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(introdução)
O mês de setembro é, oficialmente, o Mês de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha
acontece durante todo o ano.
No Brasil são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos e mais de 01 milhão no
mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente
entre os jovens, sendo que cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a
transtornos mentais como a depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Por isso, com o objetivo de prevenir e reduzir estes números a campanha Setembro Amarelo
surgiu em 2015 no Brasil.
Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de
amarelo. Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos
e não conseguiram evitar sua morte.
No dia do velório, foi feita uma cesta com cartões decorados com fitas amarelas. Dentro
deles tinha a mensagem "Se você precisar, peça ajuda.". A iniciativa foi o estopim para um
movimento importante de prevenção ao suicídio.
(O que é suicídio)
O suicídio pode ser definido como ‘’ ato deliberado’’ intencional, de causar morte a si mesmo;
iniciado e executado por uma pessoa que tem clara noção ou forte expectativa de que o
desfecho seja fatal e resulte em sua própria morte. O suicídio é compreendido atualmente
como um fenômeno multidimensional, que resulta de uma interação complexa entre fatores
ambientais, sociais, fisiológicos, genéticos e biológicos, sendo considerado um tema tabu.
O sofrimento emocional é carregado de preconceitos, com isso, as pessoas tem vergonha de
admitir suas angustias e aflições; admitir e expressar o que se passa em seus pensamentos,
como uma forte ideia de que a morte seria um alívio para o sofrimento, uma forma de saída
para seus problemas. Como essas ideias costumam ser escondidas ou camufladas, dificulta
ainda mais o acesso e ajuda, percepção de sinais e suporte especializado a esse indivíduo.
(Papel da enfermagem)
Nesse sentido, os profissionais de saúde devem acolher e identificar, o quanto antes, esses
riscos de suicídio, para que haja prevenção e tratamento. Com o aumento de suicídio nos
últimos anos, o papel da enfermagem na primeira linha de cuidado se tornou importante, e se
caracterizou com uma peça fundamental para ajudar prevenir os casos de suicídio.
O enfermeiro tem um canal de proximidade com o paciente, que é a formação do vínculo,
gerando uma relação de segurança entre o profissional e o paciente. Sendo geralmente o
primeiro contato dele com a rede de saúde.
Da equipe de saúde, o enfermeiro é quem fica mais próximo, prestando os primeiros cuidados
e enfrentando com ele as consequências físicas e emocionais de seu ato. O cuidado pode ser
difícil, pois exige não somente o domínio da técnica, mas principalmente, humanização e
empatia. É preciso ter escuta ativa, que significa estar presente, prestando atenção à fala
do paciente e compreendendo-o, sem julgamentos, buscando entende-lo em sua totalidade.
A primeira medida preventiva é a educação. Dividir essa dor com alguém próximo pode ser o
primeiro passo para aliviá-la. Durante muito tempo, falar sobre suicídio foi um tabu, havia
medo de se falar sobre o assunto. De uns tempos para cá, especialmente com o sucesso da
campanha Setembro Amarelo, esta barreira foi derrubada e informações ligadas ao tema
passaram a ser compartilhadas, possibilitando que as pessoas possam ter acesso a recursos
de prevenção. Por isso é importante vocês saber quais as principais causas, os sinais que as
pessoas dão e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de
suicídio.