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Moeda. Tais políticas propunham-se a solucionar o problema do desemprego pela intervenção estatal,
desencorajando o entesouramento, em proveito das despesas produtivas, por meio da redução da taxa de
juros e do incremento dos gastos públicos.
De fato, sob o estímulo de grandes despesas governamentais, impostas pelo conflito mundial, a
crise do desemprego deu lugar à escassez de mão de obra, na maioria dos países capitalistas. Surgiu a
convicção de que o capitalismo poderia ser salvo, desde que os governos soubessem fazer uso de seu
poder de cobrar impostos, reduzir juros, contrair empréstimos e gastar dinheiro.
No final da Segunda Guerra Mundial, o mundo deparou-se com a necessidade de reorganização de
seu sistema econômico, atordoado pela Grande Depressão e por duas Guerras Mundiais. Assim, em julho
de 1944 realizou-se a Conferência de Bretton Woods, (New Hampshire, EUA), nome pelo qual ficou
conhecida a Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas, com representantes de 44 países, para
planejar a estabilização da economia internacional e das moedas nacionais. Os acordos assinados em
Bretton Woods tiveram validade para o conjunto das nações capitalistas, lideradas pelos EUA, resultando
na criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD).
O FMI é uma agência especializada da ONU (Organização das Nações Unidas), com sede em
Washington e que faz parte do sistema financeiro internacional. Tem a finalidade de promover a
cooperação monetária no mundo capitalista, coordenar as paridades monetárias (evitar desvalorizações e
concorrências) e levantar fundos entre os diversos países membros, para auxiliar os que se encontrem em
dificuldade nos pagamentos internacionais.
O BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento) é uma instituição financeira
internacional ligada à ONU e conhecido também como World Bank (Banco Mundial). Teve como objetivo
inicial financiar apenas projetos de recuperação econômica dos países atingidos pela guerra. Sediado em
Washington, reúne 139 países (1980), fornece empréstimos diretos em longo prazo (15 a 25 anos) aos
governos e empresas, com garantias oficiais, para projetos de desenvolvimento, assim como assistência
técnica. O maior volume de recursos, desde que o banco começou a operar, em 1946, foi dirigido aos
setores de energia, transporte e agricultura. As contribuições de cada país membro ao capital do BIRD,
assim como o direito a voto, são estabelecidos proporcionalmente à participação do país no comércio
internacional. O maior acionista são os EUA que tem o poder de veto sobre as decisões da organização.
Na década de 80 assiste-se, também, ao aumento do número de acordos e mecanismos de
integração regional, tendo como principais exemplos, a União Européia, o NAFTA (North-American Free
Trade Agreement, ou Acordo de Livre Comércio Norte-Americano), a área de livre comércio asiática e o
Mercosul. No ano de 1994, foi criada a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas e Caribe), formada pelos
EUA, México e Canadá, atualmente em fase de negociação com outros países. A formação destes blocos
regionais é bastante desigual, oscilando entre simples promessas de tratamento preferencial e tentativas
de formação de um mercado único de produtos, até um sistema monetário unificado, passando pela
formação de zonas de livre comércio e uniões aduaneiras. Na verdade, a formação desses blocos é resposta
às dificuldades enfrentadas no mercado internacional, dado o declínio do multilateralismo, e também está
associada às próprias modificações produtivas em curso.
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1.2.1 O Problema Fundamental da Economia
Entende-se por necessidades humanas a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de
satisfazê-la; em termos econômicos, as necessidades humanas dividem-se em três categorias:
a) Primárias – São aquelas essenciais à sobrevivência humana, também chamadas de necessidades
elementares, pois, são comuns a todas as pessoas (alimentação, vestuário, habitação, saúde, educação e
lazer).
b) Secundárias ou Supérfluas – São as que aparecem à medida que o grau de socialização do
indivíduo vai se desenvolvendo. Por conseguinte, é necessário algum tempo para que as mesmas se
incorporem aos hábitos de consumo da pessoa (ato de fumar, de beber e os demais vícios).
c) Coletivas ou Públicas – São aquelas cujo volume de recursos e meios para satisfazê-las
ultrapassam as possibilidades do indivíduo isoladamente, daí serem atendidas pelo poder público
(segurança, comunicação, justiça, etc).
Intermediários – são as matérias primas e os bens semi elaborados que entram na composição de
outros bens (cimento, madeira, trigo, aço etc).
Exemplo: Dependendo do destino, um mesmo bem pode ser de consumo ou produção. É o caso,
entre outros, do leite. “In natura” é um bem de consumo. Se utilizado, porém, para a fabricação de
laticínios é um bem de produção, porque será utilizado como matéria prima para a fabricação de outros
bens.
Serviço - é um produto da atividade humana que, sem assumir a forma de um bem material,
satisfaz uma necessidade. O trabalho realizado pelo cabeleireiro, médico, professor, encanador, corretor de
imóveis, vendedor ou um transportador, ou em outras atividades, tais como serviços oferecidos por um
banco, borracharias, etc.
2 PERGUNTAS FUNDAMENTAIS
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1. O que e quanto produzir? Se os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas, então é
preciso escolher o que produzir, dentre várias alternativas concorrentes.
2. Como Produzir? É preciso escolher a melhor combinação dos recursos escassos para uma maior
satisfação das necessidades.
3. Quando Produzir? É preciso escolher o melhor momento para produzir. Ex: produzir agasalhos
antes da chegada das baixas temperaturas, para poder vendê-los quando a temporada fria chegar.
4. Onde Produzir? Produzir perto dos consumidores (mercado), ou junto das matérias primas,
avaliar os custos de transporte dos produtos finais e das matérias primas, para melhor escolher a
localização da fábrica.
