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3.2 PLANEJAMENTO
Seja qual for a estrutura adotada dentro da organização empresarial, o seu sucesso vai depender
principalmente da forma como o projeto foi idealizado na fase de planejamento.
Definição de Planejamento – É a função administrativa que define antecipadamente O QUE se deve
fazer para se conseguir atingir os objetivos determinados.
É um modelo teórico para a ação futura. É um processo contínuo e interativo que visa manter uma
organização como um conjunto apropriadamente integrado ao seu ambiente.
É um processo contínuo e interativo que visa manter uma organização como um conjunto
apropriadamente integrado ao seu ambiente.
O planejamento visa dar condições para se desenvolver, organizar e dirigir um sistema empresarial,
partindo de certas hipóteses acerca das realidades presente e futura.
É uma atividade consciente para dar continuidade à empresa. Não diz respeito às decisões futuras,
mas às implicações das decisões atuais.
O planejamento pode partir de um sonho do empresário, ou do indivíduo, no seu planejamento
particular de vida, bem como pode partir da análise de uma situação favorável verificada, e com isso
determinar um rumo a ser tomado.
Em ambos os casos, deve-se filtrar o desejo verificando-se interna e externamente as condições de
exequibilidade.
O planejamento não depende necessariamente do passado da empresa. Uma empresa que se inicia
pode perfeitamente planejar sem passado, pois ela vai determinar o que ela quer no futuro.
O sistema de planejamento é único, porém se divide em três etapas:
Planejamento estratégico – de responsabilidade maior da alta direção, deve determinar a
estratégia da empresa, ou seja, o seu rumo, determinando os objetivos maiores.
Planejamento tático – determina os recursos necessários para que a estratégia se concretize. É
óbvia a necessidade de que o tático seja coerente com o estratégico.
Planejamento operacional – deve também ser coerente com o tático e o estratégico e
representa as ações necessárias para que todas as atividades necessárias para se atingir os objetivos
estratégicos, sejam realizadas em tempo.
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É de fundamental importância a presença da flexibilidade dentro das etapas do planejamento,
principalmente na fase operacional, para que o projeto de adéque à realidade do meio.
3.3 Sistema
Uma empresa pode ser vista como um grande sistema, onde subsistemas menores interagem para
fazer com que seja atingido um objetivo comum, que é a geração de resultados.
Podemos tomar como exemplo uma empresa do ramo industrial, analogicamente poderemos ter
como insumo os recursos humanos, materiais, máquinas e equipamentos, onde na fase de processamento,
todos se combinam para a produção dos produtos, que depois vão ser vendidos no mercado gerando lucro
para o empresário.
Se olharmos bem para área de processamento, poderemos verificar a existência de vários
subsistemas interdependentes e interatuantes, tais como: fabricação, manutenção, almoxarifado, recursos
humanos, e de forma auxiliar, os sistemas de informação e controle.
3.5 Organização
A organização de trabalho nasceu com o homem. Quando dois homens ou mais, se agrupam e se
associam, surge a organização, a divisão do trabalho, as atribuições de cada um, a necessidade de controle.
Nas sociedades complexas, o homem, em todas as etapas de sua vida, desde o nascimento até a
morte, depende das organizações e é controlado por elas na maior parte do tempo.
Vários autores conceituam organização dentro da visão individual, abaixo apresentaremos duas
destas abordagens:
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Para Henry Dutian a organização é a arte de empregar eficientemente todos os recursos
disponíveis a fim de alcançar um determinado objetivo.
Para James Mooney a organização é a forma que assume toda associação humana para alcançar
um objetivo comum.
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3.9 Aspecto operacional
Como já abordamos antes, a Administração de Materiais utiliza-se no seu Aspecto operacional de
subsistemas que interagem para organizar os Recursos materiais dentro do sistema empresarial, no sentido
de permitir fluidez aos processos.
Abordaremos a seguir os subsistemas típicos utilizados no aspecto operacional da Administração de
Materiais:
Controle de Estoque – subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques, através do
planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o
ressuprimento de material.
Classificação de Material – subsistema responsável pela identificação (especificação),
classificação, codificação, cadastramento e catalogação de material.
Aquisição/Compra de Material – subsistema responsável pela gestão, negociação e
contratação de compras de material através do processo de licitação.
O setor de compras preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima.
Armazenagem/Almoxarifado – subsistema responsável pela gestão física dos estoques,
compreendendo as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e expedição de material,
segundo determinadas normas e métodos de armazenamento.
Movimentação de Material – subsistema encarregado do controle e normalização das
transações de recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e quaisquer outros tipos
de movimentações de entrada e de saída de material.
Inspeção de Recebimento – subsistema responsável pela verificação física e documental do
recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos qualitativos pelas
normas de controle de qualidade.
Cadastro – subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de mercado
e compras.
4.1.1 Planejamento
É a função administrativa em que se estimam os meios que possibilitarão realizar os objetivos
(prever), a fim de se poderem tomar as decisões acertadas, com antecipação, de modo a que sejam
evitados entraves ou interrupções durante a execução dos processos organizacionais.
Nesta fase o gestor especifica e seleciona os objetivos a serem alcançados e como fazer para
alcançá-los evitando assim o improviso.
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4.1.2 Comando
É a função administrativa que consiste basicamente em DECIDIR e DETERMINAR:
Decidir – a respeito de “que” (como, onde, quando, com que, com quem) fazer, tendo em vista
determinados objetivos a serem conseguidos.
Determinar – as pessoas (equipe) o que fazer e como executar.
Para obter sucesso na fase de comando o gestor deve possuir:
Poder de decisão;
Poder de determinação;
Poder de delegar;
Poder de propor sanções;
Vale ressaltar que o perfil de líder é chave para o gestor.
4.1.3 Organização
É a função administrativa que visa dispor adequadamente os diferentes elementos (materiais,
humanos, processos, etc.) que compõem ou vão compor a organização, com o objetivo de aumentar a sua
eficiência, eficácia e efetividade.
A organização básica é chamada de estrutural, é através dela que tudo o mais se organiza dentro da
empresa.
4.1.4 Coordenação
É a função administrativa que visa ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos através
da qual se estabelece dentro do projeto, um conjunto de medidas que tem por objetivo, harmonizar
recursos e processos.
