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AS COMPETÊNCIAS

SOCIOEMOCIONAIS
EM TEMPOS DE PANDEMIA
material de apoio
Material de Apoio – CSE – CREDE 12

Colaboradores

Joyce Costa Gomes de Santana


Coordenadora da 12ª CREDE

José Wandsson do Nascimento Batista


Orientador CEDEA

Alissandra Sales Viana


Coordenadora Regional do PPDT

Gilmar Ferreira dos Santos


Psicólogo - CRP-11/07954

José Mairton Barroso Júnior


Técnico da CEDEA

Parceiros
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APRESENTAÇÃO
Estamos vivendo um momento que jamais esperávamos
passar. Uma doença que se torna letal e que de modo
indistinto atinge milhões de pessoas mundo afora sem
segregação de fronteiras territoriais, de riqueza e poder,
de sexo, idade, classe social. Um vírus que mesmo na sua
invisibilidade já deixa marcas perceptíveis de uma
verdadeira revolução mundial; de uma guerra cuja arma
da humanidade é manter-se em isolamento social.

Mas “isolamento” justamente para quem é, pela sua


própria natureza, um SER SOCIAL, de interações, de
relacionamentos, de construções dialógicas? Sim!!!
Precisamos nesse momento, mantermos isolados em
nossas residências para que vençamos essa guerra e
continuemos a viver em “liberdade”.

Esse confinamento traz uma série de conflitos de natureza


interior, desde o distanciamento dos amigos, da rotina
diária: escola, trabalho. Enfim, do simples prazer de “ir” e
“vir”. Aliado a isso ainda tem toda onda de pavor e medo
que a doença traz; dos estragos sociais, vindos como
consequência, e que já se mostram nas ruas, nos portões
de nossas casas e ainda pior, medo do que estar por vir
mesmo quando vencermos a batalha contra o tal do
coronavírus.

Tudo isso traz para nós uma certa desestabilização


emocional, é um permanente (re)inventar-se diário para
que invisíveis ao mundo, assim como o vírus, possamos
combatê-lo com o mínimo de feridos.

Para tanto, precisamos estar bem de corpo e espirito,


precisamos gerenciar nossas emoções e utilizarmos a
nossa inteligência emocional enfrentando essas situações
adversas de maneira criativa e construtiva. As habilidades
socioemocionais nos auxiliam nessa tarefa permitindo-nos
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gerenciar nossas próprias emoções enfrentando os


desafios com resiliência e desenvolvendo atitudes que
favorecem um bom relacionamento conosco e com os
outros.

Objetivando auxiliar os professores, alunos , gestores,


técnicos das escolas a Equipe CEDEA da 12ª CREDE
através da Coordenação do Projeto Professor Diretor de
Turma – PPDT e do Psicólogo Educacional, além de outras
ações realizadas nesse período de ensino remoto,
disponibiliza um guia de orientações norteadoras de como
trabalhar as competências socioemocionais nesse
período de pandemia e de isolamento social.

Esperamos que o material possa ajudá-lo(a) a ultrapassar


esse momento com equilíbrio e sair dele mais
fortalecido(a).

Joyce Costa Gomes de Santana


Coordenadora da 12ª CREDE - Quixadá
Material de Apoio – CSE – CREDE 12

AS COMPETÊNCIAS
SOCIOEMOCIONAIS
As competências socioemocionais incluem um conjunto
de habilidades que cada pessoa tem para lidar com as
próprias emoções, se relacionar com os outros e gerenciar
objetivos de vida, como autoconhecimento, colaboração
e resolução de problemas. Essas competências são
utilizadas cotidianamente nas diversas situações da vida e
integram o processo de cada um para aprender a
conhecer, aprender a conviver, aprender a trabalhar e
aprender a ser. Ou seja, são parte da formação integral e
do desenvolvimento de todos. No século 21, a
interconectividade e a crescente complexidade das
transformações sociais, tecnológicas, entre outras, têm
ampliado a relevância dessas competências para a
realização no âmbito pessoal, de trabalho e social.