5. Para quem produzir? É preciso saber qual é o mercado alvo, se é para cristãos ou muçulmanos,
se é para citadinos, ou pessoas que vivem no campo, etc.
Diante de tais considerações, observamos que não é fácil a constituição de um sistema econômico
ideal, pois este deverá necessariamente harmonizar com perfeição a solução das questões fundamentais.
UNIDADES PRODUZIDAS
ALTERNATIVAS APARTAMENTOS AVIÕES
A 15 0
B 14 3
C 12 4
D 9 5
E 5 6
F 0 7
Essas diferentes combinações estão representadas por pontos do Gráfico I, onde as possibilidades
de produção de apartamentos estão indicadas no eixo vertical (das ordenadas), e os aviões no eixo
horizontal (das abscissas). Ligando-se esses pontos, Obtém-se uma curva que expressa todas as diferentes
combinações possíveis de produção de apartamentos e aviões.
APARTA
Gráfico I
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A curva de transformação representa, assim, o limite ou a fronteira de possibilidades de produção.
Sendo assim, todos os pontos (exemplos “J” e “K”) sobre a curva, indicam alternativas de pleno emprego
dos recursos.
Naturalmente, até aqui, estamos supondo que todos os recursos estão plenamente empregados.
Pode ocorrer, porém, que alguns fatores de produção, estejam desempregados ou ociosos, como seria o
caso representado pelo ponto “I e G”. Nesta hipótese, podemos aumentar a produção de um bem, sem
diminuir a de outro.
A curva é côncava para a origem, porque os recursos não são perfeitamente substituíveis, nos seus
diferentes usos. Na medida em que queremos produzir mais aviões, teremos que pagar custos crescentes,
em termos de unidades de apartamentos, a cuja produção seremos obrigados a renunciar. Isto decorre do
fato de que teremos que subtrair recursos, utilizados na produção de apartamentos e empregá-los na
produção de aviões, e essa substituição se processará de forma cada vez mais imperfeita.
Podemos admitir também que a capacidade da economia cresceu, ou porque houve um aumento
de recursos, ou porque surgiu uma melhora tecnológica, acarretando um deslocamento de toda a curva
para a direita.
4. Tecnologia é o conjunto de princípios científicos que se aplicam aos diversos ramos de atividade.
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disposição. A organização desses fatores produtivos (recursos naturais, trabalho, capital e tecnologia) nas
empresas, bem como a direção de suas atividades, recaem sobre pessoas ou grupos, de caráter privado ou
público.
Na economia os diversos papéis são desempenhados pelos Agentes Econômicos que são:
Famílias ou unidades familiares - são as que consomem bens e serviços, e oferecem seus
recursos (principalmente trabalho e capital) às empresas;
Empresas - são consideradas as unidades de produção básica que contratam e compram fatores
com o objetivo de produzir e vender bens e serviços;
Setor público - estabelece o marco jurídico institucional, no qual se desenvolve a atividade
econômica.
Apesar da diversidade de objetivos, as inúmeras unidades produtoras podem ser agrupadas em três
setores básicos, que compõem o sistema econômico:
1. Setor primário – constituído pelas unidades produtoras, que utilizam intensamente os recursos
naturais, através das seguintes atividades: extrativistas, pecuárias, agrícolas e pesqueiras;
3. Setor terciário – composto pelas unidades produtoras que prestam serviços como comércio, os
transportes, as comunicações, as profissões liberais, os serviços da saúde, de educação, serviços públicos,
etc.
Vejamos na tabela a seguir, uma visão aproximada do emprego de fatores de produção, nos
diversos setores em economias desenvolvidas e subdesenvolvidas.
3.2.1 Capitalismo
Sistema econômico baseado na separação entre trabalhadores, que dispõem apenas da força de
trabalho e a vendem em troca de salário, e capitalistas, que são os proprietários dos meios de produção,
que contratam trabalhadores para produzir mercadorias com o objetivo de lucros.
Características
A produção se dirige para o mercado;
A empresa constitui fator da economia capitalista;
É livre a iniciativa, a propriedade privada e a liberdade de produção;
O mercado é regulado pela lei da oferta e da procura;
Os meios de produção encontram-se em mãos privadas;
Objetiva o lucro.
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A produção intensifica-se estimulada pelo comércio; cresce a população, melhoram-se os
transportes, ampliando-se o mercado; a unidade familiar torna-se ultrapassada e a produção passa a ser
realizada em grandes unidades, chamadas empresas.
O sistema de vínculos familiares se torna impotente para estabelecer um conjunto de direitos e
deveres capaz de ordenar a produção de forma racional. A tranquilidade primitiva é substituída por
conflitos abertos. Surgem o governo e o sistema de produção capitalista.
Antes, todos os bens eram obtidos através da produção direta (economia natural); agora, alguns
deles serão adquiridos por intermédio da troca, que equivale à produção indireta (economia de mercado).
3.2.1 Socialismo
Conjunto de doutrinas e movimentos políticos voltados para o interesse dos trabalhadores, tendo
por objetivo uma sociedade onde inexista a propriedade privada dos meios de produção. Pretende eliminar
as diferenças entre classes sociais e planificar a economia para obter uma distribuição justa da riqueza
social.
A economia centralizada nasce baseando-se, primordialmente, da crítica aos mecanismos da
economia de mercado. O funcionamento de uma economia de mercado leva ao desemprego e ao
surgimento de frequentes crises que implicam graves desperdícios de recursos, portanto, o planejamento
centralizado visa evitar tais perdas.
Nas economias centralmente planificadas os meios de produção são propriedades estatais e as
decisões chave são feitas na agência de planejamento. O funcionamento do sistema de planejamento
centralizado está baseado nos seguintes princípios:
O papel do poder central ou agência de planejamento distribui não só as tarefas do plano, mas
também os meios de produção, tanto materiais como financeiros.
