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FUNDAMENTOS
DE ECONOMIA
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
SUMÁRIO
UNIDADE I .................................................................................................................... 6
PRINCÍPIOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA ........................................................................ 7
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7
DE QUE TRATA A ECONOMIA? .................................................................................... 9
POR QUE A ECONOMIA É CONSIDERA UMA CIÊNCIA SOCIAL E NÃO EXATA? ............. 10
BENS E SERVIÇOS ...................................................................................................13
AS EMPRESAS E OS FATORES DE PRODUÇÃO.......................................................... 14
TERRA .................................................................................................................... 14
TRABALHO.............................................................................................................. 14
CAPITAL OU BENS DE CAPITAL ................................................................................15
CAPACIDADE EMPRESARIAL ....................................................................................15
AGENTES ECONÔMICOS ...........................................................................................16
MERCADO ................................................................................................................ 17
O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ..................................................................... 17
ESTRUTURA DE MERCADO .......................................................................................19
MERCADO VENDEDOR ..............................................................................................19
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA ........................................................................19
OLIGOPÓLIO......................................................................................................... 20
MONOPÓLIO ......................................................................................................... 20
MERCADO COMPRADOR........................................................................................... 20
MONOPSÔNIO ...................................................................................................... 20
OLIGOPSÔNIO ...................................................................................................... 20
DISTORÇÕES NA ESTRUTURA DE MERCADO ............................................................ 21
SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA (SBDC) ................................ 22
QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS .............................................................. 22
A CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO: UMA ILUSTRAÇÃO DO PROBLEMA DA
ESCASSEZ E DA ESCOLHA ...................................................................................... 23
O CUSTO DE OPORTUNIDADE .................................................................................. 25
SISTEMA ECONÔMICO ............................................................................................. 26
O FLUXO CIRCULAR DA ATIVIDADE ECONÔMICA ...................................................... 26
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
UNIDADE I
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
INTRODUÇÃO
Embora a ação econômica tenha sempre despertado a atenção dos povos, só a
partir do século XVIII a economia tornou-se disciplina acadêmica. Em 1776 Adam Smith
publicou seu livro pioneiro: A riqueza das Nações. Já em 1867, no intervalo de mais um
século e meio entre o aparecimento do livro de Adam Smith e a publicação da Teoria
Geral do emprego, do juro e da moeda, por John Maynard Keynes, a economia, passou
por muitos estágios de desenvolvimento. Até que em 1867 surge o “ Capital”, a crítica mais
contundente do capitalismo.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Estas são algumas das questões de que trata a economia. Muitas outras existem.
Procure respondê-las com suas próprias palavras. Não se preocupe com a precisão dos
termos. Afinal, embora possa parecer um campo impenetrável, você verá que, ao final do
estudo da Unidade, essas e outras questões serão facilmente respondidas. Esta Unidade
foi especialmente desenvolvida para constituir o pontapé inicial da grande partida que
pretendemos empreender: O Conhecimento da Ciência Econômica.
Neste primeiro momento, estudaremos: de que trata a economia. Nosso objetivo
é que, ao final do estudo, você possa: conceituar ciência econômica; descrever os
campos da ciência econômica; conceituar produção e consumo; identificar os fatores
de produção; relacionar alternativas de escolha com a escassez dos fatores de
produção.
A palavra “Economia”, vem do grego oikos (casa) e nomos (norma, lei). Teríamos,
então, a palavra oikonomia que significa administração de uma casa, ou administração
de um Estado (Nogami e Passos, 2012).
A Ciência Econômica surge justamente para organizar, equilibrar e normatizar um
Estado, uma Economia isto porque, as necessidades humanas não cessam, casa vez
mais a humanidade consome, necessitam de algo e, a natureza, o meio ambiente já não
conseguem atender a todas essas necessidades surgindo assim a Escassez. Se não
houvesse Escassez não haveria razão de existir a ciência econômica. A figura 1
demonstra a situação da escassez:
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percebe-se que por maior que seja a capacidade de consumir do indivíduo, ele nunca se
sentirá plenamente satisfeito, o que nos leva a inferir que desejos tendem a infinito. Ora,
se na fórmula acima substituirmos a “caixa de desejos” por infinito, então qualquer que
seja o volume de consumo dividido, por infinito, tenderá a zero, ou seja, a felicidade não
existe. Aí está a essência do problema mundial, pelo menos do ponto de vista material.
Para ilustrar a lógica do indivíduo consumista, ou do Homo economicus (homem
econômico), Nogami (2012), utiliza-se de uma figura onde tem-se o indivíduo como o
centro de todo problema que aflige a sociedade mundial, sustentando uma caixa de
desejos. Essa caixa será satisfeita através do consumo de bens e serviços. Mas como os
bens e serviços que consomem são escassos, eles possuem um preço. A figura 3 ilustra
bem esa teoria.
Dessa forma, Nogami (2012) nos mostra que, é em função dos preços dos mais
diferentes bens e serviços que consumimos para satisfazer nossas necessidades e
desejos é que cada um de nós possui uma estrutura de consumo. E podemos despender
recursos o quanto quisermos? Claro que não, pois temos um elemento delimitador para
o consumo que chamamos de renda. Assim fica mais fácil entender toda relação
econômica: quanto maior a renda, maior o consumo e, consequentemente, mais felizes
estaremos.
O mesmo autor nos remete ao conceito de consumo que nada mais é que uma
atitude econômica utilizada para atender as necessidades humanas, ou seja, satisfazer
necessidades e desejos. É sabido que cada ser humano necessita de ar, água, alimentos,
roupas, para sobreviver. Sabe-se, também, que não há limite à variedade e à quantidade
das necessidades humanas. Entretanto, isso não é tudo. Pode-se desejar também outras
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BENS E SERVIÇOS
De modo geral, Nogami (2012) relata que bem é tudo aquilo que permite satisfazer
uma ou várias necessidades humanas. Por essa razão, um bem é procurado porque é útil.
Os bens são classificados em bens livres e bens econômicos, em função de sua escassez.
Os bens livres são aqueles que existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com
pouco ou nenhum esforço humano. Nessa categoria estão a luz solar, o ar, a areia da
praia etc., que são bens porque satisfazem necessidades, mas cuja utilização não
implica relações de ordem econômica. A principal característica dos bens livres é a de
que não possuem preço.
Os bens econômicos, ao contrário, são relativamente escassos e supõem a
ocorrência do esforço humano na sua obtenção. Tais bens apresentam como
característica básica o fato de terem um preço (preço maior que zero). Quanto à natureza
estes bens são classificados em dois grupos: bens materiais e bens imateriais ou
serviços.
Os primeiros são de natureza material, sendo, portanto, tangíveis, e a eles
podemos atribuir características como peso, altura etc. Alimentos, roupas e automóveis
são exemplos de bens materiais. Os serviços, ao contrário, são intangíveis, ou seja, não
podem ser trocados. Fazem parte dessa categoria de bens o atendimento médico, os
serviços de um advogado, o serviços de transporte etc., que acabam no mesmo
momento da sua produção. Outra característica importante é a de que eles não podem
ser estocados.
Quanto ao destino, os bens materiais classificam-se em bens de consumo e bens
de capital. Bens de consumo são aqueles diretamente utilizados para satisfazer as
necessidades humanas. Esses bens podem ser de uso não durável, ou seja, que
desaparecem quando utilizados (alimentos, bebidas, gasolina etc.), ou de uso durável,
que têm como característica o fato de poderem ser utilizados várias vezes durante muito
tempo (televisores, geladeira, móveis etc.).
Os bens de capital, por sua vez, são aqueles que são utilizados para produzir
outros bens. Como exemplos têm-se as máquinas, computadores, equipamentos,
edificações etc. Tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados
como bens finais, uma vez que já passaram por todos os processos de transformação
possíveis, o que significa que estão acabados. Além dos bens finais existem ainda os
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bens intermediários, que são aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir
sua forma definitiva. Como exemplo podemos citar o fertilizante utilizado nas mais
diferentes culturas, ou então, o aço, o vidro etc.
