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Projeto de Vida
Sonhos e identidade na construção de um projeto de vida
Introdução p. 1
Cardápio de atividades p. 10
Introdução
Caro(a) professor(a),
O conjunto de orientações e reflexões que estruturam este material foi elaborado para servir
de alicerce à sua ação como mediador dos encontros de Projeto de Vida do 2º semestre do
1º ano.
Esse componente curricular tem como objetivo estimular a reflexão dos estudantes acerca
de suas trajetórias e, em especial, potencializar a formação para a autonomia, o que, na
perspectiva da educação integral, significa prepará-los para fazer escolhas no presente e
para o futuro, na escola e na vida. Escolhas apoiadas em quem são (suas identidades e
valores) e no que querem ser (seus sonhos e aspirações).
As atividades serão desenvolvidas em encontros semanais com os alunos, abordando
temáticas diversas, porém sempre conectadas, como a identidade, o cotidiano escolar, a
rotina de estudos, o mundo do trabalho e os projetos de vida dos jovens. Para esclarecer as
intencionalidades educativas que embasam cada aspecto desse componente curricular e
formar a base da sua ação mediadora, esta Orientação para Plano de Aulas (OPA) está
organizada em quatro seções:
Por que trabalhar com projetos de vida?
Seção que explica os eixos orientadores do componente curricular Projeto de Vida, seus
princípios e objetivos. Nela, estão explicitados os “porquês” da importância de formar os
jovens para a autonomia, assim como o papel da escola e do professor nesse processo.
Cardápio de atividades
Dispõe sobre a organização das atividades de Projeto de Vida ao longo do semestre e sobre
como os encontros devem ser planejados por você e seus colegas professores.
A dimensão cidadã se constrói como um desafio lançado aos alunos, também por meio de
atividades intencionais, para que eles conheçam e compreendam seus direitos e deveres, e,
principalmente, reflitam e dialoguem sobre as maneiras que vivenciam o compromisso com
o outro e o bem comum. As experiências cotidianas na escola, em especial aquelas que
dizem respeito ao convívio e à atuação em times nos projetos e nas aulas, serão focos de
significação pelos jovens.
Esses três focos, ainda que fortalecidos em seus respectivos anos, são contemplados em
atividades de todos os semestres do Ensino Médio, revelando uma forte conexão entre a
identidade, as habilidades, os desejos e planos de futuro que os jovens traçam para si.
Tempo
O primeiro passo é consultar o calendário escolar e quantificar os tempos destinados a
Projeto de Vida durante o semestre. Dessa forma, o semestre poderá ser planejado e
incluir tanto as atividades “essenciais” quanto as “opcionais”.
Eixo
As atividades são divididas em dois eixos. As do eixo estruturante são essenciais, por
isso, tem o período exato em que devem acontecer já definido. As do eixo elegível, por
sua vez, são intercambiáveis e podem ou não integrar o planejamento do semestre.
Eixo estruturante: trata-se das atividades fundamentais para a realização de um
percurso de Projeto de Vida que atenda a todos os princípios do componente curricular.
São atividades essenciais e devem ser contempladas pelo seu planejamento
impreterivelmente. As atividades desse eixo versam sobre a escolha do professor
orientador, o acompanhamento sistemático da vivência escolar dos jovens e a avaliação
final e individual do semestre.
Eixo elegível: compreende as atividades que podem ou não integrar o seu planejamento
e dos seus colegas professores. Para balizar a escolha da equipe docente, um critério
importante é que elas estejam alinhadas à intencionalidade da trajetória proposta por
vocês.
Etapa do semestre
Cada atividade proposta no cardápio é indicada para um “momento” específico do
semestre: início, meio ou fim. Essa divisão foi feita tendo em vista a organização por
bimestres do calendário escolar, mas o seu planejamento também deve levar em conta
alguns aspectos:
- Anexo 1
Recursos e
providências
Eixo estruturante.
Eixo
Início do semestre (1º encontro).
Etapa do semestre
Comunicação e autoconhecimento.
Competências para o
século 21
Desenvolvimento
1. Reúna o grupo de alunos que você orientou no 1º semestre. Para começar a atividade,
informe-os de que esse primeiro encontro será dedicado à escolha dos professores
que os orientarão nos tempos de Projeto de Vida, no 2º semestre do ano.
8. Apresente aos jovens o percurso que será realizado esse semestre em Projeto de
Vida, conforme as atividades selecionadas por você e demais orientadores de Projeto
de Vida.
9. Encerre o encontro, informando que será divulgada uma lista com os orientandos de
cada professor, antes do próximo encontro de Projeto de Vida.
Avaliação em 2. O que você acha que pesou mais na escolha dos alunos: uma análise mais
processo superficial do possível orientador, levando em conta fatores como a facilidade de
relacionamento, ou os jovens consideraram professores que, em suas percepções,
trariam contribuições ao seu desenvolvimento, mesmo não havendo identificação
pessoal?
- Caderno do Estudante.
Recursos e
providências
Eixo elegível.
Eixo
Início do semestre (2º encontro).
Etapa do semestre
Autoconhecimento e responsabilidade.
Competências para o
século 21
Desenvolvimento
4. Destaque que a escola, por acreditar no potencial dos jovens e pretender promover o
desenvolvimento da autonomia de seus alunos, propõe que cada um tenha
consciência do percurso que está vivendo e dos esforços que precisa fazer para
aprender.
- Caderno do Estudante.
Recursos e
providências - Álbum de Cartografia pessoal.
Eixo elegível.
Eixo
Início do semestre.
