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Sobre a CM Capital

De maneira independente, com mais de 25 anos de presença no mercado brasileiro e mais de 40


anos de atuação global, a CM Capital é consolidada na área de renda variável, com foco no
segmento institucional e no trader pessoa física.

A CM Capital possui variedade de produtos de investimentos, contando com mais de 400 fundos de
investimentos, opções de excelência de renda fixa, commodities, contratos futuros, ETFs, FIIs, BDRs,
entre outras modalidades, sendo todos estes produtos oferecidos de maneira 100% online, sem
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A CM Capital também se dedica a oferecer vantagens aos seus clientes, como corretagem zero para
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Além disso, publicamos diariamente uma série de conteúdos educacionais que te ajudam a entender
a fundo o mercado financeiro.
É só isso!?

A essência de 40 anos de
estudo e prática de análise
técnica em 292 páginas

Rio de Janeiro, 2010

Marcio Noronha
É só isso!?
A essência de 40 anos de estudo e prática de análise técnica em 292 páginas.
Copyright @ 2010 by Marcio Noronha

Todos os direitos reservados.


É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte,
por quaisquer meios, sem o consentimento por escrito do autor.

ISBN: 978-85-911077-0-4

Diagramação: Mauro Zaniboni


Capa: Ricardo Alves Caetano
Impressão: Imprinta Express Gráfica e Editora Ltda.

Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ


CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte

N767e Noronha, Marcio, 1943-


É só isso!? : a essência de 40 anos de estudo e prática de análise técnica
em 292 páginas / Marcio Noronha. - Rio de Janeiro : M. Noronha, 2010.
292p. : il.

Apêndice
ISBN 978-85-911077-0-4

1. Investimentos - Análise. 2. Ações (Finanças). 3. Mercado financeiro.


I. Título.

10-4639. CDD: 332.6


CDU: 336.76
14.09.10 22.09.10 021555
Sumário
Comentários do Autor ............................................................................................................ 1

Prólogo ................................................................................................................................... 3

História de um caso ................................................................................................. 6


Atividade Globalizada ................................................................................................ 7

Capítulo I - Autoavaliação .................................................................................................... 9

1. Dificuldades para comprar e vender ................................................................ 9


2. Comprar para cima e vender para baixo ............................................................ 10
3. Adição ................................................................................................................... 10
4. Paciência de esperar o lugar certo para dar o bote ....................................... 11
5. Padrão simétrico .................................................................................................. 12
6. Comprar mais caro com trânsito livre pela frente ou mais barato com
múltiplos obstáculos pela frente? ............................................................................. 14
7. Você seria capaz de realizar um prejuízo e achar que faz parte do
jogo? ......................................................................................................................... 15
8. Você seria capaz de comprar uma ação e ver o seu preço subir 20%
em dois ou três dias sem ter se aproximado de nenhuma resistência
importante e permanecer comprado esperando a primeira correção sem
ficar tentado a botar o lucro no bolso achando que já subiu muito? .................... 16
9. Notícias Atrapalham muito mais do que ajudam ................................................ 17
10. Guerra é Baixista ou Altista? ............................................................................. 18
11. E que tal a morte de um presidente idolatrado pelos seus
conterrâneos? ........................................................................................................... 24
12. Você acredita nos jornalistas que vivem repetindo (sem saber sobre
o que falam ou escrevem) que investir em ações é um investimento de
longo prazo? ............................................................................................................. 28

Capítulo II - A Base do Jogo do Mercado .......................................................................... 29

1. A leitura de um gráfico ........................................................................................ 29


2. O tabuleiro do jogo .............................................................................................. 29
3. Construção de uma barra de preços – a peça do jogo .................................... 29
4. O significado ou a leitura de uma barra de preços ........................................... 32

Exercícios de assimilação do conteúdo parcial do capítulo II ................................ 34


Respostas dos exercícios de assimilação do conteúdo parcial do
capítulo II .................................................................................................................. 38

5. Ponto de retorno, Topo, Fundo, Resistência e Suporte ..................................... 42


6. Grau de importância dos Pontos de Retorno ou dos Topos e Fundos ou
das Resistências e Suportes ................................................................................... 48
7. Ziguezagues ......................................................................................................... 49
8. Tendências ........................................................................................................... 50

Exercícios de assimilação de conteúdo do complemento do


capítulo II .................................................................................................................. 54
Respostas dos exercícios de assimilação do complemento do
capítulo II ................................................................................................................. 63

Capítulo III - A Teoria de Dow ........................................................................................... 71

1. As Três Tendências ............................................................................................ 71


2. Validade das Tendências .................................................................................... 72
3. Preços de Fechamento ...................................................................................... 73
4. O Princípio da Confirmação ............................................................................... 74
5. Algo mais que se deve saber sobre as tendências ........................................ 76
5.1. As periodicidades conflitantes ............................................................. 76
5.2. Linha de tendência .............................................................................. 77
5.3. Ângulo de Inclinação ........................................................................... 78
5.4. Linha de retorno .................................................................................. 79
5.5. Importância da linha de tendência ..................................................... 80

Apêndice I: escala aritmética versus escala logarítimica ..................................... 84

Exercícios de assimilação de conteúdo do capítulo III ........................................ 86


Respostas dos exercícios de assimilação de conteúdo do capítulo III ................. 91

Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do


mercado ............................................................................................................................... 95

1. Médias Móveis: a espinha dorsal ...................................................................... 95


1.1. Sistemas operacionais ......................................................................... 97

Exercícios de assimilação de conteúdo da parte 1 do capítulo IV .......................... 100


Respostas dos exercícios de assimilação de conteúdo da parte 1 do
capítulo IV ................................................................................................................ 102

2. A linha de avanços e declínios: a ferramenta mais simples e importante


deste livro ................................................................................................................ 103

Exercícios de assimilação de conteúdo da parte 2 do capítulo IV .................... 111


Respostas dos exercícios de assimilação de conteúdo da parte 2 do
capítulo IV ............................................................................................................... 113
3. Saldo do Volume (On Balance Volume - OBV) ................................................. 115
4. O Indicador de Clímax ......................................................................................... 123

Exercícios de assimilação de conteúdo das partes 3 e 4 do capítulo IV .................. 128


Respostas dos exercícios de assimilação de conteúdo das partes 3 e 4
do capítulo IV .......................................................................................................... 129

Capítulo V: A construção do Índice de Força do Mercado (IFM) ........................................ 131

Apêndice II: O que está por trás do movimento dos preços .................................... 134

Capítulo VI: A Simetria Sanfonada ...................................................................................... 135

1. O Fator TEMPO na Simetria Sanfonada ............................................................. 142


2. Desdobramentos mais prováveis dos gráficos de barras .................................... 145
2.1. Cenário I: congestão num fundo com referência simétrica
de alta ........................................................................................................... 145
2.2. Cenário II: congestão num topo com referência simétrica
de baixa ........................................................................................................ 146
2.3. Cenário III: topo em “/\“ (V invertido) no espaço vazio com
simetria para baixo ....................................................................................... 147
2.4. Cenário IV: fundo em ”V“ no espaço vazio com simetria
para alta ........................................................................................................ 148
2.5. Cenário V: congestão no meio do caminho com referência
simétrica para baixo e para cima ................................................................. 152
2.6. Cenário VI: congestão no meio do caminho com referência
simétrica para baixo e para cima ................................................................. 153
2.7. Cenário VII: topo em “V“ no meio do caminho com referência
simétrica para baixo e para cima ................................................................. 154
2.8. Cenário VIII: fundo em “V“ no meio do caminho com referência
simétrica para baixo e para cima ................................................................. 155

Exercícios de assimilação de conteúdo do capítulo VI ............................................ 156


Respostas dos exercícios de assimilação de conteúdo do capítulo VI .................... 161

Apêndice III: Uma fábula que se aplica como a base filosófica das
estratégias operacionais ........................................................................................... 166

Apêndice IV: Estope - sua garantia de sobrevivência nos mercados .................... 169

Capítulo VII: O Jogo do Mercado ....................................................................................... 175

1. Premissas ............................................................................................................. 175


2. Objetivo ................................................................................................................ 177
3. Regras .................................................................................................................. 177

Exercícios de assimilação de conteúdo do capítulo VII ......................................... 185


Respostas dos exercícios de assimilação de conteúdo do capítulo VII ..................... 188

Capítulo VIII: Sobre as operações ....................................................................................... 191

Análises .................................................................................................................... 194

Exercícios de assimilação de conteúdo do capítulo VIII .......................................... 220


Respostas dos exercícios de assimilação de conteúdo do capítulo VIII ..................... 224

Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado ......................... 233

Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas .................................................................. 243

Epílogo ................................................................................................................................. 287


Dedico este livro à minha mulher
Ella, aos meus filhos Tatiana,
Marcela, Maria João e Iankel.
Comentários do Autor

Comentários do Autor

Quando terminei de escrever meu primeiro livro sobre análise técnica, pensei que nunca mais escreve-
ria outro! Na época, como achei que tinha dissecado o que havia de mais importante sobre o assunto,
imaginei que escrever outro seria como reinventar a roda.

Felizmente, estava enganado! Sem perceber, quando criei o meu primeiro curso virtual à distância logo
após a virada do século XX, comecei a escrever o meu segundo livro, mas ainda sem ter me dado conta
naquele momento.

Apesar do conhecimento técnico adquirido a partir de 1984 quando adquiri o livro Timing – A New Stra-
tegy of Daily Stock Market Timing for Maximum Profit1, em 1996 quando publiquei o meu primeiro livro
ainda não havia encontrado uma metodologia que pudesse classificar como vencedora sistemática. Até
então, minhas estratégias operacionais eram complexas e confusas, elaboradas com base na combi-
nação de vários indicadores visando antecipar o que o mercado iria fazer a seguir, conforme pode ser
visto no último capítulo do meu livro Análise Técnica: Teorias, Ferramentas e Estratégias.

No dia a dia do mercado, entretanto, o máximo que conseguia era arrumar um empate, porque na maio-
ria das vezes fechava o caixa no final do mês no vermelho. Algo estava errado e alguma mudança seria
necessária. Nos quatro anos seguintes, continuei testando e construindo estratégias operacionais, mas
apenas na virada do século encontrei o que procurava.

Só aconteceu porque num determinado momento, cansado de testar e de não chegar a lugar nenhum
me rendi à minha ignorância e me conscientizei de que não tinha como saber com segurança como
o mercado iria se desdobrar no futuro. A partir daí tudo ficou mais fácil! Em vez de tentar antecipar o
mercado, passei a segui-lo, procurando entender as suas mensagens. Neste processo, aos poucos fui
eliminando várias ferramentas, até restarem umas poucas cujas leituras fazem sentido para mim e que
serão abordadas adiante. Simultaneamente, passei a ver o mercado como um jogo, fazendo apostas
se e somente se as probabilidades de lucro em relação ao potencial da perda fossem bastante vanta-
josas. Passou a ser um jogo de tentativa e erro que denominei Simetria Sanfonada.

De 2000 para cá fui aprimorando a metodologia através da minhas experiências pessoais até o mo-
mento em que me dei por satisfeito e nunca mais mudei. Com se diz no meio futebolístico: em time que
está ganhando não se mexe!

No meu primeiro curso virtual comecei a divulgar a técnica utilizando-a simultaneamente. Depois dessa
experiência virtual, passei a dar cursos presenciais mensalmente e, de acordo com a evolução das
minhas operações pessoais, fui reescrevendo as apostilas, sendo que a última serviu como a espinha
dorsal para este livro.

O propósito deste livro é de lhe oferecer um curso no qual a minha presença para eliminar eventuais
dúvidas seja desnecessária, mas se já tiver um conhecimento básico de análise técnica e algumas
derrotas no mercado o seu aproveitamento será maior.

Só o teste do tempo dirá se consegui, mas procurei escrevê-lo numa linguagem coloquial preocupado
em tornar os principais conceitos da metodologia operacional de fácil entendimento. Diferentemente do
meu livro anterior que vejo como uma enciclopédia, mas imprescindível para a formação de uma boa
cultura técnica, este contém uma técnica operacional com princípio, meio e fim ao alcance de qualquer
um que se proponha a estudá-la. É a essência, o creme do creme, de uma busca que me tomou 40
anos de estudos e experiências reais para chegar aqui. Sem nenhuma pretensão, quisera eu ter tido a
oportunidade de me deparar com um atalho como este no início das minhas operações!

Marcio Noronha

1 Timing – Uma nova Estratégia Diária de Maximização dos Lucros no Mercado de Ações

1
Prólogo

Prólogo
Em 2005, a estatística dos homebrokers revelava que somente 10% dos que ingressavam no mercado
de ações e derivativos através desta plataforma resistiam ao teste do tempo. Os 90% restantes fica-
vam pelo caminho deixando um rastro de dor e sangue.

Convidado pela área de marketing da corretora em que trabalhava a dar uma palestra sobre análise técnica
no canal privado de TV que ela possuía passei uns cinco dias em casa preparando-a. Diante dos números
da estatística acima, decidi atacar este problema de maneira instigante para depois preparar os investido-
res principiantes para o desafio que o jogo do mercado representa por meio de um curso na televisão.

Em geral, textos ou palestras sobre Análise Técnica confundem-se com a apresentação de técnicas de
análise. Pensei em algo diferente! Em vez de ficar no lugar-comum mostrando técnicas de análise, por
que não direcionar o foco da palestra para mostrar a sua real utilidade? Por que não tentar convencer
o investidor a usar a Análise Técnica nas suas tomadas de decisão de compra/venda?

Afinal, que mal haverá em tentar trazê-lo para dentro de um universo que só lhe trará benefícios e
que poderá garantir de forma duradoura a sua permanência nos mercados? A idéia desta introdução
é mostrar como a vida do investidor no mercado pode se tornar muito mais fácil, se ele puder dedicar
uma hora por dia para se mover sobre o tabuleiro do jogo do mercado conhecendo os caminhos, mas
sobretudo promover um ligeiro teste para que se autoavalie diante de algumas situações com as quais
certamente já se deparou nos seus investimentos.

Imagino que a maioria dos investidores saiba ou já tenha ouvido falar que as principais formas de estudo da
evolução dos preços dos ativos financeiros são a Análise Fundamentalista e a Análise Técnica.

A Análise Fundamentalista baseia-se no estudo dos fundamentos das empresas, associados ao estado geral
da economia e suas perspectivas para avaliar se o preço de um ativo está sendo negociado nas bolsas abaixo
ou acima do seu valor real definido pelos critérios de avaliação por Múltiplos e Fluxo de Caixa Descontado.

Para exercê-la, além dos conhecimentos de finanças e contabilidade, o analista precisa manter contato
constante com o diretor de relações com os investidores ou com o diretor financeiro de cada uma des-
sas empresas para permanente atualização dos dados sobre a sua evolução trimestral. Desta forma,
eles poderão fazer as suas projeções com melhor balizamento. Será preciso se deslocar frequente-
mente através de boa parte do território brasileiro gastando dinheiro com diárias de hotel, passagens
aéreas, translado, alimentação etc.

Como se pode ver, a Análise Fundamentalista é um trabalho caro e de logística complexa que limita o
número de empresas monitoradas por um único analista. Um departamento médio de pesquisa de uma
corretora, por exemplo, necessita de pelo menos uns cinco analistas setoriais trabalhando em tempo
integral somente para poder acompanhar e analisar os fundamentos de 95% das empresas negocia-
das em bolsa que fazem parte do
índice Bovespa, algo em torno de
60 empresas.

Já deve ter dado para perceber que


a Análise Fundamentalista é algo
muito distante, impraticável para
quem não tem o mercado como
sua atividade principal do dia a dia.
Para utilizá-la, você terá de confiar
numa análise feita por terceiros,
não sendo totalmente responsável
pela sua tomada de decisão.

Você pode argumentar, se quiser,


que a sua escolha sobre a análise

3
Prólogo

de terceiros representa sim uma tomada de decisão própria, mas o mesmo devem ter pensado aqueles
que, por sugestões de equipes de “research” do City Bank, da Goldman&Sachs e outras, compraram
ações da Enron com base nos seus relatórios de recomendação de compra emitidos logo após elas
terem despencado de $60 para $30 em poucos dias, e logo após elas serem negociadas abaixo de
$10,00 e, finalmente, virando pó, conforme pode ser observado no gráfico da página anterior.

No final, os investidores prejudicados se reuniram e entraram com ações na justiça por indução ilícita,
mas nunca conseguiram recuperar, nem de perto, a totalidade de seus prejuízos. Pergunto a você: que
grau de confiança se pode depositar numa análise que, apesar da intensa fiscalização feita pela SEC
(Security Exchange Comission - órgão controlador das bolsas americanas) e pela auditoria da Arthur An-
dersen junto à empresa, não conseguiu perceber que uma fraude descomunal estava em andamento?

Sabe de quanto foi o prejuízo acumulado dos investidores? Sessenta bilhões de dólares! Consegue
imaginar o que deve acontecer em outros países onde a fiscalização não é tão rígida? Não estou que-
rendo sugerir que a análise dos fundamentos feita por terceiros ou por você mesmo não seja válida (se
os números disponíveis traduzirem a realidade dos fatos ela será confiável, ainda que no mercado o
preço não seja obrigado a refletir esta realidade). Apenas quero mostrar que os fundamentos podem
não ser o que parecem.

Se eu fosse um empresário disposto a comprar uma empresa, ser o seu dono de fato, sem dúvida,
faria sua avaliação utilizando os métodos contábeis que um departamento de pesquisa fundamentalista
utiliza para determinar o preço justo de uma empresa. Não significa que teria de comprar pelo “preço
justo”, mas para ter uma idéia do seu real valor na hora de negociar.

O problema é que ao longo dos anos de vivência do jogo do mercado pude perceber que o preço nego-
ciado nas bolsas, na maioria das vezes, não tem nenhuma relação com o verdadeiro valor da empresa.
Como se justifica fundamentalmente que o preço da ação da Arthur Lange possa num determinado mo-
mento estar valendo 1,60, seis meses depois 49,90 e alguns dias depois 6,80. Você acredita que foi um
reflexo do valor da empresa no mesmo período? Claro que não, foi jogo! A empresa continua lá no mesmo
lugar, provavelmente alheia ao acontecido, sem grandes mudanças durante este período.

4
Prólogo

Ou, como explicar que a ação da Bombril num espaço de dez anos tenha partido de 1,02 para 22,72 em
três anos e pouco, depois caído para 2,26 em cinco anos e pouco, depois voltado a subir para 19,47 em
pouco menos de três anos, depois caído para 2,46 em três anos, depois subido para 18,75 e três anos e
finalmente caído para 3,21 em pouco menos de dois anos. Sei que esta empresa andou tendo problemas,
mas como justificar este sobe e desce fundamentalmente? Não tem como, mesmo a posteriori!

Em contrapartida, a Análise Técnica baseia-se no estudo da evolução dos preços num mercado em que
a oferta e a procura se formam livremente, gerando padrões repetitivos que nada mais são do que a
expressão da voz do mercado. Adicione o volume diário, bem como nas bolsas de derivativos, a evo-
lução diária dos contratos em aberto, e você terá todos os ingredientes necessários para ouvir o que o
mercado está dizendo. É mais ou menos como ter um estetoscópio de mercado.

No caso da Enron, qualquer pessoa com um pouco de conhecimento de Análise Gráfica teria entendido
a mensagem enviada pelo mercado através do padrão gráfico denominado de Cabeça e Ombros de
Reversão que se formou no topo do mercado, muito antes dos acontecimentos se tornarem de conhe-
cimento público e, certamente, não teria embarcado naquela canoa furada.

A Análise Técnica não leva em consideração fatores externos, tais como informações sobre projeções
de lucros das empresas, taxa de retorno, relação preço/lucro, EBTDA, noticiário em geral, ou quaisquer
outras informações que não sejam provenientes do mercado. Ela assume que tudo que precisamos
saber para a evolução dos preços está intrínseco nele mesmo.

5
Prólogo

Num mercado diário de leilão, num rinque onde todos os agentes que dele participam batalham livremente na
formação do preço (respeitando as regras estabelecidas pelas diferentes bolsas de valores), a transparência
é absoluta e os dados obtidos pelos analistas são 100% confiáveis. Só é preciso conhecer o idioma!

Suponha que você seja um insider1, algo assim como amigo do presidente de uma empresa que tenha as suas
ações negociadas em bolsa. Este tal amigo, como presente de natal, resolveu lhe dar uma informação que
julga irá provocar uma subida no seu preço quando for conhecida pelo mercado. Tudo o que você precisa fazer
é entrar em contato com o seu corretor e, sem grande alarde, comprar até onde o seu dinheiro permitir.

Para o analista técnico o motivo não precisa ser conhecido, porque se esta compra gerar um desequilíbrio
momentâneo entre a oferta e a procura capaz de movimentar o preço para cima, obrigatoriamente ela terá
de aparecer no gráfico do preço e no volume negociado ao final do dia. É tudo o que o técnico precisa
saber! Nada pode traduzir melhor a noção de valor de um ativo do que o acordo feito no fechamento diário
do mercado onde todos os agentes participantes tiveram oportunidade de comprar e vender em diferentes
níveis de preço na batalha diária do mercado.

Pode ser dito que a análise técnica embute a análise fundamentalista. O inverso, entretanto, não é verdadeiro. A
análise fundamentalista não inclui um estudo do movimento do preço. Um bom analista fundamentalista pode quebrar
se não souber operar, enquanto bons especuladores que são péssimos analistas fundamentalistas podem ganhar
muito dinheiro, porque “quando” comprar e vender é muito mais importante do que “o que” comprar e vender.

História de um caso

Vou lhes contar um caso que li no livro Timing – Uma Nova Estratégia Diária de Maximização dos
Lucros no Mercado de Ações, de autoria do Joseph Granville:

No início dos anos 60, quando Granville trabalhava na E. F. Huttton & Co. em Nova Iorque, ele recomendou
aos leitores do relatório semanal que escrevia, a venda a descoberto2 de uma ação muito conhecida
numa faixa de preço em torno de $80. Alguns dias depois, o diretor financeiro dessa empresa telefonou
para Joe convidando-o para almoçar. Disse que gostaria de ter a oportunidade de lhe apresentar seu
argumento altista, acreditando que ele estava cometendo um sério erro com tal recomendação.

Então os dois se encontraram e Granville ficou ouvindo pacientemente o tal diretor financeiro discorrer sobre itens tais
como fluxo de caixa, vendas crescentes, recorde de pedidos, suas perspectivas para a indústria, preços em alta para o
seu produto básico e simplesmente quase todas as estatísticas fundamentalistas altistas com que pôde lhe enfrentar.
Acabado o almoço, perguntou-lhe se iria continuar recomendando a ação para uma venda a descoberto.

Em resposta, Granville disse que o reconhecia como uma autoridade em seu negócio e que não questionava
nada do que ele havia dito. Entretanto, também disse que o preço de sua ação não tinha absolutamente nada
a ver com tudo que ele tinha falado. Simplesmente, argumentou que o preço da ação estava sujeito às simples
leis de oferta e procura e que, naquele momento, a oferta superava a procura. O diretor perguntou por quê?

Granville respondeu que não sabia, somente que estava acontecendo, e que aí residia toda a importância
do fato. Afirmou ainda ao diretor financeiro que seus estudos e gráficos estavam sinalizando uma queda
muito acentuada do preço para o nível de $40. O diretor financeiro riu e disse que um movimento dessa
magnitude estava fora de questão, visto que ele, do alto da sua posição e experiência, achava que tal
projeção estava completamente em conflito com as suas projeções fundamentalistas.

Os dois encontraram-se novamente quando o preço da ação já tinha caído para a faixa dos $60, e outra vez o
diretor financeiro manteve suas convicções anteriores de que a ação estava flutuando numa faixa normal, embora
admitindo com relutância que a venda a descoberto a $80 estava dando certo. Para encurtar uma longa história,
encontraram-se novamente alguns meses depois, quando o preço da ação tinha chegado à faixa dos $40.

1 Investidor com informação privilegiada.


2 A venda a descoberto é um mecanismo utilizado quando se avalia que o preço de uma ação pode cair e se deseja obter um lucro
na queda. É feita através do aluguel da ação objeto mediante o pagamento de uma taxa de locação por um período pré-determinado e do
depósito de uma garantia (margem) que pode ser em dinheiro ou em títulos. De modo mais simples, vender a descoberto significa pegar
emprestado uma ação e vendê-la, apostando que o preço dela vai cair. Se isso acontecer, o “vendedor a descoberto” lucra ao comprá-la de
volta mais barata. Ele terá prejuízo se o preço subir em vez de cair.

6
Prólogo

Dessa vez sua atitude foi completamente diferente. O preço básico do seu produto sofrera uma forte queda,
estava considerando o fechamento de duas fábricas da Costa Oeste e havia a intenção de reduzir o pessoal.

Disse-lhe que tinha ficado muito pessimista em relação ao futuro imediato da indústria e que estava
fazendo algumas vendas. Perguntou a Granville se ele continuava recomendando a venda a descoberto
e se acreditava que o preço cairia mais.

Granville simplesmente lhe respondeu que ele e os seus clientes tinham zerado a venda uma semana
antes e que agora estava recomendando a ação para compra, uma ação agora tecnicamente sobre-
vendida. O diretor financeiro de novo ficou perturbado por ter vendido um lote de ações poucos dias
antes, pensando que os fundamentalistas poderiam empurrar o preço para a faixa dos $20. À medida
que as notícias pioravam, em poucas semanas o preço da ação subiu para $60.

Esse é o gambito típico do jogo do mercado. Aqui havia o diretor financeiro de uma empresa, um
homem treinado para conhecer cada transação financeira em que sua companhia estivesse envolvida,
um homem que compreendia seu produto, seu pessoal-chave, suas vendas, a direção da economia.
Ele provavelmente tinha excelente formação econômica.

Sem dúvida, conhecia muito bem a sua indústria, mas o negócio do mercado de ações é algo quase
totalmente afastado dos negócios comuns, quase totalmente divorciado da economia ortodoxa. Não
havia dúvida que o diretor financeiro dessa renomada empresa conhecia tudo sobre a companhia, mas
ele não tinha a menor idéia de para onde o preço da ação se direcionaria.

Atividade Globalizada

O analista técnico é um dos raros profissionais dos nossos dias cuja atividade é globalizada, isto é,
pode ser exercida em qualquer lugar do planeta (desde que tenha acesso à Internet). Como tudo o que
ele precisa para analisar se o preço de uma ação (ou mercadoria) poderá subir ou cair são os dados
provenientes do pregão, o analista técnico poderá negociar em qualquer bolsa do mundo onde os
preços se formem livremente através da oferta e da procura, desde que adquira uma base de dados
com histórico de cotações dos preços, volume e contratos em aberto, disponível em qualquer bolsa.

Afinal, os agentes do mercado, seja lá qual for a sua classificação, são seres humanos que reagem de
forma emocionalmente parecida onde quer que estejam operando. Tanto o investidor japonês, como
o americano ou o brasileiro reagem de modo idêntico nos extremos do medo e da ganância! No final,
tudo o que importa é o padrão. Nos gráficos a seguir, você pode ver um padrão em andamento muito
parecido entre eles. Para efeito da Análise Técnica não importa a que ativos se referem, mas sim o
desdobramento em que estão evoluindo. Para efeito operacional é tudo a mesma coisa.

7
Capítulo I - Autoavaliação

Capítulo I: Autoavaliação

1. Dificuldade para comprar e vender

Fico imaginando o sofrimento que deve ser para muitos investidores quando chega o momento da
verdade, a hora em que o dinheiro entra no jogo e as emoções vêm todas juntas. Ao longo dos anos
e nos contatos com investidores que foram meus alunos, constatei que quase todos tinham grande
dificuldade para iniciar uma operação.

Normalmente, quando queriam


comprar um ativo, definiam o
preço e o lote, colocavam-no na
coluna de compras do book de
ofertas (tela com as melhores
ofertas de compra e venda para
TNLP4 (Telemar PN) conten-
do preços e volumes, confor-
me imagem ao lado) e ficavam
aguardando serem servidos,
em vez de comprarem imedia-
tamente por um preço um pou-
co mais caro do melhor ven-
dedor. Logo surgia outro com-
prador que cobria o seu preço
de compra ou vinha um outro e
comprava o lote ofertado para
venda num nível pouco acima
do preço de compra desejado
e as novas ofertas de venda
só apareciam com preços cada
vez mais altos.

O resultado é que muitas vezes, se não na maioria delas, uma compra que poderia ter sido feita por
um preço alguns centavos acima do desejado, acabava deixando de ser feita porque o preço havia se
afastado muito do inicialmente pretendido e o investidor não tinha mais coragem de comprar. Você tem
idéia do motivo disso tudo? Posso afirmar com segurança que a resposta é simples para quem sabe
ler um gráfico, mas impossível para quem não sabe.

Quando você pega um ônibus, você observa o letreiro com o trajeto exposto no vidro dianteiro antes
de subir, não observa? Ou vai entrando sem olhar? O ato de fixar um preço de compra e permanecer
congelado ou correndo atrás é como entrar num ônibus sem saber o seu destino. Quando se entra
num ônibus deve-se saber antecipadamente para onde ele vai, do mesmo modo que ao comprar uma
ação é preciso ter uma idéia de onde ela começa a se mover mais rápido e até onde pode chegar.

Se você pretende comprar uma ação por R$1,10, mas só tem vendedor a R$1,15 parece natural que
você relute em pagar um ágio de 4,5%. Mas se souber que está comprando um ativo com perspectivas
de uma subida para R$3,00 será que relutará em pagar esses 4,5% de pedágio para entrar logo no
jogo? Tenho certeza de que não, reluta-se em pagar um pedágio na compra de uma ação porque no
fundo não se tem a menor idéia de até onde ela poderá subir.

Este problema é facilmente solucionado com a análise dos gráficos de preços. É evidente que, assim
como o ônibus que você pegou para chegar num endereço pode quebrar antes de chegar lá, um mo-
vimento de preço também pode não alcançar o objetivo esperado. Se o ônibus quebrar no caminho,
você desembarca e aguarda o próximo. Da mesma forma, se o movimento do preço não evoluir de
acordo com a trajetória esperada você zera a operação e começa outras.

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Capítulo I - Autoavaliação

2. Comprar para cima e vender para baixo

Que tal comprar para cima e vender para baixo? Você seria capaz, depois de assistir nos últimos sete
meses uma ação valorizar cerca de 333%, subindo de 1,82 até 7,89, sendo que só no último mês subiu
cerca de 70% até alcançar seu topo histórico registrado em 2000, conforme gráfico da próxima página,
de seguir uma recomendação de compra que sugerisse comprar somente se o preço ultrapassar o topo
histórico?

3. Adição

Após comprar na ultrapassagem do topo histórico você teria coragem de ir adicionando novas posições
a cada novo ziguezague ascendente conforme o desdobramento abaixo?

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Capítulo I - Autoavaliação

4. Paciência de esperar o local certo para dar o bote

Que tal, se depois de atingir 19,39 cair para 9,21 quatro meses depois e, quando estivesse voltando a
subir e o preço estivesse por volta de 14,95, alguém lhe dissesse para não fazer nada porque seria mais
seguro aguardar a ultrapassagem do novo topo histórico para voltar a comprar? Você teria coragem?

Veja o que aconteceu em seguida:

Como você pode ver, depois de romper o novo topo histórico de 19,39, em quatro meses o preço subiu
cerca de 62%. Em seguida começou uma nova correção que parece ter deixado um fundo para trás e,
no momento em que escrevi este texto, o último preço de fechamento foi 16,40. Será que no dia em
que ultrapassar o novo topo histórico de 31,37 você terá embasamento técnico e confiança para saber
que, ao contrário do que se ouve falar por aí, comprar caro pode ser muito bom?

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Capítulo I - Autoavaliação

5. Padrão Simétrico

Baseando-se somente na leitura do padrão simétrico do gráfico a seguir, se um grafista lhe dissesse
que, em vez de comprar essa ação enquanto ela estivesse contida no interior da congestão entre
R$0,03 e R$0,37, ela deveria ser comprada por você apenas quando o preço ultrapassasse R$0,37,
porque provavelmente continuará subindo até R$4,54, você acreditaria na informação?

Ele poderia alegar que a partir do rompimento a subida deveria ganhar aceleração e rapidamente
chegar na faixa dos R$2,73, sofrendo então uma correção até próxima de 1,89 e que quando voltasse
a subir e ultrapassasse R$2,73 deveria chegar rápido no teste da resistência proporcionada pelo topo
intermediário de R$4,54. Com isto na sua frente você acreditaria na informação?

Vejam o que aconteceu em seguida:

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Capítulo I - Autoavaliação

Observe outro exemplo baseado no rompimento da resistência de uma congestão associado à


simetria:

Veja o que aconteceu no quarto pregão após o rompimento:

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Capítulo I - Autoavaliação

6. Comprar mais caro com trânsito livre pela frente ou mais barato com múltiplos
obstáculos pela frente?

Você seria capaz de deixar de comprar uma ação por um preço mais barato, vendo que pela frente existem
algumas resistências intermediárias que podem interromper temporariamente ou reverter uma tendência de
alta antes da ultrapassagem da resistência principal? Ou preferiria pagar 20% mais caro comprando acima
do Topo Histórico numa região com trânsito livre pela frente com uma perspectiva potencialmente altista?

Veja o que aconteceu:

Você teria comprado em torno de 28,31 e permanecido uns três meses vendo o preço cair e subir,
praticamente sem sair do lugar. Se tivesse optado por esperar o rompimento do topo histórico, veria o
lucro crescer rapidamente. A explicação para este fato é algo semelhante à de um foguete que quando
se desprende da zona de gravidade da Terra e entra no vácuo não encontra resistências pela frente!
Você consegue ficar diante do monitor sem ficar tentado a operar a cada aumento da volatilidade? Você
tem paciência de esperar o momento certo para dar o bote ou você quer comprar sempre que acha que
um preço já caiu muito e ficou barato?

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Capítulo I - Autoavaliação

7. Você seria capaz de realizar um prejuízo e achar que faz parte do jogo?

Você consegue realizar um prejuízo de 10% em poucos dias e continuar sorrindo sem se deixar abalar,
porque isso faz parte do jogo e para saber ganhar é preciso saber perder? Na continuação, se o preço
voltasse a subir logo após ter realizado o seu prejuízo de 10% e ultrapassasse o novo Topo Histórico
você teria coragem de recomprar a um preço superior do que o da primeira vez?

Se tivesse tido coragem ou conhecimento técnico veja o que teria acontecido em seguida:

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Capítulo I - Autoavaliação

8. Você seria capaz de comprar uma ação e ver o seu preço subir 20% em
dois ou três dias sem ter se aproximado de nenhuma resistência importante e
permanecer comprado esperando a primeira correção sem ficar tentado a botar
o lucro no bolso achando que já subiu muito?

Suponha que tenha comprado algumas ações da Copesul ON no dia em que o preço ultrapassou o
topo histórico de 12,54 pagando 12,61.

Sete dias depois o preço tinha subido cerca de 19% e achando que já tinha subido muito vendeu na máxima
a 15,01. Quem fez isso, durante três dias ficou se achando o mais esperto dos investidores quando viu que
havia vendido na máxima e que nos dias seguintes havia parado de subir e começado a cair.

Antes de mostrar o que aconteceu, peço que - em sã consciência - faça mentalmente um rápido
retrospecto das outras vezes que procedeu de modo idêntico e que deixou de acompanhar a sua
evolução a partir daí. Melhor ainda, se depois de ter vendido e notado que o preço voltou a subir, teve
coragem de recomprar mais caro do que havia vendido quando achou que já tinha subido muito.

Como você pode ver, se simplesmente tivesse adotado como estope (nível de preço onde encerra uma
operação) da operação o fundo anterior teria prosseguido comprado até 20,35 e auferido um lucro de
61% em vez dos 19% que obteve e ainda poderia ter recomprado quando o novo Topo Histórico de
22,43 foi ultrapassado e lucrado mais outro tanto.

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Capítulo I - Autoavaliação

9. Notícias atrapalham muito mais do que ajudam...

Você se sentiria tentado a comprar uma ação de uma empresa após ter conhecimento de uma excelente
notícia de fonte oficial para ela? No dia 01/04/05, depois de encerrado o pregão, o mercado foi informado
do acordo feito entre a Vale do Rio Doce e o grupo Thiessen para um reajuste com acréscimo no preço
de venda do minério de ferro variando de 71 a 79% que, a partir daquele momento, passou a ser o novo
preço de referência para os demais compradores. Você compraria no dia seguinte em que a notícia foi
conhecida pelo mercado?

Veja o que aconteceu em seguida:

A imagem fala por si só... mas, faz sentido que o valor da empresa caia quase para a metade após o
seu principal produto de venda sofrer uma valorização média de 75%, permanecendo todas as demais
condições constantes? Esta é uma das horas em que a análise fundamentalista entorta um!

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Capítulo I - Autoavaliação

10. Guerra é baixista ou altista?

Você se sentiria tentado a vender uma ação diante de uma má notícia? Imagina que exista algo
psicologicamente mais baixista do que uma guerra mundial? Pois bem, na janela a seguir, você poderá
ver o gráfico mensal do Índice Dow Jones cobrindo 22 anos ininterruptos de mercado, contendo o início
e o fim da Segunda Guerra Mundial no seu interior. Seria capaz de me mostrar com base no gráfico e
nos seus sentimentos onde essa guerra começa e termina?

Veja a resposta na próxima página.

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Capítulo I - Autoavaliação

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Capítulo I - Autoavaliação

E a Primeira grande guerra, você seria capaz de me mostrar onde ela está contida no gráfico mensal
do Dow Jones a seguir?

Veja a resposta na próxima página.

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Capítulo I - Autoavaliação

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Capítulo I - Autoavaliação

Que tal a guerra da Coréia?

Veja a resposta na próxima página.

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Capítulo I - Autoavaliação

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Capítulo I - Autoavaliação

11. E que tal a morte de um presidente idolatrado pelos seus conterrâneos? Tente
determinar onde se deu a morte do Presidente Kennedy no gráfico a seguir:

Veja a resposta na próxima página.

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Capítulo I - Autoavaliação

O presidente morreu em 22/11/1963 e a bolsa subiu cerca de 40% nos quinze meses seguintes.

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Capítulo I - Autoavaliação

E que tal a morte do Presidente Tancredo Neves?

Veja a resposta na próxima página.

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Capítulo I - Autoavaliação

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Capítulo I - Autoavaliação

12. Você acredita nos jornalistas que vivem repetindo (sem saber sobre o que
falam ou escrevem) que investir em ações é um investimento de longo prazo?

O gráfico acima começa em 1955 quando foi criado o Índice da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro
(IBVRJ). Foi o primeiro índice criado para medir a evolução do mercado de ações no Brasil. Está
apresentado numa base mensal indexado pelo IGP-DI para descontar a inflação do período. Se você
tivesse formado uma carteira de ações equivalente à composição do índice aplicando um capital de
100 unidades nas proximidades de junho de 1971 e permanecido comprado até 1981 teria visto o
seu patrimônio cair de 100 para 6,75 unidades. Você ainda acha que o investimento em ações é um
investimento de longo prazo?

Eles não desconfiam que esteja faltando uma vírgula e um complemento. Assim, continuarão enganando
os menos informados. O correto seria escrever: “O investimento em ações é um investimento de longo
prazo, se você entrar no final de um ciclo de baixa ou no início de um ciclo de alta”.

Como você pode ver pelos exemplos anteriores, más notícias necessariamente não significam quedas
para as bolsas e nem boas notícias significam altas. Um mesmo evento pode ser baixista ou altista!
Tudo vai depender do momento da sua ocorrência! Se o relógio do mercado estiver marcando alta,
uma má notícia vai representar uma boa oportunidade de compra e se estiver marcando baixa uma boa
notícia vai proporcionar uma boa oportunidade de venda.

Se você não sabe a hora que o relógio do mercado está marcando, não poderá fugir da armadilha
provocada pelas notícias, sempre induzindo o público a comprar quando é hora de vender e vice-
versa.

Estes são apenas alguns exemplos, dos vários que eu poderia citar, para reforçar o que disse no início
dessa conversa. Se vocês respondeu “sim” para todos os casos apresentados, certamente já tem um
bom conhecimento de Análise Técnica. Mas, se a maioria das respostas foi negativa ou se você ficou
em dúvida, tenho certeza de que este livro será um marco na sua vida, que ele fará a transição da
escuridão para a luz. Pode ser que não seja só isso, mas certamente verá por aqui o suficiente para
que ao final do livro possa ver a luz no final do túnel e que, com alguma prática e muita disciplina, você
se transforme num vencedor sistemático do mercado.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

Capítulo II: A base do Jogo do Mercado

1. A leitura de um gráfico

A alfabetização de um indivíduo começa pelo aprendizado das vogais, depois das consoantes, depois
das sílabas, depois das palavras, depois das frases e finalmente pela interpretação do texto.

Na leitura de um gráfico de preços o processo é semelhante, só que em vez de letras iremos aprender
inicialmente o significado das barras estáticas e depois em movimento, os pontos de retorno, o que
são os topos e os fundos, o que são os suportes e as resistências, o que são as tendências etc., até
chegarmos ao estágio da leitura das frases, ou da análise completa de um gráfico.

2. O tabuleiro do jogo

O jogo do mercado será jogado num tabuleiro delimitado por dois eixos perpendiculares. O eixo vertical
representará a escala dos preços e o eixo horizontal a escala do tempo.

3. Construção de uma barra de preços – a peça do jogo

As peças do jogo serão as barras de preços geradas ao longo de diferentes períodos de tempo que
representam as oscilações dos preços das diferentes empresas e ativos negociados nas bolsas de
valores e mercadorias.

Vamos supor, por exemplo, que você e alguns amigos se juntaram para criar uma empresa com a razão
social de Aplicar.com Investimentos Imobiliários Virtuais S/A para atuar na área de intermediação
da compra e venda de imóveis. Depois de alguns anos de sucesso, decidiram ampliar o negócio
ingressando também na área da construção civil. Cientes da necessidade de mais capital para os
novos empreendimentos, em vez de recorrerem aos empréstimos bancários, decidiram abrir o capital
da empresa atendendo a todas as condições da boa prática de gerência corporativa através de uma
oferta pública (Initial Public Offering – IPO) vendendo para o mercado 30% das ações ordinárias do
capital da empresa.

No dia do lançamento na bolsa, sob o código de negociação de APLI3, seu preço variou do primeiro
negócio a R$10,00 até o último a R$12,00, passando por uma máxima de R$12,50 e por uma mínima
de R$9,50.

Utilizando o tabuleiro do Jogo do Mercado todos os negócios do primeiro dia de negociação na bolsa
ficaram assim registrados:

29
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

No gráfico acima, pode-se ver a sequência de cada negócio realizado com a APLI3 no dia de estréia
das suas ações na bolsa. Este gráfico é denominado de “Gráfico tic-a-tic” e representa a menor
periodicidade em que um gráfico de preços pode ser construído. Partindo-se das informações tic-a-
tic (negócio a negócio), poderemos construir gráficos de barras em qualquer periodicidade. As mais
comuns intra-dia são: 1 minuto, 5 minutos, 15 minutos, 30 minutos e 60 minutos. Depois, a diária, a
semanal e a mensal. Nos dois diagramas a seguir, você poderá ver o processo de transformação para
as periodicidades acima mencionadas.

Partindo dos negócios tic-a-tic vamos construir a primeira barra na periodicidade de “um minuto” de
negociação. Para tanto, vamos considerar todos os negócios feitos durante o primeiro minuto após o
início dos negócios, aqui representados pelos seis primeiros pontos contidos no início do diagrama
I. Para transformá-los numa barra de preços vertical será necessário imaginar que colocaremos um
calço antes do primeiro ponto e outro depois do último e em seguida os prensaremos lateralmente até
formarem uma barra vertical que incluirá todos os negócios ocorridos durante o primeiro minuto de
negociação. Seu aspecto ficará assim:

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

Os seis pontos tic-a-tic prensados formando uma barra na periodicidade de 1 minuto.

Seguindo a mesma lógica, poderemos formar barras de preços de diferentes periodicidades. Basta
considerar todos os negócios feitos durante a periodicidade desejada e prensá-los de modo a formarem
uma barra vertical que conterá todos os negócios feitos durante o período de tempo selecionado. Num
mesmo dia, o preço de abertura da primeira barra de 1 minuto, de 5 minutos, de 15 minutos, horária
e diária será o mesmo. Mas, a partir da segunda barra, os preços de abertura nas periodicidades intra-
dia poderão ser diferentes.

Vejamos uns exemplos de gráficos intra-dia da Petrobrás PN nas periodicidades de 5, 15, 30 e 60


minutos:

31
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

Na metodologia que será mostrada ao longo deste livro, só trabalharemos com gráficos nas
periodicidades diária, semanal e mensal, conforme janela abaixo:

Observações:

1) A definição da periodicidade desejada vai determinar a velocidade das operações. Quanto


menor o intervalo de tempo, maior o número de vezes em que poderá entrar e sair do mercado
ou, se preferir, maior a adrenalina ou o grau de estresse, ou ainda, maior o tempo de permanência
diante do monitor.

2) Se no decorrer de uma semana de pregão o mercado só funcionar um dia, as barras do gráfico


diário e semanal serão idênticas. Se funcionar menos de cinco dias, a barra semanal assumirá a
abertura da primeira barra, a máxima e a mínima entre todas e o fechamento da última. A mesma
lógica se aplica a qualquer outra periodicidade.

Tendo examinado como se formam as barras de preço, vamos agora tentar entender o seu significado.

4. O significado ou a leitura de uma barra de preços

Uma barra de preços, simbolizada por uma barra vertical, é o


registro pictográfico da atividade do preço de um ativo financeiro
durante um período de tempo, onde cada preço é um consenso
momentâneo de valor de todos os participantes do mercado,
expresso em movimento. Vamos considerar a barra de preços
diária do primeiro dia de negócios com as ações da Aplicar.com

Cada barra de preço fornece alguns pedaços de informação sobre


o equilíbrio de forças entre compradores e vendedores. Para
que entenda um gráfico, você precisa saber interpretá-la. Vamos
imaginar uma barra de preço que reflita o período de um dia de
pregão. Na barra vertical, através de um traço (tic) horizontal à sua esquerda está representado o nível
de preço do primeiro negócio do dia, a abertura a 10,00. O último negócio do dia, o fechamento a 12,00,
é representado por um tic horizontal à sua direita. As extremidades representam respectivamente a
máxima de 12,50 e a mínima de 9,50 atingidas neste dia.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

Os traços horizontais, por convenção, representam a abertura e o fechamento e são fáceis de entender
como surgem, mas como se formam os extremos? O extremo superior (a máxima) se formou quando a
disposição dos compradores em pagar preços cada vez mais altos foi sobrepujada pela força de venda
contrária dos vendedores naquele nível. Ou seja, o preço sobe até um determinado nível, em princípio
desconhecido, que uma vez atingido mobiliza uma massa de vendedores cujo desejo (volume) de
venda impede que o preço siga adiante. O extremo inferior se forma de modo inverso. Mais adiante
retornaremos ao assunto. Antes vamos fazer alguns exercícios de fixação do que foi visto até aqui para
em seguida prosseguir e terminar o Capítulo I.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO DO CAPÍTULO II:

1. Separadas por duas barras paralelas que abrangem os negócios feitos numa periodicidade de um
minuto segue abaixo uma seqüência cronológica de dados tic-a-tic correspondente aos primeiros
quinze minutos de pregão de uma segunda-feira.

1,00; 1,01; 1,00; 1,01; 1,02 // 1,01; 1,02; 1,02; 1,03; 1,03 // 1,04; 1,03; 1,02; 1,03; 1,04 // 1,05; 1,05;
1,04; 1,03; 1,04 // 1,04; 1,05; 1,06; 1,05; 1,05 // 1,05; 1,04; 1,04; 1,03; 1,03 // 1,03; 1,03; 1,04; 1,03; 1,04
// 1,05; 1,06; 1,05; 1,06; 1,07 // 1,07; 1,06; 1,07; 1,08; 1,07 // 1,07; 1,08; 1,08 // 1,09; 1,08; 1,07; 1,07;
1,08; 1,09 // 1,09; 1,09; 1,08; 1,07 // 1,06; 1,06; 1,06; 1,07 // 1,08; 1,09; 1,10; 1,09; 1,07 // 1,07; 1,07;
1,06; 1,05; 1,06.

Pede-se:
a) Utilizando o papel quadriculado abaixo, defina as escalas do tabuleiro do jogo e construa o
gráfico tic-a-tic, utilizando todos os dados acima:

b) Construa a seguir os gráficos nas periodicidades de 1 minuto, 3 minutos e 5 minutos, incluindo


os tics de abertura e fechamento em todas as barras.

2. Baseado nos dados diários abaixo e nos preços de abertura e fechamento, construa as respectivas
barras de preços.
a) 10,00; 10,50; 11,00; 9,50 — o dia fechou em alta em relação à última vez que foi negociada.
b) 10,00; 10,50; 11,00; 9,50 — o dia fechou em baixa.
c) 10,00; 11,00; 9,50; 10,80 — o dia fechou em alta.
d) 10,00; 11,00; 11,00; 10,00 — o dia fechou em alta.
e) 10,00; 11,00; 10,00; 11,00 — o dia fechou em baixa.
f) 10,00; 11,00; 10,00; 10,50 — o dia fechou em alta em relação ao dia anterior.
g) 10,00; 9,00; 11,00; 10,00 — o dia fechou neutro.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

a) 9,50; 11,00; 10,50; 9,00 — o dia fechou em baixa em relação à última vez que foi negociada.
b) 11,00; 10,00; 11,00; 11,00 — o dia fechou neutro.
c) 9,00; 11,00; 9,00; 9,00 — o dia fechou neutro.

3. Ao longo de um dia de pregão qual das periodicidades abaixo terá gerado mais pontos de entrada
e saída no mercado?
c) Semanal.
d) Diária.
e) 15 minutos.
f) Horária.

4. Numa barra de preços qual é o significado dos dois traços horizontais?


f) Máxima e Mínima.
g) Suporte e resistência.
h) Os preços de abertura e fechamento.
i) Nenhuma delas.

5. Utilizando a série diária abaixo, construa o gráfico diário, o semanal e o mensal na folha de exercícios.
Dica: para definir a escala de preços dê uma observada e tente identificar o intervalo entre a máxima e
a mínima na tabela abaixo.

DATA ABT MÁX MÍN FEC DATA ABT MÁX MÍN FEC
03/09/07 51.80 52.40 51.70 52.00 04/10/07 58. 00 59.40 56.80 58.70
04/09/07 52.00 53.90 51.70 53.30 05/10/07 59.90 61.50 59.50 61.10
05/09/07 52.40 53.40 52.40 53.00 08/10/07 61,00 62.00 60.70 61.80
06/09/07 54,00 54.50 53.40 53.60 09/10/07 62.30 63.20 62.20 63.10
10/09/07 52.70 53.00 51.70 52.30 10/10/07 62.80 65.40 62.50 65.20
11/09/07 53.30 54.20 52.70 53.90 11/10/07 66.50 66.90 63.40 64.70
12/09/07 53.80 55.20 53.30 54.20 15/10/07 66.00 67.30 65.90 67.10
13/09/07 54.60 55.20 54.50 54.90 16/10/07 66.50 68.10 66.40 66.50
14/09/07 54.40 55.10 53.40 53.90 17/10/07 67.60 67.90 65.30 67.50
17/09/07 53.60 54.20 53,00 54.00 18/10/07 66.20 67.40 65.80 67.00
18/09/07 54.50 56.90 54.30 56.40 19/10/07 67.10 67.30 63.00 63.00
19/09/07 57.40 57.80 55.90 56.30 22/10/07 61.10 63.20 60.60 62.60
20/09/07 56.50 56.80 55.70 56.30 23/10/07 63.70 64.70 63.20 64.50
21/09/07 57.30 58.00 56.90 58.00 24/10/07 63.60 67.40 63.60 67.20
24/09/07 58.40 59.50 58.10 59.50 25/10/07 67.40 68.30 66.60 68.10
25/09/07 59.00 59.10 58.20 58.60 26/10/07 69.90 71. 50 69.20 71.10
26/09/07 59.00 59.60 58,00 59.30 29/10/07 71.50 74.00 71.50 72.80
27/09/07 60.00 60.00 59.00 59.80 30/10/07 72.30 73.50 69.60 70.00
28/09/07 59.30 60,00 58.20 58.70 31/10/07 71.10 73.70 70.30 72.00
01/10/07 58.60 59.90 58.00 59.80 01/11/07 71.00 72.10 69.90 71.40
02/10/07 59.50 60.60 58.90 60.20 05/11/07 70.00 70,50 67.90 68.10
03/10/07 59.60 60.50 58.20 58.20 06/11/07 70.00 70.30 68.70 70.00

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

6. A tela abaixo contém quatro janelas de um mesmo ativo nas periodicidades horária, diária, semanal
e mensal. Observando apenas o seu desdobramento seria capaz de classificá-las?

7. Sabendo que as cotações abaixo foram extraídas a cada cinco minutos durante um dia inteiro de
pregão forneça: a) as barras de 15 minutos; b) as barras de meia hora; c) as barras de hora.

HORÁRIO A MA MI F HORÁRIO A MA MI F HORÁRIO A MA MI F


10:00 10:05 32,25 32,26 32,20 32,26 12:00 12:05 32,10 32,14 32,02 32,03 15:00 15:05 31,78 31,80 31,76 31,78
10:05 10:10 32,26 32,35 32,25 32,32 12:05 12:10 32,04 32,06 31,96 32,01 15:05 15:10 31,76 31,78 31,63 31,74
10:10 10:15 32,30 32,35 32,25 32,26 12:10 12:05 32,01 32,06 31,96 31,99 15:10 15:15 31,74 31,74 31,66 31,69
10:15 10:20 32,26 32,30 32,20 32,28 12:15 12:10 32,00 32,05 31,97 32,02 15:15 15:20 31,70 31,80 31,70 31,80
10:20 10:25 32,26 32,29 32,12 32,16 12:20 12:15 32,01 32,05 32,00 32,00 15:20 15:25 31,80 31,81 31,73 31,77
10:25 10:30 32,19 32,24 32,16 32,20 12:25 12:20 32,00 32,00 31,95 31,95 15:25 15:30 31,78 31,86 31,77 31,86
10:30 10,35 32,20 32,30 32,20 32,24 12:30 12:25 31,95 31,97 31,82 31,85 15:30 15:35 31,85 31,85 31,83 31,85
10:35 10:40 32,23 32,25 32,15 32,18 12:35 12:30 31,86 31,88 31,84 31,87 15:35 15:40 31,84 31,87 31,83 31,86
10:40 10:45 32,17 32,19 32,06 32,06 12:40 12:35 31,85 31,85 31,78 31,79 15:40 15:45 31,85 31,85 31,80 31,80
10:45 10:50 32,08 32,15 32,05 32,08 12:45 12:40 31,80 31,80 31,66 31,72 15:45 15:50 31,79 31,82 31,79 31,82
10:50 10:55 32,08 32,13 31,98 32,00 12:50 12:45 31,73 31,77 31,70 31,72 15:50 15:55 31,84 31,87 31,81 31,86
10:55 11:00 31,98 32,09 31,96 32,06 12:55 13:00 31,72 31,73 31,62 31,66 15:55 16:00 31,87 31,87 31,82 31,82
11:00 11:05 32,06 32,10 31,95 31,99 14:00 14:05 31,66 31,75 31,66 31,75 16:00 16:05 31,87 31,95 31,8 31,95
11:05 11:10 32,00 32,00 31,92 31,96 14:05 14:10 31,75 31,82 31,75 31,81 16:05 16:10 31,94 31,98 31,90 31,90
11:10 11:15 31,95 31,95 31,76 31,85 14:10 14:15 31,82 31,86 31,78 31,86 16:10 16:15 31,91 31,94 31,86 31,92
11:15 11:20 31,86 32,00 31,84 31,97 14:15 14:20 31,85 31,85 31,80 31,83 16:15 16:20 31,91 31,94 31,89 31,94
11:20 11:25 32,00 32,03 31,97 32,00 14:20 14:25 31,82 31,82 31,73 31,77 16:20 16:25 31,93 31,95 31,88 31,88
11:25 11:30 32,00 32,02 31,97 32,01 14:25 14:30 31,77 31,85 31,77 31,82 16:25 16:30 31,88 32,00 31,88 31,99
11:30 11:35 32,01 32,10 32,00 32,10 14:30 14:35 31,81 31,82 31,72 31,72 16:30 16:35 32,00 32,00 31,93 31,96
11:35 11:40 32,10 32,18 32,09 32,12 14:35 14:40 31,73 31,82 31,68 31,78 16:35 16:40 31,98 32,00 31,94 31,98
11:40 11:45 32,12 32,14 32,05 32,09 14:40 14:45 31,76 31,80 31,75 31,78 16:40 16:45 31,99 32,08 31,99 32,05
11:45 11:50 32,09 32,09 32,02 32,08 14:45 14:50 31,79 31,84 31,76 31,82 16:45 16:50 32,05 32,08 32,04 32,08
11:50 11:55 32,07 32,08 31,98 32,06 14:50 14:55 31,82 31,82 31,77 31,78 16:50 16:55 32,09 32,09 32,05 32,06
11:55 12:00 32,06 32,13 32,06 32,10 14:55 15:00 31,78 31,79 31,75 31,79 16:55 17:0 32,05 32,05 31,95 32,00
31,93l
8. Numa semana, foi feriado na segunda e na sexta-feira. Nos dias restantes o ativo apresentou as
seguintes variações diária de preços mantendo a sequencia abertura, máxima, mínima e fechamento:

Terça-feira: 2,40/2,55/2,40/2,50; quarta-feira: 2,51/2,55/2,45/2,45; quinta-feira: 2,45/2,45/2,30/2,35.

Qual é a abertura, a máxima, a mínima e o fechamento da barra semanal?

37
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO PARCIAL DO CAPÍTULO II:

1a.

1b.

2.

3. C

4. H

38
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

5.

39
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

6.

7 (a)

10:00 a 10:15: 32,25/32,35/32,20/32,26;


10:15 a 10:30: 32,26/32,30/32,12/32,20;
10:30 a 10:45: 32,20/32,30/32,06/32,06;
10:45 a 11:00: 32,08/32,15/31,96/32,06:
11:00 a 11:15: 32,06/32,10/31,76/31,85;
11:15 a 11:30: 31,86/32,03/31,84/32,01;
11:30 a 11:45: 32,01/32,18/32,00/32,09;
11:45 a 12:00: 32,09/32,13/31,98/32,10;
12:00 a 12:15: 32,10/32,14/31,96/31,99:
12:15 a 12:30: 32,00/32,05/31,95/31,95;
12:30 a 12:45: 31,95/31,97/31,78/31,79;
12:45 a 13:00: 31,80/31,80/31,62/31,66;
14:00 a 14:15: 31:66/31,86/31,66/31,86;
14:15 a 14:30: 31,85/31,85/31,73/31,82;
14:30 a 14:45: 31,81/31,82/31,68/31,78;
14:45 a 15:00: 31,79/31,84/31,75/31,79:
15:00 a 15:15: 31,78/31,80/31,63/31,69;
15:15 a 15:30: 31,70/31,88/31,70/31,86;
15:30 a 15:45: 31,85/31,87/31,80/31,80;
15:45 a 16:00: 31,79/31,87/31,79/31,82;
16:00 a 16:15: 31,87/31,98/31,86/31,92;
16:15 a 16:30: 31,91/32,00/31,88/31,99;
16:30 a 16:45: 32,00/32,08/31,93/32,05;
16:45 a 17:00: 32,05/32,09/32,04/32,00.

7 (b)

10:00 a 10:30: 32,25/32,35/32,12/32,20;


10:30 à 11:00: 32,20/32,30/31,96/32,06;
11:00 a 11:30: 32,06/32,10/31,76/32,01;
11:30 a 12:00: 32,01/32,18/31,98/32,10;
12:00 a 12:30: 32,10/32,14/31,95/31,95;
12:30 a 13:00: 31,95/31,97/31,62/31,66;

40
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

14:00 a 14:30: 31,66/31,86/31,66/31,82;


14:30 a 15:00: 31,81/31,84/31,68/31,79;
15:00 a 15:30: 31,78/31,88/31,63/31,86;
15:30 a 16:00: 31,85/31,87/31,79/31,82;
16:00 a 16:30: 31,87/32,00/31,86/31,99;
16:30 a 17:00: 32:00/32,09/31,93/32,00;

7 (c)

10:00 a 11:00: 32,25/32,35/31,96/32,06;


11:00 a 12:00: 32,06/32,18/31,76/32,10;
12:00 a 13:00: 32,10/32,14/31,62/31,66;
14:00 a 15:00: 31,66/31,86/31,66/31,79;
15:00 a 16:00: 31,78/31,88/31,63/31,82;
16:00 a 17:00: 31,8732,09/31,86/32,00.

8. 2,40/2,55/2,30/2,35.

41
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

5. Ponto de retorno, Topo, Fundo, Resistência e Suporte

Uma vez entendido a construção de uma barra de


preços podemos seguir adiante. No segundo dia
de negociação da Aplicar.com, daqui em diante
APLI3, o preço continuou subindo. Ao ultrapassar
a máxima atingida no dia anterior deu um sinal de
força porque na véspera as forças vendedoras que
impediram a continuação da alta além daquele
nível foram absorvidas e subjugadas se retraindo
no segundo dia. No terceiro dia o preço continuou
subindo em nova demonstração de força
ascendente. Finalmente, no quarto dia, o preço
não teve força para ultrapassar a máxima atingida
no terceiro dia e, além disso, fez mais, penetrou
e fechou abaixo da mínima do dia anterior, numa demonstração de fraqueza (ou de força descendente),
já que do mesmo modo que o extremo superior de uma barra traduz um limite, um impedimento para
prosseguir subindo, o extremo inferior traduz um limite, um impedimento para continuar caindo.

O que você imagina que provocou a ultrapassagem da máxima do dia anterior ou a penetração da
mínima do dia anterior? Que força gerou os rompimentos? Trocando em miúdos, o que você acha que
provoca uma subida ou uma queda dos preços? Nos cursos que ministrei nos últimos dez anos sempre
fiz esta pergunta e sempre obtive a mesma resposta. Seguidamente me respondiam que o preço subia
pela pressão de compra (muitos compradores) e caía pela pressão de venda (muitos vendedores).

Acho que a história que contarei a seguir vai facilitar bastante o entendimento da formação das máximas
e mínimas de preços, porque sua assimilação será muito importante na definição das estratégias
operacionais e na colocação dos estopes.

Durante alguns anos morei sozinho num sítio que possuía em Teresópolis, no povoado de Bonsucesso,
no Km 28 da estrada Teresópolis-Friburgo. Fui para lá num momento complicado da minha vida sem
saber muito bem o que fazer dela. No início fiquei muitos dias sem fazer nada, apenas vendo o tempo
passar e esperando que acontecesse alguma coisa que me motivasse. Uma tarde, Manoel, meu caseiro
havia muitos anos, me disse que o seu irmão Francisco, vulgo “Chico Totoura”, estava querendo me
propor um negócio e se eu poderia recebê-lo para que me explicasse pessoalmente do que se tratava.

O Chico possuía uma Kombi fechada e trabalhava como atravessador de produtos agrícolas. A economia
daquela região serrana era movida pela produção agrícola oriunda de pequenas lavouras familiares
e, como a maioria dos lavradores não tinha um meio de transporte próprio para comercializar o que
plantavam e colhiam, seu trabalho consistia em fazer isso por eles transportando as pequenas safras
de alface, tomate, pimentão, couve-flor, repolho etc. até o Ceasa-RJ para vendê-las aos atacadistas.
Na volta, tirava a sua comissão e entregava a maior parte do produto da venda para os lavradores.

Embora não conhecesse o Chico pessoalmente, sabia um pouco da sua história pelo Manoel. Concordei em
recebê-lo no dia seguinte no meio da tarde em minha casa. Meu sítio tinha uma área aproximada de uns 18
alqueires geométricos, algo em torno de 870.000 m2 e num trecho limítrofe à estrada Teresópolis-Friburgo
havia uma baixada bem plana equivalente à área de uns dois campos de futebol, que na época era mato.

Para não me alongar, acabamos formando uma sociedade e plantamos uma grande lavoura de alface
na área que foi desmatada. Só para dar uma idéia, quatro vezes por semana lotávamos um caminhão
Mercedez Benz 1213 com dois eixos com pregadinhos1* de alface e íamos vender no Ceasa-RJ. Para
encher um pregadinho, normalmente se colocam 48 pés de alface. Quando a alface está muito graúda
consegue-se enchê-lo com apenas 36 pés.

*
Pregadinho é um caixote feito de ripas alternadas com espaços vazios para que a alface possa
respirar durante o transporte e não se deteriore.

42
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

O processo de comercialização começava pelo aluguel da pedra, uma área retangular de uns 2x3m
demarcada no chão de um grande galpão onde se empilhavam os pregadinhos. Em seguida, vinham
os comerciantes e começava a batalha do preço até que houvesse um consenso.

É de se imaginar que quanto mais bonito estivesse o pé de alface maior seria o preço de venda. Mas
não era nada disso que acontecia. A alface é uma hortaliça com um ciclo aproximado de sessenta dias
entre o semeio e a colheita. Quando chegávamos no Ceasa com pés de alfaces lindos, tipo 36 pés por
pregadinho, achando que iríamos arrebentar na venda, na maioria das vezes era uma grande decepção,
porque além de nós, a torcida do Flamengo também chegava com produto da mesma qualidade e havia
muita oferta. Infelizmente, depois de cortado, se não for vendido no mesmo dia, o pé começa a melar e
perde muito do seu valor comercial. Os compradores, sabendo disso, forçavam o preço para baixo. Ou
se vendia no preço estabelecido pelos compradores ou se perdia a carga com um prejuízo razoável!

Sendo uma cultura muito sensível às intempéries, quando chovia granizo ou quando geava sobre a
lavoura, as folhas externas ficavam queimadas ou meladas e a maior parte da safra se perdia. Mas, como
precisávamos vender regularmente, arrancávamos as folhas estragadas reduzindo o tamanho da cabeça
da alface a tal ponto que para encher um pregadinho necessitávamos de uns sessenta pés de alface.

Apesar do estrago, enchíamos o caminhão e íamos para o Ceasa na expectativa de que o dano
provocado pela geada ou pela chuva de granizo tivesse atingido também outras regiões produtoras.
Quando isto acontecia era festa no céu! Poucos tinham alface para vender e mesmo com o aspecto
horroroso o preço batia nas nuvens, porque agora os compradores é que ficavam à nossa mercê.
Bonito ou feio, os feirantes, quitandeiros, supermercados etc. precisavam ter o produto para venda e a
escassez atuava sobre o preço a favor do produtor.

