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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE ECONOMIA

Departamento de Economia

MANUAL E MATERIAL DE APOIO À ECONOMIA INTERNACIONAL I1

1
Material adaptado do livro do Paul Krugman, Paul Moritz e Maurice Obstfelt
Índice

LIÇÃO 1 – INTRODUCAO A ECONOMIA INTERNACIONAL ........................................................................5


Introdução ............................................................................................................................................................5
Metas de Aprendizagem .................................................................................................................................5
O que a Economia Internacional trata? ......................................................................................................5
Economia Internacional: a divisão entre o Comércio e dinheiro ......................................................6
Os ganhos do comércio ...................................................................................................................................7
O padrão de comércio ......................................................................................................................................8
Quanto Comércio? .............................................................................................................................................8
Coordenação Política Internacional ............................................................................................................9
LIÇÃO 2 - COMÉRCIO INTERNACIONAL: UMA PERSPECTIVA GERAL .................................................. 10
Comércio internacional: Antecedentes .................................................................................................. 10
Quem comercializa com quem? ................................................................................................................ 10
O tamanho é importante: O modelo de gravidade ....................................................................... 10
Usando o modelo de gravidade: à procura de anomalias ........................................................... 11
Impedimentos ao comércio: Distância, barreiras e fronteiras ................................................... 12
A mudança no padrão do comércio mundial ....................................................................................... 12
A inter-conectividade e redução de distâncias no mundo ......................................................... 12
O que Comercializamos? .............................................................................................................................. 13
Exportação de Serviços (terceirização de serviços) ............................................................................ 14
As regras antigas ainda tem validade? .................................................................................................... 14
RESUMO .............................................................................................................................................................. 15
Lição 3 – PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E VANTAGEM COMPARATIVA: O MODELO
RICARDIANO .......................................................................................................................................................... 16
Introdução ......................................................................................................................................................... 16
O conceito de vantagem comparativa .................................................................................................... 16
UMA ECONOMIA DE UM FATOR (O Modelo Ricardiano) .................................................................. 18
Possibilidades de produção ................................................................................................................... 18
Preços relativos e oferta ........................................................................................................................... 20
Comércio em um mundo de um factor.............................................................................................. 21
Determinação do Preço Relativo Após Comércio .......................................................................... 23
Lição 4 – O MODELO DE UMA ECONOMIA DE DOIS FACTORES DE PRODUÇÃO: O MODELO DE
HECKSCHER-OHLIN ............................................................................................................................................. 26
Introdução e especificação do modelo ................................................................................................... 26
Preços e Produção .......................................................................................................................................... 26
Escolhendo a combinação de inputs ....................................................................................................... 29
Os preços dos factores e dos preços dos bens ..................................................................................... 31
Recursos e produção...................................................................................................................................... 33
Efeitos do comércio internacional entre duas economias de dois factores .............................. 35
Preços relativos e o padrão do comércio ............................................................................................... 35
Lição 5 - o modelo padrão/estândar ............................................................................................................. 37
Lição 6 – Algumas noções sobre o Dumping e terceirização .............................................................. 45
Dumping ............................................................................................................................................................ 45
Multinacionais .................................................................................................................................................. 46
A decisão da empresa em relação ao investimento estrangeiro direto ...................................... 48
Consequências de multinacionais estrangeiras e Outsourcing ..................................................... 51
Lição 7 – instrumentos de política comercial: tarifas .............................................................................. 53
Análise da Tarifa Básica ................................................................................................................................. 53
Oferta, Demanda e Comércio em uma única indústria ................................................................ 54
Medir a quantidade de protecção ........................................................................................................ 58
Custos e Benefícios de uma tarifa ........................................................................................................ 59
O Excedente do Consumidor e do Produtor .................................................................................... 59
Medir os custos e benefícios .................................................................................................................. 61
Lição 8 – Outros instrumentos da política comercial.............................................................................. 64
Subsídios à Exportação: Teoria................................................................................................................... 64
Quotas de importação: Teoria .................................................................................................................... 65
Restrições voluntárias às exportações ..................................................................................................... 66
Requisitos de conteúdo local...................................................................................................................... 66
Outros instrumentos de política comercial ........................................................................................... 67
1. Os créditos de subsídios à exportação........................................................................................... 67
2. Compra nacional .................................................................................................................................... 67
3. Barreiras da burocracia ........................................................................................................................ 67
Lição 9 - A Economia Política da Política Comercial ................................................................................ 69
O caso do Comércio Livre ............................................................................................................................ 69
Comércio Livre e Eficiência ..................................................................................................................... 69
Ganhos adicionais a partir de Comércio Livre ................................................................................. 70
Busca de Renda (Rent-seeking) ............................................................................................................. 71
Argumento político para o Comércio Livre ...................................................................................... 71
Argumentos Nacional de Previdência contra o livre comércio ................................................. 72
Lição 10 – Politica económica comercial dos países em desenvolvimento ................................... 74
Industrialização através de substituição de importações ................................................................ 74
O argumento da Indústria infantil........................................................................................................ 74
Problemas com o argumento da indústria infantil ........................................................................ 74
O argumento de falha de mercado para proteção das indústrias infantis ............................ 75
Resultados de favorecer manufatura: Problemas de industrialização através de
substituição de importações....................................................................................................................... 77
LIÇÃO 1 – INTRODUCAO A ECONOMIA INTERNACIONAL
Introdução
Pode‐se dizer que o estudo da economia internacional é o lugar onde a disciplina da economia
como a conhecemos começou. Os historiadores do pensamento econômico, muitas vezes
descrevem o ensaio "da balança de comércio", pelo filósofo escocês David Hume (1758), como
a primeira exposição real de um modelo econômico.

No entanto, o estudo da economia internacional nunca foi tão importante como agora. No
início do século 21, as nações têm estado mais intimamente ligados através do comércio de
bens e serviços, fluxos de dinheiro e investimento mais do que nunca. A economia global
criada por essas ligações é um lugar turbulento: políticos e líderes empresariais em todos os
países agora devem prestar atenção ao que estão fazer, por vezes mudando rapidamente
fortunas econômicas do outro lado do mundo.

Uma olhada em algumas estatísticas básicas do comércio nos dá uma noção da importância
sem precedentes das relações econômicas internacionais. A conclusão que se pode obter é
que o comércio internacional triplicou em importância em comparação com a economia de
todo mundo.

Quase tão óbvio é que, enquanto as importações e as exportações têm aumentado, as


importações cresceram mais, levando a um grande excesso de importações sobre as
exportações. Como estão os países a pagar por todos estes bens importados? A resposta é que
o dinheiro é fornecido por grandes fluxos de capital e o dinheiro investido por estrangeiros
dispostos a assumir uma participação na economia das nações na qual este investimento é
alocado.

Metas de Aprendizagem
 Distinguir entre questões de economia nacionais e internacionais;
 Explicar os grandes temas relacionados a economia internacional, e discutir o seu
significado.
 Distinguir entre os aspectos comerciais e monetárias da economia internacional.

O que a Economia Internacional trata?


Economia internacional usa os mesmos métodos fundamentais de análise como outros ramos
da economia, porque os motivos e comportamentos dos indivíduos são os mesmos no
comércio internacional como eles estão em transacções internas.

No entanto, a economia internacional envolve preocupações novas e diferentes, porque o


comércio internacional e o investimento ocorre entre nações independentes. Angola e Africa
do Sul são estados soberanos; Uige e Luanda não são. Comércio em produtos oriundos de
outros países pode ser reduzido se o governo Angolano impor uma cota que limita as
importações. Por outro lado, isto não pode acontecer no comércio dentro do país. Isto tudo
porque a nossa Constituição proíbe restrições sobre o comércio interprovincial e todo país usa
a mesma moeda.

O ponto fulcral de economia internacional, então, consiste em questões levantadas pelos


problemas especiais de interacção econômica entre Estados soberanos. Embora existir muitos
tópicos de interesse nesta disciplina, cinco temas em particular repetem‐se ao longo do nosso
estudo da economia internacional:

 Os ganhos do comércio,
 O padrão de comércio,
 Modelos teóricos de análise do comércio internacional
 Os termos do comercio,
 Determinação dos efeitos das políticas comerciais no bem‐estar
a. Proteccionismo
b. Quotas
c. Tarifas
d. Subsídios
e. Etc.

Alguns destes tópicos serão tratados mais abaixo.

Economia Internacional: a divisão entre o Comércio e dinheiro


A análise da economia internacional pode ser dividida em dois subcampos gerais: o estudo do
comércio internacional e o estudo de dinheiro (renda) internacional. A análise de comércio
Internacional concentra‐se principalmente sobre as operações reais da economia
internacional, isto é, sobre as transacções que envolvem um movimento físico de mercadorias
ou de um comprometimento tangível de recursos económicos. Análise monetária
internacional centra‐se no lado monetário da economia internacional, isto é, sobre as
transacções financeiras. Um exemplo de uma questão de comércio internacional é o conflito
entre dos países em desenvolvimento e a Europa sobre as exportações subsidiadas da Europa
de produtos agrícola; um exemplo de um problema monetário internacional é a disputa se o
valor de câmbio do dólar deve ser autorizado a flutuar livremente ou ser estabilizada pela ação
do governo.

No mundo real, não há uma linha divisória clara entre as questões comerciais e monetárias.
Comércio internacional mais envolve transacções monetárias, embora, muitos eventos
monetários têm consequências importantes para o comércio. No entanto, a distinção entre o
comércio e o dinheiro na arena internacional é útil. Nesta parte da disciplina (Economia
Internacional I) iremos tratar de questões da economia real e questões financeiras serão
tratadas na economia internacional II.
Os ganhos do comércio
Todo mundo sabe que algum comércio internacional é benéfico, por exemplo, ninguém pensa
que a Noruega deve produzir suas próprias laranjas. Muitas pessoas são cépticas, no entanto,
sobre os benefícios do comércio que um país pode obter através do comércio de bens que um
país poderia produzir por si próprio.

Provavelmente a visão mais importante em toda a economia internacional é que há ganhos do


comércio, isto é, quando os países vendem bens e serviços entre si, essa troca é quase sempre
para benefício mútuo. A gama de circunstâncias em que o comércio internacional é benéfico é
muito maior do que a maioria das pessoas imaginam. É um equívoco comum pensar que o
comércio internacional é prejudicial se existem grandes disparidades de produtividade ou de
salários entre os países. De um lado, os empresários nos países menos avançados
tecnologicamente, como a Angola, muitas vezes temem que a abertura das suas economias ao
comércio internacional vai causar um desastre, porque as indústrias não seriam capazes de
competir. Por outro lado, as pessoas em países tecnologicamente avançados, onde os
trabalhadores ganham salários altos, muitas vezes temem que as relações comerciais com
países menos avançados, ira arrastar seu padrão de vida para abaixo.

No entanto, a teoria do comércio demonstra que os dois países podem negociar em seu
benefício mútuo, mesmo quando um deles é mais eficiente do que o outro na produção de
tudo, e quando os produtores do país menos eficiente podem competir apenas mediante o
pagamento de salários mais baixos. Veremos também que o comércio proporciona benefícios
ao permitir que países exportam bens cuja produção faz uso relativamente intenso de recursos
que são localmente abundante durante a importação de bens cuja produção faz uso intenso de
recursos que são escassos localmente.

Embora as nações geralmente ganham com o comércio internacional, é possível que o


comércio internacional possa prejudicar determinados grupos dentro destas mesmas nações,
em outras palavras, que o comércio internacional terá fortes efeitos sobre a distribuição de
renda.

O padrão de comércio
Alguns aspectos da estrutura do comércio são fáceis de entender. Clima e recursos explicam
claramente por que o Brasil exporta café e Arábia Saudita exporta petróleo. Grande parte do
padrão de comércio é mais sútil, no entanto. Por exemplo, porque o Japão exporta
automóveis, enquanto os Estados Unidos aeronaves? No início do século 19, o economista
Inglês David Ricardo ofereceu uma explicação do comércio em termos de diferenças
internacionais na produtividade do trabalho. No século 20, porém, explicações alternativas
também foram propostos. Um dos links mais influentes, explica padrões do comércio através
de uma interacção entre as fontes de recursos nacionais relativas a interacção do trabalho,
capital e terra de um lado e do uso relativo desses factores na produção de diferentes
produtos no outro.

Quanto Comércio?
Desde o surgimento de Estados modernos, no século 16, os governos têm estado preocupados
com o efeito da concorrência internacional para a prosperidade da indústria nacional e têm
tentado proteger estas indústrias da competição estrangeira, colocando limites à importação
ou para ajudá‐los na competição mundial subsidiando exportações. A missão mais consistente
da economia internacional tem sido a de analisar os efeitos destas políticas proteccionistas e,
geralmente, embora não sempre, criticar o proteccionismo e mostrar as vantagens da
liberalização do comércio internacional.

Desde após a segunda guerra mundial, um movimento político internacional de oposição a


"globalização" tem ganhado muitos adeptos. Se nada mais, o movimento antiglobalização tem
obrigado os defensores do comércio livre a procurar novas formas de explicar os seus pontos
de vista.

Ao longo dos anos, os economistas internacionais desenvolveram uma estrutura simples para
determinar os efeitos das políticas governamentais que afectam o comércio internacional. Este
quadro ajuda a prever os efeitos das políticas de comércio, ao mesmo tempo, permitindo uma
análise de custo‐benefício e definição de critérios para determinar qual e o quando da
intervenção do governo mais indicado para a economia.

No mundo real, no entanto, os governos não fazem necessariamente a análise de custo‐


benefício que os economistas sugerem que eles deveriam. Isto não significa que a análise é
inútil. Análise econômica pode ajudar a fazer sentido das políticas de política comercial
internacional, mostrando quem se beneficia e quem perde com as ações do governo, tais
como cotas de importação e subsídios às exportações
Coordenação Política Internacional
A economia internacional envolve nações soberanas, dando a cada um a liberdade de escolher
suas próprias políticas económicas. Infelizmente, em uma economia mundial integrada, as
políticas econômicas de um país geralmente afetam outros países também. Por exemplo,
quando Bundesbank2 da Alemanha elevou as taxas de juros em 1990 – um passo que levou
para controlar o possível impacto inflacionário da reunificação da Alemanha Ocidental e
Oriental – o resultado foi a precipitação de uma recessão no resto da Europa Ocidental.
Diferenças de objetivos entre os países muitas vezes levam a conflitos de interesse. Mesmo
quando os países têm objetivos semelhantes, eles podem sofrer perdas se eles não conseguem
coordenar suas políticas. Um problema fundamental na economia internacional é determinar
como produzir um grau aceitável de harmonia entre as políticas internacionais de comércio e
monetárias de diferentes países, na ausência de um governo mundial que poderia ajudar estes
países a fazê‐lo.

Por quase 70 anos, as políticas de comércio internacional foram coordenados por um tratado
internacional conhecido como o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT3). Desde 1994,
estas regras comerciais foram materializadas por uma organização internacional, a
Organização Mundial do Comércio (OMC), que pode dizer a países membros quando estes
estão a violar as políticas dos acordos anteriores e tem a capacidade de emitir punições.
Embora a cooperação em matéria de comércio internacional é uma tradição bem estabelecida,
a coordenação de políticas macroeconómicas internacionais é um tópico mais recente e mais
incerto. Somente nos últimos anos os economistas têm tentado formular teorias mais precisas
para a coordenação de políticas macroeconómicas internacionais.

2
Banco Central da Alemanha
3
Sigla em Inglês
LIÇÃO 2 - COMÉRCIO INTERNACIONAL: UMA PERSPECTIVA
GERAL
Comércio internacional: Antecedentes
A produção mundial, em 2014, foi de 107,5 trilhões (em termos de Paridade de Poder de
Compra – PPC) e 78,28 em termos nominais.4 Este valor representa um aumento de cerca de
7% sobre o ano anterior, em termos de PPC e 3 porcento em termos nominais. Importa referir
que mais te 45 porcento desta mercadoria produzida foi comercializada além‐fronteiras.

Portanto, esta disciplina pretende analisar os padrões que governam esta actividade, quais são
os países mais activos neste tipo de comercio e porque. Analisaremos também os benefícios e
os custos do comércio internacional e as motivações que estão por trás das políticas
governamentais estabelecidas, os seus efeitos e como estes restringem ou incentivam o
comércio. Antes de chegarmos lá, no entanto, vamos começar por descrever quem negocia
com quem. Uma relação empírica conhecida como o modelo de gravidade ajuda a entender o
valor do comércio entre quaisquer países e também clarifica os impedimentos que continuam
a limitar o comércio internacional, mesmo numa economia global como a de hoje.

As últimas décadas têm sido marcadas por um grande aumento da percentagem da produção
que é comercializada no mercado internacional, devido a mudança do centro de gravidade
econômica mundial para à Ásia, e grandes mudanças nos tipos de bens que compõem o
comércio internacional.

Quem comercializa com quem?


A seguir, vamos analisar os fatores que, na prática, determinam quem comercializa com quem.

O tamanho é importante: O modelo de gravidade


Três dos 15 principais parceiros comerciais dos EUA são países europeus: Alemanha, Reino
Unido e França. Por que os Estados Unidos negocia mais fortemente com estes três países
europeus do que com os outros? A resposta é que estas são as três maiores economias
europeias. Há uma forte relação empírica entre o tamanho da economia de um país e do
volume de suas importações e suas exportações.

A Alemanha tem uma grande economia, respondendo por 21 por cento do PIB da Europa
Ocidental, mas também é responsável por 19,9 por cento do comércio com os EUA vindo desta
região. A Suécia tem uma economia muito menor, o que representa apenas 2,7 por cento do
PIB europeu, correspondentemente, é responsável por apenas 3 por cento do comércio EUA‐
Europa.

Olhando para o comércio mundial como um todo, os economistas descobriram que uma
equação (1) da seguinte forma prevê o volume de comércio entre dois países com bastante
precisão,

𝑌
𝑇 𝐴x𝑌 x
𝐷

4
CIA World Fact Book, 2015; IMF Global fact statistics, 2015
Onde:

A é uma constante,
Tij é o valor do comércio entre o país i e o país j,
Yi é PIB país i, Yj é o PIB país j, e
Dij é a distância entre os dois países.

Isto é, o valor do comércio entre dois países é proporcional, outros factores constantes, ao
produto de PIBs dos dois países, e diminui com a distância entre os dois países.

Uma equação como a apresentada em (1) é conhecido como um modelo de gravidade do


comércio mundial. A razão para o nome é a analogia com a lei da gravidade de Newton: tal
como a atração gravitacional entre dois objetos é proporcional ao produto das suas massas e
diminui com a distância, o comércio entre os dois países é, outras coisas iguais,proporcional ao
produto do seu PIB e diminui com a distância.

Por que o modelo de gravidade funciona? Em termos gerais, as grandes economias tendem a
gastar grandes quantidades nas importações. Eles também tendem a atrair grandes níveis de
investimentos de outros países, porque eles produzem uma grande variedade de produtos.
Então, as outras coisas iguais, o elevado volume de comércio entre duas economias indica,
aproximadamente, o tamanho da outra economia.

Que outras coisas não são iguais? Como já observado, na prática, os países gastam uma boa
parte da sua renda em casa. Os Estados Unidos e a União Europeia cada conta com cerca de 25
por cento do PIB do mundo, mas cada um atrai apenas cerca de 2 por cento dos gastos do
outro. Para fazer o sentido dos fluxos comerciais atuais, precisamos considerar os fatores que
limitam o comércio internacional. Antes de chegar lá, no entanto, analisaremos a utilidade do
modelo de gravidade.

Usando o modelo de gravidade: à procura de anomalias


É claro que o modelo de gravidade se encaixa aos dados sobre o comércio dos EUA com países
europeus muito bem, mas não perfeitamente. Na verdade, uma das principais aplicações de
modelos gravitacionais é que eles nos ajudam a identificar anomalias no comércio. Na
verdade, quando o comércio entre os dois países são ou muito mais ou muito menos do que
um modelo de gravidade prevê, economistas buscam uma explicação.

Se analisarmos os dados mundiais sobre o comércio internacional, vemos que a Holanda,


Bélgica, Irlanda tem um nível de comércio com os EUA mais elevado do que o modelo de
gravidade prevê. O que pode vir a ser o caso?

Para a Irlanda, a resposta está em parte na afinidade cultural: não só a Irlanda partilha uma
língua com os Estados Unidos; para além de mais, mas dezenas de milhões de americanos são
descendentes de imigrantes irlandeses. Além desta consideração, a Irlanda tem um papel
especial como anfitrião de muitas empresas americanas.

No caso de ambos os Países Baixos e Bélgica, geografia e os custos de transporte


provavelmente explicam grande parte do comércio com os Estados Unidos. Ambos os países
estão localizados perto da foz do Reno que passa na frente do Ruhr, coração industrial da
Alemanha. Assim, a Holanda e a Bélgica têm sido tradicionalmente o ponto de entrada para a
maior parte noroeste da Europa; Roterdão, na Holanda é o porto mais importante da Europa, e
Antuérpia, na Bélgica ocupa o segundo lugar.

Impedimentos ao comércio: Distância, barreiras e fronteiras


Os modelos gravitacionais estimados mostram um forte efeito negativo de distância sobre o
comércio internacional; estimativas típicas indicam que um aumento de 1 por cento da
distância entre dois países está associado a uma queda de 0,7 a 1 por cento no comércio entre
esses países. Essa queda reflete parcialmente o aumento dos custos de transporte de bens e
serviços. Os economistas acreditam também que fatores menos tangíveis desempenham um
papel crucial: Comércio tende a ser intenso quando os países têm contato pessoal, e esse
contato tende a diminuir quando as distâncias são grandes. Por exemplo, é fácil para um
representante de vendas dos EUA fazer uma rápida visita a Toronto, mas é um projeto muito
maior para o mesmo representante ir a Paris; seria um projeto ainda maior para visitar Tóquio.

Além de ser vizinhos dos Estados Unidos, Canadá e México são parte de um acordo comercial
com os Estados Unidos, o Acordo Norte‐Americano de Livre Comércio, ou NAFTA, o que
garante que a maioria das mercadorias embarcadas entre os três países não estão sujeitas a
tarifas ou outras barreiras de comércio internacional. Os economistas usam modelos
gravitacionais como forma de avaliar o impacto real dos acordos comerciais sobre o comércio
internacional: Se um acordo comercial for eficaz, ela deve elevar o comércio significativamente
mais entre seus parceiros do que poderia prever de outra forma dado seus PIBs e distâncias
entre uns dos outros.

