Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TODA VIDA
IMPORTA
Setembro Amarelo
Mês da Prevenção ao Suicídio
Equipe Multidisciplinar:
UBS Encosta Norte - Luiz José Santos
Thomas Pinheiro de Araújo
CRP: 06/155227
Pos-graduação em Saúde Pública.
Perguntas que tentaremos
responder…
Quais os fatores de risco do suicídio?
Como identificar o paciente suicida?
Como abordar o paciente?
Como avaliar o risco?
O que compete a atenção primária?
Posvenção do suicídio?
Como fazer avaliação e manejo do
paciente? Questão de Saúde Mental?
O impacto do suicidio: por que prevenir?
O que é o suicídio?
Quais as barreiras para detecção e
prevenção ao suicídio?
Objetivo:
Fornecer informações sobre o
tema, de forma a ajudá-los a
identificar pessoas em risco e
prevenir o ato suicida.
O que é o
suicídio para
você?
Definição de
Suicídio...
Ato deliberado executado pelo
próprio indivíduo, cuja intenção seja a
morte, de forma consciente e
intencional, mesmo que ambivalente,
usando um meio que ele acredita ser
letal.
Comportamentos suicidas:
pensamentos, planos e a tentativa de
suicidio.
Quais as barreiras à
detecção e à prevenção
do suicídio?
1) Estigma e Tabu;
2) Razões religiosas, morais e
culturais;
3) Comportamento multifatorial;
4) Interação de fatores biológicos,
psicológicos, genéticos, culturais e
socioambientais.
Aliás..
O suicídio é uma
decisão individual, já
que cada um tem pleno
direito a exercitar o seu
livre arbítrio.
Os suicídas estão passando quase
que invariavelmente por uma
doença mental que altera, de forma
radical, a sua percepção da
realidade e interfere em seu livre
arbítrio. O tratamento eficaz da
doença mental é o pilar mais
importante da prevenção do
suicídio. Após o tratamento da
doença mental o desejo de se matar
desaparece.
O impacto do suicídio:
Por que prevenir?
Segundo a OMS (2019) mais de 700 mil
pessoas morreram por suicídio: uma em cada
100 mortes.
Risco:
Prevalência do Suicídio
em relação ao gênero
(2002).
Os óbitos por suicídio são 3x maiores em homens do que em
mulheres, porém as tentativas de suicidio são 3x mais
frequentes em mulheres. Nos homens, a solidão e o
isolamento social são os principais fatores associados. As
mulheres possuem uma rede de proteção mais forte e se
engajam mais em atividades comunitárias, fornecendo valor
e sentido à vida.
FATORES PROTETORES
Avaliação e
manejo do
paciente..
1) Identificação dos indivíduos de risco por meio de
avaliação clínica periódica.
Impulsividade
Questões adicionais
O processo não termina
com a confirmação das
ideias suicidas. Ele
continua com questões
adicionais para avaliar a
frequência e a severidade
da ideação, bem como a
possibilidade real de
suicídio. É importante
saber se o paciente possui
algum plano suicida e os
meios para praticá-lo. Para
o raciocínio clínico, ainda é
importante que os
seguintes itens sejam
esclarecidos:
Como abordar o
paciente?
Questões adicionais
• Há meios acessíveis para cometer suicídio? (Armas,
andar onde mora, remédios ou inseticidas).
• Qual a letalidade do plano e a concepção da
letalidade pelo paciente? Qual a probabilidade de
resgate/como foi o resgate?
• Alguma preparação foi feita? (Carta, testamento ou
acúmulo de comprimidos).
• Quão próximo o paciente esteve de completar o
suicídio?
O paciente praticou anteriormente o ato suicida ou já
tentou?
• O paciente tem habilidade de controlar seus
impulsos?
• Há fatores estressantes recentes que tenham
piorado as habilidades de lidar com as dificuldades ou
de participar no plano de tratamento?
• Há fatores protetores? Quais os motivos para o
paciente se manter vivo? Qual a visão do paciente
sobre o futuro?
Como avaliar o
risco?
Caracterizar:
• A pessoa teve alguns pensamentos suicidas,
mas não fez nenhum plano.
Manejar:
• Escuta acolhedora para compreensão e
amenização de sofrimento;
• Facilitar a vinculação do sujeito ao suporte e
ajuda possível ao seu redor – social e
institucional;
• Tratamento de possível transtorno
psiquiátrico.
Encaminhar:
• Caso não haja melhora, encaminhe para
profissional especializado;
• Esclareça ao paciente os motivos do
encaminhamento.
Encaminhamento:
• Certifique-se do atendimento e agilize ao
máximo, tendo em vista a excepcionalidade
do caso;
• Tente obter uma contrarreferência do
atendimento.
Como avaliar o risco?
Risco Médio:
Caracterizar:
• A pessoa tem pensamentos e planos, mas não
pretende cometer suicídio imediatamente.
Manejar:
• Total cuidado com possíveis meios de cometer
suicídio que possam estar no próprio espaço de
atendimento;
• Escuta terapêutica que o possibilite falar e clarificar
para si sua situação de crise e sofrimento;
• Realização de contrato terapêutico de não suicídio;
• Investimento nos possíveis fatores protetivos do
suicídio;
• Faça da família e amigos do paciente os
verdadeiros parceiros no acompanhamento do
mesmo.
Encaminhar:
Encaminhar para o serviço de psiquiatria para
avaliação e conduta ou agendar uma consulta o
mais breve possível;
• Peça autorização para entrar em contato com a
família, os amigos e/ou colegas e explique a situação
sem alarmar ou colocar panos quentes, informando
o necessário e preservando o sigilo de outras
informações sobre particularidades do indivíduo;
• Oriente sobre medidas de prevenção, como:
esconder armas; facas; cordas; deixar
medicamentos em local que a pessoa não tenha
acesso etc.
Como avaliar o risco?
Risco Alto:
Caracterizar:
• A pessoa tem um plano definido, tem os
meios para fazê-lo e planeja fazê-lo
prontamente;
• Tentou suicídio recentemente e apresenta
rigidez quanto à uma nova tentativa;
• Tentou várias vezes em um curto espaço de
tempo.
Manejar:
• Estar junto da pessoa. Nunca deixá-la
sozinha;
• Total cuidado com possíveis meios de
cometer suicídio que possam estar no próprio
espaço de atendimento;
• Realização de contrato de “não suicídio”;
• Informar a família da forma já sugerida.
Encaminhar:
• Encaminhar para o serviço de psiquiatria
para avaliação, conduta e, se necessário,
internação. Caso não seja possível, considere
o caso como emergência e entre em contato
com um profissional da saúde mental ou do
serviço de emergência mais próximo.
Providencie uma ambulância e encaminhe a
pessoa ao pronto-socorro psiquiátrico, de
preferência.
Pósvenção do Suicídio
Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP)
Conselho Federal de
Medicina (CFM, 2014).
FIM