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1. A ECONOMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Métodos de análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3. NECESSIDADES HUMANAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1. Bens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.1. Utilidade de um bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1.2. Utilidade marginal de um bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
4. FATORES PRODUTIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4.1. A escassez de recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5. O PROBLEMA ECONÔMICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.1. O sistema capitalista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.2. O sistema socialista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.3. O sistema misto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
6. DEMANDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
6.1. A lei da demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
6.2. Tipos de demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
7. OFERTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
7.1. Lei da oferta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
8. EQUILÍBRIO DE MERCADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9. ELASTICIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
9.1. Elasticidade-preço da demanda (Epd) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
9.2. Elasticidade-preço cruzada (Exy) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
12. O PÓS-GUERRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
INTRODUÇÃO
Todos nós conhecemos um pouco de economia, seja por conta da nossa linha de estudo, ou
porque assistimos à televisão à noite em casa, todos os dias. O assunto está em pauta nos telejornais
e também nas mídias impressas de todos os países. Mas para entender o que os jornais dizem,
é importante que tenhamos um conhecimento prévio dessa importante ciência, que nos ajuda a
entender a forma com que a sociedade caminha e se desenvolve, em torno das seguintes questões:
• no quesito crescimento;
• como os meios de produção estão sendo empregados;
• se a política macroeconômica está alinhada com o desenvolvimento do país;
• se a política cambial está realmente ajudando o país a crescer.
A ideia deste material é trazer conhecimentos sobre economia, desvendando alguns mistérios
e elucidando temas extremamente interessantes, que servirão de base para que se possa alcançar
sólido entendimento ao longo do estudo. Trataremos da economia como uma ciência e dos benefícios
que ela traz à sociedade; falaremos sobre por que o estudo da economia é importante, por que essa
ciência tem cada vez mais adeptos e sobre como ela pode, ainda hoje, revolucionar o pensamento
crítico, fazendo de seu conhecimento e crescimento algo que acompanha a sociedade. Também
demonstraremos o quanto evoluiu o pensamento econômico e como ele mudou ao longo dos séculos.
Falaremos sobre necessidades humanas e sobre como elas moldam a forma com que a
sociedade trabalha os diversos fatores de produção. O capital, aqui, não será somente entendido
como dinheiro, mas como a força que impulsiona uma sociedade na busca de seus objetivos. Tem-
se, também, a mão de obra – ferramenta importantíssima para a sociedade –, que hoje está com
uma oferta muito grande por conta da falta de empregos e oportunidades.
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1. A ECONOMIA
A vida cotidiana é cheia de conexões: entre indivíduos de uma mesma religião, de um mesmo
clube; entre torcedores do time A e do time B. Existem relações políticas, amorosas, entre outras, que
podem ocorrer dentro de grupos de poucos ou de múltiplos indivíduos. Essas relações determinam
as necessidades dos sujeitos sociais; a pessoa que tem uma relação com um time A, tem uma
necessidade diferente da pessoa que se identifica com um time B. Os indivíduos são moldados
pelas relações que carregam.
A Economia tem sua origem na Grécia Antiga, onde os grandes pensadores já introduziam o
tema em suas arguições políticas e filosóficas, demonstrando preocupação com o tema. A própria
palavra “economia” é derivada da expressão grega oikosnomos (oikos, que significa “casa”, “lar”,
e nomos, que significa “norma”, “lei”, “administração”). A Grécia sempre foi o berço de grandes
pensadores, os quais revolucionaram muitas ciências, e a Ciência Econômica não ficou de fora
dessa revolução Grega.
A Economia é um ramo das Ciências Sociais cujo foco é a forma pela qual a sociedade
realiza suas escolhas de produção de bens e serviços com o objetivo de satisfazer as
necessidades humanas, considerando que os recursos disponíveis para tal produção
são escassos (DIAS, 2015, p. 10).
PARA PENSAR:
COMO A ECONOMIA PODE SER IMPORTANTE DENTRO DA SUA EMPRESA? PENSE A RESPEITO E
ESCOLHA A ALTERNATIVA ABAIXO.
• PARA AUXILIAR NA ADMINISTRAÇÃO
• ECONOMIZAR DINHEIRO
Resposta correta: Para auxiliar na administração
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1.1. Métodos de análise
Existem dois métodos de análise econômica:
• dedutivo • indutivo.
O método dedutivo se baseia em fatos concretos e os relaciona com outros fatos, para assim
chegar a conclusões sobre diversos temas. Um exemplo bem simples que os gregos usavam é:
todos os homens são mortais; Aristóteles é um homem, logo, Aristóteles é mortal.
Já o método indutivo trabalha com observações específicas, e não somente um fato. Devem
ser analisadas “n” coisas para que se chegue a uma conclusão. Devemos:
i. identificar um problema;
ii. formular hipóteses;
iii. coletar, organizar e analisar dados;
iv. formular conclusões;
v. verificar, rejeitar ou modificar as hipóteses após testá-las.
O método indutivo é muito utilizado nos dias de hoje, principalmente em estudos acadêmicos,
como dissertações e teses. Muito se discutiu no passado sobre qual seria o melhor método, mas
isso realmente ficou para trás, e hoje se verifica que os dois têm a sua contribuição e devem ser
utilizados, tanto separadamente quanto em conjunto.
A Economia como ciência, como a conhecemos atualmente, veio crescendo ao longo do tempo.
A escola Clássica dos pensadores foi a principal responsável por trazer esse avanço no estudo da
Ciência Econômica.
A Economia atual é uma ciência que analisa de que forma as pessoas e as empresas,
individual ou coletivamente, organizam a produção de bens e serviços para a satisfação
das necessidades humanas, considerando escassos os recursos disponíveis para a
produção desses bens ou serviços. Em outras palavras, a Economia estuda como as
pessoas tomam decisões sobre compra, venda, investimento, poupança, consumo,
trabalho etc., e como interagem umas com as outras com o objetivo de satisfazer
suas necessidades econômicas (DIAS, 2015, p. 11).
O trabalho pessoal é o que gera valor para que bens e serviços sejam vendidos em uma sociedade
comercial. A questão do esforço é muito importante quando tratamos da valoração dos bens; um
item cuja concepção e produção exijam mais esforço, será mais caro do que outro que demanda
menos esforço. Essa questão do esforço, entretanto, não explica por que um mesmo bem vai custar
“x” em uma situação e “x+1” ou “x-1” em outras situações, por exemplo. Isso se dá porque existe a
variação de valores.
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Em meados do século XIX, essas variações começaram a ser explicadas. Muitos estudiosos
trabalharam a questão e concluíram que os produtos não são valorados somente pelo seu esforço
de concepção, nem por suas características, mas que a valorização se dava também por conta
da quantidade adicional – o quanto desse produto se tem de sobra no mercado. Essa perspectiva
recebeu o nome de Revolução Marginalista. Essa ideia acrescentou o fator “desejo” ao preço: algo
que é muito desejado custará mais que o produto de que se tem abundância no mercado.
A Ciência Econômica, muitas vezes, deve trabalhar com a suposição de que “tudo o mais permanece
constante” dentro de um contexto de análise, pois, como utiliza diversas teorias matemáticas e
estatísticas, em alguns momentos é impossível prever todas as variáveis que possam surgir dentro
do cenário econômico de uma sociedade. Por essa questão, muitas vezes, temos que invocar a
condição ceteris paribus, uma expressão em latim que significa “tudo o mais permanece constante”.
Isto é, pode-se isolar um único fator, dentre outros (considerando-os constantes, portanto) para
analisá-lo com mais facilidade.
SAIBA MAIS
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2. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Nesta parte vamos tratar de como se deu a evolução do pensamento econômico ao longo
dos anos. Vamos tratar de diversos tipos de pensamentos, destacados por seus grandes autores,
e fazer um paralelo com o crescimento da Ciência Econômica como um todo, a seguir nos
utilizaremos de Dias (2015) e Vasconcellos (2005), para destacar alguns itens sobre a evolução
dos pensamentos econômicos.
