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|PROF.

JÚLIO CÉSAR

O SUICIDIO
“Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu
Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. Eu e
o Pai somos um". JOAO 10:28-30

OBJETIVOS DA AULA
 Aprender sobre o suicidio com uma doença
 Entender como lidar com a situação como cristão
 Conhecer o que as escrituas dizem sobre o assunto

COMEÇANDO A CONVERSA

Em varios momento da vida deparamos com situaçãoes que muitas as vezes nao
sabemos o que falar, nem tampouco o que pensar. O suicidio é um desses temas que deixam
qualquer cristao sem ar, seja na escola, no trabalho, ou ate mesmo na nossa familia. O
assunto de hoje vai nos ajudar a entender melhor essa doença que vem assolando as familias
de todo o mundo.

I- A DOENÇA

A OMS considera o suicídio como um grave problema de saúde pública, principalmente quando se
leva em consideração que para cada suicídio cometido 20 tentativas são feitas, e esse é o principal
fator de risco que precisa ser tratado: o suicídio pode ser evitado.

Com o objetivo de chamar a atenção para esse tema, em 2003 a OMS criou o Dia Mundial da
Prevenção do Suicídio, no dia 10 de setembro. No Brasil, durante todo o mês, diversas ações de
conscientização são realizadas na campanha chamada Setembro Amarelo, iniciada em 2015 por
iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

A) O SUICÍDIO É UMA DOENÇA QUE PROGRIDE E DÁ SINAIS

Não se deve encarar o suicídio como uma falha de caráter. É um problema de saúde, um sintoma da
gravidade de uma doença psiquiátrica que deve ser abordado de forma ética, profissional e
terapêutica.

O psiquiatra da Holiste, Victor Pablo da Silveira, uma das maiores clínicas e referências em
psiquiatria e tratamento mental do Norte e Nordeste, alerta que 90% das tentativas de suicídio estão
relacionados a alguns transtornos mentais, como psicose, depressão, esquizofrenia, transtorno
bipolar, além de abuso de bebida alcoólica e drogas.
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“O suicídio é um fenômeno quase sempre evitável porque, em 90% dos casos, está associado a um
adoecimento mental, que é um processo muito solitário. E há, sim, ajuda para as pessoas adoecidas,
em estado de desesperança”.

B) DADOS E ESTATISTICAS

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontaram que, em 2019, a principal causa de
morte no mundo foi o suicídio, representando uma a cada 100 mortes. É um dado preocupante, pois
são números que superam a morte por homicídios ou por doenças, como o câncer de mama. Mas, e
quanto aos índices de suicídio no Brasil?

O número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. O levantamento
faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública,
divulgado em julho. Em 2022, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia. Em 2021, foram
14.475 suicídios. Em termos proporcionais, o Brasil teve 8 suicídios por 100 mil habitantes em 2022,
contra 7,2 em 2021.

Segundo a OMS, o Brasil ocupa o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio. Saiba
ainda que o aumento de casos é uma situação observada mais especificamente nas Américas.

C) AS PRINCIPAIS CAUSAS

 Depressão - A depressão, quando grave e não


tratada, pode levar ao suicídio, já que pode
provocar sentimentos como culpa, perda de valor e
tristeza intensos. Nestes casos, a sensação de que o
problema não tem solução pode resultar em
pensamentos suicidas, como se esta fosse a única
forma para acabar com o sofrimento.

O que fazer: é importante o apoio de um psicólogo,


psiquiatra ou grupos de autoajuda, para que seja possível
tratar a depressão e, assim, promover a qualidade de vida
da pessoa. Em alguns casos, o psiquiatra pode indicar o
uso de alguns medicamentos para depressão.

 Problemas amorosos ou familiares - Problemas familiares, como perda dos pais e brigas
frequentes, não poder expressar suas emoções e não se sentir amado ou compreendido no
relacionamento, podem provocar angústia intensa em algumas pessoas e reações impulsivas,
que podem levar ao suicídio.

O que fazer: encontrar tempo para conversar de forma calma e criar um ambiente de equilíbrio
dentro de casa ou no relacionamento amoroso, podem ajudar a pessoa a se sentir melhor. Além
disso, realizar psicoterapia pode ser útil para aprender a lidar melhor com os problemas.
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 Uso de drogas ou alcoolismo - O alcoolismo e o uso de drogas ilícitas, como cocaína e


maconha, podem levar ao suicídio ao afetar a capacidade de julgamento e comportamento da
pessoa. Além disso, essas substâncias tendem a ser consumidas com o objetivo de "esquecer"
os problemas, e sentimentos como angústia ou frustração.

