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"A importância de se falar a respeito do suicídio

Apesar de o assunto ser delicado, é importante conversamos sobre o suicídio e maneiras como
preveni-lo. Muitas pessoas pensam que esse ato é uma realidade distante e que afeta poucas
pessoas, mas, infelizmente, os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram o
contrário. De acordo com a OMS, a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em
algum lugar do nosso planeta. Isso significa que, em um ano, mais de 800 mil pessoas perdem
sua vida dessa forma.

As causas do suicídio são variadas e, segundo o CVV, especialistas identificam transtornos


mentais na maior partes das pessoas que se suicidam ou que tentam fazê-lo. Dentre os
principais transtornos observados, destacam-se a depressão na forma simples, a depressão na
forma bipolar, a dependência química e a esquizofrenia.

Entretanto, não podemos afirmar que todas as pessoas que cometem suicídio apresentam
esses transtornos. Não podemos nos esquecer de que, muitas vezes, o suicídio acontece de
maneira impulsiva diante de algumas situações muito impactantes e inesperadas da vida,
como final de relacionamentos, perda de pessoas queridas, abusos ou mesmo crises
financeiras. O suicídio também é comum em pessoas que sofrem discriminação, como
refugiados, imigrantes, gays, lésbicas, transgêneros e intersexuais."

Veja mais sobre "Setembro Amarelo" em: https://brasilescola.uol.com.br/saude/setembro-


amarelo.htm

"Quando entendemos que o suicídio é uma realidade e que pode afetar pessoas a nossa volta,
fica mais claro que é fundamental conversamos a respeito. Os suicídios podem ser evitados
desde que tenhamos conhecimento sobre seus sintomas, suas causas e formas de evitá-lo."

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"Como podemos ajudar na prevenção do suicídio?

Para contribuirmos na prevenção do suicídio, devemos ser capazes de perceber os sinais de


alerta que uma pessoa emite. Se você perceber que uma pessoa, por exemplo, está
desinteressada (até mesmo das atividades de que gostava), não tem mais a mesma
produtividade na escola ou no trabalho, está isolando-se de amigos e parentes, descuidando-
se da aparência, não se importa mais com suas atividades diárias ou diz muitas frases
relacionadas à morte, isso pode ser sinais de que aquela pessoa está precisando de ajuda.

O primeiro passo é conversar com essa pessoa, mas aqui fica uma dica importante: deixe que a
pessoa fale, sem emitir julgamentos ou opiniões sobre o assunto. Deixe bem claro que sua
vontade é apenas ajudar. O que devemos lembrar sempre é que não devemos medir a dor dos
outros pelas nossas experiências pessoais e entender que o que não nos afeta não
necessariamente não causa dor e sofrimento no outro."

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"É importante sempre incentivar a pessoa que está apresentando sinais de que pretende
cometer suicídio a procurar ajuda especializada. Em casos visivelmente graves, é essencial que
a família tenha conhecimento da situação, bem como amigos próximos, para que a pessoa seja
acolhida e estimulada a procurar ajuda.

Caso perceba que a pessoa corre risco imediato, é fundamental não deixá-la sozinha. Nesses
casos, entre em contato com serviços de emergência e com alguém de confiança."

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"Dados sobre suicídio no Brasil e no mundo

Segundo a OMS, a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo.

O suicídio, de acordo com a OMS, é a segunda principal causa de morte entre as pessoas com
idade entre 15 e 29 anos.

79% dos casos de suicídios ocorrem em países de baixa e média renda de acordo com a OMS.

Segundo o Ministério da Saúde, as mulheres tentam mais suicídio que os homens.

Segundo o CVV, 32 brasileiros morrem por dia vítimas de suicídio.

De acordo com a OMS, 90% dos suicídios podem ser prevenidos.

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A campanha ‘Setembro Amarelo’ é organizada desde 2014 pela


Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho
Federal de Medicina. Sendo assim, ela tem o objetivo de conscientizar
a população sobre a prevenção do suicídio e a importância de
cuidarmos da saúde mental. No blog de hoje vamos falar sobre a
importância do setembro amarelo nas escolas. 

Diversas empresas, ONGs e instituições participam da campanha com


ações relacionadas ao tema. No caso das escolas, esse tipo de
conscientização é de extrema importância. 
Afinal, sabemos que a infância e a adolescência são etapas repletas de
mudanças comportamentais, que interferem no desenvolvimento dos
alunos até a idade adulta. Além disso, as alterações físicas e emocionais
dessa fase também são capazes de afetar a autoestima e o convívio
entre os colegas. 

O que fazer para trabalhar ‘Setembro Amarelo’


nas escolas?
Segundo uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde, um quarto
dos jovens entre 18 e 24 anos já considerou o suicídio nos últimos 30
dias. Por isso, o assunto  torna-se cada vez mais delicado e necessário
dentro e fora do ambiente escolar.

Nesse sentido, a campanha Setembro Amarelo é uma oportunidade


valiosa para os professores abordarem os sintomas da depressão nas
aulas, estimulando a participação dos alunos em iniciativas sobre saúde
emocional. 