É importante notar, entretanto, que, apesar de que os acordos de comércio muitas vezes
acabam com as barreiras formais ao comércio entre os países, eles raramente fazem fronteiras
nacionais irrelevantes. Mesmo quando a maior parte dos bens e serviços fornecidos através de
uma fronteira nacional não pagam tarifas e enfrentam poucas restrições legais, existe muito
mais comércio entre países da mesma região do que países equivalentes situados em
diferentes regiões. O Canada é um caso em questão. Os dois países são parte de um acordo de
livre comércio, a maioria dos canadenses falam Inglês, e os cidadãos de ambos países são livres
para atravessar a fronteira com um mínimo de formalidades. No entanto, os dados sobre o
comércio sobre províncias canadenses tanto uns com os outros e com EUA mostram que, tudo
o mais constante, existe muito mais comércio entre as províncias do Canada do que entre as
províncias e os EUA.

A mudança no padrão do comércio mundial


O comércio mundial é um alvo em movimento. A direção e composição do comércio mundial é
muito diferente hoje do que era há uma geração atrás, e ainda mais diferente do que era há
um século.

A inter-conectividade e redução de distâncias no mundo


Em discussões populares da economia mundial, deparamo‐nos frequentemente com
declarações que o transporte moderno e comunicações aboliram a distância, e que o mundo
se tornou um lugar pequeno. Há claramente alguma verdade a estas declarações: a Internet
possibilita a comunicação instantânea e quase livre entre pessoas a milhares a quilómetros de
distância, enquanto o transporte a jacto permite o acesso físico rápido a todas as partes do
globo. Por outro lado, os modelos de gravidade, continuam a mostrar uma forte relação
inversa entre a distância e comércio internacional. Mas será que os efeitos destes
desenvolvimentos tornaram‐se menos eficazes ao longo do tempo? Será que o progresso dos
transportes e comunicações tornou o mundo mais pequeno? A resposta é sim, mas a história
também mostra que as forças políticas podem super impor os efeitos da tecnologia.

Desde 1970, o comércio mundial como parcela do PIB mundial subiu para níveis sem
precedentes. Grande parte deste aumento no valor do comércio mundial reflete a chamada
"desintegração vertical" da produção: Antes de um produto chegar às mãos dos consumidores,
que muitas vezes passa por fases de produção de muitos países diferentes. Por exemplo, os
produtos electrónicos – telemóveis, iPods, e assim por diante – são muitas vezes montados em
nações onde os baixos salários são prevalentes como a China, utilizando componentes
produzidos em nações com maior salário – como o Japão. Por causa do transporte extenso de
componentes, um produto de $ 100 pode dar origem a US $ 200 ou US $ 300 no valor dos
fluxos de comércio internacional.

O que Comercializamos?
Quando os países comercializam, quais são os objectos do comércio? Na maior parte das
ocasiões, a resposta é que eles enviam produtos manufacturados, como automóveis,
computadores e roupas para os outros países. No entanto, o comércio de produtos minerais –
uma categoria que inclui tudo, desde minério de cobre para o carvão, mas cujo componente
principal no mundo moderno é o petróleo – continua a ser uma parte importante do comércio
mundial. Produtos agrícolas, como trigo, soja e algodão são outra peça‐chave da imagem, e
serviços de vários tipos desempenham um papel importante e são esperados de tornar‐se
mais importante no futuro.

O quadro atual, em que os bens manufacturados dominam o comércio mundial, é


relativamente novo. No passado, o produto agrícola e de mineração desempenharam um
papel muito mais importante no comércio mundial. No início do século 20, pucos países
exportavam bens manufacturados; hoje bens manufacturados dominam ambos os lados de
seu comércio. Enquanto isso, os Estados Unidos passou de um padrão de comércio de
produtos primários que eram mais importantes do que bens manufacturado sem ambos os
lados para uma em que os bens manufacturados dominassem ambos os lados.

A transformação mais recente tem sido o aumento das exportações mundiais de produtos
manufacturados aos países em desenvolvimento. Recentemente, nos anos 1970, os países em
desenvolvimento exportavam principalmente produtos primários. Desde então, no entanto,
eles mudaram rapidamente para as exportações de produtos manufacturados. Tem havido
uma inversão quase total de uma importância relativa. Por exemplo, mais de 90 por cento das
exportações da China, a maior economia em desenvolvimento e uma força crescente no
comércio mundial, consiste em bens manufacturados.
Exportação de Serviços (terceirização de serviços)
Uma das maiores disputas na economia internacional é se a tecnologia de informação
moderna, o que torna possível executar algumas funções econômicas a longas distancias, ira
introduzir um aumento dramático em novas formas de comércio internacional. Quando um
serviço feito anteriormente dentro de um país é deslocado para um local no exterior, a
mudança é conhecido como exportação de serviço (ou terceirização de serviços). Além disso,
os produtores devem decidir se devem criar uma filial estrangeira para fornecer esses serviços
(e operar como uma empresa multinacional) ou terceirizar esses serviços para outra empresa.

Em 2006, Alan Blinder, economista da Universidade de Princeton, argumentou que:

"no futuro, e em grande medida, já no presente, a distinção chave para o comércio


internacional não será mais entre as coisas que podem ser colocados em uma caixa
e coisas que não podem. Será, ao contrário, estar entre os serviços que podem ser
entregues eletronicamente em longas distâncias com pouca ou nenhuma
degradação de qualidade, e aqueles que não podem."

Por exemplo, o trabalhador que poe produtos nas prateleiras em sua mercearia local têm que
estar no local, mas o contabilista do supermercado pode estar em outro país, e manter‐se em
contato através da Internet. A enfermeira que toma o pulso tem que estar perto, mas o
radiologista que lê o seu raio‐X poderia receber eletronicamente as imagens em qualquer lugar
que tenha uma conexão de internet de banda larga.

As regras antigas ainda tem validade?


A analise formal da teoria de comercio internacional começa com uma análise de um modelo
inicialmente previsto pelo economista britânico David Ricardo, em 1819. Tendo em conta
todas as mudanças no comércio mundial desde a época de Ricardo, será que idéias antigas
ainda são relevantes? A resposta é um sonoro sim. Embora que o comércio internacional
mudou, os princípios fundamentais descobertos pelos antigos economistas ainda se aplicam.

É verdade que o comércio mundial se tornou mais difícil de caracterizar em termos simples.
Um século atrás, as exportações de cada país foram, obviamente, formado em grande parte
por seu clima e recursos naturais. Os países tropicais exportavam produtos tropicais, como
café e algodão; países com vastas expansões de terreno como Estados Unidos e Austrália
exportavam alimentos para nações europeias densamente povoadas. Disputas sobre o
comércio também eram fáceis de explicar: As batalhas políticas clássicas sobre o livre comércio
versus proteccionismo foram travadas entre proprietários de terras ingleses, que queriam
protecção contra importações de alimentos baratos, e empresários que queriam terras para
estabelecer fabricas.

As fontes de comércio moderno são mais subtis. Recursos humanos e recursos humanamente
criados (na forma de máquinas e outros tipos de capital) são mais importantes do que os
recursos naturais. Batalhas políticas sobre o comércio normalmente envolvem trabalhadores
cujas qualificações são feitas menos valiosas pelas importações – trabalhadores das fábricas de
vestuário, que enfrentam a concorrência de vestuário importados. No entanto, a lógica
subjacente do comércio internacional continua a mesma. Modelos económicos desenvolvidos
muito antes da invenção dos aviões a jato ou a Internet continuam a ser essenciais param a
compreensão dos fundamentos do século 21 o comércio internacional.

RESUMO
 O modelo de gravidade relaciona o comércio entre os dois países com os tamanhos de
suas economias. O modelo de gravidade também revela os fortes efeitos da distância e
das fronteiras internacionais – mesmo fronteiras amigáveis como que entre os EUA e
Canadá – desencorajam o comércio.
 O comércio internacional está em níveis recorde em relação ao tamanho da economia
mundial, graças à queda nos custos de transporte e comunicações. No entanto, o
comércio não cresceu em uma linha reta: O mundo foi altamente integrado, em 1914,
mas o comércio foi muito reduzida pela depressão econômica, o protecionismo e
guerra, e levou décadas para se recuperar.
 Bens manufacturadosdominam o comércio moderno de hoje. No passado, no entanto,
os produtos primários eram muito mais importantes do que são agora, recentemente,
o comércio de serviços têm se tornado cada vez mais importante.
 Os países em desenvolvimento, em particular, deixaram de ser principalmente
exportadores de produtos primários para ser principalmente os exportadores de bens
manufaturados.
Lição 3 – PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E VANTAGEM
COMPARATIVA: O MODELO RICARDIANO
Introdução
Países envolvem‐se no comércio internacional por duas razões básicas, cada um dos quais
contribui para os ganhos do comércio. Primeiro, os países comercializam, porque eles são
diferentes uns dos outros. Nações, como os indivíduos, podem beneficiar‐se de suas diferenças
por chegar a um acordo em que cada um faz as coisas que faz relativamente bem. Segundo, os
países negociam para obter economias de escala na produção. Ou seja, se cada país produz
apenas uma gama limitada de bens, ele pode produzir cada um desses bens em uma escala
maior e, portanto, de forma mais eficiente do que se tentasse produzir tudo. No mundo real,
os padrões de comércio internacional reflectem a interacção de ambos os motivos. Como um
primeiro passo para a compreensão das causas e efeitos de comércio, no entanto, é útil olhar
para modelos simplificados em que apenas um desses motivos está presente.

Posteriormente desenvolveremos as ferramentas para ajudar‐nos a entender como as


diferenças entre os países dão origem ao comércio entre eles e porque este comércio é
mutuamente benéfico. O conceito essencial nesta análise é a de vantagem comparativa.
Embora a vantagem comparativa é um conceito simples, a experiência mostra que é um
conceito surpreendentemente difícil para muitas pessoas a entender (ou aceitar).

O conceito de vantagem comparativa


É 2016 e os Estados Unidos de América (EUA) estão em modo de eleição de novo. A campanha
mais “vibrante”, a de Donald Trump, centra‐se ao redor dos seguintes temas: importações e
imigrantes estão a por as empresas americanas fora do negócio e os trabalhadores americanos
fora do trabalho respectivamente. Este não é uma retorica nova dos políticos em geral e os
Americanos em particular. No entanto, ela tem como base uma premissa distorcida dos factos
postulados pela ciência económica. Se não vejamos…

Existe uma nova perspectiva mundial sobre os suplementos dietéticos. O sumo de laranja
natural observa uma alta demanda no mundo. Agora imaginemos quão difícil é produzir e
fornecer sumo de laranjas no inverno nos EUA. A lógica é a mesma: as laranjeiras necessitam
de um clima tropical para a sua produção. Os EUA têm um clima tropical, no sudeste do país,
mais a área de produção é limitada e a “janela” do período propício para a produção de
citrinos é mais limitado ainda. Com se não bastasse, no período de maturação, os pomares
tem que ser aquecidas, o que acarreta grandes despesas em termos de energia, investimento
de capital, e outros recursos escassos. Esses recursos poderiam ser utilizados para produzir
outros bens. Inevitavelmente, há um trade‐off. Portanto, para produzir o tao desejado sumo
de laranja em todo o ano, a economia dos EUA deve produzir menos de outras coisas, por
exemplo os computadores. Os economistas usam o custo de oportunidade do termo para
descrever tais trade‐offs: O custo de oportunidade do sumo de laranjas em termos de
computadores é o número de computadores que poderiam ter sido produzidos com os recursos
utilizados para a produção de uma quantidade especifica de litros de sumo de laranja.

Suponha, por exemplo, que os EUA actualmente produzem 10 milhões de litros de sumo de
laranja e que com os recursos utilizados para produzir as laranjas poderiam ter sido produzido
100 mil computadores. Então, o custo de oportunidade dos 10 milhões de litros é de 100,000
computadores. (Por outro lado, se os computadores fossem produzidos em vez disso, o custo
de oportunidade dos 100 mil computadores seria de 10 milhões de litros de sumo de laranja.)
Alternativamente, esses 10 milhões de litros de sumo concentrado poderiam ter sido
produzidos no Brasil. Parece extremamente provável que o custo de oportunidade do sumo de
laranja em termos de computadores seria menor do que seria nos EUA. Por um lado, é muito
mais fácil produzir laranjas, em quase todo o ano, no Hemisfério Sul, onde o clima é mais
propício. Além disso, os trabalhadores Brasileiros são menos eficientes do que os seus
homólogos dos Estados Unidos na produção de bens sofisticados, como computadores, o que
significa que a quantidade de recursos utilizados na produção de computadores é menor nos
Estados Unidos do que no Brasil. Assim, o trade‐off no Brasil poderia ser algo como 10 milhões
de sumo de laranja concentrado para apenas 30.000 computadores.

Esta diferença de custo de oportunidade oferece a possibilidade de um rearranjo mutuamente


benéfico da produção mundial. Por exemplo, os Estados Unidos abicariam a produção de sumo
de laranja e dedicariam os seus recursos a produção de computadores. O oposto aconteceria
com o Brasil. As mudanças resultantes na produção seriam semelhantes as apresentadas na
Tabela 1 abaixo.

Agora assuma que estes são os únicos dois países no mundo. Portanto, o mundo está
produzindo a mesma quantidade do sumo de laranjas como antes, mas está agora a produzir
mais computadores. Então, esse rearranjo da produção, com os Estados Unidos concentrar‐se
em computadores e Brasil concentrando‐se na produção de sumo de laranjas, aumenta o
tamanho do bolo econômico do mundo. Dado que o mundo como um todo está a produzir
mais, é possível, em princípio, elevar o padrão de vida cada um dos residentes destes países.

Tabela 1. Resultado de especialização e negócio.


Países Milhões de Rosas Computadores
USA ‐ 10 +100,000
Brasil + 10 ‐ 30,000
Diferença de produção 0 + 70,000

A razão que o comércio internacional produz esse aumento na produção mundial é que ele
permite que cada a país especializar‐se na produção do bem em que tem uma vantagem
comparativa. Um país tem uma vantagem comparativa na produção de um bem se o custo de
oportunidade de produzir este bem em termos de outros bens é mais baixo neste país do que
em outros países.

No exemplo fornecido acima, o Brasil tem uma vantagem comparativa na produção do sumo
de laranjas e os Estados Unidos têm uma vantagem comparativa em computadores. O padrão
de vida pode ser aumentada em ambos os lugares se o Brasil produzir sumo de laranjas para o
mercado dos EUA, enquanto os Estados Unidos produzirem computadores para o mercado
Brasileiro. Temos, portanto, uma visão essencial sobre a vantagem comparativa do comércio
internacional: o comércio entre os dois países pode beneficiar ambos os países se cada país
exportar os bens em que tem uma vantagem comparativa.
Esta é uma declaração sobre as possibilidades, não sobre o que vai realmente acontecer. No
mundo real, não há nenhuma autoridade central a decidir qual dos dois países deve produzir
qual produto. Em vez disso, a produção e o comércio internacional são determinados no
mercado; de acordo com a regra da demanda e oferta. Existe alguma razão para supor que o
potencial de ganhos mútuos de comércio será realizado? Será que os Estados Unidos e Brasil,
na verdade, acabam por produzir os bens em que cada um tem uma vantagem comparativa?
Será que o comércio entre eles, na verdade, melhorará a situação de ambos os países?

Para responder a estas questões, devemos ser muito mais explícito em nossa análise. A seguir,
vamos desenvolver um modelo de comércio internacional originalmente proposto pelo
economista britânico David Ricardo, que introduziu o conceito de vantagem comparativa no
início do século 19. Esta abordagem, em que o comércio internacional é apenas devido a
diferenças internacionais na produtividade do trabalho, é conhecida como o modelo de
Ricardo.

UMA ECONOMIA DE UM FATOR (O Modelo Ricardiano)


Para introduzir o papel da vantagem comparativa na determinação do padrão de comércio
internacional, começamos por imaginar que estamos a lidar com uma economia com as
seguintes características:

 O chamaremos Nacional;
 Tem apenas um factor de produção;
 Imaginamos que apenas dois bens, vinho e queijo, são produzidos.
 A tecnologia de economia doméstica pode ser resumida pela produtividade do
trabalho em cada sector, expresso em termos de exigência de unidade de trabalho (L),
o número de horas de trabalho necessários para produzir um quilo de queijo ou um
litro de vinho. Por exemplo, isto pode exigir uma hora de trabalho para produzir um
quilo, de duas horas para produzir um litro de vinho.
 Os totais de recursos da economia são definidos como L, a oferta de trabalho total.

Possibilidades de produção
Dado que qualquer economia tem recursos limitados, há limites para o que este país pode
produzir, e sempre há trade‐offs, para produzir mais de um bem, a economia deve sacrificar
alguma produção de outro bem. Essas compensações são ilustradas graficamente por uma
fronteira de possibilidade de produção (linha PF na Figura a), que mostra a quantidade máxima
de vinho ou queijo que pode ser produzida quando a decisão for tomada para produzir
qualquer quantidade de produto.

Quando existe apenas um factor de produção, a fronteira de possibilidade de produção de


uma economia é simplesmente uma linha recta. Podemos derivar esta linha da seguinte forma:
Se QV é a produção da economia do vinho e QQ sua produção de queijo, em seguida, a mão‐de‐
obra utilizada na produção de vinho será aLVQV, e do trabalho utilizado na produção de queijo
será aLQQQ, a fronteira de possibilidade de produção é determinado pelos limites dos recursos
na economia, o trabalho.
Dado que a fonte de economia de trabalho total é L, os limites de produção são definidos pela
inequação:

𝑎 𝑄 𝑎 𝑄 𝐿

Suponha, por exemplo, que a oferta de trabalho total na economia é de 1,000 horas, e
assumimos que leva 1 hora de trabalho para produzir um quilo de queijo e 2 horas de trabalho
para produzir um litro de vinho. Portanto o total de trabalho não deve ultrapassar as 1,000
horas de trabalho disponível. Se a economia dedicar todo o seu trabalho para a produção de
queijo, poderia, como mostra a Figura (a), produzir L/aLQ quilos de queijo. Alternativamente, se
a economia dedicar todo o seu trabalho para a produção de vinho em vez, poderia produzir aLv
litros de vinho.

Produção (a) Nacional PPF


Nacional de
vinho, QV

P
L/aLV
Valor absoluto do declive é igual ao custo de
oportunidade do queijo em termos de vinho

F
L/aLQ Produção de queijo,
QQ

E economia pode produzir qualquer combinação de queijos e vinhos, que se situa na linha
recta ligando os dois extremos.

Quando a fronteira de possibilidade de produção é uma linha recta, o custo de oportunidade


de um quilo de queijo em termos de vinho é constante. Como vimos na seção anterior, este
custo de oportunidade é definido como os litros de vinho a economia teria de dar a fim de
produzir um quilo de queijo extra. Por exemplo, se uma pessoa leva uma hora para fazer um
quilo de queijo e duas horas para produzir um litro de vinho, o custo de oportunidade de cada
quilo de queijo é metade de um galão de vinho. Conforme ilustrado na Figura (a), este custo de
oportunidade é igual ao valor absoluto da inclinação da fronteira da possibilidade de
produção.
Preços relativos e oferta
A FPP ilustra as diferentes combinações de bens a economia pode produzir. Para determinar o
que a economia vai realmente produzir, no entanto, é preciso olhar para os preços.
Especificamente, nós precisamos saber o preço relativo de dois bens na nossa economia
idealizada, ou seja, o preço de um bem, em termos de outro.

Em uma economia competitiva, as decisões de oferta são determinados pelas tentativas dos
indivíduos para maximizar seus ganhos. Em nossa economia simplificada, já que o trabalho é o
único factor de produção, o fornecimento de queijo e vinho será determinado pelo movimento
de mão‐de‐obra para qualquer sector que paga o salário mais elevado.

Suponha‐se, mais uma vez, que:

 É preciso uma hora de trabalho para produzir um quilo de queijo e duas horas para
produzir um litro de vinho;
 O queijo é vendido por AOA 40 por quilo, enquanto o vinho é vendido por AOA 70 por
Litro.

O que os trabalhadores irão produzir? Bem, se eles produzem queijo podem ganhar AOA 40
por hora.5 Por outro lado, se os trabalhadores produzirem vinho, eles ganham apenas AOA 35
por hora, dado que um litro de vinho requer duas horas para ser produzido. Então, a estes
preços, os trabalhadores vão dedicar‐se a produção de queijo e a economia como um todo vai
se especializar na produção de queijo.

Mas que tal se o preço do queijo cair para AOA 30 por quilo? Nesse caso, os trabalhadores
podem ganhar mais através da produção de vinho, e a economia vai especializar‐se‐á na
produção de vinho.

Agora, generalizando, assume que:

 PQ e PV são os preços de queijo e vinho, respectivamente.


 É preciso aLQ pessoas‐hora para produzir um quilo de queijo;
 Já que não há lucros em nosso modelo de um factor, o salário por hora no sector do
queijo será igual ao valor do que um trabalhador pode produzir em uma hora, PQ /aLQ.
 Desde que leva aLV pessoas‐hora para produzir um litro de vinho, a taxa de salário por
hora no sector do vinho será PV/aLV.

Condições:

 Salários no sector do queijo será maior se o PQ/PV > aLQ/aLV (consequentemente a


economia especializa‐se neste sector)
 Salários no sector do vinho será maior se o PQ/PV < aLQ/aLV (consequentemente a
economia especializa‐se neste sector)

5
Tenha em mente que uma vez que o trabalho é o único factor de produção aqui, não há lucros, por
isso os trabalhadores recebem o valor integral de sua produção
Assumimos também que todo mundo terá preferência em trabalhar na indústria oferecendo o
maior salário; somente quando PQ/PV = aLQ/aLV é que ambos os bens serão produzidos.

Qual é o significado do valor aLQ/aLV? Vimos na seção anterior que é o custo de oportunidade
de queijo em termos de vinho. Temos, portanto, apenas uma proposição crucial derivada
sobre a relação entre os preços e a produção:

A economia especializar‐se‐á na produção de queijo, se o preço relativo do


queijo exceder o seu custo de oportunidade em termos de vinho; especializar‐
se‐á na produção de vinho, se o preço relativo do queijo for menor do que o
seu custo de oportunidade em termos de vinho.

Na ausência de comércio internacional, a nossa economia simplificada teria que produzir


ambos os bens para si. Mas vai produzir ambos os bens somente se o preço relativo do queijo
for igual ao seu custo de oportunidade. Uma vez que o custo de oportunidade é igual a relação
de requisitos unitários do trabalho em queijo e vinho, podemos resumir a determinação dos
preços, na ausência de comércio internacional, com uma teoria de valor de trabalho simples:

Na ausência de comércio internacional, os preços relativos dos bens são


iguais às suas necessidades de trabalho relativos.