TERRA
Terra, ou recursos naturais, é o nome dado pelos economistas para designar os
recursos naturais existentes, tais como florestas, recursos minerais, recursos hídricos
etc. Compreende não só o solo utilizado para fins agrícolas, mas também o solo utilizado
na construção de imóveis, estradas etc. O fluxo circular da atividade econômica 29 Na
verdade, toda a natureza, a energia do Sol, os ventos, as marés, a gravidade da Terra são
utilizados na produção de bens econômicos. A utilidade desses elementos, segundo
Passos e Nogami (2012, p. 13), vai variar em função de fatores como facilidade de
extração, refino e transporte, entre outros. O que devemos destacar é que a quantidade
de recursos naturais, ou Terra, é limitada, até mesmo para as nações consideradas ricas.
TRABALHO
É o nome dado a todo esforço humano, físico ou mental, despendido na produção
de bens e serviços. Assim, constitui trabalho no sentido econômico o serviço prestado
por um médico, o trabalho de um operário empregado na construção civil, a supervisão
de um gerente de banco, o trabalho de um agricultor no campo. O tamanho da população,
de acordo com Passos e Nogami (2012, p. 13), estabelece para esse fator de produção um
limite em termos de quantidade. Entretanto, importa também a qualidade do trabalho.
Todos sabemos que duas pessoas que trabalham oito horas por dia não são,
necessariamente, igualmente produtivas. Por essa razão, em qualquer país, a qualidade
e o tamanho da força de trabalho são limitados, o que implica dizer que a quantidade total
do recurso denominado trabalho também o é.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
CAPACIDADE EMPRESARIAL
Alguns economistas, como Passos e Nogami (2012, p. 13), consideram a
capacidade empresarial também como um fator de produção. Isto porque o empresário
exerce funções fundamentais para o processo produtivo. É ele quem organiza a
produção, reunindo e combinando os demais recursos produtivos, assumindo, assim,
todos os riscos inerentes à elaboração de bens e serviços. É ele quem colhe os ganhos
do sucesso (lucro) ou as perdas do fracasso (prejuízo). Em algumas firmas, o empresário
pode ter dupla função e ser também o gerente; em outras, tal fato não ocorre. De
qualquer maneira, a função empresarial é necessária na economia.
Portanto, os recursos produtivos são limitados. Cabe destacar, a remuneração
dos proprietários dos recursos produtivos. O que significa a remuneração dos
proprietários dos recursos? De um modo geral, é o preço pago pela utilização dos
serviços dos fatores de produção aos proprietários desses mesmos fatores.
Numa empresa, os trabalhadores oferecem a sua força de trabalho e recebem, em
troca, um salário. Se os capitalistas emprestam dinheiro, recebem juros. Proprietários
de terra, aluguéis...e os proprietários de empresas, lucros. Isso fica bem ilustrado na
figura abaixo:
Figura 4 – Remuneração dos Fatores Produtivos
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AGENTES ECONÔMICOS
O processo de troca de bens e serviços dá-se entre agentes que têm necessidade
de algo, oferecendo seus excedentes como forma de pagamento. A satisfação dessa
necessidade efetiva-se nos mercados, onde são formados os preços relativos, a partir
da conjunção entre disponibilidades de bens e serviços e necessidades ou possibilidades
dos agentes envolvidos. Esses agentes, produtores e consumidores, constituem os
agentes econômicos “empresa” e “família”. Além destes, são também considerados
agentes econômicos o sistema financeiro, o governo e o resto do mundo. Abaixo
conheceremos a função de cada um desses agentes:
• Empresas: são os agentes encarregados de produzir e comercializar bens
e serviços. Como é realizada a produção? Através da combinação dos
fatores produtivos adquiridos juntos às famílias. As decisões da empresa
são todas guiadas para o objetivo de se conseguir o máximo de lucro e mais
investimentos;
• Famílias: incluem todos os indivíduos e unidades familiares da economia e
que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e
serviços, objetivando o atendimento de suas necessidades. São as famílias
os proprietários dos recursos produtivos e são elas que fornecem às
empresas os diversos fatores de produção, tais como: trabalho, terra,
capital e capacidade empresarial. Recebem em troca, como pagamento,
salários, aluguéis, juros e lucros, e é com essa renda que compram os bens
e serviços produzidos pelas empresas. O que sempre as famílias buscam é
a maximização da satisfação de suas necessidades.
• Governo: inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão
sob o controle do Estado, nas suas esferas federais, estaduais ou
municipais. O governo pode atuar no sistema econômico, produzindo bens
e serviços, através, por exemplo, da Petrobrás, Empresas de Correios e
etc.
O preço relativo, como o próprio nome diz, é o quanto vale uma mercadoria em
relação a uma outra. É a proporção entre os preços de duas mercadorias. Digamos que
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uma lata de óleo de um litro para cozinha valha, por exemplo, 80% de um pacote de feijão
de um quilo. É a essa proporção que chamamos preço relativo.
MERCADO
Mercado é o locus, o ponto de encontro entre vendedores e compradores. Um
mercado pode estar em qualquer lugar: na esquina de uma rua, no outro lado do mundo,
ou bem perto, como o telefone ou os classificados do jornal. Não precisa ser
necessariamente um lugar físico. Nele, estão presentes os fundamentos da procura e da
oferta, que são as forças que movem as economias de mercado e representam os
interesses de consumidores (ou compradores) e produtores (ou vendedores).
Dependendo da ótica pela qual se olhe, os mercados assumem características
específicas, cada qual com seu objeto e sua finalidade. O estudo do comportamento do
mercado é fator determinante para a gestão econômica. Por exemplo, para saber como
um fato ou medida de política econômica afetará a economia, é preciso prever seu
impacto sobre o comportamento da oferta e a demanda. Por isso, conhecimento,
previsibilidade e expectativas adequadas com relação ao comportamento do mercado
podem determinar a eficácia dessas políticas. A figura abaixo demonstra claramente
esse conceito.
Figura 5 – Comportamento do Mercado
O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Ao estudarmos o fenômeno da escassez, vimos que as necessidades humanas
são ilimitadas, ao passo que os bens ou meios de satisfazê-las são sempre finitos. E que
esse fato leva os agentes econômicos a fazerem escolhas. Da mesma forma, existem
variáveis que condicionam o comportamento do consumidor. Vamos lembrar que, por
definição, bens e serviços são consumidos porque (a) são necessários, ou porque (b)
provocam prazer ao serem consumidos. Em termos da linguagem microeconômica, bens
e serviços são úteis e, portanto, representam “utilidade”.
Os economistas estabelecem uma relação formal, matemática, entre o consumo
de bens e serviços e o nível de utilidade. Dessa relação, chamada função utilidade, deriva
também o conceito de “curva de indiferença”. Um exemplo nos auxiliará no entendimento
do conceito.
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Imagine um colega que tenha ascendido a uma posição hierárquica mais elevada
dentro da empresa, posição essa que exija dele trajar-se de maneira mais formal, o que
o levará a abandonar o jeans e o tênis no ambiente de trabalho. Para atender à nova
situação, decide ir ao shopping refazer seu guarda-roupa. Para efeito de estudo, vamos
concentrar suas compras em calças e camisas (ou saias e blusas, no caso feminino).
Ao colega, inicialmente, é indiferente quantas peças de cada tipo irá comprar, ou
seja, existe um número variado de combinações calça/camisa que irá gerar o mesmo
grau de satisfação. Suponha que ele tenha gostado muito de duas camisas de marcas
diferentes, ou seja, qualquer delas lhe proporcionaria igual nível de satisfação, sendo-
lhe, em princípio, indiferente escolher uma ou outra. Em termos microeconômicos,
sempre que, no conjunto de nossas escolhas, nos defrontarmos com opções que nos
deixam igualmente felizes (satisfeitos), dizemos que somos indiferentes a essas opções.
