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SAÚDE DO IDOSO:

SUICÍDIO

Enfermeiro:
Anderson Rodrigues Ribeiro
SUICíDIO
•O suicídio em si não é uma
doença, nem necessariamente a
manifestação de uma doença,
mas transtornos mentais
constituem-se em um importante
fator associado com o suicídio.
•Em muitos países é mais comum o
suicídio nos idosos, do que em
pessoas mais jovens
• EUA: mais de 25%, da população
que se suicida, é de idosos
• Homens da raça branca com mais
de 80 anos – risco 6 vezes maior de
auto-eliminação (grupo de mais alto
risco)
•É mais frequente em portadores de TH
• História de outras tentativas
• História familiar de suicídio
• Quadro psicótico especialmente com
alucinações ou delírios de comando
•Uma das causas mais frequentes
de suicídio em idosos é porque
supostamente a dependência em
relação a terceiros não é bem
vista em países ocidentais
•No Brasil, quando passamos da
faixa 15-19 anos para a de 20-29
anos, há um aumento substantivo
do número de suicídios.
•A mortalidade é maior em idosos com
mais de 70 anos
•60,4 % solteiro/divorciado/viúvo
•31,5% casado/união estável
HOMENS por enforcamento em sua
grande maioria
MULHERES por intoxicação exógena
HOMENS SÃO MAIS EFETIVOS
MULHERES FAZEM MAIS TENTATIVAS
•São quatro os sentimentos
principais de quem pensa em
se matar: depressão,
desesperança, desamparo e
desespero (regra dos 4D).
• Fatores habitualmente encontrados em pessoas com
risco de comportamentos suicidas (Bertolote, “O
suicídio e sua prevenção”):
• Tentativa (s) prévia (s) de suicídio - Transtornos
psiquiátricos (principalmente depressão, alcoolismo,
esquizofrenia e certos transtornos de personalidade -
Doenças físicas (terminais, dolorosas, debilitantes,
incapacitantes, desaprovadas socialmente - como a
AIDS) - História familiar de suicídio, alcoolismo ou
outros transtornos psiquiátricos - Estado civil
divorciado, viúvo ou solteiro - Isolamento social -
Desempregado ou aposentado - Luto ou abuso sexual
na infância - Alta recente de internação psiquiátrica
• Fatores ambientais –
• Fácil acesso a métodos de suicídio
• Estressores recentes –
• Separação conjugal –
• Luto –
• Conflitos familiares
Mudança de situação empregatícia ou
financeira - Rejeição por parte de pessoa
significativa - Vergonha e temor de ser
considerado culpado
• Idosos e suicídio
• Em pesquisa feita com notas de suicidas idosos, Beenars et
al. Identificaram os seguintes motivos como principais:
– medo de se tornarem fardos;
– de se tornarem dependentes de terceiros;
– pavor de serem colocados em uma instituição para terceira
idade;
– intolerância à redução das capacidades física e mental;
– inabilidade em lidar com doenças;
– medo de bancarrota (menos presente em democracias
sociais);
– medo de perder o controle sobre a vida e a vontade de
controlar a morte;
OMS (2015) – aproximadamente 1 milhão de pessoas
estiveram em risco de cometer suicídio.
• O suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em
todos os países.
• É uma das três maiores causas de morte na faixa de 15 a
35 anos.
• O impacto psicológico e social em uma família e na
sociedade é imensurável.
• Em média, um único suicídio afeta pelo menos outras seis
pessoas.
• Se ocorre numa escola ou em algum local de trabalho, tem
impacto em centenas de pessoas.
• Países desenvolvidos e subdesenvolvidos:
prevalência total de transtornos mentais de 80 a
100% em casos de suicídios com êxito letal.

• Risco de suicídio ao longo da vida em pessoas


com transtorno do humor (principalmente
depressão): 6 a 15%.

• Alcoolismo: 7 a 15%.

• Esquizofrenia: 4 a 10%.
• OMS (2020): 1,53 milhão de pessoas no
mundo morrerão por suicídio.
• 01 caso de suicídio a cada 20 segundos
• 01 tentativa de suicídio a cada 2
segundos.
• É considerado o mais grave dilema ético
da Medicina
• Complicação terminal de uma fenômeno
multideterminado.
• Três características comuns na maioria
pessoas sob risco de suicídio:
• 1. Ambivalência: Quase sempre querem ao
mesmo tempo alcançar a morte, mas também
viver.
• 2. Impulsividade: o suicídio pode ser também
um ato impulsivo, desencadeado por eventos
negativos do dia a dia.
• 3. Rigidez/constrição: Pensam de forma rígida
e drástica: “O único caminho é a morte”; “Não
há mais nada o que fazer”; “A única coisa que
PRECAUÇÕES
• Melhora falsa ou enganosa: Quando um
paciente agitado de repente fica calmo, ele
pode ter tomado a decisão de cometer
suicídio, daí a calma após a decisão.
• Negação: Pacientes que tem intenção muito
sérias de suicidar-se podem deliberadamente
negar a ideação suicida.
IMPULSIVIDADE
• O suicídio é um fenômeno impulsivo e o
impulso é por natureza muito transitório.

• Se a ajuda é fornecida no momento do


impulso, a crise pode ser combatida.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA

• Não existe uma única causa de tentativa de


suicídio.
• A adversidade de fatores e problemas sugere
que provavelmente nenhuma medida
preventiva única é relevante para todos os
pacientes, e que a prevenção efetiva terá que
incluir diferentes procedimentos nos vários
estágios da cadeia de eventos que levam até
a tentativa de suicídio.
• Prescrição de psicofármacos: deve ser
realizada com critérios, elegendo os de menor
toxidade. Receitas devem ser válidas para a
menor quantidade possível. O melhor é a
colaboração de um familiar que controle e
fique com a guarda dos medicamentos.

• 70% das intoxicações medicamentosas


voluntárias se realizam com os fármacos que
foram prescritos ao paciente.
• Uma proporção substancial de pessoas
que cometem o suicídio morrem sem
nunca terem visto um profissional de
saúde mental.

• Melhora na detecção, referenciamento


e manejo dos transtornos psiquiátricos
na atenção primária são passos
importantes na prevenção do suicídio.
,
Obrigado

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