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TCC aplicada aos

Transtornos do
Humor: Depressão

Prof. Leandro Feix


Considerações Gerais

• O estado de ânimo (timía) numa pessoa


normal sofre oscilações ao longo do tempo.

• Eutimia – normalidade.
• Depressão – anormalmente baixo.
• Hipomania ou mania – anormalmente alto.
• Ciclotimia – alterna em ciclos.

Humor Normal - deve flutuar entre os diversos estados: de


alegria, tristeza, ansiedade e raiva.
Considerações iniciais

Humor Normal
• Deve flutuar entre os diversos estados: alegria,
tristeza, ansiedade e raiva.
Humor ao longo de um ano Humor

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0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
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-15
Depressão Maior
• A depressão afeta 11 milhões de
pessoas anualmente nos EUA
• A depressão é duas vezes mais
comum nas mulheres do que nos
homens
• A depressão ocorre em todas as
Van Gogh
idades, grupos raciais, étnicos e
sócio econômicos
Depressão Maior
• Desde 1910 a incidência de
transtornos do humor vem
aumentando na população não em
função de melhor reconhecimento
ou de maior procura.
• O surgimento do transtorno tem
ocorrido em idades cada vez mais
precoces
Depressão Maior

• Início em qualquer idade,


mas o período de maior
incidência é dos 25 aos
30 anos e de prevalência
dos 30 aos 44 anos.
• 0,4 a 2,5% das crianças
e adolescentes.
• Estima-se que até o ano de 2020, a depressão
será a segunda causa de incapacitação no mundo,
atrás apenas da doença coronariana isquêmica
(Parik & Law, 2001)
Depressão Maior

Sintomas
• humor depressivo (tristeza ou irritabilidade)
• ansiedade
• perda do interesse ou prazer (anedonia)
• alterações do peso
• insônia ou hipersonia
• retardo ou agitação psicomotora
• fadiga ou perda de energia
• sentimentos de menos valia e culpa
• capacidade de concentração diminuída
• pensamentos sobre morte
Instrumentos para avaliação

• Inventário Beck de depressão (BDI)


• Escala Hamilton de Depressão
• Escala Geriátrica de Depressão (GDS)
• Inventário de depressão para crianças
(CDI)
• Escala Beck de Desesperança (BHS)*

*Utilizada para avaliar risco de suicídio


Números da Depressão
Referências Local Prevalência
Santos, Martins &
Pasquali, 1999 Brasília 13,4%
Moraes et al., 2006 Pelotas 19,1%
Brasil Skazufka, 2000 São Paulo 36,8%

Cruz et al., 2005 São Paulo 37,1%


Ballestrem et al.,
2005 Stuttgart 3,6%
Georgiopoulos et al.,
1999 Olmsted 11,4%
Mundo Huang & Mathers,
2001 Reino Unido 18%
Alvarado et al., 2001 Chile 22,4%
Depressão Maior

Pacientes com risco de suicídio


• Predisposição biológica (ex.: baixos níveis de
serotonina)
• História prévia de tentativa de suicídio ou plano
atual
• Idade superior a 45 anos
• Sexo masculino
• Padrão autodestrutivo crônico
• Perda grave recente
Depressão Maior

Pacientes com risco de suicídio (cont.)

• Incapacidade para aceitar ajuda


• Falta de apoio social
• Situação emocional de isolamento social,
desesperança
• Ansiedade severa associada
• Abuso de substância
• Características psicóticas
• Séria doença física concomitante
Atenção BÁSICA
ATENÇÃO básica
• Nos serviços de atenção básica
a prevalência da depressão é
de 10 a 30% entre todos
pacientes.
• Estes pacientes recebem
tratamentos não psiquiátricos 2
a 4 vezes mais que aqueles
sem depressão.

(Simon e Katzelnick, 1997)


Uso inadequado dos
antidepressivos
• Uso de antidepressivos (n =20013) na população
americana:
– 9,5% haviam usado antidepressivo no último ano.
– 26,3% desses indivíduos não tinham qualquer diagnóstico
que pudesse justificar o uso do antidepressivo.
• Prescrição:
– 61,0% por médicos de família,
– 22,7% por outros profissionais de saúde,
– 16,3% por psiquiatras

Pagura et al, 2011


Espiral cognitiva da depressão
(Freeman & Dattillio, 1992)

Crenças e
esquemas
depressogênicos

Lembranças e Pensamentos
percepções com automáticos
viés negativo negativos

Humor deprimido
Tríade Cognitiva da
depressão

Visão do Visão dos Visão do


Self outros futuro
Vulnerável Ameçadores Incerto
Fraco Poderosos
Incapaz Cuidadores
Tratamento I

Etapa inicial
Psicoeducação
Avaliação psiquiátrica (medicação)
Avaliação de habilidades sociais
Técnicas comportamentais:
• Automonitoramento /Agendamento de
tarefas
Tratamento II

Etapa intermediária
Técnicas Cognitivas:
• Rotulação das distorções cognitivas
• Registro de pensamentos disfuncionais
RPD
Experimentos comportamentais
Tratamento III

Etapa Final
Automonitoramento
Prevenção à recaída
Identificação dos marcadores somáticos
Alta gradual

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