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PROPRIEDADES
ID: 94
Categoria: Manual
Classificação: Assistencial
Versão: 1
ETAPAS DO PROCESSO
ELABORADOR LILIANE ROSA OLIVEIRA ASSESSOR TÉCNICO EM SERVIÇO SOCIAL 28/09/2023 12:27:17
COORDENADORA DE EDUCAÇÃO
VERIFICADOR ADRIANA GERMANO MAREGA 28/08/2023 00:00:00
PERMANENTE
2023
Missão| Oferecer assistência, ensino e pesquisa em Saúde com excelência, à luz dos valores
éticos, humanitários e cristãos.
Visão| Uma instituição que se torne modelo de gestão em saúde por meio da integração dos
processos de informação, humanização e competência técnico-administrativa.
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO................................................................................................................... 5
2 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 6
3 ABORDAGEM À PESSOA COM RISCO DE SUICÍDIO ................................................................ 8
4 AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO .................................................................................... 10
5 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO SUICÍDIO .............................................................................. 13
6 ABORDAGENS TERAPÊUTICAS NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE .......................................... 15
a) Contrato de Não Suicídio ................................................................................................. 15
b) Telefonemas periódicos ................................................................................................... 16
c) Terapia de Resolução de Problemas ................................................................................. 16
d) Intervenção Breve Interpessoal ....................................................................................... 16
6.1 Orientações sobre o acompanhamento farmacológico da pessoa com risco de suicídio .... 16
7 CUIDADOS DO LUTO POR SUICÍDIO .................................................................................... 21
8 FLUXOGRAMAS ................................................................................................................. 22
8.1 Risco de suicídio identificado – UBS ................................................................................. 22
8.2 Tentativa de suicídio – UBS .............................................................................................. 23
8.4 Risco de suicídio identificado – CER/PAI/URSI/EMAD/ESPECIALIDADES ........................... 24
8.5 Tentativa de suicídio – CER/PAI/URSI/EMAD/ESPECIALIDADES ........................................ 25
8.6 Risco de suicídio identificado – CAPS ............................................................................... 26
8.7 Tentativa de suicídio – CAPS ............................................................................................ 27
8.8 Risco de suicídio identificado/tentativa de suicídio – UPA/PA/AMA ................................. 28
8.8.1 Tabela de Avaliação de Risco de Suicídio para Adultos ......................................................... 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 30
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ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
MANUAL DE PREVENÇÃO AO RISCO DE SUICÍDIO:
AVALIAÇÃO, APOIO E CUIDADO
1 APRESENTAÇÃO
Este Manual foi organizado para nortear a abordagem da equipe assistencial, diante da
identificação de pessoas em risco de suicídio, durante os atendimentos ou contatos com os usuários,
avaliando os fatores de risco e proteção, assim como sua gravidade.
Outro objetivo importante é direcionar as condutas diagnósticas e terapêuticas, com base
em evidências científicas e recomendações de órgãos oficiais, além da articulação e intervenções
em rede durante o processo terapêutico, baseado na integralidade, nas diferentes modalidades de
assistência.
Outro ponto fundamental é, diante de situações de tentativa de suicídio e suicídios
consumados, orienta-se a realização das notificações compulsórias e imediatas, de acordo com a
normativa vigente Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) “Violência
Interpessoal/ Autoprovocada”.
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MANUAL DE PREVENÇÃO AO RISCO DE SUICÍDIO:
AVALIAÇÃO, APOIO E CUIDADO
2 INTRODUÇÃO
Por definição, suicídio é um ato intencional e consumado objetivando findar com a vida. Isso
inclui todas as mortes direta ou indiretamente resultadas de comportamentos executados pelo
próprio indivíduo. Dessa forma, o suicídio é visto como um fenômeno multicausal onde fatores
genéticos, biológicos, sociológicos, psicológicos, culturais e ambientais estão envolvidos (ARAYA &
GONZÀLEZ, citado por BARBOSA e TEIXEIRA, 2021).
O suicídio é um grave problema de saúde pública, com impacto em toda sociedade. No
mundo, estima-se que mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS); sendo essa a quarta maior causa de mortes de jovens de 15
a 29 anos de idade (BRASÍLIA, 2021).
Antes de falarmos a respeito do suicídio em si, vale a pena tratarmos de conceitos associados
a este fenômeno, tais como: pensamento de morte; ideação suicida; plano suicida e tentativa de
suicídio.