Muitos estudos indicam que as competências


socioemocionais podem ser desenvolvidas
intencionalmente no ambiente escolar, seja em atividades
próprias para isso, ou articulando um conjunto de
componentes curriculares. Tidas como tão importantes
quanto as competências cognitivas (avaliadas por testes
de inteligência e conhecimento acadêmico) para a
obtenção de bons resultados na escola, e tão ou mais
importantes que elas para o trabalho e a vida,
formuladores de políticas públicas vêm demonstrando
interesse crescente em incorporar ferramentas para seu
desenvolvimento.
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AUTOGESTÃO
PERFIL IMPACTO
É a macrocompetência que Ajuda a traçar metas e a concretizá-las nas rotinas de
explica o grau com que um estudo e trabalho.
estudante é capaz de se
mobilizar a fim de monitorar e
regular a si mesmo para COMO APLICAR?
alcançar seus objetivos.
1. Propor uma atividade em etapas, que exija
Na escola, essa competência
organização.
se expressa principalmente na
2. Conversar com os alunos como pensam em fazer.
capacidade de se centrar e
3. Promover diálogos sobre o processo, permitir que
cumprir com suas tarefas e
troquem sugestões e impressões.
responsabilidades estudantis.
4. Valorizar atitudes de organização, força de
vontade e objetividade.

O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA?


COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS
Determinação 1. Determinação – Exercitar o esforço de estabelecer
Foco as próprias metas e terminar o que se propõe a
Organização fazer.
Persistência 2. Foco – Atividades nas quais seja fundamental a
Responsabilidade atenção seletiva e a concentração.
3. Organização – Atividades em que os estudantes
terão que ser mais organizados, pontuais e atentos
aos detalhes para cumpri-las.
4. Persistência – Atividades que possa exigir e valorizar
a superação de obstáculos.
5. Responsabilidade - Atividades nas quais se exercite
a obrigação de honrar um compromisso.
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A AUTOGESTÃO NO CONTEXTO
DA PANDEMIA
As competências que compõem o grupo da autogestão
colaboram para a reorganização, condução e
gerenciamento da vida e suas rotinas no contexto de
enfrentamento pandêmico e isolamento social, associado
a uma convivência intensa nos lares e com compromissos
escolares a se cumprir.

Boa parte dos estudantes não tinham o hábito de realizar


tarefas de casa, e agora se deparam com a escola
funcionando com ensino domiciliar. Precisam lidar
também com a própria reorganização doméstica, rotinas
sanitárias que até pouco tempo não eram nem cogitadas.
Desenvolver as competências da autogestão podem
colaborar para o processo de conscientização do
estudante quanto a importânica de se reorganizar interna
e externamente dando suporte para a adaptação em
tempos de emergência.

DETERMINAÇÃO - contribui para desenvolver metas e


sentido de vida. Desta forma é preciso determinação em
pelo menos três contextos:
1. Enfrentamento da pandemia;
2. Convivência domiciliar/familiar e rotinas domésticas;
3. Ensino remoto e atividades escolares domiciliares.

O desenvolvimento desta competência pode ser


fomentado por atividades que construam planejamento
de futuro com motivos suficientes que o mobilizem a
cumprí-lo.

FOCO - Esta competência favorece superar os distrarores.


No campo dos estudos, por exemplo, o ensino domiciliar
possui diversos distratores: TV, cama, rede, músicas, redes
sociais, o próprio contexto de pandemia, entre outros.
Ajudar o estudante a estabelecer rotinas colaborará na
superação dos distratores.
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PERSISTÊNCIA - colabora para que o estudante não


desista diante dos desafios e riscos apresentados neste
contexto. A conscientização que considere a
importância de persistir deve fazer sentido para este
estudante, para tanto utilizar a linguagem desses jovens é
fundamental para que estes abracem desafios.