Na questão do comércio, eles deveriam cobrar um preço justo sobre a mercadoria, e eram
proibidas alterações de qualidade ou peso.
Definiram o sábado como o dia de descanso para o seu povo, dia esse que seria desfrutado em
família e serviria para eles se dedicarem à religião.
2.3. O mercantilismo
O mercantilismo foi um período pós-feudalismo no qual as principais nações europeias buscaram
o seu crescimento e desenvolvimento, mais terras e riquezas. Nessa época aconteceram expansões
por terra e mar, financiadas pelos governos.
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O aumento no nível de exportações de mercadorias, para elevar o saldo positivo de suas
balanças comerciais, era um ponto pelo qual buscavam as nações expansionistas. Para os
mercantilistas, a principal atividade era o comércio, enquanto a produção agrícola e a indústria
vinham em segundo plano.
Após esse período forte do mercantilismo, houve um tempo em que os fisiocratas entraram
em cena. O termo fisiocracia significa “governo da natureza”, pois eles acreditavam que as coisas
tinham uma ordem e uma razão de ser (Deus). Ao contrário dos mercantilistas, eles consideravam
a agricultura a principal atividade, e as outras eram tidas como secundárias. Para os fisiocratas,
o Estado deveria ter papel mínimo na sociedade, somente com funções de proteção à vida, à
propriedade privada e à liberdade de comércio.
Os principais representantes dessa linha de pensamento foram Adam Smith (1723-1790), que
se dedicou a investigar a natureza e as causas da riqueza das nações, David Ricardo (1772-1823),
que discutiu os problemas da distribuição da riqueza na sociedade, e Thomas Malthus (1766–1834),
que criou uma teoria sobre populações e estudou a prosperidade e a pobreza das nações.
2.5. O marxismo
O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) questionou o capitalismo e sua natureza. Ele defendia que
a mão de obra era o item mais sensível dentro do processo de produção, mas como o trabalhador não
tinha noção do processo como um todo, ele ficava alienado e não conseguia entender a sociedade.
Pregava que, a partir do momento em que os trabalhadores entendessem o poder que tinham,
seria o fim do capitalismo como o conhecemos, pois os operários tomariam o poder pela revolução.
Ele criou o que conhecemos hoje como socialismo, e alguns países o utilizam como forma de
economia até hoje.
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2.6. A Economia Keynesiana
Escola de pensamento econômico fundada pelo economista britânico John M. Keynes (1883-
1946) no início do século XX. Como muitos países, principalmente os Estados Unidos, foram afetados
pela Grande Depressão entre os anos de 1920 e 1930, Keynes sugeriu que o Estado tivesse mais
poder e controlasse as políticas monetárias e fiscais, criando, dessa maneira, um desenvolvimento
sustentável e aumentando o número de empregos e renda na sociedade.
A escola de Keynes foi seguida pelos Estados Unidos que, com esse tipo de pensamento,
conseguiram superar a crise econômica e se tornar uma das nações mais bem-sucedidas do planeta.
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3. NECESSIDADES HUMANAS
A população mundial cresce de maneira vertiginosa, e com esse crescimento aumenta também
o consumo de bens e serviços, pois essas pessoas precisam satisfazer as suas necessidades
básicas. A sociedade é movida pela necessidade de satisfação.
Essas necessidades se dão por carência ou insatisfação, e podem ter relação com um desejo
que deve ser suprimido. Elas são separadas em duas categorias:
• primárias: necessidades vitais do ser humano; não geram satisfação pessoal mas são úteis
e primordiais à sobrevivência, tais como alimentação, saúde etc.
• secundárias: são consideradas as sociais. São importantes, mas não dependemos delas para
a sobrevivência, tais como cultura, esporte, educação etc.
Característica
Natureza
Primárias Secundárias
3.1. Bens
Um bem, no sentido econômico, é qualquer produto ou serviço que tem utilidade e é escasso.
Bens podem ser subdivididos em dois grupos, conforme o seu tipo e sua natureza: bens livres (ar,
mar, luz do sol) ou bens econômicos (roupas, máquinas, alimentos).
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3.1.1. Utilidade de um bem
• Abstrata
• Subjetiva
A utilidade abstrata não é essencial ao ser humano. A compra de um anel de ouro, por exemplo,
não é essencial para a vida da pessoa, mas é extremamente importante para o ego, para que o
comprador se sinta bem.
O conceito de utilidade marginal se refere ao grau de utilidade de um bem que vai sendo
adicionado ao consumo das pessoas.
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4. FATORES PRODUTIVOS
Para iniciarmos o estudo sobre os fatores de produção, precisamos primeiro nomear o que
seriam esses fatores, conforme a seguir:
• Terra
• Trabalho
• Capital
A combinação desses fatores nos leva ao que conhecemos como produção e, com base nela,
vamos ter bens e serviços à disposição da sociedade.
• Terra – O mais antigo utilizado pelo ser humano, seja para a agricultura, seja para a construção
de moradias e imóveis empresariais.
• Trabalho – Processos realizados pelos trabalhadores em empresas, comércios etc.
• Capital – Aqui, não o usaremos no sentido “dinheiro”; falamos de bens – máquinas, equipamentos
etc., empregados na produção.
Ao serem combinados entre si por meio da tecnologia dotada pela unidade produtiva,
esses fatores produtivos resultarão em bens e serviços finais que serão adquiridos
pelas pessoas para a satisfação de suas necessidades (SILVA; MARION, 2013, p. 19).
Esses fatores de produção vêm sendo combinados há anos. Eles sozinhos, sem o componente
de um segundo, não funcionam.
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4.1. A escassez de recursos
A escassez é um tema que gera muitas dúvidas quando tratamos de economia, até porque
o termo “escassez” nos leva a acreditar que determinado bem acabará a qualquer momento. A
afirmação não é de toda errada; a escassez, em economia, serve para nos mostrar que os bens vêm
em quantidades finitas. Para conseguir mais desses bens, ou investimos muito, ou eles fatalmente
acabarão; este é um dos principais conceitos da Ciência Econômica e do estudo da microeconomia.
PENSE A RESPEITO
• INOVAÇÃO
• TECNOLOGIA
Resposta correta: inovação
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5. O PROBLEMA ECONÔMICO
Um bem, no sentido econômico, é qualquer produto ou serviço que tem utilidade e é escasso.
Definir agentes econômicos é bem simples quando se fala de economia. Toda e qualquer pessoa,
entidade, associação de classe ou governo é um agente econômico.
Temos, ainda, como parte da definição do problema econômico, a racionalidade. Esta diz que
todo agente econômico busca a máxima utilização de um bem ou serviço; essa busca se chama
maximização da utilidade e sempre obedece às normas e regras vigentes, maximizando o consumo
ou produção dentro de nossas indústrias e setor de serviços. Deve-se buscar, então, uma explicação
sobre como podemos conciliar as necessidades humanas por bens e serviços, conhecendo sua
escassez.
O dilema da economia é compatibilizar as necessidades com a produção dos bens para satisfazê-
las, considerando a escassez dos recursos disponíveis para fabricá-los. Por isso precisamos
definir (e, por “precisamos”, entenda como sujeitos os formadores de políticas públicas e de teorias
econômicas):
De posse da solução das questões acima, a sociedade irá se organizar no sentido econômico, e
buscará uma combinação de recursos (bens escassos) para produzir bens e serviços e destiná-los
corretamente na sociedade.
A seguir, vamos falar um pouco sobre os sistemas econômicos vigentes nos dias de hoje e
apontar suas vantagens e desvantagens.
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A posse de bens e de meios de produção no sistema capitalista é propriedade privada; a livre-
iniciativa de empresários define a produção e a distribuição de bens e produtos dentro da sociedade.
O mercado, por ter liberdade, prega que os preços e o consumo devam ser ditados por ele;
ou seja, as quantidades disponibilizadas pelos empresários serão definidas pelo mercado e pela
competição entre os players.
Nesse contexto, a questão de lucro é extremamente importante para esses empresários, que
buscam o lucro máximo, enquanto os consumidores buscam a satisfação total de suas necessidades
de consumo.