As empresas não baseiam a sua atuação no cálculo econômico, isto é, na maximização dos
lucros, ou minimização dos custos, e sim na realização do plano de metas.
No crescimento da burocracia, o funcionamento do sistema requer a existência de um enorme
aparato administrativo, pois, é a única forma de controlar as empresas. Conforme cresce o sistema
produtivo, o aparato burocrático vai desenvolvendo-se em um ritmo progressivo.
Características
Os meios de produção são de propriedade pública (Estado); constituindo um bem do povo;
O planejamento das atividades econômicas é realizado pelo Estado
O plano fixa as condições de produção e consumo;
Não existe concorrência;
Ausência de lucro, a formação de riqueza é pública;
A figura do empresário é substituída pelo representante do Estado;
As atividades econômicas são realizadas por entidades estatais.
Portanto, observamos que os sistemas econômicos assumem duas formas extremas, o Capitalismo
e o Socialismo, que se diferenciam entre si, em função das seguintes características:
1. Propriedade dos meios de produção – No sistema capitalista existe a propriedade privada dos
meios de produção, enquanto num sistema socialista essa propriedade é pública ou estatal.
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mecanismo de mercados competitivos, tendo por base o funcionamento do sistema ou comportamento
dos preços. Atualmente, não se encontra nenhum exemplo de capitalismo puro (como o liberalismo
econômico), a maioria dos países do mundo adotam o sistema de livre empresa e intervenção ou
participação governamental, sobre o qual alguns economistas denominam de “sistema de economia
mista”.
3.4 Comunismo
Esta doutrina defende a abolição da propriedade privada dos meios de produção, a distribuição
igualitária dos bens produzidos pela sociedade e a organização da riqueza social, feita pela própria
comunidade de produtores. As primeiras formas de organização humana são classificadas como
modalidades de comunismo primitivo.
Onde:
Dx Quantidade demandada do bem x;
px Preço do bem x;
p1, p2, ..., pn Preço dos bens consumidos pelos indivíduos;
R Renda do consumidor;
G Gosto do consumidor por outros bens.
Em função de tantas variáveis, torna-se difícil estabelecer a quantidade demandada, ou a demanda
de um bem. Portanto, para tornar operacional o conceito de demanda, precisamos, ou melhor, devemos
presumir a condição COETERIS PARIBUS, que supõe apenas a variação do preço do bem em estudo,
permanecendo constantes os preços dos outros bens, a renda e a preferência dos consumidores.
Para melhor nos familiarizarmos com este princípio, vamos considerar a escala de procura de um
determinado produto, numericamente na tabela abaixo.
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Tabela Gráfico da Demanda
QUANTIDADE
PREÇOS $
DEMANDADA
0,40 50
0,80 40
1,20 30
1,60 20
2,00 10
Transportados os dados da tabela, para o gráfico cartesiano, obtivemos uma reta da procura ou
demanda, que corresponderá aos conceitos até aqui estabelecidos. Observamos que seu andamento
gráfico é decrescente e inclina-se para baixo (da esquerda para a direita), indicando-nos que os
consumidores reagem inversamente ao nível dos preços, ou seja, a pessoa comprará mais de um bem a
preços mais baixos.
Convém observar, também, que o gráfico da função demanda pode assumir a forma de uma curva,
conforme se disse antes, diante da existência de outros fatores que influenciam a procura por um bem.
Portanto, a lei da Demanda ou lei da Procura define que, “Quanto maior for o preço de um bem,
menor será a quantidade procurada desse bem”, ou seja, “Quanto menor for o preço de um bem, maior
será a quantidade procurada desse bem”, observando-se a limitação imposta pela renda.
5 TEORIA DA OFERTA
“Quanto maior for o preço de um bem, maior será a quantidade ofertada desse bem”.
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Tabela e Gráfico da Oferta
QUANTIDADE
PREÇOS $
DEMANDADA
0,40 10
0,80 20
1,20 30
1,60 40
2,00 50
Portanto, podemos observar que na reta da oferta é sempre crescente (da esquerda para a direita)
e para um preço de R$ 0,80, os empresários estão dispostos a ofertar 20 unidades. Mas, se o preço sobe
para R$ 2,00, os empresários tendem a aumentar a oferta para 50 unidades. Como na função demanda, se
levarmos em consideração as várias variáveis existentes, o gráfico da função oferta terá o comportamento
de uma curva.
Para determinarmos a oferta de um bem precisamos definir o custo e o preço, pois, é a partir
desses elementos que se calcula o lucro do empresário.
A reta da oferta, ou função oferta, foi obtida pelos economistas estudando a relação entre a
quantidade ofertada de um bem e o seu preço de mercado. Portanto, a sua fórmula matemática pode ser
expressa da seguinte forma (COETERIS PARIBUS):
Qx = f (Px)
Onde: Qx = Quantidade ofertada do bem x;
Px = Preço do bem x.
A teoria de produção focaliza o lado da oferta do mercado, ou seja, os produtores que vão oferecer
aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos. Na teoria da produção, uma empresa ou firma,
conceitualmente, será apenas uma unidade de produção.
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Pode ser representada graficamente pela relação técnica entre quantidades empregadas dos
fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou do serviço, na seguinte equação:
Q = f (K, T, C, RN);
Onde:
Q = quantidades produzidas do bem “x”;
K = quantidades empregadas do fator capital;
T = quantidade empregada do fator trabalho;
C = tecnologia empregada;
RN = Recursos Naturais.
Essa equação significa que a quantidade produzida do bem é função das quantidades empregadas
dos fatores capital, trabalho e tecnologia.
Q (produzidos) K T CT
8 6 7 64
Para fazer frente aos custos, o empresário necessita vender o seu produto, a fim de obter sua
receita, que é o resultado dessas vendas. Suponha que cada unidade seja vendida a um preço de R$ 10,00.
Assim, se o empresário vender 8 (oito) unidades, sua receita “R” será de R$ 80,00.
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Q (vendidos) K T CT R LT
8 6 7 64 80 16
7 6 7 64 70 6
A partir dos elementos apresentados, pode-se determinar o elemento que estimula o empresário, o
lucro, que é a diferença entre o custo de produção e a receita do empresário, o lucro total (LT).
LT = R - CT
7 MERCADO
Em todo mercado, existem dois tipos de agentes bem diferenciados: compradores e vendedores.
Os compradores e os vendedores entram em acordo sobre o preço de um bem ou serviço, de forma
que se fará a troca de quantidades determinadas de um bem por uma quantidade de dinheiro, também
determinado. Portanto, o preço de um bem é a sua relação de troca pelo dinheiro, número de reais
necessários para obter em troca uma unidade do bem.
De Bens de produção
Representados pelas máquinas, que fabricam outras máquinas e equipamentos, e também
fabricam outros tipos de mercadorias.
De matérias primas
Formado por produtos retirados da natureza, de origem animal, vegetal, mineral ou mobilizados de
outras fontes.
De produtos básicos
Formado principalmente por produtos como petróleo, certos tipos de sementes (selecionadas) e
outros.
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Monetário
Formado por instituições bancárias que vivem, permanentemente, para captar e emprestar
dinheiro.
Financeiro e de capitais
Funciona com os mais diversos tipos de ações e títulos negociados nas Bolsas de Valores.
De trabalho
Além dos mercados mencionados, este tem a função de procurar e selecionar pessoas que saibam
realizar tarefas específicas, de acordo com as atividades da empresa e segmentos diversos do setor público.
No campo da empresa privada, podemos exemplificar uma fábrica de tecidos, quando requer ou necessita
de pessoas que entendam de trabalhar com fios, operar teares, vender tecidos etc.
Para que se tenha um bom conhecimento dos mercados, temos que classificá-los inicialmente,
levando em conta dois critérios: o primeiro diz respeito à importância da empresa no mercado em que
opera e o segundo refere-se ao fato de os produtos serem homogêneos ou não.
Imobiliário
Trabalha no ramo de imóveis (casas, apartamentos, terrenos) não só com venda e locação para
moradia, mas também locação de cunho empresarial e venda de cunho especulativo (investimento). Este
mercado, não menos importante, tem crescido bastante para acompanhar a demanda, gerando assim uma
nova necessidade de equilíbrio.
7.2.2 Oligopólio
É um regime de mercado intermediário entre a concorrência perfeita e o monopólio. Neste
modelo, temos um número de produtores pequeno o suficiente para que cada empresa seja importante,
de modo que cada atitude tomada por uma afete as demais, principalmente os preços dos bens, por elas
produzidos. Além disso, esses bens, apesar de perfeitamente substituíveis entre si, são diferenciados,
permitindo que o consumidor saiba exatamente qual empresa produziu determinado produto. Esse regime
de mercado torna-se o mais comumente encontrado na vida real. Exemplo: eletrodomésticos e veículos
(duráveis), sabão em pó e pasta de dente (não duráveis).
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7.2.3 Concorrência imperfeita
Os mercados em concorrência imperfeita são aqueles nos quais o produtor ou produtores são
suficientemente grandes para ter efeito notável sobre o preço e são classificados como monopólio, ou seja,
há um só ofertante, que tem plena capacidade de determinar o preço.
8 PONTO DE EQUILÍBRIO
O Preço de Mercado ou chamado PONTO DE EQUILÍBRIO é o ponto onde a oferta e a procura está
em equilíbrio com o contexto, ou seja, o preço pelo qual os bens são vendidos na situação perfeita.
QUANTIDADE QUANTIDADE
PREÇOS $
DEMANDADA OFERTADA
0,40 50 10
0,80 40 20
1,20 30 30
1,60 20 40
2,00 10 50
Observe que o ponto de equilíbrio é aquele em que a mesma quantidade Demandada é a Ofertada,
isso significa que ao preço de R$ 1, 20, os consumidores e os produtores estão dispostos a consumirem e a
venderem exatamente a mesma quantidade de 30 unidades (para o exemplo citado).
Contudo, a economia é dinâmica, ou seja, as funções de oferta e demanda costumam se deslocar,
ocasionando mudanças, e, a essas mudanças, atribuímos o nome de “deslocamento”, podendo ser da
Oferta ou da Demanda.
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Gráfico Deslocamento da Demanda
(Ponto de Equilíbrio)
9 CONCEITO DE ELASTICIDADE
O dicionário Aurélio fala o seguinte: “Propriedade que apresenta certos corpos de retornar à sua
forma primitiva ao cessar a ação que neles produziu uma deformação”.
Na economia, elasticidade refere-se à sensibilidade, ou o grau de uma específica variável, em
relação às alterações de outra, ou seja, é o grau de influência de um sobre o outro.
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Fatores que influenciam o grau de elasticidade-preço da demanda:
Existência de Bens Substitutos; e
Importância do bem, em relação ao orçamento do consumidor.
11 CONTABILIDADE SOCIAL
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produzidos internamente no país e o produto nacional bruto (PNB), que é a renda efetiva pertencente aos
residentes do país.
12 CONSUMO E POUPANÇA
Em determinado momento, as pessoas decidem como dividir o seu rendimento disponível entre
consumo e poupança.