ORGANIZAÇÃO - Gerar a autonomia no estudante de


organizar sua vida, suas rotinas, seu quotidiano,
conciliando convivência e compromissos domésticos,
tempo para os estudos e agilidade nos protocolos
sanitários exigidos para enfrentamento da pandemia.

RESPONSABILIDADE - entendido também como a


habilidade de responder. O tempo e a experiência tem
nos mostrado que quando confiarmos no protagonismo
ao estudante a sua habilidade em responder e
corresponder as demandas da escola atende as
necessidades educacionais. O desafio aqui para os
professores é desenvolver formas de fomentar o
protagonismo com cada estudante em sua casa.
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ENGAJAMENTO
COM OS OUTROS
PERFIL IMPACTO
Diminuição da evasão escolar e sucesso no mundo do
É a macrocompetência explica trabalho.
o grau com que um estudante
é capaz de se mobilizar a fim COMO APLICAR?
de interagir com outras pessoas
e/ou grupos sociais. 1. Garantindo a compreensão do objetivo do grupo.
Na escola, essa competência 2. Valorizando o diálogo e o posicionamento firme e
se expressa principalmente respeitoso.
através da capacidade do 3. Renegociando as ações, decisões e ideias.
estudante de se enturmar e 4. Dando o melhor de si, mantendo o otimismo.
participar ativamente dos
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA?
processos formais e informais
de socialização. 1. Assertividade – Atividades que exercitem a
capacidade de ouvir e se posicionar sem ser rude
ou agressivo com os outros.
2. Entusiasmo – Atividades que criam espaços para
valorizar as atitudes otimistas e o gosto pela vida.
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS 3. Iniciativa social – Atividades que coloquem os
Assertividade alunos em situação de aproximação e
Entusiasmo relacionamento com os outros.
Iniciativa social
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O ENGAJAMENTO COM OS OUTROS


NO CONTEXTO DA PANDEMIA
Um dos grandes desafios das redes de ensino e escolas
neste período é trabalhar o compromisso e engajamento
dos estudantes com a proposta educacional remota.
Outro desafio também é formar e informar nossos
estudantes para um papel protagonista, cidadão e
humanístico no enfrentamento da pandemia.

As competências Socioemocionais do Engajamento com


os Outros favorecem o desenvolvimento do protagonismo
já citado na competência da responsabilidade. Formas
criativas de conduzirem o ensino remoto e atividades que
possam conjugar prazer e desafio juvenil tendem a ser
melhor recepcionada a pelos estudantes.

É importante sempre refletir que quantidade de tarefas


não é a mesma coisa que qualidade das tarefas. O
objetivo suficiente não é ocupar o tempo do estudante
com tarefas sem fim. O objetivo suficiente é que ele
participe e aprenda. Frequência agora pode ser
entendida como participação. Atividades e/ou projetos
que fomentem a construção e evolução desta "escola
virtual" como uma escola viva e dinâmica serão bem
vindos. A alma e a vida da nossa escola são os estudantes.
Que projetos em formato remoto podem dinamizar a vida
da tua escola?

ASSERTIVIDADE - desenvolvemos esta competência


quando concedemos autonomia ao mesmo tempo que
confirmamos e celebramos os passos dados e as metas
alcançadas. Tanto os compromissos escolares quanto os
manejos sanitários de enfrentamento da pademia
apresentarão melhor eficácia se realizados por pessoas
assertivas.

ENTUSIASMO - é importante entender que entusiasmo não


é euforia. Esta competência Socioemocional colabora no
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processo de envolvimento de todos os estudantes porque


um entusiasta contagia os demais.

INICIATIVA SOCIAL - esta competência será favorecida se


houver:
• um trabalho que conscientize o estudante da
emergência da realidade atual e de que ele é
importante para a sua escola.
• Confiança neste estudante como parceiro da escola.
• Delegação de responsabilidades para promover o
protagonismo.

