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O suicídio é o ato de tirar a própria vida e, na grande maioria das vezes, surge como
resultado de alguns transtornos psicológicos e emocionais. Falar sobre o assunto é de suma
importância, um passo essencial para que tanto o suicídio em si quanto os transtornos mentais
deixem de ser um tabu e também para que mais pessoas possam ter acesso a ajuda.
Para a psicologia, quando alguém pensa em suicídio é sinal de que essa pessoa
está sofrendo profundamente, seja com depressão, angústia, culpa, vergonha, tristeza,
falta de pertencimento e outros conflitos internos. O processo de morrência significa
um definhar existencial resultante da complexidade de processos autodestrutivos.
Nesse processo, invadida por crenças pelas quais a pessoa vislumbra que a única
solução para seus problemas é a morte – e, por esse motivo, mencionei ser “o suicídio
o ápice do processo de morrência” (Fukumitsu, 216, p.169).
Na maioria das vezes, as pessoas que desejam cometer suicídio não querem
preocupar os seus entes e amigos, primeiro para não preocupa-los e , segundo, para
não ser julgado. Isso acontece porque essas pessoas não querem abrir o jogo sobre
como se sentem por medo de como serão interpretadas e, portanto, preferem
internalizar esses pensamentos. Ao serem ouvidas e compreendidas se sentem mais
esperançosas e menos inseguras, Os seus sentimentos serão validados e elas saberão
que alguém se importa com elas. A promoção de palestras, rodas de conversas,
discussões, simpósios e congressos é importante para o suicídio ser tratado com
respeito e seriedade. Em vez de falar apenas dos números e sobre o sofrimento dos
envolvidos e impactados pelo suicídio, precisam nos inserir em ações, em oferta de
espaços de acolhimento e em atitudes que colocam “nossas mãos na massa”
(http://karinafukumitsu.com.br/).
Uma vez uma pessoa com pensamentos suicidas, sempre será suicida
Muitas pessoas costumam mostrar esses sinais de alerta às pessoas que são
mais próximas a elas, mas esses sinais tendem a ser muito sutis e, em alguns casos,
sequer são demonstrados conscientemente. Qualquer pequeno indício de um possível
suicídio precisa ser levado a sério.
Essas pessoas sofrem de forma tão profunda que se sentem impotentes e sem
esperança, e o que elas precisam é de acolhimento e compreensão. Quando lidamos
com alguém com tendência suicida, seja você um profissional da área, familiar ou
amigo, a primeira coisa que você precisa fazer é se comprometer a ouvir ativamente
tudo o que aquela pessoa está sentindo, além de mostrar que está disposto a ajudar na
resolução de seus problemas, conflitos e angústias, e que se compromete a encontrar
novos caminhos para que essa pessoa possa percorrer. Muitas vezes, apenas em
escutar e deixar o outro falar fluidamente, é o suficiente para que esses pensamentos
comecem a perder forças e se dissipar.
Projeto terapêutico singular (PTS) pode ser uma ferramenta importante para ser
utilizada pelo psicólogo no cuidado do paciente com comportamento suicida. Trata-se
de um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas para um indivíduo,
uma família ou um grupo que resulta da discussão coletiva de uma equipe
interdisciplinar. Pode ser uma ferramenta de cogestão e compartilhamento do cuidado
que se desenvolve em quatro momentos: diagnóstico, definição de metas, divisão de
responsabilidade e reavaliação.
Intervenção em crise
Código de ética
Notificação compulsória
Continuidade do cuidado
O cuidado com a pessoa que tentou suicídio precisa ser continuo, devido a
tendencia de uma nova tentativa e de forma letal. Nesse sentido, é importante que o
Psicólogo desenvolva ações articuladas para garantir a continuidade do cuidado a
essas pessoas na rede assistencial, desenvolvendo uma linha de cuidado integral.
Grupos de apoio
A prevenção ao suicídio é uma prática que deve acontecer todos os dias e não
somente em um mês (setembro amarelo), sobretudo por ressaltar a importância de
manter a esperança de que é possível acolher o sofrimento humano. É, portanto, uma
pratica a ser inserida dia a dia, ofertando esperança, amor e acompanhamento
terapêutico na oferta de espaço de hospitalidade que favorecerão novas moradas
existenciais. Em outras palavras, o argumento final contra o suicídio é a própria vida
(Alvarez, 199, p. 135).
Referencias
https://www.paho.org/pt/topicos/suicidio
https://www.portalnews.com.br/mundo-g
https://www.psicologosberrini.com.br/blog/7-mitos-sobre-suicidio-que-prejudicam-as-
pessoas/
https://www.libbs.com.br/falarpodemudartudo/como-ajudar-alguem-que-pensa-em-
suicidio/
https://www.scielo.br/j/pusp/a/dn4bjQ5DWvmVx5RkWH6HS7w/?
format=pdf&lang=pt
https://jornal.usp.br/artigos/a-prevencao-do-suicidio-deve-ser-pratica-diaria/
#:~:text=Nesse%20processo%2C%20invadida%20por%20crenças,169).
https://www.sinopsyseditora.com.br/blog/suicidio-orientacoes-para-atuacao-do-
psicologo-frente-ao-risco-487