Etapa do semestre
Comunicação e autoconhecimento
Competências para o
século 21
Em momentos de diálogo, não se esqueça de organizar a sala em roda. Essa organização não é
mera formalidade. Mesmo que você “perca” alguns minutos com tal ação, o investimento é valioso,
pois possibilita uma interação mais qualificada, estimulando a capacidade de atenção, de
participação e de envolvimento dos estudantes.
Observe que o modelo de organização da sala de aula tradicional, com as carteiras em fileiras,
acentua comportamentos mais “territorialistas” e individualistas (cada um ocupando apenas o seu
espaço), enquanto o modelo da roda de conversa potencializa modos de ser e estar na sala de aula
mais participativos e protagonistas.
A organização em roda cria também um ambiente mais propício ao estabelecimento de vínculos
positivos da turma com o professor e ao desenvolvimento gradual de habilidades comunicativas
importantes, como falar e ouvir. Por isso é que na maior parte das atividades do componente
Projeto de Vida os alunos são dispostos em roda de conversa.
2. Peça que cada jovem abra seu Caderno do Estudante na Ficha 2 e oriente-os a terem
em mãos seus Álbuns de Cartografia Pessoal. Distribua os outros materiais, para que
eles ganhem autonomia na realização da atividade. Peça a eles que façam,
coletivamente, a leitura do texto de abertura do roteiro.
6. Em seguida, peça a eles para olharem atentamente para o mural, buscando identificar
elementos comuns aos integrantes do time.
8. Para finalizar, converse com os jovens sobre a natureza da próxima atividade, quando
serão convidados a identificar um sonho, planejando formas de torná-lo realidade.
- Caderno do Estudante.
Recursos e
providências - Álbum de Cartografia Pessoal.
Eixo estruturante.
Eixo
Início do semestre.
Etapa do semestre
Autoconhecimento, abertura para o novo e comunicação.
Competências para o
século 21
Sem julgamentos
Dada a importância, no processo formativo dos alunos, do exercício de identificação de metas e de
formulação de estratégias para concretizá-las, este encontro exigirá uma mediação mais intensa de
sua parte.
É importante que você tenha uma escuta bem atenta e traga perguntas e sugestões que ajudem os
jovens a “refinarem” a percepção de seus sonhos e dos degraus para alcançá-los. Contudo, evite
perguntas que possam trazer nas entrelinhas algum juízo de valor ou expectativa de resposta, pois
elas tendem a dirigir a fala do estudante para a resposta “correta”.
O objetivo é que os alunos façam escolhas qualificadas, mas que tais escolhas se deem com base
numa elaboração própria, contando com o apoio – e não condução – do orientador.
Desenvolvimento
2. Apresente a proposta deste: olhar para frente, projetando sonhos. Peça que cada
jovem abra seu Caderno do Estudante na Ficha 3 e oriente-os a ler individualmente,
já que se propõe uma reflexão sobre os sonhos de cada um.
4. Verifique se todos estão preenchendo o quadro (lembrando-os de que ele pode ser
reproduzido no Álbum de Cartografia Pessoal de cada um). Depois que todos
terminarem, promova um momento de troca entre eles, para que você e os colegas
colaborem com perguntas, ideias e sugestões.
5. Para finalizar, converse com eles sobre a importância de manterem o quadro em local
visível (na agenda, por exemplo), para que estejam sempre atentos aos degraus a
serem vencidos na direção dos sonhos. Encerre desejando que eles realizem os seus
sonhos, com alegria e determinação.
. Caderno do Estudante.
Recursos e
providências . Computadores ligados à internet. Caso esses itens não estejam
disponíveis na escola, os alunos poderão utilizar seus smartphones para
realização de pesquisa na internet.
. Folhas A4.
Eixo elegível.
Eixo
Início do semestre.
Etapa do semestre
Autoconhecimento, colaboração e criatividade.
Competências para o
século 21
Além disso, as produções contribuem para divulgar, na escola e fora dela, os trabalhos realizados
pelos estudantes e permitem que a turma se aproprie dos resultados por meio dos diferentes
olhares dos espectadores-interlocutores, potencializando o reconhecimento das aprendizagens e
Desenvolvimento
1. Para iniciar, com a turma organizada em uma roda de conversas, promova uma leitura
coletiva do texto inicial do roteiro (Ficha 4 do Caderno do Estudante), ajudando os
jovens a compreenderem o significado do termo resiliência.
4. Medeie uma apresentação das tirinhas criadas, dialogando sobre as situações em que
os alunos foram resilientes. Reforce a importância de eles buscarem lidar de maneira
positiva com as dificuldades enfrentadas na escola e na vida. Algumas perguntas
podem te auxiliar nesse momento:
Quais aspectos das experiências vivenciadas por vocês ganharam destaque na
HQ?
O que vocês aprenderam com as situações representadas por vocês nas
tirinhas?
5. Para finalizar, discutam e definam um espaço na escola para expor as tirinhas, sendo
interessante combinar com os demais orientadores um local comum, reunindo os
trabalhos de todos os orientandos.
1. O conceito de resiliência foi bem compreendido pelos alunos? O
exercício de elaboração das tirinhas possibilitou que se apropriassem e
traduzissem o conceito em situações de suas vidas?
Avaliação em
processo 2. A resiliência é exercitada em sua mediação? Quando uma atividade
não funciona muito bem, ou os alunos não aderem, você insiste e busca
com eles a melhor forma de seguir adiante com a proposta ou a
abandona?