É comum as pessoas apresentarem pensamentos com conteúdo negativo ao longo da vida,
não significando que esses pensamentos possam as levar a cometer suicídio. Popularmente,
expressões como:
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ser vivida, sendo considerada um indicador importante para o risco de suicídio (REYNOLDS citado
por AZEVEDO e MATOS, 2014).
Já em relação ao Plano Suicida, pode-se considerar que este faz parte de um processo que
se inicia com a ideação suicida, podendo ou não evoluir, de acordo com sua intensidade para o plano
(SETTI, 2017).
Por Tentativa de Suicídio, considera-se o ato de tentar cessar a própria vida, sem consumar
o ato (BRASIL, citado por FREITAS e BORGES, 2014).
Durante uma avaliação do risco de suicídio em um indivíduo, os fatores de risco e de
proteção devem ser considerados pelas equipes de saúde, de acordo com as características do seu
território/população.
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Cada um tem sua forma de conversar e cada caso é diferente do outro, no entanto seguem
algumas orientações:
Encontrar o lugar adequado, propício para o desenvolvimento de uma conversa
Passo 1
tranquila e que possa manter a privacidade dos envolvidos.
Passo 2 Estar disponível garantindo o tempo necessário.
Escutar afetivamente, pois o contato e a escuta são passos importantes para a
Passo 3
redução do nível de desesperança da pessoa com ideação suicida .
Tabela 2 - Quadro adaptado de Brasil (2006) e OMS (2000).
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Estado Civil
(incidência em pessoas Datas importantes Doença pulmonar Abuso de substâncias
divorciadas, solteiras, viúvas é (reações de aniversário que
maior que entre as pessoas remetam a uma perda)
obstrutiva crônica psicoativas
casadas)
Traços de personalidade:
impulsividade, Transtornos de
Aposentadoria
agressividade, labilidade de personalidade
humor
História familiar de doença
Desemprego afetiva, de alcoolismo e Transtorno afetivo bipolar
suicídio
Stress prolongado e
eventos de vida
Acesso a meios letais, como estressantes
armas de fogo e drogas (assédio, bullying, problemas de
relacionamento, crise financeira,
fases de transição ou perdas)
Classificação territorial
(incidência em áreas urbanas é Isolamento social
maior que em áreas rurais)
Ter vivenciado suicídio de
outra pessoa
Tabela 3 - CFM, 2014; Botega, 2015; Rio de Janeiro, 2016.
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FATORES DE PROTEÇÃO: SÃO MENOS ESTUDADOS PORQUE GERALMENTE SÃO DE DIFICIL MENSURAÇÃO E NÃO
DEVEM SER USADOS
PARA OBSCURECER AQUELES FATORES QUE IDENTIFICAM O RISCO DE SUICÍDIO.
Adesão a valores e normas socialmente compartilhados Capacidade para fazer uma boa avaliação da realidade
Rede social que oferece apoio prático e emocional Integração e bons relacionamentos em grupos sociais
(colegas, amigos, vizinhos)
Regularidade do sono
Tabela 4 - CFM, 2014; Botega, 2015; Rio de Janeiro, 2016.
Durante a avaliação, os fatores de risco e proteção devem ser avaliados criteriosamente para
cada indivíduo, considerando seu contexto, já que cada fator pode aumentar ou reduzir o risco para
o suicídio, podendo alterar a classificação (BRASÍLIA, 2021).
Os fatores de proteção, tanto identificados pela própria pessoa em risco de suicídio, quanto
pelo profissional, devem ser considerados relevantes, já que comumente são ignorados durante a
avaliação de risco (BRASÍLIA, 2021).
Alguns fatores podem demandar urgência de intervenção, por apresentar indícios de maior
risco, de uma pessoa cometer um ato suicida, tais como (BRASÍLIA, 2021):
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Sendo assim, não existe uma intervenção única que seja adequada para todos os casos; as
soluções devem ser construídas em conjunto com cada paciente.
Durante a avaliação, alguns itens já indicam pontos de intervenção, por exemplo, se o
suporte social é frágil ou ausente, a intervenção deve se direcionar a ampliar este suporte. Na
presença de alta impulsividade, sugere-se estratégias para aumento do controle de impulsos
(BRASÍLIA, 2021).
A seguir, apresentamos o quadro de Classificação, com suas características, dinâmica e
possíveis intervenções a fim de nortear as equipes na avaliação do Risco de Suicídio.
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CLASSIFICAÇÃO E
DINÂMICA POSSÍVEIS INTERVENÇÕES
CARACTERÍSTICAS
1. Ofereça apoio emocional, proporcionando à pessoa falar
sobre as circunstâncias pessoais e sociais emergentes que o
colocam em risco.