Existem dois estilos de coordenação:
Vertical – é aquele que se estabelece com as pessoas sempre dentro de uma rigorosa observância
hierárquica.
Horizontal – é aquele que se estabelece entre as pessoas sem a rígida observância hierárquica.
O estilo horizontal permite ao gestor dividir o poder de decisão e as responsabilidades com a
equipe.
4.1.5 Avaliação
É a função administrativa, através da qual o gestor procura verificar e analisar se o que foi
determinado ou estabelecido vai atingir os objetivos esperados.
Tem, portanto, um propósito bem diferente da função de controle, a qual visa diretamente corrigir
as pessoas, para que elas cumpram o que foi determinado.
A importância da avaliação dentro da função da administrativa é a de corrigir os objetivos fixados
e/ou os procedimentos que levam a fixação errada dos objetivos.
4.1.6 Supervisão
É a função administrativa que consiste, basicamente, em motivar (sensibilizar) e orientar as pessoas
para desenvolver suas atividades dentro de determinadas normas, julgadas as melhores para alcançar os
objetivos pré-estabelecidos.
Não devemos confundir o ato de supervisionar com o de procedimentos meramente educativos ou
motivacionais.
Ao supervisionar o gestor deve se portar de forma a colaborar com a equipe no sentido de levá-la a
alcançar as metas, não apenas por motivo de premiação, mas como forma de se realizar profissionalmente
e pessoalmente com se fazendo se sentir parte do processo.
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4.1.7 Controle
É a função administrativa através da qual se verifica o cumprimento do que foi estabelecido ou
determinado, sem levar em conta o mérito dos resultados. Tal função se aplica tanto às pessoas como às
coisas.
Para que o gestor obtenha êxito através de tal função, se faz necessário que o mesmo esclareça a
equipe com clareza sobre o que vai ser estabelecido e determinado antes do processo operacional se
iniciar.
O que trava a fluidez do processo operacional, não são as regras a serem seguidas, mas sim as que
são esclarecidas após o seu inicio.
3. DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA EMPRESA
Conceito – É uma divisão do trabalho por especialização dentro da estrutura organizacional da
empresa.
Através da departamentalização podemos agrupar o trabalho em setores que o concentre, de
acordo com a sua natureza, facilitando assim a sua supervisão e acompanhamento por parte dos
responsáveis.
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5.2 Vantagens e Desvantagens
Dentre as desvantagens da divisão do trabalho podemos destacar duas:
O serviço repetido (sempre a mesma coisa) automatiza o trabalhador.
Dificuldades em obter outro empregado fora da especialização.
Com relação às vantagens destacaremos as seguintes:
Aumenta o rendimento do trabalhador.
Melhora e aumenta a produção.
Possibilita a especialização do trabalhador.
Permite racionalizar as tarefas ou serviços de uma empresa.
Evita o desperdício físico e mental do trabalhador.
Ao avaliarmos as vantagens frente às desvantagens notamos que as vantagens suplantam os efeitos
negativos das desvantagens, os quais, diga-se de passagem, são quase sempre atribuídos injustamente à
divisão do trabalho.
4. ESTRUTURAS ORGANIZATIVAS
As estruturas estão ligadas à divisão de trabalho, portanto deve haver um equilíbrio de mão de
obra de trabalho dentro de uma organização, para que haja motivação do fator humano, ou seja, dentro de
uma estrutura tem que ter um que se destaca mais e assim por diante.
Pois são os funcionários que podem efetivamente levar uma empresa a conseguir bom
desempenho num ambiente de competição acirrada, saber lidar com a equipe, de forma a tirar o máximo
desempenho dela é de fundamental importância.
Mas para tal não podemos esquecer a presença da hierarquia de apresentar a todos os seus
deveres e suas obrigações, dentro do quadro, daí a necessidade da existência da autoridade.
É a base de qualquer tipo de organização hierarquizada, onde os subordinados prestam uma
obediência incondicional, ao indivíduo ou à instituição, detentores da autoridade.
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O primeiro tipo de autoridade que conhecemos, é a dos nossos pais, é de criança que aprendemos
a respeitar as regras impostas pela autoridade patriarcal.
Existem três formas de classificar o poder da autoridade:
A coercitiva, onde a autoridade estabelece suas diretrizes baseadas na aplicação de sanções
físicas;
A renumerativa, onde a autoridade é baseada no controle de recursos e das redistribuições
materiais;
E a baseada na alocação dos prêmios e privações simbólicas.
Conceito de Autoridade – Autoridade é o direito para fazer alguma coisa, ela pode ser o direito de
tomar decisões, de dar ordens e requerer obediência, é o direito de desempenhar uma tarefa que lhe foi
designada.
Dentro da empresa a Autoridade pode ser:
Formal – que representa a delegada pelo superior hierárquico imediato.
Informal – é uma espécie de autoridade adquirida que é desenvolvida por meio das relações
informais entre as pessoas da empresa.
Da autoridade informal dependendo da forma de como o gestor aplica a sua autoridade, é que
podem surgir os lideres nocivo dentro da equipe.
6.1.1 Obediência
A autoridade se expressa dentro da organização através de níveis hierárquicos estruturada em
normas regulamentares, além de ordens de serviços e diversos tipos de comandos de trabalho.
A OBEDIÊNCIA é submissão à ordem ou a vontade do superior hierárquico, ao mandamento das
normas de postura e às regras da rotina do trabalho.
O colaborador deve se submeter à autoridade de seus chefes e às obrigações regulamentares,
sempre em prol do bom desempenho das metas traçadas e do sucesso da empresa.
6.1.2 Hierarquia
Em termos gerais, o conceito de hierarquia designa uma forma de organização de diversos
elementos de um determinado sistema, em que cada um deles é subordinado do elemento que lhe está
imediatamente acima.
Mas a palavra Hierarquia tem origem pomposa, vem do grego hieros (sagrado) + arché (poder,
comando), que, grosso modo, pode ser traduzido como “poder sagrado”.
Pode acreditar. Isso me leva a supor que, pelo jeito, os adoradores da hierarquia sabem dessa
origem, pois, a julgar pelas atitudes de alguns líderes nas empresas em geral, eles supõem-se donos de um
“poder sagrado”.
E é ai que nascem os desmandos, a autocracia, as arbitrariedades, o tal do “manda quem pode,
obedece quem tem juízo” daí a necessidade de se impor limites.
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O limite de autoridade é ultrapassado, quando alguém resolve abusar do seu poder de autoridade
e usar critérios particulares para fazer valer a sua vontade, muitas vezes pessoal e não baseada em critérios
justos e legais.
7.1 Responsabilidade
Responsabilidade refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para outrem. A
dose de responsabilidade pela qual o subordinado terá de prestar contas determina a quantidade de
autoridade delegada. Na responsabilidade a obrigação do indivíduo a quem ela foi atribuída, ou seja, a
responsabilidade não se delega.
Quando um subordinado assume determinada obrigação dentro de uma organização deve prestar
conta à pessoa que lhe atribui tal função de obrigação (feedback).
A falta do feedback, por parte de quem recebeu a responsabilidade de cumprir uma determinada
tarefa, impede o fechamento do círculo de realização da autoridade.
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O grau de centralização-descentralização de cada organização é afetado por diversos fatores:
Distribuição do poder dentro da empresa – A distribuição do poder dentro da empresa é
concentração de autoridade na cúpula da hierarquia ou sua relativa dispersão nos demais níveis da mesma;
Anatomia do processo decisorial – O processo de decisão pode ser dado pela parte mais alta da
hierarquia ou disperso pela empresa;
Formalização – A formalização é a codificação das normas, regras, políticas e procedimentos da
empresa. Ela reflete o grau de centralização da empresa;
Ambiente – O grau de centralização-descentralização depende da complexidade do ambiente:
quanto mais complexo, mais descentralizado tende a ser o poder; quanto menos complexo, mais
centralizado;
Estratégia empresarial – Como a estratégia reflete o comportamento da empresa face ao seu
ambiente, ela pode mudar o grau de centralização-descentralização conforme as oportunidades, ameaças,
restrições, coações e contingências;
Tecnologia e recursos utilizados – Quanto maior a complexidade da tecnologia utilizada na
empresa, maior será o grau de centralização-descentralização, uma vez que o custo da tecnologia é alto.
Tecnologia simples não exige alto grau de centralização.
Tamanho da empresa – Quanto maior o tamanho da empresa, maior a complexidade das
operações e decisões. Desta forma, há uma tendência para a descentralização. Empresas menores podem
ter autoridade mais centralizada pela sua menor complexidade.
Utilizar tomada de decisão centralizada ou descentralizada depende da empresa e do setor em que
a empresa se encontra, a seguir abordaremos as vantagens e desvantagens de ambas:
6. GRÁFICOS DE ORGANIZAÇÃO
Os gráficos de organização apresentam a estrutura da empresa com todos os órgãos indicando a
hierarquia, ou então, o movimento ou a série de operações de um serviço, daí a sua classificação em dois
grandes tipos:
ORGANOGRAMA FLUXOGRAMA
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8.1 Definição e utilização do organograma
Organograma é o gráfico que representa os órgãos da empresa e as relações de autoridade e de
responsabilidade existentes entre si.
Com a hierarquização das empresas – afora outras medidas para enxugamento e modernização
delas, o organograma, se for elaborado, tenda a ser mais no sentido horizontal do que vertical. A seguir
veremos como utilizar e quais os cuidados que devemos ter para preparar o organograma.
O primeiro cuidado que devemos ter ao preparar um organograma é o da clareza. O organograma
não deve conter dados em excesso, tornando-o complicado e de difícil entendimento.
Se houver necessidade, pode-se fazer organogramas gerais, parciais, ou simplificados, porém com
clareza, reservando-se para os parciais os detalhes da organização.
Quanto ao segundo cuidado, podemos afirmar que todo gráfico deve ser o mais simples possível,
de vez que a simplicidade é a sua característica principal. Caso contrário, não haveria necessidade de fazê-
lo.
Apresentaremos a seguir a utilização do organograma na composição da estrutura de uma
empresa.
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8.3 Fluxograma de Blocos
7. MANUAL DE ORGANIZAÇÃO
Esse manual também é denominado de manual de funções.
Tem por finalidade enfatizar e caracterizar os aspectos formais das relações entre os diferentes
departamentos da empresa, bem como estabelecer e definir os deveres e as responsabilidades
relacionados a cada uma das unidades organizacionais da empresa.
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Toda empresa, independente do seu tamanho, deve ter o seu manual de organização.
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Classificação do arquivo – Atividade técnica destinada a organizar a documentação de caráter
corrente, agrupando os documentos de acordo com características comuns que apresentam no ato de sua
criação, com a sua finalidade a que se destina e a estrutura administrativa da instituição.
A organização do arquivo se da através da:
Codificação: etapa que sucede a classificação. É a tarefa de ler, interpretar, identificar o assunto e
atribuir a ele uma classe, uma classificação.
Ordenação/arquivamento: é a atividade de organização dos documentos dentro das pastas,
fichários, arquivos.
8. EMPRESA
Com o desenvolvimento da sociedade, surgiu novo fator de produção reconhecido e apontado por
muitos autores. Trata-se da empresa. Ela representa a organização econômica com a finalidade de reunir
ou combinar os fatores de produção (trabalho e capital), tendo em vista produzir mercadorias e serviços
para a satisfação das necessidades humanas.
10.1.1 Conceituação
Como veremos a seguir, o conceito de empresa varia de acordo com a abordagem ou a teoria
preferida:
Abordagem clássica ou tradicional – A empresa é uma unidade econômica de produção.
Abordagem das relações humanas – A empresa é um sistema social.
Abordagem sistêmica: A empresa é um sistema de partes em interação.
Sendo que no sistema capitalista em que vivemos empresa é conceituada como um organismo
econômico destinado à produção de mercadorias e/ou serviços de consumo, com o objetivo de lucro para o
empresário.
10.1.2 Objetivo
Objetivos são resultados quantitativos e qualitativos que a empresa precisa alcançar em prazo
determinado, no contexto de seu ambiente, para cumprir sua Missão.
Segundo o experiente professor Raimar Richers, fundador da Escola de Administração de Empresas
da FGV-SP, “Objetivos são essenciais à sobrevivência da empresa. Eles asseguram um mínimo – por vezes
um alto grau – de unidade de ação ao seu corpo administrativo.
Ao discuti-los e reformulá-los, eles nos ajudam a melhor equacionar perguntas, como:
Onde se situa a empresa hoje, e para onde vamos encaminhá-la no futuro?