Definimos por consumo a despesa em bens e serviços, com o objetivo da satisfação de
necessidades e desejos. Estas podem ser necessidades básicas, como alimentação, vestuário e habitação;
ou desejos associados ao consumo de bens de luxo, como férias num país exótico.
A poupança é a diferença entre o rendimento recebido e a despesa realizada em bens de consumo.
A decisão entre consumo e poupança é uma decisão entre consumir hoje ou consumir no futuro.
2 – Serviços de consumo - são as despesas feitas com aluguéis, médicos, barbeiro, cinemas,
transporte etc.; e
3 – Bens duráveis - são como eletrodomésticos em geral, automóveis etc., cuja característica é ter
vida útil muito maior do que os bens não duráveis de consumo.
P=R - C
Onde:
P – poupança
R – Renda
C – Consumo
Tradicionalmente - S = poupança (em inglês, Saving) Y = renda (em inglês, Yield) C = consumo (em
inglês, consumption) Essa equação pode ser reescrita da seguinte forma:
S=Y–C
Até o presente momento, estudamos o termo POUPANÇA, no sentido do ATO de POUPAR (forma
genérica), mas a poupança, comumente conhecida, é a Caderneta de Poupança (um dos diversos tipos de
INVESTIMENTO). Para não confundirmos, vou citar alguns tipos de investimentos, que são utilizados com a
renda já poupada. São eles: Caderneta de Poupança; Fundos de Investimentos; CDBs e RDBs; Títulos
Públicos; Ações; Debêntures e Clubes de Investimentos.
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13 ECONOMIA MONETÁRIA
A moeda existe justamente por desempenhar as funções citadas, e ao observar cada função,
especificamente no que tange à sua história, vemos que essas funções têm correlação direta com a história
de sua criação. Como exemplo, podemos citar a função de Padrão de Pagamento e Meio ou Instrumento de
troca. O primeiro para atribuir valor justo às coisas, e o segundo à facilidade para negociação (evitando-se
carregar bois, sacas de trigo e etc.) em mercados.
A demanda e a oferta de moeda, disponibilizada pelo Governo, sempre é em busca de um controle
sobre a taxa de juros, Observe que ao aumentar a quantidade de moeda no mercado, existe uma tendência
muito forte de as pessoas reagirem de duas formas: a primeira é consumir e a segunda é poupar. Pela
primeira característica citada a grande procura acaba por elevar seus preços, ocasionando uma queda na
taxa de juros.
Em situação hipotética inversa, ou seja, no caso de diminuição da oferta de moeda no mercado,
haverá a necessidade de captação de dinheiro junto aos agentes financeiros, ou seja, pessoas pediram
empréstimos junto aos bancos, para suprirem suas necessidades. A grande procura por financiamento
acaba por elevar a taxa de juros dos bancos, o que faz com que esta suba e atinja um novo equilíbrio.
14 SISTEMA FINANCEIRO
Pelo rumo de crescimento mundial, que se tomou a economia moderna, possui elevado grau de
complexidade. Para isso, faz-se necessária a presença de alguém, que regule sobre o assunto, para facilitar
e regular a circulação de moeda entre os agentes econômicos. Esse papel é desempenhado por um sistema
responsável pela intermediação da moeda entre os agentes econômicos.
Daí surge então o Sistema Financeiro, que é formado por órgãos e instituições, ou seja, um
conjunto desses que regula, fiscaliza e executa as operações relativas à circulação de moeda e do crédito.
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Para entendermos bem como funciona o sistema financeiro, devemos primeiro conhecer os
agentes econômicos, tais como: os agentes superavitários e os deficitários. O sistema financeiro facilita na
captação de recursos dos agentes superavitários, passando para os deficitários à medida de suas
necessidades ou deficiências, ou seja, os agentes financeiros deficitários captam recursos para seus gastos
através de transferências dos agentes superavitários. Porém, essa transferência não é de forma direta, ela
ocorre com a intermediação do sistema financeiro, e é cobrada uma diferença por esse serviço de
intermediação, é o chamado SPREAD.
Spread – é a remuneração do sistema financeiro, que é a diferença entre a taxa de juros cobrada
dos agentes deficitários e a paga aos agentes superavitários.
Pela existência de empresas de diversos portes e interesses há investidores específicos para cada
uma delas, com fins de aplicar objetivando retorno financeiro no curto, médio ou longo prazo, e com
diferentes níveis de risco.
Para compatibilizar os diversos interesses entre companhias e investidores, estes recorrem aos
intermediários financeiros, que cumprem a função de reunir investidores e companhias, propiciando a
alocação eficiente dos recursos financeiros na economia. O papel dos intermediários financeiros é
harmonizar as necessidades dos investidores (agentes superavitários) com as das companhias abertas
(agentes deficitários). Por exemplo, uma companhia que necessita captar recursos para investimentos, se
desejar fazê-lo através do mercado de capitais, deve procurar os intermediários financeiros, que irão
distribuir seus títulos para serem oferecidos a diversos investidores, possibilitando mobilizar o montante de
recursos requerido pela companhia.
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Os bancos oficiais instituições cujo objetivo principal é o repasse e a aplicações dos fundos oficiais.
Atuam também como banco comercial, como autoridade monetária e como banco de desenvolvimento.
O Conselho Monetário Nacional, orgão de cúpula do sistema financeiro nacional, coordena as
políticas monetárias, fiscal, creditícia e da dívida pública. As decisões são divulgadas pelo Banco Central do
Brasil, por meio de resolução.
