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Suicídio

O suicídio é um fenómeno complexo que, desde a antiguidade,


chama a atenção de filósofos, teólogos, médicos, sociólogos como um
problema grave de saúde pública, requer a nossa atenção, mas,
infelizmente, a sua prevenção e controle não são tarefas fáceis.
Investigação atual indica que a prevenção do suicídio, embora
possível, envolve toda uma série de atividades, que vão desde o
proporcionar as melhores condições possíveis para criar as nossas
crianças e adolescentes, passando pelo tratamento eficaz de
perturbações mentais, até ao controle ambiental de fatores de risco. A
apropriada disseminação de informação e a conscientização são
elementos essenciais para o sucesso dos programas de prevenção do
suicídio.
O suicídio pode ser causado por vários fatores, dentre eles um
excessivo grau de sofrimento. É definido como a atitude individual de
exterminar a própria vida. O sofrimento que o indivíduo apresenta pode
ser verdadeiro ou proveniente de algum transtorno afetivo, como em
quadros de psicose aguda ou depressão delirante.
Para vários pensadores, como Goethe, Kant, Sartre e Russeau, o
suicídio possui definições que se alternam, se complementam, se
contradizem, uma vez que diante deste o indivíduo quer acabar com a
dor, a angústia, o sofrimento que vivencia, e não com a vida em si.
Sofrimento este, advindo de conflitos intrapsíquicos que perturbam
demasiadamente o indivíduo, onde ele só consegue ver a morte como
recurso.
É possível dizer que o suicida inconscientemente vinga de outras
pessoas que o rodeia essencialmente seus familiares, como se atribuísse
a esses a culpa de sua morte, com o intuito de revidar alguma agressão
proveniente deste ambiente.
Além da depressão, as causas mais comuns do suicídio são o
desgosto pela vida, os insucessos amorosos e familiares.
Diante de qualquer manifestação de intenção ou ideação de
suicídio, é necessário que as pessoas que estão em volta percebam, pois
na maioria das vezes as pessoas que suicidam, anunciam antes. Entre
jovens de quinze e dezenove anos, o suicídio é considerado a segunda
principal causa de morte. Fatores psiquiátricos, familiares e religiosos,
segundo a literatura sobre suicídio na adolescência, são fatores que
participam do mesmo.
A prevenção do suicídio é de responsabilidade de toda a
sociedade. Quando a importância de estar bem com as próprias
emoções passa a ser reconhecida, as pessoas aprendem a identificar se
o que sentem não é um estado de ânimo passageiro e ficam mais
abertas a procurar ajuda. Ainda é comum ter vergonha, culpa e se
sentir julgado por não estar bem.
À medida que falamos a respeito, percebemos que isso não é tão
incomum e que podemos necessitar de apoio. Foi assim com o câncer
de mama: antes nem sequer falávamos o nome da doença. Em termos
práticos, podemos sensibilizar as pessoas para a escuta empática, que
deixa o outro desabafar sem cortes, críticas ou conselhos. Ouvir de
forma atenta e empática é algo que muitos podem fazer.
Além disso, precisamos trabalhar a educação emocional desde
cedo e ampliar a oferta de serviços gratuitos de atendimento.

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