O que fazer: é importante evitar o consumo excessivo de álcool e o uso de drogas ilícitas. Além
disso, em caso de suspeita de dependência é recomendado buscar a ajuda de um psiquiatra ou um
Centro de Atenção Psicossocial - CAPS, podendo ser indicado o uso de medicamentos e psicoterapia

 Bullying - O bullying acontece quando uma pessoa é assediada ou intimidada


intencionalmente e repetidamente por meio de palavras, mensagens e atitudes, e pode causar
sofrimento emocional intenso, levando ao suicídio em alguns casos.

O que fazer: por ser uma situação comum em escolas, é importante comunicar a instituição de
educação sobre o bullying para que sejam adotadas estratégias que evitem essa prática.

 Traumas emocionais - Traumas emocionais devido a situações de estresse intenso, como em


caso de violência física ou acidentes, podem levar ao suicídio nos casos mais graves. Neste
caso, a pessoa pode sentir-se culpada, estressada e ansiosa ao lembrar dos eventos que
causaram o trauma, podendo não conseguir lidar com a dor que sente.

O que fazer: a avaliação de um psiquiatra é importante em caso de suspeita de traumas emocionais,


podendo ser indicado o acompanhamento com um psicólogo e o uso de medicamentos
antidepressivos.
Além disso, participar em grupos de apoio, ouvindo as histórias de outras pessoas que já passaram
pela mesma situação, também pode ajudar no tratamento dos traumas emocionais.

 Diagnóstico de doenças - O diagnóstico de doenças graves, como câncer e HIV, pode causar
sintomas como tristeza e angústia e, quando existe dificuldade para lidar com esta realidade,
o sofrimento pode ser intenso e levar ao suicídio em algumas pessoas.

O que fazer: é importante o apoio de familiares e amigos em caso do diagnóstico de doenças graves.
Além disso, caso sintomas como tristeza ou angústia sejam persistentes, é importante consultar um
psiquiatra para uma avaliação. Nestes casos, pode ser indicado o acompanhamento com um
psicológico e o uso de medicamentos antidepressivos.

 Síndrome de burnout - A síndrome de burnout é o excesso de estresse causado pelo


trabalho, que pode provocar sintomas como sensação de fracasso e desgaste emocional,
podendo levar ao suicídio nos casos mais graves. Normalmente, o burnout ocorre devido ao
excesso de horas de trabalho e dificuldade de conciliar a vida profissional com a vida pessoal,
por exemplo.
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O que fazer: é importante evitar o excesso de horas extras e buscar alternativas para diminuir as
dificuldades e evitar o estresse no trabalho, como reorganizar as atividades do dia e praticar
atividade física e outras atividades que proporcionem o bem-estar.
Em caso de suspeita de síndrome de burnout, é importante procurar um psiquiatra para confirmar o
diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. O acompanhamento com um psicólogo geralmente é
indicado para discutir os problemas e aprender formas de lidar com as dificuldades.

 Esquizofrenia - A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que causa sintomas como


alucinações, delírios e confusão mental e que, quando não tratado adequadamente, pode
levar a pessoa ao suicídio nos casos mais graves.

O que fazer: em caso de suspeita de esquizofrenia é importante buscar a ajuda de familiares, amigos
ou profissionais da saúde até que seja possível consultar um psiquiatra para confirmar o diagnóstico.
Quando indicado, o tratamento pode envolver medicamentos antipsicóticos e o acompanhamento
por um psicólogo.

D) IDENTIFICANDO SINAIS

Você pode ser muito importante na vida de alguém que está passando por essa situação, saber
identificar sinais é crucial na prevenção de um suicídio. Separamos 7 tipos de comportamentos que
podem te ajudar a reconhecer se uma pessoa está com pensamentos suicidas, confira:

1. Pensamentos: Pensamentos remoídos obsessivamente, sem esperança e concentração são um


dos primeiros indícios, assim como enxergar a vida como algo sem sentido ou propósito;
2. Humor: Alterações extremas no humor podem sinalizar emoções suicidas. Excesso de raiva,
sentimento de vingança, ansiedade, irritabilidade e sentimentos intensos de culpa ou
vergonha são sinais aos quais você deve ficar atento;

3. Avisos: Frases como “a vida não vale a pena”, “estou tão sozinho que queria morrer” ou
“você vai sentir a minha falta” estão diretamente ligadas a pensamentos sobre a morte. Se a
pessoa se sente um fardo, busque ajuda;

4. Melhora súbita: Geralmente a ideia de suicídio está ligada a um sentimento de que a pessoa
está no fundo poço. A felicidade súbita pode ser um sinal de que a pessoa já aceitou a decisão
de encerrar a própria vida. Caso você perceba uma melhora repentina, busque ajuda
imediatamente;