Claro que é importante que a escola, o colegiado dos


professores e o PDT discirnam aqueles "estudantes chaves"
que são reconhecidamente articuladores, parceiros e
líderes. Estes potencializarão a participação dos demais.
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AMABILIDADE
PERFIL IMPACTO
Torna as pessoas menos agressivas, facilitando a
É a macrocompetência convivência.
explica o grau com que um
estudante é capaz se socializar COMO APLICAR?
com outras pessoas e/ou
grupos sociais atravessado por 1. Montando grupos escolhendo intencionalmente
princípios e sentimentos de pessoas que não costumam trabalhar juntas.
compaixão, acolhimento e 2. Valorizando a ajuda mútua e a colavboração.
afeto. 3. Estimulando os alunos a perceberem qual
Na escola, essa macrocompe- contribuição podem dar, como é importante
tência se expressa encorajar os colegas, se colocando no lugar do
principalmente na outro e participando ativamente do processo.
capacidade que o aluno
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA?
mostra em considerar o bem-
estar de pares e professores e 1. Confiança – Atividades que aproximem os alunos e
da coletividade na tomada de exigem uma relação de confiança.
decisões e ao se comportar 2. Empatia – Desafie os alunos a se colocar no lugar
do outro e tentar ajudar.
3. Respeito - Atividades nas quais o objetivo é a
convivência pacífica, sem ofensas, intimidações e
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS descasos.
Confiança
Empatia
Respeito
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A AMABILIDADE NO CONTEXTO
DA EPIDEMIA
O processo de pandemia tem colocado em xeque a
forma do mundo funcionar. De modo especial a cultura
ocidental atual com sua competitividade, seu
individualismo e incentivo ao consumo constante. Se há
algo que sabemos sobre essa pandemia é que o "cada
um por si" não funciona neste enfrentamento. A
amabilidade é um convite para superar o distanciamento
social por laços de afeto e consideração que
transcendem o tempo e o espaço. Como diria a canção
de Milton Nascimento "...mesmo que o tempo e a
distância digam, não!" podemos guardar alguém dentro
do coração.

Algumas situações de potencial adoecimento psíquico


podem ser prevenidas criando conectividade entre as
pessoas, ou seja, uma rede de apoio social, mesmo que
virtual. As competências da amabilidade nos convidam a
desenvolver uma sociedade mais cooperativa e solidária
diante deste contexto que assusta tantos. Amabilidade
torna possível em tempos de dor, desenvolvermos
presença afetiva na vida um dos outros e encontrar
segurança e proteção emocional no mútuo apoio.

CONFIANCA - fomentar relações de confiança para que


exista uma convivência harmônica. Só posso receber
solidariedade se eu confio e só posso cooperar com o
outro se este confia em mim.

EMPATIA - Desenvolvendo a empatia se pode trabalhar no


estudante a possibilidade de criar uma rede de apoio
virtual onde todos possam se expressar. A empatia
possibilita me reconstruir para além da dor. No campo
escolar é importante articular empatia na relação
professor-estudante, ambos devem se colocar na posição
do outro e compreender que todos estão vivendo um
novo, algo inédito. O que mais este tempo pode nos
ensinar sobre empatia?
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RESPEITO - além de competência Socioemocional é um