Os contratos entre as partes, numa economia capitalista, também são livres para acontecer
da forma mais interessante possível aos compradores e vendedores, cabendo ao Estado somente
fiscalizar se esses contratos são corretos e não fraudulentos. Cabe ao Estado, no sistema capitalista,
esse papel de “fiscalizador do mercado”; por isso, nesse sistema, o governo deve impor leis de
proteção, tanto para agentes vendedores quanto para agentes compradores, para que o mercado seja
regulado por normas e procedimentos e para que o governo seja capaz de fiscalizá-lo. Claro que cabe
ao governo, também, a função de prover coisas básicas, como Educação, Saúde, Segurança, entre
outras, as quais devem ser fiscalizadas via arrecadação de impostos vindos da iniciativa privada.
Segundo Silva e Marion (2013), os agentes possuem liberdade sobre o que consumir e o que
produzir; desta forma, as forças de mercado – oferta, demanda e preço – serão os fatores do sistema
que focarão no valor das coisas. Assim sendo, produção, distribuição e consumo são denominados
“forças de mercado”.
O capitalismo ainda tem como preceitos básicos o acúmulo de riqueza, um denominador comum
para as trocas, que é a moeda, e o trabalho feito em etapas.
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Quem define os investimentos e como serão realizados é o Estado, que também define o que
deve ser consumido dentro da sociedade. O governo faz um planejamento de tempos em tempos e,
a partir dessa análise, define se um item é mais necessário que outro, dentro de seus interesses. Por
exemplo, ele analisará se a saúde está boa; se ele achar que deve melhorar as condições da saúde
pública, ele retirará investimentos de outro local para investir nesse recurso, a fim de melhorá-lo.
No sistema socialista inexiste a figura do mercado, visto que os mecanismos capitalistas como
oferta, demanda e concorrência não são encontrados no socialismo, pois toda e qualquer decisão
relativa à produção de bens e serviços ficam a cargo do Estado, cujas decisões baseiam-se no
planejamento, e não na maximização do lucro, conceito aí inexistente.
Todas as relações entre esses agentes devem ser reguladas pelo governo, que cria agências
que fazem esse controle. Isso acontece sempre com vistas para que as relações entre compradores
e vendedores não resultem em desvantagem para nenhum dos agentes econômicos envolvidos:
empresas, governos, famílias, enfim, a sociedade de forma geral.
Esses são os sistemas mais comuns, em funcionamento nas sociedades modernas. Há ainda
outros, que operam de formas diferentes, mas isso faz parte da estratégia de cada nação.
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A seguir, temos um quadro que demonstra as vantagens e as desvantagens de cada um desses
sistemas econômicos.
Vantagens
Desvantagens
Desemprego tecnológico
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6. DEMANDA
Indivíduos, empresas e demais agentes econômicos que desejam adquirir um produto são
chamados de demandantes. De forma análoga à oferta, o conjunto dos demandantes, quando
atua em um determinado mercado e manifesta sua intenção de adquirir determinado bem, reflete
no conceito de demanda. Ela trata, portanto, da intenção, do desejo manifesto de adquirir um
determinado bem a um dado nível de preços.
Quanto maior a oferta, menor será a demanda pelo produto ofertado. Um produto vendido a R$
200,00 tem uma oferta de 10.000 unidades; se esse mesmo produto fosse vendido a R$ 300,00 com
certeza sua demanda diminuiria: a um valor elevado, os compradores adquiririam menos unidades.
A demanda analisa o mercado sob a visão dos compradores de bens e serviços, os demandantes,
por isso a visão de demanda é tão importante dentro do contexto econômico.
A demanda é determinada por fatores que podem influenciar a quantidade de um bem ou serviço
a ser disponibilizado para consumo. A seguir estão alguns desses fatores:
• preço do produto;
• renda das pessoas;
• preços dos produtos relacionados;
• gosto ou preferência.
Essa variação entre demanda e preço gerou uma expressão matemática chamada função
demanda.
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Essa equação é do tipo y = b + ax, em que:
y = Quantidade demandada (Qd);
x = preço do bem ou serviço (p), sendo a ≠ 0;
a e b = variáveis explicativas.
Portanto, – Qd = b + ap
A função demanda nos ajuda a saber qual é a quantidade demandada de determinado produto
e, dessa maneira, orienta-nos para a produção. A função, é claro, leva em conta as variáveis de
comportamento.
Podemos afirmar, então, que a função demanda utiliza a matemática para estimar as quantidades
de determinados bens ou serviços e, dessa maneira, ajuda empresas e governos a determinar o
montante a ser produzido e a que preço, considerando as informações atuais (variáveis explicativas)
sobre eles. Essas variáveis são compostas pelos fatores determinantes da demanda.
• AUMENTARÁ
• DIMINUIRÁ
Resposta correta: Diminuirá
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• Declinante: é o caso de um produto que já teve uma alta demanda, que, por algum motivo,
está decrescendo.
• Irregular: verifica-se quando um produto é sazonal, ou seja, direcionado para uma ocasião
específica do ano, e por isso a procura aumenta nessa altura.
• Plena: é a demanda considerada ideal pela organização que vende um bem, significando que
os objetivos de venda previstos foram alcançados.
• Excessiva: quando a procura por um determinado bem ou produto excede a capacidade de
resposta da empresa, que não consegue satisfazer a todos.
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7. OFERTA
Podemos definir oferta como a quantidade de determinado bem que os produtores desejam
vender no mercado a certo nível de preços. A oferta, portanto, está ligada ao desejo de se vender
um bem no mercado.
Um determinado produto vendido a R$ 200,00 tem uma oferta de 10.000 unidades. Se esse mesmo
produto fosse vendido a R$ 300,00 ele com certeza teria aumento na quantidade ofertada, ou por
parte de vendedores que não ganhavam muito vendendo a R$ 200,00, ou por parte de vendedores
que, mesmo ganhando bem a R$ 200,00, desejam ganhar mais com o aumento do preço.
Aqui temos a visão dos produtores e prestadores de serviço, de como eles devem se portar no
mercado para que seus bens ou serviços sejam consumidos da melhor forma possível:
Assim como na demanda, na oferta também há alguns determinantes das quantidades ofertadas:
• preço do produto;
• preço dos insumos;
• tecnologia;
• expectativas.
Temos, portanto, uma relação direta entre a quantidade ofertada e o preço da mercadoria no
mercado. Essa relação determina o que conhecemos como lei da oferta.
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Da mesma forma que na função demanda, a função oferta é uma equação de primeiro grau do
tipo y = b + ax, em que:
y = quantidade ofertada (Qs);
x = preço do produto (p), sendo a ≠ 0;
a e b = variáveis explicativas;
Portanto, – Qs = b + ap
Essa alteração é representada pela função da oferta de um produto no mercado, que
especifica a relação existente entre o preço de um bem e sua quantidade ofertada.
Essa função permite que se entenda de que forma a quantidade ofertada de um bem
se relaciona com determinadas variáveis independentes (SILVA; MARION, 2013, p. 40).
A partir da oferta e sua função podemos criar as curvas de oferta, que são as representações
gráficas dessa função. Essas curvas, muitas vezes, ajudam a verificar visualmente o que encontramos
a partir da operação matemática.
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8. EQUILÍBRIO DE MERCADO
Quando temos demanda e oferta, temos dois lados sedentos por resultados e por lucrar,
seja pagando menos ou cobrando mais. Até o momento, analisamos esses comportamentos
separadamente. A partir de agora, veremos como eles funcionam em conjunto. Esses dois lados
se encontram em um local chamado mercado. Nele, os dois lados se encontram e definem o preço
a ser praticado.
Na vida real, que pode ser facilmente transferida para a análise acadêmica quando se fala
de economia, os produtores querem vender muitas quantidades pelo maior preço possível, e os
compradores querem adquiri-las pelo menor preço possível.
