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Risco de suicídio: avaliação e manejo na emergência


Prática Médica
 10 min • 20 de mai. de 2021

 Índice

1. Suicídio: o que é?

2. Expressões que abrangem ideação e comportamento suicidas

3. Fatores associados ao aumento de risco para o suicídio

4. Avaliação

5. Manejo

Entrar 
6. Onde procurar ajuda para previnir o suicídio?
 Índice

7. Perguntas Frequentes:

8. Sugestão de leitura complementar

9. Referências

O risco de suicídio é a probabilidade que a ideação suicida leve ao ato


suicida e tenha como desfecho a morte autoinduzida.

O risco de suicídio deve ser avaliado e quantificado, levando em


consideração a presença de um plano, tipo de plano, comorbidades,
tentativas prévias, tentativa atual, risco de recidiva do ato etc.

Suicídio: o que é?

Suicídio é um fenômeno no qual o paciente que está passando por algum


tipo de sofrimento, questões existenciais, perda do sentido da vida, tem
como solução aos seus problemas.

Este fenômeno é observado desde a antiguidade e se torna cada vez mais


comum no mundo. É algo que atinge todas as classes sociais, etnias, idade,
sexo, condições econômicas e religiosas.

Segundo estudos, os dados que temos sobre as notificações de suicício são


subestimados, o que dificulta a análise da situação. Apesar disso, esse
fenômeno multifacetado, já se tornou um problema de saúde pública para o
Brasil. Dessa forma, foi criado o Plano Nacional de Prevenção do Suicício
2013-2017 pelo Ministério da Saúde, visando conter estes números e agir na
prevenção desse ato.

O comportamento suicida é considerado uma emergência médica, sendo


responsável por grande parte dos casos de emergência psiquiátrica.
Expressões que abrangem ideação
 Índice e comportamento
suicidas

Tentativa de suicídio abortada


Automutilação deliberada
Letalidade ou comportamento suicida
Ideação suicida
Intenção suicida
Tentativa de suicídio
Suicídio

Fatores associados ao aumento de risco para o suicídio

Presença de doenças psiquiátricas: transtorno depressivo maior, transtorno


bipolar;
Sintomas psiquiátricos específicos: ansiedade, desesperança,
impulsividade/agressividade;
História psiquiátrica prévia: tentativas anteriores de suicídio, história de
abuso físico/sexual na infância;
Estressores psicossociais e aspectos psicodinâmicos: desemprego, perdas
recentes, vingança, raiva, ódio;
Doenças físicas: Aids, epilepsia, lesões medulares, lesões cerebrais,
neoplasias, Coreia de Huntigton;
História familiar de suicídio em parentes próximos.

Avaliação

A entrevista psiquiátrica é o elemento essencial para avaliar o risco de


suicídio de um paciente. Durante a anamnese, deve-se obter informações a
respeito do histórico médico e psiquiátrico, além do estado mental atual do
paciente.

É essencial questionar sobre sentimentos e comportamentos suicidas a


pacientes deprimidos. Essa pode ser a primeira oportunidade que o
paciente tem de falar sobre ideação suicida
 Índice já presente há algum tempo.

Características investigadas na avaliação do paciente com


comportamento suicida

Além das pergundas acima que devem ser veita em uma avaliação
psicológica, é preciso analisar algumas características do paciente. Segue
abaixo no quadro algumas delas:
 Índice

Manejo

Após o psiquiatra iniciar a avaliação adequada e cuidados clínicos do


paciente, o profissional pode, de acordo com o SUS, encaminhar o paciente
basicamente para internação hospitalar, Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS) ou atendimento ambulatorial comum.
 Índice

Uma outra forma de analisar o risco é através do quadro de perguntas


abaixo:

Fonte: International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I., 2000)

Quando o paciente apresentar baixo risco (de 1-5 pontos): a conduta é


trabalhar os sentimentos suicidas, conversando com do paciente para
diminuir a confusão emocional;
Quando o risco é médio (6-9 pontos): geralmente é indicado intervação
psiquiátrica. Deve-se ainda comunicar a família sobre o risco de suicídio
presente.
Já no paciente de alto risco (>10 
pontos):
Índice é considerada uma questão de
emergência, necessitando de internação psiquiátrica imediata.

Indicações de internação hospitalar

Indicação de tratamento medicamentoso de urgência

Paciente ansioso ou insone: Benzodiazepínico


Diazepam 5 a 10mg, VO, 1 a 3 vezes ao dia
Clonazepam 0,5 a 2mg, VO, 1 a 3 vezes ao dia

Onde procurar ajuda para previnir o suicídio?

Alguns órgãos públicos estão preparados e disponíveis 24h para receber


chamados para previnir o suicídio. Alguns deles são:

CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de


Saúde);
UPA 24H, SAMU 192, Proto Socorro; Hospitais
Centro de Valorização da Vida (CVV)– 188 (ligação gratuita)
Perguntas Frequentes:  Índice

1 – Quais os principais fatores de risco para suicídio?

Doenças psiquiátricas, doenças físicas, estressores psicossociais ou história


familiar de comportamento suicida.

2 – Quais as principais perguntas para avaliação do risco de suicídio?

Você pensa que seria melhor morrer?; Já pensou em se matar?; Você já


chegou a planejar?

3 – Quais as indicações de internação hospitalar no contexto do risco de


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Alto risco de suicídio, pouco suporte familiar, exaustão familiar, tentativas suicidas
cada vez mais graves.

Sugestão de leitura complementar

Emergências Psicológicas: o que são, conduta, tipos e muito mais!


Setembro Amarelo: Precisamos falar sobre suicídio!
Depressão: etiologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento

Referências
1. American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
2. ASTETE DA SILVA, A.; BRAGA, M.C; PEREIRA SOUZA, M e colaboradores.
Diretoria de Política de Urgência e Emergência: Protocolo de manejo das
urgências. Curitiba, 2015.
3. BRASIL. Prevenção do suicídio. Ministério da Saúde. Brasília, 2020.
4. BERTOLOTE, J.M.; MELLO-SANTOS, C.; BOTEGA, N.J. Detecção do risco
de suicídio nos serviços de emergência psiquiátrica. Braz. J. Psychiatry 32
(suppl 2), Out 2010
5. DAUDT, A. D. Manejo em Emergência do Paciente Suicida. Disponível:
 Índice
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882736/manejo-em-
emergencia-do-paciente-suicida.pd.
6. SADOCK, BJ; SADOCK, V; RUIZ, P. Compêndio de psiquiatria: ciência do
comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
7. SCHMITT, R; COLOMBO T. Programa de atualização em psiquiatria:
emergências psiquiátricas. 2012;2(1): 119-164.
8. SILVA, K.F.A.; ALVES, M.A.; COUTP, D.P. Suicídio: uma escolha existencial
frente ao desespero humano. Pretextos – Revista da Graduação em
Psicologia da PUC Minas, v. 1, n. 2, jul./dez. 2016.

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