Como já deve ter percebido nesta altura, o que faz o preço de um ativo subir, seja ele da alface
ou das ações, é a escassez da oferta e não a forte demanda. O inverso, também é verdade, o que
faz um preço cair é a ausência de compradores e não a forte presença dos vendedores.

Embora o estudo dos padrões gráficos convencionais não vá fazer


parte deste livro (se desejar conhecê-los encontrará material de leitura
no meu primeiro livro), existem dois padrões gráficos denominados
Triângulo Ascendente e Triângulo Descendente que também podem
ajudar a esclarecer este ponto. Para nosso exemplo, vou usar o Triângulo
Ascendente representado no diagrama ao lado. Observando-o, você
poderá verificar que cada vez que o preço atinge o nível do primeiro
ponto de retorno, não consegue ultrapassá-lo e volta a cair e que cada
vez que cai forma um ponto de retorno num nível cada vez mais alto.

A interpretação desse desdobramento é a seguinte: existe um (ou mais) vendedor(es) com um plano de
venda num preço fixo correspondente à máxima atingida no primeiro ponto de retorno. Os compradores
estão assanhados, visto que a cada nova queda a disposição de compra parte de um nível cada vez mais
alto, representados por F1, F2, F3 e F4. Mas quando a disposição de compra chega no preço tabelado,
o volume das compras não é suficientemente grande para absorver a totalidade do lote disponível para
venda naquele preço máximo e volta a cair. O rompimento só irá acontecer quando a totalidade da
posição colocada à venda for absorvida e não houver mais vendedores naquele nível. Ou seja, o preço
só vai ultrapassar um determinado nível se não tiver mais vendas naquele nível de preço.

Como será primordial para a metodologia o perfeito entendimento de formação de preço, vou lhe
contar uma outra história pessoal sobre uma manipulação disfarçada num ativo de pouca liquidez em
que o preço subiu pela escassez de oferta.

Em 1970 um amigo me convidou para ir a um leilão de arte. Nesta época, era o Diretor-Presidente da
Corretora Multiplic e o meu patrimônio tinha crescido muito nos quatro anos anteriores (em valores de
hoje de zero a uns cem milhões de dólares) devido ao “boom” da bolsa de valores.

Até então, não tinha a menor idéia de como funcionava o mercado de artes nem conhecia nada a
respeito. Quando muito, sabia da existência do Portinari e de um tal de Di Cavalcanti que gostava de

43
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

pintar mulatas. O leilão seria realizado na “Petit Galerie” do marchand Franco Terranova, na Rua Barão
da Torre, em Ipanema. Chegamos cedo e nos sentamos numa das primeiras filas. Meia hora depois o
salão estava lotado e começou o leilão.

Naquela noite senti uma sensação muito agradável, acho que me senti rico! Enquanto o leilão
transcorria, percebi que poderia ter comprado qualquer um dos quadros leiloados até então. Um a
um, os quadros do catálogo foram sendo leiloados, alguns com disputas acirradíssimas, sem nenhum
encalhe. Assim como a bolsa, o mercado de arte também estava muito aquecido na época. Acho que
há uma correlação natural entre eles! Quase no final do leilão, o leiloeiro Ernani1* anunciou um quadro
extra-catálogo2** do pintor Félix Labisse – um francês que passou alguns anos trabalhando no Brasil
deixando um pequeno acervo antes de retornar para a França onde ficou famoso e valorizado – e que
segundo palavras do leiloeiro estaria avaliado de acordo com os últimos leilões registrados no Anuário
Internacional do Mayer3*** em torno de U$25.000,00.

Lembro-me como se fosse hoje que antes de iniciar a disputa, dirigiu-se ao Dr. Gilberto Chateaubriand,
um dos maiores colecionadores de arte brasileira, que estava sentado mais ao fundo, mencionando
que ele tinha um quadro de Félix na sua coleção, evidentemente para dar credibilidade ao pintor,
afirmação confirmada por um meneio da sua cabeça.

O lance inicial partiu de um valor equivalente na época a uns cinco mil dólares. A noite continuava divertida
e até aquele momento permanecia ali como um mero expectador. Na medida em que o preço foi subindo
fui convertendo o preço para o dólar da época e quando o preço chegou a U$10.000,00 só restavam
duas pessoas na disputa. Uma delas lançou U$10.500,00 e o outra não repicou. Ouvi o leiloeiro abrir a
contagem de dou-lhe uma, dou-lhe duas e não resisti, discretamente levantei a mão e ofertei U$11.000,00,
que logo foi coberta por U$11.500,00 pela outra que ainda estava na disputa. Subitamente, lá na mesa
onde estava o leiloeiro, o dono da Galeria e mais alguns convidados, vejo Franco falando com alguém
que entrou na disputa por telefone ofertar U$12.000,00. O outro licitante ofertou U$12.500,00 e, quando
o leiloeiro estava por bater o martelo, ofertei U$13.000,00. Dou-lhe uma, dou-lhe duas e finalmente
batendo o martelo, dou-lhe três! Havia acabado de comprar o meu primeiro quadro e estava muito feliz,
me achando muito esperto, imaginando ter conseguido uma barganha! Acabado o leilão, fiz um cheque
no valor da compra e pedi para colocarem o quadro no porta-malas do meu carro.

O episódio teria terminado ali, mas uma semana depois saiu no Jornal do Brasil na coluna social do Zózimo
Barroso do Amaral que um daqueles engravatados4∗∗∗∗ da Bolsa de Valores havia adquirido um quadro
do Félix Labisse por U$16.000,00, (na verdade havia pago U$13.000,00), quadro este que segundo as
cotações de outros leilões constantes do anuário do Mayer não poderia valer mais do que U$7.000,00.
Quando li a notícia me senti um babaca! Precisava encontrar o anuário para verificar se era verdade
antes de tomar qualquer atitude. Não foi fácil encontrá-lo. Era uma publicação estrangeira e depois de
passar por várias livrarias no centro da cidade e de já estar quase desistindo alguém me informou que
talvez pudesse encontrá-lo na Livraria Kosmos, especializada em livros de arte, na Rua do Rosário.

Lá chegando, fui atendido por um rapaz um pouco mais novo do que eu, chamado Norberto Geyerhan,
filho do dono e que coincidentemente estava começando a dar os primeiros passos na carreira de
marchand. Disse-lhe o que estava procurando e acabei encontrando. Comprei os dois volumes e ali
mesmo pude verificar que o Zózimo falara a verdade. Contei-lhe a história do ocorrido e acabamos
iniciando uma amizade comercial. Com os livros em meu poder, fui direto para o escritório do leiloeiro
Ernani, num prédio ao lado do Fórum, perto da livraria. Para a minha sorte, nos últimos dias ele vinha
anunciando nos jornais a inauguração, para uma data próxima, do “Palácio dos Leilões” numa grande
mansão que alugara e reformara na Praia do Flamengo.

Chegando ao seu escritório fui atendido por uma recepcionista que me anunciou. Sem demora fui
recebido e sem floreios fui direto ao assunto. Disse-lhe que comprara o quadro confiante na informação
que dera diante de umas trezentas pessoas de que o quadro estava avaliado em torno de U$25.000,00

1 *
Na época, o leiloeiro mais requisitado para os leilões de arte no Rio de Janeiro.
2 **
O quadro foi aceito para participar do leilão depois que o Catálogo já estava impresso.
3 ***
O anuário é uma publicação anual com o registro dos principais leilões ao redor do mundo fornecendo
o preço, as dimensões e a técnica utilizada.
4 ∗∗∗∗
No final da década de 60, as gravatas da moda eram bem mais largas do que o convencional.

44
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

segundo o anuário e mostrei-lhe o anuário onde valia mesmo era algo em torno de U$7.000,00. Para
não passar recibo contei que havia gostado do quadro e que não queria devolvê-lo, mas queria receber
os U$6.000,00 que tinha pagado a mais. Ameacei comprar um espaço grande no Jornal do Brasil e
revelar a todos o “imbróglio” em que me vi envolvido, caso os U$6.000,00 não me fossem devolvidos.
Contaria toda a história como está contada aqui. Na hora, pegou o telefone e ligou para Franco e
acertaram que cada um me devolveria U$3.000,00. Sai de lá levando a parte dele e fui para Ipanema
apanhar o resto com Franco na sua Galeria.

Chegando lá, ele veio com uma conversa de “cerca Lourenço” que estava duro e que não poderia
me devolver a diferença naquele momento, mas que nos próximos leilões, se eu comprasse algum
quadro o valor seria abatido da sua comissão de 5% até zerar a dívida. Teria então que comprar uns
U$60.000,00 de quadros para me ver quite. Como um bom cabrito não berra, aceitei o acordo e fui
embora. No primeiro leilão realizado na sua Galeria após este episódio adquiri umas gravuras no valor
de U$3.000,00. Findo o leilão, disse-lhe que estava ansioso para levar os quadros para a minha casa,
mas que não tinha trazido o talão de cheques e se haveria algum problema se voltasse para pagá-lo
no dia seguinte. Ele concordou. No dia seguinte lhe telefonei e disse que ele não me devia mais nada
e ficamos quite. Mais adiante, ainda lhe comprei um quadro do pintor Ismael Nery.

Dias após ter resolvido o problema convidei Norberto para vir a minha casa. Falamos um pouco sobre nossas
atividades e num certo momento da nossa conversa perguntei se ele não sabia da existência de nenhum
pintor brasileiro já falecido que tivesse prestígio, mas que tivesse uma obra pequena. Na hora me respondeu
que vinha pesquisando sobre um tal de Ismael Nery, falecido em 1934, que era considerado um pintor maldito
e que tinha deixado um acervo pequeno e que dificilmente existiriam mais de 100 pinturas a óleo.

Indaguei quanto devia valer cada óleo e se sabia de algum à venda. Disse que devido ao tamanho da
obra raramente aparecia um quadro à venda, mas que conhecia um crítico de arte chamado Antônio
Bento que tinha sido amigo do Ismael, estava terminando de escrever a sua biografia e que possuía oito
óleos. Numa conversa com Norberto revelou que estaria disposto a se desfazer deles por U$35.000,00
cada, desde que o comprador assumisse o compromisso de editar e publicar a biografia. Informou-me
também que havia um médico psicanalista em São Paulo que possuía cerca de 40 óleos e que através
dos seus quadros também estava escrevendo um livro sobre a sua personalidade, mas que estes
quadros não estariam à venda. Mencionou também um outro poderoso colecionador paulista que não
me recordo o nome, que possuía uns 30 óleos que também não estavam à venda. Feitas as contas
num relance, tomando por base o preço de U$35.000,00 de Antônio Bento, avaliei que se pudesse
comprar o resto de sua obra teria que investir cerca de U$1.000.000,00.

Pedi ao Norberto que entrasse em contato com Antônio Bento e algumas noites depois fomos à sua
casa no Horto Florestal. Sem delongas, saí de lá proprietário dos meus primeiros oito óleos do Ismael
Nery adquiridos por U$240.000,00, mais o compromisso de publicar um livro com a biografia do pintor,
na qual, certamente, escolheria um dos meus quadros para a capa do livro e os demais seriam exibidos
e valorizados. Além disso, pedi ao Antônio Bento que mantivesse segredo sobre a venda. Paguei uma
comissão ao Norberto e lhe autorizei a prosseguir na busca silenciosa por novas obras.

Cerca de um mês depois, Norberto me liga e diz que a escritora-poetisa Adalgisa Nery, viúva do pintor
estava querendo se desfazer do seu acervo pessoal para dividir o dinheiro com os seus dois filhos
Ivan, o mais velho e Emmanuel, o mais novo. Pedi que marcasse um encontro e alguns dias depois fui
ao seu apartamento em Botafogo, sendo recebido por ela e Emmanuel. Enquanto sorvíamos, um chá
perguntei o preço para levar os oito quadros. Pediu U$320.000,00. Levei por U$285.000,00.

Nos dois meses seguintes consegui comprar mais um do acervo pessoal de Franco Terranova por
U$30.000,00 e mais outros dois, de dois colecionadores particulares que não me recordo o nome,
também nessa faixa de preço.

Cinco meses após o início desta empreitada já tinha conseguido comprar 19 óleos, uma boa parte
do que seria possível e Norberto desconhecia outros proprietários. No começo, conforme havíamos
combinado, as buscas foram feitas em surdina, mas quando secaram as fontes conhecidas, autorizei-
lhe a sair em campo e procurar outros marchands, gerando uma demanda tipo bola de neve. Mas,
apesar do buchicho, não apareceu nenhum outro quadro.

45
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

Uma noite, numa discoteca chamada Zum-Zum, estava sentado numa mesa quando entra o colunista
Zózimo Barroso do Amaral, nesta altura, já meu conhecido, acompanhado da sua esposa e pintora
Márcia Barrozo do Amaral. Assim que os vi, convidei-os para sentarem à minha mesa. Como sabia que
o Zózimo era um apreciador da arte e que tudo começara devido à sua gozação, direcionei o nosso
papo para o assunto. Depois de algum tempo contei-lhe que graças à sua denúncia e gozação estava
me tornando um colecionador e que na semana anterior havia comprado de um colecionador paulista
um óleo do Ismael Nery por U$110.000,00 (uma mentira estratégica), sem solicitar-lhe sigilo.

Desnecessário dizer que dois ou três dias após o nosso encontro a notícia saiu publicada na sua coluna
no JB. Foi um espanto geral! Até então o quadro mais caro de conhecimento público de um pintor
brasileiro tinha sido um Portinari pintado no início da década de 40 (a fase mais valorizada) vendido
num leilão por U$230.000,00.

Pouco tempo depois houve um grande leilão em São Paulo e uma das estrelas da noite seria um
óleo do Ismael Nery. Depois de uma enorme disputa entre um membro da família Giobbi, grandes
construtores e na época riquíssimos, e outra pessoa que não me recordo o nome, ele foi arrematado
por U$250.000,00. Na semana seguinte foi tema de uma reportagem nas duas páginas centrais da
revista Manchete por ter batido todos os recordes do mercado de arte brasileiro, superando em preço
o até então imbatível Portinari!

Cerca de um ano após o início desta aventura, minhas operações a termo na bolsa me levaram à
bancarrota e precisei me desfazer dos meus ativos a toque de caixa. Mesmo assim, consegui vender
mal os meus 19 óleos para um espanhol radicado em São Paulo chamado José Paulo Dominguez que,
na época era o dono da maior Galeria de lá denominada Collecttio. Vendi o lote por U$2.600.000,00 e
hoje não conseguiria comprar um deles sequer por menos de U$1.500.000,00.

Se ao sentar-se à mesa para tomar o seu café da manhã desse de cara com uma das seguintes
manchetes estampada na primeira página do seu jornal: “Tornado F5 avança pela Flórida e arrasa
as plantações de laranja do principal centro produtor dos EUA”, ou ”A forte onda de calor sobre Mato
Grosso e Goiás devasta as plantações de Soja na região”, o que acha que aconteceria com o preço da
laranja ou da soja?

Se os cinco argumentos acima não foram suficientes para convencê-lo de que é a escassez que faz o
preço de um ativo subir, ainda posso recorrer a um sexto, mas que só fará sentido para quem já teve a
oportunidade de vivenciar esta experiência.

Imagine, agora, que estivesse posicionado na compra e que no noticiário noturno tomasse conhecimento
de uma notícia muito ruim para o mercado. Sendo um leigo, muito provavelmente pensaria em
vender toda a sua posição no dia seguinte. Mas, como todo o mercado teve conhecimento da mesma
informação, quando o pregão abriu no dia seguinte, as ofertas de compra estavam muito abaixo do
nível do fechamento do dia anterior e, pior ainda, os lotes oferecidos para compra eram mínimos, muito
menores do que a sua posição. Enquanto pensava se valia a pena ou não vender naquele preço, um
outro investidor mais rápido vendeu e a próxima oferta surgiu num nível mais baixo do que o anterior
ainda com um lote de compra mínimo. Na continuidade, devido à ausência de compradores, o preço
seguiu caindo de forma acelerada até atingir um nível onde começaram a surgir lotes maiores na
compra concomitante com a diminuição dos vendedores começando a se formar condições para um
breve repique que muito provavelmente será seguido por novas quedas. Nunca passou por isso? Se
vivenciou poderá entender melhor que a queda não foi provocada pela pressão de venda, mas sim pela
escassez de compra.

Entendida a mecânica da movimentação dos preços, podemos concluir que a máxima de uma barra
é um ponto em que a presença dos vendedores impõe uma pressão denominada resistência que
impede que o preço prossiga subindo e que a mínima de uma barra é um ponto em que a presença
dos compradores impõe uma pressão denominada suporte que impede que o preço continue caindo.
Ou seja, um preço sobe pela ausência de vendedores e cai pela ausência de compradores. Quando
a força contrária ao movimento em andamento passa a predominar cria uma barreira que impede, ao
menos temporariamente, que o preço prossiga evoluindo na direção prévia.

46
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

São estas pressões que vão criar as máximas e as mínimas, bem como os pontos de retorno de um
gráfico. Se o ponto de retorno ocorrer após uma sucessão de duas ou mais barras ascendentes, este
nível é classificado como um topo; se ocorrer após a sucessão de duas ou mais barras descendentes é
classificado como um fundo. Portanto, topos são níveis de resistência e fundos são níveis de suporte.
Os diagramas que se seguem esclarecerão melhor o que são pontos de retorno e níveis de suporte e
resistência.

Topo é o nível de preço mais alto atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes
da ocorrência de um ponto de retorno, conforme exemplo da figura 1, acima. Pode ser terminal ou
intermediário.
Fundo é o nível de preço mais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes
da ocorrência de um ponto de retorno, conforme exemplo da figura 2, da página anterior. Pode ser
terminal ou intermediário.

Diante do exposto acima, posso reafirmar que:

Suportes são níveis de preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes o suficiente para
absorver todas as ofertas num determinado preço interrompendo durante algum tempo e, possivelmente,
revertendo um processo de queda, gerando um ponto de retorno;

Resistências são níveis de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes o suficiente para
absorver todas as ofertas de compra num determinado preço interrompendo durante algum tempo e,
possivelmente, revertendo um processo de subida, gerando um ponto de retorno.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

6. Grau de importância dos Pontos de Retorno ou dos Topos e Fundos ou das


Resistências e Suportes

A não ser que haja uma coincidência, os níveis mais importantes são determinados pelo grau de
periodicidade do gráfico. Quanto mais longa a periodicidade, maior a sua importância. Assim, movimentos
terminais nos gráficos mensais são mais importantes do que nos semanais, que por sua vez, são mais
importantes do que no gráfico diário e assim sucessivamente.

Na tela acima se observa o gráfico de Estrela Preferencial nas periodicidades diária, semanal e
mensal. Se você estivesse olhando apenas para o gráfico diário (inferior à direita) poderia afirmar
que o topo principal está em 2,60 e o fundo principal em 1,11. Mas, se subirmos para o gráfico da
periodicidade semanal, você verá que o topo de 2,60 (apesar de terminal no gráfico diário) é apenas
um topo secundário no gráfico semanal, consequentemente menos importante do que o topo de 3,35
visto no gráfico semanal e o fundo de 1,11, também um fundo secundário, já que no semanal o fundo
principal se encontra em 0,24. Subindo mais um grau para a periodicidade mensal, pode-se perceber
claramente que o topo principal de 3,35 do gráfico semanal é somente um topo secundário no gráfico
mensal e o fundo de 0,24, idem.

Quando chegar a hora de examinarmos as estratégias operacionais, as referências mais importantes


serão definidas pelo grau de importância dos Topos e Fundos. Quanto mais importante o nível a ser
rompido, maior o potencial altista ou baixista após o seu rompimento.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

7. Ziguezagues

A observação de uma barra, como vimos, permite que se extraiam alguns pedaços de informações
sobre o equilíbrio das forças entre compradores e vendedores, mas por si só, não é suficiente para nos
fornecer a direção do mercado.

O ziguezague é o padrão básico da direção dos preços e de força de alguns indicadores.

Se uma ação começar a ser negociada hoje e nos próximos dias se mantiver subindo ou caindo numa
base de preços de fechamento, ela ainda não estará em tendência de alta ou de baixa. Simplesmente
estará se movendo para cima ou para baixo, mas ainda não terá definido a sua direção.

Para que tenhamos uma sinalização da direção de um preço (ou de um índice) é preciso que ele
se movimente até um nível qualquer, formando um extremo (topo ou fundo) e que este movimento
seja seguido por dois pontos de retorno, o primeiro na direção oposta e o segundo na direção inicial
rompendo (ou penetrando) o extremo do topo ou fundo prévio, tudo isto numa base de fechamento. Os
diagramas abaixo ajudarão na compreensão do texto:

Para efeito didático, daqui em diante, chamarei de zigue à combinação do movimento inicial
com o primeiro retorno [( ) ou ( )] e de zague a perna da penetração [( / ) ou ( \ )]. No gráfico do
Bovespa Diário da próxima página, assinalei alguns exemplos de ziguezagues reais ocorridos durante

49
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

o seu desdobramento. Com o objetivo de ir treinando sua visão, observe e vá se acostumando com
o fato de que a amplitude (altura) dos ziguezagues é variável, alternando entre pequenos, médios e
grandes, indistintamente.

Torna-se mais fácil identificar os ziguezagues se transformarmos o gráfico de barras num gráfico de
linha, conectando os valores dos fechamentos conforme abaixo:

50
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

8. Tendências

Vimos na introdução do ziguezague que ele é o padrão básico da direção dos preços, podendo ser
ascendente, indefinido e descendente. A permanência de um preço numa determinada direção, durante
um período de tempo, nos leva ao conceito de tendência. Assim, temos que:

Tendência de Alta é uma sucessão de topos e fundos ascendentes (uma sucessão de ziguezagues
para cima).

Tendência de Baixa é uma sucessão de topos e fundos descendentes (uma sucessão de ziguezagues
para baixo).

Tendência Indefinida, Lateral ou Linear é uma sucessão de topos e fundos horizontalmente irregulares
(uma sucessão lateral de ziguezagues irregulares). Nos diagramas abaixo, as definições acima ficarão
mais evidentes:

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

Veja alguns exemplos de tendências no gráfico diário abaixo de GGBR4:

É comum, partindo da premissa que uma tendência é constituída por uma sucessão de topos e fundos
na mesma direção que, ao longo do seu desdobramento ela seja interrompida e um pouco mais adiante
reassumida. Um exemplo pode ser visto na primeira tendência de alta do gráfico acima, quando logo
após o ziguezague ascendente inicial o preço cai e, em vez de voltar a subir antes de penetrar o fundo
do primeiro ziguezague, penetra-o violando o padrão de topos e fundos ascendentes. Logo após,
entretanto, o preço volta a subir e ao ultrapassar o nível máximo que havia atingido antes da queda que
levou à penetração inicia novo ziguezague ascendente retomando a tendência de alta prévia.

Quando expliquei o que eram Topos e Fundos, como ainda não havia introduzido o conceito de
tendência, evitei falar em Topos anteriores e Fundos anteriores para não complicar. Como você
notará no andamento deste livro, é fundamental saber identificá-los porque serão os conceitos mais
utilizados nas formulações das estratégias operacionais e na definição dos estopes. Por isto, é preciso
que este assunto fique bem entendido.

Na tendência de alta
ao lado, o fundo F é um
fundo anterior ao fundo
F1, assim como o fundo
F1 é anterior ao F2. Na
mesma lógica, o topo T é
um topo anterior ao topo
T1, assim como o topo
T1 é anterior ao topo T2.

Na formação lateral, o
topo T1 é posterior ao
topo T e anterior ao topo
T2, assim como o fundo
F2 é posterior ao F1 e
anterior ao fundo F3.

Conforme mencionei anteriormente existe dois tipos de Topos e Fundos, o Topo e o Fundo Terminal que
se formam respectivamente no fim de uma tendência de alta ou no fim de uma tendência de baixa e o
Topo Intermediário e o Fundo Intermediário que aparecem no meio das tendências.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

No figura a seguir, você poderá observar um diagrama com a classificação dos Topos e Fundos Terminais
e Intermediários. O Topo e o Fundo terminal são aqueles que surgem no final de uma tendência de alta
ou de baixa. Os intermediários surgem ao longo das tendências indistintamente. É importante conhecer
esta classificação porque como já disse quando estivermos examinando as estratégias operacionais
serão elas as principais referências para definir as projeções simétricas e os estopes, assunto que
veremos mais adiante.

Assim, no diagrama acima temos:

a) Situando-se no fundo FI1, o topo anterior é TI2 e o fundo anterior é FI;


b) Situando-se no topo TT, o topo anterior é TI3 e o fundo anterior é FI2;
c) Situando-se no fundo FI5, o topo anterior é TI5 e o fundo anterior é FI4;
d) Situando-se no fundo FI8, o topo anterior é TI9 e o fundo anterior é FT;
e) Situando-se no fundo FT, o topo anterior é TI8 e o fundo anterior é FI7;
f) Se estiver entre FI2 e TT, o topo anterior é TI3 e o fundo anterior é FI2;
g) Se estiver entre FI e TI2, o topo anterior é TI e o fundo anterior é FI;
h) Se estiver entre TI8 e FT, o topo anterior é TI8 e o fundo anterior é FI7;
i) Situando-se em TI9, o topo posterior é TI10 e o fundo anterior é FT;
j) Situando-se em FI6, o fundo posterior é FI7 e o topo anterior é TI6;

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO COMPLEMENTO DO CAPÍTULO II:

1. O que provoca a subida do preço de um ativo?


a) A forte presença dos compradores.
b) A ausência dos vendedores.
c) As duas acima.
d) Nenhuma delas.

2. O que provoca a queda do preço de um ativo?


a) A forte presença dos vendedores.
b) A ausência dos compradores.
c) As duas acima.
d) Nenhuma delas.

3. Numa barra de preço de qualquer periodicidade o que representam sua máxima e mínima?
a) As extremidades da barra.
b) Níveis de suporte e resistência.
c) Limites da força e da fraqueza.
d) Todas acima.
e) Nenhuma delas.

4. Qual é o padrão básico de uma tendência?


a) O ziguezague.
b) A sucessão dos topos e fundos.
c) As duas acima.
d) Nenhuma delas.

5. O que é uma tendência de alta?


a) Uma sucessão de topos e fundos irregulares.
b) Uma sucessão de topos e fundos ascendentes.
c) Uma sequência de topos e fundos descendentes.

6. No gráfico abaixo, utilizando como parâmetro as máximas e as mínimas, quantos topos e


fundos mais óbvios conseguem identificar na tendência de baixa que começa no topo T e
termina no fundo F?

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

7. Observe o gráfico abaixo e responda às perguntas a seguir:

a) Se o preço estivesse evoluindo no meio do caminho entre 6 e F e lhe fosse solicitado


informar o fundo anterior, qual seria ele?
b) Se estivesse evoluindo no meio do caminho entre C e 4, e lhe fosse solicitado informar
o fundo anterior, qual seria ele?
c) Se estivesse no ponto B, quais seriam o topo e o fundo anteriores?
d) Se estivesse no ponto 2, quais seriam o topo e o fundo anteriores?

8. Observe o gráfico abaixo e responda às seguintes perguntas:

a) Se estivesse na terceira barra de subida após a formação do ponto de retorno I e lhe


fosse perguntado qual o topo anterior, qual seria ele?
b) Se estivesse em G, quais seriam o topo e o fundo anterior?
c) Se estivesse no ponto C, quais seriam o topo e o fundo anterior?

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

d) Se estivesse no ponto 8, quais seriam o topo e o fundo anterior?


e) Se estivesse no ponto 10, quais seriam o topo e o fundo anterior?

9. Observe o gráfico abaixo com uma visão macro e responda quantas e quais tendências
consegue identificar ao longo do seu desdobramento?

10. Observe o gráfico abaixo e identifique quatro congestões e uma tendência de baixa.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

11. Observe o gráfico abaixo com uma visão macro e responda quantas tendências de alta e de
baixa consegue identificar ao longo do seu desdobramento:

12. Observe os gráficos abaixo referentes ao mesmo ativo e responda qual deles é o semanal e
qual é o diário. Em seguida, indique o trecho em que um está contido no interior do outro.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

13. Tomando como referência a escala dos preços e o desdobramento dos três gráficos abaixo,
identifique qual deles está na periodicidade diária, na semanal e na mensal. Em seguida,
indique em que trecho do gráfico semanal está contido o desdobramento do gráfico diário.

14. No gráfico mensal abaixo, trace:

a) A linha horizontal que define o suporte principal proporcionado pelo fundo histórico;
b) A linha horizontal que define a resistência principal proporcionada pelo topo histórico;
c) A linha horizontal que define a principal resistência intermediária.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

15. Observe o gráfico abaixo e indique os principais níveis de suportes e resistências.

16. No gráfico abaixo, identifique quatro resistências que depois se comportaram como suporte.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

17. Observe o gráfico abaixo e defina qual é a resistência principal e quais são as principais
resistências intermediárias.

18. Considerando somente os fundos das principais correções terminais indique no gráfico abaixo
os níveis dos suportes mais significativos.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

19. Observe o gráfico abaixo e identifique a resistência principal, o suporte principal e o intermediário.
Em seguida, considerando que o preço vai prosseguir caindo de onde se encontra, em que
outro local a queda poderia ser interrompida.

20. Observe o gráfico e baixo e trace uma linha horizontal sobre os seus topos e fundos que foram
movimentos terminais.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

21. No gráfico baixo indique os topo e fundos terminais e os intermediários mais significativos:

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO COMPLEMENTO DO


CAPÍTULO II:

1. b

2. b

3. d

4. a

5. b

6. Seis topos e seis fundos conforme solução abaixo:

7.
a) E
b) C
c) 2 e A
d) 1 e A.

8.
a) 9
b) 7 e F
c) 3 e B
d) 7 e G
e) 9 e I

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

9. Duas de alta, uma de baixa e uma lateral conforme solução abaixo:

10.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

11. Sete de alta e seis de baixa conforme abaixo:

12.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

13.

14.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

15.

16.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

17.

18.

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Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

19.

20.

69
Capítulo II - A base do Jogo do Mercado

21.

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Capítulo III: A Teoria de Dow

Capítulo III: A Teoria de Dow

A primeira pessoa a formular uma teoria para o estudo do movimento dos preços – utilizando um gráfico
de linha, no qual apenas os preços de fechamentos se conectavam – foi Chales H. Dow, fundador,
juntamente com Edward Jones e Charles Bergstresser, da Dow, Jones & Company, na época, a maior
agência de notícias financeiras e um dos proprietários do Wall Street Journal, que editou até a sua
morte em 1902, aos 52 anos. Durante os últimos anos de sua vida escreveu alguns editoriais sobre as
especulações com ações que são o único registro pessoal de suas observações sobre as características
recorrentes do mercado de ações. Estas observações foram feitas baseadas no movimento diário do
índice dos preços das ações das companhias ferroviárias (Dow Jones Railroad) e do índice das ações
industriais (Dow Jones Industrial).

Dow não denominou suas observações sobre o mercado de ações como “Teoria de Dow”. Isto foi feito
pelo seu amigo S. A. Nelson, que escreveu The A B C of Stock Speculation em 1902. Ele foi o primeiro
a tentar explicar os métodos de Dow de um modo prático.

William Peter Hamilton, que trabalhou com Dow, levou adiante os seus estudos e interpretações da
teoria através de editoriais ocasionais no Wall Street Journal. Em 1922 escreveu The Stock Market
Barometer, um livro em que explica com mais detalhes a Teoria de Dow.

Nesta obra, algumas das observações de Dow foram colocadas como princípios, dos quais abordaremos
apenas os que dizem respeito à metodologia operacional que aqui está sendo apresentada.

1. As Três Tendências

O “Mercado”, significando o preço das ações em geral, move-se em tendências das quais as mais
importantes são as Primárias. Elas são longos movimentos para cima ou para baixo que duram
normalmente um ano ou mais, nunca menos do que seis meses, e resultam em grandes valorizações
ou desvalorizações dos preços. Os movimentos na direção da tendência Primária são, algumas vezes,
interrompidos, em intervalos, por oscilações Secundárias na direção oposta  reações ou “correções”
quando o movimento Primário foi além de si mesmo (exagerou) e precisa, então, recuperar forças para
prosseguir. Finalmente, as tendências Secundárias são compostas pelas tendências Terciárias que
refletem a oscilação do dia a dia.

Diante do exposto no parágrafo anterior, podemos dizer que uma Tendência Primária de Alta é formada
por uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento de alta ultrapassa o topo
do movimento de alta precedente e cada movimento de baixa volta a subir (reverte) de um nível mais
alto que o fundo do movimento de baixa precedente. Isto é o que a Teoria de Dow define como Mercado
de Alta. Inversamente, Tendência Primária de Baixa é formada por uma sucessão de subidas e descidas
secundárias, onde cada movimento de baixa ultrapassa o fundo do movimento de baixa precedente e
cada movimento de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo que o topo do movimento de alta
precedente. Isto é o que definido, pela Teoria de Dow, como Mercado de Baixa.

De maneira idêntica podemos afirmar que uma Tendência Secundária de Alta é formada por uma
sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada movimento de alta ultrapassa o topo do movimento
de alta precedente e cada movimento de baixa volta a subir (reverte) de um nível mais alto que o fundo
do movimento de baixa precedente. Inversamente, Tendência Secundária de Baixa é formada por uma
sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada movimento de baixa ultrapassa o fundo do
movimento de baixa precedente e cada movimento de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo
que o topo do movimento de alta precedente.

As Tendências Secundárias geralmente duram de três semanas a seis meses, raramente mais.
Costumam retroceder (corrigir) de um terço a dois terços da Tendência Primária precedente.

As Tendências Terciárias seguem o mesmo padrão das duas anteriores, mas formadas por flutuações
que em si mesmas são pouco significativas. Estes movimentos são de curta duração, em geral de três
dias a raramente mais do que três semanas.

71
Capítulo III: A Teoria de Dow

Com o intuito de facilitar o entendimento da classificação das tendências, segue-se um diagrama.


Esclareço, entretanto, que no mundo real, os ziguezagues raramente se desdobram de maneira tão
certinha assim. Muitas vezes, você terá de lançar mão de recursos complementares para melhor
identificá-las. Alguns desses recursos podem ser: traçar linhas de tendência ou marcar o canal; visualizar
o gráfico em linha, utilizando apenas os preços de fechamento; subir de periodicidade; usar indicadores
complementares (médias móveis) etc. Tudo isto será visto mais adiante.

2. Validade das Tendências


Deve ser assumido que uma tendência continua em andamento até o momento que uma Reversão
tenha sido definitivamente assinalada.

Enquanto uma sucessão de topos e fundos ascendentes (Tendência de Alta) ou topos e fundos
descendentes (Tendência de Baixa) mantiverem o padrão, deve ser assumido que a Tendência continua
em andamento, até o momento em que uma reversão estiver caracterizada.

A reversão de uma Tendência de Alta se caracterizará, quando houver uma falha na tentativa de
ultrapassagem do topo precedente (ou anterior), seguida de uma penetração do fundo precedente
(ou anterior). A reversão de uma Tendência de Baixa ocorrerá, quando houver uma falha na tentativa
de ultrapassar o fundo precedente (ou anterior), seguida da ultrapassagem do topo precedente (ou
anterior).

72
Capítulo III: A Teoria de Dow

3. Preços de Fechamento

Todas as considerações da Teoria de Dow baseiam-se nos preços de fechamento, trabalhando sempre
com os gráficos de linha. Isto é, os gráficos são construídos unindo-se apenas os preços de fechamento.
Abertura, máxima e mínima são desprezadas. No momento de avaliar as tendências, este recurso
facilita tremendamente a visualização da direção dos ziguezagues.

No quadro acima, se você estivesse classificando a tendência utilizando o gráfico de barras depois
da formação do ponto de retorno “C”, teria de classificá-la como indefinida e, depois da penetração
do ponto “B”, como de baixa. Nas duas vezes a classificação estaria errada. Como você pode ver no
mesmo gráfico, só que agora conectando os pontos de fechamento formando uma linha, vê-se que na
realidade que logo após o ponto de retorno “C” no de barras a tendência seguia em alta no de linha
e depois do ponto de retorno “D” também continuava em alta. Como pode ver, mesmo incluindo nas
barras o tic do fechamento fica bem mais fácil classificar a tendência observando os ziguezagues
utilizando o gráfico de linha.

73
Capítulo III: A Teoria de Dow

4. O Princípio da Confirmação

Este princípio estabelece que a tendência do mercado deve ser confirmada pelo menos por dois índices
de composição diferente. Seu significado é que nenhum sinal válido de mudança de tendência pode
ser gerado somente por um índice. Na época em que Dow escrevia os seus editoriais, as principais
empresas negociadas na Bolsa pertenciam ao setor Industrial e ao Ferroviário. Assim, visando avaliar
o comportamento dos dois grupos, Dow criou duas médias (índices) para medir o comportamento de
cada um deles: o DOW Industrial (composto por ações de 30 industrias) e o DOW Ferroviário (composto
por ações de 20 empresas ferroviárias).

Assim, se um deles tivesse rompido um nível de suporte ou resistência sinalizando o início de uma nova
tendência ou a retomada de uma tendência prévia, o sinal só seria válido se o segundo índice fizesse
o mesmo movimento, confirmando assim um ao outro. Para facilitar o seu entendimento segue abaixo
uma situação real confrontando o Índice Bovespa e o índice IBX Brasil – com composições distintas –
após o Topo histórico registrado em 31/03/00.

Depois de deixarem um topo para trás em 31/3/00, os dois índices entraram num processo corretivo e,
para que a tendência de alta fosse reassumida, seria necessário que os dois índices ultrapassassem este
topo. Como você pode ver, cinco meses depois, o IBX rompe o seu topo histórico (TH) em movimento
que não foi confirmado pelo Bovespa, gerando uma divergência baixista para o IBX. Em seguida, volta a
corrigir e deixa para trás um novo TH em 31/08/00, com o Bovespa mantendo a disparidade baixista.

Cinco meses depois, o IBX volta a subir ultrapassa o novo TH que havia deixado para trás em agosto.
Todavia, o Bovespa volta a divergir não confirmando a ultrapassagem do seu topo histórico (TH).
Em maio de 2003, o IBX volta a subir rompendo o último TH registrado em janeiro de 2001 e segue
subindo, desta vez sem mostrar uma divergência baixista, mas faltando a confirmação do Bovespa na
ultrapassagem do seu TH, que só foi ocorrer cinco meses depois em 31/10/2003. Estou sempre fazendo
essas verificações entre estes e outros índices em busca de confirmações de tendências porque estou
sempre em busca da tendência predominante para construir as minhas estratégias operacionais.

74
Capítulo III: A Teoria de Dow

Ao longo dos anos encontrei uma nova utilidade para este princípio, utilizando-o como confirmador de
rompimentos de ações individuais da mesma família ou equivalentes, conforme abaixo:

Se observar os gráficos mensais de VALE5 e de VALE3 desde 1988, verá que eles mantêm um
desdobramento muito parecido. Normalmente, quando um deles sobe, o outro também sobe e quando
um cai, o outro também cai. Além disso, quando um deixa um topo ou um fundo para trás, o mesmo
ocorre com o outro, na maioria das vezes obedecendo ao mesmo timing.

Isto significa dizer que sempre fazem o mesmo trajeto, ou seja, um sempre confirma o movimento
do outro. Todavia, algumas vezes surgem divergências direcionais que acabam se equacionando no
tempo que podem servir como excelentes pontos de compra ou de venda. Tomemos como exemplo os
gráficos acima:

Em 1994 as duas ações registraram um topo histórico, respectivamente em 1,02 e 1,65. Em 31/01/97, o
TH da VALE5 foi rompido, sinalizando uma retomada da tendência de alta, mas que não foi confirmada
pela VALE3 gerando um falso rompimento na subida da VALE5 que, diante da não confirmação, entrou
em correção deixando para trás um novo TH em 1,40.

Novamente em 29/01/99, ocorreu uma nova tentativa de retomada da tendência de alta através do
rompimento do TH de 1,40 da VALE5, num momento em que a VALE3 se movia na mesma direção,
mas muito defasada em relação ao TH de referência. Com o passar do tempo, ambas prosseguiram
subindo e, finalmente, em 30/11/99 ocorreu a confirmação da retomada da tendência de alta quando a
VALE ultrapassou o TH de 1,65 gerando um ponto de compra.

Sempre que você operar uma ação que tenha outra de classe diferente da mesma empresa, verifique
se nas últimas décadas elas vêm se movendo praticamente de modo idêntico, tais como PETR3/4,
ELET3/6, CMIG3/4, ou do mesmo grupo como GGBR4/GOAU5 e deixe para comprar/vender somente
na confirmação, isto é, só compre/venda a ação que confirmar o rompimento. Transforma-se numa
operação com um grau de segurança a mais minimizando a possibilidade de um falso rompimento!

75
Capítulo III: A Teoria de Dow

5. Algo mais que se deve saber sobre as tendências

5.1. As periodicidades conflitantes

A maioria dos investidores ignora o fato de que o mercado possa estar simultaneamente em Tendência
e em Área de Indefinição. Olham para uma periodicidade tal como diária ou horária e procuram
por operações sobre os gráficos diários. Com sua atenção fixa sobre gráficos diários ou horários,
Tendências de outras periodicidades, tais como semanal ou de 15 minutos, passam por ele e destroem
seus planos.

Uma Tendência pode parecer de alta num gráfico diário e de baixa num gráfico semanal e vice-versa.
Os sinais de um mesmo mercado em diferentes periodicidades, freqüentemente se contradizem um ao
outro. Qual deles você seguirá?

Os sinais conflitantes de diferentes periodicidades de um mesmo mercado são um dos grandes quebra-
cabeças da análise do mercado. Quando estiver em dúvida, suba sua análise para uma periodicidade
mais longa. Dê um passo atrás e examine o gráfico de uma periodicidade mais longa do que a que está
tentando operar. Procure olhar a floresta e não, as árvores mais próximas.

Se estivesse classificando a tendência do gráfico diário teria de classificá-la como de baixa, porque seu
último ziguezague é descendente. Mas se estivesse analisando o gráfico semanal perceberia que a
tendência de baixa vista no gráfico diário, no semanal é apenas uma correção dentro da tendência de
alta, ou seja, faz parte do zigue do ziguezague ascendente em andamento.

Artifício:

Você pode classificar as tendências primárias, secundárias e terciárias de uma


forma rápida e padronizada observando, respectivamente, a direção do último
ziguezague nos gráficos de linha bimensal, semanal e diário.

76
Capítulo III: A Teoria de Dow

5.2. Linha de tendência

Embora muitos investidores possam desprezar a importância das linhas de tendência, elas são umas
das ferramentas mais úteis da análise gráfica. Na metodologia que estamos desenvolvendo, como
disse anteriormente, serão importantes, principalmente nos pontos de saída do mercado.

As pessoas marcam as linhas de tendência de muitos modos diferentes, mas de um modo geral, a
chave para plotar as linhas de forma correta é traçá-las conectando dois fundos (pelas mínimas das
barras) com um topo intermediário (pela máxima da barra) entre eles ou dois topos (pelas máximas das
barras) com um fundo intermediário (pela mínima da barra) entre eles.

A linha de tendência pode ser de baixa ou de alta: uma linha de tendência de alta é representada
graficamente por uma linha reta conectando as correções (os fundos) numa tendência de alta. A linha
de tendência de baixa é o inverso; conecta os repiques (os topos) numa tendência de baixa. São usadas
para identificar a direção das tendências. Quando dois topos ou dois fundos estão horizontalmente
nivelados, também é possível conectá-los com linhas horizontais, mas, ao invés de linha de tendência,
passa a ser designada respectivamente como linha de resistência ou linha de suporte. O diagrama
abaixo facilitará a compreensão do texto.

Reforçando, para que se possa traçar uma linha de tendência de alta, será necessária a existência de,
pelo menos, dois fundos (F e F1) intercalando um topo (T1) e que o segundo fundo (F1) esteja num nível
mais alto do que o primeiro (F). A linha de tendência de baixa é o inverso. Você precisa ter dois topos
(T e T1) intercalando um fundo (F1) e o segundo topo (T1) tem de estar num nível inferior ao primeiro
(T). A confirmação da validade dessas linhas ocorre quando o terceiro toque se confirmar (F2 E T2
respectivamente), isto é, respeitar essa linha e reverter seu movimento na direção oposta.Aprojeção dessas
linhas para frente nos ajudará a antecipar futuros pontos de compra e venda. Só com treinamento você
alcançará o grau de “olho
de águia”. Brincadeira
à parte, consiga um
programa de análise
gráfica e treine bastante
a colocação das linhas
de tendência. Como já
disse, será um elemento
muito útil no dia a dia do
mercado, bem como, na
definição das estratégias
dos estopes. Ao lado,
pode ver um gráfico onde
tracei algumas linhas de
tendência, com as mais
importantes em negrito.

77
Capítulo III: A Teoria de Dow

5.3. Ângulo de Inclinação

É o aspecto mais importante da linha de tendência  se estiver inclinada para cima, mostra que os
compradores são a força dominante e nesse momento procurará operar do lado mais forte; se estiver
inclinada para baixo, mostra que os vendedores são a força dominante e operará com eles. Assim,
se estivermos acompanhando, por exemplo, uma linha de tendência de alta, toda vez que os preços
retrocederem para essa linha, do ponto de vista clássico poderá tentar uma compra, evidentemente com
um estope de entrada1∗ (estope de entrada ou inicial é o nível definido simultaneamente com o ponto
de compra para, se a compra que tiver feito não evoluir favoravelmente, limitar sua perda) um pouco
abaixo da linha. Para uma linha de tendência de baixa o raciocínio é o inverso. Veja nos desenhos
abaixo alguns exemplos representativos da inclinação das linhas de tendências de alta e de baixa.

Veja abaixo alguns exemplos reais:

No quadro acima, você pode notar que em todos os gráficos foi necessário que se traçasse mais de
uma linha de tendência para acompanhar toda a trajetória altista ou baixista. Isto ocorre quando no
início de uma possível reversão o grupo dominante começa a se mover rapidamente. Mas na medida
em que o tempo for passando e o preço se mantendo na direção predominante, a tendência é de que
o grupo predominante se acalme com os preços prosseguindo num processo de subida ou descida
mais lento, tendendo a se consolidar numa linha com inclinação de ± 45o.

1 ∗
O conceito de estope será discutido detalhadamente mais adiante.

78
Capítulo III: A Teoria de Dow

5.4. Linha de retorno

É uma linha traçada paralelamente à linha de tendência original, que liga os extremos opostos. Isto
é, se tivermos uma linha de tendência de alta (traçada pela conexão dos fundos), a paralela estará
conectando os topos e os preços ficarão contidos dentro dessas paralelas, criando um corredor
denominado canal de alta. Se estivermos diante de uma tendência de baixa (traçada pela conexão
dos topos), a linha de retorno paralela estará conectando os fundos, formando um corredor conhecido
por canal de baixa.

Nem sempre, porém, será possível traçar um canal. Alguns movimentos na direção oposta da linha de
tendência têm amplitudes irregulares, dificultando a definição de uma linha de retorno paralela. Porém,
sempre que possível, não se esqueça de marcá-la, pois será de grande auxílio nas projeções dos
próximos níveis de suporte e resistência do movimento, possibilitando operações de compra e venda
nos seus limites, na medida em que o canal for se desenvolvendo. De vez em quando, você também
encontrará um canal menor contido dentro do canal principal. Na revista Timing e nas análises diárias
feitas no site da linktrade, encontrará outros exemplos reais.

Observe, no gráfico ao lado, como o corte da


linha de tendência de alta do canal de alta
interno resultou numa queda até o suporte
proporcionado pelo canal de alta principal.

Um aspecto interessante dos canais é que


além de servirem para projetar futuros níveis de
suportes e resistências nos seus limites superior
e inferior, também se prestam a novas projeções
após estes níveis terem sido penetrados. A
técnica da projeção é muito simples, dobrando-
se a amplitude do canal para o lado em que
ocorre sua perfuração. O diagrama abaixo
ajudará no esclarecimento do texto:

79
Capítulo III: A Teoria de Dow

Aproveite que os níveis de suporte e resistência não foram marcados no canal de baixa e veja se
consegue identificá-los. Como perceberá, aqui também os níveis de suporte e resistência alternam
seus papéis após terem sido penetrados.

5.5. Importância da linha de tendência

Avalia-se a importância de uma linha de tendência através da análise de cinco fatores: sua periodicidade,
seu comprimento, o número de vezes em que foi tocada pelos preços, sua inclinação e seu volume.

a) Quanto mais alta a periodicidade, mais significativa: uma linha de tendência num gráfico semanal
revela uma tendência mais importante do que uma linha de tendência num gráfico diário. Uma mensal,
mais do que uma semanal; uma diária mais do que uma horária, e assim por diante.

Se estivesse analisando
apenas o gráfico diário,
poderia pensar que a linha
de tendência de baixa (LTB1)
fosse a resistência principal
rumo ao teste do topo de
4,17. Entretanto, subindo da
periodicidade diária para a
semanal, perceberá que a
linha de tendência principal,
aquela que tem que ser
realmente rompida, rumo
novas máximas é a LTB.

b) Quanto mais longa for (em tempo, mas na mesma periodicidade), mais válida: uma linha de tendência
de curta duração reflete o comportamento da massa durante um curto período de tempo. Uma, de
prazo mais longo, reflete o comportamento da massa durante um longo período de tempo.

Observe na linha de
tendência de alta,
traçada no gráfico de
Embraer ON, quantas
oportunidades de
compra, com estopes
iniciais curtíssimos,
foram proporcionadas
nas vezes em que
o preço retornou
próximo à linha, a
partir do terceiro
toque assinalado pela
segunda seta.

80
Capítulo III: A Teoria de Dow

c) Quanto maior o número de contatos (toques) entre os preços e a linha de tendência, mais válida:
maior o número de vezes que o preço tocar na linha e, daí, reverter, mais confiável ela se torna,
mostrando com isso que a força dominante tem o mercado sobre controle. O exemplo de Embraer
também serve para esta consideração.

d) O ângulo de inclinação reflete a intensidade emocional do grupo dominante no mercado: uma linha
muito inclinada mostra que o grupo dominante está se movendo rapidamente sem muita preocupação
de pagar preços cada vez mais altos. Uma linha pouco inclinada mostra que o grupo dominante está
se movendo lentamente.

No gráfico acima (Bovespa diário), a linha mais fina mostra um período em que o grupo dominante
está se movendo lentamente, provavelmente num processo de acumulação conforme sugere o OBV
(On Balance Volume: técnica de estudo do volume que será vista mais adiante). Posteriormente, o
gráfico mostra um período em que a linha de tendência aumenta substancialmente sua inclinação,
provavelmente no momento em que o público em geral entra na compra.

• Volume: se o volume aumenta quando os preços se afastam da linha de tendência, ele confirma essa
linha. Se o volume diminui quando os preços, corrigindo, voltam a essa linha, também confirma essa
linha. Se o volume se expande quando os preços voltam a essa linha, é um sinal de advertência de uma
possível penetração. Se o volume se retrai quando os preços se afastam da linha de tendência, é uma
advertência de que a linha está em perigo. Observação: tal fato não deve ser levado ao pé da letra, pois
já vi situações em que o movimento do preço não confirmou as indicações do volume, mas serve como
uma referência que funciona na maioria das vezes.

81
Capítulo III: A Teoria de Dow

Na figura 1 do diagrama acima, você pode perceber o comportamento ideal do volume durante o
desenvolvimento de uma tendência de alta. Na figura 2, as linhas pontilhadas indicam qual deveria
ter sido a evolução correta do volume de acordo com a tendência de alta em andamento. Entretanto,
em vez de subir durante a perna de alta, o volume foi secando e voltou a subir durante a formação da
perna de queda, advertindo sobre a possibilidade de algo estar errado com a tendência. Observe neste
gráfico semanal de Vale PNA, o comportamento do volume durante a tendência de alta.

Note que o volume cresce quando os preços se afastam da linha de tendência e, inversamente, quando
os preços se aproximam dessa linha, o volume decresce, tal como seria de esperar numa tendência
de alta.

Observação: embora ainda não tenhamos visto o assunto volume, assinalei com uma seta uma
divergência baixista (assunto que veremos mais adiante). Ainda que o padrão do volume esteja de
acordo com o esperado numa tendência de alta, cada novo topo é atingido com menos volume,
indicando menor disposição de compra aos preços cada vez mais altos.

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Capítulo III: A Teoria de Dow

Reforço

Para efeito de avaliação das condições do mercado são usados apenas Preços de Fechamentos.
A Teoria de Dow não presta atenção a qualquer máxima ou mínima que possa ter sido registrada
durante o dia e antes do mercado fechar, considerando apenas os preços de fechamento.

Com frequência, ao tentar definir uma tendência, o posicionamento das barras deixava o cenário
confuso. Não conseguia identificar claramente a sequência dos topos e fundos e ficava inseguro ao
classificá-las.

Assim foi durante muito tempo. Um dia, refletindo sobre os princípios da Teoria de Dow, acabei
percebendo que se o fechamento é o que importa para avaliar as condições do mercado (no que se
incluem as tendências), por que não tentar visualizá-las unindo somente os pontos de fechamento?
Nunca mais tive qualquer dúvida para classificar uma tendência, além do que, consegui padronizá-las.
Assim, quando determino a evolução das tendências não preciso contemporizar. Tenho uma regra
rígida que mostrarei na próxima página:

A metade esquerda do quadro acima mostra, de cima para baixo, os gráficos mensal, semanal e
diário do Bovespa. Na metade à direita, os mesmos gráficos, mas conectando apenas os preços de
fechamento.

Vamos pegar para exemplo, a região à esquerda da linha verde vertical assinalada pela seta vermelha. Se
você estivesse observando o gráfico de barras naquele momento, provavelmente diria que a tendência
primária do mercado era de alta, pois aparentemente o gráfico evoluía mantendo uma sucessão de
topos e fundos ascendentes. Entretanto, observando o gráfico que une apenas os fechamentos,
percebe-se que a tendência já estava indefinida, visto que o fundo imediatamente anterior já havia sido
penetrado. Se tiver que verificar as tendências de muitos gráficos continuamente, utilize o artifício de
observar o último ziguezague nos gráficos mensal, semanal e diário para classificar respectivamente
as tendências primária, secundária e terciária.

83
Capítulo III: A Teoria de Dow

APÊNDICE I: ESCALA ARITMÉTICA VERSUS ESCALA LOGARÍTIMICA

Ao longo dos cursos que ministrei nos últimos anos, invariavelmente, fui questionado sobre qual das
escalas seria melhor para plotar os gráficos, a aritmética ou a logarítmica?

A resposta foi sempre a mesma. Depende do fim a que se propõe. Na metodologia que estamos
desenvolvendo independe, porque como as referências principais serão os níveis de suporte e
resistências definidos por topos e fundos a mudança de escala não gera nenhuma mudança nos seus
valores.

Nos gráficos cujos fundos ficaram muito distantes do seu topo histórico, a escala aritmética, em alguns
casos, provoca um achatamento que leva a uma ilusão de ótica do padrão que se formou ou estiver
se formando no fundo. No exemplo visto no gráfico de Alpargatas abaixo, quem estiver observando
o gráfico numa escala aritmética terá a nítida percepção que o padrão do fundo é do tipo “Fundo
Arredondado”. Todavia, mudando para a escala logarítmica pode-se ver que foi um fundo em “V”. Para
efeito operacional não muda nada, apenas deixa o cenário mais claro para identificação dos principais
suportes e resistências naquela região.

Nos gráficos de curto prazo, a variação será muito pequena, mas nos gráficos de longo prazo, em que
a distância entre o fundo e o topo é muito grande, a escolha da escala pode fazer uma grande diferença
na escolha da melhor linha de tendência. Existem gráficos em que uma linha de tendência traçada na
escala logarítmica terá um encaixe maior do que na escala aritmética, conforme gráfico abaixo:

84
Capítulo III: A Teoria de Dow

Se estivesse comprado no gráfico acima e quisesse utilizar o corte da LTA para encerrar a sua operação
(caso o mercado começasse a cair de onde se encontra), você sairia num nível de preço mais alto se
estivesse utilizando a escala logarítmica em vez da aritmética. Além disso, pela quantidade de toques
sofrida, pode–se perceber claramente que a linha traçada na escala logarítmica está mais bem ajustada
ao movimento da alta em andamento.

Todavia, nem sempre é assim. No exemplo da próxima página, a linha traçada na escala aritmética se
comportou bem melhor do que a outra.

Como você pode ver, cada caso é um caso. A melhor estratégia será traçar as duas escalas e seguir
em frente com aquela que estiver mais ajustada e for mais abrangente, enfim, com aquela que estiver
se comportando melhor.

85
Capítulo III: A Teoria de Dow

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO CAPÍTULO III:

1. Como se movimentam os mercados?


A) Em linha reta.
B) Aleatoriamente.
C) Em tendências.

2. Qual o limite de tempo para uma tendência terciária mudar para uma secundária?
A) Duas semanas.
B) Três semanas.
C) Quatro semanas.

3. O que a Teoria de Dow entende como um mercado de alta?


A) Uma sucessão de topos e fundos ascendentes.
B) Uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento de alta ultrapassa o
topo do movimento de alta precedente e cada movimento de baixa volta a subir (reverte) de um
nível mais alto que o fundo do movimento de baixa precedente.
C) Uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento de baixa ultrapassa
o fundo do movimento de baixa precedente e cada movimento de alta volta a cair (reverte) de um
nível mais baixo que o topo do movimento de alta precedente.

4. Como deve ser classificada uma tendência que se movimenta numa direção há cinco meses?
A) Primária.
B) Terciária.
C) Secundária.

5. De acordo com o tempo de duração classifique as tendências A, B, C e D do gráfico abaixo:

86
Capítulo III: A Teoria de Dow

6. O Princípio da Validade das Tendências da Teoria de Dow afirma que uma tendência continua em
andamento até o momento que uma reversão tenha sido definitivamente assinalada. Observe o gráfico
abaixo e aponte onde ocorreu uma falha que foi seguida pela reversão da primária de alta e onde ficou
caracterizada a reversão.

7. É possível um ativo estar ao mesmo tempo em tendência de alta e de baixa? Se a sua resposta for
afirmativa, explique como.

8. Caso tenha dúvida sobre a tendência de um gráfico, como deveria proceder para eliminá-la?

9. Qual a condição necessária para que se possa traçar uma linha de tendência de alta e uma linha de
tendência de baixa?

10. Observe o gráfico abaixo e trace duas linhas de tendência de alta e seis linhas de tendência de
baixa que lhe parecem mais significativas.

87
Capítulo III: A Teoria de Dow

11. Qual é o aspecto mais importante de uma linha de tendência?


A) O número de toques recebidos.
B) A sua inclinação.
C) A sua longevidade.

12. Observe o gráfico abaixo e tente identificar e traçar as duas principais linhas de tendência e as
respectivas linhas de retorno.

88
Capítulo III: A Teoria de Dow

13. Observe o gráfico abaixo e tente traçar um canal de alta e um de baixa do modo que lhe parecer
mais abrangente. No canal de baixa tente identificar um canal menor embutido no principal.

14. Quais são os cinco fatores principais para se avaliar a importância de uma linha de tendência?

15. Observe os gráficos abaixo de um mesmo ativo e responda: qual das duas linhas de tendência de
alta é mais importante. Justifique a sua resposta.

89
Capítulo III: A Teoria de Dow

16. Observe a seguir o gráfico diário de Embraer. Agora, responda: qual das três linhas de tendência
de baixa é a mais importante e por quê?

17. Observe na tela abaixo os gráficos de fechamento do Dow Jones, da Bovespa e da bolsa de
Shangai ordenados por colunas de cima para baixo respectivamente em mensal, semanal e diário e
classifique as suas tendências primárias, secundárias e terciárias.

90
Capítulo III: A Teoria de Dow

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO CAPÍTULO III:

1. C.
2. B.
3. B.
4. C.

5. A: Secundária de alta; B: Primária de alta; C: Secundária de baixa; D: Primária de Baixa.

6.

7. Sim, é possível desde que as periodicidades sejam diferentes. Semanal e Diária, por
exemplo.

8. Subir de periodicidade, tipo de 15 minutos para horária, diária para semanal, semanal para
mensal, etc.

9. A existência de dois fundos e um topo intermediário entre eles para a LTA (linha de tendência
de alta) ou de dois topos e um fundo intermediário entre eles para uma LTB (linha de tendência de
baixa).

10.

91
Capítulo III: A Teoria de Dow

11. B

12.

13.

14. Sua inclinação, a quantidade de toques recebidos, sua duração no tempo, o grau da periodicidade
e o volume.

92
Capítulo III: A Teoria de Dow

15. A linha mais importante é a do gráfico da janela direita que está numa periodicidade semanal
cobrindo um período maior de tempo do que a da esquerda, que está numa periodicidade diária.
Conforme pode verificar na solução abaixo, a linha de tendência de alta do gráfico diário está
contida no interior da semanal.

16. A mais importante é a primeira devido ao tempo de duração.

17.

93
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral


do mercado

1. Médias Móveis: a espinha dorsal

As médias móveis são um dos indicadores mais populares e a base de quase todos os outros, pois,
na maioria das vezes, ao indicadores são a média móvel de alguma coisa. Por exemplo, o MACD é
um indicador composto por 3 médias móveis exponenciais de periodicidades diferentes dos preços
de fechamento; o Movimento Direcional é uma média móvel das diferenças do que a barra de um dia
foi além ou aquém da barra do dia anterior; o Estocástico é uma média móvel da relação entre cada
preço de fechamento e as máximas e mínimas recentes. Enfim, a espinha dorsal da grande maioria dos
indicadores é a média móvel. Na análise técnica, as mais utilizadas são as médias móveis aritméticas
ou simples, geométricas ou ponderadas e exponenciais. Para efeito didático trabalharemos apenas
com as médias simples calculadas sobre os preços de fechamento de cada dia (ou barra), como elas
são mais comumente utilizadas. Cabe ressaltar, entretanto, que alguns estudos utilizam as máximas,
as mínimas ou as médias. Tudo depende do fim a que se destina.

O que é uma média móvel? Seja ela aritmética, geométrica ou exponencial, é uma média extraída de
um corpo de dados sequenciais numa janela de tempo. Assim, uma média móvel de 10 períodos (ou
barras), mostra o preço médio do fechamento dos últimos 10 períodos (ou barras). No décimo primeiro
dia, substitui-se o preço de fechamento do primeiro dia (ou barra) pelo preço de fechamento do décimo
primeiro e calcula-se uma nova média, e assim sucessivamente. Ao conectar os pontos das médias
móveis de cada dia, você cria a linha da média móvel. O primeiro ponto de uma média móvel surge de
acordo com a periodicidade em que está sendo calculada. Numa média móvel de 10 dias, por exemplo,
o primeiro ponto aparecerá no décimo dia.

O principal objetivo de uma média móvel é o de nos informar se começou ou terminou uma
tendência dos preços. Por ser uma média calculada sobre dados passados, ela não prediz, apenas
reage com uma pequena defasagem de tempo em relação aos movimentos dos preços. Portanto, ela
segue, mas não lidera ou antecipa os preços. Sua característica principal é fazer com que o movimento
do gráfico de preço fique mais suave, tornando mais fácil a visualização da tendência predominante.

Tomemos como exemplo, o diagrama


ao lado.

No quadro superior, observamos os


preços de fechamento de uma sequência
de 14 dias (ou períodos) de um ativo
qualquer. Sobre eles, iremos calcular
uma média móvel de 10 períodos.

O primeiro ponto da média só pode ser


calculado no décimo dia. Seu cálculo é
simples e a fórmula é a seguinte:

Onde, P é o preço de fechamento no período de 1 a n e N, o número de períodos da média móvel.

No quadro inferior do diagrama acima, podemos ver de uma forma simples sua mobilidade e os cinco
primeiros pontos calculados com a fórmula anterior. Foram somados todos os preços sob as linhas
horizontais coloridas e divididos por 10 obtendo-se os pontos correspondentes que, conectados,
formarão a linha da média móvel. No exemplo abaixo, utilizando os dados ali apresentados, podemos
ver o gráfico dos preços e sob ele a linha da média móvel aritmética plotada a partir do décimo dia.

95
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Ao observar-se uma média móvel, o que nos interessa é a sua inclinação. Quando ela sobe, mostra
que o mercado está ficando mais otimista (altista). Quando ela cai, mostra que o mercado está ficando
pessimista (baixista). Quando o mercado está mais altista do que antes, os preços sobem acima da
média móvel e, quando está mais baixista do que antes, os preços caem abaixo da média móvel.

Quanto menor a periodicidade utilizada para o cálculo da média, mais próxima ela se movimenta dos
preços e, inversamente, quanto maior a periodicidade mais afastada ela fica dos preços.

Introduzi no gráfico do
IBX, ao lado, duas médias
móveis simples: uma de
3 períodos e outra de 21
períodos. Como você pode
ver, a linha da média mais
curta (vermelha) anda
praticamente junto com
os preços e a de 21 (azul)
mais afastada.

Enquanto os preços
cortam a média mais curta
para cima e para baixo
a todo instante, na mais
longa a frequência dos
cortes é muito menor. Qual
a vantagem de se utilizar uma ou outra? Ou, em outras palavras, qual é o tamanho ou a periodicidade
ideal de uma média móvel? Depende do objetivo!

Se for para servir como ponto de suporte ou resistência, terá uma medida; se for para capturar pontos
de retorno numa congestão, terá outra; se for para rastrear uma tendência, outra e, ainda, para servir
de estope, terá outra. Observando o gráfico acima, você pode notar, por exemplo, que a média de
3 períodos não se presta como indicador de tendência, pois os preços movem-se o tempo todo,
praticamente, costurando sobre ela. Já a de 21 períodos, consegue capturar boa parte das tendências,
podendo ser utilizada como um indicador de tendência.

96
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

A média móvel de 200 dias é ótima para confirmar a mudança da tendência primária do mercado.
Coloque-a sobre seu gráfico e note que, quando ela inverte sua direção, o topo/fundo principal
(primário) já ficou para trás há algum tempo.

As médias móveis podem


ser posicionadas de três
maneiras diferentes em
relação ao gráfico de preço.
A posição normal é colocar
o último valor da média
alinhado com a última barra
do gráfico de preço. Alguns
analistas, objetivando
diminuir o número de
sinais falsos, deslocam-
na para a direita, para que
haja necessidade de mais
tempo para uma perfuração
e outros, estudiosos de
ciclos, preferem antecipá-la,
centralizando-a para melhor
percepção do ciclo.

No gráfico da página anterior, introduzi uma média móvel de 21 períodos ocupando as três posições
em que ela pode ser visualizada. A linha azul está posicionada na forma de uso padrão, centralizada;
na posição da linha verde, ela foi atrasada de modo que seus pontos de retorno fiquem alinhados com
os pontos de retorno do gráfico; na linha vermelha ela está postecipada, visando diminuir o número de
penetrações falsas.

Escrevi acima que a média


móvel de 3 períodos, não
se presta como sinalizador
da tendência. Entretanto,
deslocada para a direita,
funciona muito bem como
referência de nível de estope
de entrada ou como referência
de estope de proteção de uma
operação em andamento.
Observe, no gráfico ao lado,
como ela se presta na captura
de possíveis reversões da
tendência em andamento e
como pode ser utilizada como
estope de entrada e de saída.

Observação: Quando estiver trabalhando com gráficos de periodicidades diferentes e quiser manter a
mesma média em todos terá de fazer o respectivo ajuste. Assim, se num gráfico diário estiver trabalhando
com uma média móvel de 21 períodos e quiser transportá-la para o semanal terá de fazer uma conversão
mantendo o mesmo período. A média móvel equivalente à do gráfico diário de 21 no semanal será uma
média móvel de 4 períodos (semanas) e no mensal de 1. Se no diário estiver usando uma de 200 dias, no
semanal será algo entre 40 e 50 e no mensal será de 12.

1.1. Sistemas operacionais

Além de serem utilizadas para as funções a que me referi nos parágrafos anteriores, outra maneira
de utilizar uma ou mais médias móveis é na construção de sistemas operacionais manuais ou
computadorizados.

97
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Na sua forma mais simples, estes sistemas consistem apenas do cruzamento dos preços através da
linha da média. Para utilizá-los, inicialmente deve-se selecionar uma média móvel que comprove ter
tido um desdobramento confiável durante os momentos em que o ativo se manteve em tendência, bem
como, na captura dos pontos de reversão das tendências anteriores.

Para tal, necessita-se de um programa (o programa de análise Metastock permite construir macros) que
possa, utilizando um banco de dados com histórico que abranja diferentes tendências, testar diferentes
periodicidades de uma média móvel associada aos cruzamentos dos preços sobre ela. Será necessário
que o programa esteja projetado para testar uma variedade de médias e os respectivos comandos de
compra e venda gerados pelos cruzamentos para cima e para baixo. No final, deverá lhe apresentar um
relatório informando quais as combinações mais lucrativas (a melhor média), qual a maior sequência de
operações lucrativas, qual a maior sequência de operações deficitárias, qual foi o maior lucro de uma
única operação, o maior prejuízo etc. Veja no gráfico a seguir, um exemplo feito manualmente:

No exemplo acima, introduzi uma média móvel de 5 períodos e outra de 21 períodos.


Desconsiderarei a de 5 porque, como pode verificar, os sinais de compra e venda se confundem a todo
o tempo e, com certeza, o desempenho do sistema será desastroso. Supondo que o seu programa
estivesse testando a média móvel de 21 períodos e os cruzamentos dos preços sobre ela, para efeito de
avaliação, ele pegaria o primeiro cruzamento para baixo (PV) e assumiria como uma venda. No primeiro
cruzamento que ocorresse para cima ele assumiria como uma compra (PC) e guardaria na memória o
resultado obtido. Terminada a varredura sobre o banco de dados utilizado, arquivaria o somatório dos
resultados positivos e negativos. No final, lhe apresentaria um relatório das periodicidades testadas.
Embora simples, é muito provável que o seu desempenho tenha sido pior do que o do sistema no
período analisado.

Não tenho certeza, mas acho foi Richard Donchian que começou a desenvolver métodos operacionais
utilizando médias móveis. Nas suas pesquisas, acabou percebendo que existe uma alternância entre
os melhores momentos das médias. Existem momentos que ora é melhor usar uma curta, ora uma
longa. Por que, então, não usá-las combinadas? Por que não usar uma mais longa, portanto menos
sensível às pequenas correções, para definir a tendência e uma mais curta, com propósitos de entrada
e saída. Compare o gráfico anterior com o próximo, visto sob este novo prisma:

98
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Veja que diferença! Os pontos de compra e de venda diminuíram e, se fizer os cálculos, embora tenha
operado menos vezes, lucrou muito mais. Note como a maioria dos sinais falsos foi eliminada!

Muitos investidores pensam que a combinação de uma média curta com uma longa aumente a
sensibilidade do sistema, mas como pode ver nos gráficos ao lado, na realidade é o contrário, isto é,
quanto mais próximas entre si as médias, mais sensíveis elas ficam aos sinais de reversão. Assim, uma
combinação de uma MM5 com uma MM21 é menos sensível ao sinal de mudança do que outra com
uma MM19 e uma MM21.

No exemplo ao lado, cada ponto verde assinala um ponto de reversão. Como pode ver, a relação
(19X21) acusou 11 mudanças enquanto na direita (5X21) apenas 4.

99
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DA PARTE 1 DO CAPÍTULO IV:

1. Qual é o principal objetivo de uma média móvel e qual é a sua característica principal?

2. Aplicando-se as médias móveis de 5, 21, 13, 3, 18, 34 num gráfico de preços, pergunta-se qual delas
ficará mais próxima dos preços e qual ficará mais afastada?

Mais Próxima: _____ Mais Afastada: _____

3. Considerando o posicionamento das médias em relação ao gráfico de preços abaixo, forme os pares:

A) Normal C) Diminuição dos sinais falsos


B) Antecipada D) Alinhamento com os preços para melhor identificação dos ciclos
C) Postecipada C) Alinhada com a última barra de preços

Como poderá ver na imagem acima, a média móvel de 21 períodos normal (preta) termina junto com a
última barra do gráfico e os seus pontos de retorno ocorrem a posteriori do ponto de retorno do gráfico
de preços. Já a vermelha, também de 21 períodos, mas puxada das barras para trás em relação ao
último preço revela uma boa coincidência entre o seu ponto de retorno com o dos preços, conforme
pode ver nas extremidades assinaladas pelas linhas verdes. A média móvel de 21 períodos em azul
está deslocada 10 barras para a direita de modo que fique afastada do gráfico de preço minimizando
a possibilidade de corte pelo desdobramento do preço. Este artifício é muito usado para definição de
estopes ou de ruptura para iniciar uma operação de compra ou de venda.

100
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

4. Considerando a sequência de preços de fechamentos abaixo forneça: a) os três primeiros pontos da


média móvel de 3 períodos; b) o quarto, o quinto e o sexto ponto da média móvel de 7 períodos; c) os
3 últimos pontos da média móvel de 5 períodos.

03/04 1,37 07/04 1,44 13/04 1,51 19/04 1,57 25/04 1,57 01/05 1,62 05/05 1,71
04/04 1,40 10/04 1,49 14/04 1,46 20/04 1,61 26/04 1,59 02/05 1,63 08/05 1,68
05/04 1,48 11/04 1,53 17/04 1,50 21/04 1,63 27/04 1,57 03/05 1,61 09/05 1,65
06/04 1,45 12/04 1,52 18/04 1,54 24/04 1,58 28/04 1,60 04/05 1,67 10/05 1,72

5. Ainda considerando a sequência de preços do exercício anterior, determine em que data ocorreu o
primeiro cruzamento entre a média móvel de 3 períodos e a média móvel de 5 períodos.

6. Para operar o gráfico abaixo foi criado um sistema mecânico em que os sinais de compra e venda
são gerados pelo cruzamento de duas médias móveis (5 e 21). Quando a menor corta a maior para
baixo gera um ponto de venda que assume o valor da abertura do dia seguinte e quando corta para
cima um ponto de compra que assume o valor da abertura do dia seguinte.

Observando o gráfico anterior responda:

a) Quantas operações foram geradas?


b) Numa avaliação aproximada quantas deram lucro e quantas deram prejuízo?
c) Quais as principais informações que pode extrair sobre a eficiência ou não sistema?

7. Se estivesse analisando um gráfico anual utilizando uma média móvel mensal de 3 meses e quisesse
transportá-la para os gráficos semanal e diário quais seriam as médias equivalentes?

8. Utilizando duas médias móveis como um sistema operacional que tipo de combinação de médias
deveria ser feita para tornar o sistema mais rápido às mudanças do mercado?

101
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DA PARTE 1 DO CAPÍTULO IV:

1. O principal objetivo de uma média móvel é informar se começou ou terminou uma tendência de preços
e a sua característica principal é suavizar o movimento dos preços tornando mais fácil a visualização
da tendência predominante.

2. A mais próxima será a de 3 períodos e a mais afastada a de 34 períodos.

3. Os pares são:

A) Normal C) Alinhada com a última barra de preços


B) Antecipada D) Alinhamento com os preços para melhor identificação dos ciclos
C) Postecipada C) Diminuição dos sinais falsos

4. Os pontos são:

a) 1,41 - 1,44 - 1,45


b) 1,48 - 1,49 - 1,50
c) 1,66 - 1,66 - 1,69

5. Em 20/04 a MM de 3 corta a MM de 5 para baixo.

6(a) Dezeseis.

6(b) Sete deram lucro e cinco deram prejuízo.

6(c) Sistemas mecânicos obtêm lucros nas tendências e prejuízos ou empates nas congestões.

7. No gráfico semanal seria de 12 semanas e no diário de 63 dias.

8. Uma combinação de duas médias de periodicidades muito próximas uma da outra.

102
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

2. A linha de avanços e declínios: a ferramenta mais simples e importante deste livro

Em 1984 adquiri o livro GRANVILLE’S New Strategy of Daily Stock Market Timing for Maximum Profit.
Na medida em que fui lendo seu conteúdo, minha visão sobre o mercado foi mudando para melhor.
Seu autor Joseph Granville, na minha opinião, um dos grandes gênios do mercado, dotado de enorme
capacidade perceptiva e criativa, entre outras descobertas criou duas ferramentas extraordinárias: a
linha de avanços e declínios (LAD) e o Saldo do Volume (OBV). Ambas de construção muito simples
não me permitem que olhe para o mercado sem antes saber o que elas e as suas variantes estão
dizendo.

O que pode ser mais simples para se conhecer a saúde interna do mercado do que o saldo diário
entre as ações que subiram e caíram. O que poderá refletir melhor do que isto a força predominante
do mercado? A LAD de avanços e declínios é um indicador técnico puro, baseado inteiramente na
estatística diária do mercado. Sua construção é bastante simples. Ela pode ser construída a qualquer
tempo, e depois de alguns dias seu curso será exatamente igual a todas as outras LADs já iniciadas
por outras pessoas.

Diariamente você tem acesso através da mídia às cotações do pregão do dia anterior. Basta que entre
na página de cotações na coluna de fechamentos e verifique quantas ações estão com o sinal (+) e
quantas estão com o sinal (-), isto é, quantas subiram ou caíram em relação ao fechamento do último
dia que foram negociadas. Identifique o saldo e abra no Excel ou no Word uma planilha com o seguinte
aspecto:

AVANÇOS DECLÍNIOS DIFERENÇA


DATA AVANÇOS DECLÍNIOS ACUMULADOS ACUMULADOS CUMULATIVA BOVESPA

Suponha que hoje fosse o dia 12 de janeiro de 2001(uma sexta-feira) e que estivesse começando a
construir a sua LAD. No final do pregão, de todas as ações negociadas verifique quantas subiram e
quantas caíram. Digamos que 121 ações subiram e 75 caíram e as demais não foram negociadas ou o
preço de fechamento permaneceu inalterado e que o valor do fechamento do índice Bovespa foi 17530.
Lançando na planilha acima, teríamos:

AVANÇOS DECLÍNIOS DIFERENÇA


DATA AVANÇOS DECLÍNIOS ACUMULADOS ACUMULADOS CUMULATIVA BOVESPA

12/01/01 121 75 121 75 46 17530

Se na próxima segunda-feira, após o fechamento do pregão, tiver como calcular o saldo entre as ações
que subiram e caíram, já poderá entrar com os novos dados. Do contrário, terá de esperar até o dia
seguinte para apanhá-los num jornal. Suponha, então, que ao se encerrar o pregão de segunda-feira,
verificou que 80 ações subiram e 113 caíram e que o índice Bovespa fechou a 17320. Transferindo
estes dados para a planilha, teríamos:

AVANÇOS DECLÍNIOS DIFERENÇA


DATA AVANÇOS DECLÍNIOS ACUMULADOS ACUMULADOS CUMULATIVA BOVESPA

12/01/01 121 75 121 75 46 17530


15/01/01 80 113 201 188 13 17320

Na terça-feira o mercado caiu, apresentando os seguintes números: 57 ações subiram e 131 ações
caíram e o índice fechou a 17125. Nossa tabela, então, ficaria assim:

AVANÇOS DECLÍNIOS DIFERENÇA


DATA AVANÇOS DECLÍNIOS ACUMULADOS ACUMULADOS CUMULATIVA BOVESPA
12/01/01 121 75 121 75 46 17530
15/01/01 80 113 201 188 13 17320
16/01/01 57 131 258 319 (61) 17125

103
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Depois de algum tempo e alguns fundos e topos terciários, a LAD irá tomando sua forma (geralmente
muito parecida com a do desdobramento do índice) e poderá começar a fazer sua leitura. Para efeito de
avaliação, só trabalharemos com três colunas: Data, Diferença Cumulativa (que é a linha de avanços
e declínio do mercado) e a do índice Bovespa. Com o tempo, você poderá, utilizando os dados da
planilha, montar um gráfico da evolução do índice e da linha de avanços e declínios, conforme pode
observar a seguir.

A teoria por trás da LAD é mais bem descrita nos termos do que Granville chamou de analogia da
“banheira”. Imagine o mercado como uma banheira. Ações subindo elevam o nível da água e ações
caindo baixam o nível da água. A força real do mercado é determinada pelo nível da água. Quando
o índice Bovespa está subindo e o nível da água do mercado como um todo baixando, temos um
problema se desenvolvendo em nossas mãos. Inversamente, quando o Bovespa parece fraco, mas o
nível da água do mercado está virtualmente estagnado ou ligeiramente mais baixo, podemos dizer que
o cenário real do mercado está relativamente mais forte do que o quadro de fraqueza proclamado pela
maioria dos seguidores de todos os índices do mercado.

Num mercado de alta convencional, os primeiros meses da subida mostram a LAD e o Bovespa
engrenados para cima num casamento feliz. A banheira do mercado está enchendo mostrando
acumulação. Entretanto, esta feliz combinação eventualmente desengrena e a lua de mel acaba. O
índice continua subindo alegremente, mas a LAD, há algum tempo, não está mais no mesmo passo,
caminhando lateralmente ou para baixo. Temos agora um casamento rompido em nossas mãos.
Enquanto o público está hipnotizado com o índice subindo, o nível da água está baixando. O que eram
dois fatores subindo de mãos dadas são agora dois fatores seriamente desengrenados. O ciclo sempre
mostra uma ordem estrita neste fenômeno técnico: (1) engrenados, (2) desengrenados, e novamente
(3) engrenados. Quando ocorre uma divergência entre o índice e a LAD, a ordem usual dos eventos
prediz que o índice engrenará com a direção da LAD. No exemplo abaixo, veja como as disparidades
entre a LAD (linha vermelha) e o índice Bovespa (linha preta) sempre se equacionou a favor da direção
da LAD, com a linha não confirmando nenhuma vez os movimentos de subida do índice.

104
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Comentei que o Granville faz uma analogia da LAD com uma banheira. No livro, a comparação é feita
levando em conta uma avaliação de que o mercado se movimenta continuamente em ciclos de duração
de 4 a 4 anos e meio medidos de fundo a fundo, durante os quais passa por três fase de alta seguidas
por três fases de baixa, e todas as comparações da movimentação do dinheiro são feitas em cima
delas. Como o importante é a idéia que está por trás da movimentação, vou omitir a comparação com
os ciclos e passar uma visão de curto prazo dissociada dos ciclos do mercado. Ao invés da banheira,
imagine uma pia que enche e esvazia da mesma maneira que a banheira, isto é, saldo positivo eleva
nível da água e saldo negativo reduz o nível da água. Como se movimenta o dinheiro esperto dentro
da dinâmica do enche e esvazia?

No final de uma tendência de alta, quando a água encontra-se próxima do nível de transbordamento,
é extraída a rolha da pia e o primeiro dinheiro a escoar pelo ralo é o “dinheiro esperto”. Este grupo
não tem nome e qualquer um de nós pode fazer parte dele. Basta que estejamos na ponta certa. À
medida que o nível da água vai baixando (tendência de baixa), os últimos a saírem de dentro da pia
vão constituir o grupo do “dinheiro burro”. Do mesmo modo, qualquer um de nós pode fazer parte dele.
Basta que tenhamos permanecido dentro da pia até o final. Quando não há mais água dentro da pia,
a rolha é colocada e a primeira água a entrar na pia é o “dinheiro esperto”. Gradualmente (tendência
de alta), o nível da água volta a subir e o ciclo fica se alternando. Deste modo, a linha de avanços e
declínios é uma ferramenta, que embora trabalhe apenas com a variável preço, nos fornece uma idéia
de acumulação ou distribuição pertinente a um grupo de ações.

Outro aspecto extremamente importante da LAD é que na sua composição, todas as ações incluídas
no seu cálculo têm peso um, isto é, todas as ações têm o mesmo valor. Quando confrontada com a
evolução do índice Bovespa cuja construção é feita utilizando-se uma média ponderada atribuindo mais
peso às ações de mais liquidez, ela elimina as distorções provocadas pela ponderação. Assim, se o
índice estiver subindo impulsionado pelas ações de mais peso pode estar ocorrendo uma distorção que
a fórmula da construção do índice esconde, evitando que se possa ter uma visão correta do que está
realmente acontecendo com a maioria das ações que o formam, e mais ainda quando comparado à linha
de avanços e declínios do mercado que abrange todas as ações que são negociadas diariamente.

105
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Por ser uma ferramenta utilizada para avaliar o comportamento de um grupo de ações, podemos
utilizá-la para construir índices setoriais de qualquer um dos setores negociados na bolsa. No ano de
2002, por exemplo, ano em que o índice Bovespa caiu 17% puxado principalmente pelos setores de
Telecomunicações, Energia, Petróleo, Petroquímica, Celulose e Brinquedos, Alimentos, Comércio e
Papel, qualquer investidor menos atento teria achado que foi um ano de baixa para o mercado.

106
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Entretanto, outros investidores mais atentos puderam perceber através da construção dos índices
setoriais, utilizando o conceito da LAD, que aquele movimento de baixa foi provocado pelos setores
cujas ações tinham mais peso na composição do índice Bovespa. Entretanto, outros setores importantes
como Mineração, Siderurgia, Bancos, Metalurgia, Indústria Mecânica e Fertilizantes tiveram suas ações
registrando novas máximas seguidamente durante todo o ano de 2002, conforme pode ver na tabela
abaixo:

Como você pôde ver, o fato de o Índice Bovespa seguir o modelo de capitalização do Índice Dow
Jones gera distorções importantes sobre o que realmente está acontecendo no mercado. Tomando-
se a composição atual da carteira do Bovespa da próxima página como exemplo, representando
o quadrimestre janeiro a abril de 2008 composto por 64 ações, as 11 ações grifadas em amarelo
somadas representam 51,22% do peso total do índice. Se todas elas subirem 1% num mesmo dia e
as 53 restantes caírem todas 1% num mesmo dia, no final do dia o índice Bovespa terá subido, mas a
maioria das ações terá caído.

107
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Normalmente, o investidor menos atento quando quer saber como se comportou o mercado num dia em
que não pôde acompanhá-lo, procura saber se o índice Bovespa subiu ou se caiu. Ninguém pergunta
se tiveram mais ações subindo ou mais ações caindo. Informado que o índice subiu ficará com a
impressão que a bolsa subiu, mas na verdade, este exemplo é de um dia de baixa, porque a maioria
das ações caiu.

No sentido de se extrair uma radiografia do estado geral do mercado, nenhuma ferramenta é mais
poderosa do que a LAD.

108
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Imagine que o índice esteja subindo e você queira ter uma visão do comportamento do mercado e das
partes, que irá saber se existe uma harmonia entre eles ou se há algum indício de divergência.

Vamos considerar para tal como estão evoluindo as LADs do Bovespa, das 16 ações de mais liquidez,
do IBX e do Mercado como um todo, conforme gráficos abaixo atualizados até 01/02/08.

Observando-se as telas acima, pode-se concluir que como as 16 ações de mais liquidez fizeram o
topo na mesma data em que o índice Bovespa, elas colaboraram ativamente na subida do índice e,
certamente, devido ao seu maior peso na sua composição foram as principais responsáveis pela última
subida do índice até o atual topo histórico.

Analisando-se a evolução da LAD das ações que compõem o índice Bovespa e das que compõem o
IBX, percebe-se que elas evoluem confirmando a subida do índice Bovespa até o topo de outubro de
2007. A partir daí começam a divergir da evolução do índice mostrando que a subida do índice não
estava mais sendo impulsionada por todas as ações que fazem parte dos dois índices, sinalizando uma
divergência baixista.

O sinal de fraqueza mais forte veio da comparação da LAD do Mercado contra a evolução do índice
Bovespa. Pode perceber que a LAD do mercado fez o seu topo em 23/07/07 quando o Bovespa estava
atingindo um novo topo histórico em 58124. A partir deste momento, a LAD do mercado nunca mais
confirmou a evolução do Bovespa, mostrando claramente que a retomada da subida do Bovespa rumo
a novas máximas históricas foi acompanhada por cada vez menos ações empurrando o mercado para
cima, uma forte divergência baixista que teria de se equacionar a favor da LAM, conforme acabou
ocorrendo a partir de 10/12/07.

Talvez ainda consiga entender melhor a mensagem da linha de avanços e declínios do mercado se
olhar o mercado como um tronco de árvore no sopé de uma montanha que precisa ser levado ao cume.
No final de um ciclo de baixa a maioria das ações do mercado ainda está caindo, mas antes do índice
Bovespa registrar o seu fundo algumas ações (daqui em diante homens-força) já pararam de cair e
estão começando a subir. Porém, como a maioria ainda está caindo, a subida dessas poucas ainda não
tem força para começar a empurrar a tora morro acima. Entretanto, pouco a pouco começa a crescer
o número de ações entrando em tendência de alta (homens-força empurrando a tora) e pouco a pouco

109
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

elas conseguem começar a rolar a tora para cima, mas com muita dificuldade, porque ainda são poucas
ações (homens-força) empurrando. Na medida em que mais ações vão entrando em tendência de alta
vai ficando cada vez mais fácil continuar empurrando a tora morro acima. A subida morro acima atinge
o seu ápice de força um pouco antes que a maioria das ações que compõem o mercado comecem a se
cansar e gradualmente iniciem a descida morro abaixo.

Entretanto, como a grande maioria das ações (homens-força) ainda está empurrando a tora morro acima
o índice prossegue subindo sustentado por essa maioria enquanto aos poucos a linha de avanços e
declínios do mercado (como na comparação do índice Bovespa com a linha de avanços e declínios do
mercado) começa a divergir.

As desistências prosseguem enquanto o índice segue registrando novas máximas até o final onde está
sendo impulsionado apenas pelo pequeno grupo de ações com mais peso na composição do índice. É
fácil explicar porque isto acontece! Como já vimos, se as 16 (ou as principais ações em termos de peso
na fórmula de composição do índice Bovespa) estiverem subindo, provavelmente o índice também
estará, mesmo que a grande maioria das ações negociadas diariamente esteja caindo, até porque a
grande maioria nem entra no cálculo do índice.

O mais curioso neste processo é que o público em geral, atento à evolução do índice, não percebe que
muitas ações já entraram em tendência de baixa e ofuscados pela alta do Bovespa vão comprando
as ações de segunda e terceira linhas que já caíram muito, achando que ficaram baratas, geralmente
fazendo “mérdia”, neste momento, dando a saída para o dinheiro esperto e se convertendo em
investidores compulsórios, normalmente lançando mão de recursos de alavancagem (principalmente
compras a termo), porque nesta altura seu capital já está todo aplicado e enquanto conseguirem ir
rolando suas compras para frente mantém-se na esperança que as ações voltem a subir. Mas, no final,
o que normalmente acontece são os investidores jogando a toalha (ou sendo zerados pelas corretoras
compulsoriamente) devido às chamadas de margem diárias e à desvalorização acelerada daquelas
ações que, compradas à vista, estão sendo usadas como margem ou sendo vendidas a preços cada
vez mais baixos para fazer frente aos prejuízos gerados pelos termos.

Creio que você já viu o suficiente para perceber os tipos de uso e de sinais que a LAD do mercado pode
emitir quando colocada frente a frente com a evolução do índice Bovespa. E acredite, dificilmente, para
não dizer nunca, porque “nunca” nunca acontece nos mercados, verá o índice subir ou cair com a LAD
se movendo no sentido oposto. Quando isto ocorrer, pode apostar a favor da direção da LAD. Eu a
considero, o melhor rastreador, numa base diária, do índice Bovespa. Quando ela fica descompassada
do índice Bovespa, 99% das vezes o índice se alinha a favor da sua direção!

Existem apenas dois fatores que podem mudar o preço de uma ação. Estes fatores são a oferta e a
procura. No mercado, oferta e procura só podem ser medidos em termos de volume. Como a técnica
de medição da linha de avanços e declínios determina quando o mercado (ou um grupo de ações) está
sob acumulação ou distribuição, então a técnica da linha de avanços e declínios combinando preço
com volume, assunto que trataremos no depois dos exercícios a seguir, deverá ser ainda mais efetiva
em determinar quando um ativo está sendo acumulado ou distribuído e o somatório de vários ativos,
um possante oscilador para aferir o estado de sobre-comprado ou sobre-vendido do índice Bovespa ou
de qualquer outro índice que queira tomar como referência.

110
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DA PARTE 2 DO CAPÍTULO IV:

1. Imagine que a tabela abaixo represente os preços de fechamentos diários (FD) de um grupo de 10
ativos que compõem um dos setores do mercado. Pede-se que calcule a LAD do setor e construa o
seu gráfico.

2. Qual é a principal diferença entre o índice Bovespa e a sua linha de avanços e declínios?

3. Observe os gráficos abaixo e informe qual(is) foi(ram) o(s) setor(es) que contribuiu(íram) para
impulsionar o índice Bovespa morro acima durante o período de janeiro de 2003 a outubro de 2005.


Coloquei a base como 100 para diminuir a possibilidade de trabalhar com números negativos. Poderia ser 1.000 ou 10.000
que a leitura não mudaria, o objetivo é facilitar o trabalho.

111
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

4. Combinando o estado geral do mercado com os cenários do quadro abaixo, faça uma análise sobre
o que se poderia esperar mais adiante:

Se em 4.1 – o índice já está em tendência de alta há muito tempo;


Se em 4.2 – idem;
Se em 4.3 – idem;
Se em 4.4 – o índice está em tendência de alta há algum tempo;
Se em 4.5 – o índice já vem caindo há muito tempo.

5. Quem é o dinheiro esperto no mercado?

6. Além de mostrar acumulação e distribuição, qual é a principal função da linha de avanços e declínios
do mercado?

112
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DA PARTE 2 DO CAPÍTULO IV:

1.

2. Na LAD todas as ações têm o mesmo peso.

3. Os setores que contribuíram para impulsionar o índice, conforme poderá ver abaixo, foram os de
Energia, Petróleo e Bancos. O setor de Telecomunicações no período evoluiu de modo contra-cíclico.

4.1 – Primeira advertência de que a tendência de alta está começando a se esgotar (o índice
Bovespa deverá prosseguir registrando novas máximas);
4.2 – Segunda advertência de exaustão da tendência de alta em andamento (o índice Bovespa deverá
prosseguir subindo registrando novas máximas);
4.3 – Terceira advertência de término da tendência de alta em andamento (O índice está em vias de
reverter a tendência de alta);
4.4 – Divergência altista, provável correção dentro de uma tendência de alta.
4.5 – Divergência altista sinalizando que o mercado está próximo de formar um fundo.

113
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

5. É o investidor que no cenário corrente do mercado estiver na ponta certa.

6. Confirmar ou não a movimentação de um índice referencial de uma bolsa.

114
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

3. Saldo do Volume (On Balance Volume - OBV)

O nome da teoria é uma descrição real dos seus mecanismos, significando simplesmente que quando
associamos preço e volume, usando a técnica da linha de avanço e declínio, surge um resto que, numa
olhada superficial, não se percebe e que este resto, quando preço e volume são equacionados, é um
indicador técnico líder. Ou colocando do modo mais simples possível – o volume precede o preço.

Comecemos com um exemplo bem simples. Suponha que uma ação “Beta” tenha fechado hoje a
R$10,00 com um volume de 50.000 ações negociadas. A partir daí, vamos organizar uma tabela com
as seguintes colunas:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 -

Agora, suponha que no dia seguinte tenha fechado a R$10,01 com um volume de 80.000 ações
negociadas. Nossa tabela ficou assim:
Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -
03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -

No terceiro dia fechou novamente a R$10,00 com um volume de 60.000 ações negociadas deixando
para trás uma Alta Prévia (último dia de alta antes de uma queda - AP) e a nossa tabela ficou assim:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -
03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 (AP) - -
04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 - -

Para um observador casual, em três dias, o preço da ação permaneceu estável em R$10,00 e não
foi a lugar nenhum. Mas, aplicando-se a técnica da linha de avanços e declínios, somamos o volume
nos dias em que o preço subiu e subtraímos o volume nos dias em que o preço caiu. Apesar do preço
estável, você pode ver que sobrou alguma coisa, um incremento de 20.000 ações quando a ação
voltou a cair para R$10,00 no dia 04/03. Deste modo, o saldo que vemos aqui é uma partícula da
acumulação da ação. Olhando o preço da ação, nada mudou. Mas, observando a atividade do volume
nestes três dias, nota-se que alguma coisa mudou. O saldo foi o que Granville denominou de Saldo
do Volume (On Balance Volume).

No quarto dia, o preço da Beta voltou a subir, deixando para trás uma Baixa Prévia (último dia de queda
antes de uma alta – BP) fechando novamente a R$10,01 com um volume de 50.000 ações negociadas.
No quinto dia, voltou a subir, fechando a R$10,02 com um volume negociado de 60.000 ações e a
planilha ficou assim:
Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -
03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 (AP) -
04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 (BP) -
05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000
06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta

Como a ação subiu nos dois últimos dias, adicionei os respectivos


volumes na coluna do “saldo acumulado”. No dia 05/03, o saldo do
volume subiu para 120.000. Sua leitura, comparada ao nível mais alto do
saldo acumulado anterior (AP em 03/03) revela que aquele nível não foi
ultrapassado. Mas, com a subida do dia seguinte, o saldo do volume subiu
para 180.000 superando o topo anterior de 130.000, registrando uma alta.
Cabe ressaltar, entretanto, que não é necessário um ziguezague
ascendente como o da figura ao lado para o OBV receber uma
designação de alta. O que é necessário, mesmo, é ultrapassar o nível
da alta ou da baixa prévia (topo ou fundo anterior). Algumas vezes,
resulta num ziguezague ascendente/descendente, outras não!

115
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

No sexto dia, o preço permaneceu estável, fechando a R$10,02 com volume registrado de 80.000 ações
negociadas. Nos dias sem variação de preço, o saldo do volume cumulativo permanece inalterado,
bem como a designação do OBV.

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -
03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 (AP) - -
04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 (BP) - -
05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 - -
06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -
09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 alta -

No sétimo dia, o preço caiu para R$10,00 negociando 60.000 ações. Como o preço caiu, devemos
subtrair o volume do dia, do saldo acumulado. Enquanto o preço vem subindo, o saldo acumulado
anterior utilizado como referência para uma designação de baixa é o saldo do dia 04/03, último nível
de queda prévia.

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -
03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 (AP) - -
04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 (BP) - -
05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 - -
06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -
09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 (AP) alta -
10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 -

No oitavo dia, o preço caiu para R$10,00 interrompendo o fluxo de designação de alta. Se, na sequência,
o preço seguir caindo com volumes que, subtraídos do saldo acumulado, o empurrem abaixo de 70.000,
veremos a ocorrência de uma designação de baixa. Todavia, se antes disso, o preço voltar a subir, o
menor saldo acumulado, anterior à nova subida, passará a ser a nova referência para uma designação
de alta.

No dia 11 o preço subiu para R$10,01 com um volume 60.000 ações negociadas, retornando ao nível
da alta prévia do saldo acumulado, porém sem ultrapassá-la, não registrando continuação da alta.

No dia 12 o preço cai para R$10,00 com um volume de 40.000 ações negociadas e, no dia seguinte
cai para R$9,99 com 50.000 ações negociadas, gerando no segundo dia de queda (13/03) uma baixa
[tomando como referência para a designação a baixa prévia do saldo acumulado (10/03)], com nossa
tabela ficando assim:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -
03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 (AP) -
04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 (BP) -
05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000
06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta
09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 (AP) alta
10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 (BP)
11/03/03 Beta 10,01 60.000 180.000
12/03/93 Beta 10,00 40.000 140.000
13/03/93 Beta 9,99 50.000 90.000 baixa

Na sua atividade diária, você pode fazer a leitura dos OBVs das ações individuais organizando planilhas
do tipo aqui apresentado ou, se tiver um programa que calcule o OBV, visualizá-lo graficamente, tal
como o exemplo do OBV do índice Bovespa, a seguir:

116
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Como o índice Bovespa é composto por um grupo de ações de pesos diferentes, utilizo um recurso criado pelo
Granville que direciona melhor o destino do volume financeiro de cada dia (Somente o lote padrão do BDI1∗.
Fracionário, termos, opções, etc, não devem ser computados para não gerarem distorções). Em vez de somar ou
subtrair este volume diariamente em função da oscilação positiva ou negativa do índice, soma-se ou subtrai-se
o volume financeiro do dia ao saldo acumulado em função do comportamento da LAD do mercado. Deste
modo, mesmo que o índice tenha caído em relação ao seu fechamento do dia anterior, se o saldo da LAD do
mercado foi positivo, soma-se ao saldo acumulado e vice-versa, se o índice tiver subido em relação ao fechamento
do dia anterior, mas o saldo da LAD do mercado tiver sido negativo, isto é, mais baixas do que alta, subtrai-se do
saldo acumulado o volume financeiro deste dia.

Os dias 16, 17 e 18 foram de altas consecutivas. Os preços e volumes respectivos foram:

16/03 R$10,00 30.000


17/03 R$10,01 50.000
18/03 R$10,02 100.000

Transferindo para nossa tabela, temos:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -
03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -
04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 - -
05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 - -
06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -
09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 (AP) alta -
10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 (BP) -
11/03/03 Beta 10,01 60.000 180.000 (AP) -
12/03/93 Beta 10,00 40.000 140.000 -
13/03/93 Beta 9,99 50.000 90.000 (BP) baixa -
16/03/93 Beta 10,00 30.000 120.000 -
17/03/93 Beta 10.01 50.000 170.000 -
18/03/93 Beta 10.02 100.000 270.000 alta ASCENDENTE

1 ∗
BDI: Boletim Diário de Informações — pode ser obtido no site da BMF&BOVESPA clicando em (Ações/Cotações/
Boletim diário).

117
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

No dia 19/03 o preço caiu para 10,01 com um volume de 40.000 ações negociadas, interrompendo o
fluxo de alta, deixando para trás o nível do dia 18/03 como a alta prévia.

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -
03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 (AP) - -
04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 (BP) - -
05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 -
06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -
09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 (AP) alta -
10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 (BP) -
11/03/03 Beta 10,01 60.000 180.000 (AP) -
12/03/93 Beta 10,00 40.000 140.000 -
13/03/93 Beta 9,99 50.000 90.000 (BP) baixa -
16/03/93 Beta 10,00 30.000 120.000 -
17/03/93 Beta 10.01 50.000 170.000 -
18/03/93 Beta 10.02 100.000 270.000 (AP) alta ASCENDENTE
19/03/98 Beta 10,01 40.000 230.000 ASCENDENTE

Enquanto as designações das altas e baixas permanecerem ascendentes, diz-se que o campo de
tendência é ascendente. Se as designações de altas e baixas não estiverem engrenadas para cima
nem para baixo, diz-se que o campo de tendência é duvidoso. Enquanto as designações das altas e
baixas permanecerem descendentes, diz-se que o campo de tendência é descendente.

Na figura 1, você viu como se formam as penetrações que vão gerar os micros níveis de acumulação
e distribuição. O Campo de tendência, por sua vez, é definido pelos ziguezagues dos micros níveis.
Assim, temos:

Uma ou mais penetrações num grupo constituem um agrupamento.


Estes agrupamentos revelam a verdadeira tendência do volume
da ação. Procuramos por tais agrupamentos descendentes ou
ascendentes. Quando uma alta prévia nas leituras do saldo
acumulado é quebrada, sem constituir uma formação de ziguezagues
nos agrupamentos, o campo de tendência é considerado duvidoso.
Um ziguezague descendente nos agrupamentos constitui um
campo de tendência descendente e um ziguezague ascendente nos
agrupamentos constitui um campo de tendência ascendente, conforme
a figura 2, ao lado. A transição usual de crescimento de força mostra
uma ação passando de um campo de tendência descendente para
um duvidoso, e depois para um campo de tendência ascendente.

A partir daqui, acrescentarei novos dados sem comentá-los um a um, apenas para que veja como se
processa a passagem de um campo de tendência para outro. Note que num mercado real, dificilmente
o preço ficará oscilando num intervalo de três centavos e o OBV transitando por diferentes campos
de tendência. Mas, achei melhor exemplificar desta forma para que você pudesse notar a pouca
importância do preço dentro do cenário de acumulação e distribuição. No mundo real é muito comum
(para não dizer quase sempre) o OBV sinalizar na frente, mas, normalmente, quando isto acontece, o
preço tende a acelerar na direção do campo de tendência predominante.

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência
18/03/93 Beta 10.02 100.000 270.000 (AP) alta ASCENDENTE
19/03/93 Beta 10,01 40.000 230.000 ASCENDENTE
20/03/93 Beta 10,00 50.000 180.000 (BP) ASCENDENTE
23/03/93 Beta 10,01 60.000 240.000 ASCENDENTE
24/03/98 Beta 10,02 70.000 310.000 (AP) alta ASCENDENTE
25/03/93 Beta 10,01 50.000 260.000 ASCENDENTE
26/03/93 Beta 10,00 100.000 160.000 baixa ASCENDENTE
27/03/93 Beta 9,99 40.000 120.000 (BP) baixa ASCENDENTE

118
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

30/03/93 Beta 10,00 70.000 190.000 ASCENDENTE


31/03/93 Beta 10,01 100.000 290.000 ASCENDENTE
01/04/93 Beta 10,02 60.000 350.000 (AP) alta ASCENDENTE
02/04/93 Beta 10,01 80.000 270.000 ASCENDENTE
03/04/98 Beta 10,00 90.000 180.000 ASCENDENTE
06/04/93 Beta 9,99 100.000 80.000 (BP) baixa DUVIDOSO
07/04/93 Beta 10,00 60.000 140.000 DUVIDOSO
08/04/93 Beta 10,01 50.0000 190.000 (AP) DUVIDOSO
09/04/93 Beta 10,00 40.000 150.000 (BP) DUVIDOSO
10/04/93 Beta 10,01 60.000 210.000 alta DUVIDOSO
13/04/93 Beta 10,01 100.000 210.000 (AP) alta DUVIDOSO
14/04/93 Beta 10,00 70.000 140.000 (BP) baixa DUVIDOSO
15/04/93 Beta 10,01 50.000 190.000 (AP) DUVIDOSO
16/04/93 Beta 10,00 80.000 110.000 baixa DUVIDOSO
17/04/93 Beta 9,99 40.000 70.000 (BP) baixa DESCENDENTE
20/04/93 Beta 10,00 50.000 120.000 (AP) DESCENDENTE
21/04/93 Beta 9,99 60.000 60.000 (BP) baixa DESCENDENTE
22/04/93 Beta 10,00 70.000 130.000 alta DESCENDENTE
23/04/93 Beta 10,01 40.000 170.000 alta DESCENDENTE
24/04/93 Beta 10,02 30.000 200.000 (AP) alta DESCENDENTE
27/04/93 Beta 10,01 60.000 140.000 DESCENDENTE
28/04/93 Beta 9,99 70.000 70.000 (BP) DESCENDENTE
29/04/93 Beta 10,00 130.000 200.000 DESCENDENTE
30/04/93 Beta 10,01 50.000 250.000 (AP) alta DUVIDOSO
02/05/93 Beta 10,00 70.000 180.000 DUVIDOSO
03/05/93 Beta 9,99 60.000 120.000 (BP) DUVIDOSO
04/04/93 Beta 10,00 80.000 200.000 (AP) DUVIDOSO
05/04/93 Beta 9,99 50.000 150.000 (BP) DUVIDOSO
06/04/93 Beta 10,00 60.000 210.000 alta DUVIDOSO

A tabela acima pode lhe dar uma idéia de como uma ação ou índice de movimenta dentro dos campos
de tendência. Não sei se ficou bem claro, mas voltarei ao assunto.

O importante é saber que enquanto um ativo estiver formando ziguezagues ascendentes nos
grupamentos de alta e baixa, seu campo de tendência é ascendente; quando os grupamentos de
alta e baixa estiverem formando grupamentos laterais das designações de altas e baixas do OBV
estará se movimentando num campo de tendência duvidoso; quando estiver formando ziguezagues
descendentes das designações de altas e baixas do OBV, estará se movimentando num campo de
tendência descendente.

Estou achando que a explicação que dei no início para determinar as designações das altas e baixas
do OBV não ficou boa. Assim, darei uma reforçada, porque é fundamental que esse conteúdo fique
bem entendido.

PREÇO DE SALDO DO
DATA ATIVO VOLUME DESIGNAÇÂO
FECHAMENTO VOLUME (OBV)
01/01/91 BETA 10,00 100.000 100.000
02/01/91 Beta 10,01 50.000 150.000
03/01/91 Beta 10,02 70.000 220.000
04/01/91 Beta 10,01 80.000 140.000
05/01/91 Beta 10,02 100.000 240.000 ALTA

Quando calculamos o OBV de um ativo qualquer, o que queremos saber é se este ativo está sendo
acumulado ou distribuído. Esta informação é obtida comparando-se o nível atual do OBV com as altas
e baixas prévias. O que são as altas e baixas prévias?
Na tabela acima, por exemplo, nos dias 02 e 03, o mercado subiu e adicionamos os respectivos volumes
ao saldo acumulado do volume. No dia 04, o preço caiu e subtraímos o volume do saldo acumulado
do volume (OBV). Para efeito de perfuração, quando houver uma sequência de leituras ascendentes,
a que vale como referência para comparação é o saldo mais alto da última vez que o preço subiu

119
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

(03/01/91). Pode ter sido apenas um dia de alta ou, no caso de uma sucessão, o saldo mais alto. O
inverso é válido para uma perfuração para baixo. No exemplo acima, o saldo do volume cresceu até
o dia 03/01, e no dia 04/01 o preço caiu. Neste caso, o saldo do dia 03/01 passa a ser o nível da alta
prévia que servirá de parâmetro para uma penetração ascendente.

Como no dia 04/01 o preço caiu e voltou a subir no dia seguinte, gerando uma penetração ascendente,
o dia 04/01 ficou sendo, até que ocorra uma nova queda, o nível da baixa prévia para referência de
uma penetração descendente. É importante que saiba que se o mercado voltar a cair e, neste processo
interromper sua queda num nível superior (de saldo acumulado) à baixa prévia do dia 04/01, este novo
saldo acumulado será a nova referência da baixa prévia.

Toda vez que o preço fechar igual ao do dia anterior, ou a ação não for negociada, o volume não
é subtraído nem adicionado ao saldo, e as demais condições se repetem.

Não sei se fui claro no exemplo dos campos de tendência. Mas, se você raciocinar em termos de
ziguezagues, o entendimento ficará mais fácil. No primeiro caso, você utiliza as altas e baixas prévias
para definir as perfurações. Nos campos de tendência suas referências são os ziguezagues das
penetrações. Se formarem um ziguezague ascendente, o mercado estará num campo de tendência
ascendente e assim por diante. Esta condição prevalece até prova em contrário, isto é, até que o
grupamento das altas e baixas quebre o padrão do ziguezague do campo de tendência predominante
naquele momento.

A maioria dos softwares de análise técnica possui a ferramenta do OBV que normalmente é mostrado
numa forma gráfica, conforme abaixo:

Na prática, utilizo o gráfico do OBV de cada ativo para confirmar ou não os rompimentos dos preços
em pontos estratégicos. Assim, se o preço estiver rompendo uma resistência ou penetrando um
suporte importante gosto de ver na evolução do OBV um desdobramento similar ao do gráfico de preço
confirmando o movimento do preço.

120
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

No gráfico diário de ITAÚSA PN (o da esquerda no quadro acima), você pode ver que nas duas vezes
em que o preço rompeu o topo histórico anterior gerando um ponto de compra, não houve a confirmação
pelo OBV. Já no gráfico da direita (DASA ON) o rompimento se deu antes que o preço rompesse o TH,
antecipando o provável rompimento do TH pelo preço, o que foi confirmado mais adiante.

Sempre dou preferência por comprar (ou vender) ações em que o movimento do preço está sendo
confirmado pelo do OBV. Assim, seria comprador da DASA ON no rompimento do seu TH, mas não
teria sido comprador nas duas oportunidades em que ocorreram as falhas em ITAÚSA PN. É importante
mencionar que muitas vezes o preço rompe um nível importante sem a confirmação do OBV e nem por
isso deixa de seguir em frente na direção do rompimento, mas dou preferência ao rompimento que vem
junto com a confirmação. De acordo com Granville o volume precede o preço.

Partindo da premissa que o volume precede o preço, o OBV é um indicador que, em ocasiões decisivas,
quando os preços encontram-se próximos de um nível de suporte/resistência, sob fogo cerrado,
frequentemente antecipa os seus movimentos.

121
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

No gráfico anterior, após uma tendência de alta que durou cerca de 10 anos, o DJ deixou para trás um
topo em 9.367,6 pontos e seguiu numa correção até 01/09/98, quando, após ter retraçado 21% da alta
prévia, volta a subir rumo ao teste do topo principal. Em 5 de novembro desse ano, embora o índice
estivesse longe de romper seu topo principal e retomar a tendência de alta anterior, o OBV, com dois
meses de antecipação, num processo de acumulação, já sinalizava que isto deveria acontecer.

No gráfico acima, podemos ver outro tipo de leitura proporcionada pelo OBV. Enquanto a Petrobrás
continuava numa de tendência de baixa até o fundo B, a divergência ocorrida com o OBV pela não
confirmação da penetração do fundo A sinalizava (antecipava) que o fundo do preço era um excesso e
que estava pronto para iniciar uma nova tendência de alta.

O uso combinado da LAD e do OBV do mercado, juntamente com algumas médias móveis, permite
detectar a saúde interna do mercado, se ele está respirando bem, enfim, com eles é possível tirar uma
radiografia do estado geral do mercado de uma forma fácil de ser compreendida.

Pessoalmente, prefiro saber que o mercado, por exemplo, está em tendência de alta avaliando seus
ziguezagues associados a um número crescente de ações subindo de preço e gerando uma linha de
avanço e declínio ascendente, confirmada por um OBV do mercado indicando que ele se encontra
num processo de acumulação, do que obter esta confirmação através de outros indicadores, que
provavelmente enviem mensagens semelhantes, mas através de fórmulas matemático-estatísticas,
para mim, mais difíceis de assimilar. Gosto destas ferramentas porque elas são simples e me informam
tudo que preciso saber sobre o estado geral do mercado no momento de elaborar minhas estratégias
operacionais.

122
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

4. O Indicador de Clímax

Para construir o Indicador de Clímax será preciso que saiba classificar corretamente a designação de
cada furo do OBV. Para facilitar a classificação segue uma simulação de todas as situações possíveis
de desdobramento de um OBV.

Consideremos que a parte final do gráfico do OBV de um ativo esteja mostrando o seguinte
desdobramento:

1)
No momento em que o fundo anterior (linha pontilhada) foi penetrado, o OBV recebeu
a designação de BAIXA. Enquanto prosseguir caindo ou o ativo não for negociado
nos dias posteriores ou fechar igual ao dia(s) anterior(es), a classificação do OBV
permanecerá como BAIXA.

2)

No dia em que o preço do ativo subir sem que o volume tenha sido grande o
suficiente para impulsioná-lo acima do topo anterior (linha preta pontilhada), o
OBV perde a designação de BAIXA e fica neutro.

3)

Enquanto o preço prosseguir subindo sem que o volume acumulado não


ultrapasse o topo anterior (linha preta pontilhada), a designação do OBV
continua sendo neutra.

4)

Se antes de ultrapassar o topo anterior (linha preta pontilhada) o preço


cair sem que o volume tenha sido grande o suficiente para impulsioná-lo
abaixo do fundo anterior (linha azul pontilhada), a designação do OBV
continuará neutra.

5)

Se o preço voltar a subir antes de o saldo do volume (OBV) ter penetrado


o fundo anterior (linha azul pontilhada) e o volume não for grande o
bastante para ultrapassar o topo anterior (agora a linha vermelha
pontilhada), a designação do OBV continua neutra e assim permanecerá
enquanto não houver um rompimento do topo ou do fundo anterior.

123
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

6)

Uma vez que o preço prossiga subindo e o acumulado do saldo do


volume (OBV) ultrapasse o topo anterior (linha vermelha pontilhada),
a designação do OBV passa a ser ALTA.

7)

Se, no estágio (5), em vez de subir, o preço cair com volume suficiente
para penetrar o fundo anterior (agora a linha verde pontilhada), o OBV
volta a ficar com a designação de BAIXA.

8)
Nos exemplos que vimos até agora, por uma coincidência, todas as
ultrapassagens dos topos e dos fundos anteriores foram formando
ziguezagues, mas não é necessário que assim seja. Neste exemplo,
ao ultrapassar o topo anterior (linha marrom pontilhada), a designação
do OBV também passa a ser de ALTA. É importante que fique claro
que para receber a designação de ALTA ou de BAIXA a regra básica é
que um topo ou fundo anterior seja penetrado sem a necessidade
de simultaneamente estar ocorrendo um ziguezague.

Finalizando este tema, resta reforçar que a definição do Campo de Tendência em Ascendente,
Descendente e Duvidoso obedece ao mesmo critério de classificação das tendências de alta, de baixa
ou indefinida, conforme você pode ver no exemplo abaixo, onde ao lado do gráfico das designações
de ALTAS e BAIXAS, pode-se ver o gráfico do Campo de Tendência construído considerando-se as
extremidades dos grupamentos das designações.

124
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Se o OBV de um ativo permite detectar se ele está sendo acumulado ou distribuído, o conjunto dos
OBVs de um grupo de ativos pode nos fornecer uma amostragem da força do mercado. Reunidos, eles
nos informam se o mercado está acumulando ou distribuindo, mas principalmente quando está ficando
sobre-comprado ou sobre-vendido.

Observação: o nível diário do indicador de Clímax é calculado com base na diferença entre as
ações cujos OBVs estejam fazendo alta e os que estejam fazendo baixa. Se não estiver fazendo
uma coisa nem outra, está fora da contagem.

Suponha, por exemplo, que num dado momento o índice Bovespa fosse composto por 10 ações.

Diariamente, devemos determinar o OBV de cada uma das ações e extrair o saldo (o Indicador de
Clímax). Isto nos permitirá, com base no volume, apurar se o mercado está sobre-comprado ou sobre-
vendido. Como estamos trabalhando com um universo de 10 ações, se todas as ações estiverem
ziguezagueando para cima, o limite máximo de sua leitura será +10; se todas estiverem ziguezagueando
para baixo o limite mínimo de sua leitura será –10.

Para que você possa construir o seu Indicador de Clímax, imaginemos uma sequência de três semanas
de mercado. No primeiro dia de apuração do Clímax constatamos que das 10 ações, três delas tiveram
o seu OBV fazendo ALTA e uma fazendo BAIXA. As demais ficaram neutras. Prosseguindo com esta
apuração nos dias seguintes, colocando os dados numa tabela e depois plotando o gráfico do indicador,
teremos:

Com o tempo você descobrirá que os limites raramente são atingidos. Quando atinge cerca de 80%
a 85% do que pode alcançar, o indicador começa a perder força e a caminhar na direção oposta,
passando de sobre-comprado para sobre-vendido e vice-versa. Usualmente, o percurso do topo ao
fundo se completa em torno de cinco pregões, mas pode demorar mais ou menos dependendo do
volume de negociação.

Além de proporcionar uma excelente percepção do Timing de curto prazo, este indicador é muito bom
para operar o índice Futuro da Bovespa, principalmente a favor da tendência predominante. Conforme
pode observar na próxima página nos gráficos do Indicador de Clímax e do Índice Futuro, de março de
2007 até fevereiro de 2008 foram geradas 5 operações de venda e 5 operações de compra, quando o
Clímax veio abaixo ou acima de -40 ou + 40, que são as extremidades que devem ser consideradas
para se iniciar uma operação. Se ocorrer um ponto de retorno abaixo ou acima desse intervalo não se
opera, pelo menos baseado no Clímax.

125
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

126
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

Se quiser criar um oscilador de médio prazo do grau de sobre-comprado e sobre-vendido do Bovespa


basta suavizar o Indicador de Clímax construindo uma média móvel de 21 períodos.

Como você pode notar, a suavização transforma o indicador numa ferramenta de reversão da tendência
de médio prazo. Para tornar mais fácil a identificação dos pontos de retorno a serem considerados, o
próprio histórico revela que todos aqueles iguais ou acima da banda de +5 e iguais ou abaixo da banda
de –5 devem ser seguidos. Note, também, que as disparidades acionam novas compras ou vendas,
conforme o caso.

Tudo que vimos até agora, exceto a média móvel suavizada do clímax, uma adaptação pessoal, foi um
pequeno resumo de um ou dois capítulos da obra Timing - A Nova Estratégia Diária de Maximização
dos Lucros no Mercado de Ações, de Joseph Granville. Não só para mais detalhes sobre o assunto
volume, mas, também, pela qualidade de outras ferramentas, bem como pela profunda abordagem
psicológica sobre o mercado e seus participantes, recomendo sua leitura. Depois de ler seu livro tive
de rever todos os meus conceitos sobre o mercado e, a cada dia que passa, aumenta o meu respeito
por sua lucidez e pela simplicidade dos seus conceitos. Juntamente com Charles H. Dow, Joe Ross e
Jim Slomam, Granville compõe a linha de frente da Análise Técnica.

127
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DAS PARTES 3 E 4 DO CAPÍTULO IV:

1. No sentido de verificar acumulação/distribuição qual é a diferença entre a Linha de Avanços e


Declínios e o Saldo do Volume (OBV)?

2. Classifique de acordo com as designações de ALTA, BAIXA e NEUTRO os gráficos dos OBVs
abaixo:

3. Que volume deve ser utilizado para se construir o OBV de um índice e qual deve ser a referência
correta para se adicioná-lo ou subtraí-lo ao saldo do OBV?

4. Observe os gráficos abaixo e informe qual dos três OBVs está confirmando o desdobramento do
preço.

128
Capítulo IV: Ferramentas auxiliares para definição do cenário geral do mercado

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DAS PARTES 3 E 4 DO


CAPÍTULO IV:

1. A LAD faz esta verificação para grupos de ações enquanto o OBV faz o mesmo individualmente.

2.

3. O volume deve ser o financeiro do mercado à vista e a referência é o saldo da LAD do mercado. Se
for positivo soma-se o volume, se for negativo subtrai-se.

4. O Gráfico da esquerda.

129
Capítulo V: O Índice de Força do Mercado (IFM)

Capítulo V: O Índice de Força do Mercado (IFM)


Como você verá mais adiante, a metodologia operacional que está sendo apresentada neste livro é do tipo “Tentativa
e Erro”. Por desconhecer, antes de iniciar uma operação, se ela evoluirá favoravelmente ou não, ao longo dos últimos
anos desenvolvi e publiquei regularmente na revista eletrônica Timing uma ferramenta para avaliar tecnicamente
os fundamentos do mercado e aumentar as probabilidades de acerto nas operações de compra e venda.

O Índice da Força do Mercado (IFM) é um indicador composto, fruto da combinação de múltiplas


variáveis (forças) dentre as quais se destacam: as principais tendências do mercado vistas através
dos principais índices ponderados de composições distintas (nominais e dolarizados); índices setoriais
aritméticos; médias móveis; indicadores de volume e contagem das tendências das ações. Reunidas,
me permitem identificar a força predominante através desse raio-x do mercado.

Sem grandes preocupações matemático-estatísticas, apenas usando um pouco de sensibilidade,


passei a atribuir pesos diferenciados para estas forças. Assim, se a maioria dos índices de ações se
encontra numa primária de alta ou de baixa, atribuo um valor de 10 unidades de força; se a maioria
dos índices se encontra numa secundária de alta ou de baixa valem, 5 unidades; se a maioria dos
índices se encontra numa terciária de alta ou de baixa, valem 1 unidade. Indicadores primários, como a
direção das médias móveis de 200 dias do Bovespa e da LAD do mercado, a razão entre as tendências
primárias etc., também têm um valor de 10 unidades. Enfim, tudo que se referir ao primário, vale 10
unidades de força, ao secundário 5 unidades e ao terciário uma unidade de força.

No início atribuía aos índices setoriais, construídos segundo a técnica da LAD, o mesmo valor unitário de
força. Com o tempo percebi que os setores de Telecomunicações e Energia, que são formados por mais
de 40 ações cada, não podiam ter o mesmo peso que os demais e mudei o seu valor para 3 unidades de
força. Recentemente, devido ao grande aumento da quantidade de ações através dos IPOs dos últimos
anos fiz o mesmo com o setor de Construção (onde entram todas as empresas ligadas ao setor).

O Índice de Força do Mercado é determinado pela diferença entre as forças ascendentes (que estão empurrando
o mercado para cima) e as forças descendentes (que estão empurrando o mercado para baixo). Se o saldo for
positivo é um sinal para privilegiar as operações de compra e se for negativo as de venda. Sendo um indicador
semanal não precisa ser atualizado diariamente, mas a maior parte dos seus componentes precisa.

A construção dos gráficos setoriais é diária, mas no indicador a classificação é feita numa base semanal.
Todo fim de semana classifico a tendência dos gráficos setoriais semanais e transfiro para a planilha
de cálculo da próxima página.

Na identificação da tendência predominante dos principais índices, trabalho com sete índices de forma
que se a maioria (4) estiver na mesma direção atribuo o peso da força correspondente à periodicidade.
Na planilha da próxima página, por exemplo, na Tendência Primária de Baixa dolarizada, quatro índices
estão em tendência de baixa. Como existe uma maioria (4 em 7), atribuo o peso de 10 unidades de
força descendente. Já na Tendência Primária de Baixa nominal, em que apenas dois setores estão em
tendência de baixa, portanto sem maioria, não há acréscimo de força.

Para pontuar o Campo de Tendência calculo o campo de tendência do Índice Bovespa e do IBX
nominais e dolarizados e só contribuirá com unidade de força 5 se os quatro estiverem em harmonia,
sintonizados na mesma direção. Se apenas um deles divergir não entram na contagem.

Nos índices, desenvolvi um por setores que chamei de Índice Setorial do Mercado (ISM) — construído numa
base diária computando o saldo entre os setores que tiveram mais ações caindo do que subindo, ou vice-
versa, e acumulando ao saldo do dia anterior. Se um setor ao final do dia teve mais ações subindo do que
caindo, portanto um saldo positivo, independente do tamanho do saldo (tanto faz 1 como 10), ele vai contar
como um fator positivo na contagem final, quando verifico quantos setores subiram ou caíram a cada dia e
extraio o saldo. Este saldo é que vai ser somado ou subtraído ao acumulado anterior. Assim, se 15 setores
caíram e 7 subiram, o saldo do dia é (8). Como foi negativo, será subtraído do saldo acumulado.

As razões entre as ações em tendência de alta e de baixa são calculadas sobre todas as ações negociadas no mercado
numa base cumulativa semanal. Verifico o saldo diariamente, mas só computo o saldo do último dia de operações
de cada semana. Para fazer a mão é muito trabalhoso. Mas, os clientes da Link Trade terão essa informação na
revista Timing disponibilizada semanalmente na área de indicadores técnicos no site do homebroker.

131
Capítulo V: O Índice de Força do Mercado (IFM)

Uma vez definida a contagem das forças, extraio o saldo e transfiro para uma planilha excel do seguinte
forma:

Com os dados obtidos nas colunas acinzentadas construo o gráfico.

132
Capítulo V: O Índice de Força do Mercado (IFM)

Sendo uma ferramenta que tem um limite de forças tanto positivas como negativas, introduzi uma
linha de referência no nível zero de forma que, se o saldo das forças for maior do que zero, assumo
que o mercado se encontra sob o predomínio das forças ascendentes e se estiver abaixo, das forças
descendentes.

Ao definir as minhas estratégias operacionais procuro estar sempre em sintonia com o indicador. Assim,
nos períodos em que trabalha acima do nível zero, privilegio as operações de compra e, quando está
abaixo, as operações de venda.

A partir de janeiro de 2003, quando comecei a utilizar o indicador, como você pode ver na planilha de
cálculo completa, o mercado vem trabalhando a maior parte do tempo sob a predominância das forças
altistas por estar em tendência de alta. As três últimas grandes correções terminaram quando o indicador
veio abaixo do nível zero, mas como foram correções secundárias, logo após o indicador retornou para
a região das compras. Nesta última correção em andamento também é possível que o seu ingresso na
região abaixo do nível zero em maio de 2010 venha a ser mais uma correção secundária. Se não for e
o mercado consolidar a tendência de baixa, durante um bom tempo deveremos ver o inverso do que foi
visto até agora, isto é, o indicador passando a maior parte do tempo abaixo do nível zero e nas vezes
que for acima estaremos próximos do fim das correções dentro da tendência de baixa.

133
Capítulo V: O Índice de Força do Mercado (IFM)

APÊNDICE II: O que está por trás do movimento dos preços

Para que possa entender a simetria dos gráficos será preciso entender a dinâmica da formação dos
níveis de suportes e resistências num gráfico em movimento.

Suponha que o gráfico de barras ao lado mostre o desdobramento do


mercado numa tendência de baixa, onde cada tic vermelho represente
um negócio, isto é, uma compra e uma venda de um lote padrão.

Nos períodos em que a queda acelera, pode-se perceber que o


preço fica parado durante um curto espaço de tempo, gerando
poucos negócios em cada nível. Mas, de tempos em tempos a queda
é interrompida e o preço permanece um longo período de tempo
oscilando numa faixa estreita onde são realizados muitos negócios
(no exemplo ao lado, 56 negócios), gerando uma grande troca de
mãos das ações, isto é, muitos investidores compram nesta faixa de
preço e muitos investidores vendem.

Uma vez que o preço penetre o suporte da congestão, deixará para


trás uma grande massa de comprados e vendidos (já que até atingir
o fundo foram realizados 25 negócios). Os comprados que não
venderam na penetração do suporte, na medida em que o preço
prossegue caindo, têm uma propensão a se tornarem acionistas.

Normalmente, colocam a culpa no mercado e desistem do jogo com o


argumento de que o mercado é um negócio perigoso e que vão parar
de operar até que o preço volte para o nível onde está comprado e
nunca mais aplicarão o seu dinheiro neste negócio tão traiçoeiro.

Quando o mercado pára de cair e volta a ficar congestionado, novos compradores e vendedores
entram no jogo e, novamente, ocorre uma grande troca de posições.

Uma vez rompida a resistência da congestão que se formou no fundo, o preço começa a subir em
busca do vendedor (lembre-se de que o preço sobe pela ausência de oferta).

Como no decorrer da perna de queda a relação de troca foi bem menor do que no interior da congestão, até o preço
retornar ao nível do movimento lateral que precedeu à queda não existem muitos vendedores com preço nem
quantidade para impedir que a subida do preço se processe praticamente na mesma velocidade da queda.

Quando o preço retornar para o nível da congestão, que originou a segunda perna de queda, encontrará à sua
espera os antigos comprados que viraram acionistas. Como não saíram das suas posições na penetração
da congestão e decidiram se tornar acionistas também não serão vendedores durante a subida, já que se
mantiveram comprados durante toda a queda assumindo o prejuízo embutido. Todavia, no momento em que o
preço retornar ao nível onde estão comprados agradecerão aos céus e pularão fora do mercado gerando uma
pressão de venda do tipo “Moisés fora das águas”. Simultaneamente, os antigos vendidos que podem ter sido
ou não os compradores no fundo terão na lembrança a venda anterior bem-sucedida e se juntarão aos antigos
comprados (acionistas compulsórios) aumentando a pressão vendedora, deste modo dificultando a continuação
acelerada da subida do preço. O que foi um suporte no passado passa a ser uma resistência no futuro.

De cima para baixo, conforme gráfico ao lado, a situação se inverte, mas o


desdobramento segue o mesmo padrão de trocas. Após penetrar o suporte
da congestão do topo, o preço deverá encontrar facilidade para prosseguir
caindo até o nível da congestão que antecedeu a subida até o topo onde a
antiga resistência se transforma num suporte.

134
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Tente encontrar alguma coisa que funcione e fique com ela.


Jessé Livermore

Partindo da premissa de que o mercado é um jogo, a Simetria Sanfonada é um método


que possibilita identificar, projetar e calcular se o próximo movimento merece ou não
uma aposta, ou, em outras palavras, qual o melhor lugar de um gráfico para se fazer
uma aposta.

A Simetria Sanfonada é uma forma de ver os gráficos de preços, partindo da idéia de que o desdobramento
futuro é o reflexo do passado e que quanto mais próximos estivermos do momento AGORA (da última
barra) maiores serão as chances de que o movimento do passado se reproduza inversamente no futuro.
Em outras palavras, o que estiver mais próximo à esquerda de um ponto de retorno é o desdobramento
mais provável na direção contrária. Lembra-se o que vem a ser um ponto de retorno?

Na dinâmica dos mercados, na maior parte do tempo, os preços se deslocam em percursos diagonais
e, em umas poucas ocasiões, em percursos horizontais.

Quando esses percursos formam um ponto de inflexão numa base de fechamento, caracterizam um
ponto de retorno. Um ponto de retorno fica claramente evidente a partir do momento que, em referência
à barra anterior, seu nível extremo não é ultrapassado e o lado oposto é penetrado fechando abaixo ou
acima do dia anterior, conforme a direção.

Assim, numa trajetória ascendente dos preços, a máxima da última barra não é ultrapassada, a mínima
é penetrada e o fechamento fica abaixo do fechamento do dia anterior (A); numa trajetória descendente,
é o inverso, a mínima da última barra não é penetrada, sua máxima é ultrapassada e o fechamento fica
acima do fechamento do dia anterior (A). Algumas vezes, entretanto, o ponto de retorno se forma numa
base de fechamento sem que apareça nas barras. Nestes casos (B), gosto de ver uma prova de força
ou fraqueza fornecida por uma nova barra que complete o padrão normal.

Os extremos das barras que antecedem os pontos de retorno, numa visão dinâmica, é que vão se
constituir nos níveis de suportes e resistências e vão caracterizar os topos e os fundos.
Para efeito da Simetria Sanfonada, os níveis de suporte e resistência a serem observados para as
projeções simétricas e montagens de estratégias operacionais serão os topos e os fundos.

Assim, por exemplo, se estivermos observando o desenvolvimento de uma perna de baixa ou de uma
perna de alta, conforme os diagramas da próxima página, toda vez que surgir um possível ponto de
retorno abre-se uma perspectiva de desenvolvimento similar, mas no sentido inverso.

135
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Existem momentos, entretanto, em que não dispomos de referência simétrica à esquerda (quando a
última barra registra novas máximas ou novas mínimas históricas), local que denominei de “espaço
vazio”. Estes momentos ocorrem quando um gráfico se inicia, ou quando ultrapassa a máxima de todos
os tempos ou penetra a mínima de todos os tempos. Vamos seguir em frente com um desdobramento
imaginário do gráfico da APLI3 para que possa ficar mais claro.

Suponha que ela tenha começado a ser


negociada há cinco dias atrás e nos dias
seguintes só tenha subido, conforme desenho
ao lado.

Do ponto de vista simétrico, até este momento


não há nenhuma referência, pois não existe
nenhuma perna gráfica à sua esquerda,
apenas o eixo vertical. Dessa forma, em termos
simétricos, a ação se move no espaço vazio.

No dia seguinte o preço fechou em baixa,


deixando para trás um ponto de retorno.

Do ponto de vista simétrico, se olhar para o


lado esquerdo da última barra, surge a primeira
referência simétrica, a possibilidade de se
formar um “V” invertido, conforme a projeção da
linha pontilhada.

136
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Mas, em vez de seguir caindo, no dia seguinte, o


preço volta a subir, ultrapassando o topo anterior,
regressando para a região do espaço vazio, sem
nenhuma referência simétrica à sua esquerda.

Nos 4 dias seguintes, o preço seguiu subindo


no espaço vazio sem gerar nenhum ponto de
retorno, continuando sem nenhuma referência
simétrica à sua esquerda.

No dia seguinte, o preço caiu gerando um novo ponto


de retorno e abrindo simetria baixista na forma de um
“V” invertido.

Note que, diferentemente do ponto de retorno anterior,


neste identifica-se na perna de alta à esquerda a
formação de um ziguezague ascendente (tendência de
alta), demonstrando que naquele patamar, quando da
subida inicial, o preço encontrou resistência antes de
prosseguir subindo. Na projeção da simetria de baixa é
de se esperar que aproximadamente no mesmo nível
o preço venha a encontrar suporte.

137
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Depois de prosseguir caindo 5 dias, conforme sugeria a


simetria baixista, no sexto dia surge um ponto de retorno,
interrompendo-a e abrindo espaço para uma simetria altista.
Nesta altura, a simetria mais próxima (sempre o que estiver
mais próximo à esquerda é a probabilidade maior) passou a
projetar uma alta rumo ao topo principal para formar um “V”.

Cabe observar, entretanto, que no diagrama anterior, estava


previsto um ziguezague para baixo, que previa a formação de um
ponto de retorno antes que se completasse a simetria baixista.

É nesse ponto que a sanfona começa a se abrir, pois agora


já temos dois percursos simétricos possíveis: o mais próximo
e provável que é o percurso “V” (Simetria Altista) e o mais
afastado que é o percurso “V” invertido (Simetria Baixista).

Interrompendo a sequência, vamos analisar as duas alternativas simétricas separadamente.

Inicialmente, vamos supor que o mercado seguiu subindo cumprindo a simetria altista até alcançar
o topo anterior, sabidamente uma resistência no caminho para o espaço vazio, conforme o próximo
diagrama.

Se o preço romper a resistência proporcionada pelo


topo principal, entramos no espaço vazio e ficamos
sem referência simétrica até que se forme um ponto
de retorno, quando se abrirá uma simetria baixista.

Entretanto, se o preço não ultrapassar a resistência


e ocorrer um ponto de retorno, passaremos a ter uma
simetria baixista. No início do movimento, a simetria
mais próxima apontará para uma queda rumo ao
suporte proporcionado pelo fundo anterior para
formar um “V” invertido, e a simetria mais afastada
uma queda rumo ao suporte proporcionado pelo
fundo inicial em “M” abrindo o leque da sanfona, pois
a partir da penetração do fundo anterior a referência
simétrica mais próxima à esquerda passa a ser a
perna inicial de subida do “M”

138
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Do ponto de vista simétrico é possível, entretanto, que ao atingir o suporte proporcionado pelo fundo
anterior, ao iniciar o zague do esperado ziguezague para baixo, em vez de voltar a cair para completá-
lo, prossiga na simetria mais próxima em forma de “V” rumo ao teste do topo principal. Neste caso,
teríamos:

Toda vez que ocorrer um ponto de retorno


num nível de suporte importante, ainda que a
simetria mais afastada indique a continuação
do movimento, a simetria mais provável será
sempre a mais próxima, neste caso, um
desdobramento em forma de “V”.

Vejamos agora, a segunda alternativa simétrica, na qual o preço cumpriria a simetria baixista até
alcançar o fundo principal, sabidamente um obstáculo (suporte) ao ingresso no espaço vazio, conforme
diagrama a seguir.

Ao completar a simetria baixista em forma


de “V” invertido e alcançar o suporte
proporcionado pelo fundo principal surgiriam
dois cenários alternativos: a) penetrar o
fundo principal e ingressar no espaço vazio
permanecendo sem referência simétrica até
que se formasse um ponto de retorno; b) voltar
a subir sem ter penetrado o fundo principal,
neste caso abrindo uma simetria altista em
forma de “V” rumo ao topo principal. Neste
percurso, o movimento de subida encontraria
uma resistência intermediária no topo anterior,
onde ocorreu um ziguezague descendente na
perna de baixa prévia (o lado esquerdo do “V”
em formação).

Do ponto de vista simétrico é possível, entretanto, que ao atingir a resistência proporcionada pelo topo
anterior, ao iniciar o zague do esperado ziguezague para cima em vez de voltar a subir para completá-
lo, prossiga na simetria mais próxima em forma de “V” invertido rumo ao teste do fundo principal. Neste
caso, teríamos:

139
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Toda vez que ocorrer um ponto de retorno


num nível de resistência importante, ainda
que a simetria mais afastada indique a
continuação do movimento, a simetria mais
provável será sempre a mais próxima, neste
caso, um desdobramento em forma de “V”
invertido.

Para encerrar os esclarecimentos sobre o que se deve buscar nas alternativas simétricas, seguirei
adiante com o quadro da simetria anterior para deixar bem claro o conceito da visão sanfonada.
Imagine que após atingir o fundo projetado pela simetria baixista tenha ocorrido um ponto de retorno e
se formado uma simetria altista rumo inicialmente à primeira resistência, conforme o gráfico da próxima
página:

Ao atingir a resistência intermediária,


dois cenários poderiam se formar:
a) um ponto de retorno com simetria
baixista rumo ao teste do suporte
formando um “V” invertido (SB);
b) romper a resistência abrindo
uma simetria altista rumo ao topo
principal (SA) em consonância com
a referência simétrica mais próxima,
a perna esquerda de um “W”.

Falta esclarecer porque denominei esta variante de Simetria Sanfonada. Você aprendeu durante a
apresentação deste desdobramento que a simetria mais próxima à esquerda do momento AGORA
é sempre a mais forte (a mais provável de ocorrer). Entretanto, o cenário pode ser ampliado para
um passado mais distante que muitas vezes se confirma. Para tanto, terá que ir se movendo para o
passado. Na falta de um outro nome, por achar esta movimentação parecida com a do fole de uma
sanfona, batizei-a desta forma. Utilizando o gráfico de Bombril na próxima página, esta idéia ficará mais
clara:

140
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

A barra acima do asterisco representa o momento AGORA. A simetria mais próxima é a continuação da
queda até o teste do fundo (projeção em vermelho). Montando as alternativas simétricas para o futuro,
também considero a possibilidade de que a simetria mais afastada (o traçado verde claro), à esquerda
do eixo vertical verde, também possa se repetir.

Ao considerar a hipótese da simetria mais distante, tenho a sensação de que projeto como se fosse o
movimento de aspiração dos foles de uma sanfona, aquele movimento que se faz quando se estica a
sanfona para depois fechá-la.

Veja o que aconteceu em seguida:

Em vez de seguir evoluindo de acordo com a simetria mais próxima, o preço derivou para um
desdobramento de acordo com a simetria mais afastada, formando uma Cabeça e Ombros de reversão
para alta.

141
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

1. O Fator TEMPO na Simetria Sanfonada

Embora não tenha uma precisão matemática, o fator tempo não pode ser desprezado na projeção do
desdobramento das alternativas simétricas.

Assim, se uma tendência de baixa durou cerca de 6 meses, deve-se esperar que o movimento
simétrico na direção oposta se estenda por um período de tempo parecido. Entretanto, não é uma
regra rígida. De fato, o que importa é que o perfil fique parecido, mas não necessariamente com um
ângulo inversamente igual.

O diagrama abaixo ajudará a ilustrar o que estou querendo dizer.

Se uma perna de alta foi construída no tempo


T, é de se esperar que o movimento inverso
se desdobre no mesmo tempo T. Entretanto,
se gastar um tempo menor T- ou maior T+ não
fará muita diferença, mas sempre ficará em
torno do tempo T. Dificilmente surgirão grandes
distorções.

O aspecto mais importante será sempre a


similaridade do perfil.

Vejamos alguns exemplos:

No gráfico de ACES4 a simetria altista se consolidou em 30/01/04 no rompimento da congestão em


que se encontrava nos seis anos anteriores. Para se projetar quanto tempo será necessário para que o

142
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

preço atinja o topo de 30/11/94, inicialmente deve-se traçar uma linha horizontal no nível do rompimento
voltando para trás até encontrar o mesmo nível equivalente na perna de baixa. Em seguida, mede-se o
tempo que foi necessário para o preço sair do topo de 30/11/94 até chegar ao nível de equivalência do
rompimento em 31/10/97, neste caso, 23 meses.

Depois de determinar o tempo de duração da perna de baixa deve-se adicionar este tempo ao ponto de
ruptura da consolidação da tendência de alta ocorrido em 30/01/04 chegando-se a 29/12/96, conforme
desdobramento abaixo:

Como você pode ver, ocorreu um atraso de um ano, mas observando-se o perfil do desdobramento
pode-se afirmar que a simetria foi visualmente perfeita. Normalmente, quando a projeção simétrica
é para cima, existe uma propensão do movimento de subida ser mais lento do que o movimento da
queda.

No gráfico de BOBR4 a simetria baixista se consolidou em 18/10/96 no rompimento da congestão em


que se encontrava nos quatro meses anteriores. Para se projetar quanto tempo será necessário para
que o preço atinja o fundo de 11/04/96, inicialmente deve-se traçar uma linha horizontal no nível do
rompimento voltando para trás até encontrar o mesmo nível equivalente na perna de alta. Em seguida,

143
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

mede-se o tempo que foi necessário para o preço sair do fundo de 11/04/96 até chegar ao nível de
equivalência do rompimento em 18/10/96, neste caso, 77 dias.

Depois de determinado o tempo de duração da perna de alta deve-se adicionar este tempo ao ponto
de ruptura da consolidação da tendência de baixa ocorrido em 18/10/96 chegando-se a 03/01/07,
conforme desdobramento abaixo:

Como pode ver, ocorreu uma antecipação de 15 dias, mas observando-se o perfil do desdobramento
pode-se afirmar que a simetria foi quase perfeita. Normalmente, quando a projeção simétrica é para
baixo, existe uma propensão do movimento de queda ser mais rápido do que o movimento da subida,
mas não obrigatoriamente.

É raro, mas algumas vezes, principalmente em formações de curto prazo, ocorre o rompimento de uma
congestão que logo após é abortado e o preço volta para testar o fundo novamente. Nestes casos,
normalmente, o tempo gasto na formação da segunda base será parecido com o da construção da
primeira base.

Convém enfatizar que os níveis de


suporte/resistência formados durante
o desdobramento do que virá a ser a
referência simétrica, serão os locais
onde deverão ocorrer os níveis de
resistência/suporte nas projeções das
alternativas simétricas. Assim, se o
preço vinha caindo numa perna de baixa
e num determinado nível a queda foi
interrompida temporariamente, enquanto
o preço passou alguns dias trabalhando
naquela região antes de prosseguir na
direção prévia, numa volta simétrica
será em torno daquele nível que o preço
deverá encontrar resistência.

144
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

2. Desdobramentos mais prováveis dos gráficos de barras

Enquanto desenvolvia a metodologia da Simetria Sanfonada, simultaneamente, fiz uma pesquisa para
tentar identificar padrões que pudessem enquadrar os possíveis desdobramentos de todos os gráficos
do ponto de vista simétrico. Depois de visualizar milhares de gráficos de diferentes bolsas e mercados,
consegui resumi-los a oito padrões conforme se segue:

2.1. Cenário I: congestão num fundo com referência simétrica de alta

Quando um gráfico vem em tendência de baixa,


ocorre um repique, depois volta a cair até o fundo
anterior, e antes que o fundo tenha sua penetração
confirmada, ocorre o terceiro ponto de retorno que
começa a caracterizar uma congestão.

Projetando-se as alternativas simétricas mais


prováveis temos:

Alternativa 1: o preço volta a cair, confirmando a


penetração do fundo anterior e entra no espaço
vazio.

Alternativa 2: O preço sobe até o topo anterior, bate


na resistência e volta a cair na direção do suporte
proporcionado pelo fundo da congestão.

Alternativa 3: Após cumprir o percurso da Alternativa 2, em vez de voltar a subir do suporte,


penetra-o e entra no espaço vazio.

Alternativa 4: O preço rompe a congestão para cima e descreve o percurso simétrico da alta com
resistências aproximadamente nos níveis onde se formaram suportes durante a tendência de queda.

Cabe mencionar que a numeração dos possíveis desdobramentos simétricos não representa
prioridade, apenas o cenário dos mais prováveis desdobramentos simétricos. Do ponto de vista
operacional o que importa mesmo é a identificação dos possíveis locais de compra e venda
em função da simetria que poderá assumir o desdobramento na continuação dos negócios. Ou
seja, uma vez definidas as alternativas simétricas, fico conhecendo os locais onde vou querer
operar, caso o desdobramento futuro derive para uma das alternativas acima.

Exemplo de um rompimento para cima de uma congestão de fundo (Dow Jones): Alternativa 4

145
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

2.2. Cenário II: congestão num topo com referência simétrica de baixa

Alternativa 1: o preço volta a subir, confirmando a


penetração do topo anterior e entra no espaço vazio.

Alternativa 2: O preço cai até o fundo anterior, bate


no suporte e volta a subir na direção da resistência
proporcionada pelo topo da congestão.

Alternativa 3: Após cumprir o percurso da


Alternativa 2, em vez de voltar a cair da
resistência, penetra-a e entra no espaço vazio.

Alternativa 4: O preço rompe a congestão


para baixo e descreve o percurso simétrico da
queda com suportes aproximadamente nos
níveis onde se formaram resistências durante a
tendência de alta.

Exemplo de um rompimento para baixo de uma congestão de topo (Bombril pn): Alternativa 4

146
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

2.3. Cenário III: topo em “/\“ (V invertido) no espaço vazio com simetria para baixo

Alternativa 1: o preço corta a linha de tendência


de alta e segue caindo, entrando em tendência
de baixa, fazendo uma simetria espelhada da
tendência de alta prévia.

Alternativa 2: o preço, depois de cortar a linha de


tendência de alta e atingir o suporte proporcionado
pelo fundo anterior da tendência de alta prévia, corta
a linha de tendência de baixa para cima, faz um
pequeno repique simétrico e volta a cair enquadrando-
se no desdobramento da alternativa 1.

Alternativa 3: o preço, depois de cortar a linha de


tendência de alta, segue caindo até cortar a linha de
tendência de baixa para cima e prossegue subindo
rumo ao teste da resistência oferecida pelo topo
principal e volta a cair formando um topo duplo.

Alternativa 4: o preço, depois de cortar a linha


de tendência de alta, segue caindo até voltar a
subir e cortar a linha resistência, na continuação
rompendo a resistência oferecida pelo topo
principal retornando ao espaço vazio.

Exemplo de um topo em “ /\ “ (V invertido) no espaço vazio com simetria para baixo (CESP ON):
Alternativa 1

147
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

2.4. Cenário IV: fundo em ”V“ no espaço vazio com simetria para alta

Alternativa 1: o preço corta a linha de


tendência de baixa e segue subindo, entrando
em tendência de alta, fazendo uma simetria
espelhada da tendência de baixa prévia.

Alternativa 2: o preço, depois de cortar a linha


de tendência de baixa, segue subindo até
cortar a linha de tendência de alta, e rompe
o suporte oferecido pelo fundo principal
retornando ao espaço vazio.

Alternativa 3: o preço, depois de cortar a linha


de tendência de baixa, segue subindo até
cortar para baixo a linha de tendência de alta
e prossegue caindo rumo ao teste do suporte
oferecido pelo fundo principal e volta a subir
formando um fundo duplo.

Alternativa 4: o preço, depois de cortar


a linha de tendência de baixa e atingir a
resistência proporcionada pelo topo anterior
da tendência de baixa prévia, corta a linha de
suporte para baixo, faz um pequeno repique
simétrico e volta a subir enquadrando-se no
desdobramento da alternativa 1.

Exemplo de um fundo em “V“ no espaço vazio com simetria para cima (Copene an): Alternativa 1

148
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Quando examinamos o grau de importância dos Topos e Fundos ou das Resistências e Suportes,
vimos que quanto maior a sua periodicidade, maior a sua importância. Nos quatro desdobramentos
anteriores, onde só havia simetria para um dos lados, trabalhamos com topos e fundos históricos na
medida em que se o extremo sem simetria fosse ultrapassado o preço entraria no espaço vazio e não
teríamos como projetar a continuação do movimento, com exceção dos casos onde o gráfico dolarizado
ainda permitisse alguma projeção simétrica como veremos mais adiante.

Mas, apesar da ausência da simetria para projetarmos a sequência do movimento após as ultrapassagens
destes níveis, eles são, na maioria das vezes, pontos de compra ou venda com enorme potencial altista
ou baixista, conforme o caso.

A razão dessa potencialidade pode ser explicada pelo fato de que como as resistências ou suportes
que se formaram no extremo representam o nível mais alto ou mais baixo de negociação, significando
que até aquele preço existem investidores que venderam ou que ficaram comprados, uma vez
ultrapassados não existe nenhuma defesa para impedir o movimento na direção do rompimento
porque ninguém tem preço para vender. Como um preço sobe pela ausência de vendedores ou cai
pela ausência de compradores, aqueles que venderam e viram o preço acima do seu preço de venda
terão de recomprar mais caro para cobrir suas vendas a descoberto e aqueles que estavam comprados
muito provavelmente não desejarão vender no momento em que saem do prejuízo e o preço começa
a subir gerando um desequilíbrio que provocará uma aceleração da alta do preço. O mesmo raciocínio
se aplica na penetração dos fundos históricos.

Os padrões que apresentam simetrias para cima ou para baixo nos proporcionam a possibilidade de cálculo
da relação risco/recompensa, mas quando se entra no espaço vazio não há como se obter esta relação de
modo confiável, a não ser nos casos onde o gráfico dolarizado permite que ainda se obtenha uma projeção.

Mas, uma coisa é certa: ultrapassagens de topos históricos ou penetrações de fundos históricos
fornecem pontos de compra ou venda com enorme potencial altista e devem ser operadas todas as
vezes que surgirem diante dos nossos olhos. Veja agora alguns exemplos:

No exemplo acima, você pode ver dois gráficos mensais da GGBR4. No gráfico da esquerda, podemos
ver que em 06/10/97 o preço registrou um topo em R$0,60 e depois entrou numa forte correção até
16/12/98, quando registrou uma mínima de R$0,18. Olhando para trás, vemos que o nível de R$0,60
ficou sendo o topo histórico (TH) do gráfico. Se alguém lhe dissesse para aguardar a ultrapassagem do
TH de R$0,60 para fazer uma compra, certamente, sem o conhecimento que tem hoje seria improvável
que o fizesse. Teria visto o preço cair 70% e, para retornar aos 0,60, teria de subir cerca de 234% e
tenho certeza que não teria coragem para comprar preocupado com quanto poderia perder caso não
evoluísse conforme o esperado.

149
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Mas, como você pode ver no gráfico da direita, se o tivesse feito poderia ter obtido um grande lucro já
que o preço subiu para R$1,51, um lucro de 147,54% se tivesse comprado a R$0,61. Em seguida o
preço sofreu nova correção e caiu para R$0,72 corrigindo 52,31% e deixando para trás o novo TH em
R$1,51. Se o preço voltasse a subir, para voltar ao TH seria necessária uma alta de 109,72%. Você teria
coragem de comprar a 1,53, na ultrapassagem do novo TH?

Na continuação mudei a periodicidade do gráfico de mensal para semanal para que você possa
acompanhar mais de perto quantos novos THs foram se formando e como cada nova ultrapassagem
proporcionou um novo ponto de compra até chegar ao TH atual, conforme abaixo:

No próximo rompimento do TH de 41,44 você terá coragem para comprar?

150
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Vejamos um exemplo do outro extremo, quando um Fundo Histórico é penetrado.

No gráfico diário acima podemos ver a partir do seu IPO em 26/08/06 o desdobramento da ABYA3
(Abyara On) até 15/08/08 quando, após ter subido de 7,69 até 37,67, entrou numa forte correção
e veio testar o seu Fundo Histórico (FH). Após ter caído 79,58% do seu topo de 18/07/07 terminou
o dia 15/08/08 penetrando o seu FH. Você teria coragem de iniciar uma venda nesta penetração?
Provavelmente não, mas se na oportunidade tivesse conhecimento do que está sendo apresentado
aqui, veja o que teria acontecido:

Como você pode ver, depois de penetrar o FH de R$7,69, a queda que se seguiu foi maior ainda
do que a queda do TH ao FH. Perceba também que, ao longo da queda, ainda ocorreram mais três
penetrações dos novos FHs, cada uma delas gerando uma nova oportunidade de venda.

Você pode achar que escolhi a dedo os exemplos acima, mas no dia em que tiver um programa de dados
com uma boa base de dados, perceberá que os exemplos acima podem ser encontrados às dezenas,
comprovando o que foi mostrado aqui: Rompimentos de Topos ou Fundos Históricos na grande maioria
das vezes são excelentes oportunidades de compra ou de venda conforme o lado do rompimento.

151
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

2.5. Cenário V: congestão no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preço permanece


oscilando entre os limites superior
e inferior da congestão.

Alternativa 2: o preço corta a


congestão para cima.

Alternativa 3: o preço corta a


congestão para baixo.

Exemplo de um rompimento para cima de uma congestão no meio do caminho com alternativas
simétricas para baixo e para cima (BMIN4): Alternativa 2

152
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

2.6. Cenário VI: congestão no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preço permanece


oscilando entre os limites superior
e inferior da congestão.

Alternativa 2: o preço corta a


congestão para baixo.

Alternativa 3: o preço corta a


congestão para cima.

Exemplo de um rompimento para baixo de uma congestão no meio do caminho com alternativas
simétricas para baixo e para cima (BRKM5): Alternativa 2

153
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

2.7. Cenário VII: topo em “V“ no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preço volta a subir de


onde se encontra e executa um novo
ziguezague ascendente, desdobrando-se
de acordo com a simetria de alta.

Alternativa 2: o preço cede até a linha de


tendência de alta, podendo ir um pouco
além ou um pouco aquém, e volta a
subir executando um novo ziguezague
ascendente.

Alternativa 3: o preço corta a linha de


tendência de alta e se desdobra de
acordo com a simetria de baixa.

Exemplo de um topo em “/\“ no meio do caminho com simetria para cima e para baixo (BMTO4 –
semanal): Alternativa 3

154
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

2.8. Cenário VIII: fundo em “V“ no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preço corta a linha de


tendência de baixa e se desdobra de
acordo com a simetria de alta.

Alternativa 2: o preço sobe até a linha de


tendência de baixa, podendo ir um pouco
além ou ficar um pouco aquém, e volta
a cair executando um novo ziguezague
descendente.

Alternativa 3: o preço volta a cair de


onde se encontra e executa um novo
ziguezague descendente, desdobrando-
se de acordo com a simetria de baixa.

Exemplo de um fundo em “V“ no meio do caminho com simetria para cima e para baixo (IBOVESPA):
Alternativa 1

Creio ter coberto todos os cenários simétricos possíveis de serem encontrados. Se algum me passou
desapercebido, acho que não fará muita diferença, pois o importante é que tenha compreendido como
se projetam as diferentes alternativas simétricas nos diferentes padrões dos gráficos e, se deparar
com algo imprevisto, com o que já sabe, saberá como tratá-lo.

155
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO CAPÍTULO VI:

1. Observe os gráficos do quadro abaixo e indique as alternativas simétricas mais prováveis:

2. No gráfico abaixo, peço que indique onde se situa o eixo central da simetria mais ampla e
que trace as alternativas simétricas mais prováveis

156
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

3. Projete nos gráficos do quadro abaixo os cenários simétricos mais prováveis e tente abrir a
sanfona o máximo possível variando o eixo central.

4. Baseado na simetria, responda: quantos meses seriam necessários para que o preço de
0,50 do momento AGORA atingisse a projeção altista de 2,065?

157
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

5. Trace as alternativas simétricas mais prováveis do gráfico abaixo:

6. Observe o gráfico abaixo e projete as alternativas simétricas mais prováveis.

158
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

7. Observe os desdobramentos dos gráficos abaixo e trace as diferentes alternativas


simétricas.

continua...

159
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

160
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO CAPÍTULO VI:

1.

2.

161
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

3.

4. Em torno de 10 meses.

5.

162
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

6.

7.

continua...

163
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

164
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

165
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

APÊNDICE III: Uma fábula que se aplica como a base filosófica das estratégias
operacionais

UM CONTO DE FADAS MODERNO


Jim Sloman

Era uma vez uma terra encantada chamada Terradomercado, onde um jogo fascinante chamado O
Mercado era jogado na maioria dos dias. O que havia de interessante sobre este jogo era que ele tanto
poderia subir como cair a cada dia e os jogadores fariam suas apostas sobre o que iria acontecer.

Mas existiam complicações, que tinham a ver com o fato de todos os jogadores na Terradomercado
terem opiniões sobre como o mercado se comportaria.

E não apenas opiniões. Os jogadores tinham sistemas, métodos, evidências e análises para corroborar
suas opiniões. Eles tinham os números de Dactyl e as ondas de Pdontiff, as linhas de Xandon e as
proporções de Zigdar. Tinham a herança dos velhos mestres, Oerbot e Caljean. Eles tinham estoques
e ganhos, estudos de fluxo de caixa, mapas astrológicos e os benefícios da análise espectral da
quarta ordem, todos eles extremamente fascinantes. Na verdade, os jogadores tinham muitas coisas
maravilhosas.

O problema, porém, era que algumas vezes os métodos indicavam que o mercado se moveria numa
direção e ele se movia em outra. Este fato deixava todos atônitos e havia longas discussões sobre
como ou por que o mercado podia ser tão perverso. Entretanto, sempre acabavam concordando que
aquilo tinha sido uma aberração temporária do mercado e que as análises e os métodos eram tão bons
como sempre foram.

Mas uma tarde aconteceu algo com um dos jogadores chamado Estoucerto. E ele nunca foi mais o
mesmo. O Sr. Estoucerto havia feito um estudo detalhado dos números de Azerhof, tornando-se uma
das autoridades mais conhecidas da Terradomercado no assunto. E os números de Azerhof, neste
exato momento, diziam que o mercado deveria subir, o que levou o Sr. Estoucerto a comprar uma
grande posição.

Desafortunadamente, logo após o Sr. Estoucerto acabar de montar sua grande posição, o mercado
começou a cair. Isto não preocupou o Sr. Estoucerto excessivamente, desde que tinha concluído que o
mercado deveria subir. Ainda que o mercado (estranha criatura que ele é) não tenha lhe dado nenhuma
atenção. Ele continuou caindo. E caindo. E caindo. E o Sr. Estoucerto (compreensivelmente, desde que
todos nós já vivemos este momento) começou a ficar bastante ansioso e deprimido. Mas ele sabia que
tudo poderia melhorar rapidamente, tão logo o mercado virasse e se movimentasse na maneira que
supôs que iria se mover.

Como em todos os bons contos de fadas existe uma criança, este não é exceção. O Sr. Estoucerto,
tinha uma filha, uma menina bonita com cinco anos de idade chamada Aquiagora, e justamente quando
ele estava pensando sobre sua operação, Aquiagora entrou no seu escritório. Sentindo que havia algo
errado, perguntou o que estava acontecendo.

“Oh nada, querida, você não poderia compreender. Apenas supus que o mercado deveria subir
e isto ainda não aconteceu”.

“Aquilo é o mercado, papai? Aquela linha sobre a tela?”.

“Sim”.

A pequena Aquiagora aproximou-se e observou intencionalmente a linha dentada sobre a tela


do monitor.

“Bem, papai, eu não sei nada sobre o mercado. Mas certamente parece que está caindo”.

166
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

“Bem querida, é por isto que você não entende. Veja você, os números de Azerhof dizem que
absolutamente, positivamente o mercado aqui tem que subir”.

“Eu sei, papai, mas neste momento parece estar caindo”.

“Você não entende, querida. Quando os números de Azerhof e a frequência de Melinxar


concordam, o mercado tem de ir naquela direção”.

A pequena Aquiagora olhou embaraçada. Caminhou e se aproximou da tela novamente.

“Eu não entendo de nada destas coisas que você está falando a respeito, papai, e não
compreendo o mercado, mas neste instante parece estar caindo. Não está?”.

O Sr. Estoucerto parou e olhou cuidadosamente para sua filha de cinco anos. “Aquiagora, você
poderia dizer isto novamente?”.

“Apenas que neste instante, papai, o mercado parece estar caindo. É tudo. Eu disse alguma
coisa errada?”.

“Não, querida não . . . não de todo”.

E neste preciso momento deu um estalo no Sr. Estoucerto. Todos aqueles anos estudando os
números de Azerhof e as freqüências de Melinxar e tudo o mais que passou sob seus olhos. Então,
olhou para sua pequena filha novamente, apanhou o telefone e vendeu sua posição comprada. E, mais
ainda, vendeu muito a descoberto.

Agora o Sr. Estoucerto é um homem mudado. Todo aquele tempo que despendia estudando
os números de Azerhof e tudo o mais que conhecia, atualmente gasta jogando golfe e curtindo a
sua família. Seus amigos acham que ele ficou muito estranho, porque ele não está mais interessado
naqueles sistemas fascinantes e métodos e estatísticas sobre o mercado.

Mas o Sr. Estoucerto não se importa. Porque ele está ganhando dinheiro. Lotes e lotes dele”.

Nota do tradutor:

Moral: Para ser bem-sucedido no mercado você precisa render-se a ele. Para
vencê-lo precisa observá-lo com a visão de uma criança de cinco anos.

Observação: a fábula acima foi extraída do livro The Adam Theory de Welles Wilder Jr.

Antes de entrarmos no jogo propriamente dito, fiz questão de que conhecessem esta pequena
fábula escrita por Jim Sloman, porque ela nada mais é do que a espinha dorsal das estratégias
que iremos examinar para os diferentes cenários do mercado apresentados na aula anterior.

De fato, durante um longo período da minha vida de investidor, como a maioria das pessoas,
procurei ter acesso ao maior número possível de teorias e técnicas operacionais visando
vencer o mercado de forma sistemática. Embora não tivesse vivido na Terradomercado,
certamente, se lá estivesse, teria sido mais um participante das longas discussões sobre
como ou por que o mercado era tão perverso.

Até que tivesse tido a chance de ler esta fábula, agia exatamente como o Sr. Estoucerto
e, apesar de possuir três filhas e trabalhar em casa, nunca me aconteceu um acidente tão
profícuo quanto o que lhe ocorreu.

167
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Mas, graças a Deus, casualmente o livro sobre a Teoria de Adam caiu na minha frente e, assim
como aconteceu ao Sr. Estoucerto, minha vida operacional mudou. Tornei-me uma pessoa
rendida, rendida à minha ignorância quanto a prever (antecipar) a direção do mercado.

A partir daí, deixei de tentar antecipar a direção do mercado, mudei minha filosofia operacional
de antecipar a direção do mercado para deixar o mercado mostrar onde deveria iniciar
uma operação. Em vez de vou comprar/vender por que meus estudos estão sugerindo que
o mercado irá subir ou cair, seleciono os locais onde gostaria de operar e se acontecer de o
preço chegar lá, então opero. Em resumo: em vez de antecipar, seguir o mercado!

Desenvolvi esta variante da Simetria há alguns anos e, há cerca de dez anos atrás, publiquei-a
na revista Timing.

Basicamente, o cenário onde o jogo será jogado, será visto através das alternativas simétricas.
As jogadas serão definidas por duas regras, tendo como objetivo deixar o lucro crescer e
cortar o prejuízo o mais rapidamente possível.

Creio que, vendo o mercado como um jogo, ficará muito mais fácil alcançar a disciplina e
manter um rígido controle de risco.

168
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

APÊNDICE IV: Estope - sua garantia de sobrevivência nos mercados

Estope (Stop) é o termo utilizado para definir um ponto onde se reconhece, antes de ser iniciada uma
operação de compra ou venda de um ativo, que se ela não evoluir de acordo com o que foi previsto e
chegar naquele ponto, a operação deu errado e deve ser encerrada.

O estope de entrada (também chamado inicial ou catastrófico1∗) deve ser definido previamente, isto
é, antes que a operação seja iniciada porque é o único momento em que está de cabeça fria para
fazê-lo. Se deixar para defini-lo após ter iniciado uma operação, principalmente se ela começar a se
mover contra a sua expectativa, dificilmente continuará tendo condições emocionais para colocá-lo no
lugar correto. É muito provável que comece a contemporizar e até mesmo não faça uso dele. Em vez
de cortar sua perda rapidamente deixará o prejuízo crescer e quando se der conta terá se tornado um
acionista compulsório.

O estope também deve ser utilizado mesmo que a operação esteja evoluindo dentro do esperado.
Neste caso, para proteger o lucro auferido até aquele momento. Este tipo é denominado de estope
de proteção.

Ambos só podem ser movidos na mesma direção da operação. Assim, se a operação for de compra, o
estope só poderá ser movido para cima e, se for de venda, só poderá ser movido para baixo.

Existem vários critérios para se definir um estope. Pode ser um estope financeiro proporcional, no
qual se arbitra que se uma operação retroceder X% será encerrada; pode ser um nível de volatilidade
que, uma vez atingido, coloca-o fora do mercado; pode ser um estope financeiro de valor fixo do tipo
“se perder X reais saio da operação”; pode ser o corte de uma média móvel de 3 dias deslocada uma
barra para a direita; pode ser uma ferramenta como o Parabólico etc. O método de definição do estope
pode variar, mas independente da modelagem é indispensável que se use sempre algum tipo de
proteção.

Como procuro operar tendências, usualmente prefiro utilizar um critério técnico e colocá-lo abaixo ou
acima do fundo ou do topo anterior. Faço assim porque de acordo com a Teoria de Dow uma tendência
de alta é uma sucessão de topos e fundos ascendentes e uma tendência de baixa é uma sucessão
de topos e fundos descendentes. Como opero carregando posições, só quero permanecer comprado
enquanto a tendência for de alta e vendido quando for de baixa. Qualquer indício de mudança de
direção encerra a operação!

Portanto, se durante uma tendência de alta o fundo anterior for penetrado ela deixará de ser uma
tendência de alta para ficar indefinida e durante uma tendência de baixa se o topo anterior for
ultrapassado não teremos mais uma tendência de baixa porque ela também ficará indefinida. O
diagrama abaixo poderá esclarecer melhor:

No diagrama à esquerda, até que o fundo


F2 viesse a ser penetrado, a tendência
se mantinha em alta, mas depois da sua
penetração, mesmo que voltasse a subir logo
após, o fundo F3 ficaria abaixo do fundo F2
violando a definição de tendência de alta. No
da direita, a tendência se mantinha em baixa
até que o topo T2 foi ultrapassado violando a
definição de tendência de baixa.

Existem situações, entretanto, em que o fundo anterior fica muito distante do preço corrente e
dependendo do cenário simétrico, outras técnicas podem ser adotadas.

1 ∗
Catastrófico porque é o nível que define onde se pode sofrer o maior prejuízo numa operação caso ela dê errado.

169
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Imagine, por exemplo, uma situação em que após ter iniciado uma operação de compra com um estope
inicial cerca de 10% abaixo do ponto de compra, o preço permaneça subindo dias seguidos sem
nenhum dia de queda para gerar um novo fundo anterior mais alto e se aproxime de uma resistência
importante que poderá interromper a subida e dar início a uma correção. Num caso como este, no qual,
em relação ao preço de compra, o preço corrente mostre um ganho considerável, não vale a pena
pagar um pedágio tão caro (deixar cair e aguardar até que se forme um novo fundo mais alto) para
saber se está certo ou errado.

No início deste livro, vimos que o primeiro sinal de fraqueza numa perna de alta ocorre quando a mínima da
barra do dia anterior é penetrada e numa perna de baixa quando a máxima do dia anterior é ultrapassada.

Sendo assim, ao se aproximar do nível de resistência, como o fundo anterior está muito distante, vale a pena
monitorar a subida do preço colocando um estope num fechamento baixo da mínima da barra do dia anterior,
porque isto garante o lucro auferido até então e, se o preço voltar a subir logo após ter sido estopado e
ultrapassar a resistência, você poderá recomprar com a garantia de um fundo anterior bem mais próximo.

No exemplo acima, depois de romper a resistência de 3,88 gerando um ponto de compra, até que o preço
acelerasse rumo aos 5,08 foi possível mover o estope três vezes até chegar ao ponto de equilíbrio, mas a
partir daí não se formou nenhum novo fundo anterior mais alto até o preço se aproximar do topo histórico.
Como o fundo anterior ficou muito distante poderia se aplicar um estope móvel tendo por referência a
penetração da mínima do dia anterior e teria estopado a operação nas proximidades do topo histórico.

Se logo após o preço voltasse a subir, poderia recomprar na ultrapassagem do topo histórico colocando
um estope de entrada um pouco abaixo do novo fundo anterior mais alto que tivesse se formado após
ter sido estopado na operação inicial, provavelmente pagando um pedágio muito menor do que se
tivesse permanecido gelado à espera de que um novo fundo anterior mais alto se formasse, correndo
o risco de devolver a maior parte do grande lucro auferido até então.

Como sou um investidor que poderia ser definido como um “carregador de posição” implica dizer que
quanto mais tempo puder permanecer numa tendência, maior será o meu lucro. Todavia, no dia a dia
do mercado muitas vezes as bolsas são sacudidas por notícias ou eventos cujos ruídos podem deixar
sequelas atingindo um estope que esteja muito próximo para logo após voltar a subir e retomar a
tendência prévia. Como evitar que um fato negativo com implicações de curto prazo possa excluí-lo de
uma operação potencialmente lucrativa?

Pessoalmente, entro numa operação com dois objetivos em mente: deixar o lucro crescer e interromper o
prejuízo o mais rápido possível. Como conciliá-los de modo a tirar o máximo proveito de uma operação?

170
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Até que o meu estope de entrada possa ser movido para uma região de equilíbrio (onde se for estopado
arrumo um empate), procuro mantê-lo tendo como referencial o topo ou o fundo anterior visto no gráfico
diário, já que após ter entrado numa operação o primeiro objetivo é tentar não perder.

Mas, assim que um fundo ou um topo anterior do gráfico diário, dependendo se a operação for de compra
ou de venda, coincidir em ser o mesmo do gráfico semanal, subo de periodicidade. A partir deste momento
o meu estope só será movido a cada novo fundo ou topo anterior do gráfico semanal. Com isto aumento a
probabilidade de permanecer o máximo de tempo possível na tendência. É mais ou menos como se começasse
a surfar uma onda na praia da Barra da Tijuca e terminasse surfando a Pororoca do rio Amazonas!

As duas janelas do quadro acima mostram, respectivamente, os gráficos diário e semanal de CSNA3.
Em 17/07/02 se formou o topo histórico (TH) de 2,75. Quando ele foi ultrapassado em 05/02/03 gerou
um ponto de compra em torno de 2,81 com estope de entrada um pouco abaixo do fundo anterior
de 2,44 do gráfico diário. Depois de subir para formar um novo TH a 3,10, caiu até 2,75 e voltou a
subir rumo aos 3,10. Isto permitiu que o estope de entrada fosse movido para um novo fundo anterior
mais alto (um pouco abaixo de 2,75). Logo após, o preço volta a subir e vai testar o topo de 3,10 sem
conseguir ultrapassá-lo e volta a cair até 2,66 penetrando o fundo de 2,75 atingindo o estope de 2,69 e
encerrando a operação de compra praticamente com um empate.

Em seguida, o preço volta a subir e, ao ultrapassar o novo TH de 3,10, gera uma nova oportunidade
de compra com um estope inicial um pouco abaixo do fundo anterior de 2,65 do gráfico diário. Em
seguida, corrige até 2,81 e volta a subir rumo aos 3,47, deixando 2,81 como um novo fundo anterior
mais alto para onde o estope inicial um pouco abaixo de 2,65 pode ser movido para um pouco abaixo
de 2,81. Depois de formar um novo TH em 3,47, o preço volta a cair até 3,02 e volta a subir para
novas máximas deixando 3,02 como novo fundo anterior mais alto para onde o estope que está em
2,81 pode ser movido. Neste momento, se você observar os dois gráficos acima verá que existe uma
coincidência: o fundo anterior do gráfico diário e do gráfico semanal é o mesmo: 3,02.

Como a segunda compra foi na faixa de 3,11 e o estope já está quase no mesmo nível, pode-se agora
passar a monitorar a compra utilizando-se como referência para interromper a operação caso não
continue evoluindo conforme o esperado (estope de proteção) o fundo anterior do gráfico semanal.
Desta forma, cria-se mais espaço para que o preço possa trabalhar na formação dos ziguezagues da
tendência de alta sem que um ruído possa colocá-lo para fora do mercado conforme teria ocorrido duas
vezes se estivesse utilizando o fundo anterior do gráfico diário como estope.

Ao subir de periodicidade foi como se tivesse passado de uma corrida de 100 metros para uma maratona.
Qualquer tropeço numa corrida de 100 metros o coloca de fora, mas um tropeço numa maratona não
o tira da corrida.

171
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Assim, na continuação da tendência de alta, depois de deixar para trás um novo TH em 7,07, o preço
segue caindo até 6,32 e volta a subir deixando 6,32 como um novo nível de estope. Duas ou três
semanas após ficar se movendo lateralmente, o preço volta a cair e penetra o fundo de 6,32 atingindo
o estope e colocando-o fora da operação. Mas se tivesse feito a troca de periodicidade quando houve
a coincidência do fundo em 3,02 e tivesse passado a trabalhar com o fundo anterior do gráfico semanal
não teria sido estopado ainda.

Vejamos um outro exemplo ainda mais contundente sobre a vantagem da subida de periodicidade
assim que os fundos do utilizados como estope nos gráficos diário e semanal coincidam na ou acima
da área de equilíbrio:

Como pode ver no gráfico acima, após o rompimento do TH de 5,36 registrado em 10/01/00, quando foi
gerado um ponto de compra a 5,41 com estope inicial em 4,97, até alcançar o TH de 20,74, considerando-
se como referência a ultrapassagem do TH, foram geradas mais quatro outras oportunidades de compra
no gráfico diário de USIM5. Apurando-se o resultado das 5 operações, temos:

DETALHES COMPRA1 COMPRA 2 COMPRA 3 COMPRA 4 COMPRA 5


VALOR DA COMPRA 5,41 5,45 8,08 9,25 12,91
ESTOPE INICIAL 4,89 4,57 7,31 8,23 10,87
SUBIDAS DO ESTOPE 0 2 3 2 5
ÚLTIMO ESTOPE 4,89 7,09 8,24 11,39 17,99 TOTAL
RESULTADO PARCIAL (9,61%) +30,09% +1,98% +23.13% +39,34% 84,93%

Se, em vez de ficar operando as penetrações do gráfico diário mantendo o estope no fundo anterior
do gráfico diário, tivesse transferido o estope quando o fundo anterior dos gráficos diário e semanal
tivessem coincidido, na primeira compra teria perdido os mesmos 9,61%, porque não ocorreu uma
coincidência de fundos na zona de equilíbrio e, também, não foi possível movê-lo para cima nenhuma
vez nem no gráfico diário. Mas, nas Compra 2 a 5,45 com o estope inicial baseado no fundo anterior do
gráfico diário um pouco abaixo de 4,57, após a compra inicial o preço prosseguiu subindo até formar
o topo de 6,20. Em seguida, corrige até 5,49 e volta a subir e ultrapassar o TH de 6,20, deixando para
trás um novo fundo anterior mais alto em 5,49, que passa a ser a nova referência de estope trazendo o
estope para uma zona de equilíbrio e por coincidência, os fundos dos gráficos diário e semanal passam
a ser o mesmo: um pouco abaixo de 5,49.

Se a partir deste momento passasse a monitorar o estope baseado no fundo anterior do gráfico semanal
só teria feito uma operação e teria sido estopado quando o fundo de 16,97 foi penetrado. Considerando-
se que a compra a 5,45 só teria sido estopada em 16,89 o resultado teria sido bem diferente: 211,37%,
mais do que o dobro do obtido na estratégia anterior.

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Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Dificilmente se obterá grandes retornos movendo-se os estopes baseado nos fundos anteriores dos
gráficos diários. A maneira mais profícua de se surfar uma tendência, sem dúvida, passa pela mudança
de periodicidade dos fundos anteriores.

Mais adiante, quando estivermos estudando as estratégias operacionais ainda voltaremos a este
assunto de fundamental importância, diria vital, para que se transforme num vencedor sistemático e
tenha vida longa no mercado.

Mas, não poderia encerrar este tópico sem lhes contar um episódio que foi marcante na minha vivência
de mercado.

Meu primeiro contato com o Fábio Calderaro foi em 2001 quando montei o meu primeiro curso virtual
à distância. Naquela época, ele era Tenente do exército em Manaus e se matriculou. Como apoio para
o curso criei um fórum onde as dúvidas poderiam ser esclarecidas e ficavam arquivadas, selecionadas
por assunto, à disposição dos demais alunos para consulta. Sua presença era constante. Além disso,
costumava me enviar muitos emails que sempre procurei responder. Foram tantos que acabamos
nos tornando amigos virtuais. Mais adiante, em 2005, quando a Corretora Ágora ainda ficava na Dias
Ferreira no Leblon, finalmente o conheci pessoalmente quando veio fazer um curso ao vivo comigo.
Lembro-me que no intervalo de almoço da aula no sábado, fomos eu, ele e a Pupi Zani que também
estava assistindo o curso, uma GRANDE amiga e a melhor operadora de índice futuro que conheci,
almoçar no Sushi Leblon. Durante o almoço pudemos conhecer um pouco da sua vida e percebemos
que estávamos diante de uma pessoa de muito valor.

Voltando a 2001, depois de terminado o curso virtual, dificilmente passava uma semana sem que
recebesse um email do Fábio. Mas, por volta de fevereiro ou março de 2004 eles pararam de chegar!
Neste ínterim, o mercado entrou numa forte correção e o índice Bovespa caiu de 24518 para 17601 até
maio de 2004, uma correção de 28,21%. Em abril, ao abrir os meus emails como faço todas as manhãs
havia uma mensagem do Fábio.

Nela contava que havia sofrido um acidente de carro que o deixara em coma por quase um mês e
que em breve viria ao Rio de Janeiro fazer alguns exames porque tinha sido detectado um coágulo
de sangue no seu cérebro e talvez fosse necessária uma intervenção cirúrgica para extraí-lo. Lembro-
me que lhe respondi dizendo que até chegar ao RJ o coágulo já teria derretido porque foi confundido
com uma pedra de gelo. Depois falamos sobre o mercado e obtive uma prova real do quanto vale
ser disciplinado. Contou-me, então, que para a sua felicidade, como operava através do homebroker
sempre deixava suas posições acompanhadas dos respectivos estopes e que quando foi ver sua
posição tinha sido toda estopada no início da queda.

173
Capítulo VI: A Simetria Sanfonada

Na época, pedi a sua autorização para relatar o acontecido na minha revista Timing para servir de
exemplo para outras pessoas sobre a importância do uso de estope e assim foi feito. Quem era leitor
naquela época pode testemunhar estas linhas. Na verdade, nenhum de nós está livre de algo parecido.
Além da função normal de proteger uma operação caso ela não esteja evoluindo conforme o esperado
ou de proteger lucros de uma operação em andamento, esta é uma outra utilidade que normalmente
não é mencionada nos livros, mas que ninguém está livre de ser surpreendido por algo semelhante.
Posso pensar até em coisas mais drásticas...

O tempo passou e o Fábio com sua disciplina militar é o “cara” que alguns anos atrás mereceu uma
reportagem com direito à capa da revista Época por ter transformado um pequeno patrimônio de
R$4.000,00 em R$1.000.000,00. Não tenho a menor dúvida que parte importante deste sucesso se
deve à sua disciplina de jamais operar sem estope!

174
Capítulo VII: O Jogo do mercado

Capítulo VII: O Jogo do mercado

Tudo que vimos até agora foi o que achei necessário e importante para que possa entender com
facilidade a leitura de um gráfico de barras e estruturar uma análise dos fundamentos técnicos do
mercado. Acredito que nesta altura do campeonato você já esteja preparado para aprender a colocar
o “ovo em pé”. Na verdade, por trás da técnica da Simetria Sanfonada se esconde uma metodologia
operacional extremamente simples, que dispensa maiores conhecimentos, somente o que aprendeu
até agora. Qualquer indivíduo que tenha discernimento para ler uma revista como a Veja, por exemplo,
não terá nenhuma dificuldade para entender a metodologia.
Cabe esclarecer, entretanto, que para chegar neste ponto necessitei de praticamente 40 anos, com
alguns intervalos. Não foi algo que surgiu da noite para o dia. Foi necessária muita leitura, muitos cursos
no exterior, muita ralação, sem falar nos inúmeros prejuízos. Certa vez, li num livro que ”Quando uma
mulher entra numa maré de má sorte, compra um vestido novo. Quando um investidor entra numa maré
de má sorte compra um sistema novo”. Dei-me conta de que isso era mais ou menos o que eu fazia.
Apenas a partir de 2000, percebi que, depois de inúmeras tentativas no mundo real, tinha encontrado
um método vencedor. O mais surpreendente foi que isto aconteceu quando estava percorrendo o
caminho inverso do aprendizado. Durante anos, a minha preocupação foi aprender e acumular novas
técnicas, porque ainda não tinha encontrado a minha “Pedra Filosofal”. Se você não sabe para onde
está indo, nenhum caminho lhe levará até lá!
Aos poucos fui começando a eliminar tudo o que não funcionava comigo e acabou sobrando muito pouco.
Mas, o que sobrou serviu para me fazer ver, compilando Jessé Livermore, que “Existe apenas um lado no
mercado que não é o da compra nem o da venda, mas o lado certo!”. Foi muito difícil entender o óbvio e espero
que a leitura do que vem pela frente sirva de atalho na busca pela sua “Pedra filosofal” do jogo do mercado.

O DOGMA DO JOGO DO MERCADO

Para que o jogo do mercado seja praticado corretamente, todas as


informações que não forem emitidas pelo mercado na forma de preços,
volumes e contratos em aberto devem ser desprezadas.

Você pode ter opinião sobre o desdobramento do mercado ou sobre a evolução do preço de um ativo,
mas elas só servem para uso externo, tipo jogar conversa fora. Nada contra emitir uma opinião numa
conversa com um amigo, achar que um ativo ou um índice vá subir, cair ou permanecer de lado, isto
faz parte do dia a dia daqueles que operam, mas para efeito operacional o achômetro não tem nenhum
valor, na verdade ele atrapalha muito mais do que ajuda.

1. Premissas:

a) Para que seja jogado de maneira eficiente, todas as informações não originárias do mercado
devem ser descartadas. Assim, informações provenientes dos balanços das empresas, bem
como da mídia escrita, falada e televisada não devem ser levadas em consideração. De fato,
o ideal seria o desconhecimento total destas informações, pois, para efeito do jogo, elas
atrapalham muito mais do que ajudam.
Em 2007, no meu primeiro e pioneiro curso virtual ao vivo no Brasil que denominei de “Curso
Regular de Formação em Análise Técnica” usando a plataforma de vídeo-conferência da
Webex, solicitei ao Wagner Belfort Duarte, um dos sócios da Apligraf (que foi parceira no
projeto fornecendo gratuitamente o seu programa de análise para que todos os alunos do
curso pudessem praticar os ensinamentos), para que se fosse possível fornecesse a base

175
Capítulo VII: O Jogo do mercado

de dados dos alunos sem o nome correspondente de cada ação, apenas números. Assim,
na base de dados, em vez das ações estarem nominadas, estavam numeradas sem que os
alunos soubessem a que ativo correspondia cada número.
Meu objetivo foi impedir que ao analisarem os gráficos sofressem qualquer tipo de influência
externa, até mesmo que soubessem o nome da empresa que estavam analisando. Queria que
analisassem somente os padrões que estavam vendo, nada mais!
Nos meus cursos presenciais sempre fiz questão de mencionar que o ideal seria duas pessoas
participando do processo de compra ou venda de uma ação. Uma delas ficaria dentro de
um ambiente fechado, sem nenhum contato com o mundo exterior, apenas analisando e
selecionando os gráficos numerados. Quando encontrasse algo interessante, através de
uma linha privada entraria em contato com o seu parceiro (de preferência que não tivesse
nenhum conhecimento sobre o mercado) situado em outro cômodo que teria à sua disposição
a lista numerada com os nomes dos ativos e que executaria a ordem. Assim, por exemplo, se
achasse que a ação número 5 devesse ser comprada a R$113,51, um pouco antes transmitiria
este comando (comprar a ação número 5 a R$113,51) para o seu parceiro e assim que o
preço fosse atingido, este executaria a ordem através do Homebroker ou da mesa de uma
corretora mandando comprar ACES4 a R$113,51, bem como, quando fosse o caso executaria
os estopes. Pode parecer utópico, mas certamente seria muito mais fácil manter a disciplina,
seu principal adversário no jogo do mercado, assim do que de qualquer outro modo, porque
o seu parceiro é um mero executante de ordem sem sentimentos. Hoje em dia, com o advento
dos Homebrokers este problema pode ser facilmente solucionado na medida em que pode
deixar o seu estope gravado e se o preço for atingido será automaticamente estopado.

b) Você não tem a menor idéia da evolução do mercado, apenas cenários traçados pela
simetria.
Você possui apenas algumas regras e sabe como aplicá-las. Quem determinará qual delas
deverá ser utilizada é o próprio mercado, através do seu desdobramento.
Você não fará um pré-julgamento sobre o lado que o mercado se moverá. Em vez disso,
aguardará que ele mostre o lado e então procurará segui-lo.

c) A referência simétrica à sua esquerda é sempre a simetria mais importante, ou o movimento


mais provável.

d) Você não enfrentará o mercado.


Você só jogará de acordo com as regras e será inflexível na aplicação dos seus estopes.
Trocando em miúdos, quando identificar um ativo em alta ou em queda acelerada não vai se
posicionar na direção contrária só porque acha que o preço já subiu ou caiu bastante.

e) Em nenhum momento a sua carteira poderá ter um risco de perda superior a 3% do seu capital
bursátil.
Independente de quantas ações pretenda ter na sua carteira, desde a primeira operação o seu
investimento não pode ter uma relação investimento/estope inicial que represente um prejuízo
superior a 3% do seu patrimônio bursátil total.
Digamos, por exemplo, que disponha de R$100.000,00 para montar uma carteira de ações. Se
na sua primeira compra/venda a diferença entre o preço de entrada e o estope inicial for 10%,
o máximo que poderá investir será R$30.000,00, porque se vier a ser estopado na largada, sem
que tenha tido a oportunidade de movê-lo para uma região de perda inferior perderá 10% sobre
os 30.000,00 aplicados (R$3.000,00) que representam 3% do seu capital total. Se a diferença
entre o preço de entrada e o estope inicial for de 20% então só poderá investir R$15.000,00,
porque se novamente não tiver tido a oportunidade de mover o estope para um local de menor
prejuízo sua perda ficará restrita aos 3% do seu patrimônio total.
Raciocinando em termos de uma carteira, toda vez que quiser iniciar uma nova operação, só
poderá fazê-lo quando o estope da operação anterior já tenha sido movido para uma zona de
breakeven (empate). Desse modo, em nenhum momento a sua carteira terá uma exposição
superior a 3% do seu patrimônio total.

f) Um gráfico só se movimenta em três direções definidas pela sequência dos topos e fundos.
Um gráfico obrigatoriamente terá de estar em tendência de alta, de baixa ou lateral.

176
Capítulo VII: O Jogo do mercado

2. Objetivo

Deixar o lucro crescer e cortar as perdas o mais rápido possível.


Como esta metodologia está baseada numa perspectiva de “tentativa e erro” e a estatística
das minhas operações nos últimos anos revela que o índice de acerto gira em torno de 50%,
isto é, de cada duas operações uma dá certo e a outra dá errado, não necessariamente nesta
ordem, o lucro nas operações vencedoras tem de ser maior do que nas perdedoras, senão ela
não funcionaria.
Depois de mais de três mil estratégias operacionais acionadas com esta metodologia, apurei
que os estopes iniciais, quando acionados, têm um custo médio em torno de 10%. Sendo assim,
só se começa a ver a cor do lucro depois que o estope inicial já possa ter sido movido para
uma zona de equilíbrio. Se a partir daí não deixar o lucro crescer, comportando-se como muitos
investidores que após comprarem uma ação e vê-la subir rapidamente 15 ou 20% vendem
porque acham que já subiu muito e depois que zeram o preço prossegue subindo e não têm
mais coragem para recomprar, dificilmente obterá um saldo positivo nas suas operações. Você
não pode investir com objetivo de médio/longo prazo e se preocupar a cada segundo. Se existe
um padrão entre os investidores bem-sucedidos, é o uso disciplinado de um bom plano.

3. Regras

A) Quando identificar uma congestão, só poderá operar nos seus extremos: no


rompimento, a favor e no interior na direção oposta.

Tomemos um Retângulo perfeito, por exemplo, conforme diagrama abaixo:

Quando um preço estiver se movendo no interior de uma congestão retangular, a região central (faixa
amarela) será considerada “terra de ninguém”. Nenhuma operação de compra ou venda deve ser
iniciada dentro desta faixa, porque normalmente a relação risco/recompensa não será compensadora.
Qualquer operação iniciada no interior da faixa amarela terá um estope de entrada afastado cerca de
30% da amplitude da congestão. Ainda que viesse a operar com objetivo, isto é, que estabelecesse o
extremo oposto da operação como preço para zerar a sua operação e conseguisse, estaria entrando
numa operação com uma relação risco recompensa de 1 para 2,3, muita baixa para quem sabe que a
possibilidade de erro é de 50%. “Operações na contra-mão dos extremos de uma congestão só
valem a pena serem feitas se a relação risco/recompensa for igual ou maior do que 4”.

Na primeira apostila que fiz para o meu curso presencial classifiquei as congestões como Retangulares
e Triangulares e estabeleci regras operacionais distintas para cada uma delas. Mas, com o passar dos
anos, fui percebendo que para efeito operacional não adiantava nada operar no rompimento de uma
das linhas dos padrões triangulares porque até ultrapassar o limite extremo do padrão para cima ou
para baixo existiam obstáculos intermediários representados pelos topos ou pelos fundos anteriores
(suportes e resistências) que podiam interromper o movimento, sem que entre eles houvesse uma
perspectiva de um movimento de grande amplitude inviabilizando assim se encontrar uma relação
risco/recompensa favorável antes de se iniciar uma operação.

177
Capítulo VII: O Jogo do mercado

Para que não fique nenhuma dúvida sobre as regras operacionais, farei abaixo um diagrama das
situações descritas na página anterior:

Quando examinamos a construção de um gráfico em nenhum momento me preocupei em comentar


os seus principais padrões. No meu livro sobre análise técnica este assunto foi exaurido e repeti-lo
seria desnecessário porque na metodologia que estamos vendo desconhecê-los não mudará nada.
Retângulos, Triângulos de todas as formas, Cunhas e Formações Laterais irregulares aqui serão todos
tratados como Retângulos, porque para efeito da metodologia operacional da Simetria Sanfonada
o que interessa é a busca do espaço livre entre os suportes e as resistências, algo que raramente
será encontrado no interior desses padrões.

Se no Triângulo Simétrico do quadro acima (primeiro desenho superior à esquerda) comprasse no


rompimento da resistência R o desdobramento poderia ser interrompido na resistência seguinte em
R1 ou na última em R2 ou se vendesse na penetração do suporte S1 poderia parar de cair no próximo
suporte em S. Enfim, em vez de comprar ou vender sabendo que logo após enfrentará resistências ou
suportes importantes será muito melhor pagar um pedágio e comprar ou vender no momento em que
o caminho pela frente fica com o trânsito desimpedido, sem uma preocupação de caro ou barato. Na
verdade neste jogo não se procura o caro ou o barato, mas sim o espaço para subir ou para cair
sem obstáculos pela frente que possam interromper o desdobramento.

Com exceção do Retângulo, todos os outros padrões embutem níveis de suporte e resistência intermediários
que poderão impedir, enquanto o preço estiver contido dentro dos limites extremos do padrão, uma fluidez
no seu movimento. Na verdade, do ponto de vista simétrico, o padrão só ficará desimpedido se entre uma
resistência e a próxima ou entre um suporte e o próximo houver um espaço de pelo menos 50% entre
uma e outra. Dificilmente você encontrará um padrão lateral com estes intervalos.

Resumindo, qualquer tipo de formação lateral deverá ser vista como se fossem verdadeiros Retângulos,
mesmo que você não consiga identificar precisamente os quatro pontos de retorno necessários para
tal. Para tanto, basta traçar duas linhas horizontais paralelas plotadas sobre os dois pontos extremos
do padrão e somente operar na ruptura de um dos limites.

Acho que o texto acima encerra o assunto de como se operar no interior de uma congestão. Precisamos
ver agora como se opera o rompimento de uma congestão.

Sempre aprendi (e nunca questionei) que o mercado passa dois terços do seu tempo congestionado
e um terço em tendência. Congestões podem se formar quando o estado geral do mercado é altista,
baixista ou quando ele está indefinido. Obviamente, os rompimentos que poderão ocorrer durante estes
diferentes períodos não podem ter o mesmo tratamento.

Assim, dependendo do estado geral do mercado, podem ser utilizadas diferentes estratégias de compra
ou venda no rompimento de uma congestão. Mostrarei, a seguir, as minhas preferidas.

178
Capítulo VII: O Jogo do mercado

ESTRATÉGIAS DE COMPRA/VENDA NO ROMPIMENTO DE CONGESTÕES

A1. Básica: Comprar/Vender no momento da ultrapassagem de um dos extremos da


congestão.

Esta estratégia deve ser utilizada nos momentos em que se percebe que o mercado em geral está em
tendência firme e que outros rompimentos, que já ocorreram, evoluiram conforme o esperado.

Se o rompimento for para cima e houver um fundo anterior nas proximidades (até uns 10%), ele deverá
ser a referência para definição do estope caso depois de entrar na operação ela não evolua conforme
o esperado. Se, numa situação semelhante, o rompimento for para baixo, o estope deverá ser definido
acima do topo anterior.

Se o rompimento for para cima sem um fundo anterior nas proximidades, costumo utilizar a mínima da
barra que gerou a compra como referência de estope. Se o rompimento for para baixo, utilizo a máxima
da barra que gerou a penetração como referência de estope.

Por que faço assim? É simples, lembre-se de que a penetração da mínima da barra do dia anterior é o
primeiro sinal de fraqueza de uma perna de alta. Quando uma resistência ou suporte é rompido, o que
se espera é que o preço continue subindo na direção do rompimento. Assim, se o preço voltar para o
interior da congestão é sinal de que algo não vai bem, pelo menos não era o esperado.

Como o fundo anterior está muito distante e o pedágio para se saber se estamos certos ou errados
custará muito caro, a utilização da mínima da barra do rompimento como referência de estope fará
uma grande economia mesmo que eventualmente tenha de recomprar se logo após ter sido estopado
o preço voltar a subir, porque neste caso será muito provável que o novo fundo anterior mais alto fique
dentro dos limites normais de um estope em torno de 10% e mesmo tendo perdido algum na primeira
operação, se vier a ser estopado na segunda, ainda será mais barato do que se tivesse mantido o
estope da operação original no fundo anterior, naquele momento muito distante, conforme diagrama
abaixo:

179
Capítulo VII: O Jogo do mercado

Se o rompimento fosse para baixo, os pontos seriam os mesmos, só que invertidos. Os estopes teriam
de ser colocados um pouco acima dos topos anteriores e, no caso de um topo anterior distante, o estope
inicial teria de ser colocado um pouco acima da máxima da barra que gerou a penetração para baixo.

A2. Filtro simples: Comprar/Vender num fechamento fora de um dos extremos da congestão.

A estratégia operacional básica é a mais barata em relação ao custo do estope inicial. Para diminuir a
possibilidade de que esteja entrando numa operação num rompimento falso, o primeiro filtro é exigir que,
além de romper a resistência ou o suporte, o fechamento também ocorra fora da área de rompimento.
Neste caso, estará minimizando a possibilidade de levar uma violinada (quando se compra ou vende
e logo após o preço acelera na direção contrária), mas provavelmente o estope inicial sairá um pouco
mais caro porque em vez de operar no rompimento terá de aguardar um fechamento acima ou abaixo
do limite da congestão. Para efeito de colocação de estope, ela obedece aos mesmos critérios das
estratégias básicas em relação à proximidade ou afastamento do fundo/topo anterior.

Deve ser utilizada quando o cenário (tendência) do mercado está bem definido, mas onde se percebe
que alguns rompimentos básicos já acionados não estão evoluindo conforme o esperado e sendo
estopados com prejuízos.

A3. Filtro combinado: Comprar/Vender na confirmação do rompimento de um dos extremos da


congestão.

Na medida em que os rompimentos de congestões acionados num fechamento começam a abortar com
mais frequência, deve-se adicionar mais um grau de exigência para tentar minimizar a possibilidade
de um rompimento falso. Aqui, como num seguro, quanto maior a garantia, mais caro fica. Para tanto,
introduzimos um novo filtro exigindo que uma nova barra confirme o rompimento original ultrapassando
a máxima/mínima da barra que gerou o rompimento original. O tratamento dos estopes se mantém
igual às estratégias anteriores em relação à proximidade ou afastamento do fundo anterior.

180
Capítulo VII: O Jogo do mercado

A4. Filtro complexo – Envelope de Joe Ross: Comprar/Vender no rompimento de um dos


extremos da congestão, utlizando uma banda como filtro para minimizar a possibilidade de se
comprar ou vender num rompimento falso.

Criada pelo hábil estrategista americano, é para ser usada quando o cenário geral do mercado é de
indefinição. A técnica do envelope consiste de:

1) Medir a amplitude da congestão (a distância entre a linha de resistência e a linha de suporte);


2) Se a congestão contiver de 10 a 25 barras, multiplica-se o valor da diferença obtida em (1)
pela razão 0,146 (alternativa 1); se a congestão contiver 25 barras ou mais, multiplica-se o
valor da diferença obtida em (1) pela razão 0,237 (alternativa 2). A idéia por trás do aumento
da razão quando a congestão tem mais do que 25 barras é a de que o preço precisará de mais
força para escapar para fora de uma congestão mais demorada, porque na medida em que
o tempo vai passando e o preço permanece oscilando no interior da congestão vai ficando
cada vez mais evidente para os investidores que, quando o preço atinge o limite de uma das
extremidades, a probabilidade de inverter a direção é muito grande. É como se a força de
gravidade que puxa o preço para o interior da congestão fosse aumentando quanto mais
tempo permanecesse oscilando no seu interior. O papel da banda é o de informar que o preço
conseguiu se desprender da zona gravitacional.

Cabe mencionar que no livro Trading by the Book, Joe Ross sugere que o estope inicial deve ficar um
pouco abaixo do extremo oposto da congestão. Como julguei que era dar muita chance ao azar, já
que se exige um fechamento que pode variar de 4 a 8% fora da congestão, não faz sentido e nem se
espera que o preço retorne para o interior da congestão. Sendo assim, fiz uma adaptação colocando
o estope inicial um pouco abaixo da mínima/máxima da barra que tiver rompido a congestão, não
necessariamente da barra que satisfez aos requisitos operacionais.

A5. Filtro com Ziguezague: Comprar/Vender no primeiro ziguezague após o rompimento de um


dos extremos da congestão.

Sem dúvida, a mais confiável, na medida em que quando surge está consolidando a tendência
assumida após o rompimento. Apesar de gerar uma operação na maioria das vezes num nível de preço
mais distante do que quaisquer das anteriores, o estope correspondente normalmente é colocado um
pouco abaixo ou um pouco acima do fundo/topo anterior, dependendo da direção do rompimento e
normalmente fica na média dos 10%.

181
Capítulo VII: O Jogo do mercado

OBSERVAÇÃO: As cinco estratégias acima também podem ser utilizadas no mesmo


formato para colocação de estopes de acordo com os diferentes cenários do mercado.

B) Quando identificar uma tendência, se não tiver iniciado uma operação na saída da congestão,
só poderá entrar no rompimento do próximo ziguezague na direção do rompimento.

B1. TENDÊNCIA DE ALTA:

Como você já sabe, um ativo se encontra em tendência de alta quando evolui formando ziguezagues
ascendentes ou uma seqüência de topos e fundos ascendentes, conforme diagrama abaixo:

Sem dúvida, estas são as mais fáceis e as melhores operações de compra. Toda vez que olhar para um
gráfico e perceber visualmente que está subindo, ele está em tendência de alta. Se não conseguiu, por
qualquer razão, capturar o ponto de compra gerado na saída da congestão, em qualquer tempo poderá
iniciar uma nova operação de compra cada vez que o topo anterior for ultrapassado. Enquanto o preço
permanecer em tendência de alta, cada novo ziguezague ascendente é um local para adicionar mais
lotes na compra, se já estiver comprado, ou para iniciar novas operações, se ainda não estiver. Não
existe um limite para a quantidade de ziguezagues.

182
Capítulo VII: O Jogo do mercado

No caso de novas adições, aumente sua posição de forma parcimoniosa, de modo que a média do
seu preço de compra fique sempre bastante afastada do nível do estope. Acho de bom tamanho ir
acrescentando a cada nova adição um percentual de 10% sobre o lote integral, porque desta forma,
como os estopes ficam posicionados a uma distância média de 10% do ponto de compra ou de venda,
caso venha a ser estopado na última adição preservará 90% do lucro obtido até aquele momento.

Duas dicas importantes:

a) Quando iniciar uma operação de compra, nunca olhe para trás, isto é, não importa quanto o
preço já tenha subido. Lembre-se de que nenhum preço é tão alto que não possa subir mais,
nem tão baixo que não possa cair mais. O que importa, realmente, é a estratégia e a relação
risco/recompensa.

Em outras palavras, o risco de sua perda será compensado pelo potencial


do seu ganho. Uma maneira de verificar o potencial de ganho, quando o
mercado se movimenta numa tendência de alta, é medir a amplitude da
perna de alta que antecedeu o novo ziguezague ascendente e adicionar
este valor ao fundo da correção prévia para obter uma projeção. Não é
uma regra, mas em geral, as amplitudes tendem a se repetir.

b) Após ter iniciado uma operação, se ela estiver evoluindo favoravelmente, nunca faça a conta do
lucro através do preço corrente do mercado, mas sim pelo valor em que será estopado. Acho
que aí reside o grande truque para que você possa permanecer durante toda uma tendência
e deixar seu lucro crescer.

Muitas vezes, poderá achar que se tivesse estopado no nível do preço máximo atingido antes
de ter sido estopado, teria feito melhor negócio. Mas, lhe garanto que a partir daí, não terá
mais coragem para recomprar quando o preço tiver ultrapassado a máxima anterior, ou vice-
versa numa tendência de baixa. Você só usufruirá a maior parte do ganho de uma tendência
se conseguir gravar a ferro e fogo, se conscientizar de fato, de que quem vai lhe estopar é o
mercado quando a definição de uma tendência em andamento for violada.

B2. TENDÊNCIA DE BAIXA:

183
Capítulo VII: O Jogo do mercado

Como você pode ver, é exatamente o inverso da tendência de alta. Não faz sentido me alongar por
aqui, pois as regras, os pontos de venda e os estopes são aplicados da mesma forma, só que no
sentido contrário.

Como você teve oportunidade de ver, a metodologia operacional é muito simples, restrita a umas
poucas estratégias com algumas variações sobre o mesmo tema, facílimas de serem aplicadas. O
mais difícil é manter a disciplina para aguardar o momento correto de atacar o mercado. Isto só virá
quando se convencer de que o mercado é um jogo. Se resolver associar as estratégias operacionais
com os fundamentos econômicos-financeiros, não dará certo. Tenha sempre em mente que o mercado
antecipa os fundamentos e, se for operar em cima deles, estará sempre chegando atrasado.

184
Capítulo VII: O Jogo do mercado

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO CAPÍTULO VII:

1. Qual é a moral de ”Um Conto de Fadas Moderno”?

R.

2. Qual das afirmativas abaixo está de acordo com a moral da questão anterior:

a) Para vencer o mercado é preciso antecipar a sua direção.


b) Para vencer o mercado é necessário seguir o seu rastro.

3. Quais são as cinco premissas básicas para se praticar o jogo do mercado?

R.

4. Qual é o principal objetivo do jogo do mercado?

a) Deixar o lucro crescer.


b) Ficar firme na sua posição quando o mercado estiver indo contra ela.
c) Cortar as perdas o mais rapidamente.
d) Interromper o seu lucro assim que alcançar um objetivo previamente definido.
e) Deixar o lucro crescer e cortar as perdas o mais rápido possível.

5. Assinale nas afirmações abaixo quais são as falsas e as verdadeiras:

( ) As operações de compra e venda no interior de uma congestão devem ser iniciadas no meio da
congestão.
( ) Numa tendência de alta as compras só podem ser feitas no corte do zigue ou na ultrapassagem do
topo anterior.
( ) Numa tendência de baixa as vendas podem ser iniciadas em qualquer ponto.
( ) Nas congestões as operações de compra e venda só podem ser iniciadas nos seus extremos.

185
Capítulo VII: O Jogo do mercado

6. Projete as simetrias mais prováveis do gráfico de Petrobrás abaixo e determine em que locais iniciaria
operações de compra ou de venda.

7. Baseado nos dados do gráfico acima, defina os valores de compra e de venda utilizando a técnica
do envelope de Joe Ross.

8. Indique nos gráficos abaixo onde teria iniciado a sua primeira operação, onde teria adicionado mais
alguns lotes e como teria movimentado os estopes.

186
Capítulo VII: O Jogo do mercado

9. Observando os gráficos abaixo, faça os seguintes exercícios:

a) Considerando que o cenário do mercado estava indefinido que estratégia aplicaria para fazer
uma compra na saída da congestão no gráfico da BVMF3 e no da CSNA3?
b) Considerando um cenário fortemente altista qual seria o valor de compra no gráfico da
CSNA3?
c) Defina o ponto de venda utilizando a estratégia do envelope de Joe Ross no gráfico da
PETR4.
d) Considerando um cenário onde algumas operações de compra não estão evoluindo de
acordo com o esperado que tipo de estratégia utilizaria para minimizar a possibilidade de um
rompimento falso no gráfico da FHER3?

187
Capítulo VII: O Jogo do mercado

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO CAPÍTULO VII:

1. Para ser bem-sucedido no mercado você precisa render-se a ele.

2. (b)

3.
a) Para que seja jogado de maneira eficiente, todas as informações não originárias do mercado
devem ser descartadas.
b) Não se têm a menor idéia da evolução do mercado, apenas cenários traçados pela simetria.
c) Quanto mais próximo estivermos do momento agora, mais forte a simetria.
d) Não se deve enfrentar o mercado.
e) Um gráfico só se movimenta em três direções definidas pela sequência dos topos e fundos.

4. (e)

5.

( F ) As operações de compra e venda no interior de uma congestão devem ser iniciadas no meio da
congestão.
( V ) Numa tendência de alta as compras só podem ser feitas no corte do zigue ou na ultrapassagem
do topo anterior.
( F ) Numa tendência de baixa as vendas podem ser iniciadas em qualquer ponto.
( V ) Nas congestões as operações de compra e venda só podem ser iniciadas nos seus extremos.

6 e 7.

188
Capítulo VII: O Jogo do mercado

8.

9. As estratégias seriam:

a) Técnica do envelope do Joe Ross variando o fator em função da quantidade de barras da


congestão.
b) O rompimento da resistência de 8,80 no momento da sua ocorrência.
c) Técnica do envelope de Joe Ross considerando a amplitude de um extremo ao outro da
congestão.
d) Da confirmação, isto é, quando a máxima do rompimento original for ultrapassada.

189
Capítulo VIII: Sobre as operações

Capítulo VIII: Sobre as operações

Começo os meus estudos para montagem das estratégias operacionais no fim de semana quando avalio
através do Índice da Força do Mercado (IFM) se as forças predominantes são altistas ou baixistas. Se o
predomínio for altista (IFM > 0), buscarei no universo dos meus gráficos aqueles que estão em melhor
situação para iniciar uma operação de compra; se o predomínio for baixista (IFM < 0), procurarei entre
os gráficos os que estão em melhor situação para iniciar uma operação de venda.

Para facilitar a leitura dos gráficos, montei em sequência alfabética no meu programa de análise gráfica
(Advanced GET), a página de cada ativo construída com o seguinte layout:

Gráfico mensal nominal Gráfico semanal nominal

Gráfico diário nominal


Gráfico mensal dolarizado
On Balance Volume (OBV)

Dessa forma consigo imprimir uma velocidade que me permite analisar cerca de 500 gráficos em torno
de uma hora e meia, aparentemente uma tarefa muito difícil, mas que em se sabendo o que procurar e
com algum tempo de prática estará ao alcance de qualquer um.

É preciso deixar claro, entretanto, que esta modelagem foi desenvolvida para o meu perfil operacional
que pode ser classificado como o de um “carregador de posição” (position trader), isto é, alguém que
inicia uma operação com intenção de permanecer nela durante o maior tempo possível, tempo este a
ser definido pelo próprio mercado quando sinalizar uma mudança na tendência em andamento.

Como a intenção é a de abocanhar grandes movimentos, evidentemente só busco operar rompimentos em que
o espaço entre o ponto de compra/venda até o próximo nível de resistência/suporte seja grande o bastante para
permitir pelo menos uma relação risco/recompensa igual ou maior do que 4. Dificilmente, observando-se um gráfico
na periodicidade diária, se poderá ver a floresta com nitidez. Será preciso observá-lo de um local onde possa ver os
limites da floresta, de um ponto mais alto. Normalmente, o gráfico semanal permite a visualização da floresta, mas
quando não for suficiente terá de subir um grau acima e mudar para o gráfico mensal. Sendo assim, ao paginar as
minhas páginas pré-montadas, normalmente, dirijo a minha visão inicialmente para o gráfico semanal.

A primeira análise a ser feita é identificar onde estão os extremos dos movimentos terminais mais
importantes, ou, em outras palavras, onde estão os topos (resistências) e fundos (suportes) mais
importantes. Você começa traçando linhas horizontais nos gráficos das três periodicidades. Em
seguida, partindo do preço corrente, imagine se ele começar a subir ou cair onde encontrará a primeira
resistência ou suporte e se uma vez ultrapassado estes níveis até onde os preços poderão continuar
se movendo até encontrar a próxima resistência ou o próximo suporte. Uma vez definido o potencial do
movimento, determine qual seria o valor do estope pelo fundo ou pelo topo anterior do gráfico diário. Se
a relação risco/recompensa for igual ou maior do que 4, você pode se perguntar se esta operação lhe
interessa, se não tem outra com relação melhor no momento etc. Reforçando o que já foi dito acima,
normalmente você não consegue visualizar movimentos potencialmente altistas ou baixistas no gráfico
diário. Você só tem noção dos grandes movimentos a partir do gráfico semanal, mas algumas vezes só
mesmo recorrendo ao gráfico mensal. Ao paginar os meus gráficos, procuro observar inicialmente
o gráfico semanal porque na maioria das vezes é o suficiente para se ver a floresta.

Quando o topo histórico de um ativo é ultrapassado, sabemos que o movimento subseqüente tem
grande potencial altista, mas não temos como fazer uma projeção confiável de quanto. Todavia, se o
topo histórico tiver ficado para trás distante no tempo, em alguns casos o gráfico dolarizado poderá ser
de grande valia para que se possa fazer uma projeção confiável e é por este motivo que mantenho em
todas as minhas páginas pré-montadas o gráfico mensal dolarizado.

No exemplo a seguir, podemos ver como estavam evoluindo os gráficos nominal e dolarizado de BEES3
em 20/04/06, bem como os seus desdobramentos simétrico mais prováveis.

191
Capítulo VIII: Sobre as operações

Se ultrapassassem a linha de resistência da congestão em que se encontravam rompendo,


respectivamente, R$3,00 e U$1,71 ficariam com o caminho livre para seguir em frente rumo aos
R$15,90 e U$14,77.

Depois de algumas idas e vindas, no final de maio ocorreu o rompimento para cima e, no princípio de
julho, a projeção nominal estava completa. A ultrapassagem do topo histórico de R$15,90 seria uma
nova oportunidade de compra, mas sem uma projeção confiável.

Note, entretanto, que na mesma data o preço dolarizado estava ainda muito aquém do seu objetivo
simétrico, ainda com espaço para seguir subindo até os U$14,77. Lembro-me que, nesse dia, no chat
que fazia diariamente na Ágora, alguém me perguntou qual seria o objetivo após a ultrapassagem do
TH. Multipliquei o dólar comercial do dia por U$14,77 e dei o resultado como o provável objetivo, algo
em torno de R$26,00, ou seja, uma compra acima de 15,90 teria como objetivo inicial R$26,00.

192
Capítulo VIII: Sobre as operações

Na continuação, o preço seguiu subindo até atingir 28,05, confirmando mais uma vez que a simetria se
aplica a qualquer tipo de gráficos preços.

Vejamos a partir da próxima página algumas análises com formulações das estratégias operacionais:

193
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE I: KEPLER WEBER (KEPL3)

Na tela acima, vê-se o gráfico da Kepler Weber nas periodicidades padrão. Se você estivesse observando
somente o gráfico diário, mesmo que ocupando a tela inteira, dificilmente veria a floresta, quando muito
as árvores mais próximas. A primeira tarefa será traçar as linhas horizontais sobre os principais níveis
de suporte e resistência e medir a distância entre os pontos de compra e venda em relação a eles. Em
seguida, comparar o percentual de lucro com o percentual de perda para verificar se a relação risco/
recompensa é igual ou maior do que 4.

A não ser que o topo histórico e o fundo histórico tenham se formado recentemente, dificilmente
conseguirá vê-los num gráfico diário. Sendo eles respectivamente os principais níveis de resistência e
suporte de um gráfico é imprescindível conhecê-los. Na tela acima, por exemplo, somente a observação
do gráfico mensal permite identificá-los.

Se consultasse o gráfico diário para iniciar uma operação veria que muito próximo do preço corrente
existe uma resistência em 8,40 e um suporte a 5,01. Considerando-se que o preço corrente está a
6,00, qualquer operação que fosse montada não teria uma relação risco/recompensa igual ou maior
do que 4. Se esperasse pelo rompimento da resistência de 8,40 para iniciar uma operação de compra
também não, porque a próxima resistência está em 10,21 distante apenas 21,54% do ponto de compra.
Para baixo, se o fundo de 5,01 fosse penetrado poder-se-ia iniciar uma venda, mas sem saber se é o
fundo histórico ou se existe algum outro suporte mais baixo que não se pode ver no gráfico diário, não
seria indicado. Assim, teremos de subir de periodicidade para obtermos uma visão mais abrangente
da floresta. Infelizmente, o gráfico semanal não esclarece, mas sinaliza que deveremos passar para a
periodicidade mensal para identificar seu fundo histórico.

Percebe-se, então, que se o fundo de 5,01 for penetrado existe uma simetria que sugere uma queda livre
até o fundo histórico de 0,79, um ganho nada desprezível para uma venda abaixo de 5,01 (10/12% de
estope contra um ganho potencial de 84%) na medida em que não se vê nenhum suporte intermediário
até lá. Se, em vez de cair abaixo do preço corrente de 6,00, o preço seguisse subindo, devido às
múltiplas resistências muito próximas uma das outras, até o topo histórico de 11,90, nenhuma operação
de compra deveria ser feita.

Fica claro, no momento, que as operações com grande potencial de lucro seriam uma venda abaixo de
5,01 ou uma compra acima de 11,90.

Portanto, até que chegue numa dessas referências, o certo será deixar as barbas de molho e aguardar
até que o preço mostre para onde quer ir.

194
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE II: KEPLER WEBER (KEPL3)

Vejamos uma situação inversa, ainda com os gráficos da Kepler Weber:

Neste caso, se estivesse olhando apenas para o gráfico diário você veria um gráfico contido entre
a resistência de 0,53 e o suporte de 0,35, com uma resistência intermediária em 0,46 e um suporte
intermediário em 0,36. Qualquer operação iniciada neste intervalo não teria uma relação risco/
recompensa igual ou maior do que 1 para 4. Portanto, temos de subir de periodicidade para uma visão
mais abrangente da floresta.

Aqui o gráfico semanal fornece um mapa mostrando que ainda existe uma resistência em 0,58 (que não
dá para ser vista no gráfico mensal) e que se ela for ultrapassada o preço encontrará um caminho livre
pela frente até chegar à próxima resistência em torno de 3,12. Não será preciso fazer conta para saber
que estamos diante de uma relação risco/recompensa muito compensadora. Portanto, se ultrapassar
0,58 vale uma aposta na compra com objetivo inicial em 3,12.

Se em vez de subir, o preço caísse e penetrasse o fundo de 0,32 (que pelo gráfico semanal não dá
para saber se é um fundo histórico ou se ainda existem suportes mais baixos) não se deveria fazer
nada, mas observando o gráfico mensal que exibe os seus topo e fundo histórico, valeria uma venda na
penetração dos 0,32 que aparece no gráfico mensal como o fundo histórico (nenhum preço é tão baixo
que não possa ficar mais baixo).

Esquematizando os passos da análise, temos:

a. Montar a tela com os gráficos nominais diário, semanal e mensal e acrescentar o


gráfico mensal dolarizado.
b. Traçar linhas horizontais para definir os principais níveis de suportes e resistências
nas diferentes periodicidades.
c. Identificar as distâncias entre os sucessivos níveis de suportes e resistências.
d. Definir no gráfico diário, caso deseje iniciar uma operação o percentual do estope.
e. Obter a relação risco/recompensa dividindo o percentual do lucro potencial percentual
pelo percentual do estope.
f. Se o resultado for igual ou maior do que 4, se perguntar se quer fazer a operação.
g. Em caso positivo, passar a monitorar até que o preço que acionará a operação seja
atingido sem esquecer de imediatamente passar a monitorar o estope que deve ter
sido definido antes do gatilho ter sido acionado.

195
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE III: GOL (GOLL4)

Neste outro exemplo, observando-se os principais níveis de suportes e resistências, pode-se perceber
no gráfico diário da Gol (inferior direito) que se a resistência de 29,50 for rompida o preço ficará com
o caminho livre para se mover até à resistência de 48,45, o que representa uma perna de alta com
64,23% de amplitude. Considerando-se um estope inicial de 10% temos uma relação risco/recompensa
de 1 para 6,42, válida para se iniciar uma aposta de compra na penetração dos 29,50.

Por outro lado, se o preço penetrar 23,50, pode-se ver no gráfico mensal nominal que o fundo histórico
está logo abaixo em 22,98, portanto sem espaço para uma queda de maior amplitude. Mas, se o fundo
histórico de 22,98 for penetrado, o preço deverá cair muito porque estará entrando no vácuo sem
nenhum suporte pela frente para interromper a queda e valerá uma aposta na venda.

Se estivéssemos analisando apenas os gráficos nominais, não teríamos como fazer uma projeção
confiável de até que nível a queda poderia se estender ou onde poderia ser interrompida. Mas, se
observar o gráfico mensal dolarizado, você verá que nele o fundo histórico se encontra mais abaixo.
Assim, se o fundo histórico do gráfico nominal for rompido, no gráfico dolarizado estaria sendo rompido
o suporte de U$13,94 e só encontraria suporte no próximo fundo em torno de U$7,58 que seria a
projeção. Neste caso, obter-se-ia a projeção multiplicando o dólar comercial do dia da penetração
(06/06/08: 1,6282) por U$7,58 e obteríamos 12,34. Veja o que aconteceu a seguir:

196
Capítulo VIII: Sobre as operações

OBSERVAÇÃO: A penetração de um fundo histórico carrega consigo a mesma importância


do rompimento de um topo histórico.

Ainda no exemplo acima, agora que os fundos históricos do gráfico nominal e dolarizado foram
penetrados, não existem mais projeções simétricas para baixo. No entanto, no momento em que o
fundo histórico do gráfico dolarizado foi rompido e o preço entrou no espaço vazio, apesar da ausência
de simetria, o critério de se vender na penetração de um fundo histórico continua válido. Seria o caso
de se vender na penetração dos U$7,58 ou R$12,34. Lembre-se de que nenhum preço está tão baixo
que não possa cair mais. Assim, se já estivesse vendido poderia adicionar mais alguns lotes na venda
ou se estivesse fora poderia iniciar uma. Veja o que aconteceu em seguida:

197
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE IV: DURATEX (DURA4)

A tela acima com os gráficos da Duratex Pn em diferentes periodicidades também é um exemplo de um


gráfico indefinido com simetrias para os dois lados.

Analisando o gráfico diário, percebe-se claramente que os preços vêm oscilando durante os últimos
cinco meses num movimento lateral, contido entre 29,68 e 39,00. Dificilmente um movimento no interior
da congestão satisfará a condição de risco/recompensa igual ou maior do que 1 para 4, apenas se o
estope estiver muito próximo do ponto de acionamento da estratégia.

Pode-se ver no gráfico semanal que se a resistência de 39,00 for ultrapassada a próxima resistência
simétrica estará em 59,93 e que poderemos traçar uma estratégia de compra. Já se penetrar o suporte
de 29,68 dá para saber que existe simetria para baixo, mas não dá para ver onde se encontra o próximo
suporte para que possamos calcular a relação risco/recompensa para avaliar se valeria iniciar uma
venda a descoberto (alugando papel), nos obrigando a recorrer ao gráfico mensal para visualizá-lo.

Tendo definido o próximo suporte (14,45) e a próxima resistência (59,93), podemos ver que se o preço
subir e ultrapassar 39,00 ficará com o caminho livre de obstáculos (resistências) até atingir a projeção
simétrica de 59,93. Considerando-se um hipotético estope inicial médio de 10% e um alvo com lucro
potencial de 53,66% temos uma relação risco/recompensa igual a 1 para 5,36. Então vale uma aposta
na compra acima de 39,00.

Por outro lado, se o preço cair e penetrar o fundo de 29,68 poderemos iniciar uma venda em 29,59 com
alvo em torno de 14,45, uma venda com um potencial de lucro em torno de 51,16%, uma relação risco
recompensa de 1 para 5,11. Neste caso, valeria uma aposta na venda a 29,59.

198
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE V: USIMINAS (USIM5)

Depois de traçar as linhas horizontais ao longo dos principais topos e fundos terminais em todas as
periodicidades, observo onde se encontram os possíveis movimentos com mais amplitude e simulo onde
gostaria de operar após os seus rompimentos? Neste caso, dá para ver que muito próximo do preço
corrente existe uma resistência terminal que poderá ser vista no gráfico semanal em torno de 2,60 que poderá
interromper a alta em andamento, impedindo que se inicie uma compra antes da sua ultrapassagem.

Para efeito de compra, caso o preço continue subindo, o próximo rompimento será 2,60 com a próxima resistência
em 3,40. Aplicando-se um hipotético estope inicial em torno de 10%, teríamos uma relação risco/recompensa de
1 para 3. Na falta de outra melhor valeria o risco, mas o ideal seria que fosse igual ou maior do que 1 para 4.

A próxima resistência seria o topo histórico de 3,54.


Embora não se tenha como fazer uma projeção
confiável do desdobramento do preço caso venha
a ser ultrapassado (e consequentemente definir a
relação risco/recompensa), rompimentos de topos
históricos sempre serão bons pontos de compra. Mal
comparando, a ultrapassagem de um topo histórico é
semelhante à de um foguete espacial quando deixa
o campo gravitacional da terra e entra no vácuo. Para
romper a resistência é preciso muita força, mas uma
vez rompida entra no vácuo sem nenhuma resistência
pela frente e tende a ganhar mais velocidade.

Por outro lado, podemos ver que se começar a


cair de onde se encontra até chegar ao suporte de
1,24 não encontrará nenhum suporte terminal até
lá. Assim, podemos imaginar que se o suporte de
2,20 (gráfico diário) for penetrado, o gráfico entrará
numa simetria baixista rumo aos 1,24. Supondo que
iniciássemos uma venda nesta penetração, teríamos um estope situado a cerca de 10% do ponto de venda
(um pouco acima de 2,37) e um potencial de queda de 42,85 que justificaria uma aposta na venda.

Como você pode ver no gráfico mensal nominal ao lado, na continuação o preço rompeu o topo histórico (daqui
em diante TH) gerando um ponto de compra acima de 3,54. Depois, seguiu subindo e corrigindo e formando novos
THs cada vez mais altos. Cada vez que o TH mais recente foi ultrapassado gerou um novo ponto de compra.

199
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE VI: BRASKEM (BRKM5)

A tela acima mostra um exemplo de um gráfico travado para cima por múltiplas resistências muito
próximas umas dos outras, sem espaço para uma perna de alta de grande amplitude. Se o preço
seguir subindo do seu nível corrente, somente quando ultrapassar o topo de 23,62, terá algum espaço
para subir até encontrar a próxima resistência, mas o percentual de alta será em torno de 29,67%,
insuficiente para uma relação risco/recompensa igual ou maior do que 1 para 4. Compra aqui, somente
na ultrapassagem do TH de 30,63, quando entrará no espaço vazio e terá facilidade para prosseguir
subindo.

No sentido baixista, pode-se ver no gráfico mensal nominal que se o fundo de 9,45 for penetrado o
próximo suporte fica em torno de 1,73, mostrando um potencial de queda em torno de 81%, gerando
uma relação risco/recompensa de 1 para 8, excelente para valer uma aposta na venda.

Já mencionei anteriormente, mas não custa repetir: nesta metodologia o que se procura quando
analisamos os gráficos são os locais onde as distâncias entre as sequências de suportes e de resistências
estejam o mais distante possível entre elas. Quanto mais afastado melhor! Não é importante saber se
o preço já subiu ou caiu muito porque para efeito de risco, qualquer que seja o patamar da compra ou
da venda, na média ficará em torno de 10% (média dos estopes iniciais).

200
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE VII: GENERAL MOTORS

Observando-se o gráfico diário neste ponto, percebe-se que no interior da congestão não existe
nenhuma possibilidade de se montar uma estratégia para se operar no seu interior porque sua
amplitude fica em torno de 16%.

Por outro lado, se a resistência de 11,41 for rompida, a próxima resistência importante ficará em torno
de 18,15, gerando um ganho potencial em torno de 58%. Mesmo considerando uma subida direta
de onde se encontra até gerar o ponto de compra a 11,51, sem que se forme um novo fundo anterior
mais alto do que 10,14, teríamos uma compra a 11,51 com um estope inicial em 10,09, um risco em
torno de 12,33%. Considerando-se a relação recompensa/risco, teríamos uma perda potencial em
torno de 12,33% contra um ganho potencial de 58%, uma relação de 4,7 que justificaria uma aposta
na compra.

Se em vez de subir
o preço caísse e
penetrasse o fundo de
9,80, como o próximo
suporte fica em torno de
5,69 (conforme poderá
ver no gráfico mensal
acima), poder-se-ia
pensar numa venda 9,77
porque o potencial de
ganho ficaria em torno
de 41,76%, e o estope
um pouco acima do topo
anterior de 10,73. Assim
poderíamos vender a
9,77 com um estope
inicial em 10,76, uma relação recompensa/ risco igual a 4,12.

Na continuação, o preço saiu para cima rompendo a resistência de 11,41, gerando um ponto de compra
que evoluiu favoravelmente até o primeiro objetivo de 18,15 que foi rompido e prosseguiu subindo
rumo ao próximo de 28,57, sendo estopada quando o fundo de 22,73 foi penetrado, conforme você
pode ver no gráfico acima.

201
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE VIII: BOEING

Na janela abaixo, você pode observar os gráficos mensal, semanal e diário da indústria de aviação
americana Boeing Co. Apenas o gráfico mensal permite que se tenha uma visão da floresta para que se
possa definir onde estão as principais resistências e os principais suportes e traçar um mapa das mais
prováveis alternativas de desdobramento simétrico. Pode-se ver que, naquele momento (06/06/08),
depois de deixar para trás um topo histórico em julho de 2007, o preço entrou numa correção que
encontrou suporte no topo histórico anterior (70,94), agora um suporte, e depois de um repique vem
caindo para um novo teste do suporte.

Traçadas as alternativas simétricas mais prováveis, verifica-se no gráfico diário que, se o preço voltar a
subir de onde se localiza, encontrará uma resistência em torno de 88,29 deixando pouco espaço para
uma relação recompensa/risco favorável, no caso, considerando-se um estope inicial com um risco de
10%, de 2,3 para 1. Passando para o gráfico semanal se verifica que se ultrapassar a resistência de
88,29 encontrará a próxima em torno de 107,83. Considerando-se um estope inicial de 10% teríamos
uma relação de 2,2 para 1. Resumindo, se o preço voltasse a subir de onde se encontra, só seria
possível iniciar uma operação de compra acima de 107,83.

Nas duas primeiras alternativas poderiam haver exceções caso o estope fosse muito curto de modo
que a relação recompensa/risco ficasse igual ou maior do que 4 para 1.

Examinadas as possibilidades de compra, vejamos agora as de venda. O gráfico semanal e o diário


não fornecem uma visão da floresta, que só pode ser vista no mensal. Nele se nota que se o suporte de
71,59 for penetrado o preço só encontrará suporte no fundo de 24,73, gerando espaço para uma queda
por volta de 65,40%. Se quiser ser mais rigoroso e aguardar pelo rompimento do suporte proporcionado
pela antiga resistência que se manteve inviolada nas duas tentativas de teste e vender somente abaixo
dela, digamos a 70,89, o espaço para queda praticamente permanece intacto alterando-se para 65,11%.
Considerando-se um estope de 10% a relação recompensa/risco seria de 6,5 para 1.

Na continuação o preço seguiu caindo rompendo os suportes e gerando um ponto de venda em torno
de 70,89 com um estope inicial um pouco acima do topo anterior de 77,80. Quando escrevi estas linhas
(12/03/09) a situação estava assim:

202
Capítulo VIII: Sobre as operações

Como está vendo, a metodologia funciona em qualquer mercado em que o preço se forme livremente
através da oferta e da procura. Pode ser aplicada nos mercados futuros, nas moedas, nos derivativos
etc.

203
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE IX: BOI GORDO (BM&F)

O gráfico semanal nos permite ver que se o preço romper a resistência de 72,43 ficará com o caminho
livre para ir testar a resistência proporcionada pelo topo histórico ou se cair e penetrar o fundo de 56,22
ficará com o espaço livre para uma grande queda. Assim, a ultrapassagem de 72,43 será ponto de
compra e a penetração de 56,22 ponto de venda.

Na tela acima vemos os gráficos mensal, semanal e diário do Boi Gordo. Examinando o gráfico mensal
constatamos a existência de uma resistência no topo histórico de 123,48 e um suporte no fundo
histórico de 56,22 (como o histórico que possuo só retroage até 2003 é possível a existência de um
fundo histórico inferior ao apresentado, mas neste exemplo não fará diferença).

No gráfico diário vemos que existe uma resistência na região entre 70,78 e 72,43 e um suporte em 56,22.
Partindo do preço corrente de 65,67 verificamos que no seu interior não dá para se fazer operação de
compra porque dificilmente se obterá uma relação risco/recompensa favorável. Na continuação o preço
volta a subir e rompe a resistência dos 72,43 gerando compra. Veja o que aconteceu na continuação:

204
Capítulo VIII: Sobre as operações

ANÁLISE X: BOMBRIL (BOBR4)

No gráfico mensal identifico que o preço se encontra em tendência de baixa, no momento testando um
suporte proporcionado pelo fundo de 2,98 de onde poderá voltar a subir rumo aos 20,32 ou penetrá-lo
e seguir caindo até o próximo suporte em torno de 1,29.

No gráfico semanal a simetria mais próxima sugere uma subida rumo ao topo de 7,38 que, uma vez
penetrado, abrirá espaço para continuação da subida até o topo de 20,32. Neste percurso, ao atingir a
região em torno de 12,84 poderá voltar a cair, formando a simetria mais afastada definida pelas linhas
amarelas. A penetração do fundo de 2,98 abrirá espaço para prosseguimento da tendência de baixa
até o próximo suporte simétrico em 1,29. Este cenário simétrico sugere que estamos numa região onde
estratégias de compra ou venda poderão ser aplicadas de acordo com o desdobramento do mercado.

Passando para o gráfico diário, identifico que o ponto de retorno visto nos gráficos mensal e semanal
derivou para uma pequena congestão, eventualmente uma bandeira de baixa, cujos limites são 2,98
e 3,56 com uma amplitude que não permite uma operação no seu interior, mas no rompimento de
qualquer um dos lados sim.

Definidas todas as simetrias, classifico as possíveis operações em função da relação risco/recompensa,


isto é, quanto perderei se vier a ser estopado em relação ao potencial de ganho se a operação evoluir
favoravelmente.

Assim, temos:

1. Operações no extremos das congestões (interior)

1) Congestão terciária, gráfico diário: (2,98 – 3,56): o percentual da amplitude não justifica que se
opere no seu interior, pois a relação risco/recompensa fica desequilibrada.

2. Operações nos extremos de uma congestão (exterior)

1) Congestão terciária: (2,98 – 3,56) Comprar acima de 3,56 ou vender abaixo de 2,98. No caso
da compra, como existe simetria altista com objetivo para uma subida até a próxima resistência

205
Capítulo VIII: Sobre as operações

em 5,50, deve-se avaliar a relação risco/recompensa. Neste caso, comprar em torno de 3,65
(técnica do envelope) com objetivo para 5,50. Com um estope de 10%, o potencial de ganho é
da ordem de 50% e a relação risco/recompensa de 1 para 5. A operação deve ser feita.

2) No caso da venda, como existe uma simetria baixista com objetivo de queda até o próximo
suporte simétrico em 1,29, deve-se avaliar a relação risco/recompensa. Neste caso, vender
em torno de 2,89 (técnica do envelope) com objetivo para 1,29. Com um estope de 10%, o
potencial de ganho é da ordem de 55% e a relação risco/recompensa é da ordem de 1 para
5,5. A venda deve ser feita.

3. Aplicação das estratégias

Em vez de deixar o assunto apenas na formulação das estratégias, vamos dar continuidade ao gráfico
e seguir analisando passo a passo todos os pontos críticos.

No ponto em que paramos nossa análise, as duas operações que nos interessam são a compra no
exterior da congestão e a venda no exterior da congestão. Conforme estabelecemos, esses pontos
de compra e venda serão definidos por níveis de fechamento que satisfaçam as regras do envelope.
Decorridos mais alguns dias, o gráfico ficou assim:

O preço permaneceu evoluindo lateralmente dentro da pequena congestão até que no dia 16/11/88
rompeu a congestão para cima e fechou a 3,98, bem acima do nível de compra do envelope e
satisfazendo ao pré-requisito de comprar num fechamento igual ou maior do que 3,65. Aqui poderíamos
comprar no fechamento a 3,98 ou no início do pregão do dia seguinte a qualquer preço. Vamos assumir
que compramos no fechamento a 3,98. Para colocação do estope inicial poderíamos optar por: a) um
pouco abaixo do fundo anterior, isto é, em torno de 3,19; b) um pouco abaixo do corte da LTA; c) um
pouco abaixo da resistência (agora um suporte) da pequena congestão em 3,49. Entretanto, como o
preço de compra ficou muito acima do valor original e a simetria sugere que o preço deverá continuar
subindo, o único estope que mantém a operação viável é a alternativa c a 3,49.

206
Capítulo VIII: Sobre as operações

Após mais alguns dias de desdobramento, o preço cedeu durante os dois seguintes, mas não atingiu
nosso estope e voltou a subir formando um ziguezague ascendente e deixando para trás um novo
fundo anterior em 3,61, mais alto que o precedente a 3,21.

A formação deste novo fundo mais alto a 3,61 permite que subamos o estope para 3,59. Note, entretanto,
que durante a perna de queda à esquerda, na faixa entre 4,30 e 5,50, ocorreram dois ziguezagues
descendentes, que certamente serão níveis de resistência na perna de alta em andamento. Além disso,
perceba que existe uma simetria (linhas amarelas) que sugere uma queda para em torno de 3,70 antes
que o preço continue subindo rumo ao objetivo inicial de 5,50. Neste ponto, teremos que decidir se
iremos apertar o estope ainda mais, de modo a preservar o lucro auferido até agora, ou deixar onde
está e aguardar que se forme um novo fundo anterior mais alto do que 3,61 para uma nova mudança.

Para trazer o estope para mais próximo do preço corrente sem cometer nenhuma violência técnica
existem dois caminhos, a saber: a) mover o estope para um pouco baixo da mínima do dia anterior
(formação de um ponto de retorno nas proximidades da resistência); b) traçar uma linha de tendência
de alta mais justa (LTA1) e usar o seu corte para encerrar a operação. Para efeito do nosso estudo,
vamos considerar as três alternativas, isto é, deixar abaixo do fundo anterior a 3,59, na formação de um
ponto de retorno e no corte da linha de tendência de alta de curto prazo.

Conforme você poderá observar no gráfico da próxima página, aconteceu o seguinte:

207
Capítulo VIII: Sobre as operações

1. A alternativa do ponto de retorno foi o primeiro estope a ser acionado dois dias após a redefinição
a 4,19, quando a mínima do dia anterior a 4,20 foi penetrada (quadro maior à esquerda). Lucro de
5,27%.

2. A alternativa do corte da linha de tendência de alta foi acionado 3 dias após a redefinição em torno
de 4,14 (gráfico superior à direita). Lucro de 4,04%.

3. A alternativa de penetração do fundo anterior foi acionada 10 dias após a redefinição a 3,59. Prejuízo
de 9,79%.

Impossível saber de antemão qual das alternativas de estope teria sido a melhor. Imagine, por exemplo,
se as duas primeiras alternativas tivessem sido acionadas, mas a da penetração do fundo anterior não
e, em seguida o preço tivesse voltado a subir gerando outro ziguezague ascendente com um novo
fundo anterior mais alto a 3,90. Provavelmente, devido à resistência de 4,50 estar muito próxima de
4,35 (máxima atingida antes do estope ter sido acionado), a lógica de uma reentrada indicaria que uma
nova compra fosse feita apenas acima de 4,50, digamos a 4,55. O estope inicial deveria ser colocado
um pouco abaixo do fundo anterior em torno de 3,87.

Supondo que uma compra tivesse sido gerada a 4,55, ficaríamos com os seguintes cenários:

Positivos:

Alternativa 1. Se a compra evoluir favoravelmente terá abocanhado um ganho de 5,27 mais o que
obtiver na reentrada.
Alternativa 2. Se a compra evoluir favoravelmente terá abocanhado um ganho de 4,04% mais o que
obtiver na reentrada.
Alternativa 3. Se a compra evoluir favoravelmente terá um lucro maior por não ter devolvido nenhum
pedaço da alta até ser estopado.

Negativos:

Alternativa 1. Se a operação evoluir desfavoravelmente terá um prejuízo líquido nas duas operações de
9,67% (prejuízo de 14,94% na reentrada menos o lucro de 5,27% da compra inicial).

208
Capítulo VIII: Sobre as operações

Alternativa 2. Se a operação evoluir desfavoravelmente terá um prejuízo líquido nas duas operações de
10,90% (prejuízo de 14,94% na reentrada menos o lucro de 4,04% da compra inicial).
Alternativa 3. Se a operação evoluir desfavoravelmente terá um prejuízo de 2,76% (comprou a 3,98 e
estopou a 3,87).

Como você pode ver, não é fácil saber a priori qual a melhor estratégia de colocação de estope. Ora
uma alternativa funciona melhor, ora outra. Muito se tem discutido a este respeito, mas não existe uma
solução definitiva. Pessoalmente, sou favorável a mantê-lo o mais próximo possível do preço corrente,
principalmente quando uma tendência possa estar mudando. Quando a tendência está clara e o mercado
como um todo se encontra em tendência de alta, sou favorável a mover o estope para um pouco abaixo
de cada novo fundo mais alto que for se formando, ou vice-versa numa tendência de baixa.

É muito fácil falar depois do ocorrido, mas teria estopado através das uma das duas primeiras alternativas,
visto o mercado estar em tendência de baixa, esboçando uma possível reversão.

Retomemos a nossa análise a partir do ponto em que teríamos sido estopados pela estratégia contida
na alternativa 3 (penetração do fundo anterior).

Revendo os cenários simétricos podemos notar que na visão macro não ocorreu nenhuma alteração
importante, prevalecendo as referências operacionais iniciais.

Numa visão de curto prazo, após ter sido estopado, surgem as seguintes alternativas simétricas,
traçadas no gráfico diário do quadro acima:

a) voltar a subir para o topo da congestão abrindo espaço para uma compra na
ultrapassagem dos 4,50 ou uma venda na ocorrência de um ponto de retorno nessa
região;
b) prosseguir caindo rumo ao fundo de 2,98 abrindo espaço para uma venda na sua
penetração ou para uma compra em caso do surgimento de um ponto de retorno nas
proximidades.

Nos dias seguintes o preço foi caindo até se aproximar do fundo de 2,98, local pré-definido para se
iniciar uma operação de compra ou de venda dependendo do seu desdobramento, conforme quadro
abaixo:

209
Capítulo VIII: Sobre as operações

Um fechamento igual ou menor que 2,89 implicará numa operação de venda e a formação de um ponto
de retorno implicará numa operação de compra. Cabe enfatizar que não há nenhuma preferência por
uma ou outra. Lembre-se que está jogando e que não tem uma opinião formada sobre a evolução do
preço.

No dia seguinte, o preço subiu ameaçando gerar um ponto de retorno, mas não ultrapassou a máxima
do dia anterior e continuamos na expectativa. No segundo dia, o preço abre com um gap de alta,
gerando um ponto de retorno e a compra deve ser feita logo após abertura. O preço de abertura foi 3,40
e compramos a 3,45 colocando um estope inicial a 2,93, um pouco abaixo do fundo anterior a 2,95.
Nossa relação risco recompensa ficou assim: possibilidade de perda de 15% contra potencial de ganho
de 59%, uma relação de 1 para 3,93.

210
Capítulo VIII: Sobre as operações

Depois de comprarmos a 3,45, o preço continuou subindo por mais dois dias, cedeu no terceiro até
3,20 e voltou a subir ultrapassando o topo anterior e formando um ziguezague ascendente. Neste
momento o estope deveria ser movido para um pouco abaixo de 3,20, digamos 3,18. O cenário
simétrico mais provável apontava para continuação da subida até 4,50, onde poderia encontrar um
ponto de retorno e abrir simetria baixista rumo a novo teste do fundo principal ou, uma vez rompida a
resistência, prosseguir subindo até à próxima resistência a 5,50. Em caso de quebra da simetria a partir
do ziguezague ascendente (linha vermelha), o preço poderia voltar para novo teste do fundo.

Mas, após novo ziguezague ascendente o preço irrompe para próximo da resistência a 5,50, cumprindo
o que sinalizava a simetria mais próxima.

Redefinido as simetrias (próximo gráfico), percebe-se que há uma forte possibilidade de que após atingir
as proximidades de 5,50 (ou pouco acima ou um pouco abaixo), o preço deverá ceder ligeiramente e
ficar se movendo lateralmente antes de continuar a subida rumo aos 7,38, quando deverá ocorrer uma
correção mais forte.

Diante deste cenário, devemos nos prevenir para uma possível correção nas proximidades movendo
nosso estope para cima. No caso, os locais tecnicamente corretos para aplicação são o fundo anterior
a 4,20 e a linha de tendência de alta. Atuando de forma mais agressiva também poderíamos considerar
a ocorrência de um ponto de retorno.

À luz do parágrafo anterior, vejamos o que aconteceu nos dias seguintes:

211
Capítulo VIII: Sobre as operações

O preço cedeu ligeiramente e ficou andando de lado durante quatro dias sem que nenhum ponto
de retorno tivesse sido gerado permanecendo bem acima da linha de tendência de alta e do fundo
anterior. No quinto dia (conforme você pode ver no detalhe no gráfico à esquerda, acima), a mínima
do dia anterior a 4,70 foi penetrada e a estratégia de estopar na penetração da mínima do dia anterior
foi acionada a 4,65. As demais permaneceram intactas. Desta forma, se você tivesse optado por este
procedimento mais agressivo, de proteção do lucro auferido, teria ganho algo em torno de 35%. (4,65
– 3,45)/3,45).

Na continuação o preço voltou a subir, deixando para trás um novo fundo mais alto a 4,50, que passa a
ser a nova referência de estope para as estratégias que ainda não foram estopadas, mas que com essa
alteração saíram da área de prejuízo e entraram na área de lucro. Revendo novamente as simetrias de
curto prazo na janela direita do gráfico anterior, ficamos com as seguintes possibilidades:
a) o preço prosseguir subindo até as proximidades da resistência de 5,50 e formar um ponto de
retorno;
b) o preço prosseguir subindo e ultrapassar a resistência de 5,50 rumo aos 7,38;
c) o preço começar a cair imediatamente para completar em tempo o movimento simétrico lateral,
ou vir caindo direto rumo ao teste do fundo principal.

Decorridos mais alguns dias o cenário ficou conforme a seguir:

212
Capítulo VIII: Sobre as operações

O preço prosseguiu subindo até 5,50, onde esbarrou na resistência prevista, cedeu ligeiramente e
voltou a subir rompendo a resistência e deixando para trás um novo fundo anterior mais alto a 5,00, e
depois um outro mais alto a 5,60, a nova referência de estope. A estratégia que usa o fundo anterior
como referência para estope tem sua referência alterada para o novo fundo mais alto a 5,60. A que
usa como referência o corte da linha de tendência de alta continua em vigor e a única alteração é
que na medida em que o preço foi se movendo para a direita o valor do corte foi subindo. Se tivesse
optado pela estratégia que foi estopada no ponto de retorno, poderia pensar em reentrar no mercado
na ultrapassagem do topo de 5,50, evidentemente, desde que a relação risco/benefício fosse igual ou
maior do que 1 para 3. Neste caso, comprar-se-ia a 5,55 com estope inicial um pouco abaixo do fundo
anterior (5,00) em torno de 4,97. A relação risco/recompensa seria, então: 10,45% de prejuízo contra
32,97% de lucro, isto é, uma relação de 1 para 3,15 e a recompra deveria ser feita.

Depois de romper a resistência de 5,50 o preço prosseguiu subindo, conforme sugeria a simetria, até
às proximidades de 7,38. Observando-se as estratégias simétricas numa visão mais ampla através do
gráfico semanal (quadro à esquerda do gráfico anterior) nota-se que as alternativas mais prováveis
são:
a) romper a resistência de 7,38 e prosseguir subindo rumo à próxima resistência em torno de
16,00 (não aparece no quadro acima, mas pode ser visto no gráfico inicial), ou;
b) formar um ponto de retorno nas proximidades da resistência e se desdobrar de acordo com
a simetria mais afastada (linhas amarelas), caindo de volta para próximo de 3,71 e voltar a
subir.

Considerando a hipótese de ocorrência da simetria mais afastada, devemos apertar os estopes para
mais próximo do preço corrente, sem nenhuma violência técnica. Como o estope proporcionado pelo
fundo anterior está muito distante (5,60) podemos optar por dois caminhos, a saber:

c) ponto de retorno – zerar a posição comprada quando a mínima do dia anterior for penetrada;
d) corte de linha de tendência – como a linha de tendência de alta original está muito afastada,
podemos traçar uma outra mais justa fluindo no mesmo grau de inclinação da perna de alta em
andamento.

Após mais alguns dias de desdobramento o cenário ficou conforme abaixo:

213
Capítulo VIII: Sobre as operações

No dia seguinte, o preço caiu, mas ficou acima da mínima do dia anterior; no segundo dia, veio abaixo
da mínima do dia anterior e a estratégia de estopar num ponto de retorno foi disparada em torno de
6,15 (a mínima do dia anterior foi 6,20). As estratégias de estopar no corte da linha de tendência de
alta e na penetração do fundo anterior permaneceram válidas. Em seguida, o preço voltou a subir e
iniciou mais um ziguezague ascendente rapidamente abortado, mas deixando para trás um novo fundo
anterior mais alto a 6,09 e uma linha de tendência de alta inviolada. Mais alguns dias se passam e a
linha de tendência de alta é penetrada a 6,35, com isto encerrando a compra cuja estratégia previa seu
encerramento no corte da linha de tendência de alta.

Após cortar a linha de tendência de alta o preço prosseguiu caindo e se aproximou do fundo anterior a
6,09. As principais simetrias, neste momento, indicavam que: a) o preço poderia ficar oscilando entre
6,09 e 7,38; b) perder o fundo de 6,09 e seguir caindo rumo aos 3,71 ou c) romper a resistência de 7,38
e prosseguir subindo.

Nesta altura, como está o tabuleiro do mercado?

214
Capítulo VIII: Sobre as operações

Observando-se os gráficos de longo prazo, percebe-se que o preço poderá romper a resistência
proporcionada pelo topo de 7,38 e seguir subindo numa simetria altista ligeiramente distorcida pelo
fundo mais baixo a 2,95 rumo aos 20,32 [neste percurso tendo que superar a resistência oferecida
pelo fundo de 11,90 (antigo suporte que virou resistência)], ou formar um ponto de retorno e abrir uma
simetria baixista rumo ao fundo de 2,95 (a simetria mais próxima e, portanto, a mais provável). Neste
percurso, a queda poderia ser interrompida por um ponto de retorno em torno de 3,71 (para completar
a simetria mais afastada), seguida pela retomada da simetria altista rumo aos 20,32.

Estas simetrias sinalizam, já que estamos fora do mercado, que estamos às vésperas de uma operação
de compra ou de venda. Conforme você poderá ver no próximo gráfico, a venda teria como objetivo
uma queda até 2,95; a compra teria como objetivo uma subida para 20,32.

Desta forma, a compra deverá ser executada na ultrapassagem da resistência de 7,38 (a 7,41) e a
venda na penetração do fundo de 6,09. As relações risco/recompensa neste momento seriam:

a) no caso da compra: comprar a 7,41 com estope inicial em 6,04 com objetivo para 20,32. A
relação risco/recompensa ficaria assim: prejuízo de 18,48% contra um lucro de 174,22%, isto
é, uma relação de 1 para 9,42 e a compra deveria ser feita.
b) No caso da venda: vender a 6,04 com estope inicial em 7,13 com objetivo para 2,95. A relação
risco/recompensa pelo objetivo mais próximo ficaria assim: prejuízo de 18,04% contra um lucro
de 51,15%, isto é, uma relação de 1 para 2,83. A venda não deveria ser feita.

Nos dias seguintes, o mercado se desdobrou da seguinte maneira:

215
Capítulo VIII: Sobre as operações

Perdeu o fundo de 6,09 e seguiu caindo até o suporte proporcionado pela LTA e pelo fundo de 5,00.
Neste ponto, a penetração do fundo de 5,00 com a LTA já rompida deverá impulsionar o preço rumo ao
teste do fundo principal ou formar um ponto de retorno e subir rumo ao teste dos 7,10.

Decorridos mais alguns dias, o preço continuou subindo até se aproximar da resistência dos 7,10 que
poderia ser ultrapassada e seguir para o teste da resistência dos 7,38. Neste caso, teríamos uma
situação de compra na sua ultrapassagem. Por outro lado, se o preço permanecesse trabalhando
nessa região sem penetrar a resistência e formasse um ponto de retorno teríamos uma situação de
venda. Entretanto, o objetivo inicial seria agora 5,00, o que dificilmente possibilitaria uma relação risco/
recompensa favorável.

216
Capítulo VIII: Sobre as operações

Nos dias seguintes, ocorreu um ponto de retorno e o preço começou a cair até romper o suporte de
5,00 e continuar caindo.

Ao se aproximar dos 3,71, a simetria mais próxima sugeria que o preço deveria prosseguir caindo para
testar o suporte de 2,95 ou, eventualmente, voltar a subir formando a simetria mais afastada (linhas
amarelas no gráfico semanal) do quadro da página anterior. De um modo ou de outro, novamente
estamos próximos de um ponto de compra ou de venda. O de compra, poderia vir do corte da linha de
tendência de baixa (simetria mais afastada) ou de um ponto de retorno nas proximidades de 2,95. O de
venda, viria de um fechamento igual ou menor do que 2,89. Vejamos o que nos espera pela frente.

Nos dias seguintes, o preço cedeu ligeiramente atingindo uma nova mínima a 3,90 e subiu para cortar
a linha de tendência de baixa e gerar uma compra um pouco acima do seu corte a 4,55. Considerando
a colocação do estope um pouco abaixo da mínima da perna de queda anterior ao corte da linha seu
valor será de 3,85. Avaliando a relação risco/recompensa para esta compra temos uma operação com
um percentual de um possível prejuízo de 15,38% e um potencial de lucro de 56,04% (4,55/7,10) com
uma relação risco/recompensa da ordem de 1 para 3,64. A compra deveria ser feita.

Na continuação a compra evoluiu favoravelmente chegando próxima do seu objetivo. Nesta altura,
teríamos que nos preparar para a ocorrência de um ponto de retorno nas proximidades de 7,10/7,38,
que estoparia a compra em andamento com reversão simultânea para venda ou para uma compra
no rompimento das resistências e continuação da alta conforme sugere a simetria mais afastada das
linhas amarelas.

Estrategicamente falando, duas alternativas se oferecem no momento:

a) estopar e reverter simultaneamente para venda se ocorrer um ponto de retorno nas proximidades
dos topos de 7,10/7,38 com estope inicial um pouco acima da máxima atingida antes da
ocorrência de um ponto de retorno;
b) adicionar mais alguns lotes na compra a 7,41 com estope inicial para toda a posição (compra
inicial + o que foi adicionado) um pouco abaixo do corte da LTA1.

217
Capítulo VIII: Sobre as operações

No dia seguinte, o preço subiu e rompeu todas as resistências gerando compra a 7,41. O corte da LTA1
para o dia seguinte se daria a 6,04. Considerando um estope a 5,98, a relação risco/recompensa ficaria
assim: 19,29% de prejuízo contra um lucro de 174,2% (compra a 7,41 com objetivo para 20,32), isto é,
uma relação risco/recompensa de 1 para 9,03. A compra deveria ser feita.

Vou parar por aqui apresentando apenas o gráfico semanal com a projeção simétrica e o que aconteceu
na realidade:

218
Capítulo VIII: Sobre as operações

Apesar da distorção ocorrida na correção próxima aos 15,00, a simetria forneceu todas as pistas
necessárias para os pontos de compra e o seu objetivo foi perfeito.

Acho que este exemplo é suficiente para transmitir o espírito da metodologia operacional baseada nas
alternativas simétricas que os gráficos apresentam.

Você deve ter visto no decorrer deste exemplo que em alguns casos foi aceita uma relação risco/
recompensa inferior a 1 para 4 para se iniciar uma operação, bem como, uma preocupação constante
em mover os estopes o mais rápido possível. Isto se deve ao fato desse exemplo ter sido escrito por
volta de 2002, quando eu ainda aceitava uma relação risco/recompensa igual ou maior do que 1 para 3
para iniciar uma operação e não tinha uma percepção estatística de que assim que o estope colocado
uma pouco abaixo do fundo ou do topo anterior (conforme o caso) no gráfico diário coincidisse com o do
fundo ou topo anterior do gráfico semanal (a partir de uma zona de breakeven) que deveria seguir em
frente movendo-o através dos novos fundos ou topos do gráfico semanal e não mais pelos do gráfico
diário. Poderia ter feito alterações para ajustá-lo ao presente, mas preferi deixar como estava.

219
Capítulo VIII: Sobre as operações

EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO CAPÍTULO VIII:

1. Observe os gráficos abaixo e marque os níveis de suporte e resistência que servirão de base para a
montagem das estratégias operacionais:

a.

b.

220
Capítulo VIII: Sobre as operações

c.

d.

221
Capítulo VIII: Sobre as operações

2. Observe os gráficos abaixo. Considerando um estope fixo de 10% de custo para qualquer operação
de compra ou de venda, quero saber quais seriam os locais mais adequados para se iniciar uma
operação e quais apostas valeriam a pena.

a.

b.

222
Capítulo VIII: Sobre as operações

3. Considerando um estope inicial de 6% indique os melhores locais para iniciar operações de compra/
venda e justifique o motivo.

223
Capítulo VIII: Sobre as operações

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO DE CONTEÚDO DO CAPÍTULO VIII:

1–a

1–b

224
Capítulo VIII: Sobre as operações

1–c

1–d

225
Capítulo VIII: Sobre as operações

2 - a. As linhas verdes estão posicionadas nos locais de onde deveriam ser iniciadas as compras e as
rosas nos locais onde deveriam ser iniciadas as vendas.

As apostas:

No gráfico mensal:

Compras:

a) no fundo da congestão a 0,76 com estope em 0,68 e objetivo simétrico para 1,27.
Risco: 10,52% (comprar a 0,76 e estopar a 0,68)
Recompensa: 67,10% (comprar a 0,76 e atingir 1,27)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 6,37
b) no rompimento para cima da resistência a 1,27 (sem referência simétrica)
Não há como definir a relação risco/recompensa, mas no geral as melhores compras/vendas
se originam da penetração dos topos ou fundos históricos.

Vendas:

a) no topo da congestão a 1,16 com estope em 1,28 e objetivo simétrico para 0,69.
Risco: 10,34% (vender a 1,16 e estopar a 1,28)
Recompensa: 40,51% (vender a 1,16 e atingir 0,69)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 3,91
b) na penetração para baixo do suporte a 0,69 (com referência simétrica)
Risco: 10,29% (vender a 0,68 e estopar em 0,75)
Recompensa: 98,52% (vender a 0,68 e atingir 0,01)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 9,57

226
Capítulo VIII: Sobre as operações

No gráfico semanal:

Compras:

No rompimento para cima da resistência a 1,01 com estope a 0,90 e objetivo simétrico para 1,27
Risco: 10,89% (comprar a 1,01 e estopar a 0,90)
Recompensa: 25,74% (comprar a 1,01 e atingir 1,27)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 2,57

Vendas:

Na penetração do suporte de 0,82 com estope a 0,91 e objetivo simétrico para 0,69
Risco: 10,97% (vender a 0,82 e estopar a 0,91)
Recompensa: 15.85% (vender a 0,82 e atingir 0,69)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 1,44

No gráfico diário:

Compras:

Num ponto de retorno no fundo da congestão a 0,90 com estope em 0,81 e objetivo simétrico para
1,00
Risco: 10% (comprar a 0,90 e estopar a 0,81)
Recompensa: 11,11% (comprar a 0,90 e atingir 1,00)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 1,11

Conclusão:

Considerando-se como tentativas operacionais válidas apenas aquelas que apresentaram uma relação
risco/recompensa igual ou maior do que 3, determinamos que só se enquadram nesta categoria as
operações de compra e de venda examinadas no gráfico mensal.

Poderia argumentar que uma operação iniciada, por exemplo, no fundo da congestão menor do gráfico
diário poderia ter seu objetivo simétrico de alta deslocado para 1,27 em vez de 1,00 e a relação risco/
recompensa alterada de 1,11 para 4,11. Este tipo de raciocínio é válido, mas estamos montando
estratégias com objetivos que são claramente níveis de suporte ou de resistência que poderão inverter
a direção inicial da operação. Não sou contra este tipo de alteração, mas acho muito importante para
tomar uma decisão deste tipo que o cenário geral do mercado esteja nitidamente favorável e ações do
mesmo setor já o tenham feito.

No exemplo visto, também considerei um estope fixo em torno de 10% que - no mundo real pode
ser menor - e alterar a relação risco/recompensa, possibilitando que se façam operações aqui não
definidas.

Embora eu ache que a relação risco/recompensa ideal deva ser igual ou maior do que 3, você pode
achar que uma relação de 2 ou 2,5 é o suficiente. Tudo depende de quanto de potencial de lucro
pretende assumir!

227
Capítulo VIII: Sobre as operações

2-b

As apostas:

Os níveis de compra e venda nos gráficos mensal e semanal são os mesmos.

Compras:

a) num ponto de retorno no fundo da congestão próximo do suporte de 360,00 a 400,00 com estope
inicial em 359,00 e objetivo simétrico para 594,57.

Risco: 10,25% (comprar a 400,00 e estopar a 359,00)


Recompensa: 48,64% (comprar a 400,00 e atingir 594,57)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 4,74

b) no rompimento para cima da resistência a 594,57 (sem referência simétrica)


Não há como definir a relação risco/recompensa, mas no geral as melhores compras/vendas se originam
da penetração dos topos ou fundos históricos.

Vendas:

a) no topo da congestão a 540,91 com estope em 595,01 e objetivo simétrico para 360,00.
Risco: 10,00% (vender a 540,91 e estopar a 595,01)
Recompensa: 33,44% (vender a 540,91 e atingir 360,00)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 3,34
b) na penetração do suporte a 359,00 com estope em 399,00 e objetivo simétrico para 203,00
Risco: 10,02% (vender a 359,00 e estopar em 399,00)
Recompensa: 43,45% (vender a 359,00 e atingir 203,00)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 4,33

228
Capítulo VIII: Sobre as operações

No gráfico diário:

No interior da congestão:

Compra e venda no interior da congestão definidas pelo topo de 545,00 e pelo fundo de 496,00 são
inviáveis porque a distância entre eles é inferior a 10%.

No exterior da congestão:

Compra:

No rompimento para cima da resistência de 545,00, a 545,11 (com referência simétrica para a próxima
resistência a 594,57.

Risco: 10,% (comprar a 545,11 com estope a 490,00) com objetivo para 594,57 )
Recompensa: 9,06% (comprar a 545,11 e atingir 594,57)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 0,9

A compra não deve ser feita.

Venda:

Na penetração do fundo de 496,00, a 495,89 com estope em 545,60 (com referência simétrica para o
próximo suporte a 405,00/381,05).

Risco: 10,02% (vender a 495,89 com estope a 545,60)


Recompensa: 18,32% (vender a 495,89 e atingir 405,00)
Recompensa: 23,15% (vender a 495,89 e 381,05)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 1,83 ou 2,31.

A venda não deve ser feita.

Conclusão:

Só deverão ser feitas as operações de compra e venda programadas nos gráficos semanal e mensal.

229
Capítulo VIII: Sobre as operações

3.

As apostas

No gráfico mensal:

No interior da congestão:

Compras:

Num ponto de retorno no fundo da congestão próximo do suporte de 33,60 a 35,30 com estope inicial
em 33,10 e objetivo simétrico para 58,12.

Risco: 6,23% (comprar a 33,60 e estopar a 33,10)


Recompensa: 75,58% (comprar a 33,60 e atingir 58,12)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 12,1

Vendas:

Num ponto de retorno no topo da congestão próximo da resistência de 58,12 a 54,40 com estope inicial
em 57,87 e objetivo simétrico para 33,60.

Risco: 6,05% (vender a 54,40 e estopar em 57,87)


Recompensa: 75,58% (comprar a 33,60 e atingir 58,12)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 12,1

No exterior da congestão:

Compras:

a) Na ultrapassagem do topo de 58,12, entrando no espaço vazio;


b) Nos possíveis pontos de retorno a partir dos fundos de 19,74 e 6,73.

230
Capítulo VIII: Sobre as operações

Vendas:

Na penetração dos fundos de 33,60 – 19,74 – 6,73.

No gráfico semanal:

No interior da congestão:

Compras:

Num ponto de retorno no fundo da congestão próximo do suporte de 33,60 a 35,30 com estope inicial
em 33,10 e objetivo simétrico para 47,28.

Risco: 6,23% (comprar a 33,60 e estopar a 33,10)


Recompensa: 40,71% (comprar a 33,60 e atingir 47,28)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 6,63

A operação deve ser feita.

Vendas:

Num ponto de retorno no topo da congestão próximo da resistência de 47,28 a 44,82 com estope inicial
em 47,51 e objetivo simétrico para 33,60.

Risco: 6,00% (vender a 44,82 e estopar a 47,51)


Recompensa: 25% (vender a 44,82 e atingir 33,60)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 4,16

A operação deve ser feita.

No exterior da congestão:

Compras:

Na ultrapassagem do topo de 47,28 a 47,41 com estope em 44,55 e objetivo para 58,12.

Risco: 6,03% (comprar a 47,41 e estopar a 44,55)


Recompensa: 22,59% (comprar a 47,41 e atingir 58,12)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 3,74

A operação deve ser feita.

Vendas:

Na penetração do fundo de 33,60 a 33,49 com estope em 35,51 e objetivo para 19,74.

Risco: 6,03% (vender a 33,49 e estopar a 35,51)


Recompensa: 41,05% (vender a 33,49 e atingir 19,74)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 6,8

A operação deve ser feita.

231
Capítulo VIII: Sobre as operações

No gráfico diário:

No interior da congestão:

Compras e vendas não poderão ser feitas porque a amplitude da congestão é de 12%. Com
estope de 6%, o máximo que se conseguiria seria uma relação risco/recompensa de 1 para
1.

No exterior da congestão:

Compras:

No rompimento da resistência de 44,44 com objetivo para 47,28. Com menos de 10% de
espaço de subida a compra seria inviável.

Vendas:

Na penetração do fundo de 39,66 a 39,59 com estope inicial em 42,01 e objetivo para 33,60.

Risco: 6,11% (vender a 39,59 e estopar a 42,01)


Recompensa: 15,13%% (vender a 39,59 e atingir 33,60)
Relação Risco/Recompensa = 1 para 2,47

A operação não deveria ser feita.

232
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do


mercado

Teria sido possível detectar o topo de 2008 antes da sua ocorrência?

Em fevereiro de 2008 comecei a ter fortes suspeitas de que o ciclo de alta iniciado em outubro de
2002 estava chegando ao fim, mas em análise gráfica só pode se falar em reversão se ela já tiver sido
definitivamente assinalada, o que não havia acontecido até então.

Em junho de 2008, analisando os fundamentos técnicos do mercado podia-se verificar que:

1) Desde julho de 2007 quando registrou o seu topo, a linha de avanços e declínios do mercado,
passou a divergir da evolução do índice Bovespa, mostrando que o índice continuava subindo
impulsionado somente pelas ações de mais peso que compunham o índice Bovespa, mas que
a maioria das ações restantes já estava caindo.

Comparando-se o índice Bovespa com a sua própria linha de avanços e declínios obtinha-se
o seguinte cenário:

233
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

Comparando a evolução do índice Bovespa com a evolução da linha de avanços e declínios


das 16 ações de mais liquidez (as principais blueships) tínhamos:

Fica óbvio através da leitura desses gráficos que a subida final do índice se deveu
fundamentalmente à subida das ações de mais liquidez que representam cerca de 70% do
volume diário dos negócios, do que ao mercado como um todo. Mas, também é verdade, que

234
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

a forma de capitalização do índice Bovespa não permite avaliar o que está acontecendo com
a tendência da maioria das ações.

Em nenhum momento desde outubro de 2002 quando começou o ciclo de alta em andamento,
a subida do índice deixou de ser confirmada pelo contínuo aumento das ações em tendência
primária, bem como pela linha de avanços e declínios do mercado, enfim, pelo mercado como
um todo. Só a partir de julho de 2007 foi que o índice prosseguiu subindo e registrando novas
máximas sem a confirmação das estatísticas.

Se imaginar o mercado como um tronco de árvore e as ações como homens para empurrá-
lo morro acima, fica muito mais fácil impulsioná-lo quando existe um grande número de
trabalhadores colaborando na tarefa. A partir do momento que alguns trabalhadores vão se
cansando e abandonando a tarefa, vai ficando cada vez mais difícil para os trabalhadores
restantes levá-la adiante. Até maio de 2008, os trabalhadores restantes (as ações de mais
peso na composição do índice Bovespa) conseguiram empurrar o tronco ainda para mais alto
apesar da sobrecarga, mas daí ocorreu um quebra-costas e o índice mergulhou morro abaixo
derrubando qualquer trabalhador que tivesse ficado pelo caminho.

2) O saldo acumulado das ações em tendências primária e secundária de alta alcançou o seu
topo nas duas últimas semanas de julho de 2007, um pouco depois da maioria das ações já
terem atingido o seu topo, porque a reversão de tendência de um ativo só fica clara algum
tempo depois do topo ter ficado para trás, conforme gráfico abaixo:

3) Até o final de outubro de 2007, os gráficos das principais bolsas mundiais evoluíam praticamente
geminados, um confirmando a tendência de alta dos demais.

235
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

No final da segunda semana de maio de 2008, enquanto as outras bolsas já tinham começado
a ziguezaguear para baixo, a Bovespa permanecia incólume, isolada, aparentemente um porto
seguro para os capitais internacionais, como pode ver a seguir:

Por analogia esperava que houvesse um alinhamento, mas, então, ainda ocorre uma recuperação
geral que se estende até o final de maio, quando apenas o índice Bovespa conseguiu registrar
nova máxima histórica, uma forte divergência baixista em relação às demais bolsas mundiais que
já mostravam muita fraqueza, incapazes de confirmarem o movimento.

236
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

Logo após, os índices voltam a cair penetrando os respectivos fundos anteriores e acelerando
trazendo consigo o índice Bovespa para dentro do ciclo de baixa.

Neste ínterim, o fluxo do capital estrangeiro na Bovespa, que havia atingido o seu saldo máximo em
maio de 2006, já havia sofrido uma grande fuga. Mas, em março de 2008, ele retorna concentrado
nas bluechips até formar o topo final do ciclo de alta iniciado em 10/02 em maio de 2008. Nos seis
meses seguintes ocorre uma fuga de 27 bilhões.

237
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

Em contrapartida, de maio até outubro de 2008 o fluxo de capital das pessoas físicas mostra um
ingresso de 11bilhões e meio.

238
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

Apesar do histórico não voltar muito no tempo dá para se perceber que as pessoas físicas
permanecem a maior parte do tempo na contramão do mercado e que são elas que ficam com
a batata assando quando o mercado incendeia e derrete. É triste reconhecer, mas se alguém
acompanhar o fluxo do capital na Bovespa, mesmo que não tenha nenhum conhecimento de
análise técnica, se seguir o rastro do dinheiro esperto e fugir do das pessoas físicas tem grande
probabilidade de se dar bem!

4) Os ciclos do mercado desde 1990:

O gráfico perpétuo do índice Futuro do Bovespa revela que de 1990 até recentemente nosso
mercado passou cinco ciclos de longo prazo. Transferindo estas informações para o índice Bovespa
temos:

CICLOS DURAÇÃO ALTA VARIAÇÃO


ALTA : 01/91 – 04/92 15 MESES 369,48 – 3019,46 717%
BAIXA: 04/92 – 11/92 8 MESES 3019,46 - 1122,32 62,83%

ALTA: 11/92 – 09/94 22 MESES 1122,32 – 5640,80 402,60%


BAIXA: 09/94 – 03/95 6 MESES 5640,80 – 2110,00 62,59%

ALTA: 03/95 – 07/97 31 MESES 2110,00 – 14005,00 563,74%


BAIXA: 07/97 – 09/98 14 MESES 14005,00 – 4575,00 67,33%

ALTA: 09/98 – 03/00 18 MESES 4575,00 – 19046,00 316,30%


BAIXA: 03/00 – 10/02 19 MESES 19046,00 – 8224,00 56,82%

ALTA: 10/02 – 05/08 62 MESES 8224,00 – 73920,00 798,83%


BAIXA: 05/08 - ? ? 73920,00 – 30122

Como podemos ver as correções, na média, elas duraram a metade do tempo do ciclo de alta
prévia e também em média retraçaram 2/3 do que haviam subido. Se tivesse de fazer uma projeção
para o final do ciclo de baixa em andamento ninguém poderia me chamar de louco se afirmasse
que por analogia nos próximos 2/3 anos o índice poderá corrigir até uns 30000 pontos.

No momento em que faço a última revisão (14/07/10) está assim:

239
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

5) As correções da principais bolsas:

Esta suposição pode parecer suspeita, mas comparando com as correções sofridas pelas principais
bolsas internacionais, ou se preferir com as bolsas dos países que formam o BRIC, infelizmente
sem a Rússia, veremos que a Bovespa foi a bolsa que mais subiu nos últimos anos e a que até este
momento sofreu a menor correção:

Depois, o quadro se nivelou, conforme pode ver abaixo:

No final do ciclo de baixa em outubro de 2008 as correções terminaram assim:

240
Capítulo IX: Modelo para avaliação dos fundamentos técnicos do mercado

Baseado nos gráficos e nas estatísticas acima acho que você pode perceber claramente que não
era uma missão impossível ler e afirmar que uma reversão primária estava por ocorrer a qualquer
momento. Com os conhecimentos que você adquiriu no estudo desse livro tenho certeza de daqui
em diante não será mais surpreendido pelo mercado.

No final de junho de 2008 fiz uma entrevista telefônica com a jornalista Daniele Camba que foi
publicada no jornal Valor Econômico do dia 07/07/08, com o seguinte teor:

Estudo feito pelo analista técnico da Link Investimentos, Márcio Noronha, com nove dos principais
índices de bolsa do mundo – dos EUA, Brasil, Inglaterra, França, Alemanha, China e Índia – mostra
que o Ibovespa é o que mais subiu em seu último grande movimento de valorização (entre outubro
de 2002 e maio deste ano) e o que menos caiu nessa onda recente de queda. “O Ibovespa tem
muito mais gordura para queimar, mas não adianta o investidor se iludir porque, mais dia menos
dia, o índice brasileiro vai acabar tirando diferença em relação ao resto do mundo”, diz Noronha.

Para se ter idéia, entre 16 de outubro de 2002, que foi o fundo do poço do Ibovespa, quando chegou aos
8.224 pontos, até 29 de maio deste ano, quando atingiu seu nível máximo de 73.920 pontos, o índice
subiu a bagatela de 798,8%. Essa é, disparada, a maior alta percentual entre os nove índices analisados
por Noronha. Ele observou a variação dos indicadores entre o piso e a máxima de cada um deles,
independentemente do período. O segundo que mais subiu, por exemplo, foi o da bolsa de Shangai, que
se valorizou 513,5%. O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York (Nyse), teve uma alta de 97,26%.

Já a desvalorização tem sido muito mais implacável com os demais índices do que com o indicador
brasileiro. Entre a sua máxima, em 29 de maio, e o seu último piso, na quinta-feira, quando atingiu 59.242
pontos, o Ibovespa caiu 22,3%. Essa é a menor desvalorização entre os nove índices analisados. O índice
da bolsa de Shangai, por exemplo, já caiu 66,9% desde o seu ponto máximo até o seu fundo do poço.

“Mesmo com intensidades diferentes, as bolsas subiram juntas, de forma harmoniosa, como se o
mundo fosse um único grande mercado”, diz Noronha. “Mas, agora, que as bolsas começaram a
cair, a Bovespa descolou, caindo muito menos”, afirma o analista. Ele acredita que isso aconteceu
graças à entrada de capital estrangeiro, que queria se aproveitar da possibilidade de o Brasil se
tornar grau de investimento, o que ocorreu pela primeira vez no fim de abril. Mas o cenário está
mudando. “Os estrangeiros, que foram entrando aos poucos, estão tirando dinheiro aos montes
e muito rapidamente, o que deve contribuir para que a Bovespa entre num longo e profundo
movimento de correção”, afirma Noronha.

Sem considerar o que está acontecendo com as bolsas no resto do mundo, os últimos ciclos da Bovespa
corroboram a tese de que há fortes motivos para os investidores se preocuparem. Os gráficos mostram
que, desde 1990, as quedas do Ibovespa corroem, em média, 63% do movimento de alta anterior. Além
disso, o índice cai duas vezes mais rápido do que quando se valoriza – quer dizer, sobe de escada e
desce de elevador. Se estes dois fatores se repetirem, sobre o último movimento de valorização de
67 meses (entre outubro de 2002 e maio último), é possível dizer que o Ibovespa cairá para os 30 mil
pontos pelos próximos 30 meses, ou seja, até o fim de 2010, lembra Noronha. A questão é se as quedas
de junho e da primeira semana de julho já fazem parte dessa nova grande onda de correção dos
preços. Noronha não tem a menor dúvida que sim. “Essas últimas desvalorizações são só o começo de
uma grande fase de baixa, o melhor que o investidor tem a fazer é vender suas ações e, quem não tem,
deve vendê-las a descoberto”, recomenda o analista. Agora é aguardar para ver.

241
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

A partir de 2006 passei a incluir na revista eletrônica Timing um registro escrito das operações que lá
eram sugeridas semanalmente, bem como, das operações que estruturei diariamente no site da Ágora
até o final de 2007 e continuo estruturando até hoje no site da Linktrade cobrindo apenas as ações que
compõem a carteira do índice Bovespa.

O objetivo era matar a cobra e mostrar o pau e também fugir do “eu não disse!”. Queria que os meus
leitores pudessem verificar e comprovar a eficiência do método e acabei ficando com um histórico em
torno de 1500 operações que foram iniciadas a partir de 2005 e encerradas até o passado recente.

Quem quiser se aprofundar e até mesmo acompanhar a minha evolução e a formulação das estratégias
em diferentes circunstâncias do mercado precisará apenas de um banco de dados que possua um
longo histórico e que tenha os seus eventos cuidadosamente corrigidos (para quem não tem sugiro
a aquisição de um em www.quotebr.com). É muito provável que os valores considerados na época
das operações atualmente não sejam mais os mesmos. Qualquer pagamento de dividendos ou de
juros sobre o capital, bem como, grupamento, bonificação ou subscrição ocorrido nesse período terá
alterado esses valores. Mas, como todas as operações estão com as datas de início e término, mesmo
que os valores tenham mudado, as referências continuarão as mesmas e poderá identificar o porquê
das escolhas com a precisão das datas.

Na planilha de registro, nas colunas dos valores de COMPRA ou VENDA, enquanto a operação ficou
aberta, se ocorreu um evento, o valor de entrada foi ajustado de acordo com ele. Na coluna da ORIGEM,
as siglas SC e AI dizem respeito às operações que foram sugeridas nas seções das “Sugestões de
Compra/Vendas” e nas “Análises Individuais” monitoradas semanalmente através da revista Timing.
De fato, como ministrei praticamente um curso por mês no período examinado, frequentemente as
estratégias e os estopes só podiam ser alterados depois de duas semanas. A sigla AD corresponde às
estratégias elaboradas para as “Análises Diárias” feitas no site.

Pode parecer surpreendente, mas as operações cujas estratégias e estopes só puderam ser montadas
ou alteradas semanalmente foram as que trouxeram os melhores retornos, uma prova de que se pode
administrar uma carteira analisando o mercado apenas nos fins de semana, desde que tenha como
deixar armadas com acionamento automático as suas estratégias operacionais e os seus estopes.

243
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

REGISTRO DAS OPERAÇÕES ENCERRADAS EM 2006

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


AMBV4 898,11 (EJD 888,48) 22/12/05 858,89 02/01/06 (3,33%) AD
BBDC4 116,61 (EJ 57,34) 01/11/05 67,39 02/01/06 17,52% AD
GGBR4 34,51 05/12/05 37,89 02/01/06 9,79% AD
CSNA3 44,21 01/11/05 48,69 02/01/06 10,13% AD
USIM5 48,01 17/11/05 54,97 02/01/06 14,49% AD
BBDC3 54,04 01/11/05 62,89 02/01/06 16,37% SC
GOAU4 45,11 06/12/05 46,39 02/01/06 2,83% SC
GOLL4 45,21 10/11/05 64,89 03/01/06 43,53% SC
AMBV4 898,11 (EJD 888,48) 22/12/05 868,97 02/01/06 (2,19%) SC
TRPL3 27,01 (EJ 26,37) 14/09/05 30,29 06/01/06 14,86% SC
USIM5 46,81 (EJ 45,56) 17/11/05 52,97 02/01/06 16,26% AI
BBDC4 67,49 02/01/06 72,31 04/01/06 (7,14%) AI
CSNA3 44,21 01/11/05 48,69 02/01/06 10,13% AI
AMBV4 898,11 (EJD 888,48) 22/12/05 868,97 02/01/06 (2,19%) AI
GGBR4 35,01 06/12/05 37,89 02/01/06 8,22% AI
SEMANA ENCERRADA EM 06/01/06
NETC4 0,91 06/09/05 1,03 09/01/06 13,18% AD
TSPP4 8,51 02/12/05 11,09 10/01/06 30,31% AD
BRKM5 17,51 11/01/06 16,89 12/01/06 (3,54%) AD
TMCP4 4,51 05/12/05 5,17 13/01/06 14,63% AD
EBTP3 5,01 10/11/05 5,39 10/01/06 7,58% SC
UBBR11 24,16 03/11/05 31,59 10/01/06 30,75% SC
EBTP4 6,31 07/12/05 6,39 10/01/06 1,26% AI
GGBR4 39,33 03/01/06 39,97 10/01/06 1,62% AI
SEMANA ENCERRADA EM 13/01/06
TRPL4 28,01 (EJ 27,40) 08/01/06 27,29 17/01/06 (0,40%) AD
ACES4 29,31 (EJ 28,91) 03/01/06 31,89 18/01/06 10,30% AD
PTIP4 28,21 (EJ 27,34) 02/12/05 28,87 18/01/06 5,96% AD
PETR4 37,61 (EJ 37,11) 02/01/06 41,89 18/01/06 12,88% AD
GGBR4 39,41 03/01/06 39,59 18/01/06 0,45% AD
CSNA3 50,71 04/01/06 52,89 18/01/06 4,29% AD
ELET6 39,61 03/01/06 41,79 20/01/06 5,50% AD
TCOC4 35,21 12/01/06 31,79 20/01/06 (9,71%) AD
TBLE3 16,01 16/01/06 14,89 20/01/06 (6,99%) AD
ALPA4 50,51 17/11/05 74,89 17/01/06 48,26% SC
PCAR4 77,61 28/12/05 81,49 17/01/06 4,99% SC
RSID3 1,17 07/11/05 3,09 18/01/05 164,10% SC
SEMANA ENCERRADA EM 20/01/06
CMIG3 81,11 (EJD 74,60) 03/01/06 83,39 23/01/06 11,78% AD
CMIG4 96,11 (EJD 89,60) 03/01/06 101,89 23/01/06 13,71% AD
TLCP4 36,21 03/01/06 39,89 23/01/06 10,16% AD
VALE3 101,01 04/01/06 105,89 23/01/06 4,83% AD
AMBV4 907,61 04/01/06 899,97 23/01/06 (0,84%) AD
CMIG3 63,51 03/11/05 83,39 23/01/06 31,32% SC
IDNT3 2,71 13/01/06 3,09 24/01/06 14,02% SC
BBAS3 45,01 04/01/06 51,97 27/01/06 15,46% AD
BBAS3 45,01 04/01/06 52,29 27/01/06 16,17% SC
MTSA4 102,11 (EJ 99,03) 06/12/05 110,00 27/01/06 11,07% SC
TSPP4 9,51 03/01/06 10,59 23/01/06 11,35% AI
CMIG4 80,01 (EJD 71,32) 03/12/05 101,89 23/01/06 42,86% AI

244
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


AMBV4 907,61 04/01/06 899,89 23/01/06 (0,85%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 27/01/06
ELET6 40,31 03/01/06 43,09 30/01/06 6,89% AD
BRKM5 17,61 18/01/06 17,09 31/01/06 (2,95%) AD
CESP4 15,01 09/01/06 18,39 31/01/06 22,51% AD
LIGH3 16,61 23/02/06 15,09 31/01/06 (9,15%) AD
TCSL3 6,71 (EJ 6,63) 12/12/05 7,69 01/02/06 15,98% AD
TCSL4 4,91 (EJ 4,83) 17/11/05 7,59 01/02/06 57,14% AD
PETR3 42,11 (EJ 41,61) 02/01/06 48,97 92/02/06 17,68% AD
PETR4 44,11 20/01/06 44,69 02/02/06 1,31% AD
CLSC6 1,61 16/01/06 1,61 02/02/06 ZERO AD
BRAP4 62,51 05/01/06 72,39 02/02/06 15,80% AD
GGBR4 42,01 19/01/06 45,59 03/02/06 8,52% AD
CMET4 3,81 05/01/06 3,66 03/02/06 (3,93%) AD
VALE5 88,31 04/01/06 91,69 03/02/06 2,98% AD
AMBV3 700,01 (EJ 681,26) 18/11/05 768,89 31/01/06 12,86% SC
CAFE4 1,81 12/01/06 1,69 30/01/06 (6,62%) SC
CPFE3 24,51 (EJ 24,28) 03/11/05 29,89 03/01/06 23,10% SC
DURA4 27,61 14/12/05 34,69 30/01/06 25,64% SC
GRND3 23,51 18/01/06 22,97 31/01/06 (2,29%) SC
SAPR4 2,31 12/01/06 2,34 01/02/06 1,29% SC
TCSL3 6,81 (EJ 6,73) 12/12/05 7,69 01/02/06 14,26% SC
VALE5 88,31 04/01/06 91,59 03/02/06 3,71% AI
ELET6 40,31 03/01/06 42,39 31/01/06 5,16% AI
CMET4 3,81 05/01/06 3,66 03/02/06 (3,93%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 03/02/06
SBSP3 181,11 19/01/06 168,89 07/02/06 (6,74%) AD
USIM5 56,11 20/01/06 64,39 07/02/06 14,755 AD
VALE3 110,81 27/01/06 104,89 07/02/06 (5,34%) AD
ITAU4 59,61 (EJ 59,58) 04/01/06 63,69 08/02/06 6,89% AD
EMBR3 20,01 08/01/06 19,89 08/02/06 (0,60%) AD
BESP4 333,01 (EJ 327,11) 02/01/06 361,89 07/02/06 10,63% SC
CCRO3 66,11 (EB 16,52) 21/11/05 20,97 09/02/06 26,93% SC
COCE5 6,81 (EJ 6,42) 02/12/05 8,89 06/02/06 38,47% SC
DASA3 50,11 20/01/06 55,39 06/02/06 10,53% SC
GUAR4 67,51 02/01/06 97,89 08/02/06 45% SC
PIBB11 48,61 03/01/05 52,89 08/02/05 8,80% SC
SPSP3 174,01 12/01/06 168,89 07/02/06 (2,94%) SC
PETR4 37,61 (EJ 37,11) 02/01/06 41,59 01/02/06 12,07% AI
CSNA3 61,11 (57,47) 27/01/06 56,29 08/02/06 (2,05%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 10/02/06
ALLL4 18,41 24/11/05 23,89 14/02/06 29,06% SC
ARCE3 30,01 (32,01) 27/01/06 33,19 13/02/06 3,68% SC
BRAP4 62,51 05/01/06 69,59 13/02/06 11,32% SC
GOAU4 50,11 12/01/06 52,97 13/02/06 5,70% SC
RCLS4 0,26 20/01/06 0,21 14/02/06 (19,23%) SC
SDIA4 7,01 (EJ 6,83) 03/01/06 6,39 13/02/06 (6,44%) SC
USIM5 63,81 26/01/06 62,49 14/02/06 (2,06%) AI
GGBR4 42,01 19/01/06 42,97 13/02/06 2,28% AI
SEMANA ENCERRADA EM 17/02/06
ITAU4 69,61 16/02/06 69,69 22/02/06 ZERO AD
BBDC4 76,61 (76,57) 19/01/06 85,69 23/02/06 11,91% AD

245
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


CSNA3 63,41 15/02/06 63,59 23/02/06 0,28% AD
TCOC4 35,51 10/02/06 31,89 23/02/06 (10,10%) AD
TLPP4 50,11 19/01/06 49,89 23/02/06 (0,43%) AD
USIM5 74,71 20/02/06 70,89 23/02/06 5,38% AD
ELET6 46,31 15/02/06 46,09 24/02/06 (0,47%) AD
BBAS13 13,61 21/11/05 27,79 23/02/06 104,18% SC
CSAN3 111,61 13/02/06 97,49 20/02/06 (12,65%) SC
TAMM4 47,61 11/01/06 46,89 23/02/06 (1,51%) SC
WEGE4 8,31 09/01/06 7,59 22/02/06 (8,66%0 SC
SEMANA ENCERRADA EM 24/02/06
BRTP3 26,01 07/02/06 25,89 02/03/06 (0,46%) AD
CMIG3 89,02 22/02/06 85,97 03/03/06 (3,42%) AD
CMIG4 110,01 22/02/06 105,89 03/03/06 (3,74%) AD
LAME3 62,11 (EJ 61,51) 30/08/05 104,89 02/03/06 70,52% SC
SEMANA ENCERRADA EM 03/03/06
BBDC4 90,31 01/03/06 84,59 07/03/06 (6,33%) AD
VCPA4 29,31 10/02/06 31,59 07/3/06 7,77% AD
PTIP4 32,41 10/02/06 32,39 07/03/06 (0,06%) AD
ITSA4 7,73 03/01/06 8,97 07/03/06 16,04% AD
USIM5 76,11 03/03/06 67,97 08/03/06 (10,69%) AD
CLSC6 1,81 03/03/06 1,64 09/03/06 (9,39%) AD
TNLP3 56,01 01/03/06 51,59 09/03/06 (7,89%) AD
LIGT3 21,61 03/03/06 18,69 09/03/06 (13,51%) AD
BBDC3 68,81 (EJ 68,750 16/01/06 78,29 07/03/06 13,87% SC
BESP4 395,11 15/02/06 379,89 08/03/06 (3,85%) SC
CEPE5 12,51 (EJD 11,48) 23/09/05 17,39 09/03/06 51,48% SC
CMIG3 89,41 22/02/06 79,99 08/03/06 (10,53%) SC
CNFB4 4,01 17/02/06 3,97 08/03/05 (0,99%) SC
COCE5 10,46 22/02/06 10,89 09/03/06 4,11% SC
GOLL4 68,51 30/01/06 62,89 06/03/05 (8,20%) SC
ITSA4 7,81 04/01/06 8,97 07/03/06 14,85% SC
NATU3 113,01 (ED 110,70) 05/01/06 119,87 08/03/06 8,27% SC
PTIP4 34,51 03/03/06 32,39 07/03/06 (5,59%) SC
RAPT4 7,41 27/12/05 9,49 07/03/05 28,07% SC
RSID3 27,61 20/02/06 26,89 08/03/06 (2,60%) SC
SUBA3 52,41 14/02/06 50,89 07/03/06 (2,90%) SC
TDBH3 0,66 19/01/06 0,65 10/03/06 (1,51%) SC
UBBR11 35,11 26/01/06 33,49 09/03/06 (4,61%) SC
USIM5 74,71 20/02/06 67,97 08/03/06 (9,02%) AI
BBDC4 76,61 19/01/06 84,59 07/03/06 10,41% AI
CSNA3 63,41 16/02/07 62,69 07/03/06 (1,13%) AI
ITAU4 59,58 04/01/06 67,97 07/03/06 14,08% AI
CMIG4 110,01 22/02/06 99,89 07/03/06 (9,19%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 10/03/06
CPLE6 24,21 02/03/06 21,79 14/03/06 (9,99%) AD
ALPA4 79,11 (ED 79,00) 24/01/06 90,89 17/03/06 15,05% SC
SEMANA ENCERRADA EM 17/03/06
CGAS5 293,01 01/03/06 298,89 23/03/06 2,00% AD
USIM5 76,61 (ED 75,14) 15/03/06 71,49 23/03/06 (4,85%) AD
CGAS5 293,01 01/03/06 298,89 23/03/06 2,00% SC
DPPI4 40,61 09/01/06 46,39 21/03/06 14,23% SC
TCOC3 20,61 (EJD 19,86) 11/11/05 30,39 23/03/05 53,02% SC

246
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


BRKM5 17,71 24/02/06 16,79 24/03/06 (5,19%) AD
PTIP4 34,51 16/03/06 30,89 24/03/06 (10,48%) SC
BRTO4 10,81 14/02/06 10,29 23/03/06 (4,81%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 24/03/06
BRTO4 10,81 14/02/06 10,19 27/03/06 (5,73%) AD
ITSA4 9,71 17/03/06 9,39 27/03/06 (3,29%) AD
PTIP4 34,51 16/03/06 30,97 27/03/06 (10,30%) AD
ARCE3 32,01 27/01/06 33,39 27/03/06 4,31% AD
BBAS3 (EJD 52,50) 02/01/06 52,50 28/03/06 ZERO AD
ELET3 51,21 22/03/06 48,19 28/03/06 (5,89%) AD
ELET6 49,83 20/03/06 47,49 28/03/06 (4,69%) AD
NETC4 1,18 24/01/06 1,05 28/03/06 (11,01%) AD/AI
GGBR4 48,51 22/02/06 47,89 29/03/06 (1,27%) AD
DURA4 37,01 (EJ 36,64) 08/02/06 40,89 28/03/06 11,59% SC
ELPL4 114,11 13/02/06 102,89 28/03/06 (9,83%) SC
GOAU4 59,21 (EJ 58,52) 20/02/06 57,59 28/03/06 (1,58%) SC
PSSA3 26,61 13/01/06 36,89 27/03/06 38,63% SC
GGBR4 49,01 (EJ 48,32) 22/02/06 47,89 29/03/06 (0,88%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 31/03/06
ARCZ6 10,81 27/03/06 10,89 05/04/06 0,74% AD
LAME4 96,83 22/03/06 89,89 07/04/06 (7,62%) SC
PCAR4 88,11 23/02/06 87,89 05/04/06 (0,24%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 07/04/06
TCSL3 8,71 (EJ 8,63) 24/02/06 7,97 11/04/06 (7,64%) AD
TCSL4 8,51 (EJ 8,43) 01/03/06 7,59 11/04/06 (9,96%) AD
ARCZ6 11,71 07/04/06 10,69 12/04/06 (8,71%) AD
CLSC6 1,79 03/03/06 1,66 11/04/06 (7,26%) SC
ETER3 9,01 09/03/06 9,97 11/04/06 10,35% SC
GETI4 (ED 59,36) 22/03/06 54,64 11/04/06 (7,95%) SC
ROMI4 71,51 08/12/05 88,59 11/04/06 23,88% SC
TCSL3 8,71 24/02/06 8,19 11/04/06 (5,97%) SC
TNLP4 36,71 03/04/06 35,49 11/04/06 (3,32%) AD
SEMANA ENCERRADA EM 13/04/06
PTIP4 33,31 03/04/06 34,99 17/04/06 5,04% AD
ARCE4 35,11 04/04/06 34,99 17/04/06 (0,34%) AD
BBDC4 77,79 31/03/04 82,01 20/04/06 (5,14%) AD/AI
BESP4 415,11 20/03/06 359,89 20/04/06 (13,30%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 20/04/06
BRKM5 16,19 28/03/04 15,01 24/04/06 7,28% AD
PETR3 51,41 19/04/06 49,89 27/04/06 (2,95%) AD
GGBR4 53,01 (EB 35,34) 11/04/06 35,29 28/04/06 (0,14%) AD
CESP4 21,97 17/04/04 24,11 27/04/06 (9,74%) SC
CPFE3 31,81 24/02/06 29,19 27/04/06 (5,83%) SC
TLPP4 54,61 28/03/06 49,89 28/04/06 (8,64%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 28/04/06
CMIG3 75,49 28/03/06 84,01 02/05/06 (11,12%) AD
GGBR4 37,16 02/05/06 34,97 04/05/06 (5,98%) AD
SEMANA ENCERRADA EM 05/05/06
TNLP3 58,01 (ED 56,50) 13/04/06 78,89 11/05/06 38,90% AD
BRAP4 76,51 (EJ 75,00) 18/04/06 83,89 12/05/06 11,85% AD
GOAU4 43,01 17/04/06 42,79 05/05/06 (2,83%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 12/05/06

247
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


BRTP3 34,01 10/05/06 29,59 15/05/06 (12,89%) AD
ELET3 57,11 (ED 56,77) 06/04/06 49,97 15/05/06 (11,97%) AD
ELET6 54,31 (ED 50,87) 06/04/06 47,49 15/05/06 (6,64%) AD
NETC4 1,31 11/05/06 1,19 15/05/06 (9,84%) AD
PETR4 46,71 19/04/06 44,89 15/05/06 (3,89%) AD
CSNA3 68,01 (EJ 66,60) 28/03/06 69,39 15/05/06 4,34% AD
VALE5 97,01 08/05/06 91,69 16/05/06 (5,48%) AD/AI
ACES4 33,31 (EJ 32,41) 30/01/06 36,89 17/05/06 13,82% AD
AMBV4 958,61 03/04/06 924,89 17/05/06 (3,51%) AD
VALE3 112,01 26/04/06 104,97 17/05/06 (6,28% AD
PETR3 52,81 03/05/06 49,69 18/05/06 (5,90%) AD
TCSL3 9,41 28/04/06 9,69 18/05/06 2,97% AD
BBAS3 61,51 08/05/06 58,39 19/05/06 (5,07%) AD
ITAU4 72,11 08/05/06 63,97 19/05/06 (11,28%) AD
ALPA4 98,21 (EJ 97,42) 03/05/06 97,49 17/05/06 ZERO SC
AMBV4 958,51 03/04/06 924,89 17/05/06 (3,50%) SC
BBAS3 61,51 08/05/06 58,39 19/05/06 (5,07%) SC
BRAP4 76,71 (EJ 75,00) 18/04/06 78,69 17/05/06 4,92% SC
CNFB4 4,41 (ED 4,33) 04/04/06 4,19 15/05/06 (3,23%) SC
DURA4 44,61 (EB 22,30) 05/04/06 21,37 17/05/06 (4,17%) SC
GOLL4 73,61 17/04/06 73,89 17/05/06 0,38% SC
PIBB11 57,31 19/04/06 56,69 15/05/06 (1,08%0 SC
PSSA3 40,01 18/04/06 40,79 19/05/06 1,94% SC
PETR4 46,71 19/04/06 44,89 17/05/06 (3,89%) AI
TNLP4 36,31 17/04/06 34,89 15/05/06 (3,91%) AI
CSNA3 68,01 28/03/06 69,39 15/05/06 2,02% AI
ELET6 50,01 (ED 46,57) 20/03/06 47,49 15/05/06 1,97% AI
GGBR4 53,01 (EB 35,34) 11/04/06 33,29 16/05/06 (5,80%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 19/05/06
ARCE3 37,31 26/04/06 34,39 22/05/06 (7,82%) AD
ITSA4 10,01 03/05/06 8,89 22/05/06 (11,18%) AD
USIM5 77,01 30/03/06 74,89 22/05/06 (2,75%) AD
CMIG3 87,01 (EJ 85,96) 04/05/06 74,79 22/05/06 (12,99%) AD
PTIP4 37,01 (EB 18,51) 02/05/06 16,97 22/05/06 (8,31%) AD
ACES4 38,81 23/05/06 36,39 24/05/06 (6,23%) AD
ARCZ5 12,01 (ED 11,85) 20/04/06 36,39 24/05/06 (7,42%) AD
BRKM5 15,41 08/05/06 14,19 24/05/05 (7,91%) AD
SBSP3 192,01 (ED 187,56) 03/04/06 194,89 24/05/06 3,90% AD
CMIG4 85,89 24/05/06 90,11 25/05/06 (6,13%) AD
UBBR11 28,89 24/05/06 31,31 26/05/06 (7,72%) AD
USIM5 76,61 (ED 75,14) 15/03/06 74,89 22/05/06 (0,33%) AI
ITAU4 72,11 08/05/06 62,39 22/05/06 (13,47%) AI
CMIG4 101,61 (EJ 100,56) 04/04/06 87,97 22/05/06 (13,42%) AI
NETC4 1,31 11/05/06 1,08 24/05/06 (17,59%) AI
ALLL4 26,11 (ED 26,01) 03/03/06 36,39 22/05/06 39,90% SC
BAZA3 350,11 05/05/06 319,89 22/05/06 (8,63%) SC
BBAS13 32,51 26/04/06 31,89 22/05/06 (1,72%) SC
ETER3 11,21 28/04/06 9,79 22/05/06 (12,66%) SC
ITSA4 10,11 20/03/06 8,97 22/05/06 (11,27%) SC
NATU3 26,41 03/04/06 22,59 24/05/06 (14,46%0 SC
SEMANA ENCERRADA EM 26/05/06
TNLP3 64,61 23/05/06 62,89 06/06/06 (2,66%) AD

248
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


ALPA4 102,51 20/05/06 97,99 06/06/06 (4,40%) SC
DPPI4 25,01 03/05/06 23,39 01/06/06 (6,47%) SC
ROMI4 91,61 (EJ 89,48) 26/04/06 105,89 31/05/06 18,33% SC
SBSP3 192,01 (EJ 187,46) 03/04/06 191,89 08/06/06 2,36% SC
UBBR3 18,91 (EJD 18,68) 06/01/06 33,39 09/06/06 78,74% SC
TNLP3 64,61 23/05/06 62,89 06/06/06 (2,66%) AD
QUINZENA ENCERRADA EM 09/06/06
KLBN4 5,51 02/05/06 4,67 12/06/06 (15,27%) AD
LIGT3 14,11 09/06/06 12,69 12/06/06 (10,06%) AD
TCSL4 6,43 09/06/06 5,39 13/06/06 (10,11%) AD
ITAU4 56,89 08/06/06 54,76 16/06/06 3,74% AD
BBDC4 69,59 06/06/06 60,62 16/06/06 12,89% AD
ITSA4 7,97 08/06/06 7,83 16/06/06 1,74% AD
PIBB11 50,69 07/06/06 47,62 16/06/06 6,05% AD
VIVO4 5,49 12/06/06 5,49 16/06/06 ZERO AD
VALE5 38,99 08/06/06 38,51 16/06/06 1,23% AD
UBBR11 28,19 07/06/06 27,71 16/06/06 1,70% AD
CSNA3 61,66 08/06/06 61,71 16/06/06 (0,08%) AD
GGBR4 28,49 13/06/06 29,51 16/06/06 (3,58%) AD
PETR4 39,39 08/06/06 38,21 16/06/06 2,99% AD
POMO4 6,63 (EJ 6,25) 02/03/06 6,49 13/06/06 3,84% SC
SEMANA ENCERRADA EM 16/06/06
BRKM5 14,19 24/05/06 13,21 19/06/06 6,90% AD
CMIG3 70,97 14/06/06 75,31 19/06/06 (6,11%) AD
TRPL4 20,69 24/05/06 18,81 19/06/06 9,08% AD
EBTP4 5,11 (ED 4,80) 06/03/06 6,49 22/06/06 35,20% AD
PETR4 39,39 08/06/06 41,41 23/06/06 (5,12%) AI
VALE5 38,39 13/06/06 41,11 22/06/06 (7,08%) AI
EBTP4 5,11 (ED 4,80) 06/03/06 6,49 22/06/06 35,20% AI
BRKM5 13,97 24/05/06 13,21 19/06/06 5,44% AI
CEPE5 18,81 (EJ 18,48) 12/04/06 18,56 21/06/06 0,43% SC
RSID3 21,89 22/05/06 17,21 19/06/06 21,37% SC
SEMANA ENCERRADA EM 23/06/06
TCSL4 5,39 13/06/06 5,71 27/06/06 (5,93%) AD
CTAX3 2,89 16/06/06 3,11 21/06/06 (7,61%) AD
USIM5 67,89 14/06/06 76,01 29/06/06 (11,96%) SC
BBDC4 73,99 22/05/06 65,01 29/06/06 12,13% SC
BRKM5 12,49 22/06/06 13,41 30/06/06 (7,36%) SC
CMIG3 70,89 14/06/06 77,01 28/06/06 (8,63%) SC
PLAS4 33,21 02/06/06 34,89 29/06/06 5,05% SC
SEMANA ENCERRADA EM 30/06/06
BRKM5 12,47 22/06/06 13,42 03/07/06 (7,53%) AD
CCRO3 16,19 24/05/06 18,61 04/07/06 (14,94%) AD
LAME4 77,59 18/05/06 79,11 03/07/06 (1,95%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 07/07/06
BBAS3 47,00 23/06/06 47,01 12/07/07 ZERO AD
EMBR3 20,11 04/07/06 19,29 13/07/06 (5,85%) AD
MWET4 6,01 16/05/06 5,49 11/07/06 (8,65%) SC
RIPI4 30,71 31/05/06 28,97 13/07/06 (5,66%) SC
TAMM4 59,51 30/06/06 53,39 14/07/06 (10,28%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 14/07/06
BRKM5 12,19 07/07/06 10,26 18/07/06 15,83% AD

249
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


BRKM5 10,26 18/07/06 11,09 21/07/06 8,08% AD
SEMANA ENCERRADA EM 21/07/06
VIVO4 5,49 12/06/06 5,16 24/07/06 6,01% AI
GGBR4 28,49 13/06/06 34,11 28/07/06 (19.72%) AI
BESP4 427,11 26/07/06 389,89 27/07/06 (8,71%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 28/07/06
PTIP4 19,01 08/08/06 17,97 09/08/06 (5,47%) AD
QUINZENA ENCERRADA EM 11/08/06  
TNLP4 27,01 19/07/06 28,19 14/08/06 4,36% AD
BRKM5 11,81 04/08/06 13,14 16/08/06 11,26% AD
IDNT3 2,87 26/07/06 2,98 16/08/06 3,83% SC
IGBR5 16,61 25/07/06 14,99 14/08/06 (10,80%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 18/08/06
UNIP6 1,36 04/08/06 1,47 23/08/06 8,08% SC
AELP3 13,81 25/07/06 14,80 22/08/06 7,67% SC
SEMANA ENCERRADA EM 25/08/06
ELET6 47,01 09/08/06 42,49 31/08/06 (9,61%) AD
TNLP4 29,11 04/07/06 27,80 31/08/06 (4,50%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 01/09/06
TNLP4 29,73 17/08/06 27,69 06/09/06 (6,86%) AD
SEMANA ENCERRADA EM 08/09/06
ELET6 46,81 09/08/06 40,97 12/09/06 (12,47%) AI
GGBR4 31,71 29/08/06 29,97 12/09/06 (5,48%) AI
CESP4 17,53 28/07/06 16,89 11/09/06 (1,28%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 15/09/06
ACES4 39,01 02/08/06 37,89 20/09/06 (2,87%) AD
ELET3 50,11 08/08/06 44,00 20/09/06 (12,19%) AD
BBAS3 51,01 (EJ 49,07) 11/08/06 44,89 21/09/06 21/09/06 AD
NETC4 20,01 08/09/06 18,29 21/09/06 (8,64%) AD
TCSL4 6,61 11/09/06 5,97 21/09/06 (9,68%) AD
NETC4 20,35 15/09/06 18,39 21/09/06 (10,12%) AI
MAGS5 12,61 25/07/06 12,89 20/09/06 2,22% SC
SZPQ4 3,53 12/09/06 3,29 20/0906 (6,79%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 22/09/06
ITSA4 9,31 16/08/06 8,49 25/09/06 (9,33%) AD
AVIL3 392,41 01/06/06 488,89 25/09/06 24,58% SC
SEMANA ENCERRADA EM 29/09/06
TNLP3 57,73 13/09/06 63,89 11/10/06 10,67% AD
QUINZENA ENCERRADA EM 13/10/06  
CCRO3 23,01 04/10/06 22,89 19/10/06 (0,52%) AD
TMAR5 45,61 (EJ 44,72) 17/08/06 47,65 20/10/06 6,55% AD
POMO4 7,71 (EB 3,85) 27/07/06 3,97 16/10/06 2,98% SC
UOLL4 13,81 08/09/06 12,39 20/10/06 (10,28%) SC
WEGE4 9,01 (EJ 8,88) 04/08/06 10,89 17/10/06 22,63% SC
SEMANA ENCERRADA EM 20/10/06
SBSP3 233,01 17/08/06 257,97 20/10/06 10,66% AD
ARCE3 40,01 17/10/06 38,99 25/10/06 (2,54%) AD
BBDC4 74,43 (EJDS 72,44) 02/10/06 77,89 26/10/06 7,52% AD
CPLE6 25,01 02/10/06 23,79 27/10/06 (4,87%) AD
GGBR4 30,01 05/10/06 32,19 27/10/06 7,26% AD
GOAU4 37,21 09/10/06 39,29 27/10/06 5,58% AD
SEMANA ENCERRADA EM 27/10/06

250
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


ITAU4 67,31 18/09/06 72,80 30/10/06 7,35% AD
NETC4 20,81 04/10/06 21,49 30/10/06 3,26% AD
PETR3 43,01 26/09/06 47,39 30/10/06 10,18% AD
VALE5 38,71 (EJ 38,13) 27/09/06 45,39 30/10/06 19,04% AD
EMBR3 22,63 09/10/06 21,59 03/11/06 (4,59%) AD
FLCL5 6,21 18/08/06 5,37 01/11/06 (13,38%) SC
SULT4 1,31 23/10/06 2,89 30/10/06 120,61% SC
SEMANA ENCERRADA EM 03/11/06
TCSL3 9,01 11/09/06 10,73 08/11/06 19,08% AD
BRAP4 82,01 (EJ 80,99) 24/10/06 86,39 10/11/06 6,66% AD
CPNY3 14,61 12/09/06 20,69 09/11/06 41,61% SC
MWET4 7,01 31/10/06 8,89 06/11/06 26,81% SC
PLAS4 35,41 01/09/06 52,89 07/11/06 49,36% SC
UBBR3 16,34 07/08/06 12,91 06/11/08 20,99% SC
ITSA4 9,51 05/10/06 9,53 09/11/06 0,21% AI
SEMANA ENCERRADA EM 10/11/06
CLSC6 36,41 05/10/06 33,97 13/11/06 (6,70%) AD
PTIP4 19,29 09/10/06 17,89 13/11/06 (7,25%) AD
PETR4 41,41 (EJ 40,41) 09/10/06 44,19 13/11/06 9,35% AD
VALE5 49,01 09/11/05 47,69 13/11/06 (2,69%) AD
CSNA3 63,31 05/10/06 65,11 17/11/06 2,84% AD
DHIB4 4,51 19/06/06 29,89 17/11/06 662,00% SC
CYRE3 43,61 31/10/06 38,69 16/11/06 (11,26%) SC
GFSA3 30,01 16/10/06 29,39 13/11/06 (2,06%) SC
GUAR3 88,11 04/10/06 96,59 14/11/06 9,62% SC
PETR4 42,01 (EJ 41,01) 16/10/06 44,19 13/11/06 7,75% AI
ITAU4 67,31 (EJ 67,28) 13/09/06 69,79 13/11/06 3,73% AI
SEMANA ENCERRADA EM 17/11/06
BBAS3 50,81 04/10/06 57,19 24/11/06 12,55% AD
CAFE4 1,35 08/11/06 1,52 21/11/06 12,59% SC
BBDC4 74,36 (EJDS 72,37) 02/10/06 89,02 24/11/06 13,84% AI
SEMANA ENCERRADA EM 24/11/06
BRTP3 34,21 22/11/06 31,29 27/11/06 (8,53%) AD
BRKM5 12,53 25/08/06 15,59 27/11/06 24,42% AD
CSAN3 37,01 17/10/06 35,39 28/11/06 (4,375) SC
TMCP4 3,81 08/09/06 3,89 28/11/06 0,21% SC
WEGE4 11,23 06/11/06 13,49 27/11/06 20,12% SC
BRKM5 11,61 25/07/06 15,49 28/11/06 33,41% AI
TEKA4 0,50 16/11/06 0,52 01/12/06 4,00% SC
TNLP4 31,81 14/10/06 31,39 01/12/06 (1,32%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 01/12/06
VIVO4 5,81 16/08/06 7,97 07/12/06 37,17% AD
RIPI4 32,51 16/08/06 36,39 08/12/06 11,93% SC
VIVO4 6,51 29/08/06 7,97 07/12/06 22,42% AI
SEMANA ENCERRADA EM 08/12/06
LIGT3 16,81 05/09/06 22,79 12/12/06 35,57% AD
CGAS5 315,01 (ED 299,01) 04/09/06 327,89 13/12/06 9,65% AD
AVIL3 493,01 30/10/06 563,89 12/12/06 14,37% SC
BCAL6 0,22 28/09/06 0,29 11/12/06 31,81% SC
CGAS5 315,01 (ED 299,01) 04/09/06 327,89 13/12/06 9,65% SC
ESTR4 0,31 18/09/06 1,58 11/12/06 409,67% SC
PLAS4 59,01 14/11/06 60,89 12/12/06 3,18% SC

251
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


NETC4 20,81 04/10/06 23,49 13/12/06 12,87% AI
BRTP3 35,23 04/12/06 33,89 15/12/06 (3,80%) AD
TNLP3 75,51 05/12/06 70,89 15/12/06 (6,11%) AD
TNLP4 32,01 05/10/06 31,97 15/12/06 (0,12%) AD
SULT4 3,53 27/11/06 4,39 14/12/06 24,36% SC
SEMANA ENCERRADA EM 15/12/06
CTAX3 3,07 06/11/06 3,38 18/12/06 10,42% AD
ARCE3 41,01 01/12/06 41,39 19/12/06 0,92% AD
BBAS3 64,71 11/12/06 61,79 19/12/06 (4,51%) AD
TLPP4 52,01 (EJD 48,85) 16/08/06 53,19 19/12/06 8,88% AD
TMAR5 50,81 16/11/06 49,79 19/12/06 (2,00%) AD
LIGT3 23,53 13/12/06 21,97 21/12/06 (6,62%) AD
CRUZ3 40,01 14/12/06 30,39 21/12/06 (1,54%) AD
AELP3 17,01 10/11/06 19,69 18/12/06 15,75% SC
BBAS3 51,01 04/10/06 61,79 19/12/06 21,13% SC
DURA4 26,11 23/10/06 30,69 19/12/06 17,54% SC
FJTA4 3,73 (EJ 3,63) 24/11/06 3,69 19/12/06 1,65% SC
JFEN3 85,01 11/12/06 94,89 18/12/06 11,62% SC
LAME4 115,71 11/12/06 109,89 18/12/06 (5,02%) SC
MYPK4 15,91 14/11/06 17,39 19/12/06 9,30% SC
PTNT4 16,11 22/06/06 38,50 20/12/06 138,98% SC
RENT3 51,01 19/10/06 58,79 19/12/06 15,25% SC
SUZB5 15,81 (EJ 15,63) 16/10/06 20,39 21/12/06 30,45% SC
SZPQ4 3,71 19/10/06 3,86 19/12/06 4,04% SC
TCSL4 6,51 11/09/06 6,97 19/12/06 7,06% SC
UBBR3 13,51 13/11/06 14,19 21/12/06 5,03% SC
UNIP6 1,74 (EJ 1,73) 23/10/06 1,69 19/12/06 (2,25%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 22/12/06
PCAR4 70,81 15/12/06 73,29 28/12/06 3,50% SC
SEMANA ENCERRADA EM 28/12/06

252
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

REGISTRO DAS OPERAÇÕES ENCERRADAS EM 2007

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO* ORIGEM**


ACES4 42,31 (EJJ A 40,56) 04/10/06 52,56 03/01/07 20,58% AD
VALE3 60,41 30/11/06 61,39 04/01/07 1,62% AD
VALE5 51,01 30/11/06 51,79 04/01/07 1,52% AD
BRAP4 91,21 (EJ 8O,79) 01/12/06 97,47 04/01/07 8,55% AD
TCSL3 11,73 16/11/06 11,79 04/01/07 0,68% AD
TRPL4 28,61 13/12/06 28,61 04/01/07 0,00% AD
VALE5 51,01 30/11/06 51,79 04/01/07 1,52% AI
BDLL4 70,01 (EJ 63,13) 10/11/06 67,97 05/01/07 7,66% SC
ETER3 11,61 (EJ 11,51) 11/12/06 13,29 04/01/07 15,46% SC
FJTA4 4,13 28/12/06 3,97 03/01/07 (3,87%) SC
IMBI4 0,79 12/12/06 1,14 02/01/07 44,30% SC
AMBV4 1035,01 (EJ 1026,32 12/12/06 1034,89 05/01/07 0,83% AD
ARCE3 43,01 (EJ 42,09) 22/12/06 39,97 05/01/07 (5,03%) AD
CTAX4 2,06 24/11/08 1,89 05/01/07 (8,25%) AD
EMBR3 23,41 14/12/06 21,49 05/01/07 (8,74%) AD
PIBB11 61,11 05/12/06 61,09 05/01/07 (0,03%) AD
ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM
PETR3 54,61 (EJ 54,15) 28/12/06 50,43 05/01/07 (6,86%) AD
PETR4 47,41 (EJ 46,95) 11/12/06 47,29 05/01/07 0,72% AD
TCSL4 6,81 26/10/06 6,89 05/01/07 1,17% AD
USIM5 80,01 (EJ 78,57) 27/12/06 74,85 05/01/07 (5,73% AD
SBSP3 270,61 (EJ 265,65) 12/12/06 279,93 05/01/07 5,37% AD
GGBR4 35,81 02/01/07 33,39 05/01/07 (6,75%) AD
GOAU4 43,01 06/12/06 41,89 05/01/07 (2,60%) AD
BGIP4 640,01 18/12/06 639,89 05/01/07 (0,02%) SC
PCAR4 76,43 02/01/07 72,99 04/01/07 (4,50%) SC
PSSA3 47,11 (EJ 46,25) 13/09/06 64,89 05/01/07 40,30% SC
PETR4 47,41 11/12/06 46,29 05/01/07 (2,36) AI
USIM5 80,01 27/12/06 75 05/01/07 (6,26%) AI
VALE5 51,01 30/11/06 51,69 04/01/07 1,33% AI
AMBV4 1035,01 (EJ 1026,32) 12/12/06 1034,89 05/01/07 0,83% AI
GGBR4 36,21 02/01/07 33,49 05/01/07 (7,51%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 05/01/07
PTIP4 20,01 (EJD 19,37) 15/12/06 18,29 08/01/07 (5,57%) AD
ARCZ6 12,61 09/11/06 12,69 09/01/07 0,68% AD
CCRO3 24,01 03/11/06 27,39 09/01/07 14,07% AD
TLPP4 55,01 02/01/07 52,39 09/01/07 (4,76%) AD
CMIG3 90,50 05/12/06 87,50 09/01/07 (3,31%) AD
BBDC4 79,71 14/11/06 84,97 10/01/07 6,59% AD
CESP5 17,73 10/11/06 18,59 10/01/07 4,85% AD
BMTO4 301,00 22/12/06 299,89 09/01/07 (0,36%) SC
CCRO3 29,81 02/01/07 27,39 09/01/07 (8,11%) SC
CPSL3 34,01 (EJD 33,06) 14/11/06 37,79 08/01/07 14,30% SC
GETI4 57,41 27/11/06 61,39 09/01/07 6,93% SC
JBDU4 0,19 (ES 0,18) 16/11/06 0,22 10/01/07 22,22% SC
LREN3 33,01 04/01/07 30,49 08/01/07 (7,63%) SC
OHLB3 33,81 27/12/06 32,49 09/01/07 (3,90%) SC
WEGE4 14,21 06/12/06 14,49 09/01/07 0,55% SC
ITAU4 76,01 (EJ 75,98) 18/12/06 73,49 09/01/07 (3,27%) AI
VCPA4 42,71 (EJD 39,51) 22/11/06 40,49 10/01/07 2,48% AD

253
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


CPNY3 21,83 05/12/06 24,89 10/01/07 14,01% SC
SEMANA ENCERRADA EM 12/01/07
JFEN3 107,61 27/12/06 131,89 16/01/07 22,56% SC
PETR3 50,23 11/01/06 48,97 17/01/07 (2,50%) AD
ARCZ3 12,11 (EJ 12,04) 10/10/06 13,09 17/01/07 8,72% SC
RENT3 64,11 (EJ 63,97) 28/12/06 65,49 18/01/07 2,37% SC
SEMANA ENCERRADA EM 19/01/07
CGAS5 345,01 20/12/06 342,89 26/01/07 (0,61%) SC
PLAS4 65,11 26/12/06 88,09 23/01/07 35,29% SC
SEMANA ENCERRADA EM 26/01/07
BBDC4 89,61 16/01/07 86,75 29/01/07 (3,41%) AD
BBDC4 89,11 (EJ 89,07) 02/01/07 86,5 29/01/07 (2,88%) AI
CGAS5 345,01 20/12/06 339,00 29/01/07 (1,74%) AD
CRUZ3 42,41 18/01/07 37,79 02/02/07 (10,89%) AD
CNFB4 5,01 18/12/06 5,99 31/01/07 19,56% SC
DURA4 32,77 20/12/06 39,89 31/01/07 21,72% SC
ESTR4 1,28 11/01/07 1,17 30/01/07 (8,59%) SC
RHDS3 0,35 12/12/06 0,39 02/02/07 11,42% SC
SEMANA ENCERRADA EM 02/02/07
CSNA3 74,31 06/02/07 72,89 08/02/07 (1,91%) AD
AVIL3 105,01 (EJ 568,31 26/12/06 688,97 07/02/07 21,23% SC
BBAS3 64,71 02/01/07 67,69 08/02/07 4,60% SC
BBDC3 84,01 15/01/07 82,79 05/02/07 (1,45%) SC
PTBL4 1,19 30/10/06 1,79 07/02/07 50,42% SC
SUBA3 69,61 (ED 60,31) 28/12/06 62,39 05/02/07 3,44% SC
BBAS3 64,71 02/01/07 66,49 09/02/07 2,75% AD
SEMANA ENCERRADA EM 09/02/07
ITAU4 76,01 (EJ 75,98) 18/12/06 76,5 12/02/07 0,68% AD
PIBB11 65,61 06/02/07 63,25 12/02/07 (3,59%) AD
TNLP3 56,81 24/01/07 51,79 12/02/07 (8,83%) AD
TLPP4 56,41 06/02/07 54,5 14/02/07 (3,38%) AD
ALPA4 105,01 (EJ 104,3750 09/11/06 128,89 09/02/07 23,48% SC
DURA4 46,13 31/01/07 41,19 15/02/07 (10,70%) SC
ETER3 14,33 16/01/07 15,19 16/02/07 6,00% SC
FJTA4 4,21 17/01/07 7,69 12/02/07 82,66% SC
MLFT4 1,57 22/01/07 1,29 12/02/07 (17,83%) SC
SUZB5 22,31 30/01/07 21,89 15/02/07 (1,88%) SC
VALE5 55,41 22/01/07 59,19 12.02/07 6,82% AI
SEMANA ENCERRADA EM 16/02/07
UBBR11 18,81 22/11/06 19,44 23/02/07 3,34% AD
CPNY3 26,81 06/02/07 24,69 22/02/07 (7,90%) SC
MAGS5 17,31 (EJ 16,35 18/12/06 22,19 21/02/07 35,71% SC
PTNT4 41,01 24/01/07 76,69 22/02/07 87,00% SC
WEGE4 16,81 (EJ 16,64) 05/02/07 16,07 23/02/07 (3,42%) SC
UBBR11 18,86 (EJ 18,59) 22/11/06 19,44 23/02/07 4,57% AI
SEMANA ENCERRADA EM 23/02/07
ITSA4 10,71 27/12/06 11,79 26/02/07 10,08% AD
ARCE3 43,01 24/01/07 48,19 27/02/07 12,04% AD
GOLL4 67,21 15/02/07 62,39 27/02/07 (7,17%) AD
ACES4 55,01 24/01/07 63,10 27/02/07 14,70% AD
AMBV4 1080,11 12/01/07 1048,00 27/02/07 (2,97%) AD
BRAP4 53,11 15/01/07 57,47 27/02/07 8,20% AD

254
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


LIGT3 23,73 02/01/07 23,11 27/02/07 (3,66%) AD
NETC4 22,83 03/11/06 26,19 27/02/07 14,71% AD
PIBB11 65,73 14/02/07 62,01 27/02/07 (5,65%) AD
GGBR4 36,61 (EJ 36,26) 05/02/07 35,65 27/02/07 (1,68%) AD
GOAU4 45,41 (EJ 44,81) 05/02/07 45,00 27/02/07 0,42% AD
TRPL4 31,35 23/01/07 27,99 27/02/07 (10,71%) AD
USIM5 81,71 01/02/07 84,40 27/02/07 3,39% AD
VALE3 71,63 01/02/07 70,34 27/02/07 (1,80%) AD
VALE5 55,3 19/01/07 60,26 27/02/07 8,98% AD
TNLP3 57,23 15/02/07 51,29 01/03/07 (10,37%) AD
PTIP4 23,11 21/02/07 20,79 02/03/07 (10,03%) AD
ALLL11 23,40 23/01/07 23,50 02/03/07 0,42% AD
ALLL11 21,11 (EJ 21,10) 26/12/06 24,89 27/02/07 17,96% SC
BBAS3 70,01 (ED 69,79) 27/02/07 65,19 01/03/07 (6,59%) SC
BCAL6 0,45 12/01/07 0,37 01/03/07 (17,77%) SC
BGIP4 679,01 24/01/07 679,89 26/02/07 0,12% SC
BOBR4 13,51 05/12/06 13,79 27/02/07 2,07% SC
CARD3 14,61 26/02/07 13,89 01/03/07 (4,92%) SC
CEEB3 185,01 (EJ 170,880 10/11/06 209,89 02/03/07 22,82% SC
DHBI4 36,01 29/11/06 77,00 28/02/07 113,82% SC
COCE5 11,21 (EJ 10,840 05/10/06 12,59 26/02/07 16,14% SC
CSMG3 26,61 05/02/07 26,39 01/03/07 (0,82%) SC
CYRE3 22,51 08/01/07 18,59 01/03/07 (17,41%) SC
DSUL3 20,11 01/02/07 21,49 27/02/07 6,86% SC
EQTL11 19,61 15/02/07 18,89 27/02/07 (3,67%) SC
FLCL5 6,33 (ED 6,21) 24/01/07 9,89 26/02/07 59,25% SC
GLOB4 20,81 05/01/07 24,89 02/03/07 22,55% SC
JFEN3 141,01 22/01/07 249,89 02/03/07 77,21% SC
MGEL4 15,43 23/02/07 14,39 26/02/07 (6,74%) SC
PLAS4 88,73 05/02/07 86,89 27/02/07 (2,07%) SC
POMO4 4,51 (EJD 4,28) 30/10/06 6,09 27/02/06 42,28% SC
PTNT4 77,01 26/02/07 71,69 27/02/07 (6,90%) SC
RAPT4 10,01 09/01/07 11,49 27/02/07 14,78% SC
SAPR4 3,01 15/02/07 2,59 01/03/07 (13,95%) SC
SLED4 24,71 08/02/07 26,59 27/02/07 7,60% SC
SUBA3 69,01 05/02/07 66,49 01/03/07 (3,65%) SC
TEKA4 0,62 15/01/07 0,67 27/02/07 8,06% SC
UGPA4 50,01 (EJ 49,12) 03/01/07 51,09 01/03/07 4,01% SC
VVAX11 45,71 14/02/07 43,79 27/02/07 (4,20%) SC
PETR4 44,51 22/02/07 42,60 27/02/07 (4,29%) AI
USIM5 86,61 05/02/07 85,69 27/02/07 (1,06%) AI
VIVO4 6,51 29/08/06 8,29 26/02/07 27,34% AI
CSNA3 77,01 14/02/07 71,91 27/02/07 (6,62%) AI
ITAU4 79,31 22/01/07 72,49 27/02/07 (8,60%) AI
ITSA4 10,71 27/12/06 11,79 26/02/07 10,08% AI
NETC4 24,53 02/01/07 26,15 03/01/07 6,60% AI
SEMANA ENCERRADA EM 02/03/07
BBAS3 70,11 27/02/07 64,2 05/03/07 (8,42%) AD
CYRE3 22,51 08/01/07 18,5 05/03/07 (17,81%) AD
SUBA3 74,01 (EJ a 64,71) 05/01/07 63,99 05/03/07 (1,11%) AD
CSNA3 77,01 14/02/07 69,01 05/03/07 (10,38%) AD
CEPE5 17,71 (EJ 17,17) 27/10/06 23,39 05/03/07 36,22% SC

255
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


FRAS4 8,01 16/02/07 6,97 05/03/07 (12,98%) SC
PSSA3 66,81 22/10/07 67,29 05/03/07 0,71% SC
VGOR4 1,19 23/02/07 0,97 05/03/07 (18,48%) SC
VALE5 62,01 14/02/07 56,81 05/03/07 (8,38%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 09/03/07
MWET4 11,01 07/02/07 12,39 15/03/07 12,53% SC
SEMANA ENCERRADA EM 16/03/07
EMBR3 23,81 09/02/07 22,99 22/03/07 (3,44%) AD
SEMANA ENCERRADA EM 23/03/07
SDIA4 7,66 16/03/07 7,77 29/03/07 1,43% AD
IGBR5 11,01 17/10/06 17,97 21/02/07 63,21% SC
PTNT4 78,01 01/03/07 76,89 20/03/07 (1,43%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 30/03/07
FESA4 28,83 26/01/07 29,69 03/04/07 2,98%
SEMANA ENCERRADA EM 06/04/07
BBDC4 42,41 10/04/07 40,39 12/04/07 (4,70%) AD
PTIP4 24,11 29/03/07 24,69 12/04/07 2,40% AD
CSNA3 81,20 21/03/07 86,81 11/04/07 6,90% AD
CRUZ3 42,56 21/03/07 39,86 10/04/07 (6,34%) AD
USIM5 99,78(ED 98,82) 30/03/07 90,90 11/04/07 (8,01%) AD
LEVE4 46,11 08/03/07 45,89 13/04/07 (0,47%) SC
MAGS5 24,11 23/03/07 22,49 10/04/07 (2,25%) SC
PLAS4 92,81 30/03/07 88,69 11/04/07 (4,43%) SC
SASG3 2,17 22/03/07 1,97 10/04/07 (9,21%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 13/04/07
PETR3 48,11 (ED a 47,76) 22/03/07 53,79 17/04/07 12,62% AD
FFTL4 40,01 06/03/07 45,89 16/04/07 14.69% SC
MGEL4 15,81 12/03/07 16,49 17/04/07 4,30% SC
TOTS3 58,11 10/04/07 53,97 18/04/07 (7,12%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 20/04/07
BRTP3 45,81 19/04/07 43,40 26/04/07 (5,26%) AD
PCAR4 63,51 04/04/07 65,80 26/04/07 3,60% AD
VALE3 79,21 (EJD 78,51) 04/04/07 83,80 26/04/07 6,73% AD
VALE5 67,61 (EJD 66,91) 05/04/07 70,35 26/04/07 5,14% AD
TNLP3 59,33 (EJ 57,82) 21/03/07 64,97 27/04/07 12,36% AD
DSUL3 23,01 (ED 22,81) 26/03/07 22,29 24/04/07 (2,27%) SC
ABYA3 20,41 27/03/07 18,19 27/04/07 (10,87%) SC
LAME4 132,51 03/04/07 127,39 27/04/07 (3,86%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 27/04/07
BBAS3 72,50 20/04/07 69,60 30/04/07 (4,00%) AD
CRUZ3 44,83 25/04/2007 43,51 02/05/07 (2,94%) AD
SMTO4 27,51 27/03/07 26,69 02/05/07 (2,98%) SC
STRP4 0,73 16/04/07 0,99 23/04/07 35,61% SC
SEMANA ENCERRADA EM 04/05/07
ALPA4 134,21 22/03/07 148,89 08/08/07 10,93% SC
COCE5 13,83 (ED 12,37) 13/04/07 12,43 08/05/07 0,48% SC
EQTL11 19,41 24/04/07 19,39 08/05/07 (0,10%) SC
LEVE4 48,11 (ED a 47,40) 03/05/07 45,89 10/05/07 (3,18%) SC
RAPT4 12,81 (ED 12,73) 27/03/07 13,59 10/05/07 6,75% SC
VVAX4 47,53 03/04/07 48,97 08/05/07 3,02% SC
BRSR4 107,81 20/04/07 126,39 11/05/07 17,23% SC
SEMANA ENCERRADA EM 11/05/07

256
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


EMBR3 24,71 02/05/07 23,05 16/05/07 (6,71%) AD
AVIL3 757,21(EE a 0,75) 02/05/07 0,81 14/05/07 8,00% SC
CNFB4 6,51 15/03/07 6,97 14/05/07 7,06% SC
MYPK4 23,41 03/04/07 23,19 15/05/07 (0,93%) SC
PMAM4 38,01 04/04/07 38,38 15/05/07 3,60% SC
TCSA3 11,11 23/04/07 11,09 17/05/07 (0,18%) SC
PRGA3 33,04 04/05/07 32,10 18/05/07 (2,84%) AD
SDIA4 8,41 16/04/07 9,06 18/05/07 7,72% AD
PRGA3 32,71 04/05/07 32,19 18/05/07 (1,58%) SC
SUBA3 74,21 27/04/07 77,39 18/05/07 4,28% SC
VIVO4 9,21 25/04/07 8,60 17/05/07 (6,62%) AI
ITSA4 12,10 (EJ a 10,96) 17/04/07 11,71 14/05/04 6,84% AI
SEMANA ENCERRADA EM 18/05/07
CYRE3 22,61 (ED a 22,52) 24/04/07 23,60 22/05/07 4,79% AD
CMIG4 107,01 (EE a 67,30) 16/04/07 73,40 23/05/07 9,06% AD
GOAU4 51,01 (EJ a 50,45) 16/04/07 55,81 23/05/07 10,62% AD
CSNA3 90,31 (EJD a 87,63) 17/04/07 98,29 23/05/07 12,16% AD
BBAS3 74,01 (ED a 73,71) 08/05/07 77,50 24/05/07 5,14% AD
BBDC4 45,11 04/05/07 47,85 24/05/07 6,67% AD
BRAP4 63,80 (EJD a 62,95) 05/04/07 68,70 24/05/07 10,40% AD
CCRO3 30,00 13/04/07 30,60 24/05/07 2,00% AD
CPLE6 26,41 (EJ a 25,13) 18/04/07 26,25 24/05/07 4,45% AD
ELET6 46,26 09/05/07 49,39 24/05/07 6,76% AD
ELPL6 109,01 10/05/07 116,97 24/05/07 7,30% AD
PTIP4 26,21 02/05/07 23,60 24/05/07 (9,95%) AD
GGBR4 40,01 (EJ a 39,67) 16/04/07 41,25 24/05/07 3,98% AD
TAMM4 54,01 09/05/07 60,20 24/05/07 11,46% AD
TLPP4 56,01 04/05/07 53,50 24/05/07 (4,47%) AD
UBBR11 18,83 05/04/07 21.00 24/05/07 11,52% AD
VALE3 86,61 03/05/07 83,00 24/05/07 (4,16%) AD
BDLL4 73,11 09/02/07 136,00 22/05/07 86,02% SC
CBEE3 1,28 (ED a 1,26) 25/04/07 1,19 24/05/07 (5,55%) SC
CMIG3 103,11 (EE a 64,12) 16/04/07 69,89 24/05/07 8,99% SC
DHBI4 95 09/04/07 94,6 18/05/07 (0,42%) SC
ECOD3 10,01 15/05/07 12,97 24/05/07 29,57% SC
FLCL5 10,61 (PG a 8,94) 05/04/07 10,29 25/05/07 15,10% SC
FJTA4 8,73 28/03/07 8,89 21/05/07 1,83% SC
HGTX3 8,24 28/03/07 11,54 21/05/07 40,04% SC
OHLB3 35,41 15/05/07 33,19 22/05/07 (6,26%) SC
PLAS3 93,11 23/04/07 94,89 24/05/07 1,91% SC
RHDS3 0,34 18/04/07 0,35 24/05/07 2,94% SC
SAPR4 3,13 18/05/07 2,79 25/05/07 (10,86%) SC
WEGE4 18,01 14/05/07 17,39 22/05/07 (3,44%) SC
WHRL4 2,53 12/04/07 4,49 22/05/07 77,47% SC
VALE5 67,61 05/04/07 71,50 23/05/07 5,75% AI
CSNA3 81,31 (ED a 78,87) 21/03/07 95,50 23/05/07 21,08% AI
CMIG4 110,30 (EE a 68,70) 18/04/07 72,50 24/05/07 5,53% AI
GGBR4 40,01 (EJ a 39,67) 16/04/07 41,25 24/05/07 3,98% AI
SEMANA ENCERRADA EM 25/05/07
CGAS5 363,11 (ES a 345,31) 23/02/07 457,00 29/05/07 32,34% AD
KLBN4 5,85 (ED a 5,72) 12/03/07 6,27 29/05/07 9,09% AD
CEEB3 223,00 (ED a 190,65) 27/03/07 219,88 31/05/07 15,33% SC

257
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


CGAS5 363,01 (ES a 345,22) 23/02/07 459,89 29/05/07 33,21% SC
ALPA4 157,11 (EJ a 156,40) 21/05/09 153,89 01/06/07 (0,18%) SC
FCAP4 1,11 21/05/07 1,49 20/05/07 34,23% SC
MAGS5 24,11 25/04/07 26,59 30/05/07 10,28% SC
MGEL4 21,61 21/05/07 22,69 29/05/07 4,99% SC
PLTO6 8,21 19/03/07 10,47 11/05/07 27,52% SC
SEMANA ENCERRADA EM 01/06/07
TMCP4 4,35 (ED a 4,25) 22/02/07 4,68 05/06/07 10,11% AD
CLSC6 39,51 16/05/07 39,40 06/06/07 (0,27%) AD
VCPA4 43,51 22/05/07 41,20 06/06/07 (5,30%) AD
BISA3 14,23 (ED a 14,19) 20/04/07 15,97 04/06/07 12,54% SC
BNCA3 33,51 19/04/07 34,89 06/06/07 4,11% SC
BRSR4 140,11 18/05/07 191,89 05/06/07 36,95% SC
CEPE5 25,11 (EDJ a 23,26) 30/03/07 26,69 04/06/07 14,74% SC
EMNA3B 0,32 16/05/07 0,25 04/06/07 (18,75%) SC
LAME4 144,01 22/05/07 137,39 08/06/07 (4,59%) SC
MDIA3 30,51 16/05/07 29,29 08/06/07 (3,99%) SC
MWET4 14,67 23/05/07 15,59 06/06/07 6,27% SC
RENT3 22,01 07/05/07 20,81 08/06/07 (5,45%) SC
SBSP3 314,71 23/05/07 302,97 06/06/07 (3,73%) SC
SULT4 3,43 03/04/07 6,69 05/06/07 95,04% SC
BBDC4 45,11 04/05/07 47 08/06/07 4,18% AI
TNLP4 35,03 21/05/07 35,4 06/06/07 1,05% AI
ELET6 46,31 09/05/07 49,2 06/06/07 6,24% AI
UBBR11 21,11 09/05/07 20,68 08/06/07 (2,03%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 08/06/07
ITAU4 80,01 23/04/07 83,5 12/06/07 4,36% AD
ITSA4 12,09 (EJ a 10,95) 18/04/07 11,7 12/06/07 6,84% AD
SBSP3 305,01 (EE a 37,49) 17/05/07 37,21 12/06/07 (0,74%) AD
AELP3 22,21 08/05/07 22,59 12/06/07 1,71% SC
AVIL3 0,96 (ED a 0,95) 16/05/07 0,82 11/06/07 (13,68%) SC
DURA4 46,21 30/04/07 52,97 12/06/07 14,62% SC
ILMD4 32,71 18/04/07 34,39 15/06/07 5,13% SC
INEP4 21,01 11/05/07 27,39 12/06/07 30,36% SC
JFEN3 270,01 (EB a 252,37) 09/04/07 394,99 11/06/07 56,51% SC
KSSA3 20,01 30/05/07 19,39 13/06/07 (3,09%) SC
MEND6 26,01 29/05/07 41 15/06/07 57,63% SC
MNPR4 5,61 18/05/07 15,49 12/06/07 176,11% SC
ITSA4 12,41 17/05/07 11,68 12/06/07 (5,88%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 15/06/07
SDIA4 9,61 30/05/07 8,90 20/06/07 (7,37%) AD
USIM5 101,51 03/05/07 107,50 20/06/07 5,90% AD
AMBV4 1134,99 30/03/07 1340,00 21/06/07 18,06% AD
SBSP3 41,51 15/06/07 42,6 21/06/07 2,62% AD
DSUL3 23,43 01/06/07 23,69 20/06/07 1,10% SC
ENBR3 35,01 01/06/07 34,89 20/06/07 (0,34%) SC
PLAS3 99,01 31/05/07 101,39 18/06/07 2,40% SC
TCSA3 12,37 28/05/07 11,89 21/06/07 (3,88%) SC
CPLE6 27,63 28/05/07 32,36 22/06/07 17,11% AD
SEMANA ENCERRADA EM 22/06/07
SUBA3 74,01 27/04/07 80,00 25/06/07 8,22% AD
PIBB11 66,91 05/04/07 75,81 26/06/07 13,30% AD

258
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


ARCZ6 11,81 18/05/07 12,67 27/06/07 7,28% AD
CMIG4 79,56 (EG a 39,78) 01/06/07 40,70 27/06/07 2,31% AD
VALE3 90,51 18/06/07 84,40 28/06/07 (6,75%) AD
VCPA4 44,11 19/06/07 44,10 28/06/07 (0,02%) AD
ABYA3 20,41 17/05/07 23,69 27/06/07 16,07% SC
CAFE4 2,31 06/06/07 2,53 27/06/07 9,52% SC
FESA4 44,31 11/06/07 42,39 26/06/08 (4,33%) SC
POMO4 6,71 13/06/07 7,09 27/06/07 5,66% SC
POSI3 37,81 31/05/07 41,09 25/06/07 8,67% SC
RSID3 30,01 (ED a 29,87) 26/04/07 40,49 27/06/07 35,55% SC
UBBR3 22,83 16/05/07 24,89 29/06/07 9,02% SC
SEMANA ENCERRADA EM 29/06/07
ELPL6 120,61 28/05/07 123,3 05/07/07 2,23% AD
ETER3 15,71 (EB a 7,41) 03/04/07 10,39 04/07/07 40,21% SC
JFEN3 420,11 27/06/07 367,89 02/07/07 (12,43%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 06/07/07
USIM5 112,51 02/07/07 110,3 10/07/07 (1,96%) AD
BEES3 0,88 (ED a 0,87) 24/04/07 2,29 06/07/07 163,21% SC
BRML3 25,53 29/06/07 23,68 10/07/07 (7,24%) SC
CPFE3 32,21 26/04/07 38,19 10/07/07 18,56% SC
BRTP3 48,31 18/05/07 51,39 13/07/07 6,37% AD
DPPI4 40,81 28/0/07 39,29 12/07/07 (3,72%) SC
INEP4 29,01 20/06/07 33,59 10/07/07 15,78% SC
LIXC4 5,61 11/06/07 5,49 11/07/07 (2,13%) SC
MGEL4 24,01 22/06/07 24,19 10/07/07 0,74% SC
PLAS3 108,21 28/06/07 104,09 13/07/07 (3,80%) SC
PRGA3 33,73 22/05/07 35,89 10/07/07 6,40% SC
UGPA4 66,11 04/07/07 63,59 10/07/07 (3,81%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 13/07/07
EMBR3 25,31 18/06/07 22,41 16/07/07 (11,45%) AD
TMCP4 5,11 05/07/07 5,25 16/07/07 2,73% AD
PTIP4 26,81 27/06/07 25,37 17/07/07 (5,37%) AD
ELET6 52,41 15/06/07 52,64 20/07/07 0,43% AD
PCAR4 76,31 15/06/07 78,00 20/07/07 2,21% AD
SUBA3 84,51 04/07/07 84,65 20/07/07 0,16% AD
BDLL4 160,11 12/06/07 169,89 20/07/07 6,10% SC
CCIM3 12,33 22/05/07 15,39 18/07/07 24,81% SC
CTKA4 53,53 01/06/07 69,89 18/07/07 30,56% SC
EVEN3 17,71 02/07/07 18,97 16/07/07 7,11% SC
HGTX3 12,31 05/06/07 10,97 20/07/07 (10,88%) SC
MNDL4 3,41 04/07/07 3,69 19/07/07 8,21% SC
SUBA3 84,51 05/07/07 84,59 20/07/07 0,09% SC
SEMANA ENCERRADA EM 20/07/07
TLLP4 58,01 05/06/07 64,52 23/07/07 11,22% AD
BBAS3 28,61 15/06/07 28,86 24/07/07 0,87% AD
ITAU4 89,01 12/07/07 88,91 24/07/07 (0,11%) AD
BRAP4 75,41 15/06/07 80,70 24/07/07 7,01% AD
CCRO3 33,83 27/06/07 35,75 24/07/07 5,67% AD
CESP6 32,43 22/05/07 33,89 24/07/07 4,50% AD
CPLE6 33,73 02/07/07 32,01 24/07/07 (5,09%) AD
CYRE3 25,51 01/06/07 24,30 24/07/07 (4,74%) AD
ITSA4 12,71 12/07/07 12,43 24/07/07 (2,20%) AD

259
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


KLBN4 6,65 15/06/07 6,55 24/07/07 (5,48%) AD
NETC4 29,01 03/04/07 31,89 24/07/07 9,92% AD
PIBB11 78,11 02/07/07 79,83 24/07/07 2,20% AD
PETR3 55,41 13/06/07 62,66 24/07/07 13,08% AD
PETR4 50,11 14/06/07 54,27 24/07/07 8,30% AD
SBSP3 45,51 10/07/07 44,8 24/07/07 (1,56%) AD
TRPL4 32,01 (ED a 30,40) 09/05/07 36,00 24/07/07 18,42% AD
ACES4 73,81 18/07/07 72,69 25/07/07 (1,51%) AD
ALLL11 28,01 19/07/07 27,47 25/07/07 (1,92%) AD
AMBV4 1350,01 29/06/07 1369,97 25/07/07 1,47% AD
BBDC4 50,51 13/07/07 49,99 25/07/07 (1,02%) AD
BRTP4 27,46 12/07/07 26,49 25/07/07 (3,53%) AD
UBBR11 22,51 22/06/07 22,89 25/07/07 1,68% AD
VALE3 91,01 06/07/07 92.97 25/07/07 2,15% AD
GGBR4 45,39 01/06/07 49,81 25/07/07 9,73% AD
CSAN3 33,41 17/07/07 30,70 26/07/07 (8,11%) AD
GOAU4 59,15 01/06/07 62,90 26/07/07 6,33% AD
CRUZ3 50,11 04/06/07 45,21 26/07/07 (11,49%) AD
VALE5 73,11 04/05/07 79,82 25/07/07 9,17% AD
BGIP4 730,11 06/07/07 689,89 25/07/07 (5,50%) SC
CEPE5 27,21 11/6/2007 28,97 26/07/07 6,46% SC
CPFE3 40,71 23/07/07 38,89 24/07/07 (4,47%) SC
CPNY3 28,01 14/06/07 35,97 26/07/07 28,41% SC
CTAX4 2,13 21/05/07 2,49 25/07/07 16,90% SC
DURA4 58,01 06/07/07 53,89 26/07/07 (7,10%) SC
EQTL11 21,01 13/06/07 19,97 26/07/07 (4,95%) SC
ETER3 11,21 23/07/07 10,39 24/07/07 (7,31%) SC
VCPA4 46,91 10/07/07 42,02 27/07/07 (10,42%) AD
FJTA4 9,67 01/06/07 10,09 26/07/07 4,34% SC
LREN3 33,71 18/06/07 34,89 25/07/07 3,50% SC
LUPA3 43,11 13/06/07 46,09 27/07/07 6,91% SC
MEDI3 30,63 25/06/07 30,69 24/07/07 0,19% SC
MNPR4 17,11 03/07/07 19,59 24/07/07 14,49% SC
MYPK4 24,43 17/05/07 30,89 23/07/07 26,44% SC
ODPV3 52,51 11/06/07 55,19 26/07/07 5,10% SC
OHLB3 36,61 28/06/07 33,89 26/07/07 (7,42%) SC
RANI3 15,01 20/04/07 39,89 24/07/07 165,75% SC
RAPT4 14,51 16/05/07 17,19 25/07/07 18,47% SC
RSIP4 0,70 06/07/07 0,86 25/07/07 22,85% SC
SNSY5 1,01 21/06/07 1,11 26/07/07 9,90% SC
STBR11 30,01 10/07/07 27,69 26/07/07 (7,73%) SC
SUZB5 24,01 05/06/07 25,19 25/07/07 4,91% SC
PETR4 50,11 14/06/07 52,50 26/07/07 4,76% AI
USIM5 101,51 03/05/07 110,20 26/07/07 8,56% AI
VALE5 76,01 18/06/07 75,76 27/07/07 (0,32%) AI
ELET6 52,42 15/06/07 52,64 26/07/07 0,41% AI
UBBR11 22,51 22/06/07 21,74 26/07/07 (3,42%) AI
ITAU4 78,51 (EJ A 78,47) 17/04/07 83,50 27/07/07 6,41% AI
CMIG4 79,56 (EE a 39,78) 01/06/07 39,00 24/07/07 (1,96%) AI
ITSA4 12,69 12/07/07 11,50 27/07/07 (9,37%) AI
NETC4 29,01 03/04/07 31,09 26/07/07 7,16% AI
GGBR4 45,39 01/06/07 49,81 25/07/07 9,73% AI

260
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


SEMANA ENCERRADA EM 27/07/07
ILMD4 36,01 21/06/07 48,89 30/07/07 35,76% SC
MDIA3 30,83 10/07/07 29,97 01/08/07 (2,78%) SC
PDGR3 21,61 16/07/07 20,59 30/07/07 (4,72%) SC
POMO4 7,73 02/07/07 7,97 02/08/07 3,10% SC
RSID3 44,11 03/07/07 44,89 01/08/07 1,76% SC
SLED4 28,01 21/05/07 31,29 01/08/07 11,71% SC
STPR4 1,19 11/06/07 0,93 01/08/07 (21,84%) SC
AEBN3 23,01 (ED a 21,05) 19/07/07 21,05 03/08/07 (7,95%) SC
LPSB3 27,03 11/07/07 26,39 03/08/07 (2,36%) SC
PTNT4 90,01 (EB A 9,01) 14/05/07 14,79 03/08/08 64,15% SC
TCSA3 14,51 23/07/07 11,79 03/08/07 (18,74%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 03/08/07
EMBR3 21,97 24/07/07 21,65 06/08/07 1,45% AD
GOLL4 50,49 24/07/07 47,21 07/08/07 6,49% AD
USIM5 116,01 19/07/07 108,35 10/08/07 (6,60%) AD
CSAN3 33,33 (ED a 32,92) 17/07/07 29,29 10/08/07 (10,99%) AI
BMTO4 1,23 12/07/07 1,39 06/08/07 11,00% SC
DUFB11 41,11 31/05/07 46,89 06/08/07 14,05% SC
ECOD3 14,53 06/07/07 12,49 10/08/07 (14,03%) SC
FESA4 44,41 12/07/07 45,89 06/08/07 3,33% SC
FFTL4 50,61 23/05/07 64,39 10/08/07 27,22% SC
GLOB4 40,01 29/06/07 42,89 06/08/07 7,19% SC
GPCP3 2,81 05/07/07 2,49 06/08/07 (11,38%) SC
IDNT3 4,01 10/05/07 5,69 06/08/07 41,89% SC
JBDU4 0,31 21/06/07 0,26 10/08/07 (16,12%) SC
PTBL4 2,47 14/06/07 3,29 06/08/07 33,19% SC
SBSP3 41,01 14/06/07 42,97 10/08/07 4,77% SC
SCAR3 21,61 17/07/07 21,39 07/08/07 (1,01%) SC
SHUL4 26,51 21/05/07 34,69 06/08/07 30,85% SC
TEKA4 1,14 14/06/07 1,09 06/08/07 (4,38%) SC
WHRL4 6,01 12/07/07 6,49 06/08/07 7,98% SC
SEMANA ENCERRADA EM 10/08/07
BRTO4 14,31 02/07/07 14,55 14/08/07 1,67% AD
SBSP3 48,41 02/08/07 41,65 14/08/07 (13,96%) AD
CSNA3 104,01 30/05/07 100,61 14/08/07 (3,26%) AD
TRPL4 40,01 08/08/07 35,1 15/08/07 (9,77%) AD
ALPA4 164,53 06/07/07 164,89 14/08/07 0,21% SC
AVPL3 14,01 04/06/07 17,29 16/08/07 23,41% SC
BCAL6 0,62 10/07/07 0,49 13/08/07 (20,96%) SC
JBSS3 9,01 10/07/07 8,39 15/08/07 (6,88%) SC
MAGS5 28,61 01/06/07 39,19 13/08/07 36,98% SC
MGEL4 25,83 12/07/07 27,39 16/08/07 6,03% SC
MWET4 17,11 14/06/07 23,89 16/08/07 39,62% SC
PINE4 19,11 12/07/07 18,97 14/08/07 (0,73%) SC
ROMI3 20,81 17/07/07 18,97 14/08/07 (8,84%) SC
SASG3 2,41 13/07/07 1,94 16/08/07 (19,50%) SC
SLCE3 14,91 16/07/07 15,59 15/08/07 4,56% SC
UBBR3 26,53 10/08/07 24,29 16/08/07 (8,44%) SC
WEGE3 20,07 10/07/07 19,97 15/08/07 (0,49%) SC
BBDC4 50,81 (ED a 50,31) 13/07/07 46,03 15/08/07 8,50%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 17/08/07

261
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


BRTP4 28,53 03/09/07 25,86 10/09/07 (9,35%) AD
TNLP4 42,51 24/07/07 39,8 10/09/07 (6,37%) AI
ENGI4 11,01 04/09/07 10,39 13/09/07 (5,63%) SC
TMGC3 1400,01 01/06/07 1849,99 12/09/07 32,13% SC
SEMANA ENCERRADA EM 14/09/07
ELEV3 19,53 17/09/07 19,29 26/09/07 (1,22%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 28/09/07
VALE3 50,00 04/09/07 60,10 03/10/07 20,80% AD
VALE5 43,01 12/09/07 50,50 03/10/07 17,41% AD
SEMANA ENCERRADA EM 05/10/07
CCRO3 38,71 01/10/07 36,01 09/10/07 (6,97%) AD
BBAS3 31,95 02/10/07 29,38 11/10/07 (8,04%) AD
BEMA3 14,71 24/09/07 13,89 09/10/07 (5,57%) SC
SUZB5 28,51 18/09/07 27,97 11/10/07 (1,89%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 12/10/07
CYRE3 25,1 27/09/07 22,82 15/10/07 (9,08%) AD
KLBN4 7,11 27/09/07 6,91 16/10/07 (2,81%) AD
TNLP4 42,51 24/07/07 38,5 16/10/07 (9,43%) AD
DPPI4 42,01 14/09/07 45,89 18/10/07 9,23% SC
MNPR4 30,01 08/10/07 26,89 18/10/07 9,26% SC
PINE4 21,71 17/09/07 21,69 15/10/07 (0,09%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 19/10/07
ITSA4 13,38 05/10/07 12,38 22/10/07 (7,47%) AD
SBSP3 49,11 25/09/07 44,1 22/10/07 (10,20%) AD
BRML3 26,71 11/10/07 23,97 24/10/07 (10,25%) SC
CAFE4 2,01 16/01/07 1,77 25/10/07 (11,94%) SC
FJTA4 12,53 19/09/97 14,97 22/10/07 19,47% SC
GSHP3 15,03 02/10/07 14,09 24/10/07 (6,25%) SC
LUPA3 50,31 10/10/07 48,97 25/10/07 (2,66%) SC
SBSP3 49,01 (EJ a 47,83) 26/09/07 44,49 22/10/07 (6,98%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 26/10/07
ARCZ6 13,82 01/10/07 12,95 01/11/07 (6,29%) AD
ITAU4 47,40 01/10/07 47,61 01/11/07 0,44% AD
BRAP4 86,01 (EB a 43,005) 12/09/07 52,70 01/11/07 22,54% AD
CESP4 37,00 08/10/07 32,17 01/11/07 (13,05%) AD
LIGT3 33,01 (ED a 30,65) 08/10/07 31,02 01/11/07 1,20% AD
PRGA3 39,00 04/09/07 46,00 01/11/07 17,94% AD
PTIP4 31,53 25/10/07 29,10 01/11/07 (7,70%) AD
UBBR11 25,37 01/10/07 26,66 01/11/07 5,08% AD
SEMANA ENCERRADA EM 01/11/07
PIBB11 94,53 26/10/07 94,30 05/11/07 (0,24%) AD
PETR3 78,51 26/10/07 78,17 05/11/07 (0,43%) AD
PETR4 68,21 25/10/07 68,10 05/11/07 (0,16%) AD
CSNA3 111,73 03/09/07 131,70 05/11/07 17,87% AD
ACES4 75,50 04/09/07 85,24 07/11/07 12,90% AD
TMAR5 67,01 03/07/07 64,79 07/11/07 (3,31%) AD
AMBV4 146,00 05/10/07 132,00 08/11/07 (9,58%) AD
BBDC4 54,20 27/09/07 53,30 08/11/07 (2,91%) AD
CCRO3 32,31 31/10/07 30,88 08/11/07 (4,42%) AD
CSAN3 26,53 02/10/07 23,31 08/11/07 (12,13%) AD
KLBN4 7,41 18/10/07 6,70 08/11/07 (9,58%) AD
BTOW3 89,99 01/10/07 81,60 08/11/07 (9,32%) AD

262
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


GGBR4 52,38 08/10/07 51,15 08/11/07 (2,34%) AD
GOLL4 46,61 (EJ a 46,21) 09/10/07 43,21 08/11/07 (6,49%) AD
USIM5 118,51 19/09/07 131,20 08/11/07 10,70% AD
SDIA4 10,11 25/09/07 11,19 09/11/07 10,68% AD
PETR4 58,5 21/09/07 68,10 05/11/07 16,41% AI
CSNA3 111,76 03/09/07 131,70 05/11/07 17,84% AI
CSAN3 26,61 02/10/07 23,31 08/11/07 (12,45%) AI
BBDC3 56,01 09/10/07 52,19 08/11/07 (6,82%) SC
CSAN3 26,53 01/10/07 23,97 08/11/07 (9,64%) SC
CTNM4 13,01 03/10/07 12,97 05/11/07 (0,30%) SC
DURA4 60,53 08/10/07 55,19 05/11/07 (8,82%) SC
ESTR4 2,21 08/10/07 2,07 05/11/07 (6,33%) SC
FESA4 50,11 15/10/07 51,39 06/11/07 2,55% SC
GOLL4 46,13 09/10/07 43,39 08/11/07 (5,93%) SC
JFEN3 7,43 19/09/07 9,89 08/11/07 33,10% SC
MYPK4 33,11 09/10/07 34,97 09/11/07 5,61% SC
PIBB11 84,01 24/09/07 94,97 05/11/07 13,04% SC
PRGA3 38,51 04/09/07 43,89 09/11/07 13,97% SC
SDIA4 10,11 26/09/07 10,97 09/11/07 9,59% SC
UBBR3 27,01 27/09/07 30,39 07/11/07 12,51% SC
SEMANA ENCERRADA EM 09/11/07
BRTO4 18,37 05/10/07 16,00 12/11/07 (12,90%) AD
CYRE3 25,74 23/10/07 27,30 12/11/07 6,06% AD
PIBB11 99,63 08/11/07 94,19 12/11/07 (5,46%) AD
GOAU4 69,51 29/10/07 65,30 12/11/07 (6,05%) AD
CRUZ3 51,42 08/10/07 46,60 12/11/07 (9,37%) AD
TAMM4 53,23 10/10/07 46,24 12/11/07 (13,13%) AD
VCPA4 52,26 24/09/07 52,56 12/11/07 0,57% AD
USIM5 120,3 19/09/07 124,51 12/11/07 3,49% AI
BBDC4 58,71 11/09/07 51,99 11/11/07 (11,44%) AI
GGBR4 52,21 08/10/07 49,50 12/11/07 (5,19%) AI
AEDU11 35,01 02/10/07 33,19 16/11/07 (5,19% SC
CEPE5 29,26 08/10/07 31,89 12/11/07 8,98% SC
LAME4 19,01 09/10/07 16,97 13/11/07 (10,73%) SC
MWET4 29,11 26/10/07 26,29 12/11/07 (9,68%) SC
PIBB11 99,63 08/11/07 94,19 12/11/07 (5,46%) SC
RDCD3 35,63 08/10/07 34,89 16/11/07 (1,80%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 16/11/07
CTKA4 75,01 11/09/07 104,39 19/11/07 39,16% SC
UBBR11 25,37 01/10/07 24,51 21/11/07 (3,38%) AI
FFTL4 69,21 09/10/07 67,29 21/11/07 (2,77%) SC
IDNT3 7,01 19/09/07 9,49 19/11/07 35,37% SC
INEP4 35,11 09/10/07 37,97 21/11/07 8,14% SC
LUPA3 54,01 14/11/07 49,89 21/11/03 (7,62%) SC
MMXM3 570,11 18/09/07 759,89 21/11/07 33,28% SC
RAPT4 19,11 11/10/07 18,59 21/11/07 (2,72%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 23/11/07
TRPL4 44,01 (EJ a 42,61) 29/10/07 38,00 26/11/07 (10,81%) AD
PETR4 74,11 08/11/07 71,90 30/11/07 (2,98%) AI
MAGS5 43,53 05/11/07 43,79 27/11/07 0,59% SC
SEMANA ENCERRADA EM 30/11/07
PETR4 80,20 08/11/07 73,20 05/12/07 (8,72%) AD

263
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


SEMANA ENCERRADA EM 07/12/07
ARCZ6 14,11 07/12/07 13,19 12/12/07 (6,52%) AD
ITAU4 51,31 11/12/07 47,30 12/12/07 (7,81%) AD
GOAU4 71,41 12/12/07 67,80 13/12/07 (5,05%) AD
SEMANA ENCERRADA EM 14/12/07
PETR3 93,30 08/11/07 90,85 17/12/07 (2,62%) AD
BBDC4 60,71 06/12/07 54,40 17/12/07 (10,39%) AI
ITAU4 51,31 11/12/07 47,59 13/12/07 (7,25%) AI
AELP3 31,91 12/11/07 28,39 18/12/07 (11,03%) SC
SLED4 36,03 11/12/07 33,49 18/12/07 (7,04%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 21/12/07

264
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

REGISTRO DAS OPERAÇÕES ENCERRADAS EM 2008

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO* ORIGEM**


BBAS3 32,01 14/12/07 29,05 03/01/08 (9,50%) AD
CSNA3 155,61 21/12/07 153,21 04/01/08 (1,54%) AD
SEMANA ENCERRADA EM 04/01/08
VCPA4 57,71 (EJ a 56,07) 14/11/07 49,95 07/01/08 (10,91%) AD
CESP6 42,56 26/12/07 44,99 11/01/08 5,70% AD
CSNA3 144,11 (ED a 141,51) 05/12/07 152,59 07/01/08 7,82% AI
ELEV3 25,27 05/12/07 23,89 08/01/08 (5,46%) SC
MGEL4 31,61 06/12/07 40,89 09/01/08 29,35% SC
MMXM3 825,11 06/12/07 849,89 07/01/08 3,00% SC
SEMANA ENCERRADA EM 11/01/08
BRTP4 29,11 08/01/08 24 15/01/08 (17,55%) AD
TMAR5 69,01 13/12/07 74,97 15/01/08 8,63% AD
BRTO4 19,61 08/01/08 15,19 17/01/08 (22,53%) AD
FFTL4 76,11 11/12/07 71,89 17/01/08 (5,54%) SC
GFSA3 36,51 11/12/07 27,79 15/01/08 (23,88%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 18/01/08
MAGS5 45,21 (EJ a 44,42) 07/12/07 44,09 22/10/08 (0,74%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 24/01/08
BMTO4 0,87 07/01/08 0,77 29/01/08 11,49% SC
BRAP4 42,49 15/01/08 38,21 29/01/08 10,07% SC
CGAS5 37,69 18/01/08 37,11 29/01/08 1,53% SC
INEP4 36,39 07/01/08 38,61 28/01/08 (6,10%) SC
JFEN3 8,18 07/01/08 7,11 28/01/08 13,08% SC
MNPR3 30,01 (EB a 3,001) 30/10/07 7,97 30/01/08 165,57% SC
NATU3 16,19 15/01/08 17,01 28/01/03 (5,06%) SC
TAMM4 39,49 11/01/08 35,71 28/01/08 9,57% SC
WHRL4 3,39 07/01/08 3,86 30/01/08 (13,86%) SC
SHUL4 38,11 (EJ a 37,53) 19/09/07 38,97 01/02/08 3,83% SC
SEMANA ENCERRADA EM 01/02/08
SEMANA ENCERRADA EM 08/02/08
TNLP4 44,71 29/01/08 41,69 11/02/08 (6,75%) AD
ALLL11 19,59 16/01/08 20,61 12/02/08 (5,20%) SC
DHIB4 28,11 18/01/08 26,89 13/02/08 (4,34%) SC
DROG3 11,79 21/01/08 13,01 14/02/08 (10,34%) SC
GPIV11 67,89 09/01/08 63,91 13/02/08 6,22% SC
IDNT3 6,97 09/01/08 6,21 12/02/08 10,90% SC
KSSA3 8,69 07/02/09 9,83 14/02/08 (13,11%) SC
MAGS5 47,11 30/01/08 49,89 11/02/08 5,90% SC
PIBB11 86,97 16/01/08 91,31 12/02/08 (4,99%) SC
PLAS3 7,49 16/01/08 5,61 12/02/08 25,10% SC
PSSA3 54,69 16/01/08 60,61 14/02/08 (10,82%) SC
RAPT4 16,49 14/01/08 16,01 13/02/08 2,91% SC
VALE5 46,69 07/01/08 47,59 12/01/08 (1,92%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 15/02/08
SZPQ4 10,11 30/11/07 10,19 20/02/08 0,79% SC
ITSA4 9,39 06/02/08 10,61 22/02/08 (11,49%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 22/02/08
BGIP4 21,97 21/01/08 19,61 28/02/08 10,74% SC
CTKA4 86,89 14/01/08 90,11 25/02/08 (3,70%) SC
GUAR4 57,89 14/01/08 51,11 25/02/08 11,71% SC

265
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


SASG3 0,97 21/01/08 0,95 28/02/08 2,06% SC
PETR3 104,71 27/02/08 98,59 29/02/08 (5,84%) AD
SEMANA ENCERRADA EM 29/02/08
GGBR4 55,07 (ex-div 54,76) 26/02/08 53,97 04/03/08 (1,44%) AD
TRPL4 42,01 29/01/08 39,89 04/03/08 (5,04%) AD
TEND3 11,53 18/02/08 10,39 06/03/08 (9,88%) SC
TNLP4 44,71 29/01/08 41,49 03/03/08 (7,20%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 07/03/08
CSNA3 56,30 01/02/08 61,89 10/03/08 9,57% AD
TMAR5 82,01 29/01/08 89,39 10/03/08 8,99% AD
USIM5 95,01 18/02/08 97,69 10/03/08 2,82% AD
CSAN3 29,11 29/02/07 27,65 13/03/08 (5,01%) AD
ALPA4 122,39 15/01/08 107,51 14/03/08 12,15% SC
BOVH3 27,81 29/02/08 24,69 14/03/08 (11,13%) SC
CMIG3 29,61 26/02/08 27,79 13/03/08 (6,14%) SC
CTNM4 9,31 25/02/08 8,49 14/03/08 ,(8,80%) SC
LIPR3 32,11 19/09/07 45,49 14/03/08 41,66% SC
MAGS5 54,51 27/02/08 53,89 10/03/08 (1,13%) SC
MARI3 7,01 03/03/08 6,39 14/03/03 (8,84%) SC
MNPR3 9,83 27/02/08 8,89 14/03/07 (9,56%) SC
RCSL4 3,51 12/02/08 6,39 11/03/08 82,05% SC
SFSA4 9,33 12/02/08 10,69 10/03/08 14,57% SC
USIM5 92,80 07/02/08 97,69 10/03/08 5,26% AI
CSNA3 53,97 29/01/08 61,69 10/03/08 14,30% AI
CSAN3 29,11 29/02/08 26,97 14/03/08 (7,35%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 14/03/08
ALLL11 17,79 07/03/08 19,71 18/03/08 (10,79%) AD
BAHI4 165,89 13/02/08 171,21 19/03/08 (3,20%) SC
FESA4 54,01 26/02/08 66,89 17/03/08 23,84% SC
KSSA3 11,01 27/02/08 9,69 13/03/08 (11,98%) SC
SLCE3 21,01 11/02/08 23,99 17/03/08 14,18% SC
TAMM4 31,59 11/03/08 32,41 18/03/08 (2,59%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 20/03/08
CESP6 38,79 24/03/08 31,31 28/03/08 19,28% AD
BGIP4 18,59 19/03/08 18,66 25/03/08 (0,37%) SC
ROMI4 14,49 13/02/08 15,31 25/03/08 (5,65%) SC
UNIP6 1,53 17/03/08 1,63 24/03/08 (6,53%) SC
UBBR11 19,99 20/03/08 21,71 25/03/08 (8,60%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 28/03/08
FJTA4 8,19 10/03/08 7,61 02/04/08 7,08% SC
FRAS4 4,49 19/03/08 5,01 04/04/08 (11,58%) SC
PLAS3 4,87 17/03/08 5,16 01/04/08 (9,79%) SC
VGOR4 3,11 26/03/08 3,17 02/04/08 1,92% SC
SEMANA ENCERRADA EM 04/04/08
TNLP4 47,35 2/4/2008 45,39 07/04/08 (4,13%) AD
BRTO4 19,48 28/03/08 20,19 08/04/08 3,64% AD
GGBR4 58,01 03/04/08 61,99 09/04/00 6,87% AD
BAZA3 0,71 20/03/08 0,74 07/04/08 (4,22%) SC
TNLP4 47,01 31/03/08 42,79 09/04/08 (8,97%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 11/04/08
USIM5 105,21 04/04/08 103,29 14/04/08 (1,82%) AD
NATU3 19,41 02/04/08 18,76 15/04/08 (3,34%) AD

266
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


BBAS3 23,42 28/03/08 25,61 18/04/08 (8,88%) AD
CPFE3 38,3 02/04/08 37,79 14/04/08 (1,33%) SC
EALT4 64,89 20/02/08 69,01 17/04/08 (6,34%) SC
GGBR3 47,51 18/03/08 47,59 14/04/08 0,16% SC
MEDI3 17,97 24/03/08 16,31 14/04/08 9,23% SC
RSDI3 15,99 17/03/08 15,11 14/04/08 5,50% SC
PETR4 69,83 24/03/08 77,39 14/04/08 10,68% AI
SEMANA ENCERRADA EM 18/04/08
ABYA3 13,89 07/04/08 14,91 22/04/08 (7,34%) SC
CGRA4 79,89 28/03/08 14,91 22/04/08 6,35% SC
EUCA4 6,59 04/03/08 5,81 22/04/08 11,83% SC
KSSA3 9,53 07/04/08 10,19 22/04/08 6,92% SC
SEMANA ENCERRADA EM 25/04/08
ELPL6 36,3 03/04/08 34,69 29/04/08 (4,43%) AD
PETR3 52,81 22/04/08 49,74 29/04/08 (5,81%) AD
GGBR4 64,01 22/04/08 61,45 29/04/08 (3,99%) AD
CSNA3 71,61 16/04/08 69,5 29/04/08 (2,94%) AD
BTOW3 59,00 31/03/08 55,10 30/04/08 6,61% AD
BAHI4 162,59 31/03/08 155,11 28/04/08 4,60% SC
BTOW3 58,99 14/04/08 53,61 28/04/08 9,12% SC
ESTC11 11,31 04/04/08 13,69 29/04/08 21,04% SC
FESA4 69,01 09/04/08 81,39 29/04/08 17,93% SC
GAZO4 38,00 10/04/08 41,21 30/04/08 (7,78%) SC
LAME4 11,89 23/04/08 12,73 02/05/08 (7,06%) SC
MMXM3 985,11 (EB a 49,25) 08/04/08 54,69 29/04/08 11,04% SC
MYPK3 32,98 22/04/08 37,51 02/05/08 (13,73%) SC
PSSA3 16,97 14/04/08 18,31 30/04/08 (7,89%) SC
TLPP3 38,29 09/04/08 39,61 02/05/08 (0,83%) SC
UBBR3 19,49 31/03/08 19,51 02/05/08 (0,10%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 02/05/08
BGIP4 17,99 27/03/08 17,11 05/05/08 4,89% SC
RCSL4 8,21 28/03/08 15,59 09/05/08 89,89% SC
SEMANA ENCERRADA EM 09/05/08
ELPL6 37,65 02/05/08 37,21 14/05/08 (1,18%) AD
BEEF3 8,61 23/04/08 9,09 13/05/08 5,57% SC
GUAR3 51,81 30/04/08 62,69 15/05/08 20,99% SC
INEP4 43,01 31/03/08 45,69 15/05/08 6,23% SC
LIPR3 37,99 24/04/08 41,01 13/05/08 (7,94%) SC
MARI3 5,27 02/05/08 5,97 13/05/08 13,28% SC
MNPR3 10,81 17/04/08 10,49 15/05/08 (2,96%) SC
POSI3 21,01 22/04/08 19,79 16/05/08 (5,59%) SC
TPIS3 5,50 02/05/08 6,09 13/05/08 10,72% SC
SEMANA ENCERRADA EM 16/05/08
ARCZ6 13,91 06/05/08 14,13 21/05/08 1,58% AD
NATU3 20,71 19/05/08 18,49 23/05/08 (10,71%) AD
ABYA3 15,31 30/04/08 16,69 21/05/08 9,01% SC
BAZA3 0,75 02/05/08 0,74 21/05/08 (1,33%) SC
BRML3 17,36 30/04/08 18,89 23/05/08 8,81% SC
CPFE3 41,33 30/04/08 38,39 21/05/08 (7,11%) SC
GOLL4 25,17 28/04/09 26,09 21/05/08 3,65% SC
INPR3 9,43 29/04/08 11,39 12/05/08 20,78% SC
MEDI3 16,63 (ED 16,58) 02/05/08 19,49 19/05/08 17,55% SC

267
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


PTBL3 1,61 05/05/08 1,59 19/05/08 (1,24%) SC
TEND3 8,73 30/04/08 11,39 21/05/08 30,46% SC
UOLL4 7,91 05/05/08 8,29 19/05/08 4,80% SC
VIVO4 12,01 30/04/08 10,86 21/05/08 (9,57%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 23/05/08
CLSC6 45,51 30/04/08 44,33 26/05/08 (2,59%) AD
PIBB11 101,01 30/04/08 107,67 26/05/08 6,59% AD
PETR4 45,21 07/05/08 49,9 27/05/08 10,37% AD
USIM5 110,41 (ED 73,60) 16/04/08 87,97 27/05/08 19,52% AD
PETR3 53,81 06/05/08 58,01 29/05/08 7,80% AD
VALE3 66,21 02/05/08 64,51 29/05/08 (2,56%) AD
VALE5 55,81 14/05/08 53,40 29/05/08 (4,31%) AD
CSNA3 73,51 02/05/08 79,30 30/05/08 7,87% AD
AVIL3 0,96 09/04/08 1,24 26/05/08 29,16% SC
BBDL4 227,11 14/05/08 246,69 26/05/08 8,62% SC
CARD3 5,01 08/05/08 4,79 29/05/08 (4,39%) SC
EZTC3 4,41 14/04/08 5,69 28/05/08 29,02% SC
FRAS4 5,16 17/04/08 5,39 26/05/08 4,45% SC
KRTO4 29,01 30/04/08 32,19 26/05/08 10,96% SC
KSSA3 11,81 (ED 11,66) 02/05/08 11,39 28/05/08 (2,31%) SC
MTSA3 26,01 15/05/08 23,89 29/05/08 (8,15%) SC
PINE3 11,81 02/05/08 13,19 28/05/08 11,68% SC
VALE5 56,84 15/05/08 53,4 29/05/08 (6,05%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 30/05/08
GGBR4 64,21 (EJ 63,88) 30/04/08 80,40 03/06/08 25,86% AD
NETC4 25,17 19/05/08 22,99 03/06/08 (8,66%) AD
TAMM4 38,03 30/04/08 32,60 03/06/08 (14,27%) AD
USIM3 88,51 12/05/08 83,01 04/06/08 (6,21%) AD
BICB4 8,11 30/04/08 10,09 04/06/08 24,41% SC
BMEF3 19,61 29/05/08 17,59 03/06/08 (10,30%) SC
BOVH3 28,21 29/05/08 25,49 03/06/08 (9,64%) SC
DAYC4 12,13 30/04/08 13,79 03/06/08 13,68% SC
EVEN3 10,53 30/04/08 10,97 06/06/08 4,17% SC
LUPA3 61,83 28/04/08 60,79 04/06/08 (1,68%) SC
MAGG3 19,03 13/05/08 22,29 02/06/08 17,13% SC
PRGA3 51,11 28/05/08 51,97 02/06/08 1,68% SC
PETR4 45,21 07/05/08 47,45 03/06/08 4.95% AI
USIM5 105,21 (EB 70,13) 04/04/08 83,99 04/06/08 19,76% AI
CSNA3 71,61 (ED 69,91) 16/04/08 77,00 03/06/08 10,14% AI
GGBR4 56,13 (ED 55,84) 26/02/08 77,80 04/06/08 39,32% AI
SEMANA ENCERRADA EM 06/06/08
SDIA4 12,71 02/05/08 12,18 10/06/08 (4,16%) AD
EMBR3 16,19 23/05/08 13,22 11/06/08 18,34% AD
AMBV4 105,79 10/06/08 112,01 12/06/08 (5,87%) AD
CLSC6 47,41 30/05/08 46,80 13/06/08 (1,28%) AD
TCSL3 6,79 21/05/08 6,51 16/06/08 4,30% AD
ELPL6 40,51 11/06/08 36,99 20/06/08 (8,68%) AD
GOAU4 114,71 (EB a 57,35) 05/06/08 52,50 20/06/08 (8,45%) AD
TRPL4 45,11 02/05/08 46,80 20/06/08 3,74% AD
AGIN3 8,41 02/05/08 7,37 11/06/08 (12,36%) SC
ALPA4 101,01 (EJ 100,26) 22/04/08 116,89 12/06/08 16,58% SC
ARCZ6 14,71 19/05/08 13,97 09/06/08 (5,03%) SC

268
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


BAZA3 10,21 27/05/08 0,91 09/06/08 5,81% SC
BBRK3 1600,11 28/05/08 1609,89 11/06/08 0,61% SC
BEEF3 10,21 14/05/08 10,79 10/06/08 5,68% SC
BEMA3 8,21 02/05/08 7,89 11/06/08 (3,89%) SC
BPAT11 28,91 19/05/08 29,49 10/06/08 2,00% SC
CARD3 5,71 06/06/08 5,09 10/06/08 (11,49%) SC
CBEE3 1,31 16/05/08 1,04 04/06/08 (20,61%) SC
ECOD3 6,76 16/05/08 5,69 16/06/08 (15,82%) SC
EVEN3 10,53 30/04/08 10,97 06/06/08 4,17% SC
FJTA4 10,01 29/05/08 9,29 09/06/08 (7,19%) SC
GGBR3 51,73 (ED 51,39) 23/04/08 63,19 11/06/08 22,96% SC
IDNT3 6,73 (ED 6,59) 14/05/08 7,09 11/06/08 7,58% SC
IENG3 0,54 12/05/08 0,44 19/06/08 (18,51%) SC
ILMD4 62,41 (ED 60,66) 03/04/08 73,89 11/06/08 21,81% SC
INEP4 50,01 02/06/08 49,89 09/06/08 (0,23%) SC
JBSS3 9,51 29/05/08 8,29 09/06/08 (12,82%) SC
POSI3 18,31 02/06/08 16,19 19/06/08 (11,57%) SC
PRBC4 9,51 06/05/08 9,59 10/06/08 0,84% SC
ROMI3 17,91 05/05/08 18,09 10/06/08 1,00% SC
SDIA4 13,43 27/05/08 12,39 09/06/08 (7,74%) SC
TEND3 12,71 28/05/08 11,19 11/06/08 (11,95%) SC
TGMA3 20,21 02/05/08 20,39 09/06/08 1,34% SC
UNIP6 1,57 16/05/08 1,73 09/06/08 10,19% SC
UOLL4 9,01 29/05/08 8,79 10/06/08 (2,44%) SC
VAGV4 1,53 30/05/08 1,39 11/06/08 (9,15%) SC
WHRL4 4,01 05/05/08 3,47 12/06/08 (13,46%) SC
NETC4 21,61 28/04/08 21,6 09/06/08 (0,04%) AI
BOI 74,01 12/02/08 98,19 20/06/08 32,67% AI
QUINZENA ENCERRADA EM 22/06/08
PRGA3 50,01 16/05/08 45,45 24/06/08 (9,11%) AD
CGAS5 46,50 30/04/08 46,00 24/06/08 (0,88%) AD
CCIH3 0,34 13/05/08 0,32 23/06/08 (5,88%) SC
CESP3 23,51 19/05/08 23,99 26/06/08 2,04% SC
CNFB4 7,13 04/06/08 7,09 23/06/08 (0,56%) SC
GETI4 17,51 11/06/08 16,19 24/06/08 (7,53%) SC
HAGA4 10,53 28/05/08 20,49 26/06/08 94,58% SC
MMXM3 58,01 10/06/08 55,59 24/06/08 (4,17%) SC
OHLB3 27,51 04/06/08 26,29 24/06/08 (4,43%) SC
PRVI3 7,01 05/06/08 5,57 26/06/08 (20,54%) SC
SOJA 1410,75 05/06/08 1515,89 23/06/08 7,45% AI
MILHO 637,75 (672,75) 05/06/08 716,89 23/06/08 6,56% AI
QUINZENA ENCERRADA EM 27/06/08
GGBR4 37,53 23/06/08 38,59 01/07/08 (2,82%) AD
CESP6 31,00 19/05/08 30,19 03/07/08 (2,61%) AD
CMIG4 40,13 05/06/08 36,66 03/07/08 (8,37%) AD
EBTP4 8,11 02/06/08 15,39 30/06/08 89,76% SC
FESA4 85,31 30/04/08 137,89 01/07/08 161,63% SC
FFTL4 80,01 (ED a 78,23) 25/02/08 118,89 01/07/08 51,97% SC
IGBR3 3,53 06/06/08 2,99 03/07/08 (15,59%) SC
IVTT3 855,01 17/06/08 831,89 01/07/08 (2,70%) SC
KRTO11 34,01 03/06/08 31,49 01/07/08 (7,40%) SC
MTSA4 26,53 09/06/08 24,69 30/06/08 (6,93%) SC

269
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


SEMANA ENCERRADA EM 04/07/08
AMBV4 104,30 24/06/08 95,33 08/07/08 8,60% AD
TAMM4 28,05 01/07/09 26,01 08/07/08 7,27% AD
DÓLAR 1641,76 17/06/08 1625,61 10/07/08 0,98% AD
PETRÓLEO 134,38 06/06/08 139,50 07/07/08 1,03% AI
SOJA 1587,75 01/07/08 1529,75 08/07/08 (3,65%) AI
COFFEE 145,31 20/06/08 149,89 07/07/08 3,15% AI
PMAM4 15,01 (EB 7,11) 03/06/08 6,29 07/07/08 (11,53%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 11/07/08
TMAR5 90,01 02/07/08 80,49 16/07/08 (11,82%) AD
CAFÉ 172,61 20/06/08 166,89 17/07/08 (3,31%) AI
SUGAR 13,31 01/07/08 13,19 17/07/08 (0,90%) AI
DIJAN10 13,86 06/05/08 14,97 16/07/08 8,00% AI
AMBV3 104,49 02/06/08 88,21 14/07/08 15,58% SC
BMEF3 13,07 07/07/08 12,19 14/07/08 (6,73%) SC
DURA4 29,59 08/07/08 32,01 16/07/08 (7,56%) SC
RCSL4 11,89 23/06/08 8,51 16/07/08 28,42% SC
SCAR3 12,69 01/07/08 12,91 16/07/08 (1,73%) SC
TAMM4 28,49 01/07/08 28,81 15/07/08 (1,12%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 18/07/08
CSAN3 32,31 11/07/08 29,55 22/07/08 (8,64%) AD
CMIG4 40,13 05/06/08 39,26 23/07/08 (2,16%) AD
TRPL4 49,24 27/06/08 50,20 25/07/08 1,94% AD
PETR3 51,69 07/07/08 42,51 28/07/08 17,75% AD
BOI 87,97 14/07/08 89,51 24/07/08 (1,75%) AI
BMEF3 12,07 18/07/08 13,21 28/07/08 (9,44%) SC
BSCT6 12,53 06/06/08 11,09 25/07/08 (11,49%) SC
MGEL4 14,97 10/07/08 15,01 31/07/08 (0,26%) SC
MTIG4 0,81 07/05/08 0,59 28/07/08 (27,16%) SC
QUINZENA ENCERRADA EM 3107/08
EMBR3 11,41 16/07/08 11,39 04/08/08 (0,17%) AD
GFSA3 24,81 16/07/08 25,39 04/08/08 2,33% AD
GOLL4 15,61 23/07/08 15,96 31/07/08 2,90% AD
PETR3 42,51 28/07/08 40,69 04/08/07 (4,28%) AD
DÓLAR 1613,51 14/07/08 1581,61 05/08/08 1,97% AD
TRPL4 53,71 31/07/08 52,29 08/08/08 (2,64%) AD
CMIG4 40,21 14/07/08 35,97 07/08/08 (10,54%) AI
CSAN3 32,31 11/07/08 28,49 05/08/08 (11,82%) AI
DÓLAR 1644,7 14/07/08 1581,61 05/08/08 3,83% AI
SEMANA ENCERRADA EM 08/08/08
ELET3 31,63 16/07/08 28,30 11/08/08 (10,52%) AD
BDLL4 260,11 01/07/08 304,89 15/08/08 17,21% SC
SEMANA ENCERRADA EM 15/08/08
BRAP4 29,12 11/08/08 31,73 20/08/08 (8,96%) AD
GGBR4 35,51 24/07/08 29,26 20/08/08 17,60% AD
GOAU4 41,68 24/07/08 39,26 20/08/08 5,80% AD
BBAS3 21,80 12/08/08 23,01 21/08/08 (5,55%) AD
CSNA3 57,21 24/07/08 55,11 21/08'08 3,81% AD
DURA4 29,51 21/07/08 24,71 22/08/08 16,26% AD
PETR4 31,69 18/08/08 34,91 22/08/08 (8,74%) AI
CSNA3 50,49 18/08/08 53,01 21/08/08 (4,99%) AI
PETRÓLEO 120,69 04/08/08 117,21 21/08/08 2,88% AI

270
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


AVIL3 1,11 31/07/08 1,16 21/08/08 (4,50%) SC
CTNM4 7,19 23/07/08 7,01 20/08/09 2,50% SC
DURA4 28,69 22/07/08 24,71 22/08/08 13,87% SC
FFTL4 97,99 04/08/08 94,11 19/08/08 3,95% SC
SEMANA ENCERRADA EM 22/08/08
CBEE3 0,89 04/08/08 0,95 27/08/08 (6,74%) SC
PSSA3 16,69 19/08/08 17,31 28/08/08 (3,71%) SC
ROMI3 13,49 25/07/08 13,51 28/08/08 (0,14%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 29/08/08
PETR3 44,01 28/08/08 40,89 02/09/08 (7,08%) AD
PETR4 36,01 28/08/08 33,39 02/09/08 (7,27%) AD
TCSL4 4,25 01/07/08 3,76 02/09/08 11,52% AD
USIM5 58,15 29/08/08 53,39 02/09/08 (8,18%) AD
CSNA3 56,81 28/08/08 52,49 03/09/08 (7,60%) AD
TMCP4 42,10 13/08/08 42,41 03/09/08 (0,73%) AD
USIM3 55,31 28/08/08 51,49 03/09/08 (6,90%) AD
VALE5 39,41 28/08/08 36,39 03/09/08 (7,66%) AD
PETR4 34,91 22/08/08 33,39 02/09/08 (4,35%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 05/09/08
DÓLAR 1669,5 02/09/08 1725,89 08/09/08 3,37% AD
DÓLAR 1664,71 02/09/08 1725,89 08/09/08 3,67% AI
COFFEE 146,21 26/08/08 142,30 09/09/08 (2,67%) AI
CAFÉ 175,41 26/08/08 171,00 09/09/08 (2,51%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 12/09/08
PETRÓLEO 111,29 02/09/08 102,91 19/09/08 7,52% AI
CGAS5 43,20 27/08/08 40,41 19/09/08 6,45% AD
NETC4 16,69 15/09/08 18,21 19/09/09 (9,10%) AD
PETR4 30,19 09/09/08 33,31 19/09/08 (10,33%) AD
AMBV3 91,01 10/09/08 84,97 18/09/08 (6,63%) SC
PLAS3 4,37 14/08/08 3,63 19/09/08 16,93% SC
PSSA3 16,69 19/08/08 16,11 19/09/08 3,47% SC
SEMANA ENCERRADA EM 19/09/08
FESA4 14,09 05/09/08 12,01 22/09/08 14,76% SC
GOLL4 15,83 12/09/08 13,69 22/09/08 (13,51%) SC
MAGG3 16,67 11/09/08 15,91 22/09/08 4,55% SC
SEMANA ENCERRADA EM 26/09/08
TCSL4 3,83 18/09/08 3,74 29/09/08 (2,34%) AD
LAME4 8,98 15/09/08 8,61 01/10/08 4,12% AD
ENGI4 7,47 23/09/09 8,23 02/10/08 -10,17% SC
IRON3 27,81 09/09/08 27,29 29/09/08 -1,86% SC
SEMANA ENCERRADA EM 03/10/08
ALLL11 16,00 16/09/08 11,31 09/10/08 29,31% AD
DIJAN10 14,49 30/09/08 15,01 08/10/08 -3,58% AI
TNCP4 33,11 29/08/08 33,29 09/10/08 0,54% SC
SEMANA ENCERRADA EM 10/10/08
BRKM5 9,31 04/07/8 7,51 12/10/08 19,33% AD
SBSP3 27,99 29/09/08 22,43 17/10/08 19,86% AD
CSNA3 41,89 29/09/08 31,41 13/10/08 25,01% AI
ITSA4 7,89 06/10/08 8,31 13/10/08 -5,32% AI
NETC4 17,00 09/09/08 11,51 13/10/08 32,29% AI
BEMA3 5,87 29/09/08 4,41 14/10/08 24,87% SC
CARD3 4,20 04/08/08 2,51 13/10/08 40,23% SC

271
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


ETER3 5,21 06/10/08 4,61 14/10/08 11,51% SC
FRAS4 4,23 17/09/08 4,03 13/10/08 4,72% SC
HGTX3 7,90 17/09/08 5,23 13/10/08 33,79% SC
PTNT4 11,29 12/06/09 8,51 14/10/08 24,62% SC
ROMI3 12,57 15/09/08 6,51 14/10/08 48,21% SC
UNIP6 1,32 09/09/08 0,81 13/10/08 38,63% SC
WHRL4 2,99 24/07/08 1,76 14/10/08 41,13% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 24/10/08
EMBR3 8,97 27/10/08 11,01 30/10/08 (22,74% AD
CSAN3 12,19 02/10/08 12,01 30/10/08 1,47% AI
SOJA 1120,00 18/09/08 938,11 28/10/08 16,24% AI
MILHO 487,5 30/09/08 401,61 28/10/08 17,61% AI
SEMANA ENCERRADA EM 31/10/08
CGAS5 31 04/10/08 34,41 23/10/08 (11,00% AD
RSID3 4,23 06/10/08 3,49 21/10/08 (17,49% AD
VALE5 29,4 02/10/08 27,01 04/11/08 8,12% AI
PETRÓLEO 68,43 04/11/08 63,79 06/11/08 (6,78% AI
MILHO 420,81 04/11/08 395,69 05/11/08 (5,96% AI
BOI 84,2 29/10/08 87,61 03/11/08 (4,04% AI
DROG3 10,01 16/09/08 10,01 04/11/08 9,00% SC
MWET4 19,96 09/09/08 13,91 03/11/08 30,31% SC
SEMANA ENCERRADA EM 07/11/08
CSAN3 12,31 10/11/08 10,17 12/11/08 (17,38% AD
CCRO3 19,09 23/10/08 20,61 13/11/08 (7,96%) AD
SEMANA ENCERRADA EM 14/11/08
SOJA 958,11 04/11/08 882,89 20/11/08 (7,85%) AI
LAME4 6,61 04/11/08 5,6 21/11/08 (15,27%) AI
CSMG3 16,51 19/11/08 14,89 21/11/08 (9,81%) SC
INPR3 1,67 07/11/08 1,49 18/11/08 (10,77%) SC
LUPA3 20,03 04/11/08 17,37 21/11/08 (13,28%) SC
MAGG3 9,53 10/11/08 8,09 13/11/08 (15,11%) SC
MYPK3 12,81 03/11/08 10,77 18/11/08 (15,92%) SC
ROMI3 7,81 10/11/08 7,39 17/11/09 (5,37%) SC
VCPA4 23,01 04/11/08 15,59 19/11/09 (32,24%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 21/11/08
AMBV4 109,29 13/11/08 98,97 26/11/08 (9,44%) AD
LREN3 15,49 12/11/08 13,73 27/11/08 11,36% AD
CESP 13,41 13/11/08 13,39 28/11/08 (0,14%) AD
CSNA3 22,00 12/11/08 24,31 25/11/08 10,50% AI
CESP 12,71 06/11/08 13,29 28/11/08 4,56% SC
PTBL3 1,23 06/10/08 1,01 24/11/08 17,88% SC
SEMANA ENCERRADA EM 28/11/08
SEMANA ENCERRADA EM 05/12/08
LREN3 12,29 03/12/08 14,21 08/12/08 (13,51%) AD
JBSS3 4,53 26/11/08 5,49 12/12/08 21,19% AD
CYRE3 8,13 08/12/08 8,89 18/12/08 4,95% AD
LAME4 6,81 27/11/08 6,19 18/12/08 (9,10%) AD
DÓLAR 2577,01 05/12/08 2421,97 08/12/08 (6,01%) AI
GUAR3 15,89 02/07/08 16,16 08/12/08 (1,69%) SC
LREN3 12,29 03/12/08 14,21 08/12/08 (15,62%) SC
POSI3 6,53 09/12/08 8,59 17/12/08 31,54% SC

272
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


UNIP6 0,69 24/10/08 0,66 18/12/08 4,34% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 19/12/08
GOAU4 22,01 10/12/08 19,69 22/12/08 (10,54%) AD
GGBR4 15,73 09/12/08 14,69 23/12/08 (6,61%) AD
GGBR4 15,81 09/12/08 14,69 23/12/08 (7,08%) AI
SOJA 828,98 03/12/08 899,61 23/12/08 (8,52%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 26/12/08
EVEN3 2,43 05/12/08 2,94 30/12/08 20,98% SC
GUAR3 19,21 22/12/08 17,49 29/12/08 (8,95%) SC
SLCE3 13,91 11/12/08 13,99 30/12/08 0,57% SC
ANO ENCERRAD0 EM 30/12/08

REGISTRO DAS OPERAÇÕES ENCERRADAS EM 2009

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


BRKM5 5,89 03/12/08 6,11 06/01/09 (3,73%) AD
SBSP3 27,61 15/12/08 25,99 07/01/09 -5,96% AD
CAFÉ - CH 109,49 04/12/08 114,11 06/01/09 (4,21%) AI
CAFÉ - BMF 125,49 02/12/08 126,61 06/01/09 (0,89%) AI
EZTC3 2,26 11/12/08 2,29 08/01/09 0,13% SC
INEP4 16,51 05/01/09 14,97 07/01/09 (9,32%) SC
PRVI3 2,23 04/12/08 2,79 07/01/09 25,11% SC
SLCE3 13,91 11/12/08 14,07 29/12/08 1,15% SC
SEMANA ENCERRADA EM 09/01/09
BRAP4 21,81 05/01/09 21,49 12/01/09 (1,46%) AD
CESP6 14,77 30/12/08 13,67 12/01/09 (7,44%) AD
CSAN3 12,61 06/01/09 11,97 12/01/09 (5,07%) AD
GFSA3 9,66 10/12/08 11,99 12/01/09 25,54% AD
RSID3 4,71 06/01/09 4,39 12/01/09 (6,79%) AD
VALE3 31,71 05/01/09 29,99 12/01/09 (5,42%) AD
VALE5 28,41 05/01/09 26,69 12/01/09 (6,05%) AD
PETR3 30,71 05/01/09 28,64 12/01/09 (6,74%) AD
PETR4 24,81 05/01/09 23,75 12/01/09 (4,27%) AD
CSNA3 32,71 05/01/09 33,49 13/01/09 3,30% AD
GGBR4 17,11 05/01/09 16,97 13/01/09 (0,81%) AD
USIM5 29,41 05/01/09 28,97 13/01/09 (1,49%) AD
PETR4 25,01 05/01/09 23,30 14/01/09 (6,83%) AI
BVMF3 7,01 06/01/09 6,49 12/01/09 (7,41%) AI
VALE5 28,41 05/01/09 26,69 12/01/09 (6,05%) AI
CSNA3 32,61 05/01/09 33,59 13/01/09 3,00% AI
CSAN3 12,61 06/01/09 11,99 12/01/09 (4,91%) AI
GGBR4 17,11 05/01/09 16,99 13/01/09 (0,70%) AI
SOJA © 993,11 06/01/09 977,78 12/01/09 (1,54%) AI
MILHO © 402,11 26/12/08 380,75 12/01/09 (5,31%) AI
ALPA4 41,11 (EJ 40,32) 11/11/08 49,69 15/01/09 23,23% SC
BISA3 2,43 30/12/08 2,39 07/01/09 (1,64%) SC
BOVA11 22,21 05/01/09 39,99 12/01/09 (1,28%) SC
BRAP4 22,21 05/01/09 21,49 12/01/09 (3,24%) SC
CESP6 14,83 30/12/08 13,54 12/01/09 (8,69%) SC
CSAN3 12,61 06/01/09 10,59 14/01/09 (16,01%) SC

273
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


DUFB11 17,01 05/01/09 14,99 14/01/09 (11,87%) SC
GFSA3 9,66 10/12/08 11,99 12/1/2009 24,12% SC
IGTA3 11,43 22/12/08 11,99 12/1/2009 4,89% SC
MRVE3 9,87 22/12/08 11,89 12/1/2009 20,46% SC
PIBB11 60,71 05/01/09 57,99 13/1/2009 (4,48%) SC
PSSA3 13,61 (EJ 12,80) 02/10/09 13,19 15/1/2009 3,04% SC
RSID3 4,66 06/01/09 4,39 12/1/2009 (5,79%) SC
SAPR4 1,63 06/01/09 1,57 13/1/2009 (3,68%) SC
TAMM4 21,81 06/01/09 20,79 12/1/2009 (4,67%) SC
TEND3 1,06 19/12/08 1,29 13/1/2009 21,69% SC
TGMA3 4,81 02/01/09 4,89 14/1/2009 1,66% SC
TRIS3 2,23 08/12/08 2,49 14/1/2009 11,65% SC
SEMANA ENCERRADA EM 16/01/09
BVMF3 7,01 06/01/09 5,89 20/01/09 (15,97%) AD
LREN3 17,21 16/01/09 14,69 23/01/09 (14,64%) AD
BBRK3 1,93 08/01/09 1,67 23/01/09 (13,47%) SC
BICB4 3,17 (EJ a 3,07) 02/01/09 3,59 21/01/09 16,93% SC
CSMG3 6,01 06/01/09 18,09 23/01/09 7,61% SC
DAYC4 6,01 06/01/09 5,79 20/01/09 (3,66%) SC
GGBR3 13,81 06/01/09 12,19 23/01/09 (11,73%) SC
LREN3 17,21 16/01/09 14,77 23/01/09 (14,17%) SC
MEDI3 7,11 19/12/08 7,27 20/01/09 2,25% SC
PDGR3 13,01 09/01/09 10,79 21/01/09 (17,06%) SC
PINE3 5,11 08/01/09 4,79 21/01/09 (6,26%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 23/01/09
GOLL4 10,81 18/12/08 9,69 04/02/09 (10,36%) AD
SOJA 1039,61 26/01/09 961,89 02/02/09 (7,47%) AI
BOI 81,37 02/12/08 82,11 21/01/09 (0,90%) AI
AGIN3 2,01 12/01/09 1,68 04/02/09 (16,41%) SC
EVEN3 3,33 09/01/09 2,79 26/01/09 (16,21%) SC
FHER3 3,81 2/1/2009 4,09 27/1/2009 7,34% SC
PMAM4 3,21 12/1/2009 3,29 28/1/2009 2,49% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 06/02/09
USIM5 31,83 06/02/09 27,79 12/02/09 (12,69%) AD
BVMF3 7,16 06/02/09 6,39 18/02/09 (10,75%) AD
CSNA3 39,01 05/02/09 34,39 18/02/09 (11,84%) AD
USIM5 32,51 06/02/09 26,99 18/02/09 (16,97%) AI
BVMF3 7,16 06/02/09 6,22 18/02/09 (13,12%) AI
CSNA3 39,01 05/02/09 34,39 18/02/09 (11,84%) AI
ABYA3 2,01 12/02/09 1,89 19/02/09 (5,97%) SC
AEDU11 12,59 06/01/09 11,23 20/02/09 10,80% SC
ALPA4 51,51 23/01/09 47,97 13/02/09 (6,87%) SC
BRAP4 24,01 28/01/09 22,67 20/02/09 (5,58%) SC
OGXP3 410,01 11/12/08 533,89 12/02/09 30,21% SC
PDGR3 13,51 10/02/09 12,27 17/02/09 9,17% SC
TGMA3 5,46 27/01/09 5,39 10/02/09 1,28% SC
USIM3 29,21 06/02/09 25,97 17/02/09 11,09% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 20/02/09
USIM3 29,21 06/02/09 24,37 25/02/09 16,56% AD
VALE5 30,01 04/02/09 27,08 25/02/09 9,76% AD/AI
BAZA3 0,49 24/11/08 0,56 26/02/09 14,28% SC
CARD3 3,01 13/01/09 2,97 25/02/09 1,32% SC

274
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


DUFB11 17,41 12/02/09 16,39 27/02/09 5,85% SC
LUPA3 25,61 05/01/09 24,97 26/02/09 2,49% SC
PRBC4 3,43 07/01/09 3,97 25/02/09 15,74% SC
SEMANA ENCERRADA EM 27/02/09
VIVO4 37,33 25/02/09 34,89 06/03/09 7,67% AD
PETR4 26,01 04/02/09 25,19 02/03/09 3,15% AI
ACGU3 2,53 06/01/09 1,99 02/03/09 21,34% SC
LPSB3 7,23 09/01/09 6,59 02/03/09 8,85% SC
MYPK3 10,01 30/01/09 10,49 02/03/09 4,79% SC
PIBB11 62,61 06/02/09 55,89 02/03/09 10,73% SC
RDIN3 9,51 13/02/09 8,89 02/03/09 6,51% SC
SEMANA ENCERRADA EM 06/03/09
BEMA3 5,41 22/12/08 5,89 19/03/09 8,87% SC
CNFB4 4,01 26/01/09 3,99 09/03/09 (0,49%) SC
LOGN3 6,01 15/01/09 5,99 20/03/09 (0,33%) SC
QUINZENA ENCERRADA EM 20/03/09
BRKM5 5,29 02/03/09 5,03 25/03/09 4,91% SC
SEMANA ENCERRADA EM 27/03/09
NETC4 16,31 12/03/09 16,39 30/03/09 0,49% AD
NETC4 15,78 28/01/09 16,39 30/03/09 3,86% AI
PETRÓLEO 46,06 4/3/2009 51,29 30/03/09 11,35% AI
HAGA3 17,83 3/5/2008 19,69 30/03/09 10,43% SC
MNPR4 4,60 16/2/2009 4,41 31/3/2009 4,13% SC
PIBB11 63,83 23/3/2009 61,69 30/3/2009 (3,35%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 03/04/09
BRTP3 57,71 (ex a 57,49) 19/12/08 61,09 6/3/2009 6,26% AD
AMBV4 113,31 02/04/09 108,19 8/4/2009 (4,51%) AD
TAMM4 13,20 30/03/09 14,81 9/4/2009 (12,19%) AD
BBRK3 1,34 09/03/09 1,24 7/4/2009 7,46% SC
BRSR6 6,61 23/03/09 6,98 8/4/2009 (0,30%) SC
MPXE3 185,11 19/03/09 194,89 6/4/2009 5,28% SC
SEMANA ENCERRADA EM 09/04/09
GOLL4 6,79 30/03/09 7,21 7/4/2009 (6,18%) AD
ELPL6 29,83 4/3/2009 33,59 15/04/09 12,60% AD
NETC4 17,61 2/4/2009 16,09 16/04/09 (8,63%) AD
CSAN3 13,21 7/4/2009 13,19 17/04/09 (0,15%) AI
NETC4 17,53 2/4/2009 16,79 14/04/09 (4,22%) AI
CSAN3 13,21 7/4/2009 12,50 17/04/09 (5,37%) AD
GETI4 18,53 3/4/2009 17,89 14/04/09 (3,45%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 17/04/09
DÓLAR 2182,00 08/04/09 2232,61 20/04/09 -2,31% AD
USIM3 30,11 16/04/09 29,79 27/04/09 (1,06%) AD
USIM5 32,11 16/04/09 32,59 27/04/09 1,49% AD
CSNA3 39,31 14/04/09 38,29 28/04/09 (2,59%) AD
VCPA4 11,73 02/04/09 19,19 29/04/09 63,59% AD
DIJAN10 10,01 20/04/09 9,74 28/04/09 (2,69%) AI
IGTA3 13,11 02/03/09 15,39 20/04/09 17,39% SC
PIBB11 64,41 02/04/09 66,49 20/04/09 3,22% SC
TEND3 1,71 23/03/09 2,19 20/04/09 28,07% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 30/04/09
BTOW3 31,01 24/04/09 34,59 07/05/09 11,54% AD
VALE3 39,21 04/05/09 38,97 07/05/09 (0,61%) AD

275
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


VALE5 32,51 04/05/09 32,08 07/05/09 (1,32%) AD
EZTC3 2,51 31/03/09 3,09 06/05/09 23,10% SC
OGXP3 628,11 10/03/09 825,89 05/05/09 31,48% SC
RDNI3 9,81 23/03/09 13,89 04/05/09 41,49% SC
SEBB11 10,51 16/04/09 11,79 07/05/09 12,17% SC
SHUL4 12,53 13/04/09 12,09 07/05/09 (3,51%) SHUL4
SEMANA ENCERRADA 08/05/09
USIM5 32,21 16/04/09 33,29 13/05/09 3,35% AI
CSNA3 39,31 14/04/09 42,69 12/05/09 8,59% AI
ELET6 29,21 (EJ 27,51) 04/05/09 26,09 12/05/09 (5,16%) AI
BOV FUT 44180 (R a 45075) 02/04/09 50190 13/05/09 11,34% AI
ABYA3 2,41 27/04/09 2,47 13/05/09 0,24% SC
DAYC4 6,51 04/05/09 6,49 14/05/09 (0,30%) SC
FFTL4 16,43 30/04/09 16,39 12/05/09 (0,24%) SC
IDNT3 2,71 29/04/09 2,39 15/05/09 (11,80%) SC
INEP4 17,31 04/05/09 16,79 15/05/09 (3,00%) SC
KSSA3 1,54 03/04/09 2,07 13/05/09 34,41% SC
LAME4 7,33 07/04/09 8,79 12/05/09 19,91% SC
LOGN3 6,81 17/04/09 6,79 13/05/09 90,29%) SC
LUPA3 28,01 04/05/09 28,29 14/05/09 0,99% SC
MRVE3 13,41 24/03/09 21,39 12/05/09 59,50% SC
PIBB11 70,51 29/04/09 72,89 13/05/09 3,37% SC
RCSL4 5,67 31/03/09 4,29 15/05/09 (24,33%) SC
RENT3 9,11 17/04/09 11,89 13/05/09 30,51% `SC
RSID3 5,31 14/04/09 7,29 12/05/09 37,28% SC
SBSP3 28,71 24/04/09 29,39 11/05/09 2,36% SC
SUZB5 14,41 24/04/09 15,59 11/05/09 8,18% SC
TEND3 2,34 22/04/09 3,27 14/05/09 39,74% SC
USIM3 30,06 16/04/09 31,19 14/05/09 3,75% SC
VCPA4 21,01 05/05/09 22,09 13/05/09 5,14% AD
SEMANA ENCERRADA 15/05/09
ALPA4 54,61 24/03/09 79,39 18/05/09 45,37% SC
EVEN3 3,47 27/04/09 3,37 20/05/09 (2,88%) SC
GLOB3 8,01 14/04/09 7,99 21/05/09 (0,24%) SC
GPIV11 7,01 17/04/09 7,89 20/05/09 12,55% SC
IENG5 0,26 27/03/09 0,29 20/05/09 11,53% SC
JBSS3 6,11 09/04/09 5,97 21/05/09 (2,29%) SC
LLXL3 1,96 02/04/09 3,19 21/05/09 62,75% SC
LPSB3 8,23 27/04/09 7,99 18/05/09 (2,91%) SC
PFRM3 6,81 08/04/09 7,97 21/05/09 17,03% SC
PLAS3 1,61 22/04/09 2,19 21/05/09 36,02% SC
TRIS3 3,13 30/04/09 2,99 18/05/09 (4,47%) SC
SEMANA ENCERRADA 22/05/09
NATU3 28,31 22/5/2009 25,99 29/5/2009 (8,19%) AD
SEMANA ENCERRADA 29/05/09
SBSP3 28,83 24/04/09 29,69 03/06/09 2,98% AD
CSAN3 15,13 06/05/09 15,29 05/06/09 1,05% AD
BISA3 2,58 15/04/09 3,59 27/05/09 39,14% SC
INPR3 2,13 27/04/09 2,49 03/06/09 16,90% SC
MPXE3 207,11 09/04/09 284,89 27/05/09 37,55% SC
MYPK3 11,61 (ED 9,95) 20/03/09 12,79 25/05/09 28,54% SC
TGMA3 5,91 10/03/09 8,09 27/05/09 36,88% SC

276
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


SEMANA ENCERRADA 05/06/09
BTOW3 37,63 18/05/09 37,97 05/06/09 0,90% AD
DÓLAR 2197,93 29/04/09 1917,79 05/06/09 9,43% AD
GOAU4 25,61 27/05/09 26,59 09/06/09 3,82% AD
DÓLAR 2142,22 08/08/09 1991,01 08/06/09 7,05% AI
CAFÉ 151,01 27/05/09 145,97 08/06/08 (3,33%) AI
MILHO 445,81 01/06/09 431,39 12/06/09 (3,23%) AI
AVIL3 0.61 04/05/09 0,66 09/06/09 8,19% SC
BEEF3 2,38 22/04/09 4,09 08/06/09 71,84% SC
BTOW3 31,71 24/04/09 37,89 08/06/09 19,48% SC
CCIM3 3,01 27/04/09 3,69 10/06/09 22,59% SC
DAYC4 7,13 20/05/09 7,07 08/06/09 (0,84%) SC
GLOB3 9,01 27/05/09 8,29 08/06/09 (7,99%) SC
OHLB3 15,81 08/05/09 18,39 10/06/09 16,31% SC
SEMANA ENCERRADA 12/06/09
BVMF3 (EJD 7,42) 02/04/09 11,19 15/06/09 50,50% AD
CESP6 16,41 29/04/09 17,29 15/06/09 5,36% AD
CSNA3 45,53 27/05/09 46,29 15/06/09 1,66% AD
GGBR4 19,41 27/05/09 20,79 15/06/09 7,10% AD
LREN3 19,11 16/04/09 21,89 15/06/09 14.54% ÀD
BBAS3 21,71 29/05/09 20,98 17/06/09 (3,40%) AD
DURA4 18,61 05/05/09 17,89 17/06/09 (3,86%) AD
PETR3 42,41 27/05/09 39,99 17/06/09 (5,70%) AD
PETR4 33,75 27/05/09 31,99 17/06/09 (5,21%) AD
USIM5 36,61 27/05/09 38,19 17/06/09 4,31% AD
SDIA4 4,26 04/05/09 4,69 18/06/09 10,09% AD
USIM5 36,31 20/05/09 38,25 17/06/09 5,34% AI
BVMF3 8,01 (EJD 7,42) 02/04/09 11,19 15/06/09 50,50% AI
CSNA3 45,23 20/05/09 46,19 15/06/09 2,12% AI
CSAN3 15,13 06/05/09 14,89 17/06/09 (1,58) AI
SOJA (CHIC) 1043,31 15/04/09 1180,69 19/06/09 13,18% AI
ABNB3 11,21 24/04/09 15,27 15/06/09 36,21% SC
CESP6 16,37 (EJ 16,32) 29/04/09 17,29 15/06/09 5,94% SC
EZTC3 3,65 12/05/09 4,59 17/06/09 25,75% SC
FJTA4 4,31 2/4/2009 5,39 17/6/2009 25,05% SC
FRAS4 2,51 16/4/2009 2,69 18/6/2009 7,17% SC
GSHP3 2,37 23/3/2009 3,79 17/6/2009 59,91% SC
IDNT3 2,81 25/5/2009 3,19 18/6/2009 13,52% SC
MYPK3 13,61 8/5/2009 14,09 15/6/2009 3,52% SC
PIBB11 76,83 27/5/2009 75,59 15/6/2009 (1,61%) SC
PRVI3 3,43 6/4/2009 5,59 16/6/2009 62,97% SC
ROMI3 8,21 19/5/2009 7,79 17/6/2009 (5,11%) SC
USIM3 34,81 27/5/2009 39,39 15/6/2009 13,15% SC
SEMANA ENCERRADA 19/06/09
USIM3 34,81 27/05/09 36,29 22/06/09 4,25% AD
VALE5 32,51 04/05/09 31,19 22/06/09 (4,06%) AI
ALLL11 13,11 15/06/09 11,89 22/06/09 (9,30%) AI
PETRÓLEO 58,29 07/05/09 69,79 22/06/09 19,72% AI
CNFB4 4,51 (EJ 3,82) 15/04/09 4,39 22/06/08 14,92% SC
COCE5 24,11 (ED 20,73) 03/04/09 20,73 22/06/09 12,83% SC
DUFB11 18,01 (ED 17,80) 17/04/09 23,39 26/06/09 31,40% SC
INEP4 18,31 19/05/09 24,99 22/06/09 36,48% SC

277
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


JFEN4 3,08 22/04/09 3,79 29/06/09 23,05% SC
PFRM3 8,81 25/05/09 10,29 24/06/09 16,79% SC
SLCE3 17,43 02/06/09 17,39 22/06/09 (0,22%) SC
TRIS3 3,61 10/06/09 3,79 25/06/09 4,98% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 03/07/09
GOLL4 7,47 14/04/09 10,79 06/07/09 44,44% AD
LOGN3 8,01 01/06/09 8,19 08/07/09 2,24% SC
ROMI3 8,21 19/05/09 8,79 07/07/09 7,06% SC
SEMANA ENCERRADA 10/07/09
USIM3 41,41 29/06/09 35,49 13/07/09 (14,29%) AD
USIM5 42,13 29/06/09 36,69 13/07/09 (12,91%) AD
CESP6 18,81 18/06/09 18,85 14/07/09 0,21% AD
ELPL6 33,21 17/06/09 33,09 14/07/09 (0,35%) AD
USIM5 42,21 29/06/09 36,69 13/07/09 (13,07%) SC
CESP6 18,77 18/06/09 19,59 14/07/09 4,36% SC
SEMANA ENCERRADA 17/07/09
TAMM4 23,01 15/07/09 23,19 28/07/09 0,52% AD
GOLL4 12,41 14/07/09 13,97 29/07/09 12,57% AD
AELP3 31,41 26/06/09 35,49 27/07/09 12,98% SC
HETA4 0,49 17/07/09 0,63 27/07/09 28,57% SC
HBOR3 6,38 07/07/09 7,67 27/07/09 20,21% SC
HGTX3 14,11 20/07/09 13,97 28/07/09 (0,99%) SC
IDVL4 7,41 15/07/09 6,89 29/07/09 (2,40%) SC
MPXE3 323,11 (EB 16,16) 17/07/09 15,29 27/07/09 (5,38%) SC
MYPK3 15,16 16/07/09 16,47 24/07/09 8,64% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 31/07/09
CSAN3 17,01 27/07/09 16,79 05/08/09 (1,29%) AD
DURA4 20,21 22/06/09 27,79 06/08/09 37,70% AD
BDLL4 103,00 10/07/09 116,61 06/08/09 (13,21%) SC
ESTR4 0,63 24/07/09 0,54 05/08/09 (14,28%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 07/08/09
DÓLAR 1942,89 16/07/09 1855,61 10/08/09 4,49% AD
ELET3 30,43 06/07/09 27,59 13/08/09 (9,33%) AD
CRUZ3 58,01 (ED 55,77) 08/07/09 59,12 13/08/09 6,00% AD
BTOW3 42,81 29/07/09 46,37 17/08/09 8,31% AD
BVMF3 12,81 12/08/09 11,69 17/08/09 (8,74%) AD
CSNA3 51,51 13/08/09 48,69 17/08/03 (5,47%) AD
GOLL4 15,41 07/08/09 17,99 17/08/09 16,74% AD
PIBB11 80,01 04/08/09 78,19 17/08/09 (2,27%) AD
SDIA4 5,26 06/07/09 5,19 17/08/09 (1,33%) AD
TAMM4 26,33 13/08/09 23,39 17/08/09 (11,16%) AD
TCSL4 4,33 04/08/09 3,97 17/08/09 (8,31%) AD
USIM3 42,34 (EJ a 42,16) 22/07/09 51,07 17/08/09 21,13% AD
ALLL11 13,31 04/08/09 12,99 17/08/09 (2,40%) AD
BBRK3 3,55 13/07/09 4,97 10/08/09 40,00% SC
BEEF3 4,61 30/07/09 4,59 17/08/09 (0,43%) SC
BOVA11 55,01 03/08/09 54,89 17/08/09 (0,21%) SC
BOVA11 55,01 03/08/09 54,89 17/08/09 (0,21%) SC
BTOW3 42,81 29/07/09 46,29 17/08/09 8,12% SC
CCIM3 4,21 06/07/09 5,59 14/08/09 32,77% SC
COCE5 24,11 29/06/09 25,19 14/08/09 4,47% SC
CRUZ3 57,21 (ED 55,00) 03/06/09 61,89 10/08/09 12,52% SC

278
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


DAYC4 7,61 22/06/09 7,49 17/08/09 (1,57%) SC
EVEN3 4,01 03/07/09 5,49 13/08/09 36,90% SC
FJTA4 6,11 30/07/09 6,49 14/08/09 6,21% SC
GPIV11 8,73 03/08/09 8,39 17/08/09 (3,89%) SC
GUAR3 28,01 30/06/09 36,79 17/08/09 31,34% SC
IDNT3 3,71 06/08/09 3,29 17/08/09 (11,32%) SC
IDVL3 7,41 06/08/09 6,79 17/08/09 (8,36%) SC
INPR3 3,33 29/07/09 3,09 13/08/09 (7,30%) SC
JHSF3 2,47 03/07/09 3,04 11/08/09 23,07% SC
JFEN4 4,11 08/07/09 4,79 17/08/09 16,54% SC
LPSB3 9,51 16/06/09 13,57 17/08/09 42,69% SC
MAGG3 8,91 (ES a 8,53) 20/07/09 11,59 14/08/09 30,07% SC
MPXE3 16,73 03/08/09 15,59 17/08/09 (6,81%) SC
PTBL3 1,29 12/08/09 1,16 21/08/09 (10,07%) SC
RAPT4 9,81 07/07/09 11,79 12/08/09 20,18% SC
STBP11 10,91 24/06/09 11,89 12/08/09 8,98% SC
SUZB5 17,33 31/07/09 17,19 14/08/09 (0,80%) SC
TRIS3 4,51 14/07/09 4,79 12/08/09 6,20% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 21/08/09
ACGU3 4,81 22/07/09 5,37 25/08/09 11,64% SC
GSHP3 4,83 30/07/09 5,59 24/08/09 15,73% SC
SGPS3 4,17 30/07/09 4,19 24/08/09 0,47% SC
USIM3 41,41 29/06/09 46,29 28/08/09 11,78% SC
SEMANA ENCERRADA 28/08/09
AMBV4 139,51 25/08/09 139,59 31/08/09 0,05% AD
RSID3 9,01 10/07/09 12,09 31/08/09 34,18% AD
USIM5 43,51 (EJ a 43,31) 30/07/09 45,19 31/08/09 4,34% AD
ALLL11 13,91 25/08/09 12,79 02/09/09 (8,05%) AD
GGBR4 23,51 14/08/09 21,29 02/09/09 (9,44%) AD
GOAU4 29,31 14/08/09 26,49 02/09/09 (9,62%) AD
ALLL11 13,66 10/08/09 12,69 02/09/09 (7,10%) SC
ARCZ6 4,01 25/08/09 3,89 01/09/09 (2,99%) SC
BISA3 4,07 02/06/09 7,09 02/09/09 74,20% SC
BVMF3 12,82 (EJD 12,72) 12/08/09 11,49 01/09/09 (9,66%) SC
GPIV11 10,01 25/08/09 9,49 02/09/09 (5,19%) SC
HYPE3 25,51 24/06/09 28,69 02/09/09 12,46% SC
KROT11 16,01 30/07/09 16,99 02/09/09 6,12% SC
RSID3 9,01 10/07/09 12,09 31/08/09 34,18% SC
SFSA4 4,92 10/07/09 5,09 03/09/09 3,45% SC
TEND3 4,13 13/07/09 4,97 01/09/09 20,33% SC
TGMA3 8,81 08/07/09 10,69 02/09/09 21.33% SC
TOTS3 75,01 03/08/09 80,69 31/08/09 7,57% SC
BVMF3 12,82 (EJD 12,72) 12/08/09 11,37 01/09/09 (10,61%) AI
ALLL11 13,31 04/08/09 12,79 02/09/09 (3,90%) AI
GGBR4 23,01 14/08/09 21,29 02/09/09 (7,47%) AI
SEMANA ENCERRADA 04/09/09
PETRÓLEO 1868,11 (1877,00) 17/08/09 1825,39 09/09/.09 (2,74%) AD
USIM5 43,51 (EJ a 43,31) 30/07/09 45,09 31/08/09 4,10% AI
SEMANA ENCERRADA 11/09/09
ENGI4 11,03 11/08/09 10,27 15/09/09 (6,89%) SC
SEMANA ENCERRADA 11/09/09
ENGI4 11,03 11/08/09 10,27 15/09/09 (6,89%) SC

279
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


SEMANA ENCERRADA 18/09/09
CSNA3 51,61 24/08/09 53,59 23/09/09 3,83% AD
CYRE3 16,21 16/07/09 23,19 24/09/09 43,05% AD
CSAN3 18,11 10/08/09 19,19 25/09/09 5,96% AD
AGIN3 2,51 16/06/09 5,19 23/09/09 106,77% SC
BBRK3 5,53 04/09/09 5,99 23/09/09 8,37% SC
CSAN3 16,91 27/07/09 19,19 25/09/09 13,38% SC
CTAX4 57,21 15/07/09 77,97 24/09/09 36,28% SC
DROG3 22,01 08/09/09 21,99 23/09/09 (0,09%) SC
DURA4 20,21 22/06/09 27,49 24/09/09 36,02% SC
MYPK3 17,31 27/07/09 21,89 24/09/09 26,45% SC
SULA11 33,51 03/08/09 38,39 22/09/09 14,56% SC
TAMM4 26,33 13/09/09 23,19 24/09/09 (11,92%) SC
SEMANA ENCERRADA 25/09/09
BRTP3 26,08 31/08/09 31,89 29/09/09 22,27% AD
BRAP4 31,81 16/09/09 31,39 01/10/09 (1,32%) AD
RSID3 13,71 16/09/09 13,79 01/10/09 0,58% AD
VALE5 34,81 05/09/09 35,79 01/10/09 2,81% AD
VCPA3 29,41 20/08/09 28,09 01/10/09 (4,48%) AD
ARCZ6 4,01 25/06/09 3,79 02/10/09 (5,48%) AD
CESP6 20,81 08/09/09 21,39 02/10/09 2,78% AD
KLBN4 4,11 10/09/09 3,99 02/10/09 (2,91%) AD
CSAN3 16,91 27/07/09 18,69 02/10/09 10,52% AI
ABYA3 3,01 (ES a 2,40) 05/06/09 4,39 02/10/09 82,91% SC
ARCZ6 4,15 23/09/09 3,79 02/10/09 (8,67%) SC
AVIL3 0,77 31/07/09 0,89 30/09/09 15,58% SC
BRTP3 26,01 31/07/09 31,97 30/09/09 22,91% SC
CESP6 21,39 08/09/09 21,78 02/10/09 2,78% SC
HBOR3 8,01 20/07/09 10,09 29/09/09 25,96% SC
IDNT3 4,01 11/09/09 3,79 01/10/09 (5,48%) SC
INEP4 30,11 17/09/09 31,39 29/09/09 4,25% SC
JHSF3 3,36 27/08/09 3,77 02/10/09 12,20% SC
KLBN4 4,31 21/09/09 3,99 02/10/09 (7,42%) SC
KSSA3 3,41 24/07/09 4,89 02/10/09 43,40% SC
LOCN3 8,81 09/09/09 8,89 01/10/09 0,90% SC
MEDI3 9,53 12/08/09 10,49 02/10/09 12,79% SC
RSID3 13,71 16/09/09 13,79 01/10/09 0.58% SC
STBP11 13,43 17/09/09 13,89 30/09/09 3,42% SC
SEMANA ENCERRADA 02/10/09
GOLL4 19,61 18/08/09 17,29 08/10/09 (11,83%) AD
CARD3 5,18 25/08/09 5,79 09/10/09 11,77% SC
PFRM3 11,33 16/07/09 15,09 05/10/09 33,18% SC
SEMANA ENCERRADA 09/10/09
BVMF3 13,01 28/09/09 13,59 16/10/09 4,45% AD
BRAP4 33,61 08/10/09 36,49 08/10/09 8,56% AD
CPLE6 33,51 19/01/00 31,97 20/10/09 (4,59%) AD
GGBR4 23,53 16/10/09 28,69 20/10/09 21,92% AD
GOAU4 29,41 16/10/09 36,19 20/10/09 23,05% AD
ITSA4 10,41 29/09/09 10,69 20/10/09 2,68% AD
NATU3 29,11 12/08/09 32,19 20/10/09 10,58% AD
TRPL4 51,11 02/10/09 50,39 20/10/09 (1,40%) AD
USIM5 50,21 13/10/09 51,59 20/10/09 2,74% AD

280
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


ALLL11 14,13 30/09/09 12,69 21/10/09 (10,19%) AD
BVMF3 12,91 28/09/09 12,49 20/10/09 (3,35%) AI
ALLL11 14,11 (ES a 13,88) 30/09/09 12,79 22/10/09 (7,85%) SC
BRKM3 7,41 03/08/09 11,59 20/10/09 56,41% SC
BRSR6 11,83 08/10/09 10,49 14/10/09 (11,32%) SC
EQTL11 17,71 09/09/09 16,89 20/10/09 (4,63%) SC
FHER3 7,73 25/06/09 11,29 20/10/09 46,05% SC
GSHP3 6,31 08/09/09 6,79 20/10/09 7,60% SC
HYPE3 32,71 14/09/09 34,49 22/10/09 5,44% SC
INPR3 3,81 21/09/09 3,89 20/10/09 2,09% SC
PMAM3 3,85 29/07/09 7,19 15/10/09 86,75% SC
PRBC4 4,31 (EJ a 4,19) 24/03/09 9,39 13/10/09 124,10% SC
SFSA3 5,83 22/09/09 5,89 20/10/09 1,02% SC
TPIS3 3,21 23/07/09 5,59 20/10/09 74,14% SC
TRIS3 5,23 13/10/09 5,19 20/10/09 (0,76%) SC
QUINZENA ENCERRADA EM 23/10/09
BBAS3 30,31 29/09/09 29,59 27/10/09 (2,37%) AD
BRTP3 33,31 05/10/09 32,89 27/10/09 (1,26%) AD
CSNA3 55,83 06/10/09 59,97 27/10/09 7,41% AD
KLBN4 4,43 08/10/09 4,39 27/10/09 (0,90%) AD
VALE3 41,41 (EJ a 40,95) 22/09/09 44,69 27/10/09 9,13% AD
AMBV4 143,31 16/09/09 159,39 28/10/09 11,22% AD
ITUB4 37,41 23/10/09 34,77 28/10/09 (7,05%) AD
PETR4 35,11 30/09/09 35,89 28/10/09 2,22% AD
VALE5 37,53 (EJ a 37,06) 06/10/09 39,59 28/10/09 6,82% AD
PETRÓLEO 1825,39 09/09/09 1771,61 28/10/09 2,94% AD
PETR4 35,11 (EJ a 34,90) 30/09/09 35,97 27/10/09 3,06% AI
USIM5 50,16 13/10/09 50,49 26/10/09 0,65% AI
VALE5 34,81 15/09/09 39,59 28/10/09 13,73% AI
CSNA3 51,51 13/08/09 59,89 27/10/09 16,26% AI
ITSA4 10,5 29/09/09 10,39 28/10/09 (1,04%) AI
GGBR4 23,53 16/09/09 27,97 27/10/09 18,86% AI
FUTBOV 60065 14/09/09 64690 27/10/09 7,69% AI
PETRÓLEO 77,75 15/10/09 78,29 28/10/09 0,95% AI
DÓLAR 1833,55 09/10/09 1771,61 28/10/09 3,37% AI
MILHO 375,31 12/10/09 368,69 28/10/09 (1,76%) AI
ABYA3 5,01 15/10/09 4,39 28/10/09 (23,75%) SC
BBRK3 6,83 19/10/09 6,29 28/10/09 (7,98%) SC
BOVA11 57,01 21/08/09 63,39 27/10/09 11,19% SC
BPNM4 3,78 13/04/09 6,69 28/10/09 76,98% SC
BRAP3 29,23 08/09/09 36,69 27/10/09 25,52% SC
BRTP3 33,31 05/10/09 32,89 27/10/09 (1,26%) SC
COCE5 26,17 11/09/09 28,29 30/10/09 8,10% SC
CRIV3 4,31 29/09/09 4,09 29/10/09 (5,10%) SC
CZRS4 6,11 10/08/09 9,89 28/10/09 61,86% SC
EVEN3 6,19 21/08/09 6,29 26/10/09 1,61% SC
FESA4 8,71 22/07/09 12,79 27/10/09 46,84% SC
FRIO3 4,53 22/07/09 10,29 27/10/09 127,15% SC
GETI4 21,11 (ED a 20,56) 16/07/09 19,89 28/10/09 (3,25%) SC
GGBR3 17,41 04/08/09 21,39 27/10/09 22,86% SC
GPIV11 10,53 15/09/09 9,39 27/10/09 (10,83%) SC
JHSF3 4,17 14/10/09 3,79 26/10/09 (9,11%) SC

281
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


KSSA3 5,51 15/10/09 5,29 26/10/09 (3,99%) SC
LEVE4 21,53 10/08/09 21,97 28/10/09 2,04% SC
LPSB3 15,63 04/09/09 18,89 27/10/09 20,86% SC
MAGG3 12,21 08/10/09 11,79 28/10/09 (3,43%) SC
MGEL4 7,51 03/09/09 11,99 26/10/09 59,65% SC
MMXM3 8,31 05/08/09 11,56 28/10/09 41,88% SC
MPXE3 18,31 03/09/09 22,89 28/10/09 25,01% SC
PINE4 11,23 07/10/09 10,69 27/10/09 (4,80%) SC
SEBB11 16,01 14/09/09 17,59 27/10/09 9,87% SC
SGPS3 4,73 23/09/09 4,79 28/10/09 1,27% SC
SHUL4 14,11 04/08/09 20,49 27/10/09 33,88% SC
SUZB5 18,31 20/08/09 16,97 26/10/09 (7,31%) SC
TOTS3 89,01 18/09/09 88,79 28/10/09 (0,24%) SC
UNIP6 0,88 24/07/09 1,07 28/10/09 21,59% SC
SEMANA ENCERRADA 30/10/09
VCPA5 50,01 02/10/09 52,97 28/10/09 5,91% AD
SEMANA ENCERRADA 06/11/09
DÓLAR 1771,61 (1782,33) 09/09/09 1715,39 09/11/09 (3,75%) AD
JBSS3 10,41 04/11/09 9,97 12/11/09 (4,22%) AD
UGPA4 81,31 04/11/09 79,97 12/11/09 (1,84%) AD
DROG3 23,13 16/10/09 23,89 12/11/09 3,28% SC
KROT11 18,53 14/10/09 18,89 10/11/09 1,94% SC
SEMANA ENCERRADA 13/11/09
POSI3 13,71 31/07/09 19,09 19/11/09 30,24% SC
SEMANA ENCERRADA 20/11/09
AMBV4 14,01 04/11/09 164,97 26/11/09 (1,51%) AD
DÓLAR 1715,39 09/11/09 1749,61 26/11/09 (1,98%) AD
CSAN3 21,61 16/11/09 19,79 24/11/09 (8,42%) AI
DÖLAR 1712,69 09/11/09 1749,61 26/11/09 (2,15%) AI
BOI 74,3 17/11/09 75,21 23/11/09 (1,22%) AI
CCIM3 6,23 15/10/09 5,29 27/11/09 (15,08%) SC
FRAS4 3,07 14/07/09 4,09 23/11/09 33,22% SC
FRIO3 12,41 05/11/09 11,19 27/11/09 (9,83%) SC
SEMANA ENCERRADA 27/11/09
ALLL11 14,01 04/11/09 15,09 04/12/09 7,70% AD
PETR3 44,31 18/11/09 42,29 08/12/09 (4,55%) AD
DAYC4 8,21 08/09/09 8,67 01/12/09 5,60% SC
GUAR3 42,23 04/11/09 53,89 03/12/09 27,61% SC
MAGG3 13,73 04/11/09 13,39 04/12/09 (2,47%) SC
QUINZENA ENCERRADA 27/11/09
GOLL4 21,41 16/11/09 26,19 15/12/09 22,32% AD
CCRO3 38,31 01/12/09 37,79 16/12/09 (1,35%) AD
ELET6 30,01 08/12/09 30,19 17/12/09 0,59% AD
ITSA4 11,21 11/11/09 11,49 17/12/09 2,49% AD
ITUB4 37,71 10/11/09 38,89 17/12/09 3,12% AD
VIVO4 50,51 11/11/09 51,89 18/12/09 2,73% AD
PETR4 38,01 17/11/09 36,69 18/12/09 (3,47%) AI
TNLP4 35,41 04/11/09 36,69 18/12/09 3,61% AI
ITUB4 37,71 10/11/09 38,89 17/12/09 3,12% AI
CMIG4 32,42 03/12/09 31,89 16/12/09 (1,63%) AI
BOVA11 69,31 14/12/09 66,59 17/12/09 (3,92%) SC
EVEN3 7,43 27/11/09 8,19 16/12/09 10,22% SC

282
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


INEP4 4,40 13/10/09 6,09 17/12/09 38,40% SC
TEND3 5,61 16/10/09 5,39 17/12/09 (4,09%) SC
SEMANA ENCERRADA 18/12/09
CMIG4 32,42 02/12/09 29,97 23/12/09 (7,55%) AD
AGEN11 1,05 20/10/09 1,99 21/12/09 89,52% SC
SEMANA ENCERRADA 23/12/09
CAFÉ 163,71 16/10/09 171,89 28/12/09 4,87% AI
SEMANA ENCERRADA 30/12/09

283
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

REGISTRO DAS OPERAÇÕES ENCERRADAS ATÉ A SEMANA DE 06/08/10

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


NATU3 34,13 23/11/09 35,97 08/01/10 5,39% AD
SEMANA ENCERRADA EM 08/01/10
PCAR5 56,41 06/11/09 63,79 11/01/10 13,08% AD
KLBN4 5,01 02/12/09 5,19 15/01/10 3,59% AD
ELET6 28,45 02/12/09 31,39 15/01/10 10,33% AI
CARD3 6,51 10/11/09 8,79 12/01/10 35,02% SC
STBP11 15,01 27/11/09 17,29 12/01/10 15,18% SC
SEMANA ENCERRADA EM 15/01/10
AMBV4 176,71 04/01/10 179,49 20/01/10 1,40% AD
CSAN3 21,91 02/12/09 22,69 20/01/10 3,56% AD
GOLL4 28,01 08/01/10 25,39 21/01/10 (9,35%) AD
OGXP3 18,61 11/01/01 17,39 21/01/10 (6,55%) AD
CCRO3 41,11 06/01/10 40,69 22/01/10 (1,02%) AD
PCAR5 66,01 13/01/10 62,49 27/01/10 (5,33%) AD
AMBV3 146,73 22/12/09 150,89 29/01/10 2,83% SC
BOBR4 6,31 20/07/09 9,29 26/01/10 47,22% SC
CTAX4 81,83 (EGD 20,44) 08/10/09 23,48 26/01/10 14.87% SC
DAYC4 9,81 04/01/10 9,97 27/01/10 1,63% SC
DROG3 27,23 15/12/09 26,49 27/01/10 (2,71%) SC
INEP4 7,51 07/01/10 7,69 22/01/10 2,39% SC
LEVE4 21,53 10/08/09 24,29 21/01/10 12,81% SC
MAGG3 14,91 04/01/10 15,09 20/01/10 1,20% SC
PCAR5 64,41 29/12/09 62,39 27/01/10 (3,13%) SC
POSI3 21,41 10/12/09 20,39 20/01/10 (4,76%) SC
CSAN3 22,73 14/12/09 22,73 20/01/10 (0,17%) SC
ITSA4 12,23 04/01/10 11,29 20/01/10 (7,68%) SC
QUINZENA ENCERRADA EM 29/01/10
AÇÚCAR 29,31 21/01/10 27,99 04/02/01 (4,50%) AI
BEMA3 9,33 28/01/10 8,69 05/02/10 (6,85%) SC
CCIM3 6,71 11/01/10 5,39 05/02/10 (19,67%) SC
GSHP3 8,01 10/11/09 9,69 05/02/10 20,97% SC
KROT11 20,31 14/01/10 18,79 01/02/10 (7,48%) SC
MILK11 0,76 16/12/09 2,29 04/02/10 201,31% SC
PRVI3 6,41 05/11/09 7,59 05/02/10 18,40% SC
TRIS3 6,11 23/12/09 6,39 04/02/10 4,58% SC
QUINZENA ENCERRADA EM 12/02/10
CPLE6 34,41 18/11/09 36,39 25/02/10 5,75% AD
CPFE3 38,41 17/02/10 36,79 25/02/10 (4,21%) AD
QUINZENA ENCERRADA EM 26/02/10
BOI 75,01 22/12/10 77,09 02/03/10 2,77% AI
BBRK3 8,21 01/02/10 7,99 04/03/10 (2,67%) SC
HAGA4 3,76 10/02/10 3,79 04/03/10 0,79% SC
SEMANA ENCERRADA EM 05/03/10
MMXM3 14,11 (ES a 11,44) 13/01/10 13,39 15/03/10 17,04% SC
PMAM3 8,21 25/02/10 7,49 15/03/10 (8,76%) SC
QUINZENA ENCERRADA EM 19/03/10
BBRK3 9,01 09/03/10 8,29 25/03/10 (11,90%) SC
SGPS3 5,87 18/02/10 5,69 25/03/10 (3,06%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 26/03/10
UGPA4 85,81 09/03/10 82,79 13/04/10 (3,51%) AD
ITUB4 40,06 08/04/10 38,19 15/04/10 (4,66%) AD

284
Capítulo X: Estratégias operacionais sugeridas

ATIVO COMPRA VENDA DATA ESTOPE DATA VARIAÇÃO ORIGEM


ITUB4 40,11 08/04/10 38,97 16/04/10 (2,84%) AI
PFRM3 18,71 12/03/10 17,99 08/04/10 (3,84%) SC
USIM3 56,11 09/03/10 60,49 07/04/10 7,80% SC
TERCEIRA SEMANA ENCERRADA EM 16/04/10
ITSA4 12,31 01/04/10 11,97 19/04/10 (2,76%) AI
PETRÓLEO 86,01 05/04/10 83,97 19/04/10 (2,37%) AI
SEMANA ENCERRADA EM 23/04/10
USIM5 54,01 (ED a 53,85) 05/03/10 55,19 03/05/10 2,48% AI
ITSA4 12,31 01/04/10 11,39 06/05/10 (7,47%) AI
PERÍODO ENCERRADO EM 28/05/10
SANB11 18,39 02/06/10 19,71 11/06/10 (7,17%) SC
PERÍODO ENCERRADO EM 18/06/10
TOTS3 134,11 11/06/10 132,39 21/06/10 (1,28%) SC
CPFE3 38,01 07/06/10 39,19 23/06/10 3,10% AD
SEMANA ENCERRADA EM 25/06/10
CRUZ3 67,21 26/04/10 67,97 29/06/10 1,13% AD
AMBV4 185,71 21/06/10 183,39 30/06/10 (1,24%) AD
NATU3 38,21 10/05/10 39,69 01/07/10 3,87% AD
AMBV3 159,21 16/06/10 158,69 30/06/10 (0,32%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 02/07/10
MILHO 354,00 28/06/10 386,81 06/07/10 (9,26%) AI
MARI3 18,01 31/05/10 19,97 05/07/10 8,82% SC
MILK11 1,11 31/05/10 0,83 06/07/10 (25,22%) SC
SEMANA ENCERRADA EM 08/07/10
DROG3 30,81 04/06/10 33,69 16/07/10 9,34% SC
SEMANA ENCERRADA EM 16/07/10
RPMG4 1,12 (ES a 0,36) 28/06/10 0,69 20/07/10 91,66% SC
SEMANA ENCERRADA EM 23/07/10
SEMANA ENCERRADA EM 30/07/10
AMBV4 190,31 29/07/10 185,99 02/08/10 (2,26%) AD
CRUZ3 70,71 14/07/10 76,59 06/08/10 8,31% AD
LREN3 43,01 30/04/10 53,09 06/08/10 23,43% AD
SUGAR 15,62 10/06/10 18,19 04/08/10 16,45% AI
AMBV4 191,11 02/08/10 186,09 02/08/10 (2,62) SC
SEMANA ENCERRADA EM 06/08/10

285
Epílogo

Epílogo

Não fosse a reportagem publicada numa revista de negócios de grande circulação no final de 2008
este livro teria terminado na página anterior. Mas, por obra do acaso, a mencionada reportagem, que
comentarei a seguir, foi mais do que eu poderia desejar para concluir este livro: trata-se de um caso
exemplar do que acho que não deve ser feito na administração de uma carteira de ações.

Com uma chamada provocante, a reportagem da revista iniciava-se assim:

Um empresário e grande investidor (daqui em diante Mr. X) viu 600 milhões de reais em ações
desaparecerem. Sua empresa, a Mega Trend, passa por dificuldades. Medo? Pânico? Que nada!
Mr. X, em seu escritório: a frustração é não ter mais dinheiro para investir

Qualquer investidor que declarasse, depois de ver a sua carteira de ações sofrer uma desvalorização
de cerca de 50%, “estar frustrado por não ter mais dinheiro para investir” seria assustador. Seria o
que tecnicamente falando se conhece por fazer “mérdia” para baixo, isto é, adicionar dinheiro bom em
dinheiro ruim, torcendo para que numa eventual recuperação do mercado a recuperação das perdas
ocorra de forma mais rápida. Em 1971, quebrei em seis meses fazendo algo parecido três vezes
seguidas a cada dois meses. É uma operação típica de quem não sabe o que está fazendo.

Por sorte certamente, não por juízo, segundo reportagem publicada algum tempo depois, parece que Mr.
X recuperou boa parte das perdas. Levando em consideração que o investidor simplesmente comprou
mais por achar que os papéis estavam muito baratos, vejamos o que poderia ter acontecido se, em vez
de comprar depois da bolsa ter caído cerca de 2/3 do que havia subido em 2008, tivesse feito o mesmo
em 1971, baseado no mesmo argumento.

O capital velho de um bilhão e seiscentos no topo de 1971 mantido até 1981 teria se transformado
em 112 milhões, uma desvalorização de 93%. E o dinheiro novo (o da mérdia), teria sofrido uma
desvalorização de 81%.

287
Epílogo

Nas últimas duas décadas, Mr. X, construiu o que pode se chamar de uma história de sucesso. Nascido
numa família de agricultores, trabalhou como representante comercial até criar a Mega Trend, em
1988. A empresa fatura hoje 1,4 bilhão de reais e é líder de mercado. Uma década depois da criação
de seu negócio, em 1998, Mr. X decidiu entrar no mercado de ações aplicando recursos próprios na
bolsa. Em seu melhor momento, chegou a multiplicar por 7 os 200 milhões de reais que investiu no
período, transformando-se num dos maiores investidores individuais da Bovespa.

Quando lemos que alguém aplicou 200 milhões e o multiplicou por sete na década seguinte não há
como não ficar impressionado com as cifras. O ser humano comum não está acostumado a mexer com
esses valores e acaba se deixando ofuscar por eles. Todavia, se considerar que no mesmo período o
índice Bovespa saiu de 4.575 para 73.920 pontos, multiplicando por dezesseis um investimento apenas
no índice, pode-se dizer que o seu resultado ficou muito aquém do que poderia ter sido.

Tudo parecia bem até 15 de setembro de 2008, quando eclodiu a crise financeira que derrubou os
mercados do mundo inteiro. Em pouco mais de um mês, Mr. X perdeu nada menos que 600 milhões
de reais, dinheiro suficiente para deixar qualquer ser humano prostrado. Mas ele continua otimista.
“Prefiro pensar que não perdi nada porque não vendi nada. As ações vão subir”, disse Mr. X à revista
em seu escritório, instalado dentro da corretora XYZ, responsável pela carteira. “Mas é claro que eu
adoraria ter vendido todas um dia antes da queda.”

Em meados de 2008, a grande maioria dos fundamentalistas não podia imaginar e nem acreditar que,
no momento em que o Brasil estava sendo alçado à categoria de Grau de Investimento pelas principais
agências de risco internacionais, o mercado estivesse em vias de deixar um topo para trás e entrar
numa forte tendência de baixa. Em entrevistas concedidas ao Valor Econômico em junho e julho de
2008 eu havia levantado a possibilidade do índice voltar para a casa dos 30.000 pontos, já que nos
quatro ciclos de alta anteriores ocorridos de 1990 para cá, a média das correções foi de 63%. Quando o
chefe da equipe de research da empresa onde eu trabalhava soube da reportagem publicada no jornal
Valor Econômico ficou possesso e saiu dando explicações aos clientes da corretora de que aquela era
apenas a opinião de um analista técnico da qual ele discordava totalmente.

Já tinha visto este filme em 1971. Quando você passa cinco, seis, sete anos vendo o seu patrimônio
crescer ano após ano, chega um momento em que você começa a se achar o rei Midas e não dá ouvido
a ninguém, porque os que falam provavelmente não tiveram o mesmo sucesso e você se acha melhor
do que eles. Lembro-me de um banqueiro brasileiro que vivia na Suíça e era um grande amigo do meu
pai. Numa das suas vindas ao Brasil no início de 1971 saímos para jantar e sabedor do meu sucesso
através do meu pai, macaco velho que era, aconselhou-me a vender pelo menos a metade da minha
posição bursátil.

Argumentei que achava que ele estava enganado. Delfim Neto, na época Ministro da Fazenda,
proclamava aos quatro ventos que o Brasil estava no ano do “Milagre Econômico” e achava que não
fazia nenhum sentido reduzir a minha exposição. Achava que ainda tinha muita coisa boa para acontecer
e não fazia sentido esperar por uma queda da bolsa.

Conheci muitos empresários bem-sucedidos que acharam que teriam o mesmo sucesso no mercado
de ações. A grande maioria acabou desistindo e voltou a fazer o que realmente sabia. Ser um grande
empresário não torna ninguém um expert no jogo do mercado. Se fosse assim, todos os grandes
empresários deveriam ser grandes administradores de risco variável, mas não são! Muitos provavelmente,
assim como eu, ganharam sem saber como e depois perderam sem saber como!

288
Epílogo

Mr. X é um fundamentalista da bolsa de valores, aquele tipo de investidor que, depois de convertido ao
mercado acionário, simplesmente o transforma numa profissão de fé. Desde que deixou o comando da
Mega Trend, no início do ano, passa a maior parte do tempo no amplo espaço composto de três salas na
XYZ. Esse arranjo foi idéia dos donos da corretora, um sinal de deferência pelo tamanho de sua carteira
de ações. Mesmo com o tombo dos últimos tempos, o portfólio de Mr. X está hoje em torno de 700
milhões de reais, e é parte de um fundo ainda maior que ele tem, com outros 15 investidores - a quem
chama de confrades. Quando está em sua sala na corretora, o que acontece de segunda a sexta, desde de
manhã até bem depois que os mercados fecham, Mr. X acompanha as oscilações de seus investimentos
em um monitor de 26 polegadas. Ao fim do pregão, o mesmo ritual: um dos operadores lhe entrega um
boletim com o saldo do dia. Por enquanto, seu desempenho tem sido melhor do que o da bolsa - seu
fundo perdeu 46% no ano, ante os 54% do Ibovespa. Apesar do mais de meio bilhão de reais perdido, o
empresário-investidor vem desenvolvendo uma estratégia ainda mais agressiva nestes tempos de crise.
A idéia é usar tudo o que for pago em dividendos das empresas da carteira - algo como 100 milhões de
reais por ano - para comprar o que estiver na bacia das almas. Para ele, os papéis de Vale, Usiminas e
Randon estão “de graça”. “Triste não é a queda da bolsa, é não ter mais dinheiro para investir. Sinto-
me como Imelda Marcos numa loja de sapatos”, diz, referindo-se à mulher do ex-ditador das Filipinas
Ferdinand Marcos, famosa por sua coleção de 3.000 pares de sapatos.

Para não deixar passar em branco vejamos o que teria acontecido até hoje (16/07/10) se um investidor
tivesse comprado o que estava na “bacia das almas”:

• Vale PNA saiu de 19,48 em 27/12/08 até 37,52 no fechamento de ontem (16/07/10), uma
valorização de 92% em 19 meses.

• Usiminas PNA saiu de 17,37 em 21/11/08 até 47,29 no fechamento de ontem (16/07/10), uma
valorização de 172% em 20 meses.

• Randon PNA saiu de 3,08 em 28/10/08 até 11,79 no fechamento de ontem (16/07/10), uma
valorização de 282% em 19 meses.

Na média uma valorização no período em torno de 182%. Vamos guardar este número para futura
comparação.

A percepção de que um preço está caro ou barato é uma avaliação fundamentalista. Acredito que eles
não desconfiam que se o ciclo do mercado for de baixa aquilo que pelas suas análises possa estar
barato poderá ficar ainda muito mais barato ou vice-versa. Lembre-se, nenhum preço está tão baixo
que não possa ficar mais baixo nem tão alto que não possa ficar mais alto!

No início de 2000, depois de dois anos de construção recebi as chaves de um apartamento que havia
comprado na planta como investimento e logo depois o vendi por cerca de U$70.000,00. Durante algum
tempo fiquei com o dinheiro parado. Um dia, observando o gráfico da Sharp PN verifiquei que em outubro
de 1986, no topo do plano Cruzado, ela chegou a valer algo em torno de U$65,00 e naquele dia estava
sendo negociada a centavos porque estava em concordata. Imediatamente me ocorreu que sendo
uma tradicional empresa estrangeira, provavelmente os japoneses não deixariam que ela quebrasse e
comprometesse o bom nome da marca. Decidi, então, fazer uma aposta de risco e apliquei toda a grana,
pagando cinco centavos por ação. Passados dois anos foi decretada a falência da empresa e alguns dias
depois a posição não constava mais da minha custódia na Bovespa. As ações literalmente viraram pó,
não deu nem para pegar uma cautela e fazer um quadrinho para decorar o meu escritório!

É possível que o exemplo acima seja muito radical, mas veja o exemplo da GM (General Motors).
Durante a segunda metade do século XX ela foi a principal ação do índice Dow Jones, algo como
Petrobrás ou Vale do Rio Doce na composição do índice Bovespa. Alguns analistas afirmavam que não
haveria mercado de alta se ela também não estivesse em alta. Muito bem, no final da crise dos anos
70, quando fábricas de automóveis estavam sendo fechadas e muitos operários sendo despedidos na
maior crise da indústria automobilística até então, ela tinha caído de um topo histórico de U$37,27 em

289
Epílogo

outubro de 1965 para U$9,80 em dezembro de 1974, uma correção de 73,70%, historicamente a maior
de todas. Depois engrenou uma longa tendência de alta onde entre idas e vindas, depois de registrar um
novo topo histórico de U$94,63 em abril de 2000 iniciou uma forte correção nos anos seguintes, chegando
a U$17,47 em março de 2008, uma correção de 81,53%. Nessa altura, a análise do seu volume mostrava
uma forte acumulação iniciada a partir de dezembro de 2005 que sugeria uma recuperação do preço. Se
alguém achasse que o preço tinha ficado muito barato (e como pode ver pelo forte crescimento do volume
foram muitos) era um bom local para entrar na ponta de compra. O final todo mundo conhece: antes de
fechar o capital as ações foram adquiridas numa oferta pública por um pouco menos de um dólar cada.

No outro extremo, durante o ciclo de alta das ações de tecnologia na NASDAQ, recordo de ter lido
em várias oportunidades comentários sobre o nível do P/L que as ações estavam sendo negociadas.
Quando o P/L médio estava por volta de 50 (acima de 20 já começa a ficar exagerado) os analistas de
forma unânime começaram a proclamar uma correção iminente. Decorridos alguns meses, a média
subiu para 100 e eles continuavam clamando. Depois passou para 150, em seguida para 200 e quase
dois ou três anos após o início a tão decantada correção começou. Durante esse tempo a maioria das
ações muito mais que dobrou ou triplicou de preço. O que conta não é o que comprar ou vender, mas
quando comprar ou vender!

Com quase uma década de bolsa de valores, Mr. X desenvolveu uma cartilha bem própria para definir
que papéis comprar e o melhor momento para fazê-lo. Entre suas regras peculiares, está manter
distância de IPOs. “Para mim, o que chegou à bolsa é lixo.” Não compra Petrobras (“a empresa é
muito emperrada”) e também tem horror a cadeias varejistas e companhias aéreas. “Se não estão
quebradas, quebrarão um dia”, diz.

No meu ponto de vista um investidor não deve ter este tipo de preconceito porque no fundo todas
as empresas são fichas, apenas nomes para mexer com o imaginário das pessoas. Veja o que teria
acontecido se um investidor tivesse montado uma carteira somente com ações de varejo logo após a
grande queda do mercado:

• Lojas Renner saiu de 11,43 em 05/12/08 50,50 até o fechamento de ontem (16/07/10), uma
valorização de 341% em 19 meses.
• Lojas Marisa saiu de 2,45 em 10/10/08 para 20,39 até o fechamento de ontem (16/07/10), uma
valorização de 732% em 21 meses.
• Drogasil saiu de 6,66 em 10/10/08 para 35,00 até o fechamento de ontem (16/07/10), uma
valorização de 425% em 21 meses.
• Cia. Hering (HGTX3) saiu de 4,25 em 27/10/08 para 49,31 até o fechamento de ontem (16/07/10),
uma valorização de 1060% em 21 meses.

290
Epílogo

• Pão de Açúcar saiu de 24,08 em 10/10/08 para 67,61 em 21/01/10, uma valorização de 180% no
período de 15 meses.
• Guararapes ON saiu de 13,93 em 06/03/09 para 75,21 em 18/01/01, uma valorização de 440%
em 10 meses.
• Le Lis Blanc saiu de 2,24 em 28/11/08 para 8,49 até o fechamento de ontem (16/07/10), uma
valorização de 279% em 20 meses.
• Hypermarcas saiu de 4,55 em 16/10/08 para 21,40 até o fechamento de ontem (16/07/10), uma
valorização de 370% em 21 meses.
• Lojas Americanas saiu de 4,35 em 27/10/08 para 13,59 até o fechamento de ontem (16/07/10),
uma valorização de 212% em 21 meses.

Na média esta carteira, considerada ruim por Mr. X, teria obtido uma rentabilidade em torno de 448% no
período, muito superior à rentabilidade de 182% dos seletos papéis da “bacia das almas”. Acho difícil que
qualquer outra carteira à vista tenha obtido a metade disso no mesmo período. Não tenho nada contra as
escolhas pessoais, apenas quero mostrar que não devemos ser preconceituosos contra nenhum ativo. No
fundo, são apenas nomes diferentes para que o jogo do mercado seja jogado num ambiente de fantasia.

Antes de sair às compras, estuda a fundo os balanços das empresas e, principalmente, verifica se a
companhia é boa pagadora de dividendos - em média, se dá por satisfeito com 40% do lucro. “Queda
de preço não me preocupa. O que me deixaria apavorado é queda no lucro.” Isso é o que mais o tem
incomodado em relação a algumas empresas de seu portfólio. “Estou perdendo a paciência com a
Braskem. Já passou da hora de essa empresa dar mais lucro.” Na defesa de seus interesses, Mr. X
chegou a cobrar uma melhora nos resultados diretamente do presidente da companhia, na época Mr.
Y, de quem é vizinho. “Acho que ele passou a mudar de caminho quando me via, porque depois disso
não o encontrei nunca mais.” Para ajudar no processo decisório, Mr. X tem ainda um método especial
que, segundo ele, é infalível para saber se os executivos de uma companhia são dedicados ou não.
“Basta ver se contratam consultorias. Consultoria é coisa de executivo preguiçoso.”

Este critério de uma empresa ser boa pagadora de dividendos como método de compra de uma ação sem
preocupação com a queda do preço está totalmente em sintonia com a sua afirmação de que “Triste não é
a queda da bolsa, é não ter mais dinheiro para investir”! Se tivesse noção de timing, teria se desfeito de boa
parte da sua carteira ou feito um hedge com o índice futuro e naquele momento teria dinheiro para comprar
em vez de se lamentar. Que adianta comprar, por exemplo, uma ação do Bradesco ou do Itaú que são bons
pagadores de dividendos gerando uma renda de 3 a 6% a.a. e ver o seu investimento perder 50% do valor
conforme aconteceu entre fevereiro e novembro de 2008, algo que se repete a cada correção do mercado?

Nos últimos 60 dias, Mr. X só saiu duas vezes da frente de seu monitor. Foram duas viagens rápidas ao exterior.
Na primeira, foi a Nova York fechar a compra de um apartamento. “Os preços caíram”, diz. Na segunda, foi
com quatro amigos à região da Borgonha, na França, visitar produtores do famoso vinho Romanée-Conti,
um dos mais caros do mundo e uma de suas paixões. Garante que, em ambas ocasiões, não entrou na internet
nenhuma vez para ver os fechamentos do pregão. “Assim como o ministro Guido Mantega, não perdi uma
noite de sono com a crise.” Quando reafirma sua postura de tranqüilidade, Mr. X preocupa-se em não parecer,
com a atitude, tripudiar sobre as desventuras econômicas alheias. “Sei que as pessoas estão num momento ruim.
Mas é preciso trabalhar e olhar o longo prazo, porque as crises têm início e fim.” Nesse sentido, diz que quem
o inspira é o mítico investidor americano Warren Buffett, o homem mais rico do mundo. Mr. X está lendo sua
recém-publicada biografia, Snow Ball, de Alice Schroeder. Assim que Buffett anunciou que compraria 5% do
banco de investimento em crise Goldman Sachs, há um mês, Mr. X decidiu comprar dez ações de sua empresa
de participações, a Berkshire Hathaway, por 115 000 dólares cada uma. O objetivo é participar, no próximo ano,
da assembléia de acionistas da empresa em Omaha, no remoto estado de Nebraska, apenas pelo prazer de estar
lá. “Quem dera ter o discernimento e a serenidade de Buffett”, diz. Com a calma que Mr. X demonstra diante
de um tombo de mais de meio bilhão, até que ele não está tão longe de seu objetivo.

“Sei que as pessoas estão num momento ruim. Mas é preciso trabalhar e olhar o longo prazo,
porque as crises têm início e fim.”

291
Epílogo

Conforme podemos ver no gráfico abaixo, sorte dele ter nascido no Brasil e não no Japão.

A matéria acaba com um quadro contendo as frases mais relevantes de Mr. X no dia da entrevista. O
quadro com o titulo “Confissões de um investidor” traz seis frases, sendo as duas primeiras as mais
relevantes para este “estudo de caso”:

Confissões de um investidor

Como Mr. X vê a crise que tem abalado a Bovespa:

“Dou uma garrafa de Romanée-Conti a quem me disser qual analista previu


a bolsa nos 30 000 pontos de agora”.

“A hora certa de entrar na bolsa não é na alta nem na baixa. É quando se tem
dinheiro, e estou triste por não ter mais dinheiro agora para comprar mais “.

Sobre a primeira frase, devo dizer que assim que soube do prometido, pessoalmente tentei fazer contato,
inicialmente telefônico e depois por email, reivindicando o meu prêmio. Se não me sentisse quite com
esse “estudo de caso” que me proporcionou o epílogo deste livro, eu estaria credor até hoje!

Sobre a segunda, só fico pensando se alguém estivesse com dinheiro nos topos de 1971 ou 1986 e
adotasse a mesma filosofia operacional...

Observação: Os nomes de pessoas aqui utilizados são fictícios embora os fatos sejam
verídicos.

PS. Quero deixar registrado o meu agradecimento ao meu ex-aluno e agora amigo Rodrigo Santaliestra
pelas sugestões e ajuda na revisão do epílogo.

Fim

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