Ocorre, porém, que nosso colega ainda não assumiu o novo cargo, ou seja, seu
salário ainda é o mesmo, e ele não pretende tomar crédito. Dessa forma, sua decisão
estará condicionada à sua renda atual e, assim, os preços dos produtos é que irão
orientar sua escolha. Em outras palavras, sua restrição orçamentária acabará
desempenhando papel fundamental na escolha: se ambas as camisas são igualmente
desejáveis, a escolha recairá sobre aquela que atenda à sua restrição orçamentária.
Se ambas atenderem a esse requisito, sua escolha recairá sobre aquela que
consumir a menor parcela de sua renda, ou seja, que custar menos. Esse exemplo
clarifica o papel do preço dos bens e serviços em nossas decisões. Deixa claro que o
preço que estamos dispostos a pagar por determinado bem (ou seja, quanto desejamos
comprometer de nossa restrição orçamentária) está diretamente ligado à satisfação
proporcionada por esse bem.
Vimos que o consumidor pode ter seu comportamento orientado pela busca de
obter a maior satisfação possível, considerada sua restrição orçamentária. Essas
variáveis são importantes, mas não são as únicas. Existem outros fatores que interferem
na decisão de consumir, principalmente:
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ESTRUTURA DE MERCADO
Em decorrência da própria dinâmica da economia capitalista, o poder dos
diferentes agentes econômicos é diferenciado e, assim, o comportamento de ofertantes
e demandantes não é uniforme. Veremos a seguir as características básicas dos
principais tipos de mercado.
Concorrência perfeita O mercado de concorrência perfeita ocorre em situações
em que grande número de consumidores e ofertantes atuam de forma pulverizada, de
modo que nenhum comprador ou vendedor tenha condições de influenciar os preços ou
o comportamento dos demais agentes. A concorrência perfeita é identificada quando
há:
• Perfeita mobilidade de recursos;
• Perfeito conhecimento das regras por parte dos que a integram, a começar
pelo preço;
• Ausência de entraves ao ingresso de novos vendedores;
• Relativa homogeneidade de produtos.
MERCADO VENDEDOR
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
Estrutura mais próxima da concorrência perfeita, acontece em um mercado que
agregue grande número de empresas, com fracas barreiras quanto ao ingresso e saída
do mercado de vendedores. Cada concorrente estabelece um produto que possui
substitutos próximos, mas que se torna único, por ser ligeiramente diferenciado dos
demais pela marca, embalagem, publicidade, atendimento, ou por outras diferenças
mais subjetivas que objetivas. São exemplos as lojas de roupas, as farmácias, as
pizzarias e outras assemelhadas. Essa diferenciação de produtos garante algum poder
de mercado ao ofertante no que diz respeito ao estabelecimento de preços.
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OLIGOPÓLIO
O mercado é dito oligopolizado quando um pequeno número de empresas controla
parcela expressiva do segmento. Tem por características a interdependência entre as
empresas que o compõem, forte bloqueio à entrada de concorrentes e tendência à
formação de cartéis e à rigidez de preços. Nesse mercado, que opera com produtos
padronizados ou diferenciados, cada agente formula suas políticas levando em conta os
efeitos sobre seus rivais. São exemplos a indústria automobilística, de vidros, cimento,
aço, pneumáticos, química, petroquímica, bancos etc.
MONOPÓLIO
O monopólio caracteriza-se pela existência de uma única empresa produtora de
bens e serviços para os quais, no curto prazo, não existam substitutos próximos. Suas
dimensões são estabelecidas pela empresa via determinação prévia do volume de
produção e dos preços desejáveis. Nesse tipo de mercado existem barreiras legais,
tecnológicas e econômicas ao ingresso de concorrentes e o lucro total da empresa é
máximo para cada nível de produção e preço por ela estabelecido. São exemplos as
companhias de água e esgoto de determinadas localidades.
MERCADO COMPRADOR
MONOPSÔNIO
É a versão do monopólio na vertente do comprador. Nele, há uma única empresa
compradora de determinado produto, que impõe suas condições para compra. É o caso,
por exemplo, da fábrica de cigarros na aquisição de fumo em determinadas localidades.
OLIGOPSÔNIO
Da mesma forma, é a versão do oligopólio na vertente do comprador. Nesse tipo
de mercado, poucas empresas compradoras determinam o preço de aquisição dos
produtos e impõem grande dificuldade à entrada de novos compradores. É o caso, por
exemplo, da indústria automobilística e da agroindústria na compra de insumos.
A seguir é fornecida uma tabela com a síntese dos tipos de estruturas de
mercado:
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Como produzir? A sociedade tem que decidir a maneira pela qual o conjunto de
bens escolhidos será produzido. Normalmente, os bens podem ser obtidos mediante
diferentes combinações de recursos e técnicas. Isto é, por quem e com que recursos,
e por qual processo tecnológico eles serão produzidos? Nesse sentido, deve-se optar
pela técnica que resulte no menor custo por unidade de produto a ser obtido.
Para quem produzir? Uma vez decidido que bens produzir e como produzi-los, a
sociedade tem de tomar uma terceira decisão fundamental: quem vai receber esses
bens e serviços? Sabemos que a produção total de bens e serviços deverá ser
distribuída entre os diferentes indivíduos que compõem a sociedade. De que maneira
essa distribuição ocorrerá? Será que todas as pessoas receberão a mesma quantidade
de bens e serviços? Ou será que a distribuição de bens e serviços será feita segundo a
contribuição de cada um à produção? Ou a cada um segundo a sua necessidade?
Nogami e Passos (2012) afirmam que, o que produzir, como e para quem não
constituiriam problema se os recursos produtivos fossem ilimitados. Se fosse possível,
produzir uma quantidade infinita de cada produto, ou se as necessidades humanas
estivessem plenamente satisfeitas, não faria diferença se a sociedade produzisse uma
quantidade excessiva de qualquer produto em particular. Muito menos haveria
importância se o trabalho e as matérias-primas fossem combinados de maneira não
racional. Desde que todos pudessem ter tudo o que desejassem, não importaria a
maneira pela qual os bens, os serviços e as rendas fossem distribuídas entre os
diferentes indivíduos e famílias. Não haveria, então, bens econômicos, isto é, bens que
são relativamente escassos, e certamente não haveria a necessidade de se
economizar.
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A linha que mostra todas as combinações possíveis dos bens que a Economia
está apta a produzir – a partir de um determinado nível de conhecimento tecnológico e
pressupondo-se a plena utilização dos limitados recursos produtivos – passa pelos
pontos A, B, C, D e E.
Como já vimos anteriormente, ela se denomina curva de possibilidades de
produção e nos mostra as combinações máximas entre dois bens que a sociedade está
apta a produzir. Do mesmo modo que o exemplo da fazenda produzir em um ponto
dentro da curva de possibilidades de produção, significara que os recursos não estão
sendo plenamente empregados. Pontos situados fora da curva, por sua vez,
representam combinações de bens impossíveis de se obter com a atual disponibilidade
de recursos e grau de conhecimento tecnológico. Pontos situados na curva de
possibilidades de produção indicam uma situação de pleno emprego.
O CUSTO DE OPORTUNIDADE
Na situação de pleno emprego, para se produzir mais bens de consumo,
devemos desistir de uma determinada quantidade de bens de capital, a fim de liberar
recursos utilizados na produção de bens de capital para a produção de bens de
consumo.
O custo de quantidades adicionais de bens de consumo pode ser expresso em
termos de quantidades sacrificadas de bens de capital. Se, por exemplo, a Economia
estiver operando no ponto C, com uma produção de 350 mil toneladas de bens de capital
e dois milhões de toneladas de bens de consumo, e a sociedade decidir passar para o
ponto D, qual será o custo de oportunidade de bens de consumo? O custo de
oportunidade será dado pelas 150 mil toneladas de bens de capital que a Economia
deixará de produzir para que se produza um milhão de toneladas a mais de bens de
consumo.