Quando se encontra um preço em comum dentro dessa disputa, temos o equilíbrio de mercado. Ele
acontece quando a quantidade ofertada é exatamente igual à quantidade demandada de um produto
específico, a um preço predeterminado que permanece constante, a menos que ocorra mudanças
na curva de demanda ou de oferta. Sendo a demanda a visão do comprador e a oferta a visão do
produtor, o equilíbrio representa um cruzamento entre esses dois interesses – a quantidade que os
compradores querem comprar, sob determinado preço, é igual à quantidade que os comerciantes
desejam vender.
A luta da economia na sociedade é, portanto, encontrar um preço que satisfaça todas as partes
do processo. Assim,
o equilíbrio de mercado ocorre quando as quantidades ofertadas (Qs) e demandadas
(Qd) são iguais, ou quando preço e quantidade são comuns a ambas. Matematicamente,
tal situação ocorre quando as funções de oferta e demanda são iguais, sendo
encontrados os pontos y (quantidades demandadas e ofertadas) e x (preço) comuns.
Assim, Quantidade demandada (Qd) = Quantidade ofertada (Qs). Obtém-se o ponto
de equilíbrio (PE), que corresponde a um preço e quantidade de equilíbrio, igualando
as funções de demanda e de oferta, ou seja, Qd = Qs. Isso significa que, dado um
determinado preço, as quantidades demandadas e ofertadas serão idênticas, e o
mercado estará em equilíbrio (SILVA; MARION, 2013, p. 46).
O estudo do equilíbrio de mercado é uma consequência dos estudos realizados sobre oferta e
demanda, pois elas definem o equilíbrio de mercado. O desequilíbrio também é definido por essas
duas forças, que devem ser sempre analisadas por nós, que escolhemos essa disciplina para
aprender e a ela nos dedicar.
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9. ELASTICIDADE
Elasticidade é um dos estudos da microeconomia, e complementa o estudo de demanda, oferta
e equilíbrio de mercado.
A demanda estabelece que a diferença no custo de um produto quando da sua transferência entre
agentes do mercado determina uma alteração no grau de necessidade deste produto no mercado.
No entanto, essa regra não determina a qual velocidade ou qual parte do produto em questão é
necessária para alterar o custo dele. Isso também se aplica à diferença entre receita e ativos.
Além disso, variações do produto mudam conforme esses fatores são alterados, ou seja, a
necessidade de alguma produtividade mudará caso haja mudança no custo, na receita ou em
outros determinantes. A consequência disso é que outros produtos podem ser afetados pela menor
alteração na situação.
Essa análise pode ter diversas especificações, mas a mais comum é a análise da variação de
preço e, com isso, temos uma mudança na curva da demanda e da oferta.
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aumento ou da diminuição de seu preço. Quando falamos da elasticidade-preço da demanda (Epd),
temos o cálculo a seguir.
∆%Qd
E = d
p
∆%P
A elasticidade-preço da demanda, em sua fórmula, demonstra o que acontecerá em relação
à quantidade demandada conforme as variações percentuais de preço. O resultado sempre será
negativo conforme o cálculo da Epd, que segue os conceitos da lei da demanda.
• Elástica: a quantidade demandada sofre maior variação percentual que seu preço.
• Unitária: a quantidade demandada sofre a mesma variação percentual que seu preço.
• Inelástica: a quantidade demandada sofre menor variação percentual que seu preço.
Elástica:│E│ 1
Unitária:│E│=1
Inelástica:│E│ 1
Alguns fatores da elasticidade-preço da demanda:
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9.2. Elasticidade-preço cruzada (Exy)
Para definir como se dá a questão do mercado relevante, é importante que pensemos na
elasticidade-preço cruzada para a definição da questão dos produtos concorrentes.
O preço dos bens relacionados é outro fator que determina a variação da demanda
dos produtos. O cálculo da elasticidade-preço cruzada da demanda (Exy) tem por
objetivo analisar a influência da variação do preço de um produto em relação aos
outros produtos a ele relacionados (que cumprem a mesma função em relação à
satisfação das necessidades) (SILVA; MARION, 2013, p. 62).
∆%Qx
Exy =
∆%Py
A elasticidade-preço cruzada mostra como a quantidade demandada do produto (x) responde
a mudanças no preço do produto (y). Neste caso, dependendo do sinal da Exy, podemos ter bens
substitutos, bens complementares ou bens independentes.
• Bens substitutos
• Bens complementares
• Bens independentes
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10. ESCOLHA DE AGENTES
Quando falamos de tratar da escolha de agentes, estamos basicamente falando sobre a teoria
do consumidor. Esse assunto é um pouco mais complexo que os outros, então, vamos nos atentar
mais ainda e procurar entender esses conceitos tão importantes.
Existem dois itens básicos que temos de levar em conta quando falamos de teoria do consumidor:
1. a satisfação do consumo é percebida somente por quem fez uso do produto ou serviço;
2. o gosto é individual e cada pessoa tem as suas preferências de consumo;
Segundo a teoria econômica, a utilidade gerada pelo consumo de certo bem obedece a dois
pressupostos teóricos importantes:
• a utilidade total derivada do consumo de um bem aumenta conforme mais quantidades dele
são consumidas;
• a utilidade marginal (adicional) derivada do consumo de uma unidade marginal (adicional)
desse bem decresce conforme a quantidade consumida aumenta.
A princípio, esses dois argumentos parecem contraditórios, mas observe que o primeiro se refere
ao benefício total derivado do consumo de um bem em particular, enquanto o segundo se refere à
utilidade marginal da última unidade consumida (e não a totalidade delas). Com isso, conclui-se que
o benefício total resultante do consumo de um bem aumenta à medida que mais quantidades dele
são adquiridas, mas o valor agregado à utilidade total (isto é, utilidade marginal) da última unidade
consumida do bem, diminui.
O primeiro conceito que conseguimos definir com esse conhecimento, é que, à medida que
aumenta o consumo de um bem, a utilidade dele decresce.
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10.2. A teoria da escolha
Aqui, o objetivo é estudar como os indivíduos realizam suas escolhas a respeito de
quanto consumir do bem disponível, levando em conta seus recursos. Em outras
palavras, a teoria econômica parte do princípio de que os consumidores são racionais,
o que na teoria econômica da escolha significa que os indivíduos maximizam seu grau
de satisfação respeitando sua respectiva restrição orçamentária (VASCONCELOS;
TONETO JUNIOR; SAKURAI, 2015, p. 45).
Para entender essa teoria, imagine que, agora, os consumidores têm duas opções de consumo,
e não somente uma, como vimos anteriormente; vamos pressupor que ele não somente pode, como
está consumindo dois itens.
Com isso, chegamos na “cesta de mercadorias”, que é a combinação dos bens adquiridos pelo
consumidor, em quantidades aleatórias, sem regras específicas.
Essa restrição orçamentária pode ser definida pela equação abaixo, mas sempre imaginando
que só temos dois bens: A e B.
PA × QA + PB × QB ≤ R
Em que PA = preço unitário do bem A;
QA = quantidades consumidas do bem A;
PB = preço unitário do bem B;
QB = quantidades consumidas do bem B;
R = renda (recursos disponíveis) do agente.
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10.4. Equilíbrio do consumidor
O que ocorre caso a restrição orçamentária do indivíduo sofra mudanças?
O consumidor sempre buscará por cestas que caibam no seu bolso. Por mais que ele queira
usufruir de um produto ao máximo, o limitador “renda” somente lhe permitirá consumir o que está
dentro de suas condições. Da mesma maneira que no exemplo anterior (o consumidor que passou a
ganhar dois mil reais e, por isso, teve seu equilíbrio de consumo acrescido), um indivíduo assalariado
que perde o emprego terá seu equilíbrio de consumo diminuído; dessa forma, não conseguirá
adquirir tantos bens quanto desejar, mas, sim, o que a sua nova realidade lhe permitirá consumir.
A restrição orçamentária limita esse consumo e faz com que o consumidor faça escolhas
restritivas sobre o quanto consumir de determinados itens, e isso sempre acontecerá por conta do
limitador monetário.