O que podemos esperar como resultados, ao agir desta ou daquela forma?
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O que deve representar a empresa atualmente, e dentro de futuro previsível, para seus
proprietários, seus públicos-alvo e para a sociedade a que pertence?
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Ao decidir a atividade econômica que será desenvolvida pela empresa, o empresário terá de
estudar os diversos fatores que influem no processo produtivo. Para isso criou-se nestes últimos anos uma
técnica de elaboração de projetos.
No caso específico de nossos estudos, podemos dar o seguinte conceito de projeto:
“Projeto compreende o conjunto de dados informativos, coletados, selecionados e analisados, que
permitem avaliar ou simular a viabilidade de um investimento num setor de produção de mercadorias ou
serviços de consumo”.
Após o conceito de projeto, vamos saber quais os cinco aspectos que o reveste:
1. Econômico;
2. Técnico;
3. Financeiro;
4. Administrativo;
5. Legal.
A escolha da atividade econômica depende ou de cada um ou do conjunto dos seguintes fatores
que iremos abordar a seguir:
Fatores ecológicos
Fatores humanos
Fatores financeiros.
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11.3 Os fatores financeiros
Na classificação que estamos estudando, aparecem em último lugar; porém, para os empresários, a
obtenção e a utilização de recursos financeiros ocupam a primeira colocação.
Mesmo quando a empresa é dotada de todos os bens de produção ou tem um investimento
completo, necessita de meios financeiros para o desenvolvimento dos negócios. É chamado capital de giro.
Torna-se cada vez mais importante conhecer as possibilidades de obtenção de recursos financeiros
junto ao mercado de capitais ou conhecer as linhas de crédito disponíveis, bem como os respectivos juros e
outros encargos se houver.
11.4 Constituição
Constituir uma empresa é o ato de materializar dentro da sociedade, o projeto traçado no papel e
planejado nos processos administrativos, na forma de pessoa, não fisicamente falando, mas dentro da
esfera jurídica.
Logo de início do conceito jurídico dissemos que a sociedade comercial é a pessoa jurídica etc.
Faz-se necessário esclarecermos dentro da esfera da lei, os conceitos de pessoa, onde encontramos
dois significados: Pessoa física e Pessoa jurídica.
Podemos afirmar que os sócios de uma sociedade comercial não são pessoas jurídicas, mas sim
físicas, enquanto as sociedades comerciais constituídas, de qualquer espécie, são pessoas jurídicas.
Apresentaremos a seguir o tipo de constituição das principais formas de empresas ou
sociedades comerciais, com os respectivos artigos do Código Comercial Brasileiro que as regem:
Sociedade em nome coletivo ou com firma (arts. 315 e 316 do Código Comercial Brasileiro);
Dá se esse nome à associação de duas ou mais pessoas que se unem para comerciar em comum,
debaixo de uma firma social. A firma social assinada por qualquer dos sócios-gerentes, devidamente
autorizada em contrato, obriga todos os sócios solidariamente para com terceiros, tornando-os
responsáveis de forma limitada. Sendo o contrato omisso quanto a todos os sócios que façam uso da firma
social, é de presunção estarem todos os sócios autorizados a fazê-lo. A firma ou razão social é constituída
pelos nomes de todos os sócios (por extenso ou abreviado), ou pelo nome de um ou mais sócios, seguidos
de “& Cia”. Exemplo de três sócios: Almeida, Barros & Cia.
Sociedade em comandita simples (arts. 311 a 314 do Código Comercial Brasileiro);
Temos este tipo de sociedade toda vez que se associam duas ou mais pessoas, sendo pelo menos
uma comerciante, obrigando-se umas como sócios solidariamente responsáveis (chamados sócios
comanditados) e outras como meros prestadores de capitais (denominados sócios comanditários) e cuja
responsabilidade não vai além do valor do capital de cada um. Os sócios comanditários tornar-se-ão
solidariamente responsáveis (como os outros sócios) sempre que aceitarem emprego na sociedade,
praticarem ato de gestão ou receberem procuração da sociedade. Seus nomes não figuram na firma ou
razão social, de forma que esta determinará sempre com a expressão “& Cia”. Exemplo de três sócios (2
comanditados e 1 comanditário): Andrade, Silveira & Cia.
Sociedade de capital e indústria (arts. 317 a 324 do Código Comercial Brasileiro);
O nosso Código Comercial designa como sociedade de capital e indústria aquela que se contrai
entre pessoas que entram por uma parte com capitais necessários para uma organização comercial em
geral ou para uma operação mercantil em particular, e por outra parte com indústria (ou trabalho)
somente. Portanto, nesse tipo de sociedade encontramos duas espécies de sócios: os que entram com o
capital e os que contribuem apenas com o trabalho (ou conhecimentos técnicos). Os sócios capitalistas são
sempre solidariamente responsáveis, ao passo que os sócios de indústria não são, a menos que venham a
contribuir com dinheiro e bens ou gerir os negócios sociais, tornando-se, por conseguinte, sócios
solidariamente responsáveis. A firma ou razão social obedece aos mesmos critérios anteriores. O nome do
sócio de indústria permanece oculto na expressão “& Cia”.
Sociedade em conta de participação (arts. 325 a 328 do Código Comercial Brasileiro);
Esta sociedade surge quando duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, reúnem-se
sem firma fiscal, para lucro comum, em operações comerciais, trabalhando uma, algumas ou todas, em seu
nome ou firma individual para o fim social. Nesse tipo de sociedade o sócio extensivo (ou gerente) é o único
que se obriga para com os terceiros; os outros sócios; porém. Ficam obrigados para com o sócio ostensivo
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por todos os resultados das transações e obrigações sociais. Este tipo de sociedade funciona sem firma ou
razão social porque seus negócios são realizados praticamente pelo sócio ostensivo.
Sociedade Anônima (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e Decreto-lei nº 2.627, de 26 de
setembro de 1940);
Sociedade anônima ou companhia (ou de forma abreviada S.ª ou Cia.) é aquela em que o capital
social é dividido em ações e a responsabilidade dos sócios (ou acionistas) é limitada ao valor das ações
subscritas ou adquiridas.