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SISTEMA ECONÔMICO
É a forma na qual uma sociedade está organizada em termos econômicos,
políticos e sociais para desenvolver as atividades econômicas de produção, troca,
consumo de bens e serviços. Toda uma economia precisa ter seu sistema econômico
organizado e requer a obediência de algumas regras para que o mesmo possa funcionar
de forma adequada. Existem diversos tipos se Sistema Econômico os mais conhecidos
são: O Sistema Capitalista e o Sistema Socialista. O sistema Capitalista não tem
intervenção do governo pertencendo a livre concorrência, já o Socialista tem seu curso
pautado em um órgão de Planejamento, ou seja, pertencem ao Estado.
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sociedade. Mas e importante observar que existe uma relação ainda mais forte entre
esses dois agentes econômicos – entenda-se por agentes econômicos aqueles que
contribuem para o funcionamento do sistema econômico, ou seja, os indivíduos, as
empresas e os governos. Toda a economia, no seu fundamento básico, gira em torno
deles. Eles representam a essência da atividade econômica.
Figura 7 Fluxo básico de uma Economia
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DEMANDA
Em uma definição formal, de livro-texto, a demanda, ou procura, e entendida
como a quantidade de um bem ou serviço que uma pessoa deseja e esta apta a comprar
a determinado preço em dado intervalo de tempo, ceteris paribus, ou seja, tudo o mais
permanecendo inalterado. E importante registrar que, no estudo da demanda, quando
falamos em “consumidor”, estamos nos referindo a uma entidade abstrata, que tanto
pode significar uma pessoa individualmente, ou as pessoas em sua coletividade.
Em outras palavras: individualmente, uma pessoa estará disposta a adquirir
mais unidades de um bem ou serviço se tiver sua renda aumentada, tudo o mais
permanecendo constante; ou, coletivamente, mais pessoas estariam dispostas a
adquirir aquele bem ou serviço, ceteris paribus, se a renda da coletividade aumentar,
por exemplo. Decorre daí que a cada preço corresponde uma quantidade demandada.
Exemplificando: Suponha que um colega foi recentemente promovido. A
determinado preço e condicionado pela restrição orçamentaria, ele comprara
determinada quantidade de camisas. Se o preço for menor, e como “camisa” e um bem
que representa utilidade e lhe da satisfação, ele estará disposto a comprar, demandar,
mais camisas porque, mesmo comprando mais, ele estará respeitando sua restrição
orçamentária.
Essa relação e uma regra geral (que também possui exceções), que pode ser
representada pela escala abaixo, considerada como exemplo a procura por credito.
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Isso significa que o consumidor desejara adquirir mais bens ou serviços quanto
menor for o preço, uma vez que ele tem por objetivo alcançar a máxima satisfação
possível de suas necessidades a partir de uma renda limitada (lembra da restrição
orçamentária?). Por outro lado, quanto maior for o preço, a tendência ser a redução na
quantidade demandada, seja porque individualmente a pessoa tenda a consumir
menos, seja porque coletivamente menos pessoas estariam disposta a consumir
aquele preço (tem que ajustar o desejo de consumir a realidade orçamentária).
Por isso, a curva de demanda será sempre negativamente inclinada. Por fim,
lembremos que existem outras variáveis intervenientes no processo de escolha do
consumidor, como preferencias, facilidades de credito, entre outras já vistas.
Tenhamos sempre em mente que a lei da procura considera o comportamento do
consumidor apenas a partir da variável preço, ceteris paribus(tudo o mais
permanecendo constante).
Por fim, lembremos que existem outras variáveis intervenientes no processo de
escolha do consumidor, como preferencias, facilidades de credito, entre outras já
vistas. Tenhamos sempre em mente que a lei da procura considera o comportamento
do consumidor apenas a partir da variável preço, ceteris paribus.
DESLOCAMENTO NA DEMANDA
Quatro fatores principais podem deslocar a curva de demanda são eles:
Mudanças nos preços de bens relacionados; Bens podem ser substitutos ou
complementares de outros bens.
Substitutos: quando a queda do preço de um bem faz com que consumidores
fiquem mais dispostos a comprar o outro bem, ou seja, existem outras marcas os quais
impulsionam a guerra de preços. Isso é ótimo para o consumidor, pois, o mesmo tem
opção de barganhar.
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Complementares: São bens que precisam de outros bens para existirem. Ex:
Carro e Gasolina. Se a gasolina estiver muito cara o sentirá um desestímulo para a
compra desse bem e, procurará substituí-lo por um carro a álcool, ou a gás.
Mudanças na renda: Passamos a classificar os Bens em normais ou inferiores
Normais: aumento na renda aumenta a demanda por esses bens. Bens Normais
são aqueles que todos necessitam e atendem as necessidades básicas como:
alimentos, vestuários, etc...
Inferiores: aumento na renda diminui a demanda por esse bem. Ao passo que se
ganha mais se passa a deixar de lado alguns itens. Exemplo: Substitui a carne bovina
patinho por uma Carne bovina de filé.
Mudanças de gosto
Cada consumidor possui um determinado gosto uma determinada cultura,
aumentando a necessidade de se pulverizar os tipos de bens.
Mudanças nas expectativas.
Observe agora um exemplo hipotético de vendas de entradas em um show:
Observe que quando o preço dos ingressos caem para R$ 215, 00 reais a
quantidade demandada sobre para 5.000 unidades o dobro da quantidade vendida a R$
350,00. Há um deslocamento da Curva de demanda para direita. O inverso ocorreria
caso os preços subissem teríamos ai um deslocamento da curva de Demanda para a
esquerda.
Com esses fenômenos conseguimos chegar a Lei Geral da Demanda que afirma:
“A quantidade demanda de um bem ou serviço, em qualquer período de tempo, varia
inversamente a seu preço, pressupondo-se que tudo mais que possa afetar a demanda
– especialmente a renda, o gosto e preferência do consumidor, o preço dos bens
relacionados e as expectativas quanto a renda, preços e disponibilidades – permaneça
o mesmo”.
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BENS DE VEBLEN
O “efeito Veblen” ou “efeito do esnobismo” é uma teoria do economista e
sociólogo Veblen que pode ser traduzida da seguinte maneira: na área do consumo dos
bens de luxo, a alta do preço de um produto o torna mais desejável ainda. De uma
maneira inversa, a queda do preço do produto se traduz por uma queda do interesse dos
compradores potenciais.
O efeito Veblen foi utilizado recentemente para explicar porque os grupos
ligados à venda de vinhos prestigiosos levaram 10 anos para denunciarem um falsário
brilhante. Invariavelmente, a quantidade procurada de determinado bem ou serviço, é
inversamente proporcional ao seu preço, segundo os seguintes fatos:
• Efeito Substituição Os consumidores tenderão a demandar uma maior
quantidade das mercadorias cujo preço foi reduzido e uma menor
quantidade daquelas que agora se tornaram mais caras relativamente;
• Efeito Renda: Se o preço ao consumidor final aumenta, o mesmo reduz o
consumo, ocorrendo o inverso caso o preço diminua. Costumamos dizer
que o consumidor perde poder de renda quando os preços se elevam
ficando então mais pobre.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
UNIDADE II
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
TEORIA DA PRODUÇÃO.
Nesta unidade você conhecerá a teoria da produção quais os impactos desta
teoria para uma unidade produtiva ou uma empresa. Na Teoria da Produção a unidade
econômica em estudo e a firma ou empresa. Assim esta teoria visa proporcionar ao
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
produtor a base racional necessárias para suas decisões, com relação à produção, que é
precondição para se chegar a oferta.
A importância do estudo da Teoria da Produção reside no fato de que:
• Seus princípios gerais proporcionam as bases para a análise dos custos e
da oferta dos bens produzidos; e
• Seus princípios, também, se constituem peças fundamentais para a
análise dos preços e do emprego dos fatores de produção, bem como da
alocação desses fatores entre os diversos usos alternativos na economia.
Para um melhor entendimento temos que explicitar, inicialmente, alguns
conceitos básicos da Teoria da Produção, que são apresentados a seguir.
CONCEITOS BÁSICOS
Empresa ou Firma
Para Passos e Ngami (2012) trata-se de uma unidade técnica que produz bens e/ou
serviços de forma racional, procurando maximizar seus resultados relativos a produção
e o lucro. Esse conceito abrange um empreendimento de modo geral, que inclui as
atividades industriais e agrícolas, as atividades profissionais, técnicas e de serviços.
Assim, é uma firma um mecânico de automóveis, um barbeiro, um médico, uma loja de
confecções etc.
Produção
É o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção em produtos
e serviços.
Processo de Produção
É a técnica por meio da qual um ou mais produtos vão ser obtidos a partir da
utilização de determinadas quantidades de fatores de produção.
Fatores de Produção
Os fatores de produção são bens ou serviços transformáveis em produção, e se
dividem em:
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Funções de Produção
É a relação técnica entre as quantidades físicas produzidas de determinado
produto e as quantidades físicas dos fatores empregados na sua produção em
determinada unidade de tempo.
Ex: milho→ terra, trabalho, semente, fertilizante etc.
A função de produção pode ser representada por:
Y = f(X1, X2, X3,... Xu),
onde:
Y = quantidade máxima produzida do bem, sendo q > 0 e
X1 , X2, ..., Xn são as quantidades utilizadas dos diversos fatores de produção,
sendo xi > 0 (i = 1, 2, ..., n).
i) O nível de produção depende de técnicas de produção utilizada (tenologia)
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
ii) O nível de produção depende dos níveis de uso dos fatores (alocação).
Admitir-se-á que o produtor utilizará a mais eficiente tecnologia, assim, o
problema tornar-se-á apenas um problema de alocação dos insumos.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
q = f(x1, x 2),
onde:
q = quantidade de produto;
x1 = fator variável; e
x2 = fator fixo;
Esta relação se fundamenta na Lei dos Rendimentos Decrescentes ou Lei das
Proporções Variáveis que diz:
“Quando aumentamos a quantidade do fator variável, mantendo as demais
constantes, a produção aumenta inicialmente a taxas crescentes, depois a taxas
decrescentes, atinge um máximo e finalmente decresce”(Passos e Nogami, 2012).
Três pontos devem ser ressaltados na Lei dos Rendimentos Decrescentes:
a) só ocorre quando temos apenas um fator variável e todos os demais fixos;
b) ocorre devido a uma alteração nas proporções da combinação entre os
fatores e
c) foi considerada por Ricardo como válida para a agricultura e generalizada
pelos Neoclássicos para toda a economia.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Exemplos:
Produtividade média da mão-de-obra:
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
UNIDADE III
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
CUSTOS DE PRODUÇÃO
Como visto na aula anterior, a oferta de um bem pelas empresas é determinada
pelo preço que será cobrado e pelos custos de produção. Esses fatores são
fundamentais na determinação do lucro, o preço influencia na receita, e os custos estão
associados à tecnologia disponível para produzir os bens. Uma empresa escolhe a forma
de produção capaz de produzir a maior quantidade ao menor custo possível. Agora,
estudaremos de forma mais minuciosa os custos de uma empresa, primeiramente
fazendo uma distinção dos tipos de custo, e posteriormente observando como a firma
considera esse fator nas suas decisões, quando seu objetivo é o maior lucro possível.
46
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Para uma empresa, o custo de oportunidade (também denominado custo
alternativo) corresponde ao rendimento que uma firma deixa de obter por não utilizar os
seus fatores de produção próprios da melhor forma possível. Por exemplo, imagine que
um dentista possua um consultório em um edifício comercial, um dos custos de
oportunidade no qual incorre, ao escolher atender seus pacientes nesta sala, é o aluguel
que ele deixará de receber por ela.
Como não envolve um pagamento direto (uma transação monetária) os custos de
oportunidade são custos implícitos das firmas. Uma firma somente apresenta lucro
econômico se sua receita supera o custo de oportunidade, ou seja, se supera a receita
que seria obtida em outras atividades. Por isso, afirmamos há pouco que o lucro
econômico representa uma vantagem em relação a atividades alternativas.
Por causa dessa vantagem, a presença de lucro econômico motiva a entrada de
novas firmas na indústria. Além do custo de oportunidade, quando uma empresa decide
operar no mercado, ela observa que essa operação gerará tanto custos privados quanto
custos sociais, pontos que serão analisados agora.
47
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Onde CF é um valor não negativo constante. Por outro lado, alguns custos se
alteram a depender do volume de produção, são os custos variáveis. Por exemplo, se
para uma firma produzir mais for necessário contratar mais trabalhadores, ou mesmo o
pagamento de mais horas extras, então os custos com salários são custos variáveis, pois
dependem da quantidade que as firmas decidirão produzir. Em termos matemáticos:
Cv (Q),
Onde Cv( Q), é o custo variável, uma função cuja variável independente é a
quantidade produzida. O custo total de produção é dado pela soma do custo fixo e do
custo variável. Podemos representá-lo por meio da função custo:
Ct (Q )= Cf + Cv
No plano cartesiano, podemos representar curva dos custos fixos e a curva dos
custos variáveis e a curva de custo total conforme a figura a seguir.
Figura 11 – Curva de Custos
48
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Podemos dividir o custo total médio em custo fixo médio e custo variável médio.
O custo fixo médio é a parcela de custo fixo por unidade produzida. De forma análoga, o
custo variável médio é o custo variável por unidade produzida:
49
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Para entender a relação entre o custo médio e o custo marginal é preciso entender
o formato das curvas de custo. Na tabela a seguir, temos os dados de custos para uma
firma fictícia. Perceba que à medida que a quantidade produzida aumenta, o custo fixo
médio diminui. Isso ocorre porque o seu valor total, que permanece inalterado, será
dividido por uma quantidade cada vez maior de produtos.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Note ainda que, na tabela, que o custo variável médio se reduz enquanto o custo
marginal for menor, ou graficamente, enquanto a curva de custo marginal estiver abaixo
da curva de custo variável médio. No entanto, como o custo marginal é crescente, a curva
de custo marginal passa a curva de custo variável médio quando a firma produz a oitava
unidade. A partir desse ponto, a curva de custo variável médio passa a crescer com a
quantidade. Deste modo, percebe-se que a curva de custo marginal cruza a curva de
custo variável médio no seu ponto de mínimo (o que ocorre quando a firma produz sete
unidades do bem).
O formato da curva do custo total médio será o mesmo da curva de custo variável
médio, mas em uma posição um pouco mais acima, pois ao custo variável médio soma-
51
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
se o custo fixo médio. A distância entre as duas curvas se reduz com o aumento da
quantidade porque o custo fixo médio é cada vez mais próximo de zero. Então, a curva
de custo marginal também cruza a curva de custo médio no seu ponto de mínimo (nesse
caso, quando a produção é de oito bens).
As firmas não operam enquanto o custo marginal for inferior ao custo médio, pois
não seria eficiente na busca pela maximização do lucro. Quando o custo marginal for
inferior ao custo médio, esse será decrescente, o que significa que o custo médio será
reduzido se a próxima unidade for produzida. Caso a produção da unidade adicional não
altere o preço, teríamos que a firma poderia aumentar sua margem de lucro em cada
peça, pois receberia o mesmo valor na venda, mas teria um custo médio de produção
menor. Então, enquanto o custo médio for decrescente, a firma decidirá por produzir a
unidade adicional. Para finalizar o estudo dos custos de uma empresa, vamos
compreender como são os custos no longo prazo.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
INFLAÇÃO
Inflação não é a simples subida de preços, não se pode falar de inflação sempre
que o padeiro decide aumentar o preço do pão ou quando se registam aumentos dos
bilhetes do cinema. Isso porque, em economia, os preços são gerados pelos movimentos
de oferta e procura e o fato do preço do pão aumentar não significa que se perca poder
de compra, porque a par desse aumento podem verificar-se diminuições nos preços de
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
outros produtos, como a bolacha, e, então, pode acontecer que o pão seja substituído
pela bolacha.
