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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR MULTIVIX

CAMPUS – CACHOEIRO DE ITAEMIRIM ES

ESTÁGIO BÁSICO III – PSICODIAGNÓSTICO I

ALUNA: ESCARLETE ZANONO VIEIRA


PROFESSORA: CARLA BITTENCOURT

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES
2023
RESUMO

O objetivo geral deste trabalho é revisar as principais queixas apresentadas


pela paciente, acerca das características clínicas de depressão que se
encontram vinculadas ao desfecho da ideação suicida; as dificuldades
apresentadas encaminham ao um quadro depressivo, como falta de suporte
social, que dificulta o relacionamento, e facilita para exclusão, a discussão e
análise deste fenômeno considerado de extrema importância e delicado vem
de fato corresponder analises realizadas em consultas o Núcleo de Plásticas
Psicológicas, sobe supervisões orientadas pela Psicóloga Carla Bettencourt.
INTRODUÇÃO

O suicídio é um tema amplo e complexo, muito discutido na


contemporaneidade, principalmente por profissionais da saúde mental. Dentre
eles, o Psicólogo tem o compromisso ético e social de desenvolver seu saber
fazer em prol dos sujeitos com ideações suicidas, independente de qual área
esteja inserido.
E nesse trabalho a área da Psicologia que será tratada é a Psicodiagnóstico,
demonstrando uma análise sobre os aspectos observados em atendimento que
levam a paciente a pensar em suicídio e/ou realiza-lo. Subentende – se que é
preciso estudo do caso para mudança do quadro diagnosticado.
DESENVOLVIMENTO

Segundo os dados apontados durante as consultas, a queixa inicial se tratava


de dificuldades no aprendizado, acarretada por diversos fatores que levam a
essa dificuldade, a forma de vida abordada pela paciente na sessão é de sobre
carga e exclusão social, o que leva a depressão e ideação suicida;
continuamente na consulta é revelado o desejo do ato de suicida pelo cansaço
de levar a vida e para estar próxima ao seu Pai que cometeu suicídio á mais ou
menos 1 ano. O que vem impedindo a paciente de cometer o ato é sua religião,
o fato de pensar que tirado sua própria vida iria para o inferno.

´” A tendência suicida que resulta da


melancolia é uma doença e não um
pecado satânico”.

Robert Burton

Em geral o sofrimento emocional em nosso meio é carregado de estigma. As


pessoas tem vergonha de admitir suas angústias e aflições; admitir e expressar
que passam pelos seus pensamentos uma forte ideia de morte, seria um alivio
para o sofrimento, uma forma de saída para os conflitos internos, (costumam
ser escondidos ou camuflada), dificultando ainda mais o acesso até ela para
receber ajuda ou suporte.

“A sociedade, apesar dos avanços da medicina em diagnósticos com mais


precisão os transtornos mentais e serem várias as possibilidades de
intervenções psicoterápicas e farmacológicas, manifesta seu preconceito.
Segundo pesquisas, apenas 30% dos depressivos procuram ajuda”,
(Fontenelle, 2008).

A depressão é apontada nos dias de hoje como a quarta doença mais presente
no mundo. Estima – se que a doença afete 121 milhões de pessoas, e menos
de 25% dos depressivos tem acesso ao tratamento.

Não se pode determinar uma causa especifica para o suicídio, e de acordo com
Cassorla e Smeke (1994), é m evento que ocorre por uma junção de fatores
adquiridos durante a vida da paciente, inclui aspectos de todas as áreas e por
esse motivo torna – se algo tão complexo de se trabalhar.
Existe também fatores que são precipitantes, são os estressores atuais que
acabam por desencadear o suicídio somado ou não aos fatores
predisponentes, podem ser uma desilusão amorosa, separação, (que seja ela
conjugal ou dos pais), perda de emprego, embriagues, perdas ou algum vínculo
emocional intenso e entre outros acontecimentos importante e relevantes.

O que faz relatar que durante as consultas a paciente iniciou com uma queixa
da qual vem se afetando mais pela exclusão social a partir da sua perda
paterna, desse desfecho iniciou a depressão, uso de medicamentos e fatores
que tem mudado sua vida a ponto de idealizar o suicídio, para não se sentir
mais sozinha e se ajuntar ao eu Pai.

O suicídio é uma das mortes mais difíceis


de elaborar, pela forte culpa de esperta.
Ativa a sensação de abandono e
importância em quem fica. O enlutado, além
de lidar com a sua própria culpa é
frequentemente alvo de suspeita da
sociedade como sendo o responsável pela
morte do outro, (KOVÁCS, 1992, P.160).

A prevenção do suicídio é de suma importância no enfrentamento desse fator,


para não haver o desencadeamento da problemática abordada na consulta.
Quando falamos de prevenção, o ato de informar salva vidas e quando se trata
de suicídio não é diferente, o fato de saber identificar os sinais, encaminhar,
conversar, estar atento, são aspectos importantes na postura de qualquer
indivíduo, principalmente direcionado ao paciente. Suicídio é um tema que
devemos lembrar não apenas no setembro Amarelo, grandes são os números
de casos no Brasil. Por tanto o diagnostico e o encaminhamento ao Psiquiatra
não desistir da paciente é de suma importância abrir o leque que a paciente
precisa de cuidados mais específicos e direcionados as queixas que surgiram
no meio desse caminho de tratamento, que pela sua queixa principal veio átona
os fatores predominantes que levaram a queixa.

O sobrevivente precisa lidar com uma


diversidade de fatores relevantes relacionados
ao impacto do ato suicida na família: sentimentos
ambivalentes de alivio e culpa, arrependimento,
choque autoacusação, raiva, busca de boas
lembranças, vergonha, estigmatização e
isolamento, rejeição e falta e busca de sentido –
destacadas ainda as dificuldades para se
compreender o porquê, (FUKUMITSU, 2013).
Nesse momento é preciso ter empatia durante as consultas, pois a relação
terapêutica visa o cuidado, o acolhimento, a construção de enfrentamento e
não a cura, a psicoterapia o paciente vem para ressignificar seu sofrimento e
descobrir meios de lidar com seus conflitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O suicídio é um fenômeno complexo e multidimensional, com a presença de


elementos biológicos, psicológicos conscientes e inconscientes, interpessoais,
sociológicos, culturais e existenciais. Uma serie de fatores estão associados
como risco de suicídio, incluindo a doença mental.
Circunstâncias extremas, tais como eventos traumáticos de perda, separação,
luto, exclusão social, podem desencadear o suicídio, porém não parece ser
uma causa independente, significam uma crise individual de difícil elaboração e
compreensão do seu próprio EU.

Quanto maior o conhecimento acerta do tema depressão e dos riscos de


suicídio, maiores as chances de prevenção.

Este trabalho propôs-se a trazer informações relevantes dos atendimentos


sobre esta complexibilidade que o assunto trás e merece ser abordado e
cuidado.
REFERÊNCIAS

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
08582011000100013

https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf

https://eventos.ajes.edu.br/iniciacao-cientifica-guaranta/uploads/arquivos/
628bf3070d82a_Artigo-Erika-Tatiane-Michele-certo.pdf

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
08582011000100013

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