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FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
Belém – PA
2023
INTRODUÇÃO
1. METODOLOGIA
Idade: 27 anos
Idade: 46 anos
Idade: 20 anos
Nicho: Causa indígena e a importância das culturas tradicionais para da visibilidade nas
nossas lutas como indígenas
Comunidade: Tupinambá
Idade: 29 anos
Idade: 27 anos
Idade: 26 anos
Idade: 39 anos
Profissão: Jornalista
Com este recorte, pudemos analisar que a maioria são jovens que apesar de terem uma
profissão tradicional, ainda priorizam a rede social como meio de disseminação de seus
ideais, pautas e cultura. Esses influenciadores usam ativamente as plataformas digitais para
compartilhar suas perspectivas, fortalecer suas comunidades e promover a conscientização
sobre questões indígenas.
Anexo 3:
Ao perguntarmos nesta mesma seção quais seriam as principais pautas e questões que estes
influenciadores abordam em suas postagens, obtivemos exemplos orgânicos e individuais de
cada um deles, sendo Culturas; Evangelização Católica; Cultura tradicional e a causa
indígena; Informações com embasamento teórico sobre a Amazônia, quebra de estereótipos,
conhecimentos sobre povos indígenas, viagens; Demarcação de terras, Amazônia e política;
Educação, povos indígenas, maternidade e questões étnicos raciais; Direitos Humanos e as
questões ambientais. A resposta de cada um demonstra a pluralidade da cultura dos povos
indígenas e o quanto os ambientes digitais auxiliam na disseminação de conhecimentos e na
reconstrução das narrativas dos povos originários.
Anexo 2:
Ao perguntarmos de que forma as interações do público influenciam suas postagens futuras,
os entrevistados no geral responderam que é uma forma de incentivo para que deem
continuidade nas postagens e no trabalho digital que realizam. Todos disseram que nos
feedbacks dos seguidores é onde percebem a importância das suas criações de conteúdos para
o fortalecimento das culturas tradicionais dos povos indígenas, e enxergam uma inspiração
para os outros criadores de conteúdos iguais à eles, além de entender qual formato funciona
mais e quais temas o público gostaria de consumir. Alguns relataram que quando eu fazem
alguma postagem, o público sempre pede para que aprofundem mais o assunto, e também
sugerem pautas, na grande maioria procuram mais conteúdos sobre sobre demarcações de
terras e outras questões políticas ligadas aos povos indígenas.
Aqui questionamos quais os principais desafios enfrentados ao utilizar as redes sociais para
disseminar pautas indígenas, e se os influenciadores já enfrentaram algum tipo de
discriminação, preconceito ou resistência em relação ao seu trabalho nas redes sociais.
Também questionamos quais oportunidades eles enxergavam nas redes sociais para ampliar a
conscientização sobre as questões indígenas. Os entrevistados responderam que ao utilizar as
redes sociais para disseminar pautas indígenas, enfrentam diversos desafios. Entre eles estão
a valorização do conteúdo, a falta de identificação como influenciador, os comentários
negativos, a necessidade de cuidar da saúde mental diante da exposição constante, a
volatilidade das "regras" da internet, o preconceito de algumas pessoas e conforme restrições
impostas pelo equipamento (smartphone) utilizado. Apesar dessas adversidades, os ativistas
indígenas persistem em seus conteúdos, contando com o apoio de suas comunidades e redes
de suporte para promover mudanças e ampliar a representatividade indígena no mundo
digital.
A quarta seção foi focada nas ações ou projetos fora das redes sociais relacionados às pautas
indígenas. Perguntamos aos influenciadores como viam o impacto do seu trabalho fora das
redes sociais e qual a percepção dos resultados tangíveis em termos de conscientização ou
mudanças. Ao questionar a participação em ações ou projetos fora das redes sociais
relacionadas às suas pautas, alguns participantes afirmaram não ter participado de tais
iniciativas, enquanto outros mencionaram seu envolvimento em diferentes projetos e
mobilizações.
Ao questionarmos o impacto do trabalho fora das redes sociais, as respostas dos entrevistados
mostraram satisfação pelos resultados tangíveis em termos de conscientização e mudanças.
Alguns mencionaram a conscientização de jovens indígenas sobre a importância das redes
sociais como ferramenta para o cotidiano, enquanto outros destacam o impacto da partilha de
conhecimento ancestral para a perpetuação da cultura.
Foi muito enfatizado a importância de combinar o trabalho online com a atuação offline,
acreditando que grupos de pessoas possam, por meio de exemplos, mudar suas atitudes e
buscar conhecimentos sobre as pautas abordadas por estes influenciadores. Embora a
sociedade esteja começando a entender, um dos entrevistados mencionou que é necessário
mais trabalho para que todos compreendam que a luta não é apenas dos indígenas, mas sim
de todos.
Outros destacaram que seu trabalho impacta mais as pessoas dentro de seu círculo social, o
que é especialmente significativo em ambientes como as universidades e as escolas. Além
disso, houve relatos de experiências compartilhadas por outras pessoas que aprenderam com
o conteúdo das redes sociais, como relatos de professores que utilizaram materiais fornecidos
por um dos entrevistados em suas aulas. Também foi mencionado que durante o Enem 2022,
muitas pessoas afirmaram que os conteúdos disponibilizados ajudaram na abordagem da
redação sobre os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil.