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OMS, 2014
Introdução
O suicídio é a segunda principal causa de morte do mundo entre
pessoas entre 15 e 29 anos, configurando-se como um problema de
saúde pública
800.000 pessoas
morrem A cada 40 75% dos suicídios
anualmente por segundos uma acontecem em
suicídio no pessoa comete países mais
mundo suicídio pobres
O RS é recordista
em taxas de
mortalidade por
suicídio no país.
OMS, 2014
DATASUS
Prevalência de comportamento suicída na população brasileira
ao longo da vida
Quando uma pessoa pensa em suicidar terá risco de suicídio pelo resto da
vida
As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar
a atenção
Mitos sobre o
Comportamento Suicída
Não devemos falar sobre suicídio pois isso pode aumentar o risco
Doença Mental
Sabemos que quase todos os suicidas tinham uma doença mental, muitas
vezes não diagnosticada, frequentemente não tratada ou não tratada de
forma adequada.
Fatores de risco e de proteção: como
identificar o paciente suicída
Os transtornos psiquiátricos mais comuns:
Abuso e dependência
Depressão de substâncias
Transtorno Bipolar
Transtornos de
Esquizofrenia
Personalidade
IMPULSIVIDADE
AMBIVALÊNCIA
IMPULSIVIDADE
RIGIDEZ
Avaliação e manejo do paciente
O funcionamento mental gira em torno de tres sentimentos:
INTOLETÁVEL (não suportar) – INESCAPÁVEL (sem saída) - INTERMINÁVEL (sem fim)
Dicotômico: tudo ou nada. suicídio como única solução e não são capazes de
perceber outras maneiras de sair do problema.
São seis perguntas fundamentais em cada consulta, sendo três delas para todos os
pacientes:
1. Você tem planos para o futuro? A resposta do paciente com risco de suicídio é não.
2. A vida vale a pena ser vivida? A resposta do paciente com risco de suicídio novamente
é não.
3. Se a morte viesse, ela seria bem-vinda? Desta vez a resposta será sim para aqueles
que querem morrer.
Se o paciente respondeu como foi referido acima, o profissional de saúde fará estas
próximas perguntas:
Manejo
• Escuta acolhedora para compreensão e amenização de sofrimento
• Facilitar a vinculação do sujeito ao suporte e ajuda possível ao seu redor – social e
institucional
• Tratamento de possível transtorno psiquiátrico
Encaminhamento
• Caso não haja melhora, encaminhe para profissional especializado
• Esclareça ao paciente os motivos do encaminhamento
• Certifique-se do atendimento e agilize ao máximo, tendo em vista a
excepcionalidade do caso
• Tente obter uma contrarreferência do atendimento
Risco médio
A pessoa tem pensamentos e planos, mas não pretende cometer suicídio
imediatamente
Manejo
• Total cuidado com possíveis meios de cometer suicídio que possam estar no próprio
espaço de atendimento
• Escuta terapêutica que o possibilite falar e clarificar para si sua situação de crise e
sofrimento;
• Realização de contrato terapêutico de não suicídio
• Investimento nos possíveis fatores protetivos do suicídio
• Faça da família e amigos do paciente os verdadeiros parceiros no acompanhamento
do mesmo
Encaminhamento
• Encaminhar para o serviço de psiquiatria para avaliação e conduta ou agendar uma
consulta o mais breve possível
• Peça autorização para entrar em contato com a família, os amigos e/ou colegas e
explique a situação sem alarmar ou colocar panos quentes, informando o necessário
e preservando o sigilo de outras informações sobre particularidades do indivíduo
• Oriente sobre medidas de prevenção, como: esconder armas; facas; cordas; deixar
medicamentos em local que a pessoa não tenha acesso etc.
Risco Alto
A pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo e planeja fazê-lo
prontamente/Tentou suicídio recentemente e apresenta rigidez quanto à uma
nova tentativa/ Tentou várias vezes em um curto espaço de tempo
Manejo
• Estar junto da pessoa. Nunca deixá-la sozinha
• Total cuidado com possíveis meios de cometer suicídio que possam estar no próprio
espaço de atendimento
• Realização de contrato de “não suicídio”
• Informar a família da forma já sugerida
Encaminhamento
• Encaminhar para o serviço de psiquiatria para avaliação, conduta e, se necessário,
internação. Caso não seja possível, considere o caso como emergência e entre em
contato com um profissional da saúde mental ou do serviço de emergência mais
próximo. Providencie uma ambulância e encaminhe a pessoa ao pronto-socorro
psiquiátrico, de preferência
O que compete à equipe de saúde
Impulsividade
O suicídio, por mais planejado que seja, parte de um ato que é usualmente motivado por eventos negativos. O impulso para cometer suicídio é
transitório e tem duração de alguns minutos ou horas. Pode ser desencadeado por eventos psicossociais negativos do dia a dia e por situações
como: rejeição; recriminação; fracasso; falência; morte de ente querido; entre outros. Acolher a pessoa durante a crise com ajuda empática
adequada pode interromper o impulso suicida do paciente.
Rigidez
Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela
pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Estas pessoas pensam
rígida e dramaticamente pela distorção que o sofrimento emocional impõe. Todo o comportamento está inflexível quanto à sua decisão: as
ações estão direcionadas ao suicídio e a única saída possível que se apresenta é a morte; por isso é tão difícil encontrar, sozinho, alguma
alternativa.