São os seguintes os requisitos preliminares exigidos pela Lei nº 6.404, para a constituição deste tipo
de sociedade (art.80):
1 – Subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social
fixado no estatuto;
2 – Realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações
subscritas em dinheiro;
3 – Depósito, no Banco do Brasil S.A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela
Comissão de Valores Mobiliários (órgão federal que disciplina, fiscaliza e promove o mercado de valores
mobiliários), de parte do capital realizado em dinheiro.
A sociedade anônima gira sob uma denominação social acompanhada das expressões “companhia”
ou “sociedade” (por extenso ou abreviadas), mas vedada a utilização da primeira ao final. O nome do
fundador, acionista ou pessoa que tenha concorrido para o êxito da empresa pode figurar na denominação.
Exemplos:
Evaristo Comollatti S/A Participações; Mappin – Casa Anglo-Brasileira S.A, etc.
Sociedade por quotas de responsabilidade limitada (Lei nº 3.708, de 10 de janeiro de 1919);
Este tipo de sociedade caracteriza-se pela palavra limitada, que vem em seguida à firma ou
denominação social, geralmente pela abreviatura “Ltda.”, justamente por ser limitada a responsabilidade
dos sócios à importância total do capital social (art. 2º do mencionado Decreto nº 3.708). Se a palavra
limitada for omitida, todos os gerentes serão considerados solidária e ilimitadamente responsáveis.
A sociedade por quotas de responsabilidade limitada pode adotar o nome ou firma de qualquer dos
sócios, ou de todos eles. Pode, ainda, girar sob a denominação social. Neste caso, se possível, deverá dar a
conhecer o objetivo da sociedade. Exemplos: A. Bernardini & Cia. Ltda. – caixa de papelão; A & C
Propaganda Ltda.
Sociedade em comandita por ações (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976);
Neste tipo de sociedade figuram duas classes de sócios: os comanditários, cuja responsabilidade
está restrita à quantidade representada pelas ações que possuírem, e os comanditados, com
responsabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais.
Esse tipo de sociedade é regido pela mesma lei que regula as sociedades anônimas, com as
seguintes diferenças:
• Gira sob firma ou razão social, figurando o nome dos sócios diretores ou gerentes.
• Somente o sócio ou acionista tem qualidade para gerir a sociedade (como diretor ou gerente).
• Os diretores ou gerentes devem ser nomeados nos estatutos, sem limitação de tempo, e só
podem ser destituídos por acionistas que representem dois terços, no mínimo, do capital social.
• Os diretores ou gerentes respondem subsidiária, mas ilimitada e solidariamente, pelas obrigações
sociais; certas deliberações, como por exemplo, mudança do objeto da sociedade, aumento ou diminuição
do capital, dependem do consentimento dos gerentes ou diretores.
• A denominação ou firma deve ser seguida das palavras “Comandita por Ações”, por extenso ou
abreviadamente. Exemplo: A. Capobiano & Cia. – Comandita por Ações.
• Esta forma de sociedade não é comum em nosso meio, dando-se preferência à constituição de
sociedades anônimas, quando se pretende reunir grandes capitais para empreendimentos de vulto.
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mesmo ocorre com outros serviços de utilidade pública. Pelo fato de também chamá-las de sociedades de
capitais mistos, logo podemos deduzir que, além de contar com a participação governamental (federal,
estadual ou municipal), o setor privado também faz parte delas. Porém, o controle administrativo é
exclusivo do Poder Público, uma vez que ele é maior acionista. No tocante à União, por exemplo, esse
controle se faz pela chamada administração pública indireta, que supervisiona e coordena esse tipo de
sociedade.
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O registro público de empresas é exercido por órgãos federais e estaduais em todo o território
nacional, de maneira sistêmica. Esse registro tem por finalidade: “dar garantia, publicidade, autenticidade,
segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis.
Convém salientar que as sociedades anônimas, não tendo firma comercial, não terão de fazer o
mencionado registro; entretanto, deverão obrigatoriamente registrar os estatutos.
Em face do que acabamos de expor, percebemos que a firma comercial pode ser de suas espécies:
Firma individual é aquela que se refere ao estabelecimento de uma só pessoa.
Firma social, quando é propriedade de uma sociedade comercial.
12.1 Monopólio
Monopólio é uma condição do mercado caracterizada pelo controle, por um só vendedor, dos
preços e das quantidades de bens ou serviços oferecidos aos usuários e consumidores.
A situação mais próxima do monopólio é o oligopólio, em que o mercado é controlado por um
pequeno grupo de empresas.
Os oligopolistas tendem a atuar em comum acordo ou, quando a lei permite, a estabelecer cartéis
com pactos formais sobre preços e abastecimento, o que, virtualmente, torna monopolística sua atividade
econômica.
O termo monopólio se emprega, assim, para designar uma situação na qual a concorrência é
restrita, quem detém o monopólio pode determinar o preço de seu produto ou serviço sem a concorrência
de outros vendedores.
Geralmente se admite, por essa razão, que a empresa monopolista fixará o preço que mais lhe
convier, ao contrário do que ocorre na livre concorrência – em que o produtor não pode modificar à
vontade o preço da mercadoria, mas tão-somente ajustar seu volume de produção ao preço estabelecido
pelo mercado.
O monopolista pode atuar sobre o preço, aumentando a produção se deseja reduzi-lo, ou, o que é
mais freqüente, reduzindo a produção para elevá-lo.
Também lhe cabe fixar o preço e ajustar a ele sua produção. A entrada de novas empresas no setor
monopolizado é freada pela impossibilidade de conseguir custos de produção competitivos.
12.2 Cartel
Cartel é uma organização de comercialização em conjunto criada por empresas do mesmo ramo,
que fixam o preço de venda e as quotas de produção, que assim deixam de concorrer entre si.
As empresas que formam um Cartel, mantém sua independência e individualidade, mas devem
respeitar as regras estabelecidas, tais como: divisão do mercado e a manutenção do preço combinado.
As principais características de um Cartel são: controle do nível de produção e condições de venda;
fixação e controle de preços; controle das fontes de matéria-prima; fixação da margem de lucro e divisão
do mercado.
O Cartel pode ser:
De natureza formal, isto é, reconhecido pelo Estado;
De natureza informal e sigilosa, constituindo ilícito na maior parte dos países e pode ser
considerado um caso extremo de colusão.
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12.3 Holding
Basicamente Holding é uma empresa criada para participar de outras empresas como sócia ou
acionista, passando a controlar a outra empresa.