Algumas atividades interessantes para trabalhar a temática de


Setembro Amarelo nas escolas incluem:

 Rodas de conversa sobre saúde mental;


 Palestras sobre combate à depressão;
 Estímulo a atividades saudáveis, como prática de exercício,
momentos de lazer e alimentação equilibrada;
 Projetos em grupo para aproximar os alunos;
 Desenvolvimento das habilidades socioemocionais entre os
alunos, como autoconhecimento, empatia e resiliência;
 Fixação de cartazes pela escola;
 Campanhas de conscientização nas redes sociais;
 Reuniões com pais e responsáveis sobre saúde emocional das
crianças e adolescentes.

Quais fatores influenciam a saúde emocional dos


alunos?
Embora o ‘Setembro Amarelo’ seja oficialmente celebrado nesta época
do ano, as atividades para prevenir o suicídio e ajudar os alunos a
lidarem com suas dores devem ocorrer com frequência. 

Muitas crianças e adolescentes enfrentam questões que interferem


na saúde emocional e podem gerar danos irreversíveis se não forem
analisadas. 

Os casos mais comuns envolvem abusos em casa, violência doméstica,


pais ausentes ou agressivos, dificuldades financeiras, falta de diálogo
dentro de casa, mortes na família, divórcio, entre outros. 

O olhar atento para a situação de cada aluno é importante porque nem


sempre eles se sentem à vontade para expressar suas dores ou
sentimentos. 

Sendo assim, antes de qualquer coisa é necessário estabelecer uma


relação de confiança e escuta nas escolas. Caso ache válido, a equipe
deve envolver a família e encaminhar o aluno para ajuda profissional.

Setembro Amarelo: combate aos casos de


bullying e cyberbullying
Outro ponto que os professores precisam abordar com seriedade são
as consequências que o bullying e o ciberbullying podem trazer para a
vida do indivíduo. 

Muitas vezes, o aluno não consegue lidar com esse tipo de violência
mais silenciosa, escondida atrás de comentários negativos ou exclusão,
e acaba buscando refúgio no álcool ou nas drogas. Outros, por sua vez,
desenvolvem quadros graves de depressão, ansiedade e crises de
pânico. 

Os primeiros sinais a serem observados no comportamento dos alunos


quando algo não vai bem incluem:

 Falta de interesse pelos estudos;


 Medo ou receio de ir para a escola;
 Isolamento;
 Crises de choro ou raiva;
 Queda no rendimento escolar;
 Dificuldades na fala ou na comunicação;
 Impulsividade;
 Insegurança;
 Baixa autoestima;
 Alterações no sono e excesso de sonolência nas aulas;
 Falta de responsabilidade com as atividades escolares;
 Conversas e interesses sobre morte.

Automutilação é um sinal de alerta!


Neste ano de 2021, a Campanha Setembro Amarelo desenvolveu um
material direcionado a pais, responsáveis e educadores sobre como é
possível oferecer ajuda aos jovens e como lidar com os casos de
automutilação. 

A cartilha alerta que muitos adolescentes desenvolvem


comportamento agressivo contra eles mesmos, o que acaba sendo um
fator de risco sério para o suicídio. Na maioria dos casos, é possível
notar lesões pelo corpo, arranhões, falta de cabelo e locais específicos
da cabeça e outros ferimentos sem explicações.

A equipe escolar deve estar atenta a estes sinais para debater essas
questões com os alunos. Cabe reforçar com os pais a gravidade do
assunto e nunca o considerar como ‘frescura’ ou ‘necessidade de
chamar atenção’. 

Em algumas situações, o jovem vai precisar de acompanhamento


médico, terapia e muito acolhimento familiar para superar as fases
difíceis da adolescência. Por isso, é importante reforçar que: agir salva
vidas!Para conferir outras informações e materiais sobre o Setembro
Amarelo, basta acessar o site oficial da campanha.

O setembro é considerado o mês mundial de prevenção ao suicídio,


por isso é chamado também de Setembro Amarelo. Embora seja mais
discutido hoje em dia, o tema já foi um tabu muito maior e ainda
encontra dificuldades para identificação de sinais, oferta e busca por
ajuda. O dia 10 de setembro representa o Dia Mundial da Prevenção
do Suicídio, que é uma das principais causas de mortalidade no Brasil e
no mundo. 

Leia mais:

+ 5 estratégias para motivar os alunos a estudar

O suicídio é considerado um problema de saúde pública e segundo a


OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada 40 segundos uma
pessoa comete suicídio no mundo. Se por um lado os números
mundiais tem diminuído, por outro o Brasil segue na contra-mão e os
números por aqui só aumentam. Desse modo, falar sobre o suicídio e
sua prevenção é essencial. 

Segundo a psicanalista e mestre em educação Jane Haddad, é preciso


enxergar o suicídio como uma consequência, já que somos seres
humanos formados por questões existenciais. Desde pequenos,
lidamos com o vazio e o medo da morte, sem considerarmos que a
tristeza é sentimento assim como a alegria. “Eu acredito que o
Setembro Amarelo é uma sensibilização que tem que ser aderida nas
escolas dentro de um calendário. Como eu acredito também que o
Brasil  peca por não ter uma política pública que contemple a saúde
mental como prevenção”, conta Haddad.