Ela diz respeito ao processo persistente e relativamente generalizado de
aumento dos preços em vigor numa dada economia, observado ao longo de um dado
período de tempo. Importa reter nesta definição a expressão “aumento generalizado”, o
que significa que a inflação não recai apenas sobre os preços de alguns bens ou serviços,
mas sim sobre os preços da maioria dos bens e serviços.
Existem alguns tipos de inflação que são:
Inflação de Demanda
Ocorre quando os consumidores, por algum motivo, elevam o consumo de
mercadorias. Quando isso ocorre, eles terão de disputar entre si as poucas mercadorias
disponíveis para a venda. E o empresário normalmente decide vender para aquele que se
dispor a pagar mais pela mercadoria escassa. Daí a razão dos preços subirem. Para se
combater este tipo de inflação, torna-se necessário aumentar a oferta ou diminuir a
demanda. Como dificilmente a oferta pode ser elevada no curto prazo, geralmente, o
governo acaba optando pela segunda alternativa.
Inflação de Custos
É o tipo de inflação que acontece quando a demanda permanece estável, mas os
custos de produção do empresário se elevam. Essa elevação pode ocorrer ou por uma
elevação dos salários, nos preços dos insumos ou, ainda, por um encarecimento das
fontes de energia. Toda elevação de custos implica numa redução do incentivo ao
empresário em produzir determinada mercadoria, caso ele não possa repassar
integralmente a elevação dos custos ao consumidor.
Dessa forma, tende a ocorrer uma redução da oferta da mercadoria. Com a queda
na produção, a mercadoria fica mais escassa e chegará ao consumidor final por um preço
mais elevado. Constata-se que o combate a este tipo de inflação é ainda mais difícil. Ele,
em parte, pode ser conseguido com a redução das margens de lucro das empresas, mas
nem todas estarão dispostas a fazê-lo. Uma alternativa seria a busca de fontes de
energia ou insumos que também não estão sempre disponíveis.
Inflação Inercial
Consiste numa situação especial, na qual a inflação não é necessariamente
gerada por uma demanda muito elevada ou por uma oferta reduzida. Também é
conhecida como inflação psicológica. Ela ocorre quando a população de modo geral
acredita que os preços irão continuar subindo. Essa crença se deve a um processo
conhecido por indexação da economia. Indexar significa atrelar preços, salários,
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
55
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Para Ignacy Sachs (2004) o estudo do desenvolvimento econômico não pode ser
estudado sem sua relação com a sustentabilidade. Assim sendo, para Sachs é necessário
conceituar desenvolvimento sustentável acrescentando as dimensões de
sustentabilidade ambiental e sustentabilidade social considerando fatores como: social,
ambiental, territorial, econômico e político para tais análises. Conforme Sachs,
desenvolvimento econômico, social e ambiental se inter relacionam: “(…) Outras
estratégias, de curto prazo, levam ao crescimento ambiental destrutivo, mas
socialmente benéfico, ou ao crescimento ambiental benéfico, mas socialmente
destrutivo” (SACHS, Ignacy. 2004, p 14).
Atualmente o estudo das ciências econômicas é divido em períodos ao qual cada
período com seus respectivos pensadores ganham o nome de Escola de Pensamento
Econômico. Cada escola formulou suas teorias baseadas na realidade vivida em cada
período, e consequentemente o estudo e a abordagem do crescimento e
desenvolvimento econômico estava atrelada ao período histórico de cada escola.
A história do pensamento econômico pode ser dividida, grosso modo, em três
períodos: Pré-moderno (grego, romano, árabe), Moderno (mercantilismo, fisiocracia) e
Contemporâneo (a partir de Adam Smith no final do século XVIII). A análise econômica
sistemática tem se desenvolvido principalmente a partir do surgimento da Modernidade.
No período mais antigo o estudo da economia se fundia com a filosofia, porém após a
segunda revolução industrial a economia ganhou status de ciências econômicas
independente.
O conceito de desenvolvimento econômico é bastante complexo para a economia
atual, principalmente quando se pretende determinar o fator gerador e motivador de tal
desenvolvimento. Baseado nas diversas variáveis econômicas existentes, nos fatores
macroeconômicos, locais e regionais o estudo se torna ainda mais complexo. Por esse
motivo os modelos se limitaram a estudar a origem dos agentes causadores do
desenvolvimento em modelos endógenos ou exógenos a economia.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Educação
Dois números são levados em conta: a taxa de alfabetização e o tempo de
escolaridade. O nível de alfabetização de uma população revela que todos tiveram
oportunidade de receber a educação mais elementar, adquirindo habilidades de leitura,
escrita e matemática. Já o tempo de escolaridade, mede o tempo que cada cidadão deve
permanecer na escola para considerar-se escolarizado. Esses dois números podem
revelar o quanto está estendida a educação de um território.
Saúde
Acesso à medicina, tratamentos e aspectos que medem a longevidade
demonstram as reais condições de saúde e qualidade de vida local. Todos esses números
são considerados para calcular o IDH.
Economia
Dados como o PIB per capita e taxa de desemprego nos oferecem informações
acerca do padrão de vida e poder aquisitivo alcançado em cada nação.
57
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Escala do IDH
O IDH consiste numa escala de 0,000 até 1 (0 a 1) e quanto mais próximo do nº 1,
mais desenvolvida é a nação. Por outro lado, quanto mais perto do 0, mais
subdesenvolvido é o país.
• Países com índice superior à 0,800, possuem um IDH alto.
• Entre 0,500 e 0,799 são considerados com IDH mediano.
• De 0 até 0,499, o IDH é classificado abaixo da média.
Outra ferramenta importante vem a ser o índice Gini, que é o que veremos a seguir:
Índice de Gini
É um dado estatístico utilizado, mais comumente, para avaliar o grau de
concentração de renda em determinado grupo, isto é, medir o grau de desigualdade que
há em uma sociedade.
Ele consiste em um número entre 0 e 1 (ou 0 e 100), onde 0 significa uma situação
de perfeita igualdade e 1 uma situação de desigualdade máxima.
Limitações:
• Os dados informados nem sempre são precisos e referem-se a um período
relativamente curto ao longo do ano, o que diminui o seu grau de precisão;
• Os dados são obtidos a partir de um fornecimento voluntário por parte dos
governos e agências de pesquisa, de forma que, conforme os diferentes
interesses, as informações podem apresentar distorções;
• Esse dado não verifica a potencialidade de crescimento da população mais
rica em face da população mais pobre e vice-versa, apresentando apenas
informações “estáticas”.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
UNIDADE IV
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
INTRODUÇÃO A MACROECONOMIA
Olá, tudo bem?!
Nesta seção teremos como base os desafios a que possivelmente está submetida
a Macroeconomia. Para estudar a Macroeconomia, antes é necessário defini-la. Afinal,
do que trata a Macroeconomia? Macroeconomia é o estudo do comportamento agregado
da economia. A economia “acontece” no dia-a-dia a partir da interação entre os
indivíduos e instituições. Transações comerciais e financeiras são realizadas, a taxa de
juros sobe e desce, a inflação varia acima ou abaixo, o Governo adota determinada
política fiscal, assim como o Banco Central determina a política monetária.
A soma de todos estes eventos constitui a “mão de obra” da macroeconomia. Isto
é, à macroeconomia cabe avaliar e entender as tendências gerais da economia, em vez
de examinar a situação individual de cada indivíduo/instituição.
E foi assim que a macroeconomia surgiu como campo individual de estudo. Na
década de 30 (a Macroeconomia nasceu depois de Dercy Gonçalves...), um eminente
economista de nome John Maynard Keynes causou uma revolução na economia como
um todo. Uma de suas principais contribuições foi separar o estudo de variáveis
agregadas, tais como “emprego”, “juros”, “renda”, “consumo”, “investimento” entre outras,
dos demais tópicos em economia. No entanto, não é verdade que Keynes criou a
macroeconomia. Tão somente ela era estudada com demais áreas do conhecimento,
como a política e filosofia.
Objetivos da Política Macroeconômica:
• Alto nível de emprego;
• Estabilidade de preços;
60
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Política Fiscal
Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a arrecadação de
impostos e contribuições, e o controle de suas despesas. Ela também é utilizada para
estimular ou inibir os gastos do setor privado.