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11. ECONOMIA BRASILEIRA: DESENVOLVIMENTO PRÉ 1945
• Para iniciarmos nossa discussão, veja a tabela abaixo sobre o PIB brasileiro, americano e
global, de 1500 até 1945.
Em 1500, Brasil e Estados Unidos tinham a mesma faixa de crescimento e isso foi se alterando
ao longo do tempo, por ação de políticas econômicas mais ou menos bem-sucedidas.
Durante o período de 1500 até 1820, o Brasil sofreu demais; a economia fundamentou-se no
regime escravocrata e o país não melhorava sua questão produtiva. A lavoura não evoluiu como
deveria e, por isso, não trouxe o mesmo crescimento atravessado por outras nações, ainda que
contido em alguns casos.
Durante os três séculos em que o Brasil ficou sob o governo de Portugal, como colônia lusitana,
só se viu crescimento populacional, o que era comum à época: apenas Inglaterra, Holanda e as 13
colônias britânicas cresciam acima dos índices normais.
Foi a partir de 1820 que o Brasil realmente começou a ficar para trás de outras nações. Com a
Independência, surgiram muitas crises a serem resolvidas pelos governantes e muita instabilidade
política, além de conflitos internos e externos, contribuindo para que o Brasil ficasse para trás na
linha do desenvolvimento econômico.
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Outro marco de importância histórica foi a Revolução Industrial, que começava a se dar em todo
o mundo, embora o Brasil, mais uma vez, tenha ficado para trás nesse avanço tecnológico. Isso se
deu, em muito, por conta de as exportações estarem em ascensão no mesmo período: os produtos
agrícolas brasileiros, então relevantes para o mercado internacional, eram vendidos em todo o
mundo, abrindo espaço para as imigrações. Com isso, o nosso avanço econômico, mais uma vez,
se deu simplesmente para compensar o crescimento populacional; em vista disso, não adentramos
o bojo da Revolução Industrial e não pudemos aproveitar a expansão da balança de exportação.
Foi a partir de 1890 que se iniciou a tardia revolução industrial brasileira. Embora esse processo
tenha demorado a acontecer, trouxe bons frutos, melhorando o crescimento econômico. O Brasil,
entretanto, não era um país moderno e ainda tinha muitos problemas estruturais; para complicar
um pouco mais, a revolução industrial disputava espaço com a consolidação da agricultura,
principalmente da cultura do café, que crescia vertiginosamente no interior do Estado de São Paulo.
Ainda assim, o Brasil se manteve longe de outros países europeus e dos Estados Unidos.
Em 1930, após a quebra da bolsa em 1929, o setor cafeeiro passou por uma crise, e assim se
iniciou a Era Vargas. O presidente à época, Getúlio Vargas, inaugurou uma nova política protecionista
a fim de que o Brasil conseguisse passar pela crise e crescer, efetivamente. A chave foi a combinação
de fatores característicos da micro e da macroeconomia; houve trabalho com a questão de políticas
monetárias, fiscais e também cambiais, com vistas à expansão do país.
Nesse período o Brasil cresceu, como nunca visto até então, e deixou de ser um país com um
índice per capita igual ao das épocas anteriores à Revolução Industrial, para se tornar um país com
PIB per capita médio, melhorando o poder de consumo da população e também sua posição no
ranking da economia moderna.
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12. O PÓS-GUERRA
Começamos com a citação abaixo:
A situação era precária, portanto. Por mais que crescesse, o Brasil ainda detinha os piores
indicadores de renda da América Latina. Esse quadro começou a melhorar entre os anos 1950 e
1980, quando o Brasil passou de status de país agrícola para de país urbano e industrializado.
O que podemos constatar do período pós-guerra brasileiro é que nele houve, principalmente,
elevação da produtividade total dos fatores – medida de eficiência agregada da economia. Esse
crescimento se deu basicamente pelo redirecionamento do capital, da agricultura, que tem baixa
produtividade média, para setores mais produtivos, como indústria e serviços.
Entretanto, na década de 1980, esses fatores começaram a minguar e, com isso, o crescimento
não continuou conforme o esperado. Outra grande falha do processo de desenvolvimento econômico
brasileiro foi a Educação, que ganhou investimentos pífios do governo, acarretando em uma sociedade
carente de formação educacional e despreparada para o mercado de trabalho.
O pós-guerra brasileiro foi de grande crescimento até 1980, principalmente por conta da mudança
estrutural da economia, que deixava de ser agrícola para tornar-se predominantemente de serviços
e indústrias. Após esse crescimento, houve novamente uma estagnação, entre as décadas de 1990
até 2010. A partir de 1990, porém, o índice de escolaridade teve uma boa melhora, acompanhado
do declínio dos marcadores de pobreza e desigualdade.
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13. AS POLÍTICAS ECONÔMICAS E O CRESCIMENTO
Neste capítulo vamos nos dedicar ao estudo dos planos econômicos do período pós-guerra,
nos apegando a dois planos específicos, o Plano de Ação Econômica do Governo (Paeg) e o Plano
Real, que trouxeram estabilidade e crescimento econômico nos períodos em que foram implantados.
Também passaremos por outros períodos da História e por planos econômicos não tão bem-sucedidos.
O período de 1946 a 1964 passou por muitas mudanças. Iniciou-se com o Presidente Dutra,
cuja política voltou-se à exportação de café e não alterou a questão cambial, pois o câmbio forte
era interessante para o Brasil naquela época.
Após Dutra, tivemos a entrada de Getúlio Vargas em 1950 que, em 1953, criou a Petrobras e teve
uma confluência de muitas ideologias em volta de sua criação. Após um ano, em 1954, depois de
denúncias de corrupção, Vargas cometeu suicídio. O seu vice, João Fernandes Campos Café Filho,
assumiu a presidência e no restante do mandato tratou de atrair capital estrangeiro para o país.
Em 1961, Jânio Quadros assumiu um país devastado e altamente endividado. Ele conseguiu
negociar com bancos estrangeiros, mas após seis meses de governo, renunciou. A inflação continuou
a subir, batendo números extremamente elevados em 1962, com João Goulart como presidente,
cercado de resistência por todos os lados, principalmente dos militares. Tentou-se, então, um período
de parlamentarismo, mas o povo foi às ruas e, no plebiscito de 1963, o regime presidencialista
venceu com ampla maioria dos votos.
Em 1964, os militares tomaram o poder e instituíram o governo militar. Elegeram, no pleito indireto,
Humberto Castello Branco, que instituiu o Paeg – o plano mais bem estruturado da economia até
então. Esse plano visava atuar em três frentes:
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O plano tinha algumas funções básicas e a ideia era combater os problemas gerados pelas
políticas econômicas anteriores, que deixaram o país estagnado e em grande recessão. Entre as
principais medidas implantadas pelo Paeg, podemos destacar:
Todos esses itens melhoraram o ambiente econômico e criaram condições para que, no período
seguinte (de 1968 até 1973), acontecesse o “milagre econômico brasileiro”, com um bom crescimento
e economia controlada.
• flexibilização de monopólios;
• privatizações;
• agências reguladoras;
• renegociação das dívidas estaduais;
• saneamento do sistema financeiro;
• reforma da previdência;
• regime de metas para a inflação;
• Lei de Responsabilidade Fiscal.
Essas medidas melhoraram em muito o país, e fizeram com que o Brasil novamente entrasse
nos eixos. Após os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, o presidente Luís Inácio Lula da
Silva assumiu o país e continuou a política econômica, também instituindo a distribuição de renda
em seu governo.
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14. REALINHAMENTO DO CRESCIMENTO
O Brasil teve dois períodos de crescimento: um até 1980 e outro após quando as taxas se retraíram,
mas ainda demonstravam crescimento. No primeiro período, o Brasil cresceu em taxas altas de até
10% ao ano, e após 1980, o crescimento caiu bem e ficou em patamares de no máximo 4%.
O que acontece com o país é que, com rendimento de poupança baixo e também falta de
investimentos tanto públicas quanto privadas, tenderemos, sempre, a taxas de crescimento médias,
e não mais altas, como antes registrado. Devemos trabalhar sempre visando os investimentos para
alterarmos esse quadro.
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15. CONCEITO DE FINANÇAS
Vamos analisar o conceito de finanças dentro das empresas. Podemos conceituá-las da seguinte
maneira:
O nosso estudo de finanças sempre trará, como pano de fundo, as funções das empresas, das
quais nunca podemos esquecer. A principal delas é a maximização do lucro do acionista; gerar
riqueza para quem corre o risco de colocar o seu capital próprio em um sonho.
A Administração Financeira estuda como se portam os recursos e seus fluxos dentro das
empresas. A função do administrador financeiro é tomar as melhores decisões dentro de um
ambiente muitas vezes de pressão constante; as decisões, tanto de curto prazo (capital de giro da
empresa) quanto de longo prazo (investir os recursos da empresa e financiá-los), devem ser muito
bem analisadas para que a corporação não passe por nenhuma dificuldade causada por uma
decisão equivocada do administrador financeiro.
Ainda passaremos pelo estudo do Sistema Financeiro Nacional, por meio do qual conheceremos
instituições importantes para o mercado financeiro. Vamos conhecer, então, esse novo mundo de
possibilidades e de conhecimentos.
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16. FINANÇAS BÁSICAS
Vamos começar a explorar mais profundamente questões financeiras que serão importantes
para o crescimento de sua carreira. A primeira pergunta a que devemos responder é: o que é capital
de giro?
capital de giro significa capital de trabalho, ou seja, o capital necessário para financiar
a continuidade das operações da empresa, como recursos para financiamento
aos clientes (nas vendas a prazo), recursos para manter estoques e recursos para
pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda),
pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais (SEBRAE,
2019).
O empresário deve ter “rédea curta” sobre o capital da empresa. Caso ele não seja o responsável
pelo dinheiro da companhia, deve se reunir diariamente com o responsável, ou descobrir uma forma
de acompanhar as despesas, para evitar notícias desfavoráveis. Isso é ser diligente e cuidar de um
dos principais itens administrativos: o caixa.
Segundo o autor Marcousé, 2013 para que o controle do capital de giro seja feito corretamente,
os gestores necessitam ter alguns itens sempre em mente, para que esse controle não atrapalhe
os seus negócios.
Esses itens são primordiais para que empresas e empreendedores comecem a visualizar
maneiras de melhorar e perpetuar o seu negócio adequadamente.
Outros itens com que o empreendedor deve se preocupar são aqueles básicos a qualquer
negócio, listados a seguir:
• Fluxo de caixa – Todo negócio deve ter um fluxo de caixa com alguma folga e bem analisado,
para que não haja desesperos no processo de administração.
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• Controle de estoque – Estoque, para algumas empresas, é o item mais problemático, então,
deve-se controlá-lo sempre.
• Contas a pagar – A boa gestão das contas a pagar é, sem dúvida, um dos processos mais
importantes dentro da empresa.
• Separar a vida pessoal da vida empresarial – Esse item é um dos mais comuns dentro das
novas empresas. As vidas pessoal e profissional podem se misturar às contas e a outros itens.
Essa bagunça deve ser sempre evitada e as vidas, separadas, para que cada uma tenha a sua
sequência.
• Cortar gastos – Devemos nos preocupar em cortar gastos desnecessários em todas as áreas
da nossa vida, e sempre buscar a excelência nessa tarefa.
• Burocracia – A burocracia em nosso país é enorme. Devemos saber lidar com ela e sempre
tentar melhorar seus processos.
• Cuidado com dinheiro fácil – Há muitos bancos e empresas de crédito que oferecem dinheiro
rápido para que você consiga quitar as suas dívidas e, dessa maneira, melhorar seu fluxo de
caixa. Cuidado: não fique atrás de dinheiro fácil; normalmente as taxas de juros são altíssimas
e podem realmente trair o pagador na hora de quitar esses financiamentos.
• Sempre pesquise sobre o mercado antes de investir – Analise e planeje, e a probabilidade de
acerto será maior dessa maneira.
Esses itens de finanças devem ser estudados com maior profundidade quando se está abrindo
uma empresa e criando um empreendimento em busca de crescimento contínuo.
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17. FINANÇAS E EMPRESAS
Quando falamos de finanças, a primeira imagem que nos vem à cabeça é daquela pessoa
que cuida do dinheiro nas empresas, que “tem a chave do cofre”, como se costuma dizer. Mas o
pensamento deve considerar aspectos além da simples imagem da pessoa que paga e recebe as
contas. Deve-se pensar em investimentos, em soluções que façam o dinheiro render e trabalhar
para nós, e não o contrário.
O retorno deve ser sempre compatível ao risco assumido, pois ninguém vai colocar dinheiro
em um investimento altamente arriscado sem previsão de retorno alto. Essa é a premissa básica
de risco e retorno: quanto maior o risco, maior deve ser o retorno.
Mesmo em empresas do governo são esperados rendimento e caixa constantes, para que se
possa reinvestir valores em serviços para a população, melhorando e expandindo os atendimentos
prestados à comunidade. Uma empresa que mantém geração de caixa constante e lucro ao longo
do tempo, consegue cumprir com todos os seus papéis, inclusive o social, pois ela pagará impostos
constantemente e, assim, poderá ajudar a comunidade a crescer e a se desenvolver.
• Atividades de operações
• Atividades de investimentos
• Atividades de financiamento
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As atividades de investimentos são utilizadas pelas empresas para investir seu dinheiro, seja em
caráter permanente ou temporário. Normalmente são demonstradas na parte do ativo permanente
da empresa, e alguns exemplos são: compras de maquinários e de bens intangíveis e participação
em outras empresas, entre outros.
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Quadro 3 – Demonstrações de resultado e atividades empresariais.
vendas de produto
prestação de serviços
O
Comerciais (vendas) P
Devoluções e abatimentos E
Impostos incidentes sobre vendas R
Impostos incidentes sobre serviços A
C
Produção (parte vendida ou
(-) CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS I
executada)
Custo dos produtos vendidos O
Custo dos serviços prestados N
A
(-) DESPESAS OPERACIONAIS Comerciais, administrativas e
gerais (despesas de vendas e I
Despesas de vendas
Despesas gerais e administrativas de suporte a atividades de S
Outras receitas e despesas operacionais operações)
O
Receitas financeiras P
Investimentos temporários E
(-)Despesas financeiras
e Financiamentos R
(=) LUCRO OPERACIONAL (DE ACORDO N A
à C
COM A LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA) O I
Receitas não operacionais Atividades extraordinárias
O
N
(-)Despesas não operacionais e eventuais A
I
(=) LUCRO ANTES DO IR E CSLL S
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Conforme Hoji (2017), o controller cuida do planejamento empresarial e, como consequência,
analisa todas as operações e investimentos da companhia. O tesoureiro cuida principalmente do
dia a dia da empresa e do seu caixa, procurando trabalhar com a sobra de caixa para que possa
realizar investimentos ou distribuir dividendos para os sócios.
FINANÇAS
TESOURARIA Controladoria
Administração Contabilidade
de caixa financeira
Créditos e
Contabilidade
contas a
de custos
receber
Contas a pagar
Orçamentos
Câmbio Administração
de tributos
Planejamento Sistemas de
financeiro informação
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18. FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A principal função da Administração Financeira é gerir a companhia rumo ao sucesso. As
empresas dependem de pessoas competentes à frente das atividades da Administração Financeira,
para que elas possam auxiliar o restante da empresa.
Conforme Maximiano (2014), a função da Administração Financeira tem por objetivos proteger
e utilizar eficazmente os recursos financeiros e, ainda, manter certo grau de liquidez, para que a
organização consiga cumprir seus compromissos.
Dentro da função financeira, devemos nos preocupar com quatro grandes grupos de decisão:
• Planejamento
• Financiamento
• Controle
• Investimento
O profissional dessa área cuidará de empresas dos mais diversos tamanhos. Esse fator não
impactará na forma com que trabalha, somente no tamanho da equipe que ele terá à sua disposição.
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19. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Assim como qualquer ciência, a Administração Financeira também passou por um histórico
de transformação. Ela nasceu com um propósito e foi-se adaptando e se desenvolvendo ao longo
do tempo.
A Administração Financeira começou como parte das Ciências Econômicas, sem ganhar muita
atenção de estudiosos e empresários. Somente após a década de 1920, quando as empresas
americanas foram obrigadas, por lei, a divulgar seus números financeiros, é que se iniciou o
crescimento de sua utilização e essa área ganhou atenção, pois facilitava o estudo das estruturas
financeiras empresariais.
Com a evolução das empresas, se tornando grandes corporações, e com novas tecnologias
atreladas à produção, a questão financeira e sua administração ganharam ainda mais importância,
contribuindo para que novos investimentos fossem disponibilizados aos negócios mais recentes.
Com a crise de 1929, empresas e estudiosos tiveram que melhorar o modo como analisavam seus
números, pois a recessão que assolava os Estados Unidos dificultou qualquer previsão, e o estudo
de alternativas para as empresas saírem da instabilidade virou fator fundamental para o mercado.
[...] a crise provocou reflexões profundas sobre a teoria econômica e o papel das
Finanças e da Administração Financeira para a saúde das organizações e da Economia.
Em particular, motivadas pela necessidade de melhorar os conhecimentos sobre a
estrutura de capital interna e seus reflexos no mercado externo, a liquidez ganhou
destaque (DANA, 2015, p. 19).
Nos anos 1960, com o mercado extremamente competitivo, a falta de lucro foi um problema
verificado por muitas das grandes corporações, que começaram a implementar planos de redução
de custos e controles internos. A informática teve um avanço fenomenal dentro desse contexto.
Nessa mesma época, vindo com grandes empresas multinacionais, a Administração Financeira
chegou até o Brasil e, com ela, várias melhorias, inclusive a criação do que conhecemos hoje como
Sistema Financeiro Nacional (SFN).
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O SFN é um conjunto de instituições responsáveis pelo funcionamento do mercado financeiro
brasileiro, no que tange à alocação de recursos na Economia. É subdividido em três níveis, como
segue:
• Sistema Normativo – Composto por órgãos e entidades que definem as políticas e as diretrizes
do SFN.
• Entidades Supervisoras – Responsáveis pela fiscalização das instituições sob seu encargo
e pela regulamentação dos dispositivos legais ou normas editadas pelos órgãos normativos.
Engloba três entidades especiais.
• Sistema Operativo – Responsável pelo funcionamento dos diversos mercados.
SUBSISTEMA
NORMATIVO
SISTEMA
FINANCEIRO
NACIONAL
(SFN)
SUBSISTEMA DE
INTERMEDIAÇÃO
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Figura 3 – Subsistema normativo
Conselho
monetário Comissões
nacional consultivas
(CMN)
Banco
Central
(BACEN)
SISTEMA
NORMATIVO
Comissão
de valores
mobiliários
B.B
(CVM)
Responsável
pelo funcionamento
do mercado Instituições
financeiro e de especiais BNDES
suas instituições
CEF
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Nas décadas seguintes, a Administração Financeira só cresceu e se desenvolveu, e deu origem
a três tipos de abordagem: a tradicional, a administrativa e a mista, conforme quadro a seguir.
ADMINISTRATIVA
TRADICIONAL MISTA
A seguir, falaremos um pouco dos órgãos mais importantes do Sistema Financeiro Nacional.
Em conjunto com o CMN, funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc). Esse
órgão é responsável por definir a parte técnica da política monetária que será aplicada no país.
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19.1.2. Banco Central
O Banco Central do Brasil foi criado em 1964, com a promulgação da Lei da Reforma Bancária
(Lei nº 4.595 de 31.12.64).
A partir da Constituição de 1988, a emissão de moeda ficou a cargo exclusivo do BCB. Quando
pesquisamos o site do Banco Central do Brasil (<www.bcb.gov.br>) encontramos uma lista das
atividades atribuídas a essa instituição, de importância única para o nosso país:
A CVM foi criada em 7 de dezembro de 1976, pela Lei 6.385, para fiscalizar e desenvolver o mercado
de valores mobiliários no Brasil. Ela efetua o estabelecimento das práticas a serem implementadas
pelas suas superintendências, as quais devem trabalhar em conjunto para o cumprimento das
normas e definição de regulamentos internos e externos.
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A CVM se divide basicamente em quatro funções:
• normativa; • supervisão;
• de registro; • educacional.
A principal função da CVM é trabalhar para que a poupança no Brasil deixe de ser um “bicho de
sete cabeças” e para que as pessoas consigam entender cada vez mais esse processo de investir
dinheiro em empresas.
Criado por Dom João VI, em 1808, é o banco comercial mais antigo em nosso país. Entidade
público-privada que tem ações comercializadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Por ser
um braço do governo, é muito utilizada por ele em suas políticas de crédito, principalmente na
parte de agronegócios e indústria. Nos últimos anos tem tentado se assemelhar mais aos bancos
convencionais para, assim, angariar mais clientes e crescer em tamanho e importância.
O BNDES, criado em 1952, é o braço de desenvolvimento do nosso governo; é uma entidade que
visa o crescimento da indústria, do comércio, enfim, de todas as áreas do nosso país. É responsável
pelo desenvolvimento da política de investimentos de longo prazo visando o crescimento e a
consolidação das empresas privadas brasileiras.
Foi criada em 1861 com a ideia inicial de ser uma facilitadora da poupança no país. Nos dias
atuais, é o braço do governo responsável pelo desenvolvimento do saneamento básico, além de
ser a principal mantenedora do crédito para a habitação (popular ou não) em nosso país. A CEF
não tem ações negociadas na Bolsa de Valores, e é uma empresa estatal pura. Além do exposto,
é responsável por:
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20. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA CORPORATIVA E PESSOAL
Conforme mudam os anos, a sociedade, a economia, e mesmo as ciências se desenvolvem e
crescem sensivelmente. Com a Administração Financeira não foi diferente.
Todas as áreas das empresas devem trabalhar em conjunto com a Administração Financeira
pois, em um momento ou outro, passarão por situações em que os conhecimentos dessa área
lhes serão úteis, por exemplo: quando a empresa precisar comprar um novo caminhão, a área de
compras, em conjunto com a logística, avaliará qual é o melhor veículo a se comprar, seja por conta
dos gastos gerados por ele, seja por conta do preço; diversos itens, portanto, devem ser analisados.
A logística é uma área que a todo tempo deve ser colocada em xeque e avaliada, pois, muitas
empresas podem melhorar a sua e, com isso, lucrar mais – princípio básico de qualquer negócio.
Repare em mais este exemplo: a área de recursos humanos deve avaliar constantemente se
os seus treinamentos e desenvolvimentos, sejam eles internos ou externos, trarão benefícios
à empresa. O “treinar por treinar” não deve existir, pois, assim como todo investimento tem um
propósito, os recursos humanos não podem ser diferentes. Conforme visto, portanto, devemos
pensar na Administração Financeira e em como ela pode nos servir e nos ajudar a crescer.
Finanças pessoais: trata das mesmas decisões, só que aplicadas às famílias. Estamos
falando de administrar nossos recursos financeiros pessoais de modo a deixar-nos
os mais felizes possíveis com nossas decisões de consumo e de poupança, hoje e
no futuro (DANA, 2015, p. 18).
Essas duas áreas são sempre analisadas e devem ser o coração da empresa ou família que
busca o crescimento de seus bens (ativos).
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21. MERCADO MONETÁRIO
É o mercado cuja estrutura busca a estabilidade econômica. Nesse mercado são comercializados
papéis valorados pelas taxas de juros que eles devolvem aos seus investidores. Os mais comuns são
os papéis emitidos pelo governo federal (Tesouro Nacional) e pelos governos estaduais e municipais.