5. Desapego: Caso você perceba que a pessoa está começando a “fechar pontas soltas”, doar
seus pertences e até visitar vários entes queridos, faça uma intervenção o mais rápido
possível;

6. Irresponsabilidade: Comportamentos irresponsáveis e perigosos, sem medir as


consequências, como o uso excessivo de álcool e drogas, direção imprudente e sexo sem
proteção são indícios de que a pessoa já não dá a importância devida a própria vida;

7. Mudança na rotina: Todo mundo tem um lugar que gosta de frequentar em especial, então
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repare em mudanças extremas na rotina. Caso a pessoa pare de ir a locais que sempre gostou
de visitar, tome uma medida o mais rápido possível. Abandonar atividades que lhe davam
prazer é um grande sinal de alerta.

II- O QUE A BIBLIA FALA SOBRE O SUICÍDIO ?

A Bíblia menciona seis pessoas específicas que cometeram suicídio: Abimeleque (Juízes 9:54), Saul (1
Samuel 31:4), o escudeiro de Saul (1 Samuel 31:4-6), Aitofel (2 Samuel 17:23), Zinri (1 Reis 16:18) e
Judas (Mateus 27:5). Cinco deles eram homens pecadores e perversos (não se sabe o suficiente sobre
o escudeiro de Saul para fazer um julgamento a respeito de seu caráter). Alguns consideram Sansão
um exemplo de suicídio (Juízes 16:26-31), mas o seu objetivo era matar os filisteus e não a si mesmo.
A Bíblia enxerga o suicídio da mesma forma que assassinato, pois isso é exatamente o que é - auto-
assassinato. Cabe a Deus decidir quando e como uma pessoa deva morrer.

De acordo com a Bíblia, o suicídio não é o que determina se uma pessoa ganha ou não acesso ao céu.
Se um descrente cometer suicídio, ele não fez nada mais do que “acelerar” a sua jornada para o lago
de fogo. Entretanto, no fim das contas, a pessoa que cometeu suicídio estará no inferno por nao crer
na salvação através de Cristo, não por ter cometido suicídio, (João 3:35; 1João 5:12; Lc 10:16; Rm 6:23).

A) O que a Bíblia diz sobre um cristão que comete suicídio?

A Bíblia ensina que podemos ter a garantia da vida eterna a partir do


momento em que verdadeiramente crermos em Cristo (João 3:16); .
Segundo a Bíblia, os cristãos podem saber que possuem a vida eterna sem
qualquer dúvida (1 João 5:12-13; João 5:24; HB 7:23 ; EF 4:30 ). Nada pode
separar um cristão do amor de Deus (Romanos 8:38-39). Se nenhuma
"criatura" pode separar um cristão do amor de Deus, e até mesmo um
cristão que comete suicídio é uma "coisa criada", então nem mesmo o
suicídio pode separar um cristão do amor de Deus. Jesus morreu por
todos os nossos pecados e se um cristão verdadeiro, em um momento de
crise e fraqueza espiritual, cometer suicídio, esse pecado ainda seria
coberto pelo sangue de Cristo.

O suicídio ainda é um grave pecado contra Deus. Segundo a Bíblia, o suicídio é assassinato; é sempre
errado. Deve-se ter sérias dúvidas sobre a autenticidade da fé de qualquer pessoa que afirmava ser
um cristão, mas mesmo assim cometeu suicídio. Não há nenhuma circunstância que possa justificar
que alguém, especialmente um cristão, tire a sua vida própria. Os cristãos são chamados a viver suas
vidas para Deus e a decisão de quando morrer pertence a Deus e somente a Ele. Embora não esteja
descrevendo o suicídio, 1 Coríntios 3:15 é provavelmente uma boa descrição do que acontece com
um Cristão que comete suicídio. "Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá prejuízo;
contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo."
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O QUE APRENDEMOS HOJE

Hoje pudemos aprender:

1- O suicidio é uma doença grave que precisa de cuidados medicos


2- O suicidio é apenas o resultado final de algum problema que vem sendo enfrentado
3- Precisamos estar atentos aos sinais e procurar ajuda
4- A biblia nos assegura da nossa salvaçao atravez do sacrificio de cristo
5- O salvo em cristo precisa ter confiança e esperança no seu senhor, mas mesmo que
problemas como este venha o correr, a sua vida esta selada pelo Espirito Santo

BIBLIOGRAFIA

 https://www.tcrclinica.com.br
 https://hospitalsantamonica.com.br
 https://www.uol.com.br
 https://www.gotquestions.org

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