As Holdings normalmente são criadas por empresários que constituem várias empresas, que atuam
em vários ramos de atividades, muitas vezes isto é feito para se evitar a concentração de todo o capital em
um único setor.
Para melhor administrar este grupo de empresas surge a Holding, uma empresa que controlará as
demais, administrando cada uma delas de acordo com suas características, porém mantendo o controle
centralizado.
12.4 Truste
Truste é o resultado típico do capitalismo que forma um oligopólio na qual leva a fusão e
incorporação de empresas envolvidas de um mesmo setor de atividades a abrirem mão de sua
independência legal para constituir uma única organização.
Pode-se definir truste também como uma organização empresarial de grande poder de pressão no
mercado. O truste tem o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços.
Diferente do cartel, onde existe uma combinação entre as empresas, no truste, todas as ações da
empresa são dirigidas por uma direção central que controla todos os rumos da companhia como um todo.
14.1 Conceito
Num sentido amplo, a palavra técnica significa todos os processos de que se serve o homem para
alcançar certas metas ou realizar determinados fins. Ou, então, em outras palavras: todo processo (meio)
para atingir um propósito (fim) constitui uma técnica.
Tomando por base a conceituação da palavra técnica, no sentido amplo, e as considerações feitas
em torno do assunto, podemos conceituar a Técnica Comercial da seguinte maneira:
“A técnica comercial estuda todos os processos utilizados pelo homem para a realização do
comércio”.
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SELEÇÃO DE RECURSOS – A empresa deve selecionar seus colaboradores, de acordo com as
características exigidas, isto também se aplica a materiais e equipamentos utilizados;
DIVISÃO DE TRABALHO – Uma organização eficiente deve contar com uma boa divisão de trabalho,
onde a racionalidade impere em cada tomada de decisão;
DEPARTAMENTALIZAÇÃO – Além de divisão, o trabalho deve ser agrupado em setores que o
concentre, de acordo com a sua natureza, facilitando assim a sua supervisão e acompanhamento por parte
dos responsáveis;
COMPETÊNCIA – Toda empresa deve contar com dirigentes e assessores que dominem
conhecimentos nas suas respectivas áreas;
HIERARQUIA – Toda ordem a ser dada a um colaborador, deve ser transmitida pelo seu chefe
imediato;
ORDEM – Para que uma organização funcione bem, é preciso que as ordens dadas sejam
integralmente cumpridas;
CONFORTO – O administrador moderno reconhece que um bom ambiente de trabalho, é
importante para o desempenho da sua equipe, considerando que passamos 1/3 da nossa vida no ambiente
laboral.
Ao aplicar tais princípios deve-se considerar os seguintes aspectos:
Aspectos organizacionais como simplicidade, agilidade, flexibilidade, trabalho em equipe,
unidades autônomas;
Aspectos culturais como ampla participação, comprometimento, focalização no cliente interno e
externo, orientação para metas e resultados, busca da melhoria constante e da excelência.
15.1 Transporte
Descobrir os meios de transporte que vai utilizar para escoar a sua produção, as suas vendas ou os
seus serviços, as vias necessárias para garantir a movimentação dos meios de transporte e
consequentemente do seu negócio.
15.2 Comunicação
Este é um item indispensável para a existência de qualquer organização. Na área comercial é de
fundamental importância um contato constante com os fornecedores, clientes, e até com os concorrentes.
A comunicação pode ser dividida dentro de uma organização em:
Interna – praticada dentro da empresa.
Externa - praticada dentro do mercado.
Sendo utilizados para o seu desenvolvimento, os mais diversos meios, como telefone, televisão,
rádio, jornais e principalmente a Internet, que pode agrupar no seu bojo praticamente todos os meios aqui
citados.
Um dos grandes problemas da comunicação são os ruídos, as falhas e as interrupções que
surgem no caminho entre o transmissor e o receptor. Esse fator leva muitas vezes o profissional ao
infortúnio e à perda de grandes negócios.
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15.4 Tempo e espaço
O tempo que a empresa utiliza para se movimentar dentro do espaço, que a mesma ocupa e
que pretende ocupar dentro do mercado, é de fundamental importância para o seu desenvolvimento e até
à sua sobrevivência.
O tempo é o melhor indicador isolado de competitividade, não é à toa que as pessoas do “Tio
Sam” sempre dizem “Time is Money” (Tempo é Dinheiro).
É bom lembrarmos que a questão do tempo e de uma boa logística de entrega, por exemplo,
pode ser um dos grandes diferenciais entre empresas.
Há muita empresa que deixa seus clientes sem um cronograma de entrega bem claro. Dizem
que vão entregar o produto no dia tal, mas só dizem que é em horário comercial.
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15. EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
Administração de vendas é a analise, o planejamento e a implementação do controle dos esforços
de vendas.
Essas etapas são direcionadas para criar e manter a estrutura de recursos materiais, humanos,
informacionais e financeiros, necessários para viabilizar, em curto prazo o volume de vendas e o
cumprimento das metas de resultados. Todas essas etapas têm como referencial básico, o modelo de
marketing adotado pela empresa.
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17. PROPAGANDA E PUBLICIDADE
A propaganda caracteriza-se pela identificação do patrocinador, que paga certa importância pela
apresentação de ideias, mercadorias ou serviços.
“A propaganda é qualquer forma paga de apresentação não pessoal de produtos, serviços ou
ideias, abertamente patrocinada pelo anunciante”. Já a publicidade compreende toda divulgação de
notícias ou informações comerciais sem qualquer pagamento por parte dos interessados.
Vejamos, então, quais são os processos e os meios utilizados pela propaganda, porque,
indiretamente, a publicidade também usa alguns desses meios.
A propaganda pode ser classificada em oito itens:
1. Propaganda direta; 2. Propaganda indireta; 3. Propaganda escrita; 4. Propaganda falada (ou oral);
5. Propaganda pelo objeto; 6. Propaganda especial; 7. Propaganda promocional; e 8. Propaganda
institucional.
1. Propaganda direta – o patrocinador ou anunciante toma conta direto com o consumidor, por
meio de remessas de catálogos, cartas circulares etc. Trata-se de um serviço personalizado, cuja remessa
deve ser repetida várias vezes para dar algum resultado.