(Essa pergunta tem o objetivo de chamar a atenção para o fato de que, num
trabalho pedagógico voltado à formação protagonista do estudante, é
fundamental conceber um modelo de mediação que inclua a resiliência e
colocá-lo em pauta diante de qualquer desafio, para que os próprios jovens
possam pensar em soluções e alternativas possíveis. Mesmo que a solução
encontrada não seja a ideal, os estudantes aprendem atitudes e estratégias de
pensamento próprias do processo de resolução de problemas de maneira
colaborativa e participativa. Por isso é importante nunca resolver os problemas
isoladamente ou se desmotivar sem antes compartilhar e convidar os jovens a
pensarem juntos nas soluções possíveis.)
Desenvolvimento
5. Para finalizar, conte aos os jovens sobre a natureza da próxima atividade, quando
serão realizadas conversas individuais. Agende horários com cada um (lembrando-se
de que as conversas deverão tomar dois encontros de orientação), sugerindo que
utilizem o tempo em que não estiverem dialogando com você para estudar. Discuta
com cada aluno quais são as prioridades de estudo nesses momentos.
. Caderno do Estudante.
Recursos e
providências . Álbuns de Cartografia Pessoal.
Eixo elegível.
Eixo
Meio do semestre.
Etapa do semestre
Abertura para o novo, comunicação e colaboração.
Competências para o
século 21
No primeiro semestre, foi proposto no Cardápio de Atividades o Rolé Cultural, que tinha como
objetivo envolver os estudantes no processo de mapeamento dos espaços e acontecimentos
artísticos e culturais da cidade. O Rolé Temático dá prosseguimento a essa iniciativa, que visa
a estimular a circulação dos jovens pela cidade, para que eles a conheçam e se apropriem do
que ela oferece. Nesse semestre, porém, o Rolé se orienta pela temática da identidade, que
embasa toda a estruturação do componente curricular Projeto de Vida do 1º ano.
Não se trata de fazer visitas despretensiosas, ou seja, de promover passeios sem intenção
pedagógica. Os jovens serão estimulados a refletir sobre a identidade da própria cidade em
que habitam: quais marcas, lugares, pessoas e relações definem essa cidade como sendo
única? Para isso, eles relembram das atividades desenvolvidas ao longo do ano para estipular
diferentes noções do que se entende por “identidade”. Seguindo desse momento reflexivo,
realizam um processo de escolha da visita a ser concretizada, participam da elaboração dos
arranjos do Rolé, realizam e avaliam essa experiência.
É essencial preparar e planejar o Rolé para que ele se transforme em momento de
aprendizagem. Será preciso estreitar o diálogo e contar com o apoio da equipe de gestão da
escola no que concerne a algumas demandas do Rolé: como a saída dos estudantes do
ambiente escolar, o transporte dos jovens e um possível rearranjo de horários das aulas no dia
do Rolé.
2. Relembre, junto com os alunos, algumas das atividades realizadas ao longo do ano
que abordavam a identidade, seja como eixo central, seja como um aspecto
secundário da ações desenvolvidas. Estimule-os a entenderem a identidade como
esse aspecto amplo da vida de cada um que abarca vontades, relações, afetos e
ações que definem quem eles são e querem ser.
- “Identidade é ...”.
6. Ao final do tempo estipulado, peça que a turma se reúna em uma roda de conversas e
explique que o Rolé Temático consistirá em uma visita a um dos lugares ou
personagens elencados pelos trios. Para que a escolha possa ser feita, peça que cada
líder apresente para o restante da turma a opção escolhida pelo trios e a justifique.
Anote no quadro as opções apresentadas pelos alunos.
7. Faça uma votação e peça que cada jovem manifeste o lugar ou personagem que mais
gostaria de visitar no Rolé Temático. Ao final da votação, explique para a turma que,
no próximo encontro, eles irão se planejar para fazer a visita ao lugar escolhido. Por
isso, a presença de todos é muito importante! Estimule que, até o próximo encontro,
eles busquem mais informações sobre o lugar que será visitado: pode ser na internet
ou mesmo com seus familiares, conhecidos e outros moradores da cidade.
A opção escolhida será visitada durante o Rolé Temático, mas não deixe de
registrar as segunda e terceira opções mais votadas: caso algo no
planejamento do Rolé, que acontece no próximo encontro, impossibilite a visita
ao lugar votado, a turma ainda terá duas opções de visita.
2. Diga aos estudantes que a atividade de hoje será dedicada à preparação do Rolé.
Para isso, peça que eles se organizem nos mesmos trios da aula anterior. A proposta
é que eles respondam as questões a seguir (incorpore outras questões que julgar
pertinentes, tendo em vista o Rolé escolhido pelos estudantes), fazendo uma síntese
das descobertas em tópicos:
3. De volta à roda, peça que cada trio compartilhe as informações que conseguiram
sobre o espaço que será visitado. Aproveite para contar aos jovens informações e
percepções que você tenha, ampliando as referências deles.
IMPORTANTE!
Destacamos alguns dos procedimentos que devem ser feitos nesse intervalo
de tempo e que envolvem os jovens:
1. Acompanhe os estudantes durante toda a visita, contribuindo para um bom clima entre
eles, salientando aspectos a serem observados, provocando-os a se envolverem na
atividade, compartilhando conhecimentos, fazendo perguntas instigadoras.
2. Ajude os jovens a fazerem conexões entre o que estão vivenciando durante o Rolé
Temático e o que estão aprendendo na escola, bem como suas experiências culturais
e elementos de seu contexto.
3. Identifique e registre questões de convivência entre os estudantes e da relação com o
espaço público que chamem a sua atenção, para que possa trabalhar imediatamente
ou em outros momentos.