A melhor maneira de prevenir o suicídio é falando sobre ele. Diversas


causas podem levar uma pessoa a querer tirar sua vida, por isso, é
preciso observar, escutar e acolher quem precisa de ajuda.

O papel da escola na prevenção ao suicídio


A psicanalista acredita que a educação tem papel fundamental no
estabelecimento de um diálogo sobre o assunto. Para ela, embora
a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) traga em suas
competências socioemocionais o incentivo à discussões de
sentimentos, ainda precisamos desenvolver uma cultura de diálogo. 
Haddad defende que a escola deve ser um espaço aberto para que as
crianças e jovens possam falar dos seus sentimentos. Entretanto, é
preciso que os adultos estejam preparado para acolher essas agústias.
“Se os professores, os gestores, os donos de escola, não se haverem
com os próprios sentimentos, não conseguiremos tocar as novas
gerações. Falar de sentimento é falar desse vazio, é trabalhar a ideia da
frustração”, conta a psicanalista.

Nesse sentido, o diálogo não se refere expressamente ao dizer, mas


sim, se colocar numa posição de escuta e acolhimento sem pré-
julgamentos. Para quebrar o momento de surdez, é preciso que escola
e família tenham um olhar atento aos jovens e crianças, pois as
angústias podem ser manifestadas através do comportamento.

A construção de um espaço seguro para fala permite que o jovem


coloque em palavras aquilo que lhe causa dor. Segundo Haddad, o
suicídio não precisa ser abordado de maneira tão direta. A escola pode
propor grupos e rodas de conversa para tratar das causas, e não da
consequência. “Acho que a forma que a escola pode trazer isso é falar
da falta de sentido na vida. não precisa usar a palavra suicídio, mas
pode falar do vazio existencial”, defende. 

Falar sobre frustrações e ciclos, que tem começo, meio e fim, é uma
ótima maneira de trabalhar o Setembro Amarelo ao longo do ano
todo. Assim como as estações do ano, a vida humana também é
composta por ciclos e as crianças devem ser ensinadas de existe um
processo de nascimento, desenvolvimento e morte.

As redes sociais e a imposição de felicidade


Com a chegada das redes sociais, fomos submetidos a um universo de
perfeição e idealização. O número de likes e seguidores se tornou uma
régua de amor e aceitação. “Diversos caminhos apontam para os
jovens e crianças que o importante é ser feliz, ser bem sucedido,
ganhar muito dinheiro, ter um corpo bonito, um cabelo bonito mas a
realidade é outra”, conta Haddad.

Embora a vida seja um equilíbrio entre a felicidade e a tristeza, muito


se fala sobre a alegria mas pouco se discute a tristeza. Além disso, é
preciso que tenhamos uma visão crítica sobre os modelos e ideais
estabelecidos. A felicidade se constrói a partir de momentos de felizes,
sem ignorar as momentos de infelicidade. Aprender a relação entre
ganhar e perder também contribui para o desenvolvimento do senso
de que a vida não é perfeita. 

Haddad observa que é preciso aceitar que as coisas não estão sob
controle o tempo todo, já que existem inúmeras circunstâncias que não
dependem de nós. Entretanto,  os adultos precisam aprender a lidar
com a incompletude de suas existências para conseguir formar
gerações melhores. “Eu tenho notado que muitos adultos estão
desesperançosos e passando essa desesperança pras crianças e jovens,
que tem como horizonte a vida. Não que a gente vai dizer pra ele
[jovem] que está tudo bem, mas é dizer que hoje a gente não está bem
que a gente pode falar disso.” 

Ela completa alertando que “os adultos têm mais experiência de vida
do que as crianças. Então de alguma forma eles tem que estar com a
bússola na mão.” 

Rede de apoio ao Setembro Amarelo


A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente a vida de
todos. Porém, não podemos deixar que o isolamento social agrave
ainda mais as dores de quem se sente que tirar a própria vida é a única
saída. Para se livrar de uma dor, é preciso falar sobre ela. 

As famílias devem aproveitar o momento em que ficaram tão mais


próximos de seus queridos para observar o que não tem funcionado
bem. A tristeza pode ser expressada por atitudes, comportamentos,
desenhos, assuntos, e conteúdos consumidos. Especialmente nesse
momento, é preciso que família e escola ajude os estudantes a lidarem
com as perdas, a ansiedade, as incertezas, o luta, a depressão, a culpa,
e todos os outros sentimentos que podem conduzir ao suicídio.

Pai, mãe, irmão mais velho, tio, primo, gestor, professor ou parentes
podem ser ouvintes para aqueles que precisam de ajuda. Mesmo que
virtualmente, é preciso enxergar o outro e sentir sua proximidade.
Qualquer pessoa que estiver pensando em cometer suicídio pode
procurar a ajuda especializada do CVV (Centro de Valorização da Vida),
que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone
(188), e-mail, chat e pessoalmente 24 horas por dia (inclusive aos
feriados)  O atendimento é voluntário, gratuito e totalmente sigiloso.

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