2. Propaganda indireta – propaganda feita por meio de veículos (ou mídias, na linguagem dos
profissionais do ramo): jornais, revistas, cinemas, de colocação de outdoors, incluindo-se nessa expressão
inglesa os cartazes, placas etc.
3. Propaganda escrita – trata-se de propaganda feita por meio de caracteres gráficos, com textos
elaborados pelos redatores especializados.
4. Propaganda falada (ou oral) – diferentemente da anterior, nesta se utiliza a emissão da voz,
principalmente nas rádios, TVs, alto-falantes etc., muito embora anteriormente haja o preparo de um texto
escrito para uso da locução dos hoje chamados comunicadores.
5. Propaganda pelo objeto – esta modalidade se desenvolve à vista dos produtos anunciados, em
vitrines, feiras, salões etc.
6. Propaganda especial – propaganda criada exclusivamente para um fato ou efeito especial, como
por exemplo, o lançamento de um novo produto ou relançamento de conhecido produto em nova
embalagem.
7. Propaganda promocional – esta é uma modalidade típica de venda e tem uma característica
essencial: a repetição do anúncio.
8. Propaganda institucional – neste tipo de propaganda, em princípio, não se tem em vista vender
coisa nenhuma. Objetivo principal: mostrar que existe uma empresa, a instituição, um nome ou uma
marca. Enfim, a imagem de algo que existe e deve ser lembrado.
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Exposição ao ar livre;
Instalações improvisadas e permanentes, conforme os produtos negociados;
Comércio por atacado de produtos de grande durabilidade;
Servem aos compradores e vendedores de determinadas regiões.
Por último temos as feiras de amostras, classificadas em feiras comerciais, exposição e salão, cuja
realização se prolonga por algum tempo em locais construídos para expor e vender aquilo que se produz.
Cada uma dessas modalidades de eventos é assim definida:
FEIRAS DE AMOSTRAS: Evento de realização temporária, levado a efeito junto aos centros
produtores ou consumidores, no qual é permitida a apresentação de amostras de produtos e anotação dos
pedidos de compra.
FEIRA: Evento de realização temporária, de natureza diversificada ou especifica, com finalidade
comercial definida, na qual se verifica a venda com a entrega do produto exposto.
EXPOSIÇÃO: Evento de realização permanente ou temporária com objetivo de exibir produtos,
técnicas e serviços relacionados com várias áreas de atividades, sem finalidades comerciais imediatas.
SALÃO: Evento de realização permanente ou temporária destinado a transmitir imagens de
produtos, técnicas e serviços relacionados com determinados setores de atividades, sem finalidades
comerciais imediatas.
Podemos, agora, salientar as seguintes características das feiras de amostras:
Exposição em recintos fechados;
Pavilhões e mostruários ricamente ornamentados;
Mercadorias representadas por amostra;
Exibição daquilo que se produz (no país e/ou no exterior);
Distribuição de prêmios aos expositores;
Apresentação de divertimentos populares;
Venda (ou não) das mercadorias exibidas.
Nesses eventos estão envolvidos promotores, patrocinadores e expositores, assim conceituados:
Promotor – Toda pessoa jurídica de direito privado ou público, que tenha capacidade técnica e
idoneidade financeira para promover os meios necessários à realização eventos.
Patrocinador – Toda entidade representativa das áreas econômicas ou profissionais, ou pessoa
jurídica de direito público, com interesse direto ou indireto na realização do evento.
Expositor – Toda pessoa física ou jurídica que exponha produtos, técnicas e serviços próprios ou de
terceiros.
20.1 Os seguros
Os seguros constituem um dos mais importantes serviços auxiliares de comércio, uma vez que
objetivam reparar o desequilíbrio provocado pelos imprevistos. Os seguros têm por finalidade garantir os
danos, as perdas os prejuízos a que todos estamos sujeitos.
O nosso Código Civil assim define o seguro:
“Considera-se um contrato de seguro aquele pelo qual uma das partes se obriga para com outra,
mediante a paga de um prêmio, a indenizá-lo do prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no
contrato”.
As operações de seguros dividem-se em dois grupos:
Seguros de Ramos Elementares – Esses seguros têm pro finalidade garantir perdas e danos, ou
responsabilidades provenientes de riscos de fogo, transporte, acidentes pessoais, e outros eventos que
possam ocorrer afetando pessoas ou coisas.
Seguro de Vida – Com base na duração de vida humana, os seguros de vida têm por fim garantir
aos segurados ou terceiros o pagamento, dentro de determinado prazo e condições, de quantia certa,
renda ou outro benefício.
Em face do exposto concluímos que, segundo a natureza, os seguros podem ser: 1. Seguros de
Coisas; 2. Seguros de Pessoas.
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Os seguros ainda podem ser divididos em: 1. Seguros Sociais; 2. Seguros Privados (civis e
comerciais).
Os seguros sociais são obrigatórios e visam proteger os trabalhadores que vivem apenas de
salários. Os seguros sociais cobrem os riscos da velhice, doença, invalidez etc., e o prêmio é pago pelo
empregador.
Os seguros privados são quase sempre facultativos, ou não, e operados por empresas privadas. Nos
seguros privados, o prêmio é pago pelo assegurado (pessoa que usufrui as vantagens do seguro).
Denomina-se apólice o contrato de seguro. A apólice permanece em poder do segurado até a data
do seu vencimento, sendo depois substituída por outra, quando renovado o contrato, geralmente depois
de um ano. São condições essenciais de apólice:
O nome do assegurador (quem assume o risco);
O nome do assegurado (quem paga o prêmio e recebe as vantagens do seguro);
O valor da coisa assegurada;
Natureza da coisa (vida, imóvel, automóveis, etc.);
Prazo do seguro (por um ano, por meses etc.);
Prêmio (importância a ser paga pelo assegurado).
Por fim, vamos tratar do seguro simples, do co-seguro, do resseguro, da aceitação, da retenção e da
cessão.
Seguro Simples: trata-se do contrato feito por única seguradora que se responsabiliza pela
importância total segurada.
Co-Seguro: o seguro é feito com várias companhias mediante acordo entre elas no sentido da
divisão do risco total.
Resseguro: a companhia seguradora, não estando em condições de assumir (aceitação) a
responsabilidade total de um grande risco, transfere – sem alterar as condições primitivas entre o
segurador e o seguro – o excesso de risco para outro segurador.