É possível que a conversa logo após o Rolé seja calorosa, com os jovens
demonstrando entusiasmo, alegria, frustração etc. Busque acalmar os ânimos
diante de questões mais polêmicas, possibilitando que todos se expressem e
pedindo que evitem repetir a mesma questão insistentemente. Afinal, é mesmo
um momento avaliativo, portanto, a ideia é que eles identifiquem aprendizados
a partir da experiência que tiveram.
3. Finalize pedindo que cada um registre no seu Álbum de Cartografia Pessoal suas
impressões sobre a visita realizada. Vale fazer colagem, desenhos, escrever poemas,
frases, reflexões... Só não vale deixar de registrar!
. Caderno do Estudante.
Recursos e
providências . Álbuns de Cartografia Pessoal.
Eixo elegível.
Eixo
Meio do semestre.
Etapa do semestre
Autoconhecimento, colaboração, comunicação, pensamento crítico e
Competências para o
século 21 criatividade.
Atenção! Esta atividade está conectada às duas seguintes (“O meu projeto de vida!” e “Meu
projeto de vida e minha família”). Caso seja escolhida para compor o roteiro de atividades do
semestre, é importante que as seguintes também sejam.
Também é importante que os alunos tenham em mãos os registros da atividade “Mapa e bússola
para navegar neste ano!”, realizada no semestre anterior. Eles podem estar no Álbum de
Desenvolvimento
PROJETO DE VIDA
SER QUERER-SER
O projeto de vida pode ser didatizado como a linha que une o “ser” ao “querer-
ser”. Obviamente, o projeto de vida não é uma escolha estática e imutável; ao
contrário, no decorrer da vida, aperfeiçoamos nossas escolhas, mudando rotas
e encontrando alternativas em situações de adversidade e experimentando
possibilidades.
3. A seguir, peça que a turma se organize em trios e conte que o desafio do dia será
cada um pensar livremente em alguns sonhos que possuem para seus futuros. Para
começar, eles retomarão os sonhos que planejaram para este ano, durante a atividade
do semestre anterior “Mapa e bússola para navegar neste ano!” (eles podem estar
registrados no Álbum de Cartografia Pessoal dos alunos ou mesmo no próprio
Caderno do Estudante). A partir daí, refletirão sobre os sonhos que possuem para
suas vidas. Deixe claro que, neste momento, vale expor todos os sonhos, mesmo
Já com relação aos sonhos para o futuro, caso você identifique estudantes que
precisem de seu apoio, chame-os para uma conversa, pois o olhar e a
experiência do adulto ensinam os jovens a valorizarem suas experiências e a
olharem o futuro por outras perspectivas. A capacidade de ter resiliência frente
às adversidades e aos desafios do dia a dia e a de encontrar um sentido para a
vida deverão ser objeto de discussão com a turma.
. Caderno do Estudante.
Recursos e
providências . Álbuns de Cartografia Pessoal.
Eixo elegível.
Eixo
Meio do semestre.
Etapa do semestre
Autoconhecimento, colaboração, comunicação, pensamento crítico e
Competências para o
século 21 criatividade.
Após a realização dos planos, é fundamental que você converse com cada jovem a respeito do que
escreveram, pois o apoio e o suporte do adulto são elementos altamente motivadores, além de
recurso precioso para apontar ajustes e levantar questionamentos e provocações. Que tal marcar
um horário com cada estudante para discutirem, juntos, esse primeiro esboço do projeto de vida?
Uma sugestão é envolver a equipe de gestão, especialmente o coordenador pedagógico, nessa
tarefa de orientação.
Também é importante frisar sobre a qualidade dessa orientação: mais do que avaliar os limites ou
impossibilidades, ou, então, cair em um discurso motivacional superficial, o papel do adulto é
ajudar o jovem a compreender os caminhos possíveis para que suas escolhas se realizem. Para
isso, momentos de orientação contínua sobre os projetos de vida acontecerão até o final do 3o ano
do Ensino Médio, pois o conjunto de experimentações propostas no componente Projeto de Vida
contribuirá para o amadurecimento e a formação da autonomia pessoal dos jovens.
Atenção! Esta atividade está conectada à anterior (“Nossos sonhos”) e à seguinte (“Meu projeto de
vida e minha família”). Caso seja escolhida para compor o roteiro de atividades do semestre, é
importante que as outras duas também sejam.
1. Introduza o tema da aula: iniciar a elaboração do projeto de vida a partir dos sonhos
que identificaram na atividade anterior. Para isso, peça à turma que se reúna
novamente nos mesmos trios e promova a leitura, em voz alta, do primeiro item do
Caderno do Estudante (Ficha 7), “Transformar sonhos em projeto de vida”.
2. Após essa breve discussão, oriente os trios a fazerem o item “Planejando o projeto de
vida”, do Caderno do Estudante. Estimule que se concentrem, trabalhando
silenciosamente, pois a tarefa deverá ser realizada individualmente antes de trocarem
os planejamentos entre si. Combine um período de tempo confortável para que se
dediquem a essa tarefa. Enquanto os estudantes escrevem seus projetos de vida,
percorra a sala e atentamente observe-os trabalhando.
Como já foi dito no quadro de abertura desta atividade, é fundamental que você
leia os projetos de vida elaborados pelos estudantes e possa discuti-los com eles,
individualmente. Peça apoio à equipe de gestão escolar para essa tarefa,
mostrando a relevância deste trabalho para o desenvolvimento dos jovens. Uma
sugestão é montar um calendário de orientação junto aos jovens e contar com o
apoio do coordenador pedagógico ou de algum outro professor disponível para
Vale destacar que, na atividade 3, “Minha família e meu projeto de vida”, os jovens
envolverão seus familiares na discussão de seus planos.
