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Ensino Fundamental
Secretária de Estado de Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira
Tutores(as) Educacionais
Alexssandra Terribelle
Renato Moura
Material do Professor de Estudo Orientado
Essas dez competências foram definidas a partir dos princípios éticos, estéticos e
políticos assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(DCNEB) e dos conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais para a vida no
século XXI, presentes no Documento Curricular para Goiás - Ampliado (DC-GO
Ampliado) da Educação Infantil e do Ensino Fundamental que será implementado em
todas as instituições escolares do território Goiano a partir deste ano de 2020.
O Ensino Fundamental tem como objetivo geral para a sua estruturação
curricular, a utilização de diferentes linguagens - verbal, matemática, gráfica, plástica,
corporal - como meio para expressar e comunicar ideias, interpretar e usufruir das
produções da cultura.
Assim, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Fundamental (1999), a escola, em cumprimento ao seu papel primordial, deve pensar
num currículo como instrumentação da cidadania democrática, contemplando conteúdos
e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser humano para a realização de
atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade
produtiva e a experiência subjetiva, incorporando como diretrizes gerais e orientadoras
as quatro premissas apontadas pela UNESCO para a educação na sociedade
contemporânea:
Para que o estudante receba a orientação para estudar, para fazer tarefas, para
utilizar-se das variadas técnicas de leitura, análise e manipulação de dados e
informações, você professor, tem sua parcela de contribuição em estimular os
estudantes a: QUERER estudar (ter uma atitude positiva para o estudo); PODER estudar
( ter aptidões como capacidade intelectual, vontade, hábitos de estudo, condições
pessoais, familiares); SABER estudar, dominar técnicas, utilizar estratégias que
favoreçam a aprendizagem.
Dessa forma, ofereceremos aos estudantes as condições básicas para a aquisição de
competências e habilidades nas distintas áreas do conhecimento humano. Esse manual
aborda questões fundamentais para a realização de um bom estudo,
RESPONSABILIDADE PESSOAL, ORGANIZAÇÃO PESSOAL, ORGANIZAÇÃO
MATERIAL, TÉCNICAS DE ESTUDOS.
Ao final do ano letivo, bem como de toda a jornada do Ensino Fundamental,
cada estudante deverá ter entendido que a construção do seu Projeto de Vida lhe levará
ao sucesso acadêmico e pessoal;
Bom trabalho!
PLANO ANUAL DE ESTUDO ORIENTADO / 2020
Ensino Fundamental – Anos Finais (8° e 9° Ano)
CARGA HORÁRIA: 01 aula semanal /40 aulas anuais.
1º SEMESTRE
UNIDADE TEMÁTICA
Responsabilidade Pessoal Acadêmica.
Técnicas de estudo.
HABILIDADES
Despertar o interesse em relação a melhores expectativas de vida, estruturando
um plano de estudo para fortalecer o projeto de vida.
Desenvolver habilidades para gerir o tempo de estudo;
Identificar as diferentes formas de se organizar para estudar, sistematizando o
tempo;
Selecionar a técnica adequada à situação de aprendizagem;
Aplicar técnicas de estudo na rotina diária;
Reconhecer a importância do estudo na sua realidade, respeitando a diversidade
cultural e social para potencializar a aprendizagem nos demais componentes
curriculares.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Projeto de Vida;
Organização do tempo de estudo;
Introdução do quadro SQA / autoconhecimento;
Construção do plano de estudo / monitoramento;
Como calcular e dividir o tempo de estudo;
Introdução da técnica do PDCA;
A Combinação entre as Teorias de Estudo e a prática cotidiana.
Técnicas de análise.
Técnicas de síntese.
Técnicas de Pesquisa.
Manejo da informação, de anotações à margem, sublinhado, resumo, esquema,
quadro sinótico, mapa conceitual.
2º SEMESTRE
UNIDADE TEMÁTICA
Organização pessoal e material.
Criação de um plano de estudo.
HABILIDADES
Reconhecer a importância da qualidade da organização pessoal e material,
retomando o plano de estudo para analisar o próprio desempenho escolar;
Adquirir o hábito de estudar diariamente, utilizando técnicas diversas para
potencializar a aprendizagem nos demais componentes curriculares;
Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos,
respeitando o ambiente escolar para fortalecer o Protagonismo Juvenil.