Comércio em um mundo de um factor


Para descrever o padrão e os efeitos do comércio entre dois países em que cada país tem
apenas um factor de produção é simples. No entanto, as implicações desta análise podem ser
surpreendentes. De fato, para aqueles que ainda não pensaram sobre o comércio
internacional, muitas destas implicações parecem entrar em conflito com o senso comum.
Mesmo os modelos de comércio mais simples podem oferecer algumas orientações
importantes sobre questões do mundo real, como o que constitui uma concorrência
internacional justa e intercâmbio internacional justo.

Antes de chegarmos a essas questões, no entanto, vamos especificar o modelo. Suponha‐se


que existem dois países. Um deles voltamos a chamar de nacional e outra que chamamos de
Exterior. Cada um desses países tem um factor de produção (trabalho) e pode produzir dois
bens, vinho e queijo. Como antes, vamos denotar o trabalho Nacional por L e os requisitos do
unitários do trabalho para a produção de vinho e queijo produção são aLQ e aLV,
respectivamente.

Do Exterior, vamos utilizar uma notação conveniente: Quando nos referimos a algum aspecto
do país Exterior, vamos usar os mesmos símbolos para o Nacional, mas com um asterisco.
Assim:

 O Trabalho será denotado por L*,


 Requisitos unitários do trabalho para vinho e queijo serão indicados por 𝑎∗ e 𝑎∗
respectivamente, e assim por diante.

Em geral, as condições de trabalho por unidade podem seguir qualquer padrão. Por exemplo,
Nacional poderia ser menos produtivo do que Exterior em vinho, e mas mais produtivo em
queijo, ou vice‐versa. Para o momento, fazemos apenas uma suposição arbitrária: a de que
𝑎 𝑎∗
𝑎 𝑎∗

(2)

ou equivalentemente
𝑎 𝑎
𝑎∗ 𝑎∗

(3)

Ou seja, estamos assumindo que o rácio do trabalho requerido para produzir um quilo de
queijo comparado com o que requerido para produzir um litro de vinho é menor em Nacional
do que no Exterior. Mais brevemente ainda, estamos dizendo que o país Nacional tem maior
produtividade relativa em queijo do que no vinho.

Mas lembre‐se que o rácio de requisitos unitários de trabalho é igual ao custo de oportunidade
de queijo em termos de vinho, e lembre‐se também que definimos precisamente vantagens
comparativas em termos de custos de oportunidade dessas. Assim, a suposição sobre
produtividades relativas incorporados nas equações (2) e (3) equivale a dizer que o Nacional
tem uma vantagem comparativa em queijo.

(b) FPP do país Exterior

Q*v

F*
L*/a*Lv

P*
L*/a*LQ Q*Q

Um ponto deve ser observado de imediato: A condição sob a qual Nacional tem essa vantagem
comparativa envolve todos os quatro (4) requisitos de unidade trabalho (dois na nacional e
dois no exterior), e não apenas dois. Quando um país pode produzir uma unidade de um bem
com menos unidades de trabalho do que outro país, podemos dizer que o primeiro país tem
uma vantagem absoluta na produção desse bem. No nosso exemplo, Nacional tem uma
vantagem absoluta na produção de queijo.

Veremos dentro em pouco que não podemos determinar o padrão de comércio utilizando
somente a vantagem absoluta. Um dos erros mais comuns em discutir o comércio
internacional é confundir vantagem comparativa com vantagem absoluta.

Dada a força de trabalho e os requisitos unitários de trabalho nos dois países, podemos
desenhar a FPP de cada país. Nós já fizemos isso para a Nacional, para o país Exterior a FPP
esta desenhando na figura (b). Uma vez que a inclinação da FPP é igual ao custo de
oportunidade de queijo em termos de vinho, a FPP do Exterior é mais íngreme que a de
Nacional.

Na ausência de comércio, os preços relativos de queijo e vinho em cada país seriam


determinados pelas exigências de trabalho relativos. Assim, os preços do queijo seriam as
seguintes:

𝑎 𝑎∗
para 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙; para o 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟
𝑎 𝑎∗

Uma vez que introduzimos a possibilidade do comércio internacional, no entanto, os preços


não serão mais determinada por considerações puramente domésticas. Se o preço relativo de
queijo é maior no estrangeiro do que em casa, seria rentável enviar queijo para o país Exterior
em troca de vinho produzido por eles. Isso não pode continuar indefinidamente, no entanto.
Eventualmente o país Nacional irá exportar queijo suficiente e o país Exterior ira exportar
vinho suficiente para equalizar o preço relativo. Mas o que determina o nível em que se
estabelece este preço?

Determinação do Preço Relativo Após Comércio


Os preços dos bens comercializados internacionalmente, como outros preços, são
determinados pela oferta e pela demanda. Na discussão sobre a vantagem comparativa, no
entanto, temos de aplicar a análise de oferta e demanda com cuidado. Em alguns contextos, é
aceitável concentrar‐se apenas na oferta e demanda em um mercado único. Ao avaliar os
efeitos das quotas de importação de açúcar num país, por exemplo, é razoável usar a análise
de equilíbrio parcial, isto é, para estudar um mercado único, o mercado de açúcar. Quando
estudamos vantagem comparativa, no entanto, é crucial mantermos o controlo das relações
entre mercados (no nosso exemplo, os mercados de vinho e queijo). Uma vez que o país
Nacional exporta somente queijo em troca de importação de vinhos, e o país Exterior exporta
vinho em troca de queijo; analisar os mercados do queijo e vinho isoladamente pode dar lugar
a conclusões equivocadas. O que é necessário é a análise de equilíbrio geral, que leva em
conta as conexões entre os dois mercados.

Uma maneira útil para manter o controlo de dois mercados ao mesmo tempo é de concentrar‐
se não apenas sobre as quantidades de queijo e vinho oferecidos e procurados, mas também
da oferta e demanda relativa, ou seja, os quilos de queijo fornecidos divido pelos litros de
vinho fornecidos ou procurados.
A Figura c mostra a oferta e procura mundial de queijo em relação ao vinho como funções do
preço de queijo em relação à de vinho. A curva de demanda relativa é indicada por DR, a curva
de oferta relativa é indicada pelo OR. O equilíbrio mundial exige que OR seja igual a OR,
portanto, o preço relativo mundial é determinado pela intersecção da DR e OR.

A característica marcante da figura (c) é a forma esquisita da curva da OR: é uma forma de
“degrau” com seções planas ligadas por uma seção vertical. Uma vez que entendemos a
derivação da curva RS, estaremos em condições de entender o modelo.

Preço relativo (c) A procura e oferta relativa mundial


do Queijo
𝑃 ⁄𝑃

𝑎 ∗ ⁄𝑎 ∗ OR

DR
𝑎 ⁄𝑎

𝐿 ⁄𝑎 Quantidade relativa da produção


𝐿∗ ⁄𝑎∗ de queijo,

Em primeiro lugar, tal como estabelecido, a curva OR mostra que não haveria qualquer
fornecimento de queijo, se o preço do mercado mundial caísse abaixo de 𝑎 ⁄𝑎 . Para ver
porque, lembre que mostramos que o Nacional especializar‐se‐ia na produção de vinho
sempre que 𝑃 ⁄𝑃 𝑎 ⁄𝑎 . Da mesma forma, o país Exterior especializar‐se‐ia na produção
de vinho sempre que 𝑃 ⁄𝑃 𝑎∗ ⁄𝑎∗ . No início de nossa discussão da equação (2), fizemos a
suposição de que 𝑎 ⁄𝑎 𝑎∗ ⁄𝑎∗ . Então, a preços relativos de queijo abaixo de 𝑎 ⁄𝑎 ,
não haveria qualquer produção de queijo mundo.

Em seguida, quando temos a seguinte condição 𝑃 ⁄𝑃 𝑎 ⁄𝑎 , sabemos que os


trabalhadores do pais Nacional podem ganhar exactamente a mesma quantidade produzindo
queijo ou vinho. Assim, o Nacional estará disposto a fornecer qualquer quantidade relativa das
duas mercadorias, produzindo na seção plana da curva de oferta.

Já vimos que quando o 𝑃 ⁄𝑃 estiver acima de 𝑎 ⁄𝑎 , o país Nacional especializar‐se‐á na


produção de queijo. Enquanto 𝑃 ⁄𝑃 𝑎∗ ⁄𝑎∗ , o Exterior vai continuar a especializar‐se na
produção de vinho. Quando o país Nacional especializa‐se na produção de queijo, ela produz
𝐿⁄𝑎 quilos. Da mesma forma, quando Exterior especializa‐se em vinho, produz 𝐿∗ ⁄𝑎∗ litros.
Assim, por qualquer preço relativo entre 𝑎 ⁄𝑎 e 𝑎∗ ⁄𝑎∗ , a oferta relativa de queijo é:
𝐿 ⁄𝑎
𝐿∗ ⁄𝑎∗

Quando 𝑃 ⁄𝑃 𝑎∗ ⁄𝑎∗ , sabemos que os trabalhadores do país Nacional serão indiferentes


entre produzir queijo ou vinho. Finalmente, se o preço relativo for 𝑃 ⁄𝑃 𝑎∗ ⁄𝑎∗ , ambos
países especializar‐se‐ão na produção de queijo. Não haverá produção de vinho, tal maneira
que a oferta de queijo será infinita.

Um exemplo numérico pode ajudar neste ponto. Vamos supor, que:

 Na nacional, é preciso uma hora de trabalho para produzir um quilo de queijo e duas
horas para produzir um galão de vinho.
 No exterior leva seis horas para produzir um quilo de queijo, mas apenas três horas
para produzir um litro de vinho.

Neste caso, o custo de oportunidade de produção de queijo em termos de vinho é de ½ na


nacional, isto é, a mão‐de‐obra utilizada para produzir um quilo de queijo pode ter produzido
dois litros de vinho. Assim, a parte inferior plana da RS corresponde a um preço relativo de ½ .

Enquanto isso, no exterior o custo de oportunidade de queijo em termos de vinho é 2: as seis


horas de trabalho utilizadas para produzir um quilo de queijo poderiam ter produzido dois
litros de vinho. Assim, a secção superior plana do RS corresponde a um preço relativo de 2.

A RD não exige uma análise exaustiva. O declive da curva DR reflete efeitos de substituição.
Isto é, com os aumentos do preço relativo de queijo, os consumidores tendem a comprar
menos queijo e mais vinho, então a demanda relativa do queijo cai.

O preço de equilíbrio relativo de queijo é determinado pela intersecção da OR e DR. Figura C


mostra uma DR que intercepta a curva OR no ponto 1, onde o preço relativo do queijo é entre
os preços pré‐comercio dos dois países, entre os preços de ½ e 2. Neste caso, cada país se
especializa na produção do bem em que tem uma vantagem comparativa: a nacional produz
apenas queijo, enquanto o exterior produz apenas vinho.
Lição 4 – O MODELO DE UMA ECONOMIA DE DOIS FACTORES
DE PRODUÇÃO: O MODELO DE HECKSCHER-OHLIN
Introdução e especificação do modelo
Aqui iremos focalizar na versão mais simples do modelo, por vezes referido como "2 por 2 por
2": dois países, dois bens, dois factores de produção. Em nosso exemplo, vamos chamar os
dois países “nacional” e “exterior”. Vamos ficar com os seguintes dois produtos, tecido
(medido em metros) e comida (medida em calorias). Aqui assumimos que os fatores são
móveis no longo prazo. Assim, a terra usada para agricultura pode ser usado para construir
uma fábrica têxtil, e, inversamente, o capital utilizado para pagar por um tear mecânico pode
ser usado para pagar por um tractor. Para manter as coisas simples, iremos modelar um único
fator adicional que chamamos de capital, que é usado em conjunto com o trabalho para
produzir tecidos ou alimentos. No longo prazo, o capital e o trabalho podem mover‐se em
todos os sectores, assim, igualar seus retornos (taxa de aluguel e salário), em ambos os
sectores. Na realidade, o modelo conta com 3 fatores de produção: trabalho, terra, e capital.
Assumimos que a terra é implícita na produção de alimentos e tecido uma vez que é
impossível obter uma produção agrícola ou têxtil sem terra para a estabelecer a sua produção.

Preços e Produção
Tanto o tecido e alimentos são produzidos usando o capital e o trabalho. O valor de cada bem
produzido, dada a quantidade de capital e trabalho empregues em cada setor, é determinada
por uma função de produção para cada bem:

𝑄 𝑄 𝐾 ,𝐿 ,

𝑄 𝑄 𝐾 ,𝐿

Onde QT e QC são os níveis de produção de tecidos e alimentos, KT e LT são as quantidades de


capital e trabalho empregadas na produção de tecido, e KC e LC são as quantidades de capital e
trabalho empregados na produção de alimentos (ou comida). No geral, a economia tem uma
oferta fixa de capital K e L do trabalho que é dividido entre e empregue nos dois sectores.

Nós definimos as seguintes expressões que estão relacionados com as duas tecnologias de
produção:

𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 1 𝑚 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜

𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 1 𝑚 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜

𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 1 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 1 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Estes requisitos são muito semelhantes aos definidos no modelo Ricardiano (por trabalho
apenas). No entanto, há uma diferença crucial: Nessas definições, falamos da quantidade de
capital ou trabalho utilizado para produzir uma determinada quantidade de tecido ou de
alimentos, e não os inputs necessários para produzir essa quantidade. A razão para esta
alteração do modelo Ricardiano é que, quando existem dois factores de produção, pode haver
algum espaço para a escolha do uso de inputs.
Em geral, essas escolhas dependerão dos preços dos fatores de trabalho e capital. No entanto,
vamos primeiro olhar para um caso especial em que há apenas uma maneira de produzir cada
bem. Considere o seguinte exemplo numérico: Produção de um metro de tecido requer uma
combinação de duas horas de trabalho e duas máquinas‐hora. A produção de alimentos é mais
automatizada, como resultado, a produção de uma caloria de alimentos requer apenas uma
hora de trabalho, juntamente com as três máquinas‐horas. Assim, todos os requisitos de
entrada da unidade, são fixados em 𝑎 2; 𝑎 2; 𝑎 3; 𝑎 1; e não existe a
possibilidade de substituir o trabalho por capital, ou vice‐versa. Suponha que a economia é
dotada de 3,000 unidades de máquina‐horas, juntamente com 2,000 unidades de horas de
trabalho. Neste caso especial onde não existe substituição de fator de produção, a fronteira de
possibilidade de produção da economia pode ser derivada usando essas duas restrições de
recursos para o capital e o trabalho. Produção de QT metros de tecido requer 2QT = aKTQT
horas‐máquina e 2QT = aLTQT horas de trabalho. Da mesma forma, a produção de QC calorias de
alimentos requer 3QC = aKCQC horas‐máquina e 1QC = aLCQC horas de trabalho. O total de horas‐
máquina utilizadas para a produção de tecido e produção de alimentos não pode exceder a
oferta total de capital (1):

1 𝑎 𝑄 𝑎 𝑄 𝐾, 𝑜𝑟 2𝑄 3𝑄 3000

Esta é a restrição de recursos para o capital. Da mesma forma, a restrição de recursos para o
trabalho afirma que o total de horas de trabalho utilizado na produção não pode exceder a
oferta total de mão‐de‐obra (2):

2 𝑎 𝑄 𝑎 𝑄 𝐿, 𝑜𝑟 2𝑄 𝑄 2000

A gráfico 1 mostra as implicações de equações (1) e (2) para as possibilidades de produção em


nosso exemplo numérico. Cada restrição de recursos é desenhada da mesma forma que se
desenhou a linha de possibilidade de produção no modelo Ricardiano. Neste caso, no entanto,
a economia deve produzir sujeita aos constrangimentos. Assim, a fronteira de possibilidade de
produção é a linha torcida em vermelho mostrado na figura. Se a economia se especializa na
produção de alimentos (ponto 1), então ele pode produzir 1,000 calorias. Nesse ponto de
produção, existe a capacidade excedente de trabalho: apenas 1,000 horas de trabalho dos
2,000 estão sendo empregues. Por outro lado, se a economia especializa‐se na produção de
tecido (ponto 2), então ela pode produzir 1,000 metros de tecido. Nesse ponto da produção,
há capacidade excedente de capital: apenas 2,000 horas‐máquina dos 3,000 estão
empregados. No ponto 3 da produção, a economia está empregando todos os seus recursos de
trabalho e capital (1,500 horas‐máquina e 1,500 horas de trabalho na produção de tecido, e
1,500 horas‐máquina, juntamente com 500 horas de trabalho na produção de alimentos).

A característica importante desta FPP é que o custo de oportunidade de produzir um metro


extra de tecido em termos de alimentos não é constante. Quando a economia está produzindo
principalmente alimentos (para a esquerda do ponto 3), em seguida, existe uma capacidade de
trabalho de reserva. Produzindo duas unidades alimentares a menos libera seis horas‐máquina
que podem ser usados para produzir três metros de tecido: O custo de oportunidade de tecido
é de 2/3. Quando a economia está produzindo principalmente tecido (à direita do ponto 3),
então não há capacidade de capital excedente. Produzindo duas unidades menos de alimento
libera duas horas de trabalho que podem ser utilizados para produzir um metro de tecido: O
custo de oportunidade de tecido é 2. Assim, o custo de oportunidade de tecido é maior
quando mais unidades de tecido estão sendo produzidas.

[GRÁFICO 1]

Qc

Limitação da mão‐
de‐obra = ‐ 2

FPP: declive = custo de


1,000 oportunidade de tecido
em termos de comida
500

Limitação do capital:
declive = ‐2/3

750 1,000 QT

Agora vamos tornar o modelo mais realista e permitir a possibilidade de substituir o capital
com o trabalho e vice‐versa no processo de produção. Esta substituição elimina a torção
existente na fronteira de possibilidade de produção; em vez disso, a fronteira PP tem a forma
parabólica mostrada no gráfico 2. A forma curvada nos diz que o custo de oportunidade em
termos de alimentos no acto de produção de uma unidade de tecido sobe mais quando a
economia produz mais tecido e menos comida. Isto é, a nossa visão básica sobre como o
custos de oportunidade muda com a combinação de produção continua válida.

Onde na fronteira de possibilidade de produção é que a economia produz? Depende de


preços. Especificamente, a economia produz no ponto que maximiza o valor da produção.
Figura 3 mostra o que isso implica. O valor da produção da economia é (3)

𝑉 𝑃 𝑄 𝑃 𝑄 ,

onde PT e PC são os preços de tecido e de alimentos, respectivamente. Uma linha de isovalores


– uma linha ao longo da qual o valor de inputs é constante – tem uma inclinação de 𝑃 ⁄𝑃 . A
economia produz no ponto Q, o ponto da FPP que toca a linha isovalores mais alto possível.
Nesse ponto, a inclinação da fronteira da possibilidade de produção é igual a 𝑃 ⁄𝑃 . Assim, o
custo de oportunidade em termos de alimentos de produzir outra unidade de tecido é igual ao
preço relativo de tecido.
[GRÁFICO 2]

QC

PP

QT

Escolhendo a combinação de inputs


Num modelo de dois inputs, os produtores tem espaço para a escolha do uso de insumos. Um
agricultor, por exemplo, pode escolher entre usar equipamentos relativamente mais
mecanizados (capital) e menos trabalhadores, ou vice‐versa. Assim, o agricultor pode escolher
o quanto de trabalho e capital para usar por unidade produzida. Em cada sector os produtores
terão que enfrentar cedências mútuas, como o ilustrado pela curva II na gráfico 4, que mostra
as combinações de inputs alternativos que podem ser usados para produzir uma caloria de
alimentação.

Que escolha de inputs os produtores irão realmente fazer? Isso depende dos custos relativos
de capital e trabalho. Se as taxas de aluguer de capital são altos e os salários baixos, os
agricultores optam por produzir usando pouco capital e muito trabalho; por outro lado, se as
taxas de aluguer forem baixos e salários altos, eles vão economizar sobre o trabalho e usar
muito mais capital. Se w é a taxa de salário e r o custo de aluguer de capital, em seguida, a
escolha de inputs vai depender da relação desses dois preços dos factores, w/r. A relação
entre os preços dos factores e o rácio de trabalho e o capital utilizado na produção de
alimentos é mostrada no gráfico 5 como a curva FF.

Existe uma relação correspondente a relação do trabalho‐capital na produção de tecidos. Esta


relação está representada no gráfico 5 como a curva TT. Como projectado, TT é deslocado para
fora em relação ao CC, indicando que a qualquer preço de inputs, a produção de tecidos vai
usar sempre mais trabalho em relação ao capital do que a produção de alimentos. Quando isto
é verdade, podemos dizer que a produção de tecido é de trabalho intensivo, enquanto a
produção de alimentos é capital intensivo. Note‐se que a definição de intensidade depende da
relação de trabalho para o capital utilizados na produção, não a relação de trabalho ou de
capital para a produção. Assim, um bem não pode ser tanto de capital e de trabalho intensivo.
[GRÁFICO 3]

QC Linhas de Isovalores

PP

QT

[GRÁFICO 4]

aKC

Combinações de input
que produzem uma
caloria de alimento

II

aLC
[GRÁFICO 5]

Rácio de
Salario‐renda w/r

TT

CC
L/K Rácio trabalho‐capital

As curvas CC e TT no gráfico 5 são chamadas de curvas de demanda relativas de fator, pois eles
são muito semelhantes à curva de demanda relativa por bens. Sua inclinação descendente
caracteriza o efeito de substituição na demanda dos produtores pelos fatores. Como o salário
w sobe em relação a taxa de aluguer r, os produtores substituem o trabalho pelo capital nas
suas decisões de produção. O caso anterior foi considerado sem substituição de fators, o que é
um caso limite, onde a curva de demanda relativa é uma linha vertical: A relação do trabalho
ao capital exigido é fixo e não varia com as mudanças na relação de salário de aluguel w/r.

Os preços dos factores e dos preços dos bens


Suponhamos por um momento que a economia produz tanto tecido e alimentos. Então, a
concorrência entre os produtores de cada setor irá garantir que o preço de cada bem é igual a
seu custo de produção. O custo de produção de um bem depende de preços dos fatores: Se os
salários sobem, então outras coisas iguais, o preço de qualquer bem cuja produção utiliza
trabalho também vai subir.