As principais atividades do Banco Central do Brasil são as de: emitir papel moeda; regular assuntos
tocantes às instituições financeiras, bem como os serviços de compensação de cheques; efetuar operações
de compra e venda de títulos públicos federais e realizar operações de crédito à federação; efetuar o
controle dos capitais estrangeiros; efetuar práticas ao devido funcionamento do mercado cambial e do
equilíbrio do balanço de pagamentos; e comprar e vender títulos de sociedades de economia mista e de
empresas do estado.
O Banco do Brasil exerce duas funções principais, a primeira é como banco comercial e a segunda,
como agente financeiro do governo federal, exerce grande influência na economia brasileira. Dentre essas
atribuições do Banco do Brasil, ele tem atribuições específicas, tais como: adquirir e financiar estoques de
produção exportável (fomento); executar a política de preços mínimos dos produtos agorpastoris; ser
agente pagador e recebedor fora do país; executar o serviço de compensação de cheques e outros papéis;
realizar operações de compra e venda de moeda estrangeira; dar execução à política de comércio exterior;
e financiar as atividades industriais e rurais e difundir e orientar o crédito, suplementando a ação da rede
bancária.
O Banco nacional de Desenvolvimento Econômico foi criado com o intuito de financiar a criação e
a expansão dos investimentos em infra estrutura (energia elétrica, portos, transportes, etc.). Seus recursos
provêm do Programa de Integração Social (PIS) e do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), o primeiro
administrado pela Caixa Econômica Federal, e o segundo, pelo Banco do Brasil. Em 1982 teve seu nome
alterado para Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e passou a receber
recursos do Financiamento de Investimento Social (Finsocial) contribuição paga pelos empresários
produtores de mercadorias; com essa mudança passou a atuar também no campo social.
15 INFLAÇÃO
Define-se inflação como uma situação em que há um aumento contínuo e generalizado dos bens e
serviços. Podemos acrescentar que uma economia é inflacionária quando os preços aumentam
continuamente e por um longo período de tempo.
Outro aspecto a ser considerado é o fato do aumento de preços estender-se a todos os bens e
serviços da economia. Assim, se apenas os bens produzidos por um determinado setor, tiverem seus preços
elevados não estará caracterizada uma inflação.
É medida a inflação através de números índices, que são fórmulas matemáticas, que dizem a
porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços.
Atualmente, os principais órgãos responsáveis pelo cálculo da inflação no Brasil, são quatro: a
Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Socioeconômicos
(Dieese).
Abaixo segue alguns dos índices utilizados no Brasil:
Índice de Custo de Vida (ICV) – mede a evolução dos gastos de família com renda até 05 (cinco)
salários mínimos, com as despesas realizadas para suprir as necessidades básicas: habitação, vestuário,
transporte e lazer, etc.
Índice de Preço por Atacado (IPA) – enquanto o ICV considera os preços dos bens e serviços ao
nível do consumidor, o IPA considera a evolução dos preços em nível de comercialização no atacado.
Índice Nacional da Construção Civil (INCC) – é um índice que apenas acompanha evolução dos
preços dos materiais, equipamentos e mão de obra (empregados na construção civil).
Índice Geral de Preços (IGP) – este índice é a média ponderada dos índices anteriores, sendo
muito utilizado como referência para os reajustes dos aluguéis, tendo a seguinte composição:
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Índice de Custo de Vida (ICV) 30%
Índice de Preço por Atacado (IPA) 60%
Índice da Construção Civil (INCC) 10%
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15.4 Inflação no Brasil
No Brasil, os cálculos da inflação começaram a ser realizados em 1920, com o surgimento dos
primeiros institutos de pesquisa. A conta era feita pela Fazenda Nacional e usava a metodologia da Europa
— que começou a medir a alta dos preços na época dos Grandes Descobrimentos (por volta do ano de
1400). Porém, os dados não refletiam a realidade do país. Isso porque eram baseados nos gastos de apenas
uma família (soma dos valores dos produtos da classe média alta, minoria da população).
Em 1936, com a criação da Lei do Salário Mínimo, o cálculo de preços sofreu várias reformulações,
passando a ser calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), sob a denominação de Índice de Custo de
Vida (ICV). Nesse período foram criadas novas formas de se calcular a inflação, baseadas em cestas de
consumo (um grupo de produtos determinados, essenciais aos brasileiros, cuja variação dos preços era
acompanhada mês a mês).
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a economia brasileira se mostrava estável, com
uma taxa de inflação em torno de 3% ao ano. Porém, com a fase da industrialização, nos anos 60, os índices
de preços subiram. As greves e o movimento de resistência à ditadura militar da época geraram um
ambiente anárquico, elevando a inflação para até 90% ao ano.
Nos anos 70, durante o regime militar, a inflação ainda mostrava sinais de alta, mas as taxas não
eram mais divulgadas. Os dados do período são considerados duvidosos, já que alguns órgãos oficiais
teriam sido forçados a manipular os números para baixá-los.
A inflação deu um ligeiro sinal de queda a partir de 1985, com a redemocratização e o lançamento
do Plano Cruzado. No entanto, a troca da moeda não segurou o indicador, que passou de 72,53%, em 1986,
para 363,37%, em 1987. A partir de então, os governos tentaram uma série de planos econômicos para
tentar conter a 'hiperinflação', que fechou o ano de 1989 a 1.972,91% ao ano. Os planos Bresser, Cruzado e
Collor conseguiram resultados favoráveis, mas com um alto custo para a classe média — que chegou, por
exemplo, a ter suas poupanças bloqueadas — e por um curto espaço de tempo.
A situação só foi controlada a partir de 1994, com o lançamento do Plano Real, que deu a
presidência ao então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso. O índice de aumento de preços
passou de 916,43%, naquele ano, para 22,41% no período seguinte.
