O documento discute a importância do planejamento escolar. Ele explica que o planejamento envolve definir objetivos, conteúdos, métodos e avaliação para garantir a aprendizagem dos alunos de forma eficaz. Também discute a importância de acompanhar alunos com dificuldades e fornecer estratégias direcionadas para apoiar seu aprendizado.
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Título original
Planejamento e Alunos Com Dificuldades de Aprendizagem
O documento discute a importância do planejamento escolar. Ele explica que o planejamento envolve definir objetivos, conteúdos, métodos e avaliação para garantir a aprendizagem dos alunos de forma eficaz. Também discute a importância de acompanhar alunos com dificuldades e fornecer estratégias direcionadas para apoiar seu aprendizado.
O documento discute a importância do planejamento escolar. Ele explica que o planejamento envolve definir objetivos, conteúdos, métodos e avaliação para garantir a aprendizagem dos alunos de forma eficaz. Também discute a importância de acompanhar alunos com dificuldades e fornecer estratégias direcionadas para apoiar seu aprendizado.
Profª Ms. Devanir de Lourdes Martins Papa Jerônimo
JANDAIA DO SUL - 2022 PLANEJAMENTO E PLANO DE AULA Pode-se afirmar que cada peça do quebra- cabeça seja o plano de aula. Logo, para que as peças se agrupem há necessidade de que cada uma delas esteja no devido local. Fazendo uma analogia com o planejamento, os encaixes farão sua correlação com os objetivos anteriormente elencados no mencionado plano. Historicamente, percebe-se que planejar é algo extremamente presente na vida. Planeja-se absolutamente para tudo, desde comer, tomar banho, dirigir, caminhar, estudar, trabalhar... O ato de planejar está diretamente ligado a assegurar uma boa gestão, conhecer a realidade e necessidades, identificar oportunidades de melhoria, traçar estratégias e metodologias adequadas para alcançar os objetivos com eficiência e obter êxito nas ações e na avaliação. Na visão de Vasconcellos (2018) o planejamento se fundamenta na necessidade de mudança, pois planejar é antecipar uma ação para realizá-la com êxito, sendo muito importante e eficaz a mudança por parte do educador. Para Gandin (2015, p. 41), o planejamento: “[...] consiste exatamente no processo de explicar a realidade desejada e de construir (transformar) a realidade existente tendo como rumo aquela realidade desejada”. Logo, é imprescindível que haja acompanhamento e feedback, desta maneira os conteúdos ministrados, as estratégias e os recursos utilizados estejam afinados para que a avaliação seja contemplada. Na concepção de Libâneo (2017, p. 123): O planejamento consiste numa atividade de previsão da ação a ser realizada, implicando definições de necessidades a atender, objetivos a atingir dentro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execução e formas de avaliação. Destarte, para que o plano se efetive há que se considerar três pilares: Realidade ( presente, onde estamos?); Finalidades (pensar no futuro, / o que queremos alcançar?); Mediação (de que forma, como iremos conseguir ?) O planejamento é um conjunto de ações que são preparadas projetando um determinado objetivo, em outras palavras é “um conjunto de ações coordenadas visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente e econômica”. (Luckesi, 2018, p.121). Para um planejamento eficaz e eficiente há que se considerar alguns eixos: Características dos alunos; Objetivos; Conteúdo/ objeto do conhecimento; Competências e habilidades; Métodos e procedimentos que deverão ser desenvolvidos para melhor compreensão, assimilação, organização e fixação do conteúdo; Recursos e materiais que serão utilizados; Avaliação e verificação da aprendizagem; Referencial Teórico básico; Avaliação O planejamento no contexto escolar precisa estar em conformidade às especificidades de cada realidade e permitir tanto a alunos, quanto a professores e demais integrantes da escola a reflexão sobre o papel social a ser desempenhado. AS DEZ (10) COMPETÊNCIAS DE ACORDO COM A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) CONHECIMENTO O conhecimento envolve a competência do estudante em compreender e empregar o aprendizado no mundo social, físico, digital e cultural Pensamento crítico, científico e criativo O pensamento crítico é estimulado pela reflexão acerca do universo em que o aluno se insere. É importante que o aluno use a imaginação durante o período escolar e tenha acesso ao conhecimento científico das mais diversas áreas. Senso estético A estética é um elemento organizador do espaço e do pensamento criativo. Durante a educação básica, o aluno deve ter contato com teatro, cinema, artes plásticas, entre outros. Assim, os estudantes entenderão a importância da arte e de outras manifestações culturais. . Comunicação É importante que o aluno expresse sentimentos, opiniões e ideias. Com isso, o ambiente escolar será um local de compartilhamento de conhecimento. Além disso, o aluno entra em contato com diferentes tipos de linguagem, aumentando cada vez mais a habilidade da comunicação. Argumentação É importante que os estudantes sejam estimulados a defender as suas próprias ideias e, principalmente, compreender de que forma fazer isso, tolerando e respeitando a opinião de outros. Deseja-se que os alunos argumentem e defendam as suas opiniões, promovendo uma consciência mais ética e socioambiental. Cultura digital Entender e utilizar da melhor forma possível os recursos tecnológicos é essencial durante a educação básica. A inserção responsável de tecnologias no ambiente escolar tem por objetivo inicial facilitar o acesso dos alunos a informações. E, para além do consumo de informações, o aluno pode aprender a se comunicar