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SETEMBRO AMARELO, PORQUE DEVEMOS NOS IMPORTAR?

Setembro Amarelo é uma campanha pela VALORIZAÇÃO DA VIDA, para que se tragam
momentos de conversas sobre nossa saúde mental, emoções, empatia, entre outros ,
visando ampliar nosso conhecimento para que possamos juntos ter uma maior qualidade
de vida!

o suicídio é a 17ª causa de morte no mundo e, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30


pessoas se matam a cada dia no Brasil.

” Pessoas que chegam a pensar em cometer suicídio geralmente estão passando por um
sofrimento psicológico muito intenso, onde já não conseguem pensar em soluções e, na
em alguns casos deixam sinais, nem que sejam discretos de: ambivalência entre querer
viver e querer morrer e desesperança.
Podem pensar na morte como solução para cessar a dor”,

FRASES OU COMPORTAMENTOS DE ALERTA

Tristeza excessiva
Alterações muito repentinas de comportamento
Mudanças extremas na rotina
Falta de interesse pelo próprio bem-estar
Comportamentos de “fechamento” , IZOLAMENTO
Comportamentos irresponsáveis e perigosos
AMEAÇAS VERBAIS DE SUICIDIO OU FRASES DO TIPO:

"Vou desaparecer".
"Vou deixar vocês em paz".
"Eu queria poder dormir e nunca mais acordar".
"É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.“
"Eu prefiro estar morto".
"Eu não posso fazer nada".
"Eu não aguento mais".
"Eu sou um perdedor e um peso pros outros"
"Os outros vão ser mais felizes sem mim".
Não é bobagem nem falta de ocupação

Uma palavra faz toda diferença. A empatia, o amor, a atenção e a preocupação com o
próximo pode salvar uma pessoa. Muitas mortes poderiam ser evitadas se déssemos mais
atenção aos sinais oferecidos por aqueles que planejam o fim da vida como modo de
acabar com o sofrimento.

As causas podem ser diversas, como abuso sexual, problemas sociais, depressão e
ansiedade. Para a psicóloga Cláudia os transtornos de ansiedade, de maneira geral, estão
associados ao sofrimento psicológico caracterizado pela necessidade desproporcional de
controle sobre as situações e sobre o futuro.

“Sentimentos de tristeza extrema, solidão, desamparo, desesperança e autodesvalorização


devem ser valorizados. Importante ouvir com cordialidade, tratar o sofrimento do outro
com respeito, ter empatia com as emoções e acolher com sigilo. O suporte social é
fundamental nestes contextos para que as pessoas que têm pensamentos suicidas se
sintam confortáveis e acolhidas ao pedir ajuda”.

bulliyng

Ofender, zoar, gozar, humilhar, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar,
aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar e quebrar pertences
são comportamentos típicos do fenômeno bullying.

Lemos sobre eles em nossos jornais, vemos rostos das vítimas em nossos aparelhos de TV,
testemunhamos sua existência em nossas vidas cotidianas e, sim, vivenciamos esses fatos em
primeira mão. Minimizar a extensão do problema nos permitiu fingir que não é conosco, ficar em
silêncio, e isso faz aumentar nossa crença de que nada podemos fazer a respeito.

m Real Boys Voices, Willian Pollack descreve as técnicas de sobrevivência que os meninos
aprendem cedo para cumprir o “código dos rapazes” e essa máscara os meninos reprimem
completamente sua vida emocional interior, e, em lugar dela, fazem o tipo valentão, tranquilo,
desafiador, imperturbável, extravasando sua dor na forma de risadas. Eles podem se desenvolver
fortes e silenciosos ou agredir com punhos e palavras beligerantes (Pollack e Shuster, 2000, p. 33)

Esperamos que “encontrem” uma resposta, quando a resposta está na consciência de que não se
trata de “encontrarem” , e, sim, de “encontrarmos”.
Um tabu que pode ser quebrado

Várias questões podem evitar que o suicídio e os transtornos mentais sejam identificados e
prevenidos com antecedência. De acordo com a professora Fabiane, o estigma e o tabu
relacionados ao assunto encontram-se entre estes fatores.

“Em termos históricos durante muito tempo, por razões religiosas, morais e culturais, o
suicídio foi considerado um grande ‘pecado’, sendo um tema velado, ocultado e não
discutido. Por esta razão, ainda é natural observarmos medo e vergonha de se falar
abertamente sobre esse importante problema de saúde pública devido ao receio da crítica
e do julgamento. São observadas, inclusive, dificuldades (por desconhecimento ou
preconceito) até mesmo por parte de profissionais de saúde que realizam atendimentos de
urgência a pessoas que tentam suicídio. Há uma pseudo ideia de que a tentativa de
autoextermínio seja uma maneira de se chamar a atenção e não o que consiste a tentativa
em si, que é um ato extremo de sofrimento. É necessário que as pessoas sejam empáticas
no sentido de buscar compreender o que leva o indivíduo ao ato. Lutar contra esse tabu é
fundamental para que a prevenção seja bem sucedida”, conclui Fabiane.

Lute pela vida

Nem sempre conseguimos notar os sinais daqueles que estão passando por algum
transtorno, mas sempre podemos ajudar. Algumas atitudes podem melhorar a qualidade
de vida e saúde mental, explica a professora Fabiane, como atividade física regular,
alimentação saudável, práticas como mindfulness (atenção plena: autorregulação da
atenção para a experiência presente).

Além disso, “fazer companhia, tentar promover pequenos momentos em que a pessoa se
sinta querida, indispensável e valorizada; se sentir parte integrante e especial de um todo
sendo família, amigos, equipe de trabalho, faz muita diferença para a retomada de
satisfação com a vida e de motivos para viver”, completa Cláudia que acredita no
acolhimento como um modo de promoção simplificada das cores e sentido da vida para
aqueles que sofrem com os distúrbios mentais.

Buscando ajuda

Todos devem ficar atentos aos sinais e sintomas apresentados pelo outro. Deve-se dar
atenção ao sofrimento e, além disso, sugerir o acompanhamento psicológico e
psiquiátrico.

Existe uma central gratuita e disponível para todo o Brasil que presta serviço voluntário de
apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam
conversar, sob total sigilo e anonimato, o CVV (Centro de Valorização da Vida) que
funciona através do número 188, atendendo voluntária e gratuitamente por telefone,
email, chat e Skype 24 horas todos os dias.

Para Cláudia Vardiero é essencial que a pessoa em sofrimento entenda que precisa de
ajuda e que tenha com quem contar. “Um primeiro passo positivo é escolher alguém de
confiança para falar sobre o que tem pensado, para buscar conforto e acolhimento; assim
como buscar por ajuda de profissionais. Tentar aos poucos se reconectar com coisas e
atividades que já trouxeram prazer e maior significado para a vida também pode ajudar
muito na recuperação”.

O Centro de Psicologia Aplicada da UFJF (CPA-UFJF)

fica na Rua Santos Dumont, 214, no Centro.

Devemos também prestar atenção a certos mitos sobre suicídio, por exemplo.

 Não se deve falar de suicídio.

 Suicidas não procuram ajuda.

 Quem ameaça não faz.

 Sobreviventes de suicídio estão a salvo.

 Não há como impedir.

 Quem se suicida é fraco.

 Quem planeja se matar quer se matar.

 Melhora de humor significa desistência de suicídio.

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