Depois de vários sobressaltos provocados, tanto por crises econômicas internas, quanto externas,
atualmente a inflação se mostra sob controle, bem próxima das metas estipuladas pelo governo.
15.5 Deflação
Representa o efeito inverso da inflação, isto é, caracteriza-se pelos efeitos prejudiciais em face de
depreciação monetária e dos preços, ou seja, a oferta dos bens e serviços excede a procura, por
consequência, os preços cairão. Segundo o professor Gastaldi, a deflação pode gerar desemprego
generalizado, em razão do enfraquecimento de todos os setores da economia, tornando-se danosa, não
apenas aos investidores e credores, mas principalmente aos devedores.
Podemos acrescentar ainda que, quando a deflação é acentuada, pode causar grandes
perturbações na vida econômica, porque restringe o poder aquisitivo da moeda, determinando queda dos
preços. Suas consequências são bem mais graves em relação à inflação.
16 SETOR EXTERNO
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Taxa de câmbio é o preço de uma moeda em relação à outra, como o preço do Real frente ao
Dólar.
Cambio fixo é quando uma moeda tem o preço fixo em relação à outra, neste caso o governo se
compromete a intervir na economia comprando e vendendo (em sua maioria dólar), de forma a manter a
paridade das moedas fixas. Como já fixado anteriormente em US$1.00 por R$ 1,70, para manter esta
paridade o governo compraria quantos dólares forem necessários (ampliando suas reservas) ou venderia
(diminuindo suas reservas) de forma a manter o dólar sempre ao preço de R$ 1,70.
Câmbio flutuante é quando o preço de uma moeda em relação à outra é determinada pelo
mercado, ou seja, pelas leis de oferta e procura pela moeda, assim como qualquer mercadoria numa
economia. Dessa forma o governo não interfere no mercado e a paridade da moeda pode variar a todo o
momento ao longo de um determinado período de tempo.
17 SETOR PÚBLICO
Assim como os diversos setores da economia afetam sua estrutura econômica, podemos dizer que
a interferência do governo é de fundamental importância no equilíbrio dos países. Isso não se trata de
adotar uma política socialista, nem de excluir o liberalismo capitalista.
O que está se dizendo, neste contexto, é que a intervenção econômica do governo, seja através de
aumento em alíquotas dos impostos, ou pela criação de tributos, ou ainda, intervenção de fomento à
agricultura, são de extrema importância para o bom andamento da balança comercial de um país no
mundo.
Como já observado no estudo da classificação dos mercados, percebemos a existência de um,
chamado de monopólio. Neste, observamos a inexistência de concorrências, ou seja, empresas ou
companhias que, de tão fortes, ou anulavam outras para evitarem concorrência, ou as compravam.
Fazendo com que o mercado (os consumidores) dependesse unicamente deles. Dessa forma, aplicariam
aos produtos, produzidos por eles, os preços que lhes fossem convenientes. A intervenção governamental
foi e continua sendo de grande importância para evitar tais situações, que tendem a ser desfavoráveis aos
menores.
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17.1 Função Econômica do Setor Público
Pelo motivo de regular a economia visando justiça entre “os mais fracos” (consumidores) e os “mais
fortes” (produtores), vem daí a intervenção do governo como ato regulador. Para desempenhar tal ato
regulador o Estado, desempenha algumas funções, tais como:
Função Alocativa: está é relativa ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos
adequadamente pelo sistema de mercado. Esses bens não oferecidos podem ser entendidos como bens
públicos, e sua principal característica é a de impossibilidade de exclusão, ou seja, o consumo por um
indivíduo não diminui a quantidade a ser consumida oelos demais indivíduos. (Serviço de meteorologia, de
defesa nacional, de despoluição, de saúde pública e de saneamento).
Função Distributiva: O governo serve como o agente redistribuidor de renda. Um exemplo deste
fenômeno é o tributo chamado Imposto de Renda - IR, onde a intenção é pagar mais quem tem mais e
desonerar o pagamento para quem tem menos. Outro que pode ser citado como distributivo, é o tributo
chamado de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; este faz o governo trabalhar com sua extra
fiscalidade nos tributos.
Sua extra fiscalidade é a intenção, não só de auferir dinheiro para os cofres públicos, mas também,
distribuir melhor a renda, onde o lucro auferido pelas empresas financiará, no caso dessa contribuição, as
instituições do sistema “S” de ensino ao trabalhador, como é o caso do SESC, SENAC e SENAI, que
funcionam como institutos com o fim social de preparar melhor os possíveis trabalhadores para o mercado
de trabalho.
Função Estabilizadora: A última citada, mas não menos importante, é a “mão do Estado na
Economia”, é quando o governo intervém na economia para alterar o comportamento dos níveis de preços
e empregos. Ela é realizada por meio de políticas fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas.
A atuação do estado pode ser intervencionista, também com a intenção de crescimento
econômico, tais como investimento em infra estrutura e fornecimento de bens públicos, como incentivo ao
setor privado.
28
Existe uma relação entre o total da arrecadação tributária e a alíquota, (taxa) de impostos
conhecida como curva de Lafer. Ela retrata que a partir de determinado nível da taxa, qualquer elevação
resultará em uma redução na arrecadação global, devido à sonegação e ao desestímulo provocado sobre os
negócios em geral.
Existe outro efeito também conhecido, com o nome de efeito Oliver-Tanzi, ocorre nos períodos de
aceleração inflacionária, demonstrando que a inflação tende a inibir a arrecadação fiscal do governo.
O crescimento econômico é a chave para se conseguir uma série de feitos positivos para uma
sociedade. O aumento do nível de vida e do emprego está ligado ao crescimento econômico. Portanto, este
é um processo sustentado ao longo do tempo, no qual os níveis de atividade econômica aumentam
constantemente. O crescimento econômico refere-se à tendência, em longo prazo, da produção de um país
ser mostrada pela evolução do PIB e do PIB per capita brasileiro.