A importância do preço de um determinado factor para o custo de produção de um bem


depende da quantidade de factor de produção do bem que envolve. Se a produção de
alimentos faz muito pouco uso de mão‐de‐obra, por exemplo, então o aumento do salário não
vai ter muito efeito sobre o preço dos alimentos, enquanto se a produção de tecido usa uma
grande quantidade de trabalho, um aumento no salário terá um grande efeito sobre o preço.
Assim, podemos concluir que há uma relação de um‐para‐um entre o rácio da taxa de salário
para a taxa de aluguer, w/r, e o rácio entre o preço do tecido para a comida, PT/PC. Esta relação
é ilustrada pela curva SS de inclinação ascendente no gráfico 6
[GRÁFICO 6]

Preço relativo do
tecido

PT/PC

SS

w/r

[GRÁFICO 7]

w/r TT
SS CC

𝑤⁄𝑟

𝑤⁄𝑟

Rácio do 𝑃 𝑃 𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 Rácio do
preço relativo, 𝑃 𝑃 𝐾 𝐾 𝐾 𝐾 trabalho‐
aumentando aumentando capital,

Analisemos os gráficos 5 e 6 juntos. No gráfico 7, o painel da esquerda é o gráfico 6 (da curva


de SS) girado para a esquerda 90 graus, enquanto o painel direito reproduz o gráfico 5. Ao
colocar esses dois diagramas juntos, verá que pode parecer à primeira vista, uma ligação
surpreendente dos preços de bens à relação do trabalho ao capital usado na produção de cada
bem. Suponha‐se que o preço relativo do tecido é (PT/PC)1 (painel da esquerda do gráfico 7), se
a economia produz dois produtos, o rácio entre a taxa de salário e a taxa de aluguer de capital
deve ser igual a (w/r)1. Esta proporção significa que as razões de trabalho para o capital
empregados na produção de tecidos e de alimentos deverá ser (LT/KT)1 e (LC/KC)1
respectivamente (painel da direita do gráfico 7). Se o preço relativo do tecido fosse a subir
para o nível indicado por (PT/PC)2, a relação entre a taxa de salário para a taxa de aluguer de
capital aumentaria a (w/r)2. Porque o trabalho é agora relativamente mais caros, as relações
de trabalho para o capital empregado na produção de tecidos e alimentos, portanto, baixaria
para (LT/KT)2e (LC/KC)2.

Podemos aprender mais uma lição importante a partir deste diagrama. O painel esquerdo já
nos diz que um aumento do preço do tecido em relação à dos alimentos irá aumentar o
rendimento dos trabalhadores em relação à dos proprietários de capital. Mas é possível fazer
uma indicação mais forte ainda:

A mudança de preços relativos elevará de forma inequívoca o poder de compra dos


trabalhadores e diminuirá o poder de compra dos donos do capital através do aumento dos
salários reais e redução das rendas reais em termos de ambos os bens.

Como sabemos isso? Quando PT/PC aumenta, o rácio de trabalho para o capital cai em ambos
produção de tecidos e de alimentos. Mas em uma economia competitiva, os fatores de
produção são pagos o seu produto marginal – o salário real dos trabalhadores em termos de
tecido é igual à produtividade marginal do trabalho na produção de tecido, e assim por diante.
Quando o rácio do trabalho ao capital na produção de um bem cai, o produto marginal do
trabalho, em termos dos dois bens aumenta – assim os trabalhadores passam a ter o seu
salário real maior em termos de ambos os bens. Por outro lado, o produto marginal do capital
cai em ambas as indústrias, assim que os proprietários de capital passam a ter os seus
rendimentos reais mais baixos em termos de ambos os bens.

Neste modelo as mudanças nos preços relativos têm fortes efeitos sobre a distribuição de
renda. Não apenas uma mudança nos preços dos bens em alterar a distribuição de renda, que
sempre muda tanto que os proprietários de um imput ganham, enquanto os proprietários do
outro perdem.

Recursos e produção
Podemos agora completar a descrição de uma economia de dois fatores, descrevendo a
relação entre os preços dos bens, oferta de fatores, e de produção. Em particular,
investigamos como as mudanças em recursos (a oferta total de um fator) influenciam a
alocação de fatores entre os sectores e as mudanças associadas com a produção total.

Suponha que nós tomamos o preço relativo de tecido como dado. Sabemos, através do gráfico
7, que um determinado preço relativo do tecido, por exemplo (PT/PC)1, está associado com
uma relação de salário e aluguer fixo (w/r)1 (assumindo que ambos tecido e alimentos são
produzidos). Essa proporção, por sua vez, determina os rácios de trabalho para o capital
empregues em ambos os sectores de tecidos e os da alimentação, (LT/KT)1 e (LC/KC)1
respectivamente. Agora vamos supor que a força de trabalho na economia cresce, o que
implica que o trabalho agregado na economia em relação ao capital, L/K, aumenta. A um
determinado preço relativo de tecido, (PT/PC)1, acabamos de ver que o rácio de trabalho para o
capital empregue em ambos os sectores permanecem constantes. Como pode a economia
acomodar o aumento da oferta agregada relativa de trabalho, L/K, se o trabalho relativo
demandado em cada setor permanece constante em (LT/KT)1 e (LC/KC)1? Em outras palavras,
como é que a economia emprega as horas de trabalho adicionais? A resposta está na alocação
de capital e trabalho em todos os setores: o rácio de trabalho‐capital no setor de tecido é
maior do que no setor de alimentos, por isso a economia pode aumentar o emprego do
trabalho comparado com o capital (mantendo a relação trabalho‐capital fixo em cada setor)
através da atribuição de mais trabalho e capital para a produção de tecido (que é de trabalho
intensivo). Assim que o trabalho e o capital move do setor de alimentos para o setor de tecido,
a economia produz mais tecido e menos comida.

A melhor maneira de pensar sobre esse resultado é em termos de como os recursos que
afectam as FPP da economia. No gráfico 8 a curva TT1 representa FPP da economia antes do
aumento da oferta de trabalho. A produção no ponto 1, onde a inclinação da FPP é igual ao
negativo do preço relativo de tecido, – PT/PC, e a economia produz tecido e alimentos. A curva
TT2 mostra a FPP após um aumento na oferta de trabalho. A economia pode produzir mais
quantidades dos dois bens do que antes. O deslocamento para fora da FPP é, contudo, muito
maior na direcção do tecido do que de alimentos, isto é, há uma expansão parcial de
possibilidades de produção, o que ocorre quando a fronteira da possibilidade de produção se
desloca para fora muito mais numa direcção do que no outro. Neste caso, a expansão é tão
fortemente inclinados para a produção de tecido que a preços relativos inalterados, move‐se a
produção do ponto 1 para o ponto 2, o que implica uma diminuição efectiva na produção de
alimentos e um grande aumento na produção de tecido.

[GRÁFICO 8]

QC

𝑇𝑇

𝑇𝑇
1
𝑄
2
𝑄

𝑄 𝑄 QT

O efeito parcial de um aumento dos recursos sobre as possibilidades de produção é a chave


para a compreensão de como as diferenças de recursos dão origem ao comércio internacional.
Um aumento da oferta de trabalho expande as possibilidades de produção de forma
desproporcionada na direcção de produção de tecidos, enquanto que um aumento na oferta
de capital expande‐los de forma desproporcionada na direcção de produção de alimentos.
Assim, uma economia com uma elevada oferta relativa de trabalho em ralação ao capital será
relativamente melhor na produção de tecido do que uma economia com uma baixa oferta
relativa de trabalho em relação ao capital. Geralmente, uma economia tenderá a ser
relativamente eficaz na produção de bens que são intensivos em fatores com que o país está
relativamente bem dotado.

Efeitos do comércio internacional entre duas economias de dois factores


Tendo esboçado a estrutura de produção de uma economia de dois fatores, podemos agora
olhar para o que acontece quando duas economias, entram em comercio. Como sempre,
nacionais e exterior são semelhantes ao longo de muitas dimensões. Eles têm os mesmos
gostos e, portanto, idênticas demandas relativas de alimentos e tecido, quando confrontado
com os mesmos preços relativos dos dois bens. Eles também têm a mesma tecnologia: Uma
determinada quantidade de rendimentos de trabalho e de capital a mesma produção de
qualquer tecido ou de alimentos nos dois países. A única diferença entre os países está em
seus recursos: nacional tem uma maior proporção de trabalho para o capital de Relações
Exteriores.

Preços relativos e o padrão do comércio


Desde que nacional tem uma maior proporção de trabalho em relação ao capital comparado
com o exterior, o trabalho é abundante na nacional e capital é abundante no exterior. Note‐se
que a abundância é definida em termos de uma relação e não em quantidades absolutas. Por
exemplo, o número total de trabalhadores nos Estados Unidos é cerca de três vezes maior do
que no México, mas o México ainda seria considerado abundante em trabalho em relação aos
Estados Unidos uma vez que o estoque de capital dos EUA é três vezes maior do que o estoque
de capital do México. "Abundância" é sempre definida em termos relativos, comparando a
relação de trabalho para o capital, nos dois países, assim nenhum país é abundante em tudo.

Uma vez que o tecido é um bem de trabalho intensivo, o FPP da nacional relativo ao de
exterior é deslocado para fora mais na direcção do tecido do que na direcção da alimentação.
Assim, outras coisas iguais, nacional tende a produzir uma proporção mais elevada de tecido
do que alimentos.

Dado que o comércio leva a uma convergência dos preços relativos, uma das outras coisas que
serão iguais é o preço de tecido em relação à de alimentação. Porque os países diferem em
suas abundâncias de factores, no entanto, para qualquer rácio do preço do tecido em relação a
comida, nacional irá produzir uma proporção maior de tecido do que a comida do que o
exterior: a nacional terá uma maior oferta relativa de tecido. Curva de oferta relativa da
nacional, então, encontra‐se ao direito da exterior.

A programação da oferta relativa de nacional (OS) e Exterior (OR*) são ilustrados no gráfico 9.
A curva da procura relativa (DR), assumido ser a mesma para ambos os países, é mostrado
como DR. Se não houvesse o comércio internacional, o equilíbrio para nacional seria no ponto
1, enquanto o equilíbrio do exterior seria no ponto 3. Ou seja, na ausência de comércio, o
preço relativo de tecido seria menor em nacional do que no Exterior.
Quando nacional e Exterior Comercializam um com o outro, seus preços relativos converge. O
preço relativo de tecido sobe em nacional e diminui no Exterior, e um novo preço relativo
mundial do tecido é estabelecido.

[GRÁFICO 9]

PT/PC

OR* OR

3
2
1

DR

w/r

Estabelecemos anteriormente que uma economia responde a esta abertura do comércio com
base na direção da mudança no preço relativo dos bens: a economia exporta o bem cujo preço
relativo aumente. Assim, nacional vai exportar tecido (o preço relativo de tecido sobe em
nacional), enquanto Exterior vai exportar alimentos (O preço relativo de tecido baixa no
Exterior, o que significa que o preço relativo dos alimentos sobe lá).

Casa torna‐se um exportador de tecido, porque é trabalho abundante (em relação ao Exterior)
e porque a produção de tecido é de trabalho intensivo (em relação à produção de alimentos).
Da mesma forma, o exterior se torna um exportador de alimentos, pois é de capital abundante
e porque a produção de alimentos é de capital intensivo. Estas previsões dão lugar ao seguinte
teorema:

Teorema Heckscher‐Ohlin: O país que é abundante em um fator exporta o bem cuja produção
é intensiva em aquele fator.
Lição 5 - o modelo padrão/estândar
O Modelo Padrão do Comércio internacional

Nas ulas anteriores desenvolvemos vários modelos de comércio internacional, cada um dos
quais faz diferentes hipóteses sobre os determinantes de possibilidades de produção. Para
enfatizar pontos importantes, cada um desses modelos deixa de fora aspectos da realidade
que os outros estressam. Estes modelos são:

• O modelo de Ricardo. Possibilidades de produção são determinadas pela atribuição de um


único recurso, trabalho, entre os setores. Este modelo transmite a idéia essencial da vantagem
comparativa, mas não nos permitem falar sobre a distribuição de renda.

• O modelo de fatores específicos. Este modelo inclui vários fatores de produção, mas alguns
são específicos para os setores em que trabalham. Ela também captura as conseqüências de
curto prazo do comércio sobre a distribuição de renda.

• O modelo de Heckscher‐Ohlin. Os múltiplos fatores de produção neste modelo pode mover‐


se em todos os sectores. Diferenças de recursos (a disponibilidade desses fatores ao nível do
país), os padrões de comércio unidade. Este modelo também captura as conseqüências de
longo prazo do comércio sobre a distribuição de renda.

Quando analisamos os problemas reais, queremos basear nossas idéias em uma mistura
destes modelos. Por exemplo, nas últimas duas décadas uma das mudanças centrais no
comércio mundial foi o rápido crescimento das exportações das economias de industrialização
recente. Estes países experimentou um rápido crescimento da produtividade, para discutir as
implicações deste crescimento da produtividade, a gente pode querer aplicar o modelo de
Ricardo do Capítulo 3. A mudança no padrão de comércio tem efeitos diferenciados sobre os
diferentes grupos nos Estados Unidos, para entender os efeitos do aumento do comércio na
distribuição de renda dos EUA, a gente pode querer aplicar os fatores específicos (para os
efeitos de curto prazo) ou o Heckscher‐Ohlin (para os efeitos de longo prazo) os modelos dos
capítulos 4 e 5.

Apesar das diferenças nos seus pormenores, os modelos têm uma série de características:

1. A capacidade produtiva de uma economia pode ser resumida por sua fronteira de
possibilidade de produção, e as diferenças dessas fronteiras dão origem ao comércio.

2. Possibilidades de produção determinar cronograma oferta relativa de um país.

3. Equilíbrio mundial é determinado pela demanda relativa mundial e um cronograma de


oferta relativa mundial, que se situa entre as agendas nacionais de fornecimento relativos.

Por causa dessas características comuns, os modelos que estudamos podem ser vistos como
casos especiais de um modelo mais geral de uma economia mundial de negociação. Há muitas
questões importantes na economia internacional, cuja análise pode ser realizado em termos
deste modelo geral, com apenas os detalhes, dependendo de qual modelo especial que você
escolher. Essas questões incluem os efeitos de mudanças na oferta mundial decorrente do
crescimento econômico e as mudanças simultâneas de oferta e demanda resultante de tarifas
e subsídios à exportação.

Este capítulo salienta as idéias de teoria do comércio internacional que não estão fortemente
dependentes dos detalhes do lado da oferta da economia. Nós desenvolvemos um modelo
padrão de uma economia mundial de comércio, dos quais os modelos dos capítulos 3 a 5
podem ser considerados como casos especiais, e usar este modelo para perguntar como uma
variedade de alterações nos parâmetros subjacentes afetam a economia mundial.

Um modelo padrão de uma economia baseada no comércio

O modelo padrão de comércio é construído em quatro relações fundamentais: (1) a relação


entre a fronteira de possibilidade de produção ea curva de oferta relativa, (2) a relação entre
os preços relativos e demanda relativa, (3) a determinação do equilíbrio mundial, relativo
mundo oferta e demanda mundial relativa, e (4) o efeito dos termos de troca o preço das
exportações de um país dividido pelo preço de suas importações, no bem‐estar de uma nação.

Possibilidades de produção e oferta relativa

Para efeitos do nosso modelo padrão, assumimos que cada país produz dois bens, alimentos
(F) e tecidos (C), e essa fronteira de possibilidade de produção de cada país é uma curva suave
como a ilustrada por TT na Figura 6‐1. O ponto na fronteira de possibilidade de produção a que
uma economia produz realmente depende do preço de tecido relativa aos alimentos, PC / PF.
Em determinados preços de mercado, a economia de mercado vai escolher os níveis de
produção que maximizem o valor da sua produção, onde QC é a quantidade de tecido
produzido e QF é a quantidade de alimentos produzidos.

Figura 6‐1

Podemos indicar o valor da produção no mercado pelo desenho de um número de isovalue


linhas, ou seja, as linhas ao longo das quais o valor da produção é constante. Cada uma destas
linhas é definida por uma equação da forma ou do rearranjo, onde V é o valor de saída. O V é
maior, o mais longe uma linha isovalue reside, assim isovalue linhas mais longe da origem
correspondem aos valores mais elevados de produção. A inclinação de uma linha de isovalue é
Na Figura 6‐1, o maior valor de saída é conseguida através da produção no ponto Q, onde TT é
tangente a uma linha de isovalue.

Agora, suponha que estavam a subir (tecido torna‐se mais valioso em relação à comida). Em
seguida, as linhas isovalue seria mais acentuada do que antes. Na Figura 6‐2a, a linha mais alta
isovalue a economia pode atingir antes da alteração, como é mostrado, a linha mais alta, após
a mudança de preço é o ponto no qual a economia produz mudanças a partir de Assim, como
seria de esperar, o aumento na preço relativo do tecido leva a economia para produzir mais
tecido e menos alimentos. A oferta relativa de pano, portanto, aumentam quando o preço
relativo do pano sobe. Esta relação entre os preços relativos e produção relativa é reflectida na
curva de oferta relativa da economia mostrado na Figura 6‐2b.

Preços relativos e demanda


Figura 6‐3 mostra a relação entre produção, consumo e comércio no modelo standard. Como
dissemos no Capítulo 5, o valor do consumo de uma economia é igual ao valor de sua
produção:

PCQC + = PFQF PCDC PFDF + = V,

onde e são o consumo de alimentos e de pano, respectivamente. A equação acima diz que a
produção eo consumo deve estar na mesma linha isovalue.

Escolha de um ponto sobre a linha isovalue da economia depende dos gostos dos seus
consumidores. Para o nosso modelo padrão, assume‐se que as decisões de consumo da
economia pode ser representada como se estivessem com base nos gostos de um único
indivíduo representativo.

Figura 6‐2

Os gostos de uma pessoa pode ser representada graficamente por uma série de curvas de
indiferença. Uma curva de indiferença traça um conjunto de combinações de pano (C) e
alimento (F), o consumo que deixam o indivíduo igualmente bem fora. Tal como ilustrado na
Figura 6‐3, curvas de indiferença tem três propriedades:

1. Eles são negativamente inclinada: Se um indivíduo é oferecido menos comida (F), em


seguida, ser feita igualmente bem fora, ela deve ser dado mais pano (C).

2. Quanto mais para cima e para uma curva de indiferença direito se encontra, maior será o
nível de bem‐estar a que corresponde: Um indivíduo vai preferir ter mais de ambos os bens
para menos.

3. Cada curva de indiferença fica mais achatada como se mova para a direita (que são
inclinadas para fora para a origem): A mais C e inferior a um indivíduo consome F, a uma
unidade mais de F é valioso na margem em comparação com uma unidade de C , de modo
mais C terá de ser fornecido para compensar qualquer redução adicional em F.

Figura 6‐3

Como você pode ver na Figura 6‐3, a economia vai optar por consumir no ponto na linha
isovalue que produz o maior bem‐estar possível. Este é um ponto onde a linha isovalue é
tangente à curva de máxima alcançável indiferença, mostrado aqui como ponto D. Note‐se
que, neste ponto, a economia exportações pano (a quantidade de tecido produzido excede a
quantidade consumida de pano) e de importação de alimentos.

Agora, considere o que acontece quando aumenta. O painel (a) na Figura 6‐4 mostra os
efeitos. Primeiro, a economia produz mais e menos C F, deslocando a produção de para. Isso
muda, a partir da linha isovalue em que o consumo deve mentir. Escolha o consumo da
economia, portanto, também se desloca, a partir de O movimento reflete a partir de dois
efeitos da subida em primeiro lugar, a economia mudou‐se para uma curva de indiferença
mais alta, o que significa que é melhor. A razão é que esta economia é um exportador de pano.
Quando o preço relativo do pano sobe, a economia pode trocar uma determinada quantidade
de pano para uma quantidade maior de importação de alimentos. Assim, o preço relativo
maior de sua boa exportação representa uma vantagem. Em segundo lugar, a mudança de
preços relativos leva a um deslocamento ao longo da curva de indiferença, em relação à
comida e longe de pano (desde pano agora é relativamente mais caro).

Estes dois efeitos são familiares a partir da teoria econômica básica. O aumento do bem‐estar
é um efeito renda, a mudança no consumo em determinado nível de bem‐estar é um efeito de
substituição. O efeito renda tende a aumentar o consumo de ambos os bens, enquanto o
efeito de substituição age para tornar a economia consomem menos C e mais F.

Painel (b) na Figura 6‐4 mostra a oferta relativa e curvas de demanda associadas à fronteira de
possibilidades de produção e as curvas de indiferença. O gráfico mostra o aumento dos preços
relativos do pano induz um aumento na produção relativa de tecido (ponto de passagem de 1
a 2), bem como uma diminuição no consumo relativo de pano (movimento do ponto a). Esta
mudança no consumo relativo capta o efeito da substituição da mudança de preço. Se o efeito
renda da mudança de preço eram grandes o suficiente, então os níveis de consumo de ambos
os bens poderia aumentar (e tanto o aumento), mas o efeito de substituição da demanda dita
que o consumo relativo de pano, diminuir. Se a economia não pode negociar, então ele
consome e produz no ponto 3 (associado com o preço relativo.

Figura 6‐4

O efeito de bem‐estar das Mudanças nos Termos de Comércio

Quando aumenta, um país que exporta inicialmente pano é feito melhor, como ilustrado pelo
movimento de no painel (a) da Figura 6‐4. Por outro lado, se fosse para cair, o país seria feito
pior, por exemplo, o consumo pode voltar a partir de

Se o país fosse inicialmente um exportador de alimentos em vez de pano, a direção desse


efeito seria revertida. Um aumento significaria uma queda eo país estaria bem pior: o preço
relativo do bem que exporta (alimentos) cairia. Cobrimos todos esses casos, definindo os
termos de troca como o preço do bem de um país inicialmente exportações dividido pelo
preço de o bem que inicialmente as importações. A declaração geral, então, é que um
aumento nos termos de comércio aumenta o bem‐estar de um país, enquanto uma queda nos
termos de troca reduz o seu bem‐estar.

Note, no entanto, que as mudanças em termos de comércio de um país nunca pode diminuir o
bem‐estar do país abaixo do seu nível de bem‐estar na ausência de comércio (representado
pelo consumo at). Os ganhos do comércio mencionado nos capítulos 3, 4 e 5 ainda se aplicam
a esta abordagem mais geral. As mesmas isenções discutido anteriormente também se
aplicam: ganhos agregados raramente são distribuídos uniformemente, levando a ambos os
ganhos e perdas para os consumidores individuais.

Determinação dos preços relativos

Vamos supor agora que a economia mundial é composta por dois países, mais uma vez
nomeados casa (que exporta pano) e estrangeiros (que exporta alimentos). Termos de troca
de casa são medidos por enquanto Exteriores do são medidos por Assumimos que estes
padrões de comércio são induzidas por diferenças na casa de capacidades de produção e de
estrangeiros, representados pelas curvas de oferta relativo associado no painel (a) da Figura
6.5. Assumimos também que os dois países compartilham as mesmas preferências e, portanto,
têm a mesma curva de demanda relativa. Em qualquer dado relativo preço inicial vai produzir
quantidades de tecidos e de alimentos e ao mesmo tempo Foreign produz quantidades e onde
a oferta relativa para o mundo é, então, obtido somando os níveis de produção, tanto para
pano e comida e levando a relação: Por construção, esta oferta relativa curva para o mundo
deve estar entre as curvas de oferta em relação tanto para países.4 demanda relativa para o
Mundial também agrega as demandas de pano e alimentos nos dois países: Desde que não há
diferenças nas preferências entre os dois países, a demanda relativa curva para as
sobreposições mundo com a mesma curva de demanda relativa de cada país.

O preço relativo de equilíbrio para o mundo (quando a Casa e Comércio Exterior) é dada pela
interseção da oferta relativa mundial e da demanda no ponto 1. Este preço relativo determina
quantas unidades de Home exportações de pano são trocados por exportações de alimentos
do estrangeiro. No preço relativo equilíbrio, de Home exportações desejados de pano,
corresponder‐se com as importações de tecidos desejados de estrangeiros, o mercado de
alimentos também está em equilíbrio para que de Home importações desejados de alimentos,
corresponder‐se com as exportações desejados alimentos de Estrangeiros, a possibilidade
fronteiras de produção para Casa e Exterior, juntamente com as restrições orçamentárias e de
produção e consumo escolhas associadas ao preço relativo equilíbrio são ilustrados no painel
(b).

Agora que sabemos como oferta relativa, a demanda relativa, os termos de troca, e bem‐estar
são determinados no modelo padrão, podemos usá‐lo para compreender uma série de
questões importantes na economia internacional.

Crescimento Econômico: Um deslocamento da curva RS

Os efeitos do crescimento econômico em uma economia mundial de comércio são uma fonte
perene de preocupação e polêmica. O debate gira em torno de duas perguntas. Em primeiro
lugar, é o crescimento econômico em outros países bons ou maus para a nossa nação? Em
segundo lugar, é o crescimento de um país mais ou menos valioso quando essa nação é parte
de uma economia mundial estreitamente integrada?

Ao avaliar os efeitos do crescimento em outros países, os argumentos do senso comum pode


ser feita em ambos os lados. De um lado, o crescimento econômico no resto do mundo pode
ser bom para a nossa economia, porque isso significa maiores mercados para nossas
exportações e preços mais baixos para as nossas importações. Por outro lado, o crescimento
em outros países pode significar aumento da concorrência para os nossos exportadores e os
produtores nacionais, que precisam competir com os exportadores estrangeiros.

Figura 6‐5

Podemos encontrar ambigüidades semelhantes, quando olhamos para os efeitos do


crescimento em casa. Por um lado, o crescimento da capacidade de produção de uma
economia deve ser mais valiosa quando esse país pode vender alguns de seus aumento da
produção para o mercado mundial. Por outro lado, os benefícios do crescimento pode ser
repassada aos estrangeiros, na forma de preços mais baixos para as exportações do país, em
vez de mantidos em casa.

O modelo padrão de comércio desenvolvido na última seção fornece uma estrutura que pode
cortar essas aparentes contradições e esclarecer os efeitos do crescimento econômico em um
mundo de negociação.

Crescimento e Possibilidade fronteira de produção

O crescimento econômico significa uma mudança para fora da fronteira de possibilidade de


produção de um país. Este crescimento pode resultar tanto de um aumento dos recursos de
um país ou de melhorias na eficiência com que são utilizados esses recursos.

Os efeitos do comércio internacional de resultado do crescimento do fato de que esse


crescimento normalmente tem um viés. Crescimento tendenciosa ocorre quando a fronteira
de possibilidade de produção se desloca mais em uma direção do que na outra. O painel (a) da
Figura 6‐6 ilustra a tendência para o crescimento de pano (deslocamento de a), enquanto que
o painel (b) mostra o crescimento inclinado para alimentos (deslocamento de a).

Crescimento pode ser tendenciosa, por duas razões principais:

1. O modelo ricardiano do capítulo 3 mostra que o progresso tecnológico em um setor da


economia vai expandir as possibilidades de produção da economia mais na direção da
produção desse setor do que na direção da saída do outro setor.

2. O modelo de Heckscher‐Ohlin do capítulo 5 mostrou que um aumento na oferta de um fator


de produção‐dizer de um país, um aumento do capital social resultante da poupança e do
investimento irá produzir tendenciosa expansão das possibilidades de produção. A polarização
será na direcção, quer do bem, ao qual o factor é específica ou o bem cuja produção é
intensiva no factor cuja oferta aumentou. Assim, as mesmas considerações que dão origem ao
comércio internacional também levará a um crescimento tendenciosa em uma economia de
negociação.

Os desvios de crescimento nos painéis (a) e (b) são fortes. Em cada caso, a economia é capaz
de produzir mais de dois produtos. No entanto, a um preço relativamente inalterada do pano,
a saída de comida, na verdade cai do painel (a), enquanto que a saída do pano cai realmente
no painel (b). Embora o crescimento não é sempre tão fortemente inclinado como é nestes
exemplos, o crescimento ainda mais do que é ligeiramente inclinado para pano conduzirá, para
qualquer dos preços relativos do pano, a um aumento da produção de tecido em relação à de
alimentação. Em outras palavras, a curva de oferta relativa do país se desloca para a direita.
Esta alteração está representada no painel (C), como a transição do crescimento para Quando
é polarizado em relação à comida, a curva da oferta relativa se desloca para a esquerda, como
mostrado pela transição de a

Oferta relativa mundial e dos termos de troca

Suponha agora que o crescimento inicial de experiências fortemente inclinado para o pano, de
modo que a sua produção de pano sobe a qualquer preço relativo do pano, enquanto a sua
saída do declínio de alimentos (como mostrado no painel (a) da Figura 6‐6). Então, a saída de
pano em relação à comida vai subir a qualquer preço para o mundo como um todo, ea curva
de oferta relativa mundial se deslocará para a direita, assim como a curva de oferta relativa
para Home. Essa mudança na oferta relativa mundial é mostrada no painel (a) da Figura 6‐7
como uma mudança de para que resulta em uma diminuição do preço relativo de pano de a,
uma piora dos termos de Início de comércio e uma melhoria no Exteriores da termos de troca.

Figura 6‐6

Figura 6‐7

Observe que a consideração importante aqui não é que a economia cresce, mas sim o
preconceito de que o crescimento. Se estrangeiros tinham experimentado um crescimento
fortemente inclinado para o pano, o efeito sobre a curva de oferta relativa mundial e,
portanto, sobre os termos de troca teria sido similar. Por outro lado, seja inicial ou Foreign
crescimento fortemente inclinado em direção a comida vai levar a um deslocamento para a
esquerda da curva RS (a) para o mundo e, assim, a um aumento no preço relativo de pano de
até (como mostrado no painel (b )). Este aumento de preço relativo é uma melhoria em termos
de comércio da Casa, mas um agravamento das Relações Exteriores do.

Crescimento que desproporcionalmente expande as possibilidades de produção de um país na


direção dos bons que exporta (pano em Casa, comida Estrangeira) é o crescimento das
exportações tendenciosa. Da mesma forma, o crescimento da tendência para as importações
boas de um país é o crescimento das importações tendenciosa. Nossa análise leva ao seguinte
princípio geral: O crescimento das exportações tendenciosa tende a piorar os termos de troca
de um país em crescimento, para o benefício do resto do mundo, o crescimento das
importações tendenciosa tende a melhorar os termos de troca de um país em crescimento no
resto do expensas do mundo.

Efeitos internacionais de Crescimento

Usando este princípio, estamos agora em posição de resolver nossas questões sobre os efeitos
internacionais de crescimento. É o crescimento no resto do mundo, bom ou ruim para o nosso
país? Será que o fato de que o nosso país faz parte de um aumento economia mundial
negociação ou diminuir os benefícios do crescimento? Em cada caso, a resposta depende da
polarização do crescimento. O crescimento das exportações tendenciosa no resto do mundo, é
bom para nós, melhorando os nossos termos de troca, enquanto que o crescimento das
importações tendenciosa no exterior piora nossos termos de troca. O crescimento das
exportações tendenciosa em nosso próprio país agrava nossos termos de troca, reduzindo os
benefícios diretos do crescimento, enquanto que o crescimento das importações tendenciosa
leva a uma melhoria dos nossos termos de troca, um benefício secundário.

Durante a década de 1950, muitos economistas de países mais pobres acreditavam que suas
nações, que exportou principalmente matérias‐primas, eram propensos a experimentar
constante declínio dos termos de troca ao longo do tempo. Eles acreditavam que o
crescimento no mundo industrial seria marcado por um crescente desenvolvimento de
substitutos sintéticos para matérias‐primas, enquanto o crescimento nas nações mais pobres,
assumiria a forma de uma nova prorrogação de sua capacidade de produzir o que eles já
estavam exportando, em vez de um movimento na direção da industrialização. Ou seja, o
crescimento no mundo industrial seria importação e tendenciosa, enquanto que no mundo
menos desenvolvido seria exportação tendenciosa.

Alguns analistas chegaram a sugerir que o crescimento nas nações mais pobres, na verdade
seria auto‐destrutivo. Eles argumentaram que o crescimento das exportações tendenciosa por
nações pobres agravaria seus termos de troca tanto que seria pior do que se não tivessem
crescido em tudo. Esta situação é conhecida pelos economistas como o caso de pauperizante
crescimento.

Em um famoso artigo publicado em 1958, o economista Jagdish Bhagwati, da Universidade de


Columbia mostrou que os efeitos perversos do crescimento pode de fato ocorrer dentro de um
model.5 econômico rigorosamente especificadas No entanto, as condições em que o
crescimento empobrecedor podem ocorrer são extremas: fortemente exportação tendenciosa
crescimento deve ser combinada com muito íngreme RS e curvas RD, de modo que a mudança
nos termos de troca é grande o suficiente para compensar os efeitos favoráveis diretos do
aumento da capacidade produtiva de um país. A maioria dos economistas consideram agora o
conceito de crescimento empobrecedor como mais um ponto teórico do que uma questão do
mundo real.

Embora o crescimento em casa normalmente aumenta nosso próprio bem‐estar, mesmo em


um mundo de troca, isto é, de modo algum verdadeiros de crescimento no exterior. O
crescimento das importações tendenciosa não é uma possibilidade improvável, e sempre que
o resto do mundo experimenta esse crescimento, agrava os nossos termos de troca. De fato,
como destacamos abaixo, é possível que os Estados Unidos sofreu alguma perda de renda real
por causa do crescimento externo durante o período pós‐guerra.

A maioria dos países tendem a experimentar mudanças suaves em seus termos de troca, em
torno de 1 por cento ou menos um ano, como mostra a Tabela 6‐1. No entanto, as exportações
de alguns países em desenvolvimento estão fortemente concentrados nos setores minerais e
agrícolas. Os preços desses produtos nos mercados mundiais são muito voláteis, levando a
grandes oscilações nos termos de troca. Estas mudanças, por sua vez se traduzem em
mudanças substanciais no bem‐estar (porque o comércio está concentrado em um pequeno
número de setores, e também representa uma porcentagem substancial do PIB). De facto,
alguns estudos mostram que a maioria das flutuações no PIB em vários países em
desenvolvimento (onde as flutuações do PIB são bastante grandes em relação às flutuações do
PIB em países desenvolvidos) podem ser atribuídos a flutuações nos seus termos de trade.9
por exemplo, Argentina sofreu uma deterioração de 6 por cento em seus termos de comércio
em 1999 (devido ao declínio dos preços agrícolas), que induziu uma queda de 1,4 por cento do
PIB. (A perda real do PIB foi superior, mas outros fatores contribuíram para essa deterioração.)
Por outro lado, o Equador teve um aumento de 18 por cento nos seus termos de comércio em
2000 (devido ao aumento dos preços do petróleo), que somou 1,6 por cento para o taxa de
crescimento do PIB para este ano.
Lição 6 – Algumas noções sobre o Dumping e terceirização
Primeiro, uma pequena recapitulação sobre a competição monopolística

Uma empresa monopolista escolhe um nível de produção em que a receita marginal, o


aumento da receita com a venda de uma unidade adicional, é igual ao custo marginal, o custo
de produzir uma unidade adicional. Este nível de produção maximizadora do lucro é ilustrado
como QM, o preço que esta produção e demandada é PM. A curva de receita marginal, MR, está
abaixo da curva de demanda, D, Porque, para um monopólio, a receita marginal é sempre
menor do que o preço. O lucro do monopólio é igual à área do retângulo sombreado, a
diferença entre preço e custo médio de vezes a quantidade de produto vendido.

[FIGURA 1]

LEGENDA:
CM – Custo Médio
MC – Custo Marginal
Custo, C e
RM – Recita Marginal
Preço, P
D – Demanda
Pm – Preço de Monopólio
Qm – Quantidade de Monopólio

PM Lucros do Monopólio

CM
CM

MC

D
RM

QM Quantidade, Q

Dumping
A análise de competição monopolisticamente perfeita é pertinente na análise de dumping
porque esta é a forma de concorrência mais comum. Adicionando os custos do comércio para
o nosso modelo de concorrência monopolística introduziremos assim outra dimensão adicional
de realismo: uma vez que os mercados já não são perfeitamente integrados através do
comércio sem custo, as empresas podem optar por definir preços diferentes em diferentes
mercados. O custo de comércio afecta a forma como a empresa responde à concorrência no
mercado. Lembre‐se que uma empresa com um custo marginal alto marcará os seus preços
mais baixo do custo marginal (esta empresa enfrenta uma concorrência mais intensa devido à
menor participação de mercado). Isso significa que uma empresa exportadora irá responder ao
comércio através da redução de custos de marcação para o mercado de exportação.
[FIGURA 2]

P, C P, C

C2 + t
C*
C*
C2 MC2 C2

C1 + t

C1 MC1 C1

D D

Q Q
(b) Mercado de exportação
(a) Mercado domestico

Considere o caso de uma empresa na Figura 2. Ele enfrenta um custo mais elevado marginal
𝑐 𝑡 no mercado de exportação Exterior. Assuma que 𝑃 e 𝑃 denotam os preços
domestico e no e exportação de mercado (Exterior), respectivamente. Empresa 1 define uma
menor marcação 𝑃 𝑐 𝑡 no mercado de exportação em relação às marcação 𝑃 𝑐
no mercado interno. Este, por sua vez implica que 𝑃 𝑡 𝑃 , e que uma empresa
estabelece um preço de exportação que é menor do que as preços internos.

Isto é considerado dumping praticado por uma empresa, e é considerado uma prática
comercial “injusta” pela maioria dos países. Em alguns as empresas podem apelar as suas
autoridades para sancionarem as empresas que praticam estes actos. Normalmente, esta
toma a forma de um direito anti‐dumping sobre a empresa 1 e usualmente seriam escalados
para a diferença de preços intermediários entre 𝑃 and 𝑃 𝑡.

Dumping é uma questão controversa na política comercial, e veremos mais tarde as razoes por
detrás disto quando debruçarmo‐nos sobre a politica comercial. Por enquanto, apenas
notamos que a empresa não está comportando‐se de forma diferente do que as empresas
estrangeiras com que está competindo no mercado externo. Neste mercado, uma empresa
define exatamente a sua marca de preço sobre o custo marginal da empresa estrangeira 2,
com custo marginal 𝑐 𝑐 𝑡. Portanto, se o comportamento da Empresa 2 é perfeitamente
legal, então porque é uma decisão de preços de exportação de uma empresa é considerado
uma prática comercial "injusta"? Esta é uma das principais razões por que os economistas
acreditam que a execução dos direitos de dumping é equivocada, e que não há nenhuma boa
justificativa econômica para considerar dumping particularmente prejudicial.

Multinacionais
Quando é uma empresa multinacional? Nas estatísticas dos EUA, uma empresa dos EUA é
considerado controlado por estrangeiros e, portanto, tem subsidiárias de uma multinacional
com sede no estrangeiro, se 10 por cento ou mais das ações são detidas por uma empresa
estrangeira, a idéia é que 10 por cento é suficiente para transmitir um controlo eficaz. Da
mesma forma, uma empresa multinacional com sede nos EUA é considerado se ele possui mais
de 10 por cento de uma empresa estrangeira. A empresa controladora (proprietária) é
chamado pai, enquanto as empresas multinacionais "controlados" são chamados de afiliados.

Quando uma empresa dos EUA compra mais de 10 por cento de uma empresa estrangeira, ou
quando uma empresa dos EUA constrói uma nova unidade de produção no exterior, que "o
investimento é considerado um fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) dos EUA. O
torneamento é chamada Expirado greenfield IED, enquanto o formulário é chamado Expirado
brownfield IDE (ou fusões e aquisições transfronteiriças). Por outro lado, investimentos feitos
por empresas estrangeiras em instalações de produção nos Estados Unidos são consideradas
entradas de IDE dos EUA. Nós descrevemos os padrões de fluxos de IDE em todo o mundo no
estudo de caso que se segue. Por enquanto, vamos nos concentrar na decisão de uma
empresa para se tornar um pai multinacional. Por que escolher uma empresa para operar uma
filial em férias no estrangeiro?

A resposta depende, em parte, nas atividades de geração que a cárie da filial para fora. Essas
atividades se dividem em duas categorias principais: (1) A filial replica o processo de saída (que
a empresa se compromete TIC relativos em instalações domésticas) em outras partes do
mundo, e (2) a cadeia de produção é dividida, e partes dos processos de produção são
transferidos para o local da filial. Investir em filiais que fazem o primeiro tipo de actividades
horizontais é classificado como IDE. Investir em empresas afiliadas que o segundo tipo de
atividades verticais é classificado como FDI.19

FDI predominantemente vertical, é impulsionado por diferenças de custo intermediários países


produtores (para as partes do processo de produção que podem ser executadas em
Comentários outro local). O que leva Essas diferenças de custo betweens países? Este é apenas
o resultado da teoria da vantagem comparativa Abebooks web Desenvolvido nos capítulos 3 a
7. Por exemplo, a Intel (grande maior fabricante de chips de computador do mundo) tem
quebrado a geração de chips em wafers, montagem e testes. Fabricação de wafer e de
pesquisa e desenvolvimento associados são muito habilidade intensivo, de modo a Intel ainda
realiza a maioria dessas atividades nos Estados Unidos, bem como na Irlanda e Israel (Onde
mão de obra qualificada ainda é relativamente abundante). Por outro lado, o conjunto de
chips e testes são trabalhosos, e Intel mudou Esses processos de produção para países onde o
trabalho é relativamente abundante, tais como: Malásia, Filipinas, e, mais recentemente,
Costa Rica e China. Este tipo de IED vertical é um dos que mais cresce tipo de IDE, e está por
trás do amplo aumento das entradas de IDE para os países em desenvolvimento (veja a Figura
8‐9).

Em contraste com o IED vertical, horizontal fluxos de IDE é dominado por betweens países
desenvolvidos, ou seja, ambos, os pais e as filiais estão localizadas em países desenvolvidos
multinacionais. A principal razão para este tipo de IED é localizar perto amplas bases de
clientes de uma empresa de produção. Assim, os custos do comércio e transporte
desempenham um papel muito mais importante do que as diferenças de custo de geração
para as decisões de IED tese. Considere o exemplo da Toyota, tudo o que é o mundo o grande
maior produtor de veículos a motor (pelo menos, no momento da escrita). No início da década
de 1980, a Toyota produziu quase todas as TIC de carros e caminhões no Japão e exportados
los todo o mundo, mas principalmente para a América do Norte e Europa. Custos comerciais
elevados a esses mercados (em grande parte devido a restrições comerciais, consulte o
Capítulo 9) e aumento dos níveis de demanda induzida lá Toyota de Produção TIC lentamente
a se expandir no exterior. Até 2009, a Toyota produziu mais de metade das TIC veículos em
fábricas de montagem no exterior. Toyota tem replicado o processo de produção de TIC
modelo de carro mais popular, o Corolla, em fábricas de montagem no Japão, Canadá, Estados
Unidos, Reino Unido e Turquia: Este é o IDE horizontal em ação.

A decisão da empresa em relação ao investimento estrangeiro direto


Vamos agora examinar mais detalhadamente a decisão da empresa Quanto IED horizontal. Nós
mencionou que um motorista mão era altos custos comerciais associados à exportação, tudo o
que leva a um incentivo para localizar geração próximo clientes. Por outro lado, existem aussi
rendimentos crescentes de escala de produção. Como resultado, não é rentável para replicar o
processo de geração muitas vezes e operar instalações que produzem muito pouca saída para
aproveitar esses retornos crescentes. Isso é chamado de expirados a proximidade
concentração trade‐off para o IDE. A evidência empírica sobre a extensão da FDI em todos os
setores fortemente confirma a relevância deste trade‐off: atividade IDE está concentrado em
setores onde os custos do comércio são elevados (: como a indústria automobilística), no
entanto, quando retornos crescentes de escala são grandes e média das plantas tamanhos são
largas, observou volumes de exportação mais elevados em relação ao IED.

A evidência empírica mostra aussi Que há um padrão ainda mais forte a classificação de IED ao
nível da empresa dentro das indústrias: Substancialmente multinacionais tendem a ser
maiores e mais produtivos do que os não‐multinacionais no mesmo país. Mesmo quando se
compara multinacionais para o subconjunto de empresas exportadoras de um país, ainda se
encontra um grande tamanho e diferencial de produtividade em favor das multinacionais.
Voltamos ao nosso modelo de comércio concorrência monopolística para analisar como as
empresas ponde de forma diferente à proximidade concentração trade‐off envolvido com a
decisão do FDI.

A decisão FDI Horizontal Como é que a proximidade trade‐off feita em nosso modelo de
decisões de exportação das empresas capturados na Figura 8‐8? Lá, se uma empresa quer
atingir clientes em moeda estrangeira, tem apenas uma possibilidade: exportação, comércio e
arcar com os custos t por unidade exportada. Vamos introduzir agora a escolha de se tornar
uma multinacional via IED horizontal: A empresa poderia evitar o custo do comércio t através
da construção de uma usina de geração no Exterior. Claro, construindo esta facilidade está
produzindo caro, e implica incorrer no custo fixo F novamente para a filial estrangeira. (Note,
no entanto, que «este custo fixo adicional não precisa ser igual ao custo fixo de construção da
empresa instalações originais geração na casa de;. Características que são específicas para o
país indivíduo vai afetar esse custo) Para simplificar, continua a assumir que a casa e
Estrangeira para que os países são semelhantes Poderia esta empresa construir uma unidade
de um bem com o mesmo custo marginal nesta instalação estrangeira. (Lembre‐se que
envolve países principalmente horizontais IDE desenvolvido com os preços dos fatores
semelhantes.)
Exportação da empresa contra a escolha de IDE, em seguida, irá envolver um trade‐off
intermediários a por unidade de exportação custo t e F o custo fixo de instalação de uma
unidade de geração adicional. Qualquer desses um trade‐off intermediários e uma por unidade
de custos fixos ferve para baixo a escala. Se a empresa vende unidades Q no mercado externo,
em seguida, ele incorre em um custo relacionado com o comércio total de exportação, este é
pesado contra a alternativa de o custo fixo F. Se, em seguida, exportar é mais caro, e IDF é a
escolha que maximiza o lucro.

Isto leva a uma escala de corte para o IED. Este corte resume a proximidade concentração
trade‐off: os custos mais elevados de comércio por um lado, e reduzir os custos fixos de
produção, por outro lado, ambos, menor o corte de IDE. Escala da empresa, no entanto,
depende medida de desempenho TIC. Uma empresa com baixo custo o suficiente vai querer
vender mais do que as unidades q para clientes estrangeiros. Análise: A maneira mais custo‐
eficaz de fazer isso é construir uma filial no estrangeiro e se tornar uma multinacional.
Algumas empresas com níveis de custo intermediários ainda vai querer servir os clientes no
Exterior, seu objetivo pretendido sujo Q que as exportações são baixos o suficiente, ao invés
de IDF será a maneira mais econômica para chegar a esses clientes.

A decisão FDI Vertical A decisão de uma empresa para acabar com as TIC produzem corrente e
mover partes da cadeia para uma filial estrangeira Will aussi envolver um trade‐off
intermediários por unidade e custos tão fixos da escala de atividade da empresa será
novamente um papel crucial Determinar elemento este resultado. Quando se trata de IED
vertical, a poupança chave custo não está relacionado com o transporte de mercadorias
através das fronteiras, mas sim, que envolve diferenças de custo de produção para as partes
da cadeia de produção que estão sendo movidos. Como discutimos anteriormente, essas
diferenças de custos resultam principalmente das forças de vantagem comparativa.

Nós não further vai discutir essas diferenças de custo aqui, Rather perguntar por goal‐Dada
Essas diferenças de custo, todas as empresas não escolhem a operar filiais em países de baixos
salários para realizar as atividades que são mais trabalhoso e pode ser realizado de uma forma
diferente localização. Essa é a razão, como no caso do IED horizontal, vertical FDI tem negócios
substanciais Requer investimento custo fixo em uma filial estrangeira em um país com as
características adequadas. Novamente, como no caso do IED horizontal, haverá uma escala de
corte para IDE vertical que depende dos diferenciais de custos de geração, por um lado, eo
custo fixo de operação de uma filial estrangeira, por outro lado. Somente aqueles empresas
que operam em uma escala acima de corte que irão escolher para executar o IDE verticais.

Terceirização

Nosso foco das multinacionais até o momento este ano tem negligenciado grande motivação.
Discutimos o local para instalações de produção motiva Isso leva à formação multinacional. No
entanto, nós Quem não Discuta por que a empresa‐mãe escolhe o próprio afiliados sua
localização e operar como uma única empresa multinacional. Isto é conhecido como a
motivação internalização.

Como um substituto para o IDE horizontal, um pai poderia uma empresa independente
licenciada para produzir e vender produtos de TIC em um local externo, como um substituto
para a relação vertical, o IED poderia um contrato com uma empresa independente para
executar partes específicas do processo de geração no localização estrangeiro com o melhor
custo benefício. Este substituto para o IED vertical é conhecida como estrangeiro outsourcing
(por vezes referida apenas como outsourcing, onde a localização externa é implícito).

Offshoring Representa a transferência de partes da cadeia de produção, juntamente Ambos os


grupos no exterior e estrangeiros terceirização e IED vertical. Offshoring aumentou
dramaticamente na última década e é um dos principais motores do comércio mundial
Aumento de serviços (: como serviços empresariais e de telecomunicações) na fabricação,
comércio de bens intermédios foi responsável por 40 por cento do comércio mundial em 2008.
Quando os bens intermediários são produzidos dentro da rede da filial de uma multinacional,
os embarques de bens intermediários Aqueles que são classificados como comércio intra‐
firma. O comércio intra‐firma representa cerca de um terço do comércio mundial e mais de 40
por cento do comércio dos EUA.

Quais são os elementos‐chave que determina a interiorização dessa escolha? O controle sobre
a tecnologia proprietária de uma empresa oferece uma clara vantagem para a internalização.
Licenciamento Comentários outra empresa para executar todo o processo produtivo em
Comentários outro aluguel (como um substituto para o IDE horizontal) tem negócios
substanciais muitas vezes envolve risco de perder alguma tecnologia proprietária. Por outro
lado, não há razões claras porque um shoulds empresa independente de ser ble para replicar
esse processo de geração a um custo menor do que a empresa‐mãe. Esta internalização dá
uma grande vantagem, o IED horizontal é tão amplamente favorecida sobre a alternativa de
licenciamento de tecnologia para replicar o processo de geração.

O trade‐off intermediários terceirização e vertical IDE é muito menos clara. Existem muitas
razões pelas quais uma empresa independente poderia produzir algumas partes do processo
de geração a um custo menor do que a empresa‐mãe (no mesmo local). Em primeiro lugar,
uma empresa independente pode se especializar em exatamente Essa parte estreita do
processo de produção. Como resultado, ele pode beneficiar de economias de escala, se ele
executa os processos para os diversos relativos firms.21 Outras razões salientar as vantagens
da participação local no alinhamento de incentivos gerenciais e acompanhamento na
instalação de produção.

Objetivo internalização Fornece TIC próprios benefícios quando se trata de uma empresa de
intermediários de integração vertical e sua fornecedora de um insumo fundamental para a
produção: Isso evita (ou pelo menos Diminui) o potencial para um conflito caro renegociação
acordo inicial alcançado eficaz tem‐beens ano. Tais conflitos podem surgir muitos Quanto
atributos específicos de entrada que não pode ser especificado em (ou executada por) um
contrato legal escrito na época do acordo inicial. Isso pode levar a um assalto de produção por
qualquer das partes. Por exemplo, a empresa compra pode afirmar que a qualidade da mão
não é exatamente como especificado e exigir um preço mais baixo. Fornecimento A empresa
pode alegar algum forex que exigia pelo comprador levou ao aumento dos custos e exigir um
preço mais elevado no momento da entrega.

Muito progresso tem‐se feito em pesquisa recente formalização Os trade‐offs. Esta pesquisa
Explica como significativa essa escolha interiorização é feita, descrevendo Quando uma
empresa opta por integrar‐se com fornecedores TIC através do IDE vertical e quando ele
escolhe uma relação contratual independente com fornecedores Aqueles no exterior.
Desenvolvimento dessas teorias está além do escopo deste livro, em última análise, muitas
dessas teorias se resumem a diferentes intermediários trade‐offs que produzem redução de
custos eo custo fixo de partes do processo de geração de mudança para o estrangeiro.

Descrevendo todos os tipos de empresas que offshoring escolher uma opção contra o outro é
sensível aos detalhes das premissas de modelagem. No entanto, uma previsão robusta emerge
daquelas modelos Quando se compara opção Ou offshoring ao de nenhum offshoring (não
quebrar a cadeia de produção e partes dele mudar para o exterior). Em relação ao não
offshoring, vertical Ambos FDI e estrangeiros terceirização envolver menores custos de
geração, combinados com um custo fixo mais elevado. Como vimos, isto implica um corte de
escala para uma empresa de offshoring escolher qualquer opção. Malthus, apenas as grandes
empresas vão quer escolher opção offshoring e alguns de seus insumos intermediários
importação.

Este esquema de classificação para as empresas a importar bens intermediários é semelhante


ao que foi descrito para a escolha de exportação da empresa: Apenas um subconjunto de
empresas relativamente mais produtivos (lowercost) vai escolher para alto mar (importação de
bens intermediários) e exportações (atingir os clientes estrangeiros) ‐ Porque aqueles que são
as empresas operam em escala suficientemente grande para favorecer o trade‐off envolvendo
custos fixos mais elevados e menores custos por unidade de produção traderelated (ouro).

Empiricamente, as empresas offshore que são de importação de bens intermediários e ao


mesmo conjunto de empresas de exportação aussi isso? A resposta é um retumbante sim. Para
os Estados Unidos, em 2000, 92 por cento das empresas (ponderada pelo emprego) que
importaram bens intermediários exportados aussi. Esses importadores Malthus aussi
compartilhado as mesmas características que os exportadores dos EUA: Eles foram
substancialmente maiores e mais produtivas que as empresas norte‐americanas que Quem
não se envolver no comércio internacional.

Consequências de multinacionais estrangeiras e Outsourcing


Quais são as consequências para o bem‐estar da expansão da produção e terceirização
multinacional?

Acabamos de ver como as multinacionais e empresas terceirizam que se aproveitam dos


diferenciais de custos que favorecem movimento de produção (ou suas partes) para locais
específicos. Em essência, isto é muito parecido com a deslocalização da produção que ocorreu
em todos os setores Ao abrir para o comércio. Como vimos nos capítulos 3 a 6, a localização da
produção, em seguida, desloca‐se para aproveitar as diferenças de custo geradas pela
vantagem comparativa.

Podemos, portanto, prever as consequências sociais semelhantes para o caso das


multinacionais e terceirização: Deslocalização geração para tirar proveito das diferenças de
custos leva a ganhos gerais do comércio, ele aussi objetivo probabilidade de induzir efeitos de
distribuição de renda que deixam algumas pessoas em pior situação. Discutimos um potencial
conseqüência de longo prazo da terceirização para a desigualdade de renda nos países
desenvolvidos no Capítulo 5.

No entanto, alguns dos efeitos mais visíveis das multinacionais e terceirização ocorrer no curto
prazo, como algumas empresas de expandir o emprego, enquanto outros reduzem o aumento
do emprego, em resposta à globalização. Mencionamos no capítulo 4 Aqueles que troca de
emprego devido às deslocalizações de plantas no exterior (junto com o fechamento de
fábricas, devido à concorrência das importações) representam apenas uma pequena fração
(2,5 por cento) de todo o trabalhador deslocamentos involuntários nos Estados Unidos. No
entanto, quando tais deslocalizações de plantas ocorrem, inevitavelmente gera alguns
negócios substanciais Esses custos para os trabalhadores afetados. Como discutimos no
Capítulo 4, a melhor resposta política a este grave problema ainda é fornecer uma rede de
segurança adequada aos trabalhadores desempregados sem discriminar com base na força
econômica que seus desemprego involuntário induzido. Políticas que impedem a capacidade
das empresas para deslocalizar a produção e aproveitar as diferenças de custo tese tese pode
evitar que os custos de curto prazo para alguns, o objetivo também evitar o acúmulo de
ganhos em toda a economia a longo prazo.
Lição 7 – instrumentos de política comercial: tarifas
Os instrumentos de política comercial

Até aqui temos tentado responder a pergunta: "Por que existe o comércio entre as nações?", A
nossa abordagem tem sido a de descrever as causas e os efeitos do comércio internacional e
do funcionamento de uma economia mundial de com o comercio o seu instrumento principal.
Enquanto esta questão é interessante por si só, a resposta é ainda mais interessante se ele
também ajuda a responder à pergunta: "qual seria a política comercial mais idónea para uma
nação?" Por exemplo, Angola deveria usar uma tarifa ou uma quota de importação para
proteger a sua industria têxtil contra a concorrência do Egipto e da Bangladesh? Quem será
beneficiado e quem vai perder com uma quota de importação? Será que os benefícios
superam os custos?

Análise da Tarifa Básica


A tarifa, a mais simples das políticas comerciais, é um imposto cobrado quando uma
mercadoria é importada. Tarifas específicas são cobradas como uma taxa fixa para cada
unidade dos bens importados (por exemplo, US $ 3 por barril de petróleo). Tarifas ad valorem
são os impostos que são cobrados como uma fracção do valor das mercadorias importadas
(por exemplo, uma tarifa de 25 por cento sobre importados o leite importado da União
Europeia ). Em ambos os casos, o efeito da tarifa é aumentar o custo de transporte de
mercadorias a um país.

As tarifas são a forma mais antiga de política comercial e têm sido tradicionalmente usado
como uma fonte de renda do governo. Até à introdução do imposto de renda, por exemplo, o
governo dos EUA as tarifas eram as formas principais de arrecadamento de receita. Seu
verdadeiro propósito, no entanto, tem sido geralmente duplo: tanto para fornecer a receita e
proteger determinados setores domésticos. No início do século 19, por exemplo, o Reino
Unido usou tarifas (as famosas leis do milho) para proteger sua agricultura da concorrência das
importações. No final do século 19, a Alemanha e os Estados Unidos protegeram seus novos
sectores industriais, impondo tarifas sobre as importações de produtos manufaturados. A
importância de tarifas tem diminuído nos tempos modernos, porque os governos modernos
geralmente preferem proteger as indústrias nacionais através de uma variedade de barreiras
não‐tarifárias, como quotas de importação (limitações na quantidade de importações) e
restrições de exportação (limitações na quantidade das exportações, geralmente imposta pelo
país exportador a pedido do país importador). No entanto, a compreensão dos efeitos de uma
tarifa continua a ser vital para a compreensão de outras políticas comerciais.

No desenvolvimento da teoria do comércio nas aulas anteriores, adotamos uma perspectiva


de equilíbrio geral. Ou seja, estávamos cientes de que os eventos em uma parte da economia
têm repercussões em outros lugares. No entanto, em muitos dos casos, as políticas de
comércio num sector em relação ao outro pode ser razoavelmente bem entendido, sem entrar
em detalhes sobre as repercussões dessas políticas sobre o resto da economia. Portanto, a
maior parte da política comercial pode ser examinado em um quadro de equilíbrio parcial.
Quando os efeitos sobre a economia como um todo torna‐se crucial vamos remeter para
análise do equilíbrio geral.
Oferta, Demanda e Comércio em uma única indústria
Vamos supor que há dois países, a “nacional” e “exterior”, os quais consomem e produzem
trigo, que podem ser transportados sem custo entre os países. Em cada país, o trigo é
produzido num simples setor competitivo em que as curvas de oferta e demanda são funções
do preço de mercado. Normalmente, a oferta e demanda da nacional vai depender do preço
em termos de moeda local, e no exterior a oferta e demanda vai depender do preço em
termos de moeda estrangeira. No entanto, vamos supor que a taxa de câmbio entre as
moedas não é afetada por qualquer política de comércio realizado neste mercado. Assim,
podemos citar os preços em ambos os mercados, em termos de moeda local.

Comércio vai surgir nesse mercado se os preços forem diferentes na ausência de comércio.
Suponha que, na ausência de comércio, o preço do trigo é maior na nacional do que no
exterior. Agora vamos permitir o comércio com exterior. Uma vez que o preço do trigo na
nacional é superior ao preço no exterior, comerciantes começam a mover trigo da nacional
para o Exterior. A exportação de trigo eleva seu preço no exterior e reduz seu preço em casa
até que a diferença de preços é eliminada.

Para determinar o preço mundial e a quantidade comercializada, é útil definir duas novas
curvas: a curva de importação demandada e a curva de exportação oferecida, que são
derivadas das curvas de oferta e demanda domésticas subjacentes. A demanda de importação
da nacional é o excesso que os consumidores exigem para alem do produto oferecido
localmente; oferta de exportação estrangeira é o excesso que os produtores da exterior
fornecem para além da demanda dos consumidores do exterior.

[GRÁFICO 1]

P P

A
PA

2
P2

1
P1

D MD

s1 S2 D1 D2 Q 𝐷 𝑆 𝐷 𝑆 Q

Figura 1 mostra como a curva de demanda de importação inicial é derivado. Pelo preço P1, os
consumidores da nacional demandam D1, enquanto os produtores da nacional podem oferecer
somente S1. Como resultado, a demanda de importação da nacional é
𝐷 𝑆 . Se aumentar o preço para P2, os consumidores da nacional exigem apenas D2,
enquanto os produtores da nacional aumentam a quantidade que oferecida para S2, assim que
a demanda de importação cai para 𝐷 𝑆 . Essas combinações de preço e quantidade são
representados como pontos 1 e 2 no painel do lado direito da Figura 1. A curva de demanda de
importação MD é descendente, porque como os aumentos de preços, a quantidade de
importações demandada diminui. No PA, a oferta inicial e a demanda são iguais quando não há
comércio, por isso intercepta a curva de demanda de importação inicial do eixo dos preços.

Figura 2 mostra como a curva de oferta de exportação, XO, da exterior é derivado. Ao preço P1
os produtores da exterior oferecem 𝑆 ∗ , enquanto os consumidores da exterior demandam
apenas 𝐷∗ , de modo que o montante da oferta total disponível para exportação é 𝑆 ∗ 𝐷 ∗ . No
P2 produtores da exterior elevam a quantidade que oferecida para 𝑆 ∗ os consumidores da
exterior reduzem a quantidade demandada para 𝐷 ∗ , assim a quantidade da oferta total
disponível para exportação sobe para 𝑆 ∗ 𝐷∗ . Uma vez que a oferta de bens disponíveis para
a exportação aumenta à medida que o preço sobe, a curva de oferta de exportação da exterior
é inclinada para acima.

[GRÁFICO 2]

P P

D* O* XO

P2

P1

PA

𝐷∗ 𝐷∗ 𝑆∗ 𝑆∗ Q 𝑆∗ 𝐷∗ 𝑆∗ 𝐷∗ Q

[GRÁFICO 3]
P

PA
XO

1
PW

MD
𝑃∗

QW Q

Ao ponto 𝑃∗ , a oferta e a demanda seria igual na ausência de comércio, então a curva de


oferta de exportação da exterior intercepta o eixo dos preços em 𝑃∗ (a oferta de exportação e
igual a zero neste ponto).

Equilíbrio do Mundo ocorre quando a demanda de importação da nacional é igual a oferta de


exportação da exterior (Figura 3). Ao preço PW onde as duas curvas se cruzam, a oferta mundial
é igual a demanda mundial. No ponto de equilíbrio 1 na Figura 3,

Demanda da nacional – oferta da nacional = oferta da exterior – a demanda da exterior.

Por adição e subtracção de ambos os lados, esta equação pode ser rearranjada para dizer que

Demanda da nacional + A demanda da exterior = oferta da nacional + oferta da exterior

ou, por outras palavras,

A demanda mundial = oferta mundial.

Efeitos de uma tarifa

Do ponto de vista de alguém que transporta, a tarifa é apenas como um custo de transporte.
Se a nacional impõe um imposto de US $2 em cada KG de trigo importado, existirá menos
incentivos por parte dos comerciantes para transportar o trigo, a menos que a diferença de
preço entre os dois mercados é de pelo menos US $ 2.

Figura 4 ilustra os efeitos de uma tarifa específica de t por unidade de trigo. Na ausência de
uma tarifa, o preço do trigo seria equiparado ao preço Pw em ambos mercados (nacional e
exterior), como pode ser visto no ponto 1 no painel do meio, o que ilustra o mercado mundial.
Com a tarifa em vigor, os comerciantes não estriam dispostos a transportar trigo do mercado
exterior para a nacional, a menos que o preço da nacional é superior ao preço do exterior por
pelo menos t. Se nenhum trigo está sendo transportado haverá um excesso de demanda por
trigo na nacional e um excesso de oferta no exterior. Assim, o preço na nacional irá subir e que
no estrangeiro irá cair até que a diferença de preço é t.

Instituindo uma tarifa, então, introduz uma diferença entre os preços nos dois mercados. A
tarifa aumenta o preço na nacional para PT e reduz o preço do trigo no exterior para 𝑃∗ 𝑃
𝑡. Na nacional, os produtores fornecem mais no preço mais elevado, enquanto os
consumidores exigem menos, de modo que menos importações são exigidas (como você pode
ver no movimento do ponto 1 para o ponto 2 na curva MD). No Exterior, o menor preço leva à
redução da oferta e aumento da demanda e, portanto, uma menor oferta de exportação
(como pode ser visto no movimento do ponto 1 ao ponto 3 da curva OX). Assim, o volume de
trigo comercializado entre os dois países move de QW, o volume de comércio livre, a QT, o
volume de comércio com tarifas instituídas.

[GRÁFICO 4]

Mercado Nacional Mercado Mundial Mercado exterior

P P OX P O*
O

2
PT
1
PW t

DM
D D*

Q QT QW Q Q

No volume de comércio QT, a demanda de importação da nacional é igual a oferta de


exportação da exterior quando 𝑃∗ 𝑃 𝑡.

O aumento no preço na nacional, de Pw a PT, é menor que o valor da tarifa, pois parte da tarifa
reflecte‐se num declínio no preço de exportação do exterior e, portanto, não é repassado aos
consumidores domésticos. Este é o resultado normal de uma tarifa e de uma política comercial
que limita as importações. O tamanho deste efeito sobre o preço dos exportadores, no
entanto, é frequentemente muito pequena, na prática. Quando um pequeno país impõe uma
tarifa, a sua quota de mercado mundial para os produtos que as importações é geralmente
ínfimo de modo que a redução de importação tem muito pouco efeito sobre o preço mundial
de exportação.

Os efeitos de uma tarifa no caso de um "país pequeno", quando um país não pode afetar os
preços de exportação da exterior, estão ilustrados na Figura 5. Neste caso, a tarifa aumenta o
preço da mercadoria importada no país impondo o valor integral da tarifa, a partir de PW para
PW + t. Produção dos bens importados sobe de O1 a O2, enquanto o consumo do bem cai de D1
para D2. Como resultado da tarifa as importações caem no país impondo a tarifa.