Vejamos o significado de três palavras anteriormente grifadas: aceitação, retenção e cessão.
Aceitação: para a sociedade seguradora é o seguro aceito, no valor total, emitindo a respectiva
apólice.
Retenção: é a parte do seguro que permanece sob a responsabilidade da companhia seguradora.
Essa parte resulta da diferença entre o valor da aceitação e o valor da cessão.
Cessão: é a parte da responsabilidade no seguro que a sociedade seguradora transfere ao IRB
(Instituto de Resseguros do Brasil).
Resumidamente, o Sistema Nacional de Seguros Privados é constituído:
Do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP);
Da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
Do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB);
Das Companhias de Seguros;
Dos Corretores de Seguros.
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21.1.1 Os papéis tradicionais de um banco central são
Banqueiro do governo: é ele quem guarda as reservas internacionais em ouro ou moeda
estrangeira do governo.[1]
Autoridade emissora de moeda, ou monopólio de emissão: é o banco central quem, com
exclusividade, emite ou autoriza a emissão de papel moeda daquele país.
Executor da política monetária e cambial: é o banco central quem insere ou retira moeda do
mercado, regula as taxas de juros e regula a quantidade de moeda estrangeira em circulação no país.
Essas operações são conhecidas como open market ou operações de mercado aberto, e consistem
principalmente na compra e venda de títulos públicos ou de moeda estrangeira para instituições
financeiras previamente escolhidas.
Banco dos Bancos, ou prestamista de última instância: o banco central provê empréstimos
exclusivos aos membros do sistema financeiro a fim de regular a liquidez ou mesmo evitar falências que
poderiam causar uma reação em cadeia de falências bancárias. Ele também mantém os depósitos
compulsórios dos bancos comerciais, regulando assim a multiplicação da moeda escritural no mercado.
Além desses papéis, alguns bancos centrais (como por exemplo o Banco Central do Brasil)
acumulam também o papel de supervisor do sistema financeiro.
21.3 BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, ex-autarquia brasileira, criada
pela Lei nº 1.628, de 20 de junho de 1952, foi enquadrado como uma empresa pública federal, com
personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, pela Lei nº 5.662, de 21 de junho de 1971.
O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do Brasil.
Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de
vida da sua população.
Desde a sua fundação, em 20 de junho de 1952, o BNDES vem financiando os grandes
empreendimentos industriais e de infra-estrutura tendo marcante posição no apoio aos investimentos na
agricultura, no comércio e serviço e nas micro, pequenas e médias empresas, e aos investimentos
sociais, direcionados para a educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e ambiental e
transporte coletivo de massa.
Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, para o
desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos
novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também,
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para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de
capitais.
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capacitados, pela sua estrutura técnica, a oferecer uma série de serviços, como assessoria na realização de
negócios em geral, projetos e outros.
20. AS BOLSAS
Comércio pode ser definido como a distribuição organizada das mercadorias e serviços de
consumos destinados à satisfação das necessidades humanas. Citemos, por exemplo, a moeda, o crédito,
os bancos, as bolsas etc.
Não importa que consideremos a produção um dos mais importantes fenômenos econômicos,
como entendiam os economistas clássicos, ou em seu lugar coloquemos o fenômeno do consumo, a
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exemplo dos economistas modernos; a verdade é que as bolsas devem ser consideradas instituições
importantíssimas na aproximação dos dois polos da economia: produção e consumo. Elas promovem a
circulação da riqueza e, da maior ou menor realização dos seus negócios, podemos aferir o grau de
desenvolvimento de um país. A bolsa não deixa de ser um mercado organizado com as seguintes
características:
Oferta (quantidade oferecida)
Procura (quantidade procurada)
Preço (o valor expresso em moeda ou dinheiro)
Liquidação (registro e conclusão das operações).
Existem várias espécies de bolsas, como, por exemplo: bolsas de mercadorias, bolsas de cereais,
bolsas de café, bolsas de valores, bolsa de mercadorias e de futuros etc.
Vejamos, as características gerais das bolsas, iniciando as nossas considerações pelas bolsas de
mercadorias.
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22.3 Bolsa de valores
As bolsas de valores fazem parte do subsistema operativo financeiro nacional, sendo consideradas
como instituições auxiliares não-bancárias. É o tipo de bolsa que desempenha papel importantíssimo no
mercado de capitais.
As sociedades corretoras, formadas como S.A. ou Ltda. Tem por fim promover a aproximação de
revendedores e compradores de títulos ou valores mobiliários, por meio de leilões realizados no salão de
pregões.
As sociedades distribuidoras, formadas como firmas individuais, S.A. ou Ltda., como indica a
classificação, encarrega-se da distribuição dos papéis negociados nos pregões.
Os agentes autônomos de investimentos prestam serviços aos bancos de investimentos; sociedades
de crédito, financiamentos e investimentos; sociedades de crédito imobiliário; sociedades corretoras; e
sociedades distribuidoras.
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• Ação escritural: É uma ação que circula nos mercados de capitais sem a emissão de certificados
ou cautelas. São escrituradas por um banco que atua como depositário das ações da empresa e que
processa os pagamentos e transferências por meio da emissão de extratos bancários. Não existe, portanto,
movimentação física de ações.
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23. REFERÊNCIAS
BATEMAN, Thomas S. Scott – A Administração, 1a Edição, São Paulo: Editora Atlas.
Conceito de Sistemas. In: Ciências Econômicas e Empresariais. <http://espaco-empresarial.blogspot.com>.
( 25.11.2010).
CHIAVENATTO, Idalberto – Administração nos novos tempos. 3ª Edição, São Paulo: Editora Campos.
Filosofia KaiZen: Qualidade em Melhoria Contínua. In: Benito Pepe. Palestras, Treinamento de Equipes e
Cursos. <http://www.benitopepe.com.br>. (30.08.2010).
MAXIMINIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 5ª Edição, São Paulo: Editora Atlas.
Teoria Geral da Administração: da Escola Científica à Economia Globalizada. 2ª Edição, São Paulo: Editora
Atlas.
SILVIO, Adelvino Teixeira – Organização e Técnica Comercial. 20ª Edição, São Paulo: Editora Atlas.
Sistema Financeiro Nacional. In: Rmac3.com.br.
<http://www.rmac3.com.br/artigos/sistemafinanceiro>. (22.09.2010).
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