por meio da tecnologia e valer-se de ferramentas e aplicativos para produzir informação. Promover o uso de mídias e plataformas digitais como meio de comunicação, expressão e compartilhamento de conhecimento é fundamental na busca de resoluções de problemas. Empatia e cooperação Tanto o respeito quanto a empatia são atitudes essenciais para um convívio social saudável. Nesse caso, a escola pode fomentar a cooperação e o respeito mútuo quando se dedica a estudar e a respeitar os direitos humanos. Valorizar os grupos sociais e respeitar as diferenças comportamentais de cada um deles é uma competência pertinente a ser ensinada no ambiente escolar e está relacionada a instigar os alunos a conhecerem e entenderem as diferenças, sem preconceito ou intolerância. Já, a capacidade de cooperar é desenvolvida por meio de atividades em grupos e na habilidade de resolver problemas e conflitos. Autonomia A autonomia está ligada à competência de fazer escolhas e também à responsabilidade de assumir as próprias escolhas e atos. O incentivo, desde criança, ao desenvolvimento dessa habilidade é essencial para o fortalecimento do processo democrático. Indivíduos competentes e dotados de pensamento crítico serão capazes de agir com ética, estética e responsabilidade social. Autogestão A autogestão é a capacidade de tomar decisões com responsabilidade, autonomia e consciência crítica, levando em conta as consequências de decisões pessoais na esfera coletiva. O aluno desenvolverá resiliência para enfrentar situações que surgirão já na idade escolar, gerando resultados positivos também para a vida adulta. . Autoconhecimento e autocuidado O autocuidado está relacionado com a forma de cuidar do corpo, da mente e das emoções da melhor forma possível. Essa competência também envolve a capacidade da autocrítica, buscando melhorias contínuas. Outro ponto a ser desenvolvido é a habilidade de lidar com a pressão de grupos para manter um convívio saudável com outros. As competências específicas são aquelas necessárias para executar um trabalho, atividade ou função determinadas de maneira correta, mas que não podem ser aplicadas a outras áreas. REFERÊNCIAS GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em outras instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, político religioso e governamental. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2015. LIBÂNEO, João Carlos. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 8. ed. Goiânia: Alternativa, 2017. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de ensino aprendizagem e Projeto Político Pedagógico - elementos metodológicos para elaboração e realização. São Paulo: Libertad, 2018. O ACOMPANHAMENTO AO ESTUDANTE COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Dificuldades de aprendizagem referem-se a algum prejuízo, atraso e/ou desordem na apreensão de comandos e informações em geral, as quais podem ter as suas origens em fatores diversos e podem estar ligadas a certos comprometimentos no cérebro, mas não têm todas as suas origens na ordem biológica. Em alguns casos, suas origens podem advir de conflitos pessoais, culturais e sociais. Vale ressaltar que ter dificuldade em aprender não significa que o aluno não aprenda, pois todas as pessoas são capazes de aprender. Por meio do acompanhamento periódico, da produção de registros e de uma avaliação diagnóstica, a pedagoga e o docente podem verificar quais crianças apresentam algum tipo de dificuldade e, juntos, planejar intervenções para tentar superá-las. AS ESTRATÉGIAS DIRECIONADAS A pedagoga e a professora devem ter clareza sobre as expectativas de aprendizagem para cada série. Para isso, são necessários instrumentos de registro e avaliação diagnóstica, que ajudem a entender quais são as dificuldades do aluno. Desta forma, a pedagoga auxiliará o professor a diagnosticar o problema e, depois, poderá avaliar qual a melhor estratégia para conduzir cada caso. Diante do diagnóstico, deverá ser traçado um plano de ação em conformidade com as especificidades apresentadas pelos alunos que apresentam dificuldades concernentes à aprendizagem. A Lei Lei 14.254/21 obriga o poder público a oferecer um programa de diagnóstico e tratamento precoce aos alunos da educação básica com dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou qualquer outro transtorno de aprendizagem. A lei determina ainda que os sistemas de ensino devem capacitar os professores da educação básica para identificação precoce dos sinais relacionados aos transtornos de aprendizagem ou ao TDAH. Transtorno do Espectro Autista( T E A ) Uma boa estratégia é fazer reuniões frequentes com docentes da mesma série, para que eles possam compartilhar boas estratégias e pensar em possibilidades para problemas comuns. É válido ressaltar a importância da integração entre o Professor regente e os profissionais de apoio aos estudantes que apresentam dificuldades relacionadas à aprendizagem. É imperioso afirmar que a aprendizagem do aluno deve envolver não só a sua escolaridade como também, os demais contextos que fazem parte de sua vida. As relações existentes no processo de aprendizagem e as emoções demonstram que deve haver fortes vínculos de manifestação afetiva no contexto da sala de aula. Desta forma, o desenvolvimento cognitivo e emocional deverão caminhar juntos com o objetivo de auxiliar os alunos no decorrer do percurso tanto na elaboração, quanto da execução das atividades no processo de aprendizagem. Assim sendo, se a transmissão do conhecimento, em geral, faz-se através da atuação e da intervenção do outro, a mediação das emoções é um componente fundamental que se faz presente no processo de aprendizagem. Logo, cognição e emoção não devem ser consideradas estanques.