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Nesse contexto vemos a covardia se encaixa na definição não que a pessoa que se mata é
covarde e sim que aquela pessoa tem uma fraqueza ou dor interna e nesse momento a pessoa
toma a decisão de acabar com a própria vida.
Significado de Covardia
substantivo feminino
Comportamento que expressa falta de coragem; gesto caracterizado pelo medo ou temor; que
não é ousado: pusilâmine.
Sinônimos de Covardia
Covardia é sinônimo de: medo, pusilanimidade, fraqueza
Lamentar a perda e julgar o que irá acontecer com o suicida após sua morte só
irá aumentar o sofrimento de quem perdeu seu ente querido. O suicídio de
alguém próximo tende a ser vivido como traumático, causa grande sofrimento e
exige dos familiares e amigos muita energia psíquica para elaborar o luto. Após
a perda de um familiar por suicídio, os familiares necessitam de suporte
especializado. Quem somos nós para julgar os motivos que levaram alguém a
desistir de viver?
Muitas pessoas com ideação suicida deixam de buscar ajuda por causa do
preconceito e estigma, medo de serem julgadas, por esse motivo não realizam
o tratamento. O fim do preconceito com doenças mentais, como ansiedade e
depressão, é fundamental para a prevenção ao suicídio.
Por muito tempo, a maioria das pessoas evitava falar sobre suicídio, existia o
receio de estimular o ato em pessoas mais fragilizadas e com comportamento
suicida (pensamentos, planos e tentativa de suicídio).
Causas.
Problemas de Saúde Mental: Transtornos como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e
esquizofrenia podem aumentar o risco de suicídio. No entanto, essas condições não devem ser
vistas como "fraqueza", mas sim como desafios de saúde que requerem tratamento adequado.
Acesso a Meios Letais: A disponibilidade de meios para cometer suicídio, como armas de fogo
ou acesso a medicamentos letais, pode influenciar a decisão de uma pessoa em crise.
Histórico Familiar: Ter parentes próximos que cometeram suicídio pode aumentar a
predisposição de alguém para comportamentos suicidas.
Falta de Recursos para Tratamento: Algumas pessoas podem enfrentar dificuldades para
acessar serviços de saúde mental de qualidade, o que pode impactar negativamente sua
capacidade de lidar com seus desafios emocionais.
Estigma e Discriminação: O estigma em torno da saúde mental pode fazer com que as pessoas
evitem buscar ajuda, o que pode agravar seus problemas emocionais.
O Luto
O luto relacionado à morte de uma pessoa que se suicidou é um processo profundamente
complexo e único. Aqueles que enfrentam essa situação podem experienciar uma variedade
de emoções e desafios que podem ser diferentes do luto pela perda de uma pessoa por outras
causas. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o luto relacionado ao suicídio pode se
manifestar:
Culpa e Autocrítica: Membros da família e amigos podem se questionar se poderiam ter feito
algo para evitar o suicídio. Eles podem se sentir culpados por não perceberem os sinais ou por
não terem sido capazes de intervir.
Tristeza e Desesperança: A tristeza profunda é uma reação comum ao luto por suicídio. A
sensação de perda pode ser acompanhada por um sentimento de desesperança,
especialmente se a pessoa que faleceu estava enfrentando problemas de saúde mental.
Sentimentos Ambivalentes: O luto por suicídio pode ser complicado por sentimentos
contraditórios, como amor e raiva, em relação à pessoa que morreu.
Lidar com o Estigma Social: A sociedade muitas vezes trata o suicídio de forma diferente de
outras mortes, o que pode criar desafios adicionais para os enlutados.
Necessidade de Apoio Especializado: Devido à complexidade desse tipo de luto, muitas vezes
é recomendável buscar apoio terapêutico ou participar de grupos de apoio específicos para
pessoas enlutadas por suicídio.
Compreensão dos Fatores Contribuintes: Algumas pessoas que perderam alguém por suicídio
podem se empenhar em entender os fatores que contribuíram para essa decisão, buscando
educação sobre saúde mental e prevenção.
Lidar com o luto relacionado ao suicídio é um processo desafiador e único para cada indivíduo.
É importante que aqueles que estão passando por isso busquem apoio emocional e
compreensão de amigos, familiares, terapeutas ou grupos de apoio especializados.
Contra Ataque
O suicídio não é um ato de coragem a prevenção do suicídio que é um ato de coragem.
Como um ato de coragem é assimilado como algo negativo ou até mesmo triste.
