontade quando se trata de pedir ajuda a
um profissional, mostrando-se tão ansiosos com relação a este facto quanto a
respeito dos próprios problemas. Iniciam a primeira entrevista com uma grande
variedade de medos e expectativas, muitos dos quais são bastante exagerados. Está
geralmente inseguro sobre o que se espera dele e pode ter receio de revelar a um
estranho informações altamente pessoais e provavelmente considerados danosas.
4
Cont.
• Para contrabalançar alguns desses medos muito
envolventes, um cliente poderá desenvolver expectativas
muito pouco realistas a respeito dos benefícios da terapia e
dos poderes do terapeuta. Alguns clientes acreditam que o
terapeuta possui um poder mágico para eliminar seus
problemas, antecipando qua a terapia exigirá apenas
algumas sessões curtas.
5
Cont.
• O seu receio de ser visto como incompetente; fracasso no sentido de
controlar a entrevista; não saber o que dizer; ou se defrontar com um
cliente pouco cooperativo, calado, ou, pior ainda, um cliente hostil,
poderão interferir seriamente na tarefa.
• Somada as preocupações do cliente, a ansiedade na sala de
entrevista inicial poderá perturbar a troca de informações de maneira
considerável. É necessário que tenha um bom controle de suas
próprias ansiedades, afim de ser capaz de aliviar os medos dos
clientes e ao mesmo tempo conduzir uma sessão produtiva de
colheita de informações.
6
Algumas sugestoes para ficar a vontade.
7
• Embora não se recomende que sejam tomadas notas como
rotina durante a entrevista, isto pode ser útil para aliviar a
ansiedade sobre o que fazer inicialmente. Algumas pessoas são
capazes de tomar notas de forma bastante independente sem que
isto interfira na fluência do diálogo; outras, entretanto, a
consideração mais um elemento de distracção do que de ajuda.
8
Cont.
• Não necessita-se responder a cada pergunta formulada pelo cliente.
O silêncio não é necessariamente um mal. Poderá oferecer ao cliente
uma oportunidade para reflectir ou encorajá-lo a se estender mais
sobre determinado tópico.
• A expressão de estranheza quando algo lhe parece confuso é,
geralmente, bastante inadequada. Até mesmo abandonar a sala para
consultar o supervisor poderá ser necessário, em situações de
emergência, quando tiver dúvidas sobre o encaminhamento a ser
dado a uma entrevista, poderá esperar que o cliente prossiga, repetir
você mesmo ou solicitar elaboração posterior. Todo terapeuta ja teve
lapsos momentâneos de memória e esqueceu a razão pela qual um
cliente buscou ajuda.
9
Cont.
• Apenas a experiência crescente lhe dará uma sólida
sensação de confiança e competência como psicólogo(a);
entretanto, algumas destas sugestões poderão ser úteis aos
principiantes para que se sintam mais a vontade. A
discussão com supervisores ou colegas sobre o que esperar
de um determinado cliente poderá com frequência ser de
muita utilidade, a menos que se deixe envolver a tal ponto
pelas suas próprias expectativas que não tenha condições de
se defrontar com uma realidade diferente que o cliente
talvez lhe apresente.
Fonte:Campos, R. Psicopatologia e diagnostico psicodinamico. Lisboa, Climepsi Editores, 2012
10