ato de educação. Em tempos de emergência todos
sofremos, mas não sofremos igual e nem com a mesma
intensidade. É fundamental neste tempo desenvolver no
estudante o respeito pelo outro e pela sua dor,
compreendendo que nem sempre é possível supor o
quanto o outro está sofrendo diante dos acontecimentos
que emergem.
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RESILIÊNCIA
EMOCIONAL
PERFIL IMPACTO
Diminuição do absenteísmo escolar e propociona êxito no
É a macrocompetência que mundo do trabalho.
explica o grau com que um
estudante é capaz de lidar COMO APLICAR?
com as próprias emoções,
regulando os níveis de raiva, 1. Lançar uma boa situação em grupo.
insegurança e ansiedade. 2. Promover enfretamentos positivos, empodera-
No contexto escolar, essa mento.
macrocompetência se 3. Conher diferentes manifestações individuais para
expressa principalmente na saber como superaram a experiência.
capacidade de o aluno regular 4. Desmontar isolamentos, enfretamentos evasivos,
as próprias emoções diante das desistência ou agressividade.
demandas escolares e de
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA?
socialização, mantendo níveis
baixos de ansiedade e raiva, 1. Autoconfiança – Atividades que sejam possíveis
estabilidade emocional e uma valorizar o sentir-se bem e crença na forca do “eu
autoimagem realista. posso”.
2. Tolerância à frustração - Atividades que foquem em
controlar a raiva e encontrar o melhor caminho
para situações difíceis.
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS 3. Tolerância ao estresse - Atividades nas quais os
Autoconfiança alunos terão que controlar o medo e ansiedade e
Tolerância à frustração encontrar o melhor caminho para resolver as
Tolerância ao estresse situações difíceis.
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A RESILIÊNCIA EMOCIONAL NO
CONTEXTO DA PANDEMIA
Diante de uma ameaça externa e invisível que alcançou
em poucos meses todos os continentes, as pessoas podem
desenvolver uma diversidade de respostas
comportamentais e emocionais. De modo geral é um
cenário que gera picos de ansiedade e estresse.
Desesperança, medo e casos de pânico
lamentavelmente são comuns. Preocupa-se aqui com a
qualidade da saúde mental das pessoas e medidas de
proteção emocional para aquelas que já se encontram
em tratamento psicopatológico.

Desenvolver a resiliência emocional colabora para


fortalecer os recursos internos das pessoas para
enfrentarem sem prejuízos psíquicos desafios como este
da pandemia e do isolamento social. Ter resiliência
emocional é fundamental para superar este tempo.

AUTOCONFIANÇA - fomentar uma autovisão positiva pelos


nossos estudantes e por nós mesmos. O enfrentamento da
pandemia é uma ação coletiva, mas que necessita de um
protagonismo individual também. O caminho é acreditar
neste estudante para que ele acredite nele mesmo. Que
ele acredite que pode enfrentar a pandemia! Que ele
acredite que pode aprender em casa! Que ele,
estudante, e nós acreditemos que somos capazes de
superar este momento.

TOLERÂNCIA A FRUSTRAÇÃO - E as coisas não ocorreram


como eu previa. E o mundo não está como eu queria. E a
pessoa que gostaria que estivesse ao meu lado agora,
não está. E a viagem do feriado da semana santa
programado não pode ocorrer mais. As frustrações
diversas são reais. Como lido com elas? Aqui é importante
não se negar ou minimizar a frustração sentida, porque ela
existe. Criar espaços de escuta ou de compartilhamento
das frustrações pode ser suficiente para que eu aprenda
a aceitar, superar e seguir em frente.
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TOLERÂNCIA AO ESTRESSE - situação de reclusão