EX: Se eu me matar hoje acredito eu que pelo menos a maioria das pessoas vão ficar tristes e
não felizes com minha morte e até mesmo não vai ter uma estatua minha dizendo parabéns
ele é um herói ele tirou a própria vida
Coragem é a única coisa que a pessoa que se matou teve naquele momento pois ela não teve
coragem ou bravura para conseguir enfrentar aquela tristeza ou algo que a afetava. Não
estou sendo uma pessoa sem compaixão nenhuma para falar isso mas estou falando algo
que faz sentido.
Suicídio é um ato covarde contra a vida. Imagine o tanto de pessoas como crianças que estão
lutando pela vida em hospitais e você simplesmente tendo um problema acaba se matando
vocês ainda acham que é um ato de coragem?
Uma pessoa corajosa arrisca sua vida pelos outros por isso que os heróis são corajosos
Ataque.
Quais são os principais argumentos que você vê em favor da ideia de que o suicídio é
um ato de coragem?
Como você define coragem nesse contexto? E por que você acredita que o suicídio se
encaixa nessa definição?
Você acha que todas as pessoas que cometem suicídio estão agindo por um senso de
coragem? Ou há exceções que podem ter motivações diferentes?
Como lidamos com o sofrimento psicológico intenso e a dor emocional que muitas
vezes levam as pessoas a considerar o suicídio? Existem outras maneiras de enfrentar
esses desafios além do suicídio?
Será que algumas das situações que podem levar ao suicídio, como transtornos
mentais graves, não podem diminuir a capacidade de alguém tomar decisões racionais
sobre coragem ou covardia?
Você acredita que é possível que o estigma em torno da saúde mental e do suicídio
influencie a maneira como vemos a coragem nesse contexto?
Muitas pessoas argumentam que o suicídio é frequentemente resultado de uma
sensação avassaladora de desesperança e falta de alternativas. Como você acha que a
perspectiva da coragem se encaixa nesse contexto?
Será que é mais produtivo focar na rotulagem do suicídio como coragem ou covardia,
ou é mais importante entender as complexas questões emocionais e psicológicas que
levam alguém a considerar o suicídio?
Como podemos abordar o problema do suicídio de maneira mais eficaz? Quais
medidas você acha que seriam úteis na prevenção do suicídio e na promoção da saúde
mental?
Apelação
Hinduísmo
Para esta religião, a vida é considerada como sagrada, sendo a alma tida como imortal. Uma
característica que se faz presente é a crença na reencarnação da alma após a morte física.
Acerca dessa consciência na imortalidade da alma é retratado no trecho do Bhagavad-Gîtâ
(poema épico que contém princípios do hinduísmo), no canto 2 que diz: “O Eu nunca nasceu
nem jamais morrerá. E uma vez que existe, nunca deixará de existir. Sem nascimento, sem
morte, imutável, eterno – sempre ele mesmo é o Eu, a alma. Não é destruído com a destruição
do corpo”.
A prática do suicídio estaria a interromper esse ‘caminho’ no ciclo kármico, portanto sendo
considerada uma morte na ignorância, e isso reflete na próxima reencarnação. Assim, de
acordo com o Bhagavad-Gîtâ quando se morre em uma situação tida como modo de
ignorância, podendo considerar entre elas o suicídio, a alma nasce em corpo irracional como
de um animal para experimentar certas privações que paulatinamente vá contornando essa
ação ignorante do ser.
Budismo
Um dos conceitos fundamentais no budismo, incluído nos preceitos éticos básicos da religião,
o pañcasīla, está o que menciona a importância da vida, no primeiro preceito é ressaltado o
compromisso de estabelecer como regra de treinamento a abstenção de matar. Nesse sentido,
é muito enfático entre os princípios budistas aquele que remete à questão da prática da não
violência e, consequentemente, da promoção pela vida.
Quando atentamos a esses fatores dentro do budismo é possível perceber que essa questão
de não matar também é válida para a morte voluntária, ou seja, em sua base doutrinal o
budismo é contrário ao suicídio, tendo a crença que o suicida possa renascer em condições
mais difíceis.
Islamismo
Quanto à teologia islâmica, a morte é tratada no Alcorão como vontade divina. Neste sentido,
somente Aláh tem o poder de tirar a vida de alguém e, portanto, a noção de suicídio é
considerada como algo negativo pelo islamismo.
Cristianismo
Para o cristianismo, todos os exemplos e ensinamento estão contidos na Bíblia, que alinham o
bem viver do ser humano com o sofrimento pelo que Cristo foi acometido.
Referências
DIAS, Maria Luiza. Suicídio: testemunhos de adeus. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991.
HARLAM, Lindisay. Sati, the blessing and the curse: the burning of wives in India. John
Stratton Howley. New York: Oxford University Press, 1991.
PRABHUPADA, A.C. Além do nascimento e da morte. São Paulo: The Bhaktivedanta Book
Trust, 1986.