2. Atente-se em relação aos sentimentos suicidas, pois quanto
Baixo Risco mais abertamente a pessoa fala sobre perda, isolamento e
Verbalização de conteúdos Pensamentos como: “Eu desvalorização, menos confusa suas emoções se tornam.
negativos, que possam remeter não consigo continuar”, 3. A pessoa tende a se tornar reflexiva quando esta confusão
a pensamentos de morte. “Eu gostaria de estar emocional cede, e este processo de reflexão é crucial, uma vez
Condições psíquicas morto”, são que a decisão de viver é do próprio indivíduo.
estabilizadas, mas que externalizados pela 4. Foque nos aspectos positivos da pessoa, estimulando-a falar
apresentam um potencial para pessoa, mas ela não sobre como problemas anteriores foram resolvidos, sem
complicações caso não haja elabora nenhum plano. recorrer ao suicídio.
acompanhamento longitudinal. Caso a pessoa não demonstre melhora, discuta o caso em
equipe e considere a possibilidade de compartilhar com equipe
multiprofissional da UBS de referência ou serviço de saúde
mental.
5. Mantenha contato, encontrando-a em intervalos regulares.
1. Ofereça apoio emocional, atente-se em relação aos
sentimentos suicidas da pessoa e foque nos aspectos positivos.
2. Considere os sentimentos de ambivalência apresentados pelo
indivíduo em risco de suicídio, fortalecendo gradualmente o
desejo de viver.
3. Trabalhe alternativas ao suicídio.
4. Utilize a força do vínculo existente entre você e o indivíduo
para organizar um contrato, com o objetivo de que ele busque
auxílio, com a equipe de saúde ou de uma outra pessoa definida
como referência, caso o impulso de cometer suicídio aumente.
5. Outra possibilidade é pactuar com a pessoa à não execução do
ato suicida por um período definido, objetivando ganhar tempo
A pessoa, apesar de não até que o tratamento tenha resultado, ex.: uso de antidepressivo
pretender cometer nos casos de depressão, ou até que a pessoa consiga acesso ao
Médio Risco suicídio imediatamente, serviço de saúde mental.
Condições psíquicas que podem apresenta pensamentos 6. Converse antes com o indivíduo, a fim de obter seu
evoluir para um problema sério suicidas e/ou discurso consentimento e para alinhar as informações que serão
se não forem acompanhadas. com ideação suicida compartilhadas.
inconsciente ou pouco 7. Informe que será necessário o contato com a família ou o
estruturada. indivíduo indicado, solicitando aumento do apoio oferecido à
pessoa.
8. Apresente medidas de prevenção que poderão ser realizadas
por familiares ou o indivíduo indicado. Exemplos: esconder
armas, não deixar medicamentos em local que a pessoa tenha
acesso e com alguém responsável por administrá-los.
9. Explique à pessoa que tais medidas são temporárias, até que
minimize o risco.
10. Considere a necessidade de realizar consulta de apoio
matricial e/ou encaminhar a pessoa para o serviço de saúde
mental.
11. Caso identifique que a pessoa não possui apoio familiar e/ou
rede pessoal significativa, considere o caso como de alto risco.
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CLASSIFICAÇÃO E
DINÂMICA POSSÍVEIS INTERVENÇÕES
CARACTERÍSTICAS
Situação presente de
autoagressão e/ou
hetero agressão e/ou 1. Permaneça junto da pessoa. Nunca a deixe sozinha. Esclareça
dispõe de plano definido que você está ali para ajudá-la, protegê-la, já que no momento
e apresenta meios para ela parece estar com muita dificuldade para comandar a própria
Alto Risco fazê-lo logo ou vida.
Condições que potencialmente prontamente, ou está 2. Entre em contato com o serviço hospitalar de referência e
ameaçam à vida e requerem tentado evadir para tal discuta o caso com equipe responsável.
rápida intervenção, ou sinais que finalidade. 3. Solicite ambulância para remoção ao serviço hospitalar de
ameaçam a própria vida e/ou de Identifica-se referência e encaminhe relatório do caso.
terceiros. comportamentos de 4. Informe ao profissional que irá acompanhar o paciente na
Presença de agravos no quadro despedida, falas remoção qual o resultado da sua avaliação, pois é indispensável
clínico orgânico e necessidade ameaçadoras que ele entenda o motivo do encaminhamento.
de suporte hospitalar. direcionadas, em 5. Informe a família/rede de apoio e reafirme a importância do
especial na presença de cuidado.
sinais de perda do 6. Esses casos devem obrigatoriamente ser referenciados à Rede
controle, prejuízos ao de Atenção Psicossocial após a atenuação do risco.
julgamento, orientação e
sensopercepção.