OBJETO DE CONHECIMENTO
AVALIAÇÃO
Participação na execução das atividades propostas;
Envolvimento com o tempo;
Compromisso com o estudo;
Leitura e interpretação de textos;
Discussão e debate de temas e/ou problemas (roda de conversa);
Utilização das TIC (tecnologias de informação e comunicação) e de vários
outros recursos materiais, como meio de comunicação;
Atividades físicas, de expressão plástica, musical e outras;
Capacidade de oralidade, argumentação e contra argumentação nas discussões
propostas;
Capacidade de interação nas atividades em grupo.
OBJETIVOS
Reconhecer a necessidade e importância da aquisição de hábitos e rotinas de
estudo.
Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos.
Reconhecer os elementos essenciais para o ato de estudar.
Compreender a diferença entre intensidade e qualidade de estudo.
Apropriar-se da capacidade de se organizar para estudar.
Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária.
Consolidar hábitos e rotinas de estudo.
Como trabalhar com Estudo Orientação?
Trabalhar com atividades estruturadas e programadas pelo professor responsável
pela turma;
Manter planejamento de trabalho com as turmas/alunos;
Dialogar com os demais professores da unidade para compreender os avanços e
as dificuldades dos alunos;
Conhecer as agendas de trabalho dos professores da escola (tarefas dadas e
prospectadas);
Conhecer a agenda de trabalho dos alunos;
Manter uma rotina de trocas que permitam avaliar o progresso ou eventuais
manutenções de dificuldades dos alunos.
PLANEJAMENTO DAS AULAS
Objetivos de
Aulas Conceitos Trabalhados
Aprendizado
Reconhecer a necessidade Compromisso com a agenda.
Responsabilidade e importância da aquisição Relação entre estudos e
Pessoal de hábitos e rotinas de desenvolvimento do cidadão.
estudo. Introdução ao Projeto de Vida.
Diferença entre intensidade e
qualidade de estudo.
Organização Identificar os hábitos Reconhecimento dos
Pessoal essenciais para a criação elementos essenciais no
de uma rotina de estudos. estudo.
Desenvolvimento de bons
hábitos para estudar.
Organização do tempo.
Apropriar-se da Prioridades no estudo.
Organização capacidade de se organizar Seleção de materiais.
Material para estudar. Planejamento de um esquema
semanal de estudos.
Organização da agenda de
atividades escolares.
Compreender e aplicar Técnicas de PDCA.
técnicas de estudo na Técnicas de Análise.
Técnicas de rotina diária. Técnicas de Síntese.
Estudo Manejo da informação.
Quadro SQA.
Leitura
Compreensão
Compreender e aplicar Retenção
Técnicas de técnicas de análise na Maus hábitos da leitura
Análise rotina diária. Dicas para desenvolver bons
hábitos de leitura
Anotações
Sublinhado
Esquema
Resumo
Compreender e aplicar Quadro Sinótico
Técnicas de técnicas de síntese na Mapas Conceituais
Síntese rotina diária. Definição
Diretrizes
Como construir um Mapa
conceitual
Técnicas de Compreender e aplicar Definição
Pesquisa técnicas de pesquisa na Diretrizes
rotina diária
AULA 1 – RESPONSABILIDADE PESSOAL
Objetivos:
Conscientizar os estudantes da necessidade de um estudo eficaz;
Reconhecer a necessidade e importância da aquisição de hábitos e rotinas de
estudo.
Estruturar um plano de estudo para fortalecer o projeto de vida.
Conceitos trabalhados:
Compromisso com a agenda.
Relação entre estudos e desenvolvimento do cidadão.
Projeto de Vida para o futuro.
Atividades:
Apresentação sobre o Estudo Orientado – 15 min
Questionário sobre hábitos - 15min
Razões para estudar - 10 min
Conversa final –10 min
Essa apresentação não se recomenda a leitura, visto que existem alguns termos
que o aluno certamente não conhecerá. Por isso professor, leia antes e explique a seus
alunos, adequando à linguagem, se necessário.
Algumas perguntas surgirão a respeito do Estudo Orientado, como essas: Para
que serve? Como funcionará? É para fazer as tarefas que não dá tempo de fazer em
casa? É para descansar?
O primeiro aspecto que tem que ficar claro para o estudante é que o Estudo
Orientado NÃO É PARA REALIZAR TAREFAS ou pelo menos não se resume a isso,
o ato de fazer as atividades passadas pelos professores é apenas mais uma atribuição que
ele terá que realizar nesse espaço, porém, necessitarão saber, como estudar? Como
priorizar as demandas? Entender que estudar não pode ser sinônimo de cansaço, mau
humor, dor de cabeça, ou seja, algo negativo.
