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Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4 SWAP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4.1 Tipos de swap . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.4.2 Swap cambial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.4.3 Swap de juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.3 Volatilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
CONTRATOS FUTUROS
INTRODUÇÃO
Você sabe como é formado o mercado financeiro e como os contratos futuros são classificados?
Quem participa dele? Quais são os tipos de transações ocorridas nele? De que forma são realizadas?
Seria possível obter ganhos nesse mercado? É possível utilizar o mercado financeiro para se proteger
de eventuais riscos?
Esses temas serão abordados e estudadas as noções gerais sobre a composição e o funcionamento
do sistema financeiro, bem como a aplicação dos instrumentos financeiros, chamados de derivativos.
Você entenderá ainda, a distinção entre os mercados monetários de crédito, de valores mobiliários
e cambial.
Além disso, serão abordados temas indispensáveis aos profissionais atuantes no mercado
financeiro, tais como: o funcionamento das bolsas de valores, o risco, o retorno e a operacionalização
de determinados instrumentos financeiros e seus reflexos dentro das rotinas financeiras das
empresas.
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UNIDADE 1 – TENDÊNCIAS E GESTÃO DA
CULTURA ORGANIZACIONAL
Vamos começar nosso estudo falando de prazos e das diferenças entre eles. Primeiramente,
precisamos saber que os prazos considerados para as fontes de financiamento e maturidade dos
títulos são: curto, médio e longo prazo. Apesar de parecerem definições genéricas, para Hull (2016)
há duas classificações de fontes de financiamento quanto ao prazo de maturidade: a classificação
entre curto e longo prazo; e a que possui três categorias de maturidade – financiamento de curto,
médio e longo prazo. Essa classificação pode ser representada da seguinte forma:
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1.1 Importância do dólar enquanto moeda
É no sistema financeiro que se dão os negócios entre moedas, fluxos monetários, empréstimos,
pagamentos e investimentos financeiros. Essas relações podem ocorrer entre bancos centrais, demais
bancos, instituições governamentais, empresas, fundos e outras organizações. A principal função
desse sistema consiste em flexibilizar o comércio e o fluxo de capitais financeiros e produtivos,
proporcionando a alocação mais eficiente dos recursos.
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• mercado monetário – responsável pela liquidez bancária. Considerando que a liquidez se
refere ao grau de dificuldade de conversão de ativos em dinheiro, ou seja, quanto mais fácil
for encontrar um comprador ou vendedor, mais líquido é o mercado.
Você sabe o que é o mercado monetário? Quais tipos de transações ocorrem nele? Neste tópico,
serão respondidas estas e outras indagações, relacionando as principais obrigações existentes nele.
Posteriormente, serão estudadas as taxas de juros, que têm papel fundamental para o desempenho
desse mercado e, também, para o sistema financeiro como um todo. Inclusive, veremos a taxa de
juros internacional, assim como as taxas de juros internas.
Algumas taxas de juros variáveis podem ser expressas em termos percentuais acima ou abaixo
da taxa prime. Ela é usualmente adotada para empréstimos de curto prazo e/ ou para grandes
volumes de empréstimos entre os bancos internacionais, instituições governamentais e empresas
classificadas como mínimo risco.
Você sabe qual a diferença entre o mercado futuro e mercado de opções? Os dois mercados
têm em comum o princípio da proteção contra riscos, mas enquanto o mercado futuro apresenta a
obrigação de adquirir ou vender algo no futuro, o contrato de opção, ao contrário, registra unicamente
o direito do titular de exercer sua opção de compra ou venda a um determinado preço no futuro,
não sendo obrigatório seu exercício.
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SAIBA MAIS
Existem ainda transações como a compra com cartão de crédito no exterior. Nestes casos, a
compra é efetuada e convertida em dólares, mas, como as instituições financeiras demoram alguns
dias para repassar os recursos às administradoras, podem fazer mais de um lançamento (débito ou
crédito) em meses diferentes, referentes à variação da moeda no momento do repasse do recurso
ao favorecido no exterior.
Todas as empresas buscam maximizar o retorno a seus acionistas e ser reconhecidas por
entregar um produto ou serviço de qualidade a seus clientes. Esse objetivo também existe no
mercado de capitais, pois o compromisso com os acionistas ou credores só se concretizará se a
empresa crescer e desenvolver-se. Os investidores, por sua vez, querem o retorno do compromisso
ou, pelo menos, das expectativas assumidas.
Tendo essas expectativas em mente, podemos listar alguns exemplos de operações do mercado
de capitais (HULL, 2016):
• ações;
• opções de ações;
• debêntures;
• notas promissórias;
• commercial papers;
• contratos futuros de opções e outros derivativos.
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Ao negociar ações, por exemplo, compra-se e vende-se uma fração do capital da empresa e
acompanha-se o desempenho desse papel. Já na opção de ações, é estabelecido um contrato
no qual o comprador, ao final, pode escolher comprar ou não a ação ou o ativo. Do outro lado,
há um vendedor (ou lançador), que tem a obrigação de vender o ativo ou a ação pelas condições
preestabelecidas. Essa transação tem início com o pagamento de um valor (prêmio) pelo comprador
ao vendedor, que fica para o vendedor caso o comprador opte por não exercer o direito de compra.
1.2.1 Aplicabilidade
Ao longo deste capítulo, percebemos a dimensão do mercado financeiro e sua influência para
o desenvolvimento de uma sociedade. Estudamos as transações de compra e venda de produtos
e serviços, que fazem a moeda circular, e entendemos o conceito de mercado monetário em seus
contextos histórico e teórico. Vimos também o papel do crédito como alavanca de negócios, as
diferentes formas de obtê-lo e o funcionamento do mercado de câmbio.
Por fim, compreendemos que o mercado de capitais é importante não só pela possibilidade de
ganhos, mas também como fonte de financiamento das empresas no longo prazo, em complemento
a outras fontes, como as instituições financeiras, que atuam mais fortemente no curto e médio prazo.
Assim, estudar o mercado monetário e as políticas públicas relativas a ele é importante porque
seu poder de influência em médio e longo prazos passa por aspectos como impactos no consumo,
controle da inflação e da taxa de câmbio, além da geração de empregos (FORTUNA, 2016).
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1.3 Cupom IPCA
Observe uma questão prática exemplificada por Assaf Neto (2012), em que uma operação de
mercado futuro envolve basicamente um compromisso de compra ou venda de determinado ativo
em certa data futura, sendo previamente fixado o preço objeto da negociação: um investidor pode
desejar adquirir certa quantidade de uma ação específica para entrega no futuro, enquanto outro
investidor deseja efetuar a venda desses ativos para entrega também no futuro. O preço é acertado
entre as partes e o negócio é fechado como uma operação de mercado futuro. Nessa operação, há
um compromisso de compra e venda no futuro da ação por um preço estabelecido pelas partes,
denominado preço futuro. Em verdade, o investidor da ação aposta na elevação de sua cotação
no mercado, adquirindo hoje para entrega futura por um preço acordado previamente. O vendedor,
por outro lado, acredita na possibilidade de compra da ação no futuro a um preço inferior, o que o
permitiria realizar um lucro.
No mercado futuro, quem adquire o contrato tem a obrigação de executar a ordem prevista de
compra ou venda, mas pode ocorrer uma liquidação antecipada do contrato, ou a transferência a
terceiros, sendo que todo contrato futuro pode ser anulado pela recompra ou revenda no mercado
secundário. Considerando que um comprador não queira receber o previsto no contrato no vencimento,
então poderá vendê-lo no mercado secundário. Um vendedor a futuro, por seu lado, procurando
evitar a entrega dos itens objeto do contrato ao final do prazo, pode realizar uma compra antecipada
(HULL, 2016).
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Uma classificação no mercado de derivativos é o mercado futuro, que constitui mais uma
alternativa para proteção de riscos nas aplicações financeiras. Neste mercado, as partes obrigam-
se a comprar ou vender determinado ativo em uma data futura a um preço preestabelecido, sendo
que eventuais variações no preço ajustado em relação a determinado valor de referência são
cobradas ou pagas pelos compradores e vendedores. Mas você sabe quais os principais produtos
e instrumentos financeiros negociados no mercado futuro? E quais vantagens efetivamente o
investidor pode obter neste mercado?
Sem dúvidas, entre todas as taxas de juros que vigoram no sistema econômico, a mais importante
é a Selic por servir como base para a determinação das demais.
O Copom, quando se reúne para definir a taxa básica de juros, faz avaliações para fundamentar
sua nova decisão (que pode ser a de manter a taxa vigente, aumentá-la ou diminuí-la, sinalizando ao
mercado um possível viés, ou seja, uma perspectiva do que poderá acontecer na reunião seguinte,
que ocorrerá em 45 dias). Para tanto, o Copom leva em consideração os itens citados anteriormente,
pois a definição da taxa básica de juros é um componente fundamental na política monetária de
um país e cabe ao Bacen a responsabilidade pelo controle da moeda e da taxa de inflação, sendo
que a taxa de juros da economia contribui de forma decisiva para esse controle.
Todas as vezes em que a taxa Selic sobe, os juros para tomar capital emprestado elevam-se, o
que representa um encarecimento das operações de empréstimos, financiamentos, cheque especial
e cartão de crédito. Por outro lado, quando as taxas reduzem, ocorre o inverso, ou seja, os juros das
operações financeiras diminuem.
É importante ressaltar que a taxa Selic também pode influenciar o preço do dólar, sendo que
taxas de juros elevadas atraem investidores estrangeiros para o Brasil e, com a maior entrada de
dólar no país, sua oferta aumenta; portanto o dólar desvaloriza perante o real.
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1.4 Day trade com minicontratos
No mercado de opções, o prêmio pelo risco é um fator elementar. Para a compreensão dos
mercados específicos, que serão estudados adiante, tais como o mercado a termo, mercado futuro
e mercado de opções, é importante entender antes os aspectos do mercado mais amplo, que é o
mercado de derivativos.
Ao adquirir ações no mercado à vista, o investidor corre o risco de o preço cair. Uma forma de
proteger o valor do investimento contra eventual desvalorização do patrimônio é vender esses papéis
no mercado futuro ou no mercado de opções a um preço prefixado. A essa proteção, denomina-se
hedge – que significa proteção ao risco de o preço cair, ou seja, a operação de derivativos elimina o
risco de perda de valor a que está exposto o investimento e proporciona uma compensação pelas
duas posições assumidas.
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Por fim, a organização precisa buscar articular a compreensão de sua missão amplamente, pois,
quanto mais se sabe o que fazer, mais rápido e melhor se chega onde se quer. Devem-se estruturar,
igualitária e flexivelmente, processos e ações, de forma a promover a troca de ideias e feedbacks
sobre procedimentos e valores organizacionais.
O maior desafio para aplicar este tipo de modelo de gestão reside na falta de preparo dos
gestores em entender e atender as expectativas tanto dos colaboradores, em relação ao próprio
desempenho, quanto ao retorno que suas ações produzem.
Assim, pensar na atuação em um modelo como este é estabelecer, por exemplo, sistemas de
controle de promoção de eficiência e cadeias de comando da organização, estruturados de forma a
preparar os gestores para trabalhar resistências às mudanças, reação típica do modelo tradicional.
Gestores que são eficazes em desenvolver habilidades que fazem seus colaboradores realizarem as
tarefas a eles incumbidas e destruírem resistências à experimentação tendem a alcançar resultados
mais sólidos e duradouros.
CURIOSIDADE
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O gestor deve ter bem claro que a alocação de recursos de tempo e dinheiro para a inovação é
muito diferente da alocação para melhoria de processos, pois, de certa forma, a pressão de curto
prazo que funciona para a melhoria não funciona para a inovação.
Dessa forma, podemos exemplificar mais uma operação com derivativos. Um produtor agrícola
pode querer garantir, na época do plantio, o valor da venda de seu produto por ocasião da colheita.
Se o preço atual do produto no mercado estiver pagando seus custos de produção e assegurando
uma margem de lucro que o satisfaz, o produtor vende contratos futuros do produto, recebendo
antecipadamente os recursos, que lhe permitem, inclusive, custear a lavoura.
Se, por ocasião da colheita (vencimento dos contratos), o produto estiver com o preço mais
elevado, ele deixará de ganhar, pois terá que entregar a mercadoria ao comprador dos contratos pelo
preço ajustado inicialmente. Por outro lado, se o preço no mercado estiver menor, o produtor terá
feito um bom negócio, pois receberá um valor mais alto e antecipado e nem vai precisar entregar
o produto, pois o comprador não vai exercer seu direito, uma vez que poderá comprar mais barato
no mercado. Veremos a partir de agora diversos exemplos, com suas explicações, de operações no
mercado de capitais, a fim de compreendermos melhor como é seu funcionamento.
Após três dias úteis, o comprador deverá pagar o valor da ordem acrescido dos emolumentos
e taxas de corretagem. O vendedor, por sua vez, receberá o valor da ordem, descontados a taxa de
corretagem de sua corretora, os emolumentos da bolsa e parte dos impostos incidentes.
Nesse caso, o comprador ficará com as ações escriturais (ou seja, ele não receberá um papel
físico) custodiadas na corretora e aguardará o momento oportuno para revendê-las. Ele também pode
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mantê-las em carteira por um longo tempo, esperando uma valorização expressiva e aproveitando
o crescimento da empresa, usufruindo inclusive de dividendos (que é um tipo de participação nos
lucros da empresa). O investidor, então, passou a ser sócio da empresa.
O segundo exemplo envolve uma companhia que decide fazer uma emissão de mil debêntures,
contratando, para tanto, corretoras e bancos de investimentos para intermediar a colocação das
debêntures no mercado. Cada uma tem preço de R$ 1.000,00, o que totaliza R$ 1.000.000,00 pelo
prazo de oito anos, com remuneração pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado
(IPCA) mais 5% ao ano de juros. As debêntures são adquiridas por investidores interessados em
obter rendimentos reais, por isso, normalmente, exigem uma taxa de juros, além de algum índice
de preços, como o IPCA.
Para manter um bom funcionamento das operações de crédito é importante identificar fatores
(como capacidade de pagamento e vulnerabilidade) por meio de uma boa avaliação, evitando
distorções que provoquem grande endividamento e acompanhando a situação financeira dos
devedores. Estes são aspectos que preservam a qualidade de uma operação de crédito, utilizando
o controle por meio do Robot Trading (HULL, 2016).
Avaliação: momento em que devedor e credor (ou seu representante) encontram-se para discutir
aspectos como objetivo do crédito, prazos, juros, taxas e garantias da operação etc. Por exemplo, o
gerente de um banco identifica que uma empresa precisa de R$ 35.000,00 para comprar uma máquina.
Por isso, pergunta à empresa sobre os ganhos que esta máquina trará, o nível de endividamento
da organização, seu faturamento etc.
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SAIBA MAIS
O processo descrito, representa macro etapas comuns que ocorrem no dia a dia dos negócios
financeiros, porém este processo pode acontecer de diferentes formas.
Além do financiamento das famílias, das empresas e dos governos, o crédito também possui
um efeito multiplicador na economia, fazendo-a girar, demandando mais recursos, bens e serviços,
gerando mais empregos, vendas e salários. Um exemplo desse efeito multiplicador é percebido
quando uma pessoa contrata um empréstimo pessoal e utiliza o recurso para o conserto de seu carro
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e para pagar a festa de aniversário do filho. Nesse processo, foram gerados recursos financeiros
para o mecânico e para o salão de festas, que devolverão os valores recebidos sob a forma de
gastos, pagamento de salários etc.
Dessa forma, e de outras, como será visto em seguida, as instituições financeiras têm a
possibilidade de gerar liquidez, ou seja, transformar determinado recurso em dinheiro e aumentar
o poder de compra e barganha das famílias. Isso ocorre devido aos juros que o devedor paga pelo
período que utilizou o recurso emprestado pelo credor.
Assim, o dinheiro continua tendo seu percurso na economia, criando esse efeito multiplicador e
os juros pagos pelos tomadores às instituições financeiras geram liquidez quando são reinseridos
na economia. Isso é feito por meio de algumas ações, como a contratação de novos empréstimos,
por exemplo (FORTUNA, 2016).
DICA DO PROFESSOR
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CONCLUSÃO
Depois de entender todo esse contexto do mercado de crédito, é necessário conhecer os produtos
que fazem parte desse cenário.
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UNIDADE 2 – CONTRATOS DE TROCA DE RENTABILIDADE
INTRODUÇÃO
Vivemos em tempos de mercados turbulentos, em que cada vez mais surgem variáveis
incontroláveis que podem impactar os investimentos realizados pelas empresas. Desta forma, a
incerteza é um fato, mas a necessidade de investimentos também.
Sendo assim, as empresas e o mercado acabaram criando estratégias que permitem que elas
consigam minimizar tais impactos. É justamente nesse sentido que os mercados derivativos operam.
Dentre os vários tipos de transações com derivativos que podemos destacar as operações de swap
que se resumem em uma troca de valores que permite a diminuição dos riscos nos investimentos.
Nesta unidade, iremos nos concentrar em entender os mercados derivativos, finalidade e produtos.
Na sequência, analisaremos os conceitos das operações de swap e os principais modelos. Vamos lá?
Por volta das décadas de 1960 e 1970, começamos a perceber um processo cada vez maior de
integração comercial, decorrente da globalização que começa a influenciar as ações mercadológicas
e, com ela, o número de variáveis que impactam as empresas aumentaram vertiginosamente e fez
com que fossem criados mecanismos capazes de driblar essas variações do mercado. Uma dessas
ferramentas se refere aos mercados derivativos.
Com base nesse contexto, Serafini e Sheng (2011, p. 285) corroboram afirmando que “O avanço
tecnológico, a integração dos mercados financeiros, a evolução dos modelos de precificação e a
criação de produtos financeiros sofisticados podem explicar o rápido desenvolvimento do mercado
de derivativos na última década”.
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das atividades econômicas. A existência dos mercados de derivativos permitiu que
os agentes cobrissem seus riscos financeiros ao transferi-los para outros (FARHI,
1999, p. 93).
Considerando esse cenário, podemos pensar no conceito por trás dos derivativos que, de
maneira simples, são instrumentos que possibilitam que uma empresa realize seus investimentos
sem, necessariamente, desembolsar alguma quantia de imediato, permitindo assim que os negócios
continuem acontecendo.
Segundo Toledo Filho (2006, p. 117), os derivativos “são instrumentos financeiros ou ferramentas,
sempre derivados de um ativo (daí o seu nome), utilizados por pessoas ou instituições nos mercados
futuros e de opções para gerenciar riscos, proteger investimentos ou simplesmente especular”.
De acordo com o Banco Central do Brasil (2002 apud MATTOS, 2008, p. 20):
Deste modo, nada mais são do que mecanismos que postergam os desembolsos iniciais em
um determinado contrato.
Os derivativos têm como base um determinado ativo que é a base da previsão futura, desta
forma, os valores desses contratos estão diretamente relacionados aos preços dos produtos.
A partir dessas definições, fica fácil perceber a essência e a razão de ser dos derivativos, ou
seja, são mecanismos que buscam auxiliar os processos comerciais. Eles, na realidade, buscam
minimizar os riscos das empresas em seus processos operacionais.
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Conforme a Comissão de Valores Monetários (2015, p. 286):
Na prática, são os contratos futuros que permitem às empresas postergar os gastos iniciais
com determinadas operações que só começarão a dar lucros a longo prazo.
A partir das reflexões que fizemos, você deve estar entendendo a importância de estudarmos os
mercados derivativos. Podemos dizer que, no contexto econômico atual, eles são uma peça-chave
na viabilidade de muitos negócios.
Você deve estar pensando, tudo bem que o mercado seja instável, mas é só mapear os riscos,
não havendo necessidade de algum mecanismo que os minimize. Você até tem uma certa razão,
entretanto, o que ocorre é que para determinadas operações, se fossem realizadas sem a possibilidade
do uso de mecanismos de mercado de derivativos, simplesmente elas não aconteceriam.
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Somente o mercado de derivativos pode oferecer ao agricultor (que pretender vender
sua produção, assim que efetuar a colheita, pelo melhor preço) e ao processador/
usuário do produto (que espera comprar o produto no decurso do ano, pelo melhor
preço) os meios de garantir sua necessidade de fixação de preço, por meio de
operações de hedging (COMISSÃO DE VALORES MONETÁRIOS, 2015, p. 39).
Deste modo, podemos dizer que as operações com os mercados de derivativos têm como objetivo
principal facilitar a vida de empresas e investidores, o que pode ocorrer de várias maneiras. Dessa
forma, na Figura 1 podemos ver os objetivos dos mercados derivativos.
Vamos analisar os mecanismos pelos quais podemos atingir os objetivos dos derivativos.
Finalidade Descrição
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Como podemos ver, cada um desses mecanismos busca melhorar os resultados da empresa
por meio da viabilização de suas operações.
IMPORTANTE
Para cumprir com seus objetivos, os mercados derivativos podem ser divididos em quatro
grandes abordagens, a saber: mercado a termo, mercado de opções, mercado de swap e mercado
futuro. O detalhamento de cada uma dessas abordagens pode ser visto no Quadro 2.
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Negocia-se a troca de rentabilidade entre dois bens
(mercadorias ou ativos financeiros). Pode-se definir o
contrato de swap como um acordo, entre duas partes,
que estabelecem a troca de fluxo de caixa, tendo
como base a comparação da rentabilidade entre dois
bens. Por exemplo: swap de ouro x taxa prefixada.
Se, no vencimento do contrato, a valorização do
Mercado de swap ouro for inferior à taxa prefixada negociada entre as
partes, receberá a diferença a parte que comprou taxa
prefixada e vendeu ouro. Se a rentabilidade do ouro
for superior à taxa prefixada, receberá a diferença
a parte que comprou ouro e vendeu taxa prefixada.
Você deve observar que a operação de swap é muito
semelhante à operação a termo, uma vez que sua
liquidação ocorre integralmente no vencimento.
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IMPORTANTE
2.4 SWAP
Swap consiste em um acordo entre duas partes para troca de risco de uma posição ativa
(credora) ou passiva (devedora), em data futura, conforme critérios preestabelecidos.
As trocas (swaps) mais comuns são as de taxas de juro, moedas e commodities. No
mercado de swap, você negocia a troca de rentabilidade entre dois bens (mercadorias
ou ativos financeiros), a partir da aplicação da rentabilidade de ambos a um valor
em reais (COMISSÃO DE VALORES MONETÁRIOS, 2015, p. 72).
Etimologicamente, a palavra swap significa troca, da qual deriva seu funcionamento. As partes
envolvidas em um contrato de swap simplesmente trocam seus fluxos de caixa a partir de alguns
parâmetros como prazo, preço e variáveis específicas. Os parâmetros de um contrato de swap
dependem, fundamentalmente, da sua valorização.
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No Quadro 3 podemos ver alguns conceitos relacionados às operações de swap:
A principal característica do contrato de swap reside no fato de que ele é um contrato de balcão e,
deste modo, acaba sendo mais flexível que o normal, podendo ser configurado conforme o negócio
em questão.
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Uma das grandes vantagens dos contratos de swap é o fato de que não há desembolso durante
todo o contrato e é justamente por isso que viabilizam as operações.
Esse tipo de operação gira em torno de uma aposta sobre um certo referencial, sendo
que as partes ajustam os referenciais de atualização dos ativos envolvidos, a data de
liquidação da operação e a forma pela qual ela se deve proceder. Nessas operações
não há emprego de caixa em um primeiro momento, sendo a operação liquidada
pelas diferenças entre os índices inicialmente pactuadas. Dependendo do acordado,
as operações de Swap podem ser liquidadas antecipadamente (BULGARELLI, 2001,
p. 279).
[...] permitir que dois agentes econômicos efetuem trocas entre si de rentabilidade
e/ ou indexadores de seus valores a receber ou a pagar com o objetivo de reduzir
os riscos envolvidos pelas variações dessas rentabilidades e o indexador a que
seus ativos ou passivos estão submetidos. Entretanto, sabe-se que nem sempre as
operações de Swap são utilizadas com esse objetivo (MARINS, 2004).
Na Figura 2, podemos ver um esquema que explica como funcionam as operações de swap.
Recebe
Paga
variaçao
variação
ouro
ouro
Como podemos ver na Figura 1, os contratos de swap têm como objetivo aproveitar ou oportunizar
as vantagens competitivas em uma determinada transação. No caso da figura, dependendo da
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variação do dólar, uma das pontas sai com a vantagem, mas a Instituição A leva a vantagem inicial,
pois não tem que desembolsar recursos no início do contrato.
Para entender o processo de swap, precisamos entender alguns atores que atuam nesse processo.
Segundo a Comissão de Valores Monetários (2015, p. 72), para que a transação de swap ocorra,
precisamos identificar os itens a seguir elencados.
• Variável: preço ou taxa que será apurada ao longo de um período para valorizar
o parâmetro;
No processo de operação de swap, ainda podemos identificar dois grandes atores do processo:
o swap dealer e o swap broker, como podemos ver na Figura 3.
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Normalmente, nos contratos de swap, é possível definir livremente: as taxas, os percentuais, os
valores iniciais, os prazos e, até mesmo, a carência para início de valorização.
Aqui é importante ressaltarmos que, segundo Pinheiro (2019), todo contrato de swap deve ser
registrado na BM&F Bovespa ou na Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip).
PARA REFLETIR
Já falamos bastante sobre o conceito de swap e creio que ele já esteja cristalizado no seu
conhecimento. Agora vamos estudar os dois principais tipos de swaps que temos no mercado.
Lembram que falamos que o swap teve seu grande desenvolvimento nas operações internacionais?
Assim, consequentemente, um dos principais tipos de swap é o swap cambial, bastante utilizado no
Brasil, principalmente quando temos o dólar como a taxa pré-fixada, como podemos ver na Figura 4.
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Figura 4 – Exemplo de swap cambial
Paga Recebe
variação variação
cambial + cupom cambial + cupom
A lógica por trás desse tipo de transação é simples. Vamos analisar um exemplo extraído de
Mattos (2008, p. 33).
Imagine que a empresa GHY possui ativo de R$10.000.000,00 prefixado a 17% ao ano
para receber em 21 dias úteis e que quer transformar seu indexador em dólar + 10%
sem movimentação de caixa. Para isso, contrata um swap, ficando ativo em dólar +
10% e passivo em 17%, ao mesmo tempo em que o banco X, que negociou o swap
com a empresa, fica ativo a uma taxa prefixada em 17% ao ano e passivo em dólar +
10% ao ano. A empresa GHY está exposta ao risco de alta na taxa de juro prefixada
no swap. No vencimento do contrato, serão aplicadas as variações dos indexadores
sobre o valor referencial, conforme demonstrado a seguir. Suponha que, no período,
a variação do câmbio foi de 2%.
O exemplo anterior deixa claro que uma transação de swap pode ser mais ou menos vantajosa.
É importante considerar aqui que o risco existente se justifica pela minimização da operação.
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SAIBA MAIS
Intervenção Cambial
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taxa de juros pré-fixada sobre o mesmo valor base. Ao final da operação quando
serão conhecidos os valores das curvas de Swap a contraparte liquidante devedora
terá que pagar a contraparte liquidante credora a diferença entre as curvas (MARINS,
2004 apud MATTOS 2008, p. 34).
Pedro tem uma dívida de R$ 1.000.000,00 corrigida pela variação do dólar. João tem
outra dívida, também de R$ 1.000.000,00, corrigida pelo CDI .
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Vamos supor que as duas dívidas têm vencimento no mesmo dia e taxas de juros
igual a zero (empréstimo subsidiado). Pedro, temendo que o Plano Real não sobreviva
e ocorra uma maxidesvalorização que faça crescer sua dívida mais que a taxa de
juros, propõe a João um swap, ou seja, trocar sua dívida em dólares pela dívida de
João, corrigida pelo CDI. João, mais confiante na atual politica cambial, concorda,
porém, cobra de Pedro R$ 10.000,00 (1%), aproveitando-se do desespero deste.
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CONCLUSÃO
Como pudemos ver existe uma grande quantidade de ferramentas que podem ser utilizadas
no momento que uma empresa ou uma pessoa precisa proteger os seus investimentos e os
contratos de derivativos têm justamente essa função: a de estabelecer um contrato entre duas
partes, estabelecendo um pagamento para uma data futura. Dentre os vários tipos de derivativos,
podemos destacar as operações de swap por meio das quais se estabelece uma troca entre diferentes
variáveis pré-fixadas.
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UNIDADE 3 – DERIVATIVOS DE COMMODITIES
INTRODUÇÃO
Você terá a oportunidade de aprender temas importantes sobre contratos futuros e mercado
financeiro de ações para o melhor investimento corporativo.
As empresas industriais realizam investimentos futuros para que possam se manter no mercado
e aplicar seus ativos e finanças da melhor forma. Para tanto, comparam as opções para não perder
dinheiro e arriscar muito. Você conhecerá os tipos de derivativos, mercado à vista e formas de investir.
Por isso, você também estudará, nesta unidade, sobre os derivativos de petróleo e exemplo
de investimento no setor de agronegócios, assim como entenderá a forma de ganha com estes
ativos. Parecem muitos assuntos? Não se preocupe, apresentaremos exemplos que facilitarão seu
entendimento.
CONCEITO
O mercado de capitais tem grande eficiência e importância para os derivativos, pois é por
meio dele que é realizada a distribuição de valores mobiliários. Todavia, com sua evolução, uma
significativa parcela dos derivativos passou a ser negociada em bolsas, entre elas, a Bolsa de
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Mercadorias e Futuros (BM&F) e a Bovespa que, segundo a InfoMoney (2006), “concentram grande
parte do mercado de derivativos negociados em bolsa no Brasil”.
Mercado à vista
Operações Day-Trade
É nesse mercado que ocorrem as operações de compra e venda normais e day-trade realizadas
nas agências e no site de compra e venda de ações do Banco do Brasil (Home Broker). Após a
confirmação de uma negociação de compra, a ordem de venda já pode ser registrada, ainda que
a posição não seja visualizada na carteira. Nas operações day-trade, não há liquidação física, ou
seja, não há movimentação de títulos em custódia, uma vez que a posição acionária do investidor
permanece inalterada.
Somente será aceito day-trade iniciado com uma operação de venda, se houver saldo de ações
suficiente na conta de custódia.
À vista
(Spot)
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Há vários tipos de operações, dentre elas, as quatro do mercado à vista que iremos explicar
(baseadas na legislação): a termo, futuro, de opções e swaps.
IMPORTANTE
O mercado a termo é o mais simples e mais procurado na bolsa de valores. Nele, duas partes
assumem um compromisso de venda ou de compra, para negociação de um determinado ativo
financeiro em um período futuro e a um preço fixado na data de celebração do contrato.
O preço de uma ação é calculado a partir da somatória do valor investido e a parcela de juros
que a operação rende. O processo de liquidação do contrato pode ocorrer no vencimento do acordo
ou dias antes, mas independente da data escolhida para esse procedimento, o comprador deste
termo terá que pagar o valor integral combinado.
Um derivativo do tipo mercado futuro funciona de forma semelhante ao mercado a termo, com
o diferencial de como liquidar seus compromissos. O desembolso de um mercado a termo ocorre
no vencimento do contrato, enquanto no mercado futuro não há data estipulada e as partes não
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estão vinculadas, o que significa que o investidor pode vender um contrato que comprou antes do
vencimento. Seus compromissos são ajustados diariamente e verificadas as alterações dos preços
destes contratos para a apuração de lucros ou prejuízos dos respectivos lados, realizando uma
liquidação das diferenças do dia.
• elevado padrão;
• liquidez acentuada;
• transparente negociação em pregão na bolsa;
• ajuste diário de contrato, com possível encerramento a qualquer momento do participante;
• evita acúmulo de valores de ajuste diário e perdidos em garantia.
• fluxo de caixa instável, em razão do alto movimento financeiro, devido aos ajustes diários;
• altos custos, maiores que nos contratos a termo;
• depósito em garantias necessários.
Por exemplo: existe um terreno que tem o valor de 100 mil, no entanto, o dono possui a expectativa
de que a região vai se desenvolver e o terreno valorizar-se futuramente. O possível comprador
também concorda com a análise de potencial valorização, mas não está com 100 mil disponíveis
no momento, tendo somente 20 mil.
Mas, se o investidor vendeu ações da empresa “X” em um determinado dia, a um preço inferior
ao da compra, ele terá que pagar o prejuízo da operação em D+3, sofrendo um débito na liquidação
financeira, incluindo as despesas/ taxas.
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IMPORTANTE
Um exemplo de lote padrão de ações BBAS3 (Banco do Brasil ON) é composto por 100 ações,
enquanto o lote padrão de ações TELB4 (Telebrás PN) é composto por 100.000 ações.
Considere uma ordem de venda de dez ações ABCD4 a R$ 1,60. O investidor interessado na
compra possui 99 ações da empresa e necessita de apenas uma ação para completar um lote-padrão.
Neste caso, o vendedor que pretendia negociar suas dez ações, vendeu somente uma, realizando
uma operação deficitária, conforme cálculo a seguir: em vez de receber o crédito da venda, o cliente
terá que desembolsar R$ 1,10, valor da diferença entre a venda e a corretagem.
Com isso, podemos entender que o mercado de ações é muito complexo e repleto de formas de
investir e gerenciar seus investimentos, com cálculos que devem ser analisados friamente antes
de colocar cada ação no mercado.
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Figura 2 – Mercado futuro
Então, o comprador procura o dono e faz uma oferta, dizendo que gostaria de ter a preferência
de comprar o terreno em dois anos, ou seja, está pedindo a preferência para comprar no futuro e
explica que sua proposta é pagar os 20 mil agora para ter o direito de comprar o terreno. Assim,
nos próximos dois anos, por 20 mil, quem fez a oferta terá o direito de compra do terreno a qualquer
tempo, por 130 mil. O valor pago inicialmente, servirá para manter a oferta e o preço futuro do terreno.
Contudo, caso ao fim deste prazo o comprador não queira concretizar a compra, então o valor de
20 mil ficarão com o proprietário.
SAIBA MAIS
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• prêmio – que é o valor que será pago apenas para ter o direito de comprar o terreno ou não
que, no exemplo, refere-se aos 20 mil, ou seja, é o prêmio de risco que o lançador vai receber
para assumir a obrigação de vender em uma data futura, é o preço da opção;
• strike – que é o valor acordado para comprar em uma data futura. Conforme o exemplo,
relaciona-se aos 130 mil. Assim, strike é o preço de exercício, ou seja, o preço pago pelo
direito de exercer a compra do terreno de acordo com o interesse, conforme combinado.
SAIBA MAIS
Comumente, os especuladores integram um grupo bem maior que o de hedgers e sua presença
num contrato futuro é menor. Abrange tanto pessoas físicas quanto jurídicas e ainda se distinguem
dos hedgers pela velocidade com que atuam no mercado (entrando e saindo dele). Em geral, não
mantêm posição comprada ou vendida até o vencimento e não têm muita experiência em relação
a commodities. São importantes para o mercado futuro por fornecerem aos hedgers a contrapartida
de seus interesses, chamando para si o risco da variação de preços transferido pelo hedger que o
repassou.
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A justificativa do titular desse ativo em estabelecer o contrato é que ele realmente acredita que
o terreno possa valer mais no final de dois anos e que logo, terá um retorno muito maior.
Vantagens – o titular da opção poderá comprar o ativo por um preço abaixo do que ele poderá
vir a valer no mercado em uma data futura, além de poder ter um ganho em cima de um valor menor.
Já o lançador poderá ter uma perda caso venda mais barato que a valorização real no futuro.
Swap tem como diferença entre os demais derivativos a troca e consiste no acordo entre as partes
por meio de um contrato, sendo uma troca de risco tanto ativa quanto passiva, devedora e credora,
respectivamente, de acordo com a data futura e os critérios estabelecidos. Os swaps mais comuns
são os de taxas de juros, câmbio e commodities, índices, indexadores, entre outros. Os contratos
não são padrão e têm negociação em balcão, não podendo ser antecipados do vencimento e tão
pouco transferidos a outros acionistas.
IMPORTANTE
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Com destas explicações, vamos nos aprofundar um pouco mais no mercado de derivativos,
tratando de ações e mercado.
Por meio do swap, os mercados de investimentos negociam ativos ou mercadorias, com emissão
de títulos para trocar por empréstimos, pela diferença cambial que existe entre eles. Grandes
instituições financeiras, companhias e até o Banco Central utilizam este tipo de negociação.
• Swap de taxa de juros – variação dos juros pelas taxas associadas a contratos de ativos
ou passivos;
• Swap de moeda – são trocados no contrato o valor principal e os juros numa moeda pelo
valor principal e os juros em outra moeda;
• Swap de índices – retorno dos índices de ações e de preços são associados no contrato,
no qual trocam fluxos do retorno destes índices;
• Swap de commodities – variação das cotas de commodities em que os contratos de duas
instituições realizam trocas de fluxos da variação destas cotações.
Pág. 44 de 71
SAIBA MAIS
Autorizadas pela CVM, as entidades agentes de custódia mantém as contas dos clientes na
central de custódia. O direito dos títulos e a guarda são a base do serviço de custódia e consistem
no acompanhamento dos fluxos de valores e títulos movimentados na custódia e liquidação.
As instituições depositárias são empresas que contratam bancos comerciais para emitir ativos e
ações, além de prestar serviços aos acionistas, que preservam o controle do título em custódia para
os investidores e à instituição financeira contratada para prestação do serviço, para receber
dividendos, bonificações ou exercer direitos de subscrição, beneficiando-se do sistema de custódia.
Esse procedimento agiliza a transação dos títulos, que são negociados na BM&F Bovespa, que
sofre custódia da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Quando os títulos não
passam por um processo de custódia, a negociação atrasa.
Instituições depositárias
O Banco do Brasil atua como instituição depositária de suas próprias ações e cotas de fundo
imobiliário, além de prestar esse serviço a outras empresas. Os principais serviços prestados pelas
instituições depositárias são:
Pág. 45 de 71
• escrituração do livro de Registro de Ações Nominativas;
• atenção aos acionistas e corretoras;
• manutenção dos cadastros;
• atualização das posições acionárias;
• disponibilização de extratos aos acionistas;
• transferência de titularidade, bloqueios e desbloqueios.
É cobrada taxa de
Custo Sem custo para o acionista
custódia mensalmente
Necessidade de alocação
Os investidores que possuam
dos ativos de acordo com
mais de um ativo na custódia
Facilidade a instituição depositária,
poderão guardá-los em um
operacional obrigando o investidor a percorrer
único agente, facilitando o
diversas instituições para o
controle e acompanhamento
controle e acompanhamento
Necessidade de recebimento no
caixa da Instituição financeira,
Processamento
Processamento dos direitos quando não correntista. Este
dos direitos
fato ocorre com algumas
instituições depositárias
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Segundo Morgan (1999, p. 37):
[...] outros trabalhos apontam para uma direção contrária, ou seja, o surgimento e a
evolução dos mercados de derivativos têm sido determinantes para a desestabilização
das cotações no mercado spot.
A principal razão de tal fato está associada à alta alavancagem que estes contratos
permitem obter a um custo relativamente pequeno se comparado às transações à
vista, o que acaba atraindo diversos tipos de especuladores, sendo parte deles dotada
de poucas informações a respeito dos mercados em que estão atuando.
Com relação à alta volatilidade dos preços futuros, Cox (1976, p. 42) diz que ela é:
[...] transmitida às cotações spot, dado que são estritamente ligados pela possibilidade
de arbitragem. Neste contexto, defende-se maior regulação nestes mercados, visto
que a ação dos especuladores torna o sistema econômico mais susceptível a crises
sistêmicas. Outros autores argumentam, no entanto, que este aumento da volatilidade,
com a introdução dos derivativos, está relacionado ao fato de os mercados futuros
e de opções viabilizarem a chegada de maior quantidade de informações, existindo
maior velocidade de processamento e de transmissão destas últimas para o mercado.
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Figura 5 – Contratos de derivativos
Assim, o sistema financeiro em geral pode ter o seu risco mais elevado, gerando oscilações
quando se altera padrão de volatilidade.
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3.3 SOJA, MILHO, BOI, CAFÉ, AÇÚCAR, ETANOL E OURO
No Brasil, as bolsas de mercadorias, futuros e valores, são negociadas com derivativos pelas
commodities agropecuárias, de acordo BM&FBOVESPA (p. 64):
No ano 2000, as safras brasileiras de café arábica foram analisadas e verificaram que a
BM&FBOVESPA dos mercados futuros realizaram transações deste produto:
[...] em média, a 2,1 safras nacionais – com destaque para o ano de 2007, quando
o volume negociado foi equivalente a 3,2 safras. Já no mercado de boi gordo, a
negociação com contratos futuros correspondeu, neste período, a 78% do volume
abatido de bois no país, em média. Cabe observar ainda que, a partir de 2007, a
bolsa brasileira apresentou negociações que superaram o número de cabeças de boi
abatidas – em 2008, por exemplo, o número de contratos futuros transacionados foi
equivalente a 2,3 vezes o total de bois abatidos em território nacional.
Assim, podemos perceber a importância dos contratos futuros para a economia no Brasil,
principalmente os de grãos, que são o nosso forte.
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Neste período analisado sobre os produtos agropecuários, as safras de café sofreram elevação
nos preços com derivativos no Brasil e as negociações aumentaram. Consequentemente, houve
crescimento dos contratos de café e de boi gordo, impactando as cotações spot e sua volatilidade.
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CONCLUSÃO
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UNIDADE 4 – AVALIAÇÃO DE RISCOS
INTRODUÇÃO
Um dos motores da vida empresarial é, sem dúvida, o retorno dos investimentos que são
realizados nas empresas. Em um passado remoto, quando as pessoas e os empresários investiam
em ouro, prata e estávamos em uma época em que essas moedas tinham seus valores estáveis,
não tínhamos motivo para pensar em probabilidade de perdas e ganhos.
Com o passar do tempo, as mudanças de poderes entre nações e a própria dinâmica do capitalismo,
o cenário de investimentos tornou-se cada vez mais instável, quiçá volátil, entretanto, a necessidade
de investir para obter retornos continua sendo o cerne do capitalismo.
Nesta unidade, estudaremos os diferentes tipos de riscos que podem impactar os investimentos
e, na sequência, as metodologias que podem analisar o risco pertinente a cada um deles.
Atualmente, quando falamos de investimentos, existem inúmeras variáveis que podem impactá-
los, as quais atrelam a eles um tipo de risco que deve ser monitorado da maneira mais próxima
possível. Primeiramente, vamos pensar no que vem a ser risco.
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A partir da simples definição, já podemos fazer algumas análises relativas ao risco, que inclusive
poderia nos levar a uma metodologia que possibilite mapeá-lo. Considerando que o risco se trata
de um acontecimento plausível de ocorrer e que pode influenciar objetivos predeterminados,
conseguimos mapear as variáveis que estão associadas aos investimentos e à probabilidade de
que podem afetar determinado risco, já podemos ter ideia de como minimizar tais riscos.
Ainda podemos ter um outro recorte para o conceito de risco, segundo Braga et al. (2018, p.
50), baseado na ideias fundamentais da economia financeira que “o define como a dispersão de
resultados inesperados decorrentes do movimento das variações financeiras; assim, o desvio, tanto
positivo quanto negativo, deve ser considerado como fonte de risco”.
Investimento A
Probabilidade
Investimento B
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Uma análise de riscos, como vista na Figura 1, permite que se identifique a probabilidade de
que os riscos que impactam os investimentos possam ocorrer. Desta forma, é possível mapear os
investimentos e seus resultados.
Podemos dizer que uma das variáveis mais importantes no momento de gerenciar o risco é a
análise da probabilidade de ele acontecer. Outro fator que é extremamente relevante no momento de
uma análise de riscos diz respeito ao conhecimento do risco, a entender que ele pode concretizar-se.
A lógica é simples: quando sabemos o que pode ocorrer, temos como melhor gerenciar a
situação, a fim de nos prevenir e minimizar a probabilidade de que algum fator possa levar esse
risco a aumentar. Nesse sentido,
[...] considerando que a incerteza é a falta de certeza – uma dúvida – isto implica
situações nas quais se tem conhecimento antecipado dos eventos futuros, podendo-se
ou não saber a dimensão deles, mas não se sabe com antecedência a probabilidade
de acontecerem. (BRAGA et al., 2018, p. 30)
Ainda de acordo come Braga et al. (2018, p. 30), “tanto o risco como a incerteza estão associados
à existência de um conhecimento incompleto, entretanto, há uma diferença conceitual entre eles.
O risco é a contingência de um dano, ou seja, é uma contingência desfavorável”.
Nesse ponto, podemos afirmar que a incerteza, ou seja, o desconhecimento de que algo possa
ocorrer, é um fator fundamental para aumentar a probabilidade de riscos “se conhecem os eventos
futuros, se conhece a dimensão deles em termos do investimento analisado e, antecipadamente,
também se conhece a probabilidade de ocorrência desses eventos” (BRAGA et al., 2018, p. 30).
A princípio, podemos elencar três grandes grupos de riscos, como podemos ver na Figura 2.
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Figura 2 – Tipos de risco
Riscos de negócio:
são os riscos que a Riscos estratégicos: Riscos financeiros:
empresa está dispos- são os riscos resul- são os riscos relacio-
ta a assumir para criar tantes de mudanças nados às possíveis
vantagens competiti- fundamentais na perdas nos mercados
vas e agregar valor economia ou no financeiros.
para os acionistas. ambiente político.
Dentre os riscos citados, negócios, estratégicos e financeiros, podemos dizer que todos são de
grande importância para a manutenção e sobrevivência das empresas. Entretanto, quando falamos
em contratos futuros, devemos dar enfoque aos riscos financeiros, que é justamente o que faremos
na sequência.
EXPLORE MAIS
Partindo do princípio de que o objetivo principal das empresas é lucro, vamos nos concentrar
nos riscos financeiros. Segundo Domínguez (1998, p. 211 apud BRAGA et al., 2018, p. 53), é possível
relacionar “o objetivo estratégico de uma empresa com suas políticas de gestão em uma pirâmide
triangular, cujo vértice representa a rentabilidade, e a base, os três tipos básicos de risco: risco de
crédito, risco de mercado e risco operacional”. Essa triangulação de riscos pode ser visualizada
na Figura 3.
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Figura 3 – Riscos financeiros da empresa
Rentabilidade
Risco Operacional
Assim, podemos perceber que, devido à importância para as empresas, os riscos financeiros
são aqueles que devem ser gerenciados de maneira mais próxima. Dentre esses riscos, podemos
destacar: os de mercado, créditos, liquidez, operacionais e legais.
Riscos de
transações
Riscos mercados
Risco de liquidez
financeiros
Risco operacional
Taxa de juros
e tecnológico
Risco operacional
Risco legal
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O conhecimento dos diferentes riscos permite que a empresa possa monitorá-los e minimizar
seus impactos, já que a todo momento as empresas estão inter-relacionadas com diversas variáveis
e estas estão mudando a todo momento.
Segundo Braga et al. (2018, p. 36), “Durante a execução diária dos negócios nas empresas são
gerados gaps que constituem os riscos financeiros. A exposição ao “risco financeiro” implica um
ganho ou uma perda financeira, dependendo do comportamento dos preços em questão”.
A partir desse breve contexto, podemos perceber a complexidade dos riscos e que, em função
dela, a criação de ferramentas que permitam a minimização dos seus impactos é extremamente
complicada.
Além da tipologia de riscos, precisamos pensar quais são as variáveis que podem impactar
cada risco. Na realidade, esse processo nada mais é do que a estruturação de uma derivação dos
riscos, o que permite, a partir dela, a criação de metodologias e modelos que possam monitorar as
alterações que ocorrem no mercado e, desta maneira, minimizar os riscos.
É possível fazer uma análise dos riscos financeiros e entender quais são as variáveis que podem
alterar esses cenários. Se descobrimos as relações entre as variáveis, é possível desenharmos
um modelo que facilite a análise dos impactos de cada uma delas. Segundo Braga et al. (2018, p.
55) os riscos de mercado “têm origem nas mudanças não antecipadas por agentes dos fatores
fundamentais que determinam o preço atual”, enquanto os riscos financeiros que impactam as
empresas podem ter duas grandes origens, a comercial e a financeira.
Outro ponto importante é analisarmos a natureza dessas variáveis e aqui podemos identificar
três grandes itens que podem afetar os riscos: questões relacionadas ao câmbio, taxa de juros e
preços de produtos. Vamos analisar cada um deles.
Você já parou para pensar sobre como funciona o câmbio atualmente, em que todo dia há
mudanças e que muitas delas podem impactar os investimentos das empresas? Segundo Braga et
al. (2018, p.55) “a volatilidade das moedas pode alterar as entradas e a estrutura de custos de uma
empresa, afetando toda a operação de seu negócio e sua competitividade”.
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Os riscos financeiros não têm origem somente externas, podendo ser também impactados
por riscos internos, relacionados a algumas operações que, de alguma forma, têm relação com a
questão cambial.
Quanto maior a incerteza futura em relação à taxa de câmbio, maior será o risco. Desse modo,
os aspectos financeiros estão extremamente relacionados ao câmbio, em especial, em um mundo
globalizado.
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Uma empresa que tem empréstimos
indexados em moeda estrangeira
corre o risco de que uma valorização
Empréstimos em
dessa moeda aumente seu
moeda estrangeira
passivo e sua despesa financeira
também aumente quando for
apurada em sua moeda local.
Outro risco relacionado diretamente aos riscos financeiros se refere à taxa de juros que esse
tipo de natureza gera, principalmente, quatro situações de risco, conforme exposto no Quadro 3.
Operações Impactos
Todos esses itens devem ser monitorados constantemente para que a empresa consiga minimizar
os impactos dessas variáveis nos investimentos.
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Finalmente, os riscos financeiros são diretamente relacionados ao risco de preço, pois, dependendo
de sua variação, os investimentos realizados pelas empresas podem aumentar ou diminuir. Segundo
Braga et al. (2018, p. 58), quanto ao risco de preço: “os movimentos na taxa de juros têm efeito
inverso sobre o preço de um ativo”.
Como vimos, os riscos estão diretamente relacionados a diversas fontes e têm muitas origens
e naturezas. Vale ressaltar que essas variáveis são muitas e que, em um cenário de economia
globalizada, essa derivação de riscos é bem grande. A complexidade do gerenciamento dos riscos
é algo bastante claro, mas por onde começar?
O trabalho de análise e gerenciamento de risco envolve uma série de etapas para que se consiga,
inicialmente, todas as informações necessárias para depois criar um método que permita a gestão
de riscos.
A análise de riscos é o processo por meio do qual as várias exposições, nos mais
diferentes tipos de riscos, são diagnosticadas, calculadas e analisadas, gerando
controles para decisões financeiras nas condições de riscos expostas. A capacidade
hoje de se identificar os fatores de riscos, mensurá-los e impor mecanismos de
controles são essenciais para a gestão de investimentos e alavancaram os estudos
de riscos na teoria de finanças. (LIMA, 2018, p. 3)
Uma metodologia simples é a proposta por Braga et al. (2018), que divide o processo em três
etapas.
Em qualquer planejamento, a primeira etapa é fazer um diagnóstico que permita mapear todo
o cenário que pode influenciar uma determinada empresa. Com esse mapeamento, é possível a
identificação de todos os riscos da empresa e as variáveis que podem estar relacionados a eles.
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Nesta etapa, além de conhecer os fatores e variáveis internos que podem gerar
resultados negativos, também é imprescindível um amplo conhecimento dos fatores
externos. Isso significa que a identificação e o diagnóstico dos riscos a que está
exposta a empresa só terão êxito caso se tenha um conhecimento profundo tanto
da própria empresa como dos mercados nos quais ela desenvolve suas atividades,
assim como da evolução dos principais indicadores e variáveis macroeconômicos,
tanto nacionais como internacionais. (BRAGA et al., 2018, p. 62)
As variáveis relacionadas aos riscos podem ser chamadas de riscos sistêmicos e específicos,
que podem ser entendidos como:
Esse processo de derivação de riscos não é algo simples, mas é possível, segundo Castro e
Pascual (2001 apud BRAGA et al., 2018, p. 58). Podemos ver um exemplo no Quadro 4:
• País
• Mercado • Econômico
• Endividamento • Financeiro
• Crédito • Crédito
• Liquidez • Liquidez
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b) Avaliação dos riscos financeiros
A partir do momento em que conseguimos fazer o mapeamento dos riscos existentes, podemos
fazer a análise das relações e impactos que esses podem ter, o que requer, sem dúvida, um trabalho
detalhado baseado em regras de como o mercado se comporta.
Implica, por um lado, realizar uma análise profunda da sensibilidade dos distintos
fatores de risco e, por outro, quantificar os possíveis impactos negativos que o
comportamento desses fatores terá sobre a empresa, incidindo particularmente nos
efeitos produzidos por aqueles fatores mais sensíveis. (BRAGA et al., 2018, p. 59)
As análises dos riscos permitem identificar as relações existentes, sendo possível a criação
de um modelo que pode ser monitorado. A partir dessas análises, é necessário criar meios, como
sistemas, que possam realizar um monitoramento automático dos riscos.
Se conseguirmos realizar essas três etapas, estaremos no caminho, mas se quisermos aprimorar
a gestão de riscos, teremos um sistema de gestão bem aprimorado. Segundo Ponte (2005, p. 80),
o processo deve ser dinâmico e constante, conforme apresentado na Figura 4.
Pág. 62 de 71
Figura 5 – Processo de gerenciamento de riscos
Estabelecer o contexto
Identificar os riscos
Comunicar e consultar
Monitorar e rever
Estimar os riscos
Analisar os riscos
Avaliar os riscos
Tratar os riscos
O modelo de Ponte (2005), deixa claro que há a necessidade não só de mapear os riscos, mas
de equacioná-los (tratá-los), uma etapa que deve ser constante.
Como vimos anteriormente, o processo de gestão de riscos não é algo simples e requer uma
análise que consiga relacionar as diversas variáveis que podem ser obtidas a partir de um processo
de estudo pormenorizado. A análise de risco tem como base a teoria das probabilidades, da qual
as metodologias de gestão de riscos foram criadas.
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O processo de análise e gerenciamento de risco vem evoluindo com o tempo, com várias
metodologias surgindo e aprimorando-se, conforme podemos ver na Figura 5.
2010: \
Basileia III
Pág. 64 de 71
EXPLORE MAIS
A VaR (Value at Risk) mostra a distribuição das perdas do passado. É normalmente utilizada
para analisar carteiras de investimentos, oferecendo a informação sobre o intervalo de confiança
e a probabilidade de risco do investimento. Com base nessas informações, é possível uma tomada
de decisão mais assertiva para investimentos e estratégias.
Segundo Braga et al. (2018, p. 104) a VaR “define a perda máxima esperada em um ativo ou
carteira de ativos, diante de um intervalo de confiança, para um dado período”. Ela estima a potencial
variação no preço do ativo, caso o mercado mude ou algo inesperado aconteça. Ou seja, determina
o quanto é provável que você perca, caso algo inesperado aconteça.
A VaR pode ser encontra por meio da seguinte fórmula VaR = r*W em que, r refere-se ao o ponto
de corte (r*), sujeito a uma média μ e desvio padrão s e W pelo montante W.
4.3 VOLATILIDADE
Um dos fatores que afetam o risco financeiro das empresas é o preço e se conseguirmos monitorar
suas tendências de flutuação, poderemos analisar o risco dos investimentos associados a eles. É
justamente nesse ponto que a volatilidade histórica poderá ajudar no gerenciamento dos riscos.
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volatilidade condicionada e a volatilidade implícita. Há de se considerar, não obstante,
suas características intrínsecas para melhor compreensão e estimação de todo o
processo. (BRAGA et al., 2018, p. 101)
A importância de termos esses dados fica fácil de perceber quando analisamos, por exemplo,
que o investimento de uma empresa nos seus produtos tem um valor que varia entre R$ 50,00 e
R$ 80,00 ou variou de R$ 10,00 a R$ 190,00. Em qual dos dois você investiria, naquele que pode
ter uma variação de R$ 30,00 ou a diferença de R$ 180,00? Descobrir essa variação é crucial para
monitorarmos o risco e tomarmos uma decisão.
A análise de volatilidade deve considerar não somente variáveis diretamente relacionadas aos
riscos, mas também variáveis exógenas, que podem ser relacionadas indiretamente aos preços.
[...] a volatilidade pode também ser afetada por eventos determinísticos ou outras
variáveis externas que contenham informações relevantes sobre os ativos avaliados.
Por exemplo, encontraram evidências de que a taxa do marco alemão, analisada
intraday, sofria variações em períodos em torno de anúncios da taxa de desemprego
de dados macroeconômicos norte-americanos e do índice de preços local, o que
sugere muitas vezes a introdução e existência de variáveis mais dinâmicas, em certos
períodos, a serem incorporadas aos modelos. (BRAGA et al., 2018, p. 101)
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Quadro 4 – Tipos de volatilidade
Tipo Descrição
O gerenciamento de riscos envolve o uso de uma série de metodologias e, quanto maior for a
análise, melhor será a tomada de decisão em relação aos investimentos.
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REFERÊNCIAS
ANTONIOU, A.; HOLMES, P.; PRIESTLEY, R. The effects on stock index futures trading on stock
index volatility: An analysis of the asymmetric response of volatility to news. The Journal of Futures
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