Tabela 5 - Quadro adaptado de São Paulo (2023) e OMS (2000).
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b) Telefonemas periódicos
A realização de contatos telefônicos pelos profissionais de saúde, à pessoa em risco ao
suicídio, é uma estratégia simples e complementar às demais atividades terapêuticas propostas.
c) Terapia de Resolução de Problemas
É uma técnica desenvolvida especificamente no contexto da Atenção Primária, apoiando os
profissionais no acompanhamento de pessoas em situações de risco ao suicídio, com sintomas
depressivos e ansiosos. Recomenda-se em média de quatro a seis encontros, com duração de 30
minutos aproximadamente.
A técnica direciona, quando metas objetivas e realistas, podem ser elaboradas para
solucionar o problema apresentado pelo paciente. Possivelmente esta intervenção terapêutica
tende a ser pouco eficaz em pessoas com transtornos de personalidade e transtornos mentais
graves.
d) Intervenção Breve Interpessoal
É uma técnica de intervenção de curta duração, focada no presente, sendo estruturada em
situação problema especifica ou foco, tendo como objetivo a remissão de sintomas, principalmente
por meio da melhora nas relações familiares e interpessoais. Esta estratégia segue um ciclo de 3
fases (inicial, intermediária e final) e pode ser concluída em média de 8 a 12 sessões, através de
abordagem individual e/ou grupal.
Como a maioria das pessoas com ideação suicida possui uma doença psiquiátrica como base
de sua problemática, esta deve ser tratada para que se obtenha melhora (RIO DE JANEIRO, 2016).
Alguns medicamentos possuem maior potencial de toxicidade, por isso devem ser usados com
maior cautela, entre eles estão: Antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina, Nortriptilina, Imipramina),
Carbonato de Lítio, Antipsicóticos.
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EVENTOS OBSERVAÇÕES/
MEDICAMENTOS CLASSE DOSE/POSOLOGIA
ADVERSOS CONTRAINDICAÇÕES
Dose inicial 25mg.
As doses variam de 75 a Boca seca, Início de ação 3 semanas. Uso com
300mg ao dia, sendo a constipação, cuidado em gestantes, durante a
dose média 150mg. ganho de peso, amamentação e cardiopatas.
Amitriptilina Antidepressivo Deve-se aumentar 25mg hipotensão Contraindicações: Distúrbios de
25mg Tricíclico em intervalos de dois ou ortostática, condução cardíaca, glaucoma de
três dias. visão borrada, ângulo fechado, Transtorno Bipolar
Preferencialmente retenção sem uso de estabilizadores de
administrado uma vez a urinária. humor (Ex.: Lítio)
noite
Administrar dose no final do dia ou
Doses terapêuticas boca seca, pela manhã, podendo ser dividida
da Clomipramina constipação, se houver efeitos adversos. Uso
variam entre 75 ganho de peso, com cuidado em gestantes, durante
Clomipramina Antidepressivo e 250mg ao dia. hipotensão a amamentação e cardiopatas.
25mg Tricíclico Aumentar ortostática, Contraindicações: Distúrbios de
dose a cada semana visão borrada, condução cardíaca, glaucoma de
até retenção ângulo fechado, Transtorno Bipolar
dose máxima de 300mg. urinária sem uso de estabilizadores de
humor (Ex.: Lítio)
Dose inicial 25mg
Administrar dose
Doses Terapêuticas entre boca seca,
preferencialmente antes de dormir.
50 a 150mg ao dia. Em constipação,
Uso com cuidado em gestantes,
idosos e adolescentes são ganho de peso,
durante a amamentação e
Nortriptilina Antidepressivo recomendáveis doses de hipotensão
cardiopatas. Contraindicações:
25mg Tricíclico 30 a 50mg. ortostática,
Distúrbios de condução cardíaca,
Traz menos ganho de peso visão borrada,
glaucoma de ângulo fechado,
e efeitos retenção
Transtorno Bipolar sem uso de
cardiovasculares que os urinária
estabilizadores de humor (Ex.: Lítio)
outros tricíclicos.
Efeito Terapêutico pode demorar
Dose inicial 25mg. até 6 semanas. Administrar dose
As doses variam de 75 a Boca seca, preferencialmente antes de dormir.