Os estudantes precisão criar o hábito de estudar, segundo o dicionário da língua
portuguesa, hábito é: “Comportamento que determinada pessoa aprende e repete
frequentemente, sem pensar como deve executá-lo. Uso, costume; maneira de viver;
modo constante de comportar-se, de agir. Muitas ações da vida cotidiana constituem
hábitos. O hábito difere do instinto, que é um comportamento inato, não aprendido.”
Quando aprendemos a realizar determinadas ações que exigem que pensemos
em técnicas para realizá-las, com o tempo já não precisamos pensar nelas, é o que
acontece quando escrevemos (O desenho das letras), quando descemos uma rua, quando
levantamos o braço para tomar água e etc. Ficamos hábeis com o tempo. O mesmo
acontece quando adquirimos o hábito de estudar e fazemos uso das técnicas de estudo
de maneira natural.
Desenvolvimento: Professor, passe aos alunos uma lista com grandes motivos
relacionados ao por que se deve estudar. Acrescente outros motivos de sua preferência.
Peça aos alunos que escolham cinco motivos dessa lista e classifique-os por ordem de
importância pessoal. Deixe claro que estão livres para acrescentar outras de sua vontade.
1. Ser capaz de entender o mundo em que vivo e as coisas que acontecem nele.
2. Pensar com minha cabeça e evitar que outros me manipulem.
3. Expressar com clareza minhas ideias, sentimentos, opiniões e projetos.
4. Poder viajar, conhecer outras pessoas e culturas, falar idiomas.
5. Superar-me, ser feliz por conseguir novas metas.
6. Dar alegria aos que me querem bem e me conhecem.
7. Desfrutar das férias, sem pensar em recuperações e exames finais.
8. Dar passos, curso a curso, para fazer carreira ou trabalhar no que desejo.
9. Ter mais segurança, mais amigos e melhores relações com minha família.
10. Conseguir as regalias e prêmios que desejo.
11. Tirar boas notas e conseguir a satisfação pessoal, etc.
12. Mudar um pouco a realidade que vivo através da ascensão profissional.
13. Tornar-me um cidadão de bem, competente e autor da minha própria história.
14. Através da educação, poder transformar o cenário da minha comunidade e do meu
país.
Ao final, peça que confeccionem uma pequena cartilha com as cinco razões
escolhidas e apresente para toda a turma explicando o por que de cada escolha.
Atividades:
Conversa sobre a aula anterior – 5 min
Intensidade x Qualidade de estudo -10 min
Conversa final – 5 min
ANEXO I
Material de apoio ao Professor
1. Técnicas de análise
1.1. Leitura
“Um país se faz com homens e livros.”
Monteiro Lobato
1.1.1 Compreensão:
Compreender o que se ler é um fator imprescindível e determinante no
rendimento do aluno. Quando a leitura é compreendida se cria a concepção dos
conceitos principais e secundários do texto. Ao mesmo tempo, se torna capaz de
distinguir as ideias explicitas e implícitas contidas nele. A leitura pode ser feita quantas
vezes o aluno achar necessário. Para verificar se conseguiu compreender efetivamente o
texto, o aluno pode responder perguntas em relação ao mesmo ou tentar redigir a ideia
central com suas próprias palavras.
Para absorver a ideia principal do texto no ato da leitura, o aluno deve focalizar
as palavras-chaves.
1.1.2. Retenção:
O processo de retenção envolve tudo que se consegue absorver e armazenar
através da leitura. É o que o aluno consegue guardar, lembrar em situações que se
relacionem com o que foi lido, associar com outro conteúdo já existente em sua
memória.
O ato de reter está estritamente interconectado ao aprender: Só se retém o que se
aprende.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a Lei
9.394, determina que o professor de todas as áreas tenha como compromisso promover
a produção da leitura e da escrita.
1.1.3. Maus hábitos de leitura:
Deve-se alertar ao aluno a respeito de certos hábitos equivocados que não só
atrasam a velocidade da leitura como também enfraquecem a compreensão e retenção
dos conceitos.
A seguir, segue a lista de hábitos que requerem atenção especial na hora da
leitura:
Vocalização
Ato de acompanhar a leitura com movimentos labiais, sem emitir-se som. Inviabiliza o
rendimento pleno da leitura, já que atenção do leitor é desviada. O aluno preocupa-se
em vocalizar cada palavra lida, perdendo assim, o significado global abordado no texto.