Desenvolvimento é o processo de crescimento de uma economia, ao longo do qual se aplicam
novas tecnologias e se produzem transformações sociais, que acarretam uma melhor distribuição da
riqueza e da renda.
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18.1 Fatores Condicionantes do Crescimento Econômico
Apesar de as causas do crescimento econômico e suas características assumirem peculiaridades
diferentes, em cada país e momento histórico determinado, geralmente, podem-se considerar os seguintes
fatores como determinantes básicos do crescimento:
Disponibilidade de recursos produtivos;
A produtividade;
Atitude da sociedade em relação à poupança.
19 EMPREGO
20 POLÍTICAS MACROECONÔMICAS
20.1 Definições
Políticas são ações conscientes e planejadas. Em se tratando de políticas macroeconômicas, essas
ações são planejadas por governantes de Estado que fazem uso de três caminhos clássicos disponíveis: o
câmbio, a moeda e a administração fiscal.
Essas políticas macroeconômicas formam, e continuam sendo o fulcro necessário mais básico, para
uma estratégia de desenvolvimento qualquer. Usadas de modo correto promovem o crescimento de uma
nação, que faz parte da essencialidade para o bem estar social.
A macroeconomia trata, fundamentalmente, das questões de desemprego e inflação, considerando
esses como problemas de curto prazo ou conjunturais, ao mesmo tempo em que aborda desenvolvimento
e crescimento (questões estruturais). Esses demandam um período de tempo maior para apresentarem
resultados, que é o grande desafio das políticas macro econômicas, ou seja, desenvolver um país, com
objetivos de longo prazo, ao mesmo tempo em que pretende resolver as mazelas do desemprego e
inflação, em curto prazo.
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20.2 Metas de política macroeconômica
Como já citado, a grande dialética da macroeconomia é trabalhar em conjunto com problemas
como inflação e desemprego, ao mesmo tempo trabalhando para o crescimento da economia. Portanto, os
objetivos e metas da política macroeconômica são:
Aumentar empregos – A grande crise mundial de 1930 despertou os mercados sobre outra ótica,
diferente daquela em que se acreditava que o liberalismo fluiria com o controle dos mercados e empregos,
tendo a “mão invisível” que determinara os preços e a produção de equilíbrio. Com estudos a respeito
dessa quebra da bolsa de Nova York, Keynes deu início à discussão sobre qual deve ser o grau de
intervenção do Estado na economia.
Evitar a Inflação – A estabilidade dos preços dá mais confiabilidade à economia, atraindo mais
investidores de fora do país e dando maior controle à própria população sobre o seu planejamento de
longo prazo. As alternativas de desenvolvimento e crescimento econômico agregam a si elevações no nível
geral dos preços.
Justiça na Distribuição de Renda – A política macroeconômica defende a distribuição melhor da
renda, sabendo que hoje cerca de 80% da renda mundial se encontra na mão de, no máximo, 20% da
população. Essa ideia de distribuição mais justa advém do pensamento de crescimento econômico como
um todo, nos países mais desenvolvidos essa disparidade é sempre menor que aquela dos países em
desenvolvimento.
Crescimento Econômico – Um dos objetivos mais claros das políticas macroeconômicas é também
o mais fácil de entender, pois o crescimento econômico sempre se refere à renda nacional per capita, ou
seja, deixar à disposição da sociedade quantidade de produtos e mercadorias maiores do que o
crescimento populacional.
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20.3.4 Política de renda
Controle de preços e salários agindo assim, evitando a inflação e dando suporte ao crescimento
ordenado da economia como um todo.
21 GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA
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quantidade envolvem, invariavelmente, uma mudança, tanto no volume, como na composição dos recursos
externos e do comércio exterior. As alterações de "preço" afetam as condições de captação de recursos
externos, com mudanças, tanto de custo como de prazo, e os termos de troca (preços de exportação e
importação).
A vulnerabilidade externa envolve os custos negativos da resistência aos efeitos negativos da
volatilidade do investimento e do comércio internacional. Essa resistência é exercida, geralmente, com o
uso de políticas macroeconômicas tradicionais - políticas monetária, cambial e fiscal. Outrossim, os
governos podem usar, tanto controles diretos sobre os fluxos de capital, como a política comercial para
enfrentar os problemas criados pela volatilidade dos fluxos internacionais.
Mudanças abruptas nos fluxos de investimento e comércio internacional tendem, geralmente, a ter
seus efeitos transmitidos para as economias nacionais por meio de três mecanismos: processo de ajuste
das contas externas; impacto nas esferas monetária e financeira; e impacto sobre a dimensão real da
economia.
O processo de ajuste das contas externas passa, de início, pelo gerenciamento das reservas
internacionais do país. Naturalmente, turbulências no sistema financeiro internacional, que afetam as
fontes de financiamento externo, podem levar ao esgotamento das reservas internacionais do país, em
curto prazo. Nesse caso, o país acaba implementando políticas de estabilização macroeconômica, de
natureza contracionista, baseadas na redução do nível de gastos (absorção interna) e na mudança da
composição dos gastos (redirecionando a produção para o mercado externo). Para isso, as políticas
monetária, fiscal, cambial e comercial são os instrumentos tradicionais, que afetam quantidades (volumes
de produção, renda e gastos) e preços relativos (tradeables versus non-tradeables). A centralização do
câmbio e outras medidas de controle direto, sobre as contas externas, são utilizadas nas situações limites,
quando os países são levados, até mesmo, à moratória sobre a dívida externa.
23 FORMAÇÃO
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