300mg ao dia, sendo a constipação, Uso com cuidado em cardiopatas.
dose média 150mg. Deve- ganho de peso, Contraindicações: Gestação,
Imipramina Antidepressivo se aumentar 25mg em hipotensão Distúrbios de condução cardíaca,
25mg Tricíclico intervalos de dois ou três ortostática, glaucoma de ângulo fechado,
dia. visão borrada, Transtorno Bipolar sem uso de
Preferencialmente retenção estabilizadores de humor (Ex.: Lítio)
administrado uma vez a urinária. e Infarto. Precauções: Suspender o
noite. medicamento se houver reação
maníaca ou hipomaníaca
Náuseas, Efeito Terapêutico de 7 a 14 dias.
Inicial: 20mg
cefaleia, Uso com cuidado nas gestantes e
Máxima: 80mg
Inibidores Seletivos diminuição do durante a lactação. Administrar o
Fluoxetina Usar preferencialmente
de Recaptação de apetite, dor medicamento junto ou próximo as
20mg pela manhã ou em 2
Serotonina abdominal, refeições. Monitorar o risco do
tomadas (manhã e meio-
insônia, agravamento da ansiedade e
dia).
ansiedade. delirium.
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MANUAL DE PREVENÇÃO AO RISCO DE SUICÍDIO:
AVALIAÇÃO, APOIO E CUIDADO
EVENTOS OBSERVAÇÕES/
MEDICAMENTOS CLASSE DOSE/POSOLOGIA
ADVERSOS CONTRAINDICAÇÕES
Boca seca,
Usar com cautela ou não
cefaleia,
Inicial: 25 a 50mg usar em pacientes com
náuseas,
Sertralina Inibidores Seletivos de Recaptação Média: 100mg/dia doença renal ou hepática.
sonolência,
50mg de Serotonina Máxima: 200mg Dose Uso com cuidado na
tontura,
única manhã ou noite gestação e durante a
retardo na
amamentação.
ejaculação
Antes de iniciar o
Inicial: 300mg, tratamento é necessário
podendo ser exames laboratoriais
Acne, aumento
aumentado para (Hemograma, TSH, T4L,
do apetite,
600mg no 2º dia e a Creatinina e Ureia), ECG e
edema, ganho
900mg no 3º dia BHCG. Necessidade de
de peso,
Variação da dose: monitorização
Lítio polipsia,
Estabilizadores de Humor geralmente entre 900 e laboratorial (Litemia -
300mg poliúria,
2.100mg, avaliada de Mensal).Litemia acima de
tremores finos,
acordo com a Litemia. 1,4 mEq/l considerada
diminuição da
Na fase de manutenção dosagem tóxica. Uso com
memória, gosto
de tratamento, é cuidado em idosos.
metálico
recomendada Litemia Contraindicações:
entre 0,6 e 1,0 mEq/l. Gestantes, durante a
amamentação.
Inicial: 200mg, com
aumento de 200mg a Sonolência, Contraindicado em:
cada 2 dias náuseas, Doenças hematopoiéticas
Média:1.000 a vômitos, Insuficiência hepática,
1.200mg/dia vertigens, visão Histórico de depressão da
Carbamazepina Anticonvulsivantes/Estabilizadores
Máxima: 1.600mg/dia turva, ataxia, medula, óssea,
200mg de humor
Posologia: agranulocitose, agranulocitose por
Preferencialmente a elevação de clozapina ou alergia a
noite ou duas vezes ao enzimas ADTs. Contraindicado na
dia considerando a hepáticas gravidez
dose
Contraindicado na
insuficiência hepática
Náuseas,
Gravidez
vômitos,
Hipersensibilidade ao
sedação,
fármaco Indicação: Mania
dispepsia,
Inicial: 500mg, Aguda, Psicose
diarreia,
podendo Esquizoafetiva,
Valproato de leucopenia,
Anticonvulsivantes/Estabilizadores ser aumentado Transtorno Bipolar,
Sódio alopécia,
de humor 500mg a cada semana agressão episódica e
500mg elevação de
Dose Máxima Diária: automutilação.
enzimas
2000mg Precauções: Realizar
hepáticas,
exames hematológicas,
discrasias
provas de função hepática
sanguíneas,
e gravidez antes da
hiperamonemia
introdução do
medicamento.