Regressão
Ato de regressar à parte que já foi lida do texto. O aluno muitas vezes pode fazer isso
involuntariamente. Caso o professor perceba essa debilidade no seu aluno deve alertá-
lo sobre esse problema de maneira que o oriente a ficar mais atento na hora de ler.
É imprescindível o acompanhamento do educador na leitura dos alunos em sua
fase fundamental da educação, onde se constrói todo o alicerce educacional e as
ferramentas básicas para o aprendizado. O profissional deve ser capaz de detectar tais
hábitos, orientar na sua possível melhora e acompanhar de forma que se certifique que
houve de fato, a mudança.
Movimentos Corporais
Qualquer movimento físico realizado na hora da leitura se configura na ordem
inversa a do aprendizado.
Insuficiência no vocabulário
O aluno que dispõe de um vocabulário amplo potencializa, acelera e enriquece o
seu aprendizado.
A seguir, listamos alguns passos como exercícios visando à melhora do
vocabulário:
Sublinhar a palavra desconhecida.
Buscar seu significado no dicionário.
Anotar sinônimos referentes a essa palavra.
Criar frases, nas quais possa empregar a nova palavra.
Preparar um arquivo que contenha as palavras descobertas com seus respectivos
significados, sinônimos e frases criadas. O arquivo deve ser constantemente
revisado buscando assim, a retenção das novas palavras.
1.1.4. Dicas para desenvolver bons hábitos de leitura:
Focalizar a atenção e concentração, eliminando distrações externas.
Buscar ambientes confortáveis e organizados.
Buscar as palavras-chave a fim de entender o texto em sua totalidade.
Desenvolver vocabulário, através de um incremento na frequência com que se
ler.
Criar estratégias para corrigir maus hábitos que se percebam na leitura-
vocalização, regressão, etc.
Revisar e repensar no conteúdo lido são exercícios que verificam se o aluno está
conseguindo assimilar o conteúdo.
Resumir e reescrever o que leu potencializa a compreensão.
Quem domina com segurança satisfatória a leitura, dispõe de uma poderosa
ferramenta que lhe permite organizar o raciocínio, expor claramente os pensamentos,
apreender com precisão as ideias contidas no texto, contextualizar assuntos diversos em
função da sua maior capacidade de compreensão acumulada ao longo do processo de
aprendizagem.
1.2. Anotações
A técnica de anotar à margem dos textos, possibilita ao aluno voltar a atenção
para aquilo que julga relevante.
Emprega-se tanto de maneira verbal como simbólica. Palavras-chave,
comentários, figura, desenho, sinais (exclamação, interrogação) e outros da criatividade
do aluno, são válidos para assinalar suas considerações.
1.3. Sublinhando
Técnica de análise de texto, que consiste em grifar as ideias importantes de
maneira que volte a atenção à parte destacada numa posterior releitura. Objetiva dividir
as partes do texto em graus de relevância distintos.
Não se devem sublinhar frases ou linhas inteiras, apenas os dados importantes e
as palavras-chave. Exemplos:
a) Os componentes do sangue
b) O sangue humano é um líquido denso de cor vermelha. É formado pelo
plasma sanguíneo, os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas.
2. Técnicas de Síntese
2.1. Esquema
Forma de sintetizar conceitos, mediante uma estruturação de temas importantes,
contidos no texto. Nada mais é do que uma organização gráfica do que já foi
previamente sublinhando. O esquema deve ser:
Ordenado
Claro
Conciso
Simples
Perceptível
Uma de suas principais vantagens é garantir ao estudante a possibilidade de uma
visão ampla do conteúdo estudado. Exemplo:
2.2. Resumo
Resumir é apresentar de forma breve e concisa um determinado conteúdo. Um
bom resumo permite ao estudante encontrar rapidamente as ideias, informações e
conceitos desenvolvidos pelo autor ao longo do texto.
Existem dois tipos usuais de resumo, que são:
Resumo Indicativo: indica apenas os pontos principais do texto, não
apresentando dados qualitativos, quantitativos, etc.
Resumo Informativo: informa o leitor suficientemente, de maneira que ele
possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe finalidades,
metodologia, resultados e conclusões.
REFERÊNCIAS
PEÑA, Ontoria Antônio. Mapas Conceituais – Uma técnica para aprender. São Paulo.