. Caderno do Estudante
Recursos e
providências
Eixo elegível.
Eixo
Meio do semestre.
Etapa do semestre
Autoconhecimento, colaboração e comunicação.
Competências para o
século 21
Outro ponto importante a ser abordado na relação juventude e família é a importância que esta
confere à escolarização de seus filhos. As estudiosas das relações familiares, Maria Alice Nogueira
e Maria José Braga Viana, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), destacam que,
primeiramente, o sentido atribuído é o da “lógica da eficácia”: “(...) Para os pais, as aprendizagens
escolares devem culminar em trunfos profissionais que possibilitem que os jovens “se virem” na
vida e escapem das dificuldades vividas por eles. A escolarização dos filhos é, por conseguinte,
carregada de expectativas de ascensão social, ainda que, muitas vezes, a ambição escolar seja
O objetivo desta atividade é ativar um canal de comunicação entre os jovens e seus familiares
acerca dos projetos de vida que estão construindo. Esse movimento, que será intensificado ao
longo dos próximos anos no componente Projeto de Vida, é fundamental para aproximar os
anseios juvenis, a escola e as famílias, de modo que estas compreendam que o processo de
escolarização pelo qual seus filhos/afilhados estão passando compreende uma formação
protagonista e com foco no desenvolvimento de competências que são essenciais para o
desenvolvimento de um projeto de vida, do qual o ingresso no mundo do trabalho faz parte.
Recomendamos a leitura do número 10 da revista Onda Jovem, cujo tema é “Família”, em especial
os artigos “Abrigo de tensões” e “O abalo juvenil” (disponível em: bit.ly/ondajovemfamilia) para
ampliar seus conhecimentos e reflexões sobre o tema.
Atenção! Esta atividade está conectada às anteriores (“Nossos sonhos” e “Meu projeto de vida!”).
Caso seja escolhida para compor o roteiro de atividades do semestre, é importante que as duas
anteriores também sejam.
Desenvolvimento
1. Inicie a aula reunindo a turma em trios, esclarecendo que o tema do dia é “Meu projeto
de vida e minha família”. Pergunte-lhes se eles já discutiram seus projetos de vida com
seus familiares. Questione quem são as pessoas de suas famílias com quem podem
mais contar para realizar seus sonhos. Coloque foco durante essa breve discussão
sobre a importância dos estudantes em compartilharem suas metas e objetivos com
suas famílias, a fim de conquistarem/renovarem a confiança delas neles mesmos.
É importante frisar a respeito do cuidado que se deve tomar com relação aos
jovens que possam ter em seu modelo familiar uma fonte de preocupação ou
de problemas. Nesse caso, observe se algum jovem se mostra desconfortável
e o observe mais atentamente durante a realização da atividade a seguir.
2. A seguir, peça-lhes que façam a primeira parte da atividade (“Minha família: o que ela
me ensina?”), que consta no Caderno do Estudante (Ficha 8). Note que essa tarefa
consiste em uma discussão sobre os valores familiares que carregam. Combine um
tempo para a realização dessa discussão e, enquanto os trios trabalham, percorra a
sala observando como estão trabalhando.
Caso você observe algum jovem que tenha demonstrado desconforto em falar
de sua família, chame-o para uma conversa individual e oriente-o a falar sobre
a(s) pessoa(s) que é(são) importante(s) em sua vida. Sabemos que alguns
jovens vivem situações de desamparo familiar e que encontraram outras
alternativas de suporte emocional, mesmo que essa(s) pessoa(s) não viva(m)
com eles.
Seu papel não é atuar como um psicólogo, mas oferecer apoio. No entanto,
3. Após o tempo estabelecido, promova uma roda de conversa com a turma para
socializar os principais ensinamentos e valores que consideram que suas famílias
possuem.
4. O próximo passo é conhecer a atividade que cada jovem fará, individualmente, com
suas famílias, a fim de apresentar o que estão elaborando em seus projetos de vida.
Para isso, peça aos trios que se reúnam novamente para lerem e discutirem o que
será realizado, conforme as orientações da segunda parte da tarefa (“Como vou
apresentar meu projeto de vida para minha família?”), que consta no Caderno do
Estudante (Ficha 8).
Aproveite esse momento para tirar dúvidas e conversar com os trios sobre o
que eles acharam do caminho proposto e sobre as expectativas que têm para
esse momento.
No caso de haver jovens que tenham uma relação conturbada com suas
famílias ou que não vivam com ela, esclareça que poderão fazer essa atividade
com as pessoas de seu vínculo afetivo que consideram mais importantes.
5. Combine um dia para a turma trazer suas experiências dessa conversa com os
familiares, para que vocês possam fazer uma roda de discussão a respeito. Esclareça
que vocês continuarão a incluir a família na discussão dos projetos de vida ao longo
dos próximos anos.
3. Houve uma interação positiva na turma com você? Como você avalia
a qualidade de sua mediação durante a roda de conversa? Houve
algum tipo de aprimoramento com relação ao trabalho da aula anterior?
Qual?
5. Como você avalia a realização pelos jovens das conversas com seus
familiares? O que eles trouxeram de mais positivo dessa conversa?
Eles conquistaram o apoio de seus familiares?
6. E nos casos em que esse apoio não foi evidente, como você lidou
com os sentimentos dos jovens? Uma dica é procurar manter conversas
individuais, a fim de fortalecê-los, ao mesmo tempo em que a equipe
escolar busca se aproximar dessas famílias.