Assim, se o objetivo é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais empregadas
são a redução dos gastos da coletividade ou o aumento da carga tributária, o que inibe o
consumo. Porém, se a meta é o crescimento do emprego, aumentam-se os gastos
públicos e diminuem-se os tributos, elevando assim a demanda. Se o objetivo a atingir é
a melhor distribuição da renda, então os recursos utilizados devem se dar em benefício
dos menos favorecidos. O governo passa, então, a gastar em regiões mais atrasadas,
impor impostos progressivos, ou seja, quanto maior o nível de renda, maior a proporção
paga do imposto em relação à renda, etc.
O Princípio da Anterioridade rege que a execução de uma medida só pode ocorrer
a partir do ano seguinte ao de sua aprovação pelo Congresso Nacional. Segundo este
princípio constitucional, a que toda política tributária deve obedecer, é proibido que as
autoridades públicas cobrem impostos ou contribuições no mesmo exercício financeiro
em que a lei tenha sido publicada.
61
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Política Monetária
Nesta, o governo atua sobre a quantidade de moeda e títulos públicos, sendo os
recursos disponíveis a sua emissão, compra e venda de títulos, regulamentação sobre
crédito e taxas de juros, entre outros.
Se o objetivo é controlar a inflação, por exemplo, compra-se títulos públicos,
diminuindo o estoque monetário da economia. Quando se anseia o crescimento
econômico, o meio seria aumentar o estoque de moedas.
Esta política não necessita obedecer o Princípio da Anterioridade e pode ser
implementada logo depois da sua aprovação. E é exatamente esta a vantagem da política
monetária sobre a política fiscal já que ambas representam meios diferentes para as
mesmas finalidades – melhor distribuição de renda, questão distributiva.
Política de Rendas
Refere-se a interferência do governo na formação de renda, através do controle
e congelamento dos preços. Esse controle sobre os preços e salários é obtido através do
combate ao aumento persistente e generalizado nos preços, que é a inflação. As políticas
anti-inflacionárias brasileiras são o salário mínimo, o congelamento de preços e salários
etc.
62
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
bens e serviços. Para que ao menos houvesse um equilíbrio de mercado, seria necessário
que a oferta agregada de bens e serviços fosse igual a demanda agregada de bens e
serviços.
O mercado de bens e serviços define as variáveis de: nível de renda, produto
nacional e de preços, consumo, poupança e investimentos agregados e exportações e
importações globais.
Mercado de Trabalho
Nesse mercado admite-se um único tipo de mão-de-obra, independente do grau
de qualificação, escolaridade, sexo etc. Ele determina os salários e o nível de emprego.
A oferta de mão-de-obra dá-se pelo salário e pela evolução da população
economicamente ativa. E a procura de mão-de-obra ocorre pelo seu custo à empresa e
do nível de produção desejada pela mesma. O equilíbrio nesse mercado se dá pela
igualdade entre a oferta e a demanda de mão-de-obra.
Esse mercado determina o nível de emprego e a taxa de salário.
Mercado Monetário
Existem em função de que todas as operações comerciais da economia são
realizadas através da moeda. Nele existe, portanto, uma demanda e também uma oferta
de moeda – através do Banco Central –, que juntas determinam uma taxa de juros. Aqui,
a igualdade entre a oferta e a demanda de moeda é dá a condição de equilíbrio no
mercado monetário. E é ele que impõem, além da taxa de juros, o estoque de moeda.
Mercado de Títulos
Determina o preço dos títulos, por exemplo, do título público federal.
Ele analisa o papel dos agentes econômicos superavitários – que gastam menos e
ganham mais, podendo efetuar empréstimos – e dos agentes econômicos deficitários –
que gastam mais que ganham, que geralmente recorrem à empréstimos dos
superavitários. Quando a oferta de títulos se iguala a sua demanda, ocorre o equilíbrio
desse mercado.
Mercado de Divisas
Divisas são moedas estrangeiras, dessa forma ele também é chamado de
mercado de moeda estrangeira, e cuida das transações da economia com o resto do
mundo. Para que ocorra um equilíbrio nesse mercado a oferta de divisas – gerada pelas
exportações e entrada de capital – seja iguala sua demanda – gerada pelas importações
63
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
ECONOMIA INTERNACIONAL
Nesta Unidade iremos entender como uma economia depende da outra para se
manter. Até porque nenhuma nação produz tudo o que necessita.
Atualmente, pelo menos do ponto de vista econômico, o mundo se apresenta
crescentemente interligado. De modo geral, as relações econômicas internacionais tem
posição fundamental para a maioria dos países inclusive o Brasil.
Dizemos que a o Estudo da Economia Internacional em dois grandes blocos: os
aspectos microeconômicos que procura justificar os benefícios advindos desse
comércio; e os aspectos macroeconômicos relativos a taxa de câmbio e ao balanço de
pagamentos.
O assunto de interesse da Economia Internacional, portanto, consiste em temas
originados em problemas especiais da interação econômica entre os estados soberanos.
Parte da teoria Econômica que estuda as relações entre os países, as quais
envolvem transações com mercadorias, transações com serviços e transações
financeiras.
O estudo da Economia Internacional se centraliza em:
• GANHOS DO COMÉRCIO;
• O PADRÃO DE COMÉRCIO;
• O PROTECIONISMO;
• O BALANÇO DE PAGAMENTOS;
• A DETERMINAÇÃO DA TAXA CAMBIAL;
• A COORDENAÇÃO DAS POLÍTICAS INTERNACIONAIS;
• O MERCADO DE CAPITAIS INTERNACIONAIS.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
TAXA DE CÂMBIO
Definição
A definição de taxa de câmbio é a referência em valor da moeda nacional com
relação à moeda estrangeira. Assim, no Brasil a taxa de câmbio representa o preço, em
moeda nacional, de uma unidade de moeda estrangeira, normalmente o dólar. Uma
elevação da taxa de câmbio representa uma desvalorização do real com relação ao dólar.
Ao contrário, uma diminuição da taxa de câmbio representa uma valorização do real com
relação ao dólar.
Uma desvalorização cambial tende a desestimular as importações e estimular as
exportações, pois no mercado interno encarece os bens importados e aumenta a renda
dos exportadores. No mercado externo barateia os bens que o país exporta.
onde:
q = taxa de câmbio real
E = taxa de câmbio nominal
P* = preço do produto estrangeiro
P = preço do produto nacional
Um exemplo nos auxilia ilustrar a situação do câmbio no comércio entre dois
países. Vamos imaginar o Brasil comparando o valor de um carro com os Estados Unidos.
A taxa de câmbio nominal E é 1, o valor do carro nos Estados Unidos é US$ 12.000,00, e o
valor do carro no Brasil é R$ 15.000,00. Qual será a taxa de câmbio real entre os dois
países? Substituindo estes valores na equação temos:
65
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
66
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Neste sistema os mercados livres determinam os valores das taxas cambiais. Nesse
sistema a taxa de câmbio de uma moeda é determinada por sua oferta e demanda.
Ainda que o sistema de taxa de câmbio fixa, ofereça benefícios, também exige que
os países mantenham políticas econômicas semelhantes, inclusive mantendo taxas de
inflação e de juros semelhantes. Os reflexos da impossibilidade de alteração da taxa de
câmbio, causa reflexos na balança comercial e no balanço de pagamentos de um país,
motivo este que levou à quebra do sistema Bretton Woods de taxa de câmbio fixa no
início dos anos 1970 nos Estados Unidos primeiramente.
Após a adoção do sistema de taxa de câmbio flexível observou-se a
ultrapassagem mais amena dos países às duas fases difíceis de comércio e finanças no
mundo quando ocorreram as duas crises do petróleo no início e no final da década de
1970.
E a partir dos anos 1990, quando as economias do mundo passaram a integrar-se
por meio do sistema financeiro e do comércio de bens e serviços, o avanço financeiro
passou a ter o papel fundamental da intermediação entre os países.