Paulo. Loyola: 2005.
Vida Maria.
http://www.youtube.com/watch?v=6-1CjDCmEiM
ANEXO II
Cardápio de Técnicas para o
Estudo Orientado
Palavras isoladas
A palavra "antes" foi marcada de forma isolada na frase. Às vezes, são
selecionados termos que parecem não fazer sentido sozinhos.
Como a construção sintática nem sempre é linear, qual a relação entre as partes
grifadas? Se a ligação não for evidente, faça anotações laterais para explicá-la.
Falta de Critério
Nem todos os parágrafos apresentam informações que precisam ser ressaltadas,
assim como o primeiro deste texto, que não traz dados relevantes sobre o tema.Antes de
sair sublinhando, é importante ler o material todo para ter uma noção geral do assunto.
Informações descontextualizadas
Pode-se marcar dados soltos somente porque são difíceis de entender ou lembrar.
Faça anotações para contextualizar ou explicar o termo.
2. TOMAR NOTAS
Observações pessoais
Ao fazer as notas, você aprende a registrar as próprias impressões, relacionando
as informações que ouve com o que vê.
Informações secundárias
É preciso saber selecionar os dados que merecem registro.
Preste atenção na ênfase dada pelo professor/orador e em expressões como "um
fator decisivo" e "concluímos que", que dão uma dica do que é importante e descartando
dados que não são essenciais para a compreensão do tema.
Técnicas de registro
Foram usadas diferentes técnicas de registro, como frases completas, tópicos e
desenhos. O domínio de mecanismos de organização de texto ajuda na compreensão
depois.
Compartilhe com os colegas suas anotações o critério usado na escolha das diferentes
técnicas. Assim outros também podem se apropriar delas.
3. SINTETIZAR x RESUMIR
4. ESQUEMATIZAR
O que é
Representar graficamente um tema. A organização do esquema reflete uma
síntese, com seus principais conceitos e a relação entre eles.
Como trabalhar
Esquemas devem ser sucintos e coerentes. A construção do esquema começa
por reconhecer o conceito central do conteúdo (texto, vídeo, aula etc). Ele será
a palavra-chave e deve aparecer em destaque. Depois eleja informações específicas
relacionadas a ele: estabeleça um número limite (entre dez e 15 palavras) para facilitar.
Identificar a relação entre os conceitos e deles com a palavra central. É preciso
separar as ideias gerais das específicas, criando uma hierarquia (característica de um
tipo de esquema, o mapa conceitual - exemplificado abaixo).
Socializar os esquemas. Não há fórmula certa: quando os conceitos principais
não são previamente acordados, cada um elege informações diferentes como
fundamentais.
Compartilhe com os colegas o conteúdo com base em seus esquemas para
confirmar a compreensão do assunto.
5. MAPA CONCEITUAL
Ideia principal
Sempre devem ficar claros quais os itens contextualmente mais importantes e
quais os secundários.
"Como saber, olhando para o esquema, qual é o assunto principal?"
Tanto a posição dos termos como as setas podem ser usadas para indicar relações.
Construir um mapa conceitual (combinar disciplina) trazer para a próxima aula.
Explique o tema por meio do mapa conceitual construído. Reconhecer se os elementos
no esquema são suficientes para essa explanação.
Falta de informação
No mapa acima não foram inseridas características dos répteis, como tipo de pele
e ambiente em que vivem. Para que perceba falhas no seu mapa, você pode comparar
sua produção com a de um colega, assim identifica termos que o outro pode ter
levantado.
"O que mais foi visto sobre o assunto?"
"Por que isso ficou de fora de seu esquema?".
Organização confusa
No texto acima, por serem da mesma natureza (répteis), os animais poderiam estar
listados na horizontal e ligados por uma linha, onde apareceria a palavra "exemplo" (a
ligação entre os conceitos) uma única vez.
"O que os animais listados têm em comum?"
"Como mostrar essa relação?".
Relação inadequada
Reflita sobre as relações num primeiro momento sem apontar os equívocos.
Explique o que une esses conceitos e, se não conseguir, retome o conteúdo.
Um novo local para o termo no esquema? Sua eliminação ou substituição?
Palavras de ligação
Palavras acima das setas e linhas explicam a ligação entre os termos. Caso elas
não apareçam no esquema, vale perguntar: "Qual a relação entre os conceitos ligados?"
"Por que estão unidos na vertical (na horizontal/transversal)?".
