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Perturbação Bipolar

Trabalho de Sofia Barroso, João David e Mafalda Ribeiro


O que é?
• Doença psiquiátrica caracterizada por variações acentuadas
de humor, com crises repetidas de depressão e «mania».
• Qualquer dos dois tipos de crise pode predominar numa
mesma pessoa sendo a sua frequência, duração e intensidade
bastante variáveis.
• Esta condição tem importante repercussão nas emoções, na
energia e no comportamento da pessoa, causando uma perda
importante na saúde, na autonomia da personalidade e nas
relações interpessoais do doente
• Pode começar em qualquer altura, durante ou depois da
adolescência
• As suas causas são desconhecidas, no entanto, estudos dizem ser
provável que resulte de uma série de fatores, em vez de uma causa
única. São estes fatores genéticos, biológicos, hormonais e
ambientais.
• Não há nenhum tratamento que cure bipolaridade, no entanto, há
grandes possibilidades de controlar a doença, através
de medicamentos estabilizadores do humor.
As crises depressivas tratam-se com medicamentos antidepressivos.
As crises de mania tratam-se com os estabilizadores do humor e
com medicamentos neurolépticos antipsicóticos. As crises graves
obrigam a tratamento hospitalar em muitos casos. Depois de
tratada a fase aguda, inicia-se a terapêutica preventiva das crises
para evitar que voltem a ocorrer.
• Embora não exista uma cura, o tratamento não deve ser ignorado
ou adiado, caso contrário esta perturbação pode agravar-se. Para
além disso, o tratamento adequado encurta a duração das crises e
pode preveni-las, permitindo assim os pacientes ter vidas saudáveis
e produtivas.
Tipos de crise
• Mania: Estado de humor elevado, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa
pode sentir-se mais alegre, sociável, ativa, faladora, auto-confiante, inteligente e criativa. Com
a elevação progressiva do humor e a aceleração psíquica podem surgir alguns ou todos os
seguintes sintomas:

- Irritabilidade extrema;
- Reacção excessiva a estímulos, interpretação errada de acontecimentos;
- Alterações emocionais súbitas e imprevisíveis, os pensamentos aceleram-se, a fala é muito
rápida, com mudanças frequentes de assunto;
- Aumento de interesse em diversas atividades, despesas excessivas, dívidas e ofertas
exageradas;
- Grandiosidade, aumento do amor próprio;
- Energia excessiva;
- Diminuição da necessidade de dormir;
- Aumento da vontade sexual, comportamento desinibido com escolhas inadequadas;
- Incapacidade em reconhecer a doença, tendência a recusar o tratamento e a culpar os outros
pelo que corre mal;
- Perda da noção da realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes»;
- Abuso de álcool e de substâncias.
Tipos de crise
• Depressão: estado de humor de tristeza e desespero
- Preocupação com fracassos
- Perda da auto-estima
- Obcessão com pensamentos negativos, incapacidade de afastá-los;
- Sentimentos de inutilidade, desespero e culpa excessiva;
- Pensamento lento, esquecimentos, dificuldade de concentração e tomar decisões;
- Perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e pelas pessoas, incluindo os
familiares e amigos;
- Preocupação excessiva com queixas físicas, como por exemplo a obstipação;
- Agitação, inquietação ou perda de energia, cansaço, inação total;
- Alterações do apetite e do peso;
- Alterações do sono: insónia ou sono a mais;
- Diminuição do desejo sexual;
- Choro fácil ou vontade de chorar sem ser capaz;
- Ideias de morte e de suicídio; tentativas de suicídio;
- Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de outras substancias;
- Perda da noção de realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes» com conteúdo
negativo e depreciativo;
Estigma e saúde mental
• As pessoas que sofrem de doenças mentais nunca irão
recuperar?
- As doenças mentais devem ser encaradas da mesma maneira
que as doenças físicas. Tal como o cancro e as doenças de
coração, sabe- se que muitas doenças mentais têm causas
definidas, requerendo cuidados e tratamento. Quando esses
cuidados e tratamentos são prestados é de se esperar uma
melhoria ou recuperação, permitindo às pessoas regressarem
à comunidade e retomarem vidas normais.
- Preconceitos impedem que as pessoas, uma vez recuperadas
de doenças mentais, consigam dar os passos para reingressar
na vida vocacional, familiar e social, com total plenitude.
Estigma e saúde mental
• Palavras como “maluco”, “esquizofrénico” ,
“psicopata” e “maníaco” , são vulgarmente utilizadas
na linguagem do dia a dia num sentido degradatório.
• Frequentemente é dito: “ Isto não me vai acontecer a
mim de modo algum, não sou maluco, venho de uma
família sólida “ ou “ a doença mental não me afeta,
isso é problema dos outros”.
Um suicídio a cada 45 segundos!
• Todos devemos fazer a nossa parte:
- Mantermo-nos informados e atualizados. Partilharmos boas
notícias.
- Utilizar as redes sociais com consciência e responsabilidade.
- Manter contacto com familiares, amigos e a comunidade.
Factos e curiosidades
• O artista Van Gogh sofria com
bipolaridade e alcoolismo, como
sugerem alguns cientistas. Inclusive
o dia mundial do Transtorno Bipolar
é comemorado na data de
aniversário do pintor holandês: 30
de março

• Relatório revela que cerca de 200


mil portugueses sofrem de doença
bipolar.

Fonte: Associação de apoio aos doentes


depressivos e bipolares.

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