Desenvolvimento
1. A conversa com cada orientando deve ser preparada com pelo menos três
semanas de antecedência, pois tem como base um diagnóstico construído a
partir do seu olhar e da visão de outros professores em relação a frequência,
pontualidade, participação nas atividades propostas e aprendizagem dos
alunos.
3. Com todas essas informações, elabore uma pauta de conversa para cada
estudante: uma devolutiva das conquistas desses alunos e dos desafios que
estão enfrentando.
durante cerca de 25 minutos, ele poderá trocar ideias com você sobre a
vivência escolar, olhando para as conquistas e desafios e projetando
meios para que possa dar passos importantes como estudante;
6. Inicie a conversa pedindo que ele faça uma autoavaliação do próprio percurso.
Discutam os pontos mais relevantes e lembre-o de anotá-los, pois são
importantes na trajetória dele como aluno. Em seguida, faça considerações
sobre:
Desenvolvimento
1. Proponha que os alunos façam uma atualização da linha do tempo dos encontros de
Projeto de Vida. Ajude-os a retomarem o que aconteceu em cada encontro, antes que
eles façam os registros em suas agendas. Faça o registro das atividades do bimestre,
utilizando o quadro ou flip chart, enquanto os alunos fazem o registro no Álbum de
Cartografia Pessoal.
2. Em seguida, convide os alunos a avaliarem os encontros. Sugira que eles tragam suas
percepções livremente, apresentando, aos poucos, questões para incrementar a
análise, como as que se seguem:
. Caderno do Estudante.
Recursos e
providências . Filipetas de papel em branco.
. Filipetas com o nome das oito competências.
. Tesouras e colas.
Eixo elegível.
Eixo
Meio do semestre.
Etapa do semestre
Autoconhecimento, colaboração, comunicação e pensamento crítico.
Competências para o
século 21
Desenvolvimento
4. Continue acompanhando o trabalho dos trios. Ao final, cada jovem terá eleito duas
atividades de Projeto de Vida que mais o marcaram este ano e quais competências
avaliam que desenvolveram a partir delas. Cada jovem também escolherá a
competência que julga ter mais desenvolvido este ano participando de todas as ações
da escola.
7. Convide, então, os jovens do primeiro time a afixarem as filipetas com seus nomes no
painel, logo abaixo da competência que eles acreditam terem desenvolvido ao longo
do ano. Veja, no exemplo abaixo, como o painel poderá ficar:
Vanessa Sara
É muito importante valorizar este momento de avaliação dos dados obtidos a partir
da leitura do painel. Sua mediação neste momento é fundamental para que os
jovens possam expressar suas ideias e hipóteses.
Oriente que cada um anote sua resposta em seu Álbum de Cartografia Pessoal. A
seguir, peça aos estudantes que se sentirem à vontade para compartilharem suas
respostas com a turma. Parabenize-os pelos aprendizados conquistados!
6. Planeje o que você pode fazer para que a sua mediação na próxima
atividade seja aperfeiçoada:
Ou seja: muito antes de exercerem atividades profissionais, as pessoas já estão às voltas com a
questão do trabalho. Na adolescência e na juventude, essa questão é, via de regra, fonte de muita
angústia. Há uma forte cobrança familiar e social por escolhas nesse campo. Há adolescentes que,
em função da situação financeira familiar, são obrigados a começar muito cedo sua vida
profissional. E o fazem, muitas vezes, pela via do trabalho precarizado – “pegam bicos”, se
submetem a trabalhos de duração indeterminada e informais (e, por isso, sem direitos como
jornada de até oito horas, descanso, férias, 13º, fundo de garantia). Além disso, assumem
atividades com as quais não se identificam, com o objetivo de gerar recursos para a subsistência
familiar ou de atingir determinado padrão de consumo.
Afinal, muitas vezes, o trabalho é encarado como uma “peça” na “engrenagem” da sociedade de
Enfim, há que se propor, fomentar e valorizar uma reflexão em que haja espaço para o jovem se
fazer perguntas como: Para mim, o que seria um trabalho satisfatório, que dialogue com meus
interesses e em que eu desenvolva e aproveite as minhas habilidades? Como identificar e batalhar
por um trabalho que não apenas supra necessidades financeiras, mas seja fonte de realização
afetiva e uma forma de contribuição para a sociedade?
Desenvolvimento
1. Peça que os jovens abram o Caderno do Estudante na Ficha 10. Promova um
momento coletivo de leitura, convidando os alunos para se alternarem na leitura do
texto introdutório. Faça paradas entre os parágrafos para que eles comentem, façam
referência às suas experiências e problematizem o conteúdo.
. Caderno do Estudante.
Recursos e
providências . Álbuns de Cartografia Pessoal.
. Folhas A4, cartolinas, caneta hidrocor grossa, tesouras, cola, revistas, fita-
crepe e outros materiais para a confecção de cartazes.
Eixo elegível.
Eixo
Meio do semestre.
Etapa do semestre
Pensamento crítico, criatividade e colaboração.
Competências para o
século 21
Dayrell advoga que “tomar os jovens como sujeitos não se reduz a uma opção teórica. É
fundamental a adoção de uma postura metodológica e ética” no cotidiano. Muitas vezes, há um
discurso que reconhece o jovem como protagonista, mas esse discurso não se traduz na prática.
No dia a dia de muitos espaços educativos, esse público é tratado como se fosse tábula rasa,
como um conjunto de pessoas que precisam apenas ser preparadas para a vida adulta.