Destaque inadequado
Colocado em uma caixinha, o verbo parece uma informação relevante. Os
conceitos destacados devem ser de conteúdo.
O que "são" representa. Ele merece tanta evidência ou é apenas uma
classificação da palavra a seguir? Esse entendimento evita que frases inteiras sejam
escritas dentro de caixinhas.
6. RESUMO
O que é?
Procedimento de leitura para organizar informações e facilitar a compreensão do
conteúdo, elegendo os aspectos mais relevantes. Permite articular os comportamentos
leitores e escritores em situação de estudo.
Como trabalhar?
Os desafios são: ler, entender, selecionar e organizar os dados por escrito. Como
não deixa de ser um gênero textual, deve obedecer a regras de sintaxe e manter a coesão
entre as frases.
Agora que você elaborou seu resumo, compare sua produção com o resumo que
seu professor vai projetar e observe:
a. A escolha das informações retidas no resumo foi semelhante ou bastante diferente?
b. Você avalia que o resumo apresentado reconstrói as relações entre as principais ideias
do texto original e sustenta a conclusão apresentada? E em seu resumo, como você
avalia essa reconstrução?
c. Você observou que no modelo apresentado muitos trechos correspondem fielmente a
trechos do texto original? Você também usou esse expediente em seu resumo?
d. Você poderia eliminar mais informações de seu resumo que, agora, julga
desnecessárias ou, ao contrário, avalia que precisa incluir outras informações? Se julgar
necessário, faça uma segunda versão de seu resumo.
7. RESENHAR
Algumas dicas:
1. Não existe resposta completa. O que há é "autonomia sintática" na resposta. Por
exemplo: para uma questão como esta:
O que pretende a personagem ao fazer o comentário inicial?
a resposta não precisa transcrever todo o enunciado, mas manter uma lógica
sintática como: Ela pretende que o vizinho lhe dirija a palavra com delicadeza.
de forma que você evite iniciar a resposta com a conjunção, construindo uma
frase truncada sintaticamente, como: Que o vizinho lhe dirija a palavra com delicadeza.
2. Evitar "O texto fala", "O texto mostra", "A célula sugere", "A tabela periódica diz" e
outras formas de personificação.
3. Preferir a impessoalidade: "Pode-se afirmar que", "Segundo o texto", "De acordo com
a tabela", "Na estrutura da célula percebemos" etc.
4. Distinguir TRANSCRIÇÃO de REESCRITA, sobretudo no que se refere ao uso das
aspas. Elas só devem ser usadas na transcrição.
5. Atentar para intervenções da oralidade inadequada à linguagem científica, como o
desnecessário sujeito pleonástico: "O autor, ele expõe".
6. Cuidado com duplos sentidos, ironias, figuratividades, referências incorretas a autores
e textos etc.
8. REVER CÁLCULOS
O que é?
Resolver problemas, analisá-los, construir estratégias matemáticas, comunicá-
las e confrontá-las com outras, identificar as questões e refletir sobre esses processos.
Para isso, vocês devem ter consciência sobre o que ainda não foi compreendido.
Como trabalhar?
Dentre as áreas de ensino, a Matemática tem uma particularidade: ela se estuda
lendo, escrevendo e, em grande parte, resolvendo cálculos.
O que é importante anotar? Dessa forma, "o caderno pode ser um recurso que
permite olhar para trás, voltar sobre o que foi feito para convertê-lo em fonte de
consulta após várias aulas"(Ponce).
Interpretação de texto
Entender o enunciado, percebendo o conteúdo matemático em jogo, é o primeiro
passo para resolver uma questão. Identifiquem as características de um conjunto de
problemas, reconhecendo as diferenças entre situações que parecem similares.
Retomar conteúdo
O sistema de equação está correto, mas a soma errada de (+q) + (-q) mostra que o
aluno não domina a adição de números negativos. Para revisar o assunto: consultar as
anotações feitas no caderno; prepare uma lista de problemas para discutir esse
conteúdo. Nunca apagar seus cálculos, mesmo que incorretos. Isso o ajuda a identificar
os pontos em que tem dificuldade.
Análise do aprendizado
Escreva uma conclusão para sintetizar os aprendizados das aulas. Socialize.
Algoritmo
Fórmulas dão agilidade aos cálculos, porém não basta memorizá-las. É preciso
saber o que está por trás. Em grupos expliquem uns aos outros o procedimento
matemático envolvido no problema.
9. TÉCNICA DO PDCA