Hoje os residentes dos Estados Unidos podem investir em empresas da Ásia e da
América Latina, assim como uma empresa da Tailândia que queira iniciar um
empreendimento pode tomar recursos emprestados do Japão, dos Estados Unidos ou
da Europa. Bancos japoneses fazem empréstimos a empresas dos outros países. E
recentemente os governos de muitos países promoveram o processo econômico de
liberalização financeira, abrindo seus mercados financeiros a participarem de países
estrangeiros.
Há instituições financeiras internacionais que amparam a interdependência dos
mercados. A principal delas é o Fundo Monetário Internacional (FMI), com sede em
Washington, DC, que funciona conjuntamente com os governos do mundo para promover
políticas financeiras eficientes e mais efetivas para facilitar o crescimento do comércio
mundial.
Por outro lado devemos considerar que em decorrência das relações econômicas
entre os países há uma maior fragilidade do sistema global. Crises financeiras localizadas
podem afetar muitos países, a exemplo da crise financeira do México em 1994, da Ásia
em 1997 e da Rússia em 1998.
A taxa de câmbio no Brasil é determinada no mercado desde 1999, ou seja, pela
interação entre oferta e demanda de moeda estrangeira. Neste ano o Brasil adotou o
regime de câmbio flutuante. Até então o Brasil tinha o regime de câmbio fixo, com
minidesvalorizações cambiais, em que o governo determinava qual seria o preço em
moeda nacional por cada unidade de moeda estrangeira. Nos Estados Unidos o sistema
de câmbio flutuante opera desde 1973, após o primeiro choque do petróleo.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
BALANÇO DE PAGAMENTOS
Balanço de Pagamentos (Definição): BP é o registro contábil de todas as
transações econômicas entre um país e o resto do mundo durante um determinado
período de tempo. É utilizada para avaliar o estado das finanças internacionais de um
país, permitindo acompanhar a evolução do fluxo de recursos materiais (físicos) e
financeiros entre os agentes residentes e não residentes em uma determinada
economia.
No Brasil, os registros do BP seguem as normas internacionais publicadas pelo
FMI (Fundo Monetário Internacional), que são compatíveis com o SCN da ONU. O registro
e a divulgação são de responsabilidade do Banco Central do Brasil(Bacen), que
disponibiliza estatísticas anuais desde 1947, estatísticas trimestrais desde 1979 e as
mensais desde 1995.
O BP consiste em um conjuntos de contas agregadas, que se divide em subcontas,
dependendo do objeto de análise. Contas analíticas (informações relevantes para análise
econômica do BP):
Conta-corrente: Registra o comércio de bens e serviços, os pagamentos e
recebimentos de rendas de capital e trabalho e as transferências unilaterais de renda
entre o país e o resto do mundo.
Conta Capital: Registra as transferências unilaterais de ativos reais, ativos
financeiros e de ativos intangíveis entre residentes e não residentes = transferências de
patrimônio entre residentes e não residentes.
Conta Financeira: Registra todos os tipos de fluxos decorrentes de transações
com ativos e passivos financeiros entre residentes e não residentes.
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Fonte:
<googleimagens<https://www.google.com.br/search?q=SUSTENTABILIDADE+ECON%C3%94MICA&sour
ce=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjbz8mW6pLeAhWDjJAKHYVeAvgQ_AUIDygC&biw=1536&bih=75
4#imgrc=6jKkZI0KDK3O8M:>
Nas empresas
• Utilização, sempre que possível, de fontes de energia limpa e renovável.
Exemplos: eólica e solar.
• Tratamento de todos os resíduos orgânicos e materiais gerados no
processo produtivo, inclusive priorizando a reciclagem do lixo.
• Processos produtivos que usem de forma racional a energia elétrica e a
água.
• Tratamento adequado a todos os poluentes gerados na produção de
mercadorias e serviços.
• Uso, sempre que possível, de meios de transportes de mercadorias mais
econômicos e menos poluentes. O meio ferroviário e marítimo são os mais
recomendáveis.
Nos governos
• Políticas de desenvolvimento de infraestrutura necessárias que não
agridam o meio ambiente.
• Incentivos fiscais para empresas que reciclam ou desenvolvem
tecnologias que visem o desenvolvimento sustentável.
• Fiscalização e punição as empresas que poluem ou gerem qualquer tipo de
dano ambiental.
• Conciliação, através de políticas econômicas, entre desenvolvimento
econômico (geração de renda, empregos e crescimento econômico) com
uso racional de recursos naturais e proteção ao meio ambiente.
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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
Marques (2017) relata que, de uns tempos para cá, uma das práticas que mais tem
feito diversas empresas ao redor do mundo se destacar no mercado é sua preocupação
com aquilo que envolve a sustentabilidade. As organizações que desejam obter sucesso
e mostrar valor a seus clientes adotam medidas de preservação do meio ambiente, que
vem sendo cada vez mais degrado, devido há anos e anos de ação do homem sobre a
natureza.
A sustentabilidade envolve ações em relação ao meio ambiente e ao
desenvolvimento da sociedade. Um empresa sustentável se preocupa com o impacto
que suas atividades afetam a natureza e a sociedade em que está inserida.
Isso não significa que ela deve parar de gerar lucros, muito pelo contrário. A
sustentabilidade também se refere à saúde financeira da instituição (pilar do
desenvolvimento econômico). Afinal, as empresas muitas vezes sustentam a economia
da localidade a qual estão inseridas. Assim, a sustentabilidade empresarial se refere ao
posicionamento que as empresas devem ter frente a ética ambiental e social. Suas
práticas devem favorecer seu crescimento econômico sem agredir o meio ambiente e
colaborando com a qualidade de vida da sociedade.
Claro que lidar com tantas exigência não é fácil, porém o mercado necessita se
valer de algumas regras para que as gerações futuras possam ter acesso a produtos e
serviços que atendam pelo menos suas necessidades básicas. Dados alarmantes
fizeram com que padrões internacionais surgissem, entre eles certificações internas e
externas com o intuito de obrigar determinadas empresas a se adequarem à proteção do
meio Ambiente. Então obter hoje uma empresa economicamente sustentável é sinônimo
de solidez de mercado e confiabilidade futura.
Um dos grandes exemplos vem a ser as certificações em ISSO 14001, A norma ISO
14001 é uma ferramenta criada para auxiliar empresas a identificar, priorizar e gerenciar
seus riscos ambientais como parte de suas práticas usuais. A norma faz com que a
empresa dê uma maior atenção às questões mais relevantes de seu negócio. A ISO 14001
exige que as empresas se comprometam com a prevenção da poluição e com melhorias
contínuas, como parte do ciclo normal de gestão empresarial. A norma é baseada no ciclo
PDCA do inglês "plan-do-check-act" - planejar, fazer, checar e agir - e utiliza terminologia
e linguagem de gestão conhecida.
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Buscando distribuir os recursos financeiros gerados pelo PIM a toda sua área de
atuação, que inclui 153 municípios, a Suframa mantém, em suas linhas de atuação
estratégica, seu Programa de Interiorização do Desenvolvimento, atualmente
incorporado ao Programa Orçamentário 2029 da União – Desenvolvimento Regional,
Territorial Sustentável e Economia Solidária; e à Ação Orçamentária 210L – Promoção do
Desenvolvimento Econômico Regional da Amazônia Ocidental e Municípios de Macapá e
Santana (AP). O referido programa é mantido basicamente com recursos arrecadados
pela própria Suframa, provenientes de taxas de serviços administrativos (TSA), cobradas
das empresas do PIM, e de emendas parlamentares alocadas em seu orçamento.
No período de 1995 a 2014, a Suframa implementou 794 convênios, os quais
totalizaram um montante de R$ 593.939.835,40, considerados os repasses até o mês de
julho de 2014, conforme dados do Portal da Transparência. Grande parte desses projetos
apresentavam objetivos convergente, em maior ou menor graus, ao apoio aos APLs
existentes na área de atuação da Autarquia.
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Referências
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