compulsória, associado, na visão do estudante a "uma
avalanche" de tarefas escolares pra fazer, com possível
aumento de conflitos domésticos pela convivência
intensificada, com pais também estressados, com
lamentavelmente, em alguns casos, aumento da
violência doméstica, com medo de se contaminar ou que
um familiar querido se contamine, são realidades que
podemos ouvir de nossos estudantes neste tempo. É
importante sermos presença (mesmo virtualmente),
fornecendo apoio de escuta e se mostrando como
parceiro. É comum que, diante destes conflitos, apenas a
consciência de que não se está só pode ser suficiente
para sua estrutura psíquica criar recursos de resiliência.
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ABERTURA AO
NOVO
PERFIL IMPACTO
No aumento das competências cognitivas e no avanço
É a macrocompetência que da escolaridade.
explica o grau com que um
estudante é capaz se interessar COMO APLICAR?
por buscar e produzir ideias e
estéticas diversificadas e novas. 1. Em atividade coletiva.
Na escola, essa macrocom- 2. Estimular a autoria e a participação criativa.
petência se manifesta prin- 3. Valorizar a produção do conhecimento, a criação,
cipalmente pelo interesse que a estética, a inovação.
o estudante apresenta pela
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA?
apreciação e envolvimento
por conteúdos e linguagens 1. Curiosidade para aprender – Propor desafios nos
diversificadas, como manifes- quais sejam possíveis valorizar o aprendizado e a
tações de arte e cultura, e pela exploração de coisas diferentes.
expressão criativa daquilo que 2. Imaginação criativa – Atividades que geram novas
pensa. ideias/formas de fazer as coisas “fora da caixa”.
3. Interesse artístico – Atividades que promovam a
admiração e apreciação das formas de arte e a
prática de expressão através da arte.
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS
Curiosidade para aprender
Imaginação criativa
Interesse artístico
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A ABERTURA AO NOVO NO
CONTEXTO DA PANDEMIA
O mundo já não é o mesmo que conhecíamos. Ele mudou.
Tampouco será o mesmo novamente. Da mesma forma, a
escola também não é a mesma. O ensino não é o mesmo,
de forma que o aprender também precisa acolher uma
nova forma de ser. A abertura ao novo nos permite aceitar
e acolher toda forma nova de vida que nos apresenta
neste momento e no futuro. Recursos internos de
ajustamento criativo podem facilitar o desenvolvimento
das competências Socioemocionais da abertura ao novo
em um tempo onde precisamos conhecer o que
acontece em nós e no mundo, aceitar a realidade com
resiliência e superar com criatividade.

CURIOSIDADE PARA APRENDER - em todo tempo, a


existência nos dá oportunidade de aprendermos. Este é
um tempo rico para aprender. Quantas dúvidas, em áreas
do conhecimento tão diferentes podemos explorar
agora? Da fisiologia à economia. Do comportamento
humano à diversidade cultural. Desenvolve-se a
curiosidade quando o que eu apresento para a pessoa é
algo que faz sentido para ela, é aplicável em sua vida ou
possui um interesse genuíno. A curiosidade nos
movimenta, e movimento é saúde. Ao contrário,
estagnação é adoecer. Daí a importância de despertar a
curiosidade para aprender.

IMAGINAÇÃO CRIATIVA - imaginação e criatividade são


recursos internos que podem favorecer a abertura ao
novo que vida nos apresentou neste tempo. " ...e se?",
"Porque não?", são questões que nos libertam de amarras
rígidas de compreender o mundo. Inovar é uma
característica da criatividade. Até que ponto eu permito
que a privação da liberdade externa interfira na minha
liberdade interior? É tempo de nos reinventarmos também!

INTERESSE ARTÍSTICO - Alguém disse um dia que "a arte


salvará o mundo". Arte em tempo de pandemia e
isolamento é um remédio que pode colaborar em
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preservar nossa saúde de forma integrativa. Já se tem


observado lives com shows, saraus, recitais e, certamente
produz impacto saudável nessas conexões.
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REFERÊNCIAS
PORVIR – Educação para o século 21 – 2014 -
https://socioemocionais.porvir.org/ - acesso em: 30.03.2020

INSTITUTO AYTON SENNA – BNCC: construindo um currículo de


educação integral - https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-
br/BNCC/desenvolvimento.html - acesso em: 29.03.2020
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Camilo Sobreira de Santana


Governador

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho


Vice-governadora

Eliana Nunes Estrela


Secretária de Educação

Rogers Vasconcelos Mendes


Secretário Executivo de Ensino Médio e Educação Profissional

Ideigiane Terceiro Nobre


Coordenadora da Coordenadoria de Gestão Pedagógica do Ensino
Médio

Maria da Conceição Alexandre Souza


Coordenadora Estadual do PPDT

Parceiros

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