[GRÁFICO 5]

P
O

PW + t

PW

S1 S2 D2 D1 Q

Importação depois da tarifa

Medir a quantidade de protecção


A tarifa sobre um bem importado aumenta o preço recebido pelos produtores nacionais do
bem. Este efeito é muitas vezes o objectivo principal da tarifa – proteger os produtores
nacionais dos baixos preços que resultariam da concorrência das importações. Ao analisar a
política comercial, na prática, é importante questionar quanta protecção uma tarifa ou outro
instrumento de política comercial realmente fornece. A resposta é geralmente expressa como
uma percentagem do preço que prevaleceria sob livre comércio.

Medir a protecção parece ser simples no caso de uma tarifa: Se a tarifa é um imposto ad
valorem proporcional ao valor das importações, a própria tarifa deve medir a quantidade de
protecção, se a tarifa é específico, dividindo a tarifa pelo preço líquido da tarifa nos dá o
equivalente ad valorem.

No entanto, existem dois problemas com a tentativa de calcular o índice de protecção desta
forma simples. Em primeiro lugar, se a suposição país pequeno não for uma boa aproximação,
uma parte do efeito de uma tarifa será para reduzir os preços de exportação, em vez de
aumentar os preços domésticos. Este efeito das políticas comerciais sobre os preços de
exportação no exterior às vezes é significativo.

O segundo problema é que as tarifas podem ter diferentes efeitos em diferentes fases de
produção de um bem. Um exemplo simples ilustra esse ponto. Suponha que um automóvel
vende no mercado mundial, por US $ 8.000 e que as partes de que esse automóvel é feito
custam US $ 6.000. Vamos comparar dois países: um que quer desenvolver uma indústria de
montagem de automóveis e um que já possui uma indústria de montagem e quer desenvolver
uma indústria de peças.

Para incentivar a indústria automobilística nacional, o primeiro país coloca uma tarifa de 25
por cento sobre automóveis importados, permitindo que as montadoras nacionais cobrar US $
10,000, em vez de US $ 8.000. Neste caso, seria errado dizer que as montadoras recebem
apenas 25 por cento de protecção. Antes da tarifa, a produção domestica ocorreria somente
se poderia ser feito por um custo adicional, no máximo, de US $ 2.000 (a diferença entre o
preço de 8,000 de um automóvel completo e o custo de US $ 6.000 peças), ou menos, agora
ele vai ter lugar mesmo que custa $ 4,000 (a diferença entre os R $ 10,000 preço e o custo das
peças). Ou seja, a tarifa de 25 por cento fornece uma taxa de protecção efectiva de 100 por
cento.

Agora, suponha que o segundo país, para incentivar a produção nacional de peças, impõe uma
tarifa de 10 por cento em peças importadas, elevando o custo de peças de montadoras
domésticas a partir de US $ 6.000 a 6.600 dólares. Mesmo que não há nenhuma mudança na
tarifa dos automóveis montados, esta política faz com que seja menos vantajoso para montar
internamente. Antes da tarifa que teria valido a pena montar um carro no local, se isso poderia
ser feito por $ 2,000 (8,000 – 6,000); depois da tarifa, montagem local ocorre somente se ele
pode ser feito por um custo adicional, no máximo, de $1,400 (8,000 – 6,600). A tarifa sobre as
peças e, em seguida, ao fornecer a protecção positiva para os fabricantes de peças,
proporciona protecção efectiva negativo aos montadores, ao rácio de 30 por cento (‐
$600/2,000).

Raciocínio semelhante ao observado neste exemplo, levou os economistas a fazer cálculos


elaborados para medir o grau de protecção efectiva prestado para determinadas indústrias
por tarifas e outras políticas comerciais. As políticas comerciais destinadas a promover o
desenvolvimento econômico muitas vezes, resultam em taxas de protecção efectiva muito
mais elevadas do que as taxas de tarifas actuais.

Custos e Benefícios de uma tarifa


A tarifa aumenta o preço de um bem no país importador e diminui‐lo no país exportador.
Como resultado dessas mudanças de preços, os consumidores perdem no país importador e
ganham no país exportador. Os produtores ganham no país importador e perdem no país
exportador. Além disso, o governo impondo a tarifa ganha receita. Para a comparação dos
custos e benefícios, é necessário quantificá‐los. O método para medir os custos e benefícios de
uma tarifa depende de dois conceitos comuns a análise microeconómica: o excedente do
consumidor e do produtor.

O Excedente do Consumidor e do Produtor


O excedente do consumidor mede o quanto um consumidor ganha com a compra de um bem
através do cálculo da diferença entre o preço que ele realmente paga e o preço que ele estaria
disposto a pagar. Se, por exemplo, o consumidor estaria disposto a pagar US $ 8 para um KG
de trigo, mas o preço é de apenas $ 3, o excedente que o consumidor ganhou com a aquisição
é de $ 5.

[GRÁFICO 6]
P

P2
b
P1
D

D2 D1 Q

Generalizando, se P é o preço de um bem e Q a quantidade demandada a esse preço, então o


excedente do consumidor é calculado subtraindo P vezes Q da área sob a curva de demanda
(Figura 6). Se o preço é P1, a quantidade demandada é D1 e o excedente do consumidor é
medido pelas áreas assinaladas a mais b. Se o preço sobe para P2, a quantidade demandada cai
por D2 e excedente do consumidor cai por uma quantidade b para igualar apenas a área a.

Excedente do produtor é um conceito análogo. Um produtor disposto a vender um bem por


US $ 2, mas recebe um preço de $ 5 ganha um excedente do produtor de US $ 3. O mesmo
procedimento usado para derivar o excedente do consumidor a partir da curva de procura
pode ser usado para derivar o excedente do produtor a partir da curva de oferta. Se P é o
preço e Q a quantidade ofertada a esse preço, então o excedente do produtor é P vezes Q
menos a área sob a curva de oferta (Figura 7). Se o preço é P1, a quantidade oferecida será O1,
e excedente do produtor é medido pela área de c. Se o preço sobe para P2, a quantidade
oferecida sobe para O2, e o excedente do produtor sobe para igualar c mais a área adicional d.

[GRÁFICO 7]
P
O

ad

P2
c

P1

O1 O2 Q

Medir os custos e benefícios


Figura 8 ilustra os custos e benefícios de uma tarifa para o país importador. A tarifa eleva o
preço doméstico de PW a PT, mas diminui o preço de exportação de PW a 𝑃∗ . A produção
nacional sobe de O1 a O2 enquanto o consumo doméstico cai de D1 para D2. Os custos e
benefícios para os diferentes grupos podem ser expressos como somas das áreas de cinco
regiões, com os rótulos a, b, c, d, e.

Considere primeiro o ganho para os produtores nacionais. Eles recebem um preço mais
elevado e, portanto, têm maior excedente do produtor. Como vimos na Figura 7, o excedente
do produtor é igual à área abaixo do preço, mas acima da curva de oferta. Antes da tarifa, o
excedente do produtor é igual à área abaixo PW mas acima da curva de oferta; com o aumento
do preço para PT, este excedente sobe pela área rotulado como a. Ou seja, os produtores
ganham com a tarifa.

Consumidores domésticos também enfrentam um preço mais elevado. Como vimos na Figura
6, o excedente do consumidor é igual à área acima do preço, mas abaixo da curva da demanda.
Uma vez que os preços do consumidor aumentam de PW a PT, o excedente do consumidor
diminui pela área indicada por a + b + c + d. Assim, os consumidores são prejudicados pela
tarifa.

Há um terceiro elemento aqui também: o governo. Os ganhos do governo através da recolha


de receitas tarifárias. Este é igual ao valor da tarifa t vezes o volume das importações QT = D2 ‐
O2. Uma vez que 𝑡 𝑃 𝑃∗ , a receita do governo é igual à soma das duas áreas de c e e.

[Gráfico 8]
P
Legenda:
O
Perda do consumidor: (a + b + c + d)

Ganho do governo ( c +e)

PT
a c
b d
PW
e
𝑃∗

S1 S2 D2 D1 Q

QT

Uma vez que esses ganhos e perdas são para entidades diferentes, a avaliação global de custo‐
benefício de uma tarifa depende do quanto do valor monetário do benefício para cada grupo.
Se, por exemplo, o ganho do produtor acumula principalmente aos proprietários ricos,
enquanto os consumidores são mais pobres do que a média, a tarifa será visto de forma
diferente comparado com que se o bem é um luxo normalmente consumido pelos afluentes,
mas produzida por trabalhadores de baixa renda. Além disso ambiguidade adicional é
introduzida pelo papel do governo: Será que vai usar sua receita para financiar os serviços
públicos vitalmente necessários ou desperdiçar a receita dai angariada? Apesar desses
problemas, é comum que os analistas de política comercial tentem calcular o efeito líquido de
uma tarifa sobre o bem‐estar nacional, assumindo que na margem, o valor monetário ganho
ou perdido para cada grupo tem o mesmo valor social.

Vamos ver o efeito líquido de uma tarifa sobre o bem‐estar. O custo líquido de uma tarifa é

(9‐1) a perda do Consumidor ‐ ganho produtor ‐ a receita do governo,

ou, substituindo estes conceitos, as áreas na Figura 8,

(9‐2) 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 𝑎 𝑐 𝑒 𝑏 𝑑 𝑒

Ou seja, existem dois "triângulos", cuja área mede perda para a nação como um todo e um
"retângulo", cuja área mede um ganho de compensação. Uma forma útil de interpretar esses
ganhos e perdas é a seguinte: Os triângulos representam a perda de eficiência que surge
porque uma tarifa distorce os incentivos para consumir e produzir, enquanto o retângulo
representa os ganhos nos termos comércio que surgem porque a tarifa reduz preços de
exportação no exterior.

O ganho depende da capacidade do país instituindo as tarifassem em fazer baixar os preços de


exportação no exterior. Se o país não pode afetar os preços mundiais (o caso "país pequeno")
a região e, que representa os termos de ganho de comércio, desaparece, e é claro que a tarifa
reduz o bem‐estar. A tarifa distorce os incentivos dos produtores e consumidores, induzindo‐
os a agir como se as importações fossem mais caros do que realmente são. O custo de uma
unidade adicional de consumo para a economia é o preço de uma unidade adicional de
importações, ainda, porque a tarifa eleva o preço doméstico acima do preço mundial, os
consumidores a reduzir o consumo até o ponto em que essa unidade marginal rende‐lhes
bem‐estar igual para o preço doméstico de tarifas, inclusive.

[Gráfico 9]

P
Legenda:
O
Perda de eficiência ( b + d)

Ganho dos termos de comercio (e)

PT

b d
PW
e
𝑃∗

Q
importação

Os efeitos de bem‐estar líquido de uma tarifa estão resumidos na Figura 9. Os efeitos


negativos consistem em dois triângulos b e d. O primeiro triângulo é a perda causada pela
distorção de produção resultante do fato de que a tarifa leva os produtores nacionais a
produzir muito desse bem. O segundo triângulo é a perda causada pela distorção do consumo
doméstico resultante do fato de que uma tarifa leva os consumidores a consumir muito pouco
do bem. Contra essas perdas devem ser definidos os termos de ganho comercial medidos pelo
rectângulo e, que resulta da diminuição do preço de exportação causada por uma tarifa. No
caso importante de um país pequeno que não pode afetar de forma significativa os preços
externos, este último efeito desaparece, assim os custos de uma tarifa de forma inequívoca
excedem seus benefícios.
Lição 8 – Outros instrumentos da política comercial
As tarifas são as políticas comerciais mais simples, mas no mundo moderno, a maior
intervenção do governo no comércio internacional assume outras formas, tais como subsídios
à exportação, quotas de importação, restrições voluntárias à exportação e os requisitos de
conteúdo local. Felizmente, uma vez que tenhamos entendido tarifas, não é muito difícil de
entender esses outros instrumentos comerciais.

Subsídios à Exportação: Teoria


Um subsídio à exportação é um pagamento a uma empresa ou indivíduo que vende um bem
no exterior. Como uma tarifa, um subsídio à exportação pode ser específica (um montante fixo
por unidade) ou ad valorem (uma percentagem do valor exportado). Quando o governo
oferece um subsídio à exportação, comerciantes irão exportar o bem até o ponto em que o
preço doméstico excede o preço exterior pelo montante do subsídio.

Os efeitos de um subsídio à exportação sobre os preços são exactamente o inverso daqueles


de uma tarifa (Figura 1). O preço do país de exportação sobe de PW para PS, mas dado que o
preço no país importador cai de PW para 𝑃∗ , o aumento de preço é menor do que o subsídio.

[Figura 1]

P
O
Ps
Produtor ganha = a +b +c
Subsidio PW a b c d
Consumidor perde = a +b
e f g
𝑃∗
Custo de subsídio ao governo = b
+c+d+e+f+g

Perda de bem estar = b + d + e + f


+g

Distorção no consumo = b
D
Distorção na produção = d

Exportação

No país exportador, os consumidores são prejudicados, produtores ganham e o governo perde


porque deve gastar dinheiro com o subsídio. A perda do consumidor é a área, a +b; o ganho do
produtor é a área a + b + c; o subsídio do governo (o valor das exportações vezes o montante
do subsídio) é a área b + c + d + e + f + g. A perda de líquida de bem‐estar a soma das áreas b +
d + e + f + g. Destes, b e d representam perdas devido a distorção no consumo e na produção
do mesmo tipo que produz uma tarifa. Além disso, e ao contrário de uma tarifa, o subsídio à
exportação piora os termos de troca, pois reduz o preço da exportação no mercado externo a
de 𝑃 para 𝑃∗ . Isto leva aos termos de perda de termos de comércio adicional e + f + g, que é
igual a 𝑃 𝑃∗ vezes a quantidade exportada com o subsídio. Então, um subsídio à exportação
de forma inequívoca leva a custos que excedem seus benefícios.

Quotas de importação: Teoria


Uma quota de importação é uma restrição direta sobre a quantidade de um bem que pode ser
importado. A restrição é geralmente imposta pela emissão de licenças para algum grupo de
indivíduos ou empresas. Por exemplo, os Estados Unidos têm uma quota sobre as importações
de queijo estrangeiro. As únicas empresas autorizadas a importar queijo algumas empresas
comerciais, cada uma das quais é atribuído o direito de importar um número máximo de quilos
de queijo por ano, o tamanho da quota de cada empresa é baseada na quantidade de queijo
que importou no passado. Em alguns casos importantes, notadamente açúcar e vestuário, o
direito de vender nos Estados Unidos é dado diretamente aos governos dos países
exportadores.

É importante evitar o equívoco de que as quotas de importação de alguma forma limitam as


importações sem aumentar os preços domésticos. A verdade é que uma quota de importação
sempre eleva o preço doméstico do bem importado. Quando as importações são limitadas, o
resultado imediato é que no preço inicial, a demanda para o bem excede a oferta doméstica
mais importações. Isso faz com que o preço a ser praticado no mercado aumente até ao um
ponto de equilíbrio. No final, uma quota de importação vai aumentar os preços domésticos
pelo mesmo valor de uma tarifa que limita as importações para o mesmo nível.

A diferença entre a quota e uma tarifa é que, com uma quota, o governo não recebe nenhuma
receita. Quando uma quota em vez de uma tarifa é usada para restringir as importações, a
soma de dinheiro que teria aparecido com uma tarifa como receita do governo é recolhida por
quem recebe as licenças de importação. Titulares de licença são, portanto, capazes de comprar
produtos importados e revendê‐los a um preço mais elevado no mercado doméstico. Os lucros
recebidos pelos detentores de licenças de importação são conhecidos como rendas de cotas.
Ao avaliar os custos e benefícios de uma quota de importação, que é crucial para determinar
quem fica com os aluguéis. Quando o direito de vender no mercado interno, são atribuídos aos
governos dos países exportadores, como é frequentemente o caso, a transferência de rendas
no exterior faz com que os custos de uma quota sejam significativamente maior do que uma
tarifa equivalente.
[FIGURA 2]

P
Legenda:
O Perda do consumidor: (a + b + c + d)
Produtor ganha: a
Renda de quotas ( c )

PQ
a c
b d
PW

S1 S2 D2 D1 Q

QT

Restrições voluntárias às exportações


Uma variante da quota de importação é a restrição voluntária das exportações (RVE), também
conhecido como um acordo de autolimitação. A RVE é uma quota no comércio imposto de
lado do país exportador envés de ser do lado do importador. O exemplo mais famoso é a
limitação das exportações de automóveis para os Estados Unidos imposta pelo Japão após
1981.

Restrições voluntárias às exportações são geralmente imposta a pedido do importador e são


acordados pelo exportador para evitar outras restrições comerciais. Estes instrumentos tem
vindo a ganhar popularidade na politica comercial de vários países com poderio económico
nos últimos anos. De um ponto de vista econômico, no entanto, uma limitação voluntária das
exportações é exatamente como uma quota de importação onde as licenças são atribuídas aos
governos estrangeiros e, portanto, muito caro para o país importador.

A RVE é sempre mais caro para o país importador do que uma tarifa que limita as importações
no mesmo montante. A diferença é que o que teria sido a receita com uma tarifa torna‐se
rendas geradas por estrangeiros sob o RVE, de modo que o RVE produz claramente uma perda
para o país importador.

Alguns acordos de exportação voluntários abrangem mais de um país. O acordo multilateral


mais famoso é o Acordo Multifibras, que limitou as exportações de têxteis de 22 países até o
início de 2005.

Requisitos de conteúdo local


A exigência de conteúdo local é um regulamento que exige alguma fracção específica de um
bem deve ser produzido dentro de um país. Em alguns casos, essa fracção é especificada em
unidades físicas, como os EUA quota de importação de petróleo na década de 1960. Em outros
casos, a exigência é expressa em termos de valor, exigindo que alguma quota mínima do preço
de um bem representa o valor adicionado doméstico. Leis de conteúdo local têm sido
amplamente utilizados por países em desenvolvimento que tentam mudar a sua base de
fabricação de montagem para a produção bens intermediários.

Do ponto de vista dos produtores nacionais, a regulamentação de conteúdo local oferece


proteção, da mesma forma uma quota de importação faz. Do ponto de vista das firmas que
devem comprar localmente, no entanto, os efeitos são um pouco diferentes. Conteúdo local
não coloca um limite estrito das importações. Em vez disso, ele permite que as empresas
importem mais, desde que eles também compram mais no mercado interno. Isto significa que
o preço efetivo de insumos para a empresa é uma média do preço de insumos importados e
produzidos internamente.

O ponto importante é que a exigência de conteúdo local não produz nem as receitas do
governo ou rendas de cotas. Em vez disso, a diferença entre os preços das importações e bens
domésticos em efeito fica em média no preço final e é repassado para os consumidores.

Uma inovação interessante na regulamentação de conteúdo local tem sido a de permitir que
as empresas, para satisfazer a sua exigência de conteúdo local, exportem em vez de usar peças
internamente. Isso às vezes é importante. Por exemplo, as empresas de automóveis dos EUA
operam no México optaram por exportar alguns componentes do México para os Estados
Unidos, mesmo que esses componentes podem ser produzidos nos Estados Unidos de forma
mais barata, porque isso lhes permite usar menos conteúdo mexicano na produção de carros
em México para o mercado do México.

Outros instrumentos de política comercial


Há muitas outras maneiras pelas quais os governos influenciam o comércio. Listamos alguns
deles brevemente.

1. Os créditos de subsídios à exportação. Isto é como um subsídio à exportação, exceto


que ele assume a forma de um empréstimo bonificado para o comprador. A maioria dos
países, tem uma instituição do governo, o Export‐Import Bank, que se dedica ao fornecimento
de empréstimos subsidiados pelo menos um pouco para ajudar as exportações.

2. Compra nacional. Compras por parte do governo ou de empresas fortemente regulado


podem ser direcionada para bens produzidos internamente, mesmo quando estes produtos
são mais caros do que as importações. O exemplo clássico é a indústria europeia de
telecomunicações. Os países da União Europeia, em princípio, ter livre comércio com o outro.
Os principais compradores de equipamentos de telecomunicações, no entanto, são as
empresas de telefone e na Europa, essas empresas têm até recentemente, foram todos de
propriedade do governo. Essas empresas de telefonia de propriedade do governo compram de
fornecedores nacionais, mesmo quando os fornecedores de cobram preços mais altos do que
os fornecedores de outros países. O resultado é que há muito pouco o comércio de
equipamentos de telecomunicações na Europa.

3. Barreiras da burocracia. Às vezes, um governo quer restringir as importações sem fazê‐


lo formalmente. Felizmente ou infelizmente, é fácil criar normas que tem a ver com o estado
normal de saúde, segurança e outros procedimentos aduaneiros, a fim de colocar obstáculos
substanciais na forma de comércio. O exemplo clássico é o decreto francês, em 1982, que
todos os aparelhos de videocassete japoneses tiveram que passar através de um porto com
uma pequena alfândega em Poitiers – dai efectivamente limitando as importações reais a uma
quantidade pequena.
Lição 9 - A Economia Política da Política Comercial
Em 8 de Novembro de 2005, o governo dos EUA e o governo da China assinaram um
memorando de entendimento ao abrigo do qual a China concordou, sob pressão dos EUA, para
estabelecer quotas de suas exportações de vários tipos de vestuário e têxteis para os Estados
Unidos. Por exemplo, a China concordou que, em 2006, ele não iria enviar mais de 772,8
milhões de pares de meias para a América. Este acordo aumentou significativamente o preço
de meias e outros produtos para os consumidores americanos. Enquanto a China estava
disposta a acomodar os Estados Unidos quanto a este ponto, no entanto, recusou‐se a
exigências dos EUA de que devia reduzir suas tarifas sobre bens manufacturados e agrícolas.

Ambos os governos chineses e os dos Estados Unidos estavam determinados a prosseguir


políticas que produzem mais custos do que benefícios. Claramente, as políticas
governamentais reflectem os objectivos que vão além de medidas simples de custo e
benefício.

O caso do Comércio Livre


Poucos países têm algo que se aproxime de comércio completamente livre. A cidade de Hong
Kong vir pode ser a única economia moderna sem tarifas ou cotas de importação. No entanto,
desde a época de Adam Smith, os economistas têm defendido o livre comércio como um ideal
para o qual a política comercial deve se esforçar. As razões para essa defesa não são tão
simples como a própria idéia. Por um lado, os modelos teóricos sugerem que o comércio livre
vai evitar as perdas de eficiência associadas com a protecção. Muitos economistas acreditam
que o livre comércio gera ganhos adicionais para além da eliminação das distorções de
produção e consumo. Finalmente, mesmo entre os economistas que acreditam que o livre
comércio é uma política menos‐que‐perfeito, muitos acreditam que o livre comércio é
geralmente melhor do que qualquer outra política que um governo provavelmente siga.