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MANUAL DE PREVENÇÃO AO RISCO DE SUICÍDIO:
AVALIAÇÃO, APOIO E CUIDADO
OBSERVAÇÕES/
MEDICAMENTOS CLASSE DOSE/POSOLOGIA EVENTOS ADVERSOS
CONTRAINDICAÇÕES
Bradicinesia, acatisia,
Contraindicações: gravidez e
agitação, ansiedade,
lactação, insuficiência renal ou
Inicial: 2mg, 1 a 2 aumento do apetite e
hepática grave. Evitar associar com
vezes ao dia. Pode do peso cefaleia,
outras drogas de ação no SNC,
Risperidona Antipsicótico ser aumentada a disfunções sexuais,
monitorar risco de hipotensão
1mg,2mg e 3mg 2° Geração cada 2 dias. taquicardia, tremores,
postural, nas primeiras semanas de
Média: 4 a 6mg sonolência. Sintomas
uso, o paciente poderá ficar agitado
Máxima: 8mg extrapiramidais,
com quadro semelhante a um quadro
principalmente doses
episódico maníaco.
superiores a 6mg/ dia.
Contraindicações: glaucoma de
Ganho de peso
ângulo fechado, hipertrofia
(especialmente no
prostática, íleo paralítico. Precações:
início do tratamento),
Inicial: 5mg dosar transaminases antes e durante
dislipidemia,
Dose média: 5 a 10 mg/ o tratamento, monitorar elevação do
Olanzapina Antipsicótico hiperglicemia,
dia, em dose única nível de colesterol e surgimento de
5mg e 10mg 2° Geração síndrome metabólica,
Máxima: 10 a 20mg diabetes, uso cuidadoso em
aumento transitório
Início da ação: 5 a 10 dias pacientes edemaciados, pelo risco de
assintomático das
AVC- usar doses baixas e se não for
transaminases,
resposta, avaliar troca da medicação.
sedação e sonolência
(Componente Especializado)
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EVENTOS OBSERVAÇÕES/
MEDICAMENTOS CLASSE DOSE/POSOLOGIA
ADVERSOS CONTRAINDICAÇÕES
ganho de peso,
dislipidemia,
Contraindicação:
hiperglicemia,
Inicial: 50 a 100mg/dia hipersensibilidade ao
síndrome
Quetiapina Aumentos de 100mg/dia medicamento, cuidado com
Antipsicótico 2° metabólica,
25mg, 100mg, Máxima: 400 a pacientes diabéticos,
Geração hipotensão
200mg e 300mg 800mg cardíacos, com sinais de
ortostática,
Início da Ação: 4 a 10 dias infecção (componente
sedação,
especializado)
prolongamento
do QT
Tabela 6 - Quadro adaptado de RIO DE JANEIRO, 2016.
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AVALIAÇÃO, APOIO E CUIDADO
O luto por suicídio, na maioria das vezes, tende a ser mais complexo de ser elaborado,
presume-se que de 5 a 10 pessoas são diretamente afetadas por esse evento. É de extrema
importância que a família enlutada receba suporte da equipe, pois reações como negação, raiva,
barganha, depressão e aceitação são comuns, somadas a sentimentos de vergonha, rejeição, culpa
e abandono, em relação à pessoa que se matou. Dependendo da necessidade de cada pessoa,
podem ser ofertados atendimentos individuais, abordagem familiar, atendimentos em conjunto
com a equipe multiprofissional e/ou participação em grupos de suporte para familiares e
encaminhamentos para outros níveis de atenção, se assim for avaliado como necessário. (RIO DE
JANEIRO, 2016 e BRASÍLIA, 2021).
As pessoas enlutadas podem apresentar maior dificuldade na aceitação da morte por
suicídio e podem tentar omitir de algumas formas a verdade de outros familiares e amigos próximos;
possivelmente pela resistência em entrar em contato com o sentimento relacionado ao ocorrido.
(RIO DE JANEIRO, 2016).
Sentimento de culpa, por acreditar que não foram capazes de ter percebido e evitado a
morte, são frequentemente trazidos pelos familiares em luto pelo suicídio. Esses sentimentos
eventualmente podem ser transferidos aos profissionais, com acusações de que algo mais poderia
ter sido feito. Ressaltamos a importância do registro em prontuário de todas as intervenções
realizadas pela equipe. (RIO DE JANEIRO, 2016).
Em casos mais graves, apesar de todo investimento realizado pela equipe e familiares, pode
não ser possível evitar a morte do paciente por suicídio. (RIO DE JANEIRO, 2016).
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8 FLUXOGRAMAS
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