Além desses títulos do Governo há a emissão privada e, dentro dela, as que mais se destacam é
o Certificado de Depósito Interfinanceiros (CDI) e o Certificado de Depósito Bancário (CDB). Existem
dois custodiantes para esses títulos: para os títulos públicos é a Selic e para títulos privados, a
taxa Cetip.
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22. MERCADO DE AÇÕES
O mercado de ações é considerado por muitos um sinônimo para “mercado financeiro”, mas ele
está longe de sê-lo como um todo. Na maioria das economias, o mercado de ações é ainda menos
desenvolvido que os outros mercados que compõem o nicho financeiro – os mercados monetário,
de bônus e de câmbio.
O mercado de ações é famoso pelas suas grandes bolhas e quebras, entre as quais
podemos citar:
Essas grandes bolhas levaram muitas pessoas inseridas nesse sistema de investimentos a
perder grandes volumes de dinheiro.
As ações são muito sensíveis ao mundo das notícias, e qualquer coisa pode fazer que o preço
de algumas delas mude da noite para o dia. A descoberta da cura de uma doença, por exemplo,
pode fazer as ações de uma empresa de medicamentos dispararem, assim como o vazamento de
petróleo em uma plataforma pode quebrar uma empresa de extração.
Esse é um mercado promissor, embora pouquíssimo explorado no Brasil. As pessoas ainda têm
medo de investir o seu dinheiro na Bolsa de Valores e, como temos aqui juros razoavelmente altos
em outras aplicações (CDBs, Tesouro Direto e Fundos, por exemplo), o mercado de ações nacional é
normalmente deixado em segundo plano, diferentemente, por exemplo, dos Estados Unidos. Neste
país é corriqueiro que as pessoas negociem ações, pois a poupança americana é quase inexistente;
é comum pais investirem valores em uma empresa e darem essas ações para os filhos, como forma
de poupança. Trata-se de um aspecto cultural e de questões econômicas de mercado, por isso
nosso sistema de ações não é tão desenvolvido quanto deveria.
Saiba mais
Para saber mais detalhes sobre como funciona o mercado de ações, veja o infográfico disponível em:
<http://www.infomoney.com.br/infograficos/mercado-de-acoes>.
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23. MERCADO DE CÂMBIO
Segundo Bowells e Bain (2001, p. 157):
O preço da moeda é determinado pela lei da oferta e da demanda do mercado, que precifica a
moeda. Podemos destacar os ofertantes e os demandantes de moeda dentro do sistema econômico
conforme o quadro 5.
Investidores nacionais.
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SAIBA MAIS
DEFINIÇÃO DE ATIVO
O estudo da teoria contábil é de grande relevância, não somente para pesquisadores e acadêmicos,
mas também para aqueles cuja atuação profissional é diretamente ligada à contabilidade aplicada. A
razão dessa importância consiste no fato de que o fundamento, a base, o arcabouço de sustentação
das práticas contábeis encontra-se justamente na teoria da contabilidade.
A definição de ativo é fundamental para o entendimento correto dos elementos contábeis. O passivo
e o patrimônio líquido são definidos em temos do conceito de ativo. O ativo propicia também,
compreender questões vinculadas aos elementos que o compõem, como é o caso do goodwill, da
depreciação, das aplicações em instrumentos financeiros, entre outros.
É bastante comum, em muitos cursos de contabilidade, que o conceito de ativos seja apresentado
como “o conjunto de bens e direitos de uma entidade” ou como “as aplicações de recursos” de uma
empresa. O problema é que este tipo de conceito não enseja discussões mais amplas e muitos
profissionais o aceitam como completo e satisfatório.
Vale salientar que, para o FASB (Financial Accounting Standards Board), incorporar um benefício
futuro provável é característica essencial dos ativos, ou seja, se esta característica for ausente, não
se pode reconhecer a existência do ativo em termos contábeis.
Um ativo mais completamente analisado, então, é um recurso controlado pela entidade como
resultado de eventos passados e do qual a entidade espera obter futuros benefícios econômicos.
Dessa forma, existem três termos que, em conjunto, são fundamentais para que o item seja
considerado um ativo: o controle realizado pela entidade, ser resultante de um evento que ocorreu no
passado e a geração de benefício econômico futuro.
Fonte: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ativo-um-conceito-amplo.htm>.
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24. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A contabilidade deve ser o instrumento de gestão dentro das empresas. Dessa forma, ela
deve ter as ferramentas necessárias à análise e compreensão do que deve ser feito, de modo
ordenado e uniforme, para que as empresas consigam analisar as informações umas das outras.
A contabilidade necessita, também, de uma padronização, para que a profissão de contador seja
mais bem compreendida e simplificada.
Sendo ela a ciência do patrimônio, deve gerar instrumentos para que os gestores possam
tomar decisões acertadas, enquanto contabilidade gerencial, e gerar demonstrativos, enquanto
contabilidade financeira.
O balanço patrimonial é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido. O ativo refere-se a bens
e direitos que a companhia tem em seu balanço; o passivo, às obrigações para com terceiros, e
o PL é a posição patrimonial da empresa, além das obrigações que ela tem junto aos acionistas.
As demonstrações contábeis são os relatórios que indicarão como está a saúde financeira
e contábil da empresa; fornecerão dados para que os gestores tomem decisões e para que os
stakeholders analisem a empresa.
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24.1. Balanço patrimonial
O balanço patrimonial sofre muitas críticas por demonstrar um período específico de tempo,
normalmente um ano, o que para muitos o torna obsoleto no que diz respeito à eficácia da informação.
Ele busca evidenciar as informações contábeis de maneira clara e precisa, tanto em sua forma
qualitativa quanto quantitativa.
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bancos e em aplicações financeiras de curtíssimo prazo. Os fluxos serão divididos em: fluxo das
operações, das atividades de financiamento e das atividades de investimentos.
Todo esse conjunto de demonstrativos trarão aos acionistas, governo, investidores e população
em geral as informações relevantes de que eles necessitam para o conhecimento e análise das
empresas.
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25. CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
A contabilidade deve auxiliar no crescimento das empresas. A afirmação a seguir detalha um
pouco mais esse contexto.
A contabilidade tem a função de mensurar as riquezas e as dívidas das empresas. Isso, por si
só, já seria um gerador enorme de informações relevantes para os administradores das empresas,
mas eles também buscam por ferramentas de crescimento e de maior lucratividade dentro de um
mercado cada vez mais competitivo e cheio de possibilidades.
Com o crescimento da complexidade das empresas, é cada vez mais comum a presença do
controller dentro das atividades empresariais. Esse controller deverá ter conhecimento do mercado
em que a empresa está inserida, e também de toda a estrutura empresarial da companhia; o controller
terá a função de cuidar da contabilidade, além de auxiliar outras áreas, entras as quais destacam-se:
• RH
• Jurídico
• Tecnologia
• Administrativo
• Com a instituição desse tipo de profissional, e de um crescimento da complexidade e globalização,
faz-se de extrema necessidade:
[...] a utilização de instrumentos provenientes do campo empresarial, tais como:
contabilidade gerencial, planejamento estratégico, utilização de sistemas de
informações gerenciais, enfim, modelos de gestão que possibilitem diminuir as
limitações existentes em sua eficiência administrativa. Dessa forma, tais tendências
evidenciam a necessidade de a Contabilidade implementar instrumentos contábeis
que possibilitem nas organizações um gerenciamento eficaz que vise o funcionamento
como de empresas eficientes no fornecimento de serviços. Portanto, o profissional
da Contabilidade, diante de tantas mudanças, deve estar preparado para contribuir
continuamente para a gestão dos negócios de uma empresa (SILVA; MARION, 2013,
p. 13)
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informações. Nesse sentido, a contabilidade gerencial é muito útil para o desenvolvimento de
pequenas e médias empresas.
A tomada de decisão é um dos itens que mais devem ser buscados pela contabilidade,
principalmente as de custos e gerencial, que darão subsídio aos gestores para que analisem e
tomem decisões embasados em informações relevantes e precisas.
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capital-de-giro,a4c8e8da69133410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 19 mar. 2019.
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