Comércio Livre e Eficiência


O caso da eficiência do comércio livre é simplesmente o reverso da análise custo‐benefício de
uma tarifa. Figura 1 mostra o ponto básico, mais uma vez, para o caso de um país pequeno que
não pode influenciar os preços de exportação no exterior. A tarifa provoca uma perda líquida
para a economia medido pela área dos dois triângulos, fá‐lo por distorcer os incentivos
económicos de produtores e consumidores. Por outro lado, um movimento para o livre
comércio (movimento em direcção ao Pw) elimina essas distorções e aumenta o bem‐estar
nacional.

No mundo moderno as tarifas são geralmente baixos e as quotas de importação são


relativamente raros. Como resultado, as estimativas dos custos totais de distorções devido às
tarifas e cotas de importação tende a ser modesto em tamanho. Para o mundo como um todo,
de acordo com estimativas, a protecção custa menos de 1 por cento do PIB. Os ganhos do
comércio livre são um pouco menores para as economias avançadas, como Estados Unidos e
Europa e um pouco maior para países em desenvolvimento.

[Figura 1]
P
Legenda:
O
Perda de eficiência ( b + d)

Ganho dos termos de comercio (e)

PT

b d
PW
e
𝑃∗

Q
importação

Ganhos adicionais a partir de Comércio Livre


Existe uma crença generalizada de que tais cálculos, mesmo que eles relatam ganhos
substanciais de livre comércio, em alguns casos, não representam toda a história. No caso de
países pequenos em geral e em desenvolvimento em particular acredita‐se que há ganhos
importantes de comércio livre não contabilizados na análise de custo‐benefício convencional.

Um tipo de ganho adicional envolve economias de escala. Mercados protegidos limitam


ganhos de economias de escala externas, inibindo a concentração de indústrias. Quando as
economias de escala são internos ela permite muitas empresas a entrarem na indústria
protegida. Com a proliferação de empresas nos mercados internos, a escala de produção de
cada empresa torna‐se ineficiente. Um bom exemplo de como a protecção cria uma escala
ineficiente é o caso da indústria automobilística argentina, que surgiu por causa de restrições à
importação. Para que uma fabrica de montagem autos tenha uma escala eficiente ela tem que
montar de 80 mil a 200 mil automóveis por ano, mas em 1964 a indústria argentina, que
produziu apenas 166 mil carros, teve 13 empresas!

Outro argumento para o comércio livre é que, ao dar aos empresários um incentivo para
buscar novas formas de exportar ou competir as importações, o comércio livre oferece mais
oportunidades para aprendizagem e inovação que são fornecidos por um sistema de comércio
"gerenciado", onde o governo determina, em grande parte o padrão de importações e
exportações.

A forma relacionada de ganhos do comércio livre envolve a tendência das empresas mais
produtivas de se envolver nas exportações, enquanto as empresas menos produtivas ficam
com o mercado interno. Isto sugere que um movimento para o comércio livre faz com que a
economia como um todo fique mais eficiente, deslocando o mix industrial para as empresas
com maior produtividade.
Busca de Renda (Rent-seeking)
Quando as importações são restritas com uma quota em vez de uma tarifa, o custo às vezes é
ampliada por um processo conhecido como “Busca de renda”. Lembre‐se que para impor uma
quota de importação, o governo tem de emitir licenças de importação, e que as rendas
econômicas revertem para quem recebe essas licenças. Em alguns casos, os indivíduos e as
empresas incorrem em custos substanciais em vigor, perdendo alguns dos recursos produtivos
da economia, num esforço para obter licenças de importação.

Um exemplo famoso é o caso da Índia na década de 1950 e 1960. Naquela época, as empresas
indianas foram alocados o direito de comprar insumos importados de acordo com a proporção
da sua capacidade instalada. Isto criou um incentivo para investir demais, por exemplo, uma
empresa siderúrgica pode construir grandes fornos do que o necessário simplesmente porque
isso iria dar‐lhe um maior número de licenças de importação. Os recursos utilizados para
construir esta capacidade ociosa representaram um custo de protecção para além dos custos
efectivos de protecção.

Um exemplo mais moderno e incomum de busca de renda envolve a importação de atum


enlatado norte‐americano. Tuna é protegida por uma "cota tarifária": uma pequena
quantidade de atum (4,8 % do consumo nos EUA) podem ser importados a uma taxa baixa
tarifa de 6 por cento; qualquer quantidade para além de 4,8% de importações a tarifa em vigor
passa a ser de 12,5 por cento. Por alguma razão, o direito de importação de atum é feito da
forma de o primeiro a chegar, primeiro a ser servido. O resultado é uma corrida para obter
atum nos Estados Unidos, o mais rapidamente possível.

Argumento político para o Comércio Livre


Um argumento político para o livre comércio reflete o fato de que o compromisso político de
comércio livre pode ser uma boa ideia na prática, embora possa haver melhores políticas, em
princípio. Teoricamente, é argumentado que as políticas comerciais na prática são dominadas
pela política de interesse especial em vez de considerar os custos e benefícios nacionais. Pode‐
se às vezes mostrar que, em teoria, um conjunto selectivo de tarifas e subsídios à exportação
pode aumentar o bem‐estar nacional, mas na realidade, qualquer órgão do governo de tentar
desenvolver um programa sofisticado de intervenção no comércio provavelmente seria
capturado por grupos de interesse e convertido em um dispositivo para redistribuição de renda
aos sectores politicamente influentes. Se este argumento estiver correto, seria melhor
defender o comércio livre, sem exceções, mesmo que por motivos puramente económicos, o
comércio livre pode não ser sempre a melhor política concebível.

Os três argumentos descritos na seção anterior são, resumidamente os seguintes:

1. Os custos de desvio de comércio livre convencionalmente medidos são grandes;

2. Há outros benefícios do comércio livre que contribuem para os custos das políticas
proteccionistas;

3. Qualquer tentativa de buscar desvio sofisticado de comércio livre será subvertido pelo
processo político.
No entanto, existem argumentos intelectualmente respeitáveis para desviar o livre comércio, e
esses argumentos merecem um julgamento justo.

Argumentos Nacional de Previdência contra o livre comércio


A maioria das tarifas, cotas de importação e outras medidas de política comercial são
realizadas principalmente para proteger a renda de grupos de interesse particulares. Os
políticos muitas vezes afirmam, no entanto, que as políticas estão sendo realizadas no
interesse da nação como um todo, e às vezes eles estão mesmo dizendo a verdade. Embora os
economistas muitas vezes argumentam que os desvios de comércio livre reduz o bem‐estar
nacional, há, de fato, algumas bases teóricas para acreditar que as políticas comerciais
activistas às vezes podem aumentar o bem‐estar da nação como um todo. Passamos a citar
alguns:

a. Argumento dos termos de troca para uma Tarifa

Para um país grande que é capaz de afetar os preços dos exportadores estrangeiros, uma tarifa
reduz o preço das importações e, assim, gera um benefício de termos de comércio. Este
benefício deve ser definido em relação aos custos da tarifa, que surgem porque a tarifa
distorce os incentivos de produção e consumo. É possível, no entanto, que em alguns casos os
termos de benefícios comerciais de uma tarifa de compensar os seus custos, para que haja os
benefícios de termos de comércio ou troca oriundos da tarifa. Portanto, para uma tarifa
suficientemente pequena, os termos de benefícios comerciais devem compensar os custos.
Assim, com tarifas pequenas, o bem‐estar de um pais grande é maior do que com o livre
comércio. Com uma tarifa é maior, no entanto, os custos eventualmente começam a crescer
mais rapidamente do que os benefícios. A tarifa, que proíbe completamente o comércio deixa
o país em pior situação do que com o comércio livre. Existe um ponto onde o valor da tarifa
maximiza o bem‐estar nacional. A tarifa que maximiza o bem‐estar nacional é a tarifa ideal.

O argumento de termos de comércio contra o comércio livre tem algumas limitações


importantes. A maioria dos países pequenos têm muito pouca capacidade de influenciar os
preços mundiais, tanto de suas importações ou suas exportações e este é de pouca
importância prática para eles. Para países grandes como os Estados Unidos, o problema é este
argumento equivale a um argumento para usar o poder do monopólio nacional para extrair
ganhos à custa de outros países. Os EUA certamente poderiam fazer isso, até certo ponto, mas
essa política predatória, provavelmente, iria trazer retaliação de outros países grandes.

b. O argumento de falhas de mercado Interno contra o livre comércio

O caso teórico básico para o livre comércio baseia‐se na análise de custo‐benefício utilizando
os conceitos de excedente do consumidor e do produtor. Actualmente, faz‐se o caso contra o
livre comércio baseado no contra‐argumento de que esses conceitos, o excedente do produtor
em particular, não medem correctamente os custos e benefícios.

Isto porque os conceitos de excedente não incluem a possibilidade de que a mão‐de‐obra


utilizada em um sector poderia ser desempregados ou sub‐empregados, a existência de
defeitos nos mercados de capitais ou de trabalho que impedem que recursos sejam
transferidos tão rapidamente quanto eles deve ser para os sectores que produzem altos
retornos, e a possibilidade de externalidades tecnológicos das indústrias que são novos ou
particularmente inovador. Estes podem ser classificados sob o título geral de falhas no
mercado doméstico. Ou seja, em cada um desses exemplos, alguns de mercado no país não
está fazendo seu trabalho direito do mercado de trabalho não está limpando, o mercado de
capitais não está alocando recursos de forma eficiente, e assim por diante.

O argumento de falhas do mercado doméstico contra o comércio livre é um caso particular de


um conceito mais geral conhecido em economia como a teoria do segundo melhor. Esta teoria
afirma que uma política de não‐intervenção é desejável em qualquer mercado se todos os
outros mercados estão funcionando correctamente. Se estes mercados não estiverem a
funcionar correctamente, a intervenção do governo, que parece distorcer os incentivos em um
mercado pode realmente aumentar o bem‐estar compensando as conseqüências de falhas de
mercado em outro lugar. Por exemplo, se o mercado de trabalho não está funcionando
correctamente e não entregar o pleno emprego, uma política de subsidiar indústrias de
intensivos em mão‐de‐obra pode vir a ser uma boa ideia.
Lição 10 – Politica económica comercial dos países em
desenvolvimento
Industrialização através de substituição de importações
Desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 1970, muitos países em desenvolvimento
tentaram acelerar o seu desenvolvimento, limitando as importações de produtos
manufacturados, a fim de fomentar um sector industrial que se pretendia servir o mercado
interno. Esta estratégia tornou‐se popular por uma série de razões, mas argumentos teóricos
para a substituição de importações teve um papel importante em sua ascensão.
Provavelmente o mais importante desses argumentos era o argumento da indústria infantil.

O argumento da Indústria infantil


Em teoria, argumenta‐se que os países em desenvolvimento têm um potencial de vantagem
comparativa na produção, mas novas indústrias nos países em desenvolvimento não podem,
inicialmente, competir com a produção bem estabelecida em países desenvolvidos. Para
permitir a fabricação de obter um ponto de apoio os governos devem apoiar temporariamente
novas indústrias até que tenham crescido o suficiente para enfrentar a concorrência
internacional. Assim, faz sentido, de acordo com este argumento, a utilização de tarifas ou
cotas de importação, como medidas temporárias para obter a industrialização iniciada. É um
fato histórico que algumas das maiores economias de mercado do mundo, começaram as suas
industrializações utilizando as barreiras comerciais: Os Estados Unidos tiveram as tarifas
elevadas para os produtos industriais no século 19, enquanto o Japão tinha extensos controles
de importação até a década de 1970.

Problemas com o argumento da indústria infantil


O argumento em si é muito plausível, e, de fato, tem sido convincente para muitos governos.
No entanto, têm‐se apontado muitas armadilhas no argumento, sugerindo que ele deve ser
usado com cautela.

Em primeiro lugar, nem sempre é uma boa ideia tentar mudar hoje as indústrias que terão
uma vantagem comparativa no futuro. Suponha‐se que um país que é actualmente abundante
em mão‐de‐obra está no processo de acumulação de capital. Quando se acumula capital
suficiente, ele vai ter uma vantagem comparativa nas indústrias de capital intensivo. No
entanto, isso não significa que ele deve tentar desenvolver essas indústrias imediatamente. Na
década de 1980, por exemplo, a Coréia do Sul tornou‐se um exportador de automóveis, que
provavelmente não teria sido uma boa idéia para a Coreia do Sul ter tentado desenvolver sua
indústria automobilística na década de 1960, quando o capital e mão‐de‐obra qualificada ainda
eram muito escassos.

Em segundo lugar, a protecção de indústrias não é bom a menos que a protecção em si ajuda a
tornar a indústria competitiva. Por exemplo, o Paquistão e a Índia têm protegido seus sectores
de produção ao longo de décadas e, recentemente, começou a desenvolver as exportações
significativas de bens manufaturados. Os produtos que exportam, contudo, são têxteis, e não o
de industria pesada que eles protegiam, um bom argumento pode ser feito que eles teriam
desenvolvido suas exportações de produtos manufaturados, mesmo que nunca tivesse
protegido a industria.
De modo mais geral, o fato de que ser caro e demorado construir e desenvolver uma indústria
não deve ser um argumento para a intervenção do governo, a menos que haja alguma falha de
mercado interno.

O argumento de falha de mercado para proteção das indústrias infantis


Para justificar o argumento da indústria infantil, é necessário ir além da visão plausível, mas
questionável, que as indústrias sempre precisam ser protegidos quando são novos. Se a
protecção à indústria nascente é justificada depende de uma análise do tipo discutido na aula
anterior. Ou seja, o argumento para proteger uma indústria em seu crescimento inicial deve
estar relacionada a um conjunto particular de falhas de mercado que impedem os mercados
privados de desenvolver a indústria tão rapidamente como deveriam. Proponentes sofisticadas
do argumento da indústria nascente identificaram duas falhas de mercado como razões pelas
quais a protecção à indústria nascente pode ser uma boa ideia: os mercados de capitais
imperfeitos e o problema da apropriabilidade.

a. Os mercados de capitais imperfeitos

Se um país em desenvolvimento não tem um conjunto de instituições financeiras (como os


mercados de ações eficientes e bancos), que permitiria a poupança de sectores tradicionais
(como a agricultura), a ser utilizado para financiar o investimento em novos sectores (tais
como manufactura), então o crescimento de novas indústrias será restringido pela capacidade
das empresas nesses sectores para ganhar lucros atuais. Assim, os lucros iniciais baixos serão
um obstáculo ao investimento, mesmo que os retornos de longo prazo sobre o investimento
forem altos. A melhor política é a de criar um melhor mercado de capitais, mas a protecção de
novas indústrias, o que elevaria os lucros e, assim, permitir um crescimento mais rápido, pode
ser justificada como uma opção política segundo melhor.

b. apropriação

A protecção da indústria nascente pode assumir muitas formas, mas todos têm em comum a
ideia de que as empresas em uma indústria criam nova geração de benefícios sociais para as
quais eles não são compensados. Por exemplo, a empresa que entra primeiro numa indústria
pode ter que incorrer custos de implantação de adaptar a tecnologia às circunstâncias locais
ou de abrir novos mercados. Se outras empresas são capazes de seguir o seu exemplo, sem
incorrer em tais custos de implatação, os pioneiros serão impedidos de colher todos os
retornos desses gastos. Assim, as empresas pioneiras podem criar benefícios intangíveis (como
o conhecimento ou novos mercados) em que eles são incapazes de estabelecer direitos de
propriedade. Em alguns casos, os benefícios sociais de criação de uma nova indústria vai
ultrapassar os seus custos, mas por causa do problema da apropriação, empreendedores
privados não estarão dispostos a entrar neste processo de produção. A melhor resposta é a de
compensar as empresas por suas contribuições intangíveis. Quando isso não é possível, no
entanto, não é o segundo melhor caso para incentivar a entrada em uma nova indústria é por
meio de tarifas ou outras políticas comerciais.

Tanto o argumento de mercados de capitais imperfeitos e caso apropriabilidade para a


protecção da indústria nascente são claramente casos especiais de argumento da falha de
mercado para interferir com o livre comércio. A diferença é que, neste caso, os argumentos
aplicam‐se especificamente a novos sectores, em vez de para qualquer indústria. Na prática, é
difícil avaliar quais as indústrias realmente garante um tratamento especial, e há riscos de que
uma política destinada a promover o desenvolvimento vai acabar sendo capturado por
interesses especiais.

Promover a industrialização através de Proteção

Embora haja dúvidas sobre o argumento da indústria infantil, muitos países em


desenvolvimento têm visto este argumento como uma razão convincente para fornecer
suporte especial para o desenvolvimento de indústrias de manufactura. Em princípio,
poderiam ser fornecidos em tal suporte de uma variedade de maneiras. Por exemplo, os países
poderiam fornecer subsídios para a produção industrial em geral, ou eles poderiam concentrar
seus esforços em subsídios para a exportação de alguns produtos manufacturados em que eles
acreditam que podem desenvolver uma vantagem comparativa. Na maioria dos países em
desenvolvimento, no entanto, a estratégia básica para a industrialização tem sido o de
desenvolver as indústrias voltadas para o mercado interno, usando as restrições comerciais,
como tarifas e cotas para incentivar a substituição de manufacturas importadas por produtos
nacionais. A estratégia de incentivar a indústria nacional, limitando as importações de bens
manufacturados é conhecida como a estratégia de industrialização substitutiva de
importações.

As razões pelas quais a substituição de importações, em vez de crescimento das exportações


tem sido geralmente escolhidos como uma estratégia de industrialização são uma mistura de
economia e política. Em primeiro lugar, até a década de 1970 muitos países em
desenvolvimento se mostraram cépticos sobre a possibilidade de exportar produtos
manufacturados. Eles acreditavam que a industrialização era necessariamente baseada em
uma substituição da indústria nacional para as importações, em vez de em um crescimento das
exportações de manufacturados. Em segundo lugar, em muitos casos, a substituição de
importações políticas de industrialização encaixou naturalmente com tendências políticas
existentes

Também é importante ressaltar que alguns defensores de uma política de substituição de


importações, acredita que a economia mundial foi fraudada contra novos operadores, que as
vantagens das nações industriais estabelecidos eram simplesmente demasiado grande para ser
superada pelas economias de industrialização recente. Defensores deste ponto de vista eram
apologistas de uma política geral de dissociação entre os países em desenvolvimento a partir
de países avançados; com uma visão de que o sistema econômico internacional trabalha
sistematicamente contra os interesses dos países em desenvolvimento permaneceu comum
até os anos 1980.

Os anos 1950 e 1960 viu a maré alta de industrialização através de importações. Os países em
desenvolvimento normalmente começaram a proteger estágios finais da indústria, tais como
processamento de alimentos e de montagem de automóveis. Em alguns países em
desenvolvimento, os produtos nacionais substituíram quase completamente os bens de
consumo. Uma vez que as possibilidades de substituição de importações de bens de consumo
haviam sido esgotados, esses países viraram‐se para a protecção de bens intermediários com o
aço e petroquímicos.
Como estratégia para incentivar o crescimento da produção, industrialização através da
substituição de importações funcionou bem. Economias latino‐americanas começaram a gerar
a parcela de sua produção de manufactura quase tão grande como nações avançadas. Para
esses países, porém, o incentivo à produção não era um fim em si mesmo, mas sim, que era
um meio para o fim objectivo de desenvolvimento econômico. Será que industrialização
através de substituição de importações promove o desenvolvimento econômico? Aqui sérias
dúvidas apareceram. Embora muitos economistas aprovaram medidas de substituição de
importações na década de 1950 e início de 1960, desde os anos 1960, esta politica tem sido
objecto de críticas cada vez mais duras.

Resultados de favorecer manufatura: Problemas de industrialização através


de substituição de importações
Industrialização substitutiva de importações começou a perder a favor quando se tornou claro
que os países buscam a substituição de importações não estavam a aproximar‐se com os
países avançados.

Por que não importar‐substituindo o trabalho de industrialização do jeito que era suposto? A
razão mais importante parece ser que o argumento da indústria infantil não é tão
universalmente válida como muitas pessoas tinham assumido. Um período de protecção não
vai criar um sector industrial competitivo, se houver razões fundamentais pelas quais um
país não tem uma vantagem comparativa na produção. A experiência tem demonstrado que
as razões para o fracasso de desenvolver muitas vezes são mais profundas do que uma simples
falta de experiência com a fabricação. Os países pobres carecem de mão‐de‐obra qualificada,
os empresários carecem de competência gerencial e tem problemas de organização social que
tornam mais difícil para esses países manter suprimentos confiáveis de tudo, desde peças de
reposição à electricidade. Esses problemas podem não estar fora do alcance da política
econômica, mas eles não podem ser resolvidos pela política comercial: uma quota de
importação pode permitir que um sector industrial ineficiente para sobreviver, mas ele não
pode directamente fazer que o sector seja mais eficiente. O argumento da indústria infantil é
que, dado o abrigo temporário de tarifas ou cotas, as indústrias de fabricação de nações
menos desenvolvidas vai aprender a ser eficiente. Na prática, isto não é sempre, ou mesmo
geralmente, verdadeiro.

Uma vez que a substituição de importações não teve a performance esperada, a atenção
voltou‐se para os custos das políticas utilizadas para promover a indústria. Sobre esta questão,
um corpo crescente de evidências mostraram que as políticas proteccionistas de muitos países
em desenvolvimento criam incentivos distorcidos. Parte do problema é que muitos países
utilizam métodos excessivamente complexos para promover suas indústrias nascentes. Muitas
vezes, é difícil determinar o quanto a protecção de um regulamento administrativo é
realmente proporcional, e estudos mostram que o grau de protecção é muitas vezes tanto
maior e mais variável em todos os sectores que o governo pretendia.

Um outro custo que tem recebido uma atenção considerável é a tendência das restrições de
importação de promover a produção a uma escala pequena ineficientemente. Muitas vezes,
todo o mercado interno dos países em desenvolvimento não são suficiente grande para
permitir que uma unidade de produção tenha a escala eficiente. No entanto, quando este
pequeno mercado está protegido, digamos, por uma quota de importação, se apenas uma
única empresa fosse a entrar no mercado, pode ganhar lucros de monopólio. A competição
por esses lucros normalmente leva várias empresas a entrar em um mercado que realmente
não tem espaço suficiente até mesmo para um, e a produção é realizada em uma escala
altamente ineficiente. A resposta para o problema de escala para os países pequenos seria de
se especializar na produção e exportação de uma gama limitada de produtos e importar outros
bens. Industrialização através da substituição de importações elimina essa opção,
concentrando‐se a produção industrial no mercado interno.

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