Mas a juventude não pode ser reduzida a uma passagem; ela tem uma importância em si mesma.
Afinal, o jovem é “um ser singular, que tem uma história, que interpreta o mundo e dá-lhe sentido,
A postura ética diante desse jovem demanda que o educador saia do lugar do mestre que “prepara
o discípulo para a vida adulta” e assuma o sempre provisório lugar do diálogo. Trata-se de um
grande desafio. Desafio que, segundo o professor e pesquisador, é uma “aprendizagem que exige
um esforço de autorreflexão, distanciamento e autocrítica”.
Desenvolvimento
1º ENCONTRO – 1ª etapa
1. Indique aos alunos que o processo de reflexão sobre a identidade, que vem sendo
proposto ao longo do ano, envolve um aspecto decisivo: ampliar não só a consciência
individual, como também questões coletivas.
5. Em seguida, inspirados pelas produções do Poro, cada grupo deverá criar dois
cartazes, sintéticos e criativos, sobre o tema.
Apresente a criação dos cartazes como um desafio aos jovens, em que eles
devem ser, ao mesmo tempo, criativos e contundentes para que consigam
passar uma mensagem cidadã, como fizeram os artistas do Poro. Para instigá-
los e reforçar as orientações da atividade, proponha um pequeno roteiro em
formato de perguntas para auxiliar na criação e idealização dos cartazes:
2º ENCONTRO – 2ª etapa
2. Em seguida, oriente cada grupo a elaborar uma lista com dez motivos para tal
manifesto ser, na verdade, um manifesto sobre a cidadania. Peça que cada quinteto
eleja um líder, responsável por registrar a lista e apresentá-la na rodada de
compartilhamento posterior.
3. Em seguida, numa roda de conversas, cada líder lê a lista produzida por seu quinteto.
A turma deve debater sobre elas na tentativa de encontrar os pontos convergentes e
divergentes e, assim, condensá-las numa única lista, também de dez tópicos, que
deverá ser registrada no quadro.
5. Reúna a turma em roda, peça que cada líder apresente o texto produzido pelo quinteto
e faça uma discussão dos manifestos. Novamente, a ideia é provocar os alunos para
perceberem a cidadania como um desafio a ser encarado nas atitudes cotidianas.
. Folhas A4.
Recursos e
providências
Eixo elegível.
Eixo
Fim do semestre.
Etapa do semestre
Pensamento crítico e comunicação.
Competências para o
século 21
Muito se tem discutido sobre a perda de sentido da escola na vida dos alunos. No ensino médio,
essa crise de sentido tem sido especialmente percebida. Diversos autores apontam que o próprio
modelo de escola está em cheque. Hoje, não é mais possível concebê-la como um mero espaço
para a transmissão de conhecimentos, sem conexão com os interesses e o contexto dos sujeitos
que a integram.
Nessa Proposta Curricular, é papel do professor desafiar os alunos no exercício permanente de
busca dessa conexão. A professora e pesquisadora Sueli Mendonça afirma que “a escola é o
espaço singular para as mediações, que visam à socialização dos conhecimentos, a partir de
atividades pedagógicas organizadas para esse fim, em cuja condução o professor tem um papel
fundamental de fazer a articulação entre esses conhecimentos (significados sociais) e os
conhecimentos dos estudantes (sujeitos que atribuirão sentido pessoal a essas práticas sociais
consolidadas)”.3
Para Sueli, a crise de sentido e significados na escola se dá em função, exatamente, da carência ou
mesmo ausência de mediações. Ela defende que, “sem a participação consciente, com
Se estamos propondo uma nova escola, em que o aluno seja um sujeito ativo em seu
desenvolvimento pessoal e em seu contexto de vida, é fundamental que o façamos também como
sujeitos ativos: com uma atuação consciente e comprometida com a construção do sentido da
escola.
Desenvolvimento
2. Conte a proposta da atividade: inicialmente, eles vão relembrar tudo o que aconteceu
na escola este ano – por exemplo, as atividades de integração e convivência, o
trabalho das áreas de conhecimento e suas disciplinas, as ações do núcleo, eventos
externos, avaliações, reuniões com as famílias, uso dos espaços da escola,
alimentação, relação entre os colegas etc. Em seguida, serão convidados a se
posicionarem diante delas, por meio dos gestos com as mãos que representam o
“curti” (dedo polegar para cima) e o “não curti” (dedo polegar para baixo). Para cada
curtida ou não curtida, eles deverão contar, brevemente, os motivos.
4. Depois da lista feita, identifique com os alunos o contexto de cada uma daquelas
atividades, eventos e acontecimentos. Alguns jovens podem não recordar exatamente
a natureza de uma ou outra atividade.
5. É hora de começar o jogo da “curtição”: leia em voz alta cada um dos itens listados. À
medida que eles fizerem o gesto do “curti” ou do “não curti”, solicite que comentem as
razões. Provoque-os a aprofundarem as reflexões, superando posicionamentos
superficiais. Possibilite a convivência de pontos de vista diferentes (inclusive em
relação aos seus), mas desafie os alunos a argumentarem com consistência a favor
6. Para finalizar, peça que os alunos elaborem, coletivamente, uma lista com cinco
sugestões que, na visão deles, se implementadas, fariam com que eles curtissem mais
a vivência na escola. Lembre-os de que se trata de sugestões e que, portanto, serão
analisadas e retomadas no próximo ano.
“Não há vento favorável para quem não sabe para onde quer ir”. Essa máxima dos filósofos gregos
da Antiguidade resume a proposta de toda a reflexão sobre identidade, tecida ao longo do ano.
A consciência de “para onde se quer ir” é a base para o posicionamento e as escolhas de vida
fundamentais, seja no âmbito da família e das relações pessoais, seja no percurso educativo,
profissional e social.
No processo de construção dessa consciência crítica, uma atitude é decisiva: a de se perceber
como um sujeito ativo, que “constrói o seu mundo”. Obviamente, não estamos defendendo aqui a
ideia de que qualquer pessoa pode “vencer na vida”, desde que tenha determinação, força de
vontade. É essencial estar atento a todos os fatores socioeconômicos e às dinâmicas relacionais
que incidem diretamente nas oportunidades e entraves ao desenvolvimento de cada um de nós.
Mas é igualmente necessário desenvolver a percepção de que não somos “vítimas do mundo”.
Frases feitas como “as coisas são como são”, que imprimem um certo determinismo à vida, devem
ser sempre objeto de questionamento pelo professor.
As atividades do encontro, descritas a seguir, têm esse objetivo: mostrar que as condições de vida,
Desenvolvimento
1. Organize um espaço com computador, Internet e projetor. Você pode optar por
desenvolver essa parte da atividade com outros dois professores orientadores e os
seus respectivos alunos, caso a escola não tenha equipamentos disponíveis para
todos os grupos de orientadores e alunos. Se for essa a escolha, planeje com esses
professores a condução do trabalho, estabelecendo o passo a passo e os
responsáveis pelas partes.
7. Em seguida, projete alguns sites importantes que tratam do assunto, para que eles
compreendam a dimensão dessa doença: http://www.aids.gov.br (do Departamento de
DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, que mostra a importância que o
Estado brasileiro dá à questão); http://vivacazuza.org.br (site da instituição criada em
memória ao cantor Cazuza, que tem a finalidade de dar assistência a soropositivos do
Rio de Janeiro e difundir informações científicas sobre o tema).
8. Evidencie para os alunos o trajeto percorrido até aqui na atividade. Explicite que,
partindo de acontecimentos importantes das últimas décadas, vocês acessaram
informações e conhecimentos, compartilharam pontos de vista, construíram visões
sobre temas que permeiam o mundo. Informe-os de que a proposta para a 2ª etapa da
atividade é ampliar esse exercício e que, com esse objetivo, ao longo da semana,
cada aluno deverá escolher um acontecimento que marcou o mundo nos últimos 50
9. Essa parte da atividade será realizada nos pequenos grupos de orientação. Portanto,
organize os orientandos em um círculo e peça que cada um elabore, em seu Álbum de
Cartografia Pessoal, o seguinte quadro:
12. Encerre valorizando as descobertas feitas nesses encontros em que foram destacados
importantes acontecimentos para o mundo e a humanidade nas últimas décadas.
Evidencie o quanto é possível aprender observando e analisando os acontecimentos
cotidianos e, também, o quanto esses acontecimentos repercutem na vida social e
individual.
1. As questões históricas trabalhadas funcionaram como “gancho” para
a discussão sobre consciência histórica e a importância do
Avaliação em posicionamento crítico e ativo no âmbito da história pessoal e social?
processo
2. A postura “determinista” diante da realidade individual e social surgiu
ao longo das discussões? Se surgiu, houve uma problematização a
partir dos próprios alunos? Como você interveio, nesses casos?
Desenvolvimento
1. A conversa com cada orientando deve ser preparada com pelo menos três semanas
de antecedência, pois tem como base um diagnóstico construído a partir do seu olhar
e da visão de outros professores em relação a frequência, pontualidade, participação
nas atividades propostas e aprendizagem dos alunos.
2. O Anexo 2 traz uma ficha de Devolutiva Individual do estudante a ser preenchida por
você e por outros dois professores, para cada aluno. Nas semanas anteriores à
atividade, durante o seu planejamento, peça que cada estudante indique dois
professores que gostaria que o avaliassem. Oriente os professores escolhidos a
preencherem as fichas e, se alguns não puderem contribuir, trabalhe com sua
percepção e as contribuições disponíveis.
3. Com todas essas informações, elabore uma pauta de conversa para cada estudante:
uma devolutiva das conquistas desses alunos e dos desafios que estão enfrentando.
durante cerca de 25 minutos, ele poderá trocar ideias com você sobre a
vivência escolar, olhando para as conquistas e desafios e projetando meios
para que possa dar passos importantes como estudante;
6. Inicie a conversa pedindo que ele faça uma autoavaliação do próprio percurso.
Discutam os pontos mais relevantes e lembre-o de anotá-los, pois são importantes na
trajetória dele como aluno. Em seguida, faça considerações sobre:
Desenvolvimento
7. Em seguida, proponha a eles que façam uma atualização da linha do tempo dos
encontros de Projeto de Vida, fechando o ano. Ajude-os a relembrar o que aconteceu
em cada encontro, antes dos registros em suas agendas. Registre junto com eles as
atividades do bimestre, utilizando o quadro ou flip chart, enquanto os alunos fazem o
registro no Álbum de Cartografia Pessoal.
Como nos demais bimestres, esse é um momento para que você possa
avaliar, também, o seu desempenho como orientador. Reveja as
Avaliação em atividades realizadas e analise sua atuação como mediador, refletindo a
processo partir de questões como estas:
• A preparação das atividades foi realizada com o cuidado
necessário?
Nome:
Turma:
1ª opção:
Professores
de minha
preferência 2ª opção:
para
orientação
3ª opção:
no semestre:
Nome do aluno:
Turma:
Orientador: