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Conceitos
• Suicídio: ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção é a morte, de forma
consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal;
• Comportamento suicida: pensamentos, planos e tentativa de suicídio;
• Suicidabilidade: ter tentado suicídio, ter familiares que tentaram ou se suicidaram, ter ideias
e/ou planos de suicídio.
Prevenção: O conhecimento sobre suicídio permite identificar sinais de alerta e fatores de risco, possibilitando
uma intervenção precoce. Pessoas que estão em risco podem receber o apoio necessário antes que a situação
se agrave.
Quebra do estigma: A falta de informação muitas vezes leva a estigmas e tabus em relação ao suicídio e à
saúde mental. Saber sobre o assunto ajuda a dissipar esses estigmas, promovendo discussões abertas e
saudáveis sobre o tema.
Apoiar pensamentos adequados: Compreender o suicídio permite que amigos, familiares e profissionais de
saúde equilibrem o apoio adequado às pessoas que estão lutando com suicídios. Isso pode incluir a busca por
ajuda profissional, como terapeutas, psicólogos e psiquiatras.
Tratamento e intervenção: Profissionais de saúde mental podem usar seu conhecimento para fornecer
intervenções preventivas e terapias eficazes para ajudar aqueles que estão em risco de suicídio.
Conscientização: Saber sobre suicídio ajuda a aumentar a conscientização pública sobre a gravidade do
problema. Isso pode levar a esforços mais amplos de prevenção, financiamento para pesquisas e políticas de
saúde mental mais abrangentes.
Por que é importante saber sobre suicídio?
Autocuidado: Conhecimento sobre suicídio também é relevante para indivíduos que podem estar enfrentando
dificuldades emocionais. Pode ajudar a reconhecer quando eles próprios estão em risco e procuram apoio.
Informação baseada em fatos: O conhecimento preciso sobre o suicídio é essencial para evitar a disseminação de
informações falsas ou mitos, o que pode levar a respostas suicidas ou até prejudiciais.
Compreensão das causas: A compreensão das causas subjacentes ao suicídio, como distúrbios mentais, fatores
sociais, psicológicos e psicológicos, é crucial para desenvolver estratégias de prevenção eficazes.
Impacto na sociedade: O suicídio tem um impacto significativo nas famílias, comunidades e sociedade como um todo. O
conhecimento sobre o assunto ajuda a desenvolver políticas e programas que abordam esse impacto de maneira
adequada.
Fomento ao diálogo: Conversas duradouras sobre suicídio podem ajudar a promover um ambiente de apoio onde as
pessoas se sintam à vontade para falar sobre seus próprios desafios e buscar ajuda.
Lembrando que, ao discutir o suicídio, é importante fazê-lo de maneira sensível e respeitosa. Se você ou alguém que
você conhece está lutando com pensamentos suicidas, é fundamental buscar ajuda profissional imediatamente.
Fatores de Risco
Sexo:
• Homens suicidam 3 vezes mais que as mulheres;
• Mulheres tentam 3 vezes mais que homens;
• Conflitos em torno da identidade sexual (subnotificado, já que o atestado de óbito caracteriza apenas o
sexo);
• Doenças clínicas crônicas debilitantes;
• Populações especiais: imigrantes, indígenas, alguns grupos étnicos;
• Perdas recentes.
Fonte: Cartilha “Suicídio: informando para prevenir”. Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP / Conselho Federal de Medicina –CFM.
Fatores de Risco
• O risco de suicídio aumenta entre aqueles que foram casados com alguém que se suicidou.
Fonte: Cartilha “Suicídio: informando para prevenir”. Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP / Conselho Federal de Medicina –CFM.
Fatores de Risco
Em crianças e adolescentes:
• Doença mental:
• Viver sozinho:
• Desempregados com problemas financeiros ou trabalhadores não qualificados: maior risco nos três
primeiros meses da mudança de situação financeira ou de desemprego;
• Aposentados;
• Moradores de rua;
• Autoestima baixa;
Fonte: Cartilha “Suicídio: informando para prevenir”. Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP / Conselho Federal de Medicina –CFM.
Fatores de Risco
Na figura tem-se os diagnósticos associados ao suicídio.
Outros/sem diagnósticos
3,2%
5,1%
Transtorno do humor
35,8%
Transtorno orgânico mental 1,0%
Esquizofrenia 10,6%
• Estudo na Dinamarca mostra que ter filhos diminuir o risco de morte por suicídio mesmo
após controlar para presença de transtornos mentais, renda e estado conjugal.
Fonte: Cartilha “Suicídio: informando para prevenir”. Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP / Conselho Federal de Medicina –CFM.
Modelo de Neurobiologia do suicídio
VULNERABILIDADE ESTRESSE
COMPORTAMENTO SUICIDA
Fonte: Cartilha “Suicídio: informando para prevenir”. Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP / Conselho Federal de Medicina –CFM.
Fatores que aumentam o risco de suicídio
PREDISPONENTES PRECIPITANTES
“GATILHOS”
• A chance de suicídio aumenta na proporção de quanto mais fatores de risco estiverem presentes.
• Entretanto muitos indivíduos podem ter um ou mais fatores de risco e não terem intenção suicida.
• O que faz a diferença entre decisão de vida e morte não é só a presença de fatores de risco.
Expressões comuns:
• “Nada mais parece fazer sentido, há apenas uma dor tão pesada que carrego e que não consigo mais suportar...”
• “Não aguento mais viver assim, eu gostaria de viver, mas não assim...”
Desespero
Desesperança
Ds
Delirium
Desamparo
Depressão
Dependência
química
Não se deve falar sobre suicídio para Falar sobre suicídio pode ajudar a aliviar
não aumentar o risco. o sofrimento e favorecer a busca por
ajuda.
A mídia deve abordar o tema de forma
Suicídio é um tema proibido de
adequada, sendo clara e informativa.
ser veiculado pela mídia.
Não deve ser sensacionalista.
COMO FAZER A
DIFERENÇA E AJUDAR
PESSOAS
COMO IDENTIFICAR
ALGUÉM QUE PRECISA DE
AJUDA?
• Mudança súbita na apresentação clínica do paciente, melhora ou piora dos seus sintomas, apesar do tratamento;
Fonte: Cartilha “Suicídio: informando para prevenir”. Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP / Conselho Federal de Medicina –CFM.
COMO
AJUDAR?
Você pode se aproximar da pessoa e
mostrar que se preocupa com ela:
EVITE!
Como Percebo que você • Julgar;
você não está muito bem,
está? • Comparar ou minimizar o
quer me contar
como está se sofrimento;
sentindo? • Demonstrar preconceito;
• Reagir de forma assustada ou
Você se sente triste?
Sente que a vida não Eu posso com medo;
vale a pena ser te • Interromper a fala da pessoa;
vivida? ajudar?
• Passar uma solução “mágica” para
a pessoa (Exemplos: “durma que
amanhã você estará bem”, “pare de
Deixar claro que, mesmo que a pessoa não chorar e se lamentar. Sorria e então
queira conversar, ela pode falar sobre como ficará melhor”, “busque Deus e
tudo dará certo”).
se sente quando precisar.
Escute atentamente e demonstre compreensão
do que está ouvindo. Seja empático e respeite.
Busque realizar essa conversa em um lugar
adequado, em que possam ter a privacidade
e o tempo necessário.
O que fazer se identificar sinais de risco?
• Com toda a atenção, não apenas os fatos, mas a dor, medos e ansiedades.
Se deparou com uma situação de tentativa de suicídio iminente que necessite de intervenção imediata?
O comportamento suicida é uma urgência médica, pois pode levar o indivíduo desde a lesões graves e incapacitantes,
até a sua morte;
Existem algumas situações que podem requerer intervenção imediata quando se trata de suicídio. Se você ou alguém
que você conhece está passando por algumas dessas situações, é crucial buscar ajuda profissional o mais rápido
possível:
Ameaça direta: Se alguém expressar explicitamente a intenção de se suicidar, não deve ser ignorado. Leve essa
ameaça a sério e busque ajuda imediatamente.
Comportamento suicida recente: Se uma pessoa esteve envolvida em um comportamento suicida recentemente, como
autolesões graves ou uma tentativa de suicídio, é fundamental garantir que ela receba atenção médica e psicológica
imediata.
Isolamento extremo: Se alguém se isolar completamente dos outros, retirando-se de amigos, familiares e atividades
que costumava desfrutar, isso pode indicar um risco aumentado de suicídio
Manejo na urgência e emergência
• Reduzir o risco imediato, retirando objetos que possam ser usados para se
• Os pacientes com alto risco de suicídio e frágil suporte social devem ser
Cartilha ABP/CFM
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Psiquiatria. Comissão de Estudos e Prevenção do Suicídio (2014). Suicídio: informando para
prevenir. Brasília: CBM/ABP. Disponível em: http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14
Botega, N. J. (2015). Crise suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed. World Health Organization. (2017).
Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates. Geneva: WHO. Disponível em:
http://apps.who. int/iris/bitstream/10665/254610/1/WHO-MSD-MER-2017.2-eng.pdf?ua=1
Zortea, T. C. (2016). Como ajudar alguém que sofre de ideações suicidas. [